Trilha Ecológica - Fazenda Jequitibá - CAVALGADA

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CAVALGADA.....................Trilha Ecol贸gica Fazenda Jequitib谩, Itu, SP

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Elaboração Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (http://www.lerf.esalq.usp.br/) Bioflora (http://viveirobioflora.com.br/) Equipe Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues Engº Agrº Dr. André Gustavo Nave Engº Agrº Dr. Fabiano Turini Farah Gestora Ambiental Sheron Agnez Silva Biólogo Fernando Lamonato Enga. Ftal. Bruna Balestrin Piaia

Advertências: as informações medicinais apresentadas neste manual em hipótese nenhuma servem como recomendação para auto-medicação, ressaltando que toda planta é tóxica, dependendo da parte utilizada, modo de preparo, entre outros fatores. Do mesmo modo, salientamos que nem todo fruto (estrutura de disseminação das sementes) é uma fruta (material comestível).

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APRESENTAÇÃO Situada na fazenda Jequitibá, a trilha ecológica faz parte de uma iniciativa voluntária com o objetivo de proporcionar espaço e materiais para atividades de educação ambiental no município de Itu, SP. Seu trajeto de 5460 m possibilita a cavalgada por pessoas de uma ampla faixa etária. Os visitantes poderão ter contato com um remanescente de vegetação nativa e áreas de conservação ambiental integrantes do Programa de Adequação Ambiental da fazenda Jequitibá. Neste manual são apresentadas 10 espécies arborescentes, todas elas nativas regionais, presentes na trilha. São fornecidas dicas botânicas para reconhecimento das espécies, bem como informações a respeito de seus usos, com base na literatura. A sequência das plantas na trilha e o mapa do percurso podem ser vistos nas págs. 5 e 6. No final, há um glossário com termos botânicos (pág. 17).

Figura 01: Trecho da trilha Ecológica na Fazenda Jequitibá em Itu, SP.

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FLORESTAS A vegetação típica da região é denominada Floresta Estacional Semidecidual, um subtipo da Mata Atlântica. Sua particularidade está no fato de que parte das espécies apresenta queda de folhas (deciduidade) na época mais seca do ano (caráter estacional), como adaptação para prevenir perdas excessivas de água por transpiração. Pode ser encontrada em solos variados, desde os mais arenosos até argilosos.

Figura 02: Floresta Estacional Semidecidual. Fazenda Capoava, Itu, SP.

Figura 03: Água límpida de riacho com margens protegidas pela vegetação natural. Fazenda Jequitibá, Itu, SP.

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A qualidade da água é consequência do manejo do soloA qualidade da água é consequência do manejo do solo em toda a bacia hidrográfica. A vegetação natural é essencial para a manutenção da cobertura e da estabilidade do solo, promovendo a conservação dos recursos hídricos. A qualidade da água (física, química e biológica) é assegurada pela vegetação ao redor das nascentes e ao longo dos cursos d’água, conferindo menor temperatura e turbidez, maior oxigenação, e retendo o excesso de nutrientes do escoamento de águas superficiais. As vegetações naturais e em processo de restauração das Fazendas Capoava, Jequitibá e Ingazinho protegem a margem dos cursos d’água e contribuem para a manutenção da qualidade das águas. Além de fornecerem abrigo e alimento para os animais, na forma de néctar, pólen e frutos, as espécies florestais presentes na região apresentam várias utilidades para o homem, como melíferas, medicinais, cosméticas, madeireiras, entre outras. Nas trilhas podem ser observadas várias espécies nativas regionais de grande importância pela sua utilidade potencial, bem como pelo uso tradicional por povos da floresta e do meio rural.


Trilha Ecológica Fazenda Jequitibá, Itu - SP T R I L H A P A R A C AVA L G A D A Sequência das plantas na trilha: Número

Nome Científico

Nome Popular

1

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Candeia

2

Luehea grandiflora Mart. & Zucc.

Açoita-cavalo-da-folhagrande

3

Ficus guaranitica Chodat

Figueira-branca

4

Esenbeckia leiocarpa Engl.

Guarantã

5

Casearia sylvestris Sw.

Guaçatonga

6

Cariniana legalis (Mart.) Kuntze

Jequitibá-rosa

7

Zanthoxylum caribaeum Lam.

Mamica-de-cadela

8

Platypodium elegans Vogel

Jacarandá-do-campo

9

Ficus guaranitica Chodat

Figueira-branca

10

Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos

Ipê-amarelo

11

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman

Jerivá

Figura 04: Figueira na trilha Ecológica da Fazenda CAVALGADA.....................TrilhaJequitibá Ecológicaem Fazenda Itu, SP.Jequitibá, Itu, SP

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Mapa

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Candeia 306, 336, 479

o número refere-se à plaqueta fixada no caule

Outros nomes populares: Cambará, Cambará-açu, Cambará-branco,

Balieira-preta.

Nome científico: ochnatia polymorpha (Less.) Cabrera. Família: Asteraceae Ocorrência: BA, ES, MG, GO, MT, MS, SP, PR, SC, RS. Uruguai, Argentina e Paraguai. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos a argilosos, com fertilidade baixa. Dicas para identificação: Árvore de 3,5 a 10 m de altura, com tronco geralmente tortuoso e inclinado, de 20 a 60 cm de diâmetro. A casca é castanhoavermelhada, muito espessa, com fendas sinuosas, entrelaçadas. As folhas são simples, alternas e espiraladas, ovais a lanceoladas, base arredondada e ápice agudo, com dimensões 12 a 18 por 4 a 7 cm, totalmente coberturas por tricomas brancos na face inferior, bem como nos ramos jovens; pecíolo com 2 cm de comprimento. As flores são brancas, pequenas, reunidas em panículas terminais, de 10 a 20 cm de comprimento, com numerosos capítulos com 1 cm de comprimento, permanecendo nos ramos mesmo depois de secas. O fruto é do tipo aquênio em forma de penacho, deiscente, oblongo, preto, sulcado, coberto por tricomas, coroado com cerdas de 2 a 5 cm, branco-amareladas e semente inclusa no fruto. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a maio. Usos: Fornece madeira moderadamente densa, própria para obras imersas,

construção civil, obras expostas como mourões, pontes, cabos de ferramentas, peças torneadas, tamancos, esquadrias e curvas para a construção naval.

É uma árvore ornamental pela folhagem, bem como pela forma retorcida dos ramos, podendo ser usada no paisagismo, em especial em áreas secas. Espécie apícola. Na medicina popular, as folhas são usadas em chás para o tratamento de afecções broncopulmonares, como expectorante e emoliente. A casca do caule é usada por indígenas no tratamento de dor de garganta e reumatismo ósseo. O extrato das folhas tem atividades anti-inflamatória e antimutagênica comprovadas.

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Açoita-cavalo-da-folha-grande 339 Outros nomes populares: Ivitinga, Mutamba-

preta, Ubatinga, Açoita-cavalo-graúdo, Uvatinga, Papeá-guassu.

Nome científico: Luehea grandiflora Mart. & Zucc

Família: Malvaceae Ocorrência: Amazônia até SP, MG, GO até MS. Cerrado e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 6 a 14 m de altura, com tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. As folhas são simples, alternas, denso-pubescentes em ambas as faces, sendo mais clara na face inferior, medindo de 10 a 15 cm de comprimento. As flores são pentâmeras, pubescentes. O fruto é do tipo cápsula. A semente é alada. Floração: maio a julho. Frutificação: agosto a outubro. Usos: A madeira pode ser utilizada na estrutura de

móveis, confecção de cadeiras, tamancos, saltos de calçados, construção civil, ripas, caibros. A árvore pode ser usada com sucesso na arborização urbana. Espécie apícola. Na medicina popular a casca e o caule da espécie são utilizados como antidisentérica e hemorrágica, contra reumatismo, nas úlceras, feridas gangrenadas e queimaduras.

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Figueira-branca 340, 347 Outros nomes populares: Figueira, Figueira-brava, Mata-pau, Figueira-mata-pau. Nome científico: Ficus guaranitica Chodat

Família: Moraceae Ocorrência: RJ, MG, MS, GO, SP e norte do PR. Principalmente na Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: rvore de 10 a 20 m de altura,

com tronco provido de sapopemas basais de 90 a 180 cm de diâmetro. A copa pode chegar a 20 metros de diâmetro. A folha é grossa e coriácea, glabras, de 10 a 20 cm de comprimento por 6 a 10 cm de largura. As estípulas são glabras, avermelhadas. As flores são pequenas e compostas, axilares à folha. O fruto é verde e do tipo sicônio (figo) globoso. As sementes são diminutas e esbranquiçadas. É polinizado pela vespa do gênero Pegoscapus.

Floração: setembro a outubro. Frutificação: dezembro a janeiro. Usos: Devido à baixa durabilidade, a madeira é utilizada para miolo de portas e painéis, para caixotaria leve. Os frutos servem de alimento para morcegos e outros animais. A árvore é muito utilizada na arborização rural, graças à sombra que proporciona, e em alguns casos para o paisagismo de praças e grandes jardins. Na medicina popular sua seiva diluída em água ou o chá da casca é utilizado como vermífuga além de combater a hidropisia. O látex é usado popularmente na cura de doenças de pele e cravos.

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Guarantã 342 Outros nomes populares: Goiabeira (BA), Antã-forte,

Guarataia (ES), Pau-duro.

Nome científico: Esenbeckia leiocarpa Engl.

Família: Rutaceae Ocorrência: ul da BA até SP na Floresta Ombrófila Densa e, MG, SP, GO e MS na Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco reto de 40 a 60 cm de diâmetro e ramos terminais esbranquiçados. As folhas medem de 10 a 20 cm de comprimento por 5 a 8 cm de largura, são subopostas ou alternas, simples, glabras, coriáceas, brilhantes, ápice curtamente acuminado ou obtuso, base atenuada, margem revoluta, cartáceas, nervuras salientes em ambas as faces. A inflorescência é terminal, ereta, bráctea basal triangular, com tricomas. As flores são esbranquiçadas ou creme. O fruto é do tipo cápsula, com superfície esverdeada e lisa. Floração: setembro a janeiro. Frutificação: julho a agosto. Usos: A madeira é excelente para obras externas, como

postes, construção civil, vigas, caibros, ripas, assoalhos, tacos etc. A árvore é empregada com sucesso no paisagismo em geral. Estudos científicos apontam que a espécie possui atividade contra inflamações, malária, parasitas, micróbios e colesterol.

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Guaçatonga 307, 337, 343 Outros nomes populares: Café-bravo, Cafezeiro-do-mato,

Cambroé, Chá-de-bugre, Lagarteira, Língua-de-tiú, Petumba.

Nome científico: Casearia sylvestris Sw. Família: Salicaceae Ocorrência: Desde o AC até o RN e desde o AP até o RS, sendo mais frequente no sul do país. Em todos os biomas brasileiros, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica, Pampa e Pantanal, com ampla distribuição em todos os Estados brasileiros. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 6 m de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, e casca escamosa e estriada. Os ramos são longos. As folhas são simples, alternas, dispostas num mesmo plano, assimétricas, glabras ou ásperas, brilhantes na face superior, com glândulas visíveis por transparência, borda serreada. As flores são reunidas em glomérulos axilares, pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são pequenos, em forma de cápsulas ovais. Floração: junho a agosto. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é usada na construção civil. Os frutos são

consumidos por pássaros. Espécie apícola, sendo uma das poucas melíferas de inverno. Na medicina popular as folhas e cascas são usadas no tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, doenças de pele, gastrite, úlcera, mau-hálito, aftas e obesidade. Em laboratório, o extrato da planta apresentou a propriedade de reverter a ação neurotóxica do veneno de jararacuçu em músculos.

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Jequitibá-Rosa 344 Outros nomes populares: Jequitibá-vermelho, Jequitibá-cedro,

Jequitibá-de-agulheiro, Estopa, Jequitibá-grande, Pau-caixão, Pau-carga, Congolo-de-porco

Nome científico: Cariniana legalis (Mart.) Kuntze Família: Lecythidaceae Ocorrência: PB, PE, BA, DF, MG, ES, SP, RJ e PR. Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Dicas para identificação: Árvore de 30 a 50 m de altura, com tronco de 70 a 100 cm de diâmetro, ereto e cilíndrico, revestido por casca pardacenta e fissurada. As folhas são alternas, elípticas a oval-elípticas, crenadas, dentadas, membranáceas, glabras, sem estípulas. As flores são pequenas, cremes, dispostas em panículas axilares e apicais. O fruto é do tipo pixídio, lenhoso, sem dentes salientes na margem da abertura. É uma das maiores árvores do Brasil extra-amazônico. Floração: dezembro a fevereiro. Frutificação: agosto a setembro. Usos: A madeira é própria para a construção civil, móveis, obras

internas, contraplacados, folhas faqueadas, confecção de brinquedos, salto de calçados, lápis, cabo de vassouras, etc. A árvore, por ser muito bela, pode ser empregada no paisagismo de parques e praças públicas. Esta árvore é tão monumental e admirada que emprestou seu nome a cidades, ruas, palácios, parques, etc. Como planta tolerante à luz direta, é excelente para plantios mistos com fins preservacionistas. Espécie melífera. Na medicina popular sua casca é usada contra diarréias e também funciona como poderoso adstringente, com grande poder desinfetante, sendo por isso usada também contra as afecções da boca, inflamação da garganta e das mucosas, amigdalites, anginas e faringites, fazendo-se gargarejos com chá quente.

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Mamica-de-Porca 315, 345 Outros nomes populares: Arruda-brava, Mamiqueira,

Mamiqueira-fedorenta.

Nome científico: Zanthoxylum caribaeum Lam. Família: Rutaceae Ocorrência: PR, SP, MG e RJ. Amplamente distribuída, ocorre ainda desde as ilhas do Caribe e norte do México, através da América Central até América do Sul, chegando à Argentina e Paraguai. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 20 m de altura, tronco e ramos com acúleos espessos. As folhas são imparipinadas (raro paripinadas), aculeadas somente em plantas jovens, folíolos cartáceos, elípticos, a oblongos, raro obovados, ápice agudo a acuminado, base aguda a obtusa, margem marcadamente crenada, inúmeras glândulas, sendo evidentes por toda a folha e em ambas as faces. Apresenta odor fétido nas folhas. A inflorescência é terminal. As flores são de coloração creme-esverdeadas, sésseis ou com pedicelo. O fruto é formado de 3 a 5 folíolos estipitado, glandulosos. A semente é subglobosa, hilo oblongo. Floração: julho a setembro. Frutificação: outubro a junho. Usos: A madeira é utilizada na confecção de cabos de

ferramentas, obras internas, construção civil, molduras e forros. Na medicina popular é utilizado como febrífugo, e como aguçador do apetite.

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Jacarandá-do-Campo 346 Outros nomes populares: Amendoim-do-campo, Jacarandá-

branco.

Nome científico: Platypodium elegans Vogel Família: Fabaceae Ocorrência: Estados de PI, CE, TO, GO, BA, ES, MG até PR, Bolívia e Paraguai, no Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos. Dicas para identificação: Árvore com altura entre 8-25 m e tronco com 40-60 cm de diâmetro. Caule com casca marrom-clara a acinzentada, suberosa, espessa, dotada de sulcos longitudinais profundos. Folhas alternas, pinadas, compostas por 10-22 folíolos, alternos ou opostos, oblongos e ápice emarginado, com 3-5 por 1-2 cm, rígidos, inteiros, lisos, pálidos na inferior, com numerosas nervuras secundárias oblíquas à nervura média. Flores amarelas ou alaranjadas, de corola papilionácea, dispostas em racemos axilares. Fruto do tipo legume, oblongo, bege, chato, de textura coriácea, de 8 por 2 cm, formando uma asa que contém uma semente na extremidade mais larga. Floração: setembro a novembro. Frutificação: setembro a outubro. Usos: É uma árvore recomendada para o paisagismo em geral.

Fornece madeira bastante dura e resistente, usada para carpintaria, marcenaria, obras internas e cabos de ferramentas. Obs.: não deve ser confundida com a espécie Pterogyne nitens (mesma família), igualmente conhecida por Amendoim-do-campo.

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Ipê-Amarelo 313, 348 Outros nomes populares: Ipê-amarelo-cascudo,

Ipê-do-morro, Ipê, Pau-d’arco-amarelo, Ipê-amarelo-paulista, Aipê.

Nome científico: Handroanthus chrysotrichus

(Mart. ex DC.) Mattos

Família: Bignoniaceae Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa,

ES até SC.

Dicas para identificação: Árvore de 4 a 10 m de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Os ramos são novos e pecíolos cobertos por densa pubescência ferrugínea. As folhas são compostas, folíolos pubescentes em ambas as faces, ásperos, coriáceos. As flores são amarelas dispostas em cachos. O fruto é do tipo vagem bipartida, de cor marrom claro, piloso, que, quando maduro, se abre e libera as sementes. Estas são aladas e transparentes. Floração: agosto a setembro. Frutificação: setembro a outubro. Usos: Por apresentar grande resistência mesmo exposta

à ação das intempéries, a madeira é apropriada para obras externas, como postes, tábuas para cerca, currais, construção civil, rodapés, molduras. Devido ao porte pequeno é muito utilizada em arborização de ruas estreitas e locais com rede elétrica.

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Jerivá 349 Outros nomes populares: Coqueiro-gerivá, Coquinho,

Coco-de-cachorro, Baba-de-boi, Coco-catarro.

Nome científico: Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Família: Arecaceae Ocorrência: Em solos secos a encharcados nos estados de ES, RJ, MG, GO, MS, SP até RS. Em várias formações florestais. Dicas para identificação: Caule do tipo estipe, único, com 10 a 20 m de altura e 30 a 40 cm de diâmetro, de cor cinza, mostrando fissuras longitudinais finas e rasas. As folhas são pinadas, com 2 a 3 m de comprimento, formadas por folíolos estreitos e pontudos, flexuosos, distribuídos em vários planos ao longo do eixo. As flores são numerosas dispostas em inflorescência de 80 a 120 cm de comprimento, de cor amarelo-clara, situada entre as folhas e protegida por uma espata lenhosa em forma de canoa, com até 1,5 m de comprimento, de cor marrom ou castanho-clara, caduca. Os frutos maduros são amarelo-alaranjados, lisos, de formato esférico a elíptico, com cerca de 2 a 2,5 cm de diâmetro, de polpa fibrosa e parcialmente carnosa, contendo uma semente elíptica. Floração: quase o ano inteiro, com maior intensidade de setembro

a março.

Frutificação: fevereiro a agosto. Usos: É uma das palmeiras mais empregadas na arborização

urbana no país. O caule é usado para confecção de mourões, ripas e calhas de água. As folhas são usadas para fabricação de vassouras. Espécie apícola. Os frutos são comestíveis e procurados por várias espécies de animais. Na medicina popular os frutos são utilizados pela ação tônica, carminativa, estomáquica, vermífuga e cicatrizante. A semente fornece óleo comestível, comercializado em feiras nordestinas.

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Trilha Ecológica Fazenda Jequitibá, Itu - SP T R I L H A P A R A C AVA L G A D A

Glossário

Acúleo: formação epidérmica (superficial) com aspecto de espinho, encontrada em

Arilo: excrescência que cobre parte da semente, tornando-a atrativa para animais.

Acuminado: extremidade aguda e ligeiramente curva.

Aromática: com cheiro mais ou menos agradável devido, geralmente, à presença de óleos essenciais.

Adstringente: substância que possui a propriedade de apertar ou contrair.

Axilar: situada na junção das folhas ou ramos com o caule.

Alado: provido de asas.

Baga: fruto carnoso, que não se abre na maturação, contendo várias sementes.

Analgésica: que diminui ou retira a dor.

Bioma: conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determinada região.

caules (p.e.: roseira) ou folhas (p.e.: jurubeba), facilmente removível.

Antidispéptica: que combate a má digestão. Anti-helmíntica: que combate vermes parasitas, especialmente lombrigas. Anti-malárica: que combate a malária.

Bráctea: folha mais ou menos modificada (distinta das normais pela dimensão, forma, consistência ou cor), em cuja axila se insere a flor, ou situada próximo da flor ou da inflorescência.

Antiparasitária: que combate parasitas.

Cápsula: fruto simples (originário do desenvolvimento de uma única flor), seco, que se abre na maturação, em geral com muitas sementes.

Antiséptica: que combate os micróbios.

Carminativa: contra os gases intestinais.

Aperiente: que estimula o apetite.

Cimeiras: tipo de inflorescência no qual a ramificação é sempre terminal (acaba em uma flor) e com número definido de ramos.

Apícola: que produz néctar ou pólen para abelhas. Apiculada: provida de ponta curta e aguda, mas não rígida, na extremidade de uma

folha, pétala, sépala, etc.

Aquênio: fruto simples, seco, indeiscente, com uma única semente presa à parede do fruto em um só ponto.

Coriácea: com textura que lembra a do couro. Corimbo: inflorescência racemosa em que as flores se situam ao mesmo nível devido ao comprimento gradualmente inferior dos pedicelos ao longo do eixo. Crenada: provido de recortes arredondados convexos na margem.

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Glossário Deiscente: que se abre na maturação por um mecanismo natural.

Expectorante: que provoca e favorece a expulsão de catarro bronquial.

Dentada: provida de dentes.

Fascículos: pequenos feixes; refere-se a pequenos grupos de folhas, raízes, flores,

Depresso: comprimido perpendicularmente ao eixo. Dióica: diz-se da planta ou taxon com flores unissexuadas, masculinas e femininas,

estames.

Febrífuga: antifebril.

em indivíduos diferentes.

Filiforme: fino e comprido como um fio.

Disenteria: síndrome decorrente de inflamação intestinal, especialmente cólica, e que inclui dor abdominal, tenesmo e defecações frequentes, contendo sangue e muco.

Folha simples: cuja lâmina não é dividida.

Diurético: que aumenta ou facilita a excreção da urina.

Folhas opostas: que se inserem no caule aos pares (uma exatamente na frente da

Drupa: fruto carnoso contendo um caroço duro, como a manga e o pêssego. Elíptica: que se refere à elipse; forma geométrica. Elipsóide: com a forma do corpo

sólido cujas secções longitudinais são elipses e as transversais círculos.

Folhas alternas: que se inserem em diferentes níveis (zig-zag) no caule.

outra).

Folhas verticiladas: com disposição circular de órgãos similares em torno de um nó

num eixo.

Emética: que provoca o vômito.

Folículo: fruto simples, deiscente, que se abre pela sutura do único carpelo de que é formado.

Emoliente: que abranda a inflamação.

Folíolo: cada um dos limbos parciais da folha composta ou recomposta.

Espiraladas: dispostas em espiral em torno de um eixo.

Galha: são estruturas de proteção e alimentação de larvas de alguns insetos, que se

Estipitado: provido de um suporte estreito.

distribuem nas folhas visando uma melhor obtenção de recursos. Elas são formadas a partir da multiplicação de tecidos foliares.

Estípulas: folhas reduzidas, situadas na base dos pecíolos de certas plantas, em geral

Gineceu: conjunto dos carpelos (órgãos femininos da flor).

dois.

Estomáquica: que trata problemas do estômago. Eupéptica: tratam do estômago e do processo digestivo. Estrigosa: coberta de tricomas rígidos e ásperos.

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Glabra: sem tricomas. Glabrescente: que se torna glabro, ou quase, com a maturação. Não confundir com

subglabro, ou seja, com indumento de tricomas esparsos.

Globosa: aproximadamente esférica.


Glossário Glomérulo: inflorescência do tipo de uma cimeira multípara muito contraída,

Obovóide: De forma ovóide invertida, como um ovo com parte distal mais alargada.

Hidropisia: retenção anormal de líquidos nas cavidades ou tecidos do corpo.

Ocrácea: Com a cor do ocre (argila amarela-acastanhada).

Imparipinada: diz-se da folha pinada cujo eixo termina por um folíolo; disso resulta

Oval: cujo perfil lembra um ovo.

globulosa, com as flores mais condensadas que no fascículo.

que o número total de folíolos é impar.

Indeiscente: que não se abre. Inflorescência: conjunto de flores agrupadas.

Aplica-se a estruturas a 3 dimensões.

Panícula: cacho composto, onde os ramos decrescem da base para o ápice. Papilionáceo: aplica-se à corola dialipétala e zigomórfica formada por cinco pétalas:

Lanugem: Coberto de pêlos crespos e macios mas pouco longos.

uma superior ou posterior (estandarte ou vexilo) geralmente maior e ± perpendicular ao eixo da flor e que envolve as restantes quando em botão; duas laterais (as asas) que envolve mais duas quando em botão; estas duas últimas peças são concrescentes ou coniventes formando uma estrutura navicular (quilha) que envolve o androceu e gineceu.

Látex: seiva de certas plantas, frequentemente leitosa.

Paripinada: diz-se da folha composta (pinada) que tem número par de folíolos

Lanceolada: em forma de ponta de lança.

Legume: fruto seco que se abre por duas fendas. Vagem. Lenticela: excrescência geralmente visível a olho nu, constituída por um arranjo

(pinas).

Patente: que se insere segundo um ângulo próximo de 90º com o eixo.

frouxo de células, por onde ocorrem trocas gasosas.

Pentâmera: que possui pétalas e sépalas em número múltiplo de cinco.

Melífera: diz-se de uma planta cujo néctar pode ser utilizado pelas abelhas para

Pecíolo: parte da folha que prende a lâmina ao ramo. Peciólulo: pecíolo do folíolo

Membranácea: parecido com membrana; de consistência delicada.

Peciolado: provido de pecíolo; oposto à séssil.

Narcótica: que faz adormecer. Oblanceolada: lanceolado, mas com a maior largura um pouco acima do meio.

Pedicelada: provida de pedicelo, o eixo de suporte da flor

produzir mel.

Oblonga: folha ou estrutura mais longa do que larga e com bordos paralelos na

maior parte da extensão.

Obovada: ovada, mas com a ponta mais larga voltada para o ápice.

nas folhas compostas.

Piloso: coberto de tricomas. Pinada: folha composta subdividida em vários folíolos ou pinas perpendiculares ou

oblíquos a um eixo principal.

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Glossário Pixídio: cápsula com deiscência transversal, na qual a parte superior se ergue como uma tampa, desprendendo-se completamente. Pubescente: coberto de tricomas finos e curtos. Pubérula: coberto de tricomas curtos, pouco densos, dificilmente vistos a olho nu. Racemo: inflorescência indeterminada na qual as flores são pedunculadas e se

Subséssil: quase séssil, com pecíolo, pedicelo ou pedículo muitíssimo curto. Sicônio: é o fruto das figueiras, nativas ou frutíferas (Ficus carica). Sub: prefixo que se adiciona a muitos termos para atenuar o significado (= quase). Sulco: depressão linear na superfície do corpo e de um órgão.

inserem a certa distância umas das outras; o mesmo que cacho.

Terminal: localizado na ponta dos ramos.

Ritidoma: conjunto de tecido morto de cascas de caule e raízes, resultante de atividade do felogênio; termo técnico para designar cortiça.

Tomento: indumento de pêlos espessos, curtos, enrolados sobre si próprios, cobrindo

Sagitada: em forma de seta, ou seja, em forma de triângulo agudo prolongando-se na base em duas aurículas ou lóbulos agudos, dirigidos para a base.

Tomentoso: Coberto de tomento.

Sâmara: fruto seco, indeiscente, contendo uma semente e dotado de asa

uniformemente uma superfície.

Tônico: revigorante.

membranosa.

Tricoma: cobertura de proteção que lembra pilosidade animal.

Sapopemas: Cada uma das raízes que se desenvolvem com o tronco de muitas

Unifoliolado: Diz-se da folha composta com um só folíolo; distingue-se da folha simples pelo fato de o limbo possuir peciolulo, ± desenvolvido, articulado no extremo do pecíolo.

árvores, formando em volta dele divisões achatadas.

Semidecidual: que desprende parte das folhas na época seca do ano. Sépala: cada um dos segmentos do cálice das flores. Serreado: com bordas que lembram dentes de uma serra.

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Umbela, Umbeliforme: inflorescência em que numerosas flores pedunculadas se inserem na mesma altura do eixo principal.


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