Trilha Ecológica - Fazenda Capoava - CAMINHADA

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Trilha Ecol贸gica Fazenda Capoava C

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CAMINHADA.....................Trilha Ecol贸gica Fazenda Capoava, Itu, SP

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Elaboração Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (http://www.lerf.esalq.usp.br/) Bioflora (http://viveirobioflora.com.br/) Equipe Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues Engº Agrº Dr. André Gustavo Nave Engº Agrº Dr. Fabiano Turini Farah Gestora Ambiental Sheron Agnez Silva Biólogo Fernando Lamonato Enga. Ftal. Bruna Balestrin Piaia

Advertências: as informações medicinais apresentadas neste manual em hipótese nenhuma servem como recomendação para auto-medicação, ressaltando que toda planta é tóxica, dependendo da parte utilizada, modo de preparo, entre outros fatores. Do mesmo modo, salientamos que nem todo fruto (estrutura de disseminação das sementes) é uma fruta (material comestível).

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APRESENTAÇÃO Situada na fazenda Capoava, a trilha ecológica faz parte de uma iniciativa voluntária com o objetivo de proporcionar espaço e materiais para atividades de educação ambiental no município de Itu, SP. Seu trajeto de 1315 m possibilita a caminhada por pessoas de uma ampla faixa etária. Os visitantes poderão ter contato com um remanescente de vegetação nativa e áreas de conservação ambiental integrantes do Programa de Adequação Ambiental da fazenda Capoava. Neste manual são apresentadas 33 espécies arborescentes, todas elas nativas regionais, presentes na trilha. São fornecidas dicas botânicas para reconhecimento das espécies, bem como informações a respeito de seus usos, com base na literatura. A sequência das plantas na trilha e o mapa do percurso podem ser vistos nas págs. 5 e 6. No final, há um glossário com termos botânicos (pág. 39).

Figura 01: Trecho da trilha Ecológica na Fazenda Capoava em Itu, SP.

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FLORESTAS A vegetação típica da região é denominada Floresta Estacional Semidecidual, um subtipo da Mata Atlântica. Sua particularidade está no fato de que parte das espécies apresenta queda de folhas (deciduidade) na época mais seca do ano (caráter estacional), como adaptação para prevenir perdas excessivas de água por transpiração. Pode ser encontrada em solos variados, desde os mais arenosos até argilosos. A qualidade da água é consequência do manejo do solo em toda a bacia hidrográfica. A vegetação natural é essencial para a manutenção da cobertura e da estabilidade do solo, promovendo a conservação dos recursos hídricos. Figura 02: Floresta Estacional Semidecidual. Fazenda Capoava, Itu, SP.

Figura 03: Represa com margens protegidas pela vegetação natural. Fazenda Capoava, Itu, SP.

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A qualidade da água (física, química e biológica) é assegurada pela vegetação ao redor das nascentes e ao longo dos cursos d’água, conferindo menor temperatura e turbidez, maior oxigenação, e retendo o excesso de nutrientes do escoamento de águas superficiais. As vegetações naturais e em processo de restauração das Fazendas Capoava, Jequitibá e Ingazinho protegem a margem dos cursos d’água e contribuem para a manutenção da qualidade das águas. Além de fornecerem abrigo e alimento para os animais, na forma de néctar, pólen e frutos, as espécies florestais presentes na região apresentam várias utilidades para o homem, como melíferas, medicinais, cosméticas, madeireiras, entre outras. Nas trilhas podem ser observadas várias espécies nativas regionais de grande importância pela sua utilidade potencial, bem como pelo uso tradicional por povos da floresta e do meio rural.


Trilha Ecológica Fazenda Capoava, Itu - SP

Número

TRILHA PARA CAMINHADA

Sequência das plantas na trilha:

Número

Nome Científico

Nome Popular

18

Machaerium nyctitans (Vell.) Benth.

Jacarandá-bico-de-pato

19

Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.

Tapiá

20

Cabralea canjerana (Vell.) Mart.

Canjerana

21

Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.

Taiúva

22

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

23

Aspidosperma polyneuron Müll.Arg.

Peroba-rosa

24

Roupala montana Aubl.

Carvalho-brasileiro

25

Seguieria langsdorffii Moq.

Limoeiro-bravo

26

Colubrina glandulosa Perkins

Saguaraji-vermelho

Nome Científico

Nome Popular

27

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.

Pau-jacaré

1

Cabralea canjerana (Vell.) Mart.

Canjerana

28

Astronium graveolens Jacq.

Guaritá

2

Casearia sylvestris Sw.

Guaçatonga

29

Machaerium stipitatum Vogel

Sapuvinha

3

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

Candeia

30

Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.

Taiúva

4

Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez

Canelinha

31

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

5

Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC.

Chuva-de-ouro

32

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.

Pau-jacaré

6

Guapira opposita (Vell.) Reitz

Maria-mole

33

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

Mamica-de-porca

7

Machaerium villosum Vogel

Jacarandá-paulista

34

Ficus citrifolia Mill.

Figueira

8

Ficus citrifolia Mill.

Figueira

35

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

9

Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.

Louro-pardo

36

Calyptranthes grandifolia O. Berg.

Araçarana

10

Guarea kunthiana A.Juss.

Canjambo

37

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

11

Croton floribundus Spreng.

Capixingui

38

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

Mamica-de-porca

12

Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl.

Guatambu-de-sapo

39

Trichilia pallida Sw.

Baga-de-morcego

13

Trichilia pallida Sw.

Baga-de-morcego

40

Styrax camporum Pohl

Benjoeiro

14

Luehea divaricata Mart. & Zucc.

Açoita-cavalo

41

Cupania vernalis Cambess.

Camboatá-vermelho

15

Copaifera langsdorffii Desf.

Copaíba

42

Cupania vernalis Cambess.

Camboatá-vermelho

16

Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch.

Maria-mole

43

Metrodorea stipularis Mart.

Chupa-ferro

17

Trichilia clausseni C.DC.

Catiguá-vermelho

44

Metrodorea stipularis Mart.

Chupa-ferro

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Mapa

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Canjerana 321, 456, 477 Outros nomes populares: Canjarana, Canjerana-de-prego,

o número refere-se à plaqueta fixada no caule

Canharana Cedro-canjerana, Pau-de-santo, Caierana.

Nome científico: Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Família: Meliaceae Ocorrência: MG, MS até o RS. Principalmente na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 70 a 120 cm de diâmetro. As folhas são compostas imparipinadas de 40 a 70 cm de comprimento, com 15 a 21 folíolos de 12 a 15 cm de comprimento. As flores são de coloração esverdeado-creme, sem aroma. O fruto é do tipo cápsula globosa deiscente, com 3 a 5 sementes grandes, com arilo brilhante alaranjado. Floração: setembro a outubro e em outras épocas do ano. Frutificação: agosto a novembro e em outras épocas do ano. Usos: É uma das espécies madeireiras mais valiosas do País. A

madeira, devido à facilidade de manuseio e resistência à umidade e a insetos, é indicada para a construção de estruturas de móveis, para a construção civil, caibros, caixas, esteios e mourões para terrenos brejosos. Além disso, antigamente era utilizada na confecção de imagens de santos na religião católica. A árvore pode sem utilizada no paisagismo em geral. O arilo suculento que envolve a semente é alimento para pássaros, macacos e outros mamíferos. Na medicina popular, a parte mais importante da planta é a casca, sobretudo a da raiz, que além do suco purgativo que exsuda, é antidispéptica, febrífuga, adstringente, emética e narcótica. As folhas também são febrífugas, o suco dos frutos é inseticida e das flores se extraem substâncias para perfumes.

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Guaçatonga 307, 337, 343 Outros nomes populares: Café-bravo, Cafezeiro-do-mato,

Cambroé, Chá-de-bugre, Lagarteira, Língua-de-tiú, Petumba.

Nome científico: Casearia sylvestris Sw. Família: Salicaceae Ocorrência: Desde o AC até o RN e desde o AP até o RS, sendo mais frequente no sul do país. Em todos os biomas brasileiros, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica, Pampa e Pantanal, com ampla distribuição em todos os Estados brasileiros. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 6 m de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, e casca escamosa e estriada. Os ramos são longos. As folhas são simples, alternas, dispostas num mesmo plano, assimétricas, glabras ou ásperas, brilhantes na face superior, com glândulas visíveis por transparência, borda serreada. As flores são reunidas em glomérulos axilares, pequenas e esbranquiçadas. Os frutos são pequenos, em forma de cápsulas ovais. Floração: junho a agosto. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é usada na construção civil. Os frutos são

consumidos por pássaros. Espécie apícola, sendo uma das poucas melíferas de inverno. Na medicina popular as folhas e cascas são usadas no tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, doenças de pele, gastrite, úlcera, mau-hálito, aftas e obesidade. Em laboratório, o extrato da planta apresentou a propriedade de reverter a ação neurotóxica do veneno de jararacuçu em músculos.

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Candeia 306, 336, 479 Outros nomes populares: Cambará, Cambará-açu, Cambará-branco,

Balieira-preta.

Nome científico: ochnatia polymorpha (Less.) Cabrera. Família: Asteraceae Ocorrência: BA, ES, MG, GO, MT, MS, SP, PR, SC, RS. Uruguai, Argentina e Paraguai. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos a argilosos, com fertilidade baixa. Dicas para identificação: Árvore de 3,5 a 10 m de altura, com tronco geralmente tortuoso e inclinado, de 20 a 60 cm de diâmetro. A casca é castanhoavermelhada, muito espessa, com fendas sinuosas, entrelaçadas. As folhas são simples, alternas e espiraladas, ovais a lanceoladas, base arredondada e ápice agudo, com dimensões 12 a 18 por 4 a 7 cm, totalmente coberturas por tricomas brancos na face inferior, bem como nos ramos jovens; pecíolo com 2 cm de comprimento. As flores são brancas, pequenas, reunidas em panículas terminais, de 10 a 20 cm de comprimento, com numerosos capítulos com 1 cm de comprimento, permanecendo nos ramos mesmo depois de secas. O fruto é do tipo aquênio em forma de penacho, deiscente, oblongo, preto, sulcado, coberto por tricomas, coroado com cerdas de 2 a 5 cm, branco-amareladas e semente inclusa no fruto. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a maio. Usos: Fornece madeira moderadamente densa, própria para obras imersas,

construção civil, obras expostas como mourões, pontes, cabos de ferramentas, peças torneadas, tamancos, esquadrias e curvas para a construção naval.

É uma árvore ornamental pela folhagem, bem como pela forma retorcida dos ramos, podendo ser usada no paisagismo, em especial em áreas secas. Espécie apícola. Na medicina popular, as folhas são usadas em chás para o tratamento de afecções broncopulmonares, como expectorante e emoliente. A casca do caule é usada por indígenas no tratamento de dor de garganta e reumatismo ósseo. O extrato das folhas tem atividades anti-inflamatória e antimutagênica comprovadas.

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Canelinha 329, 480 Outros nomes populares: Canela-imbuia, Canela-preta,

Canela-ferrugem, Canela-louro, Canela-fedorenta, Canela-merda, Canela-loura.

Nome científico: Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Família: Lauraceae Ocorrência: SP ao RS. América Central, Antilhas e América do Sul. Cerrado e Mata Atlântica. Dicas para identificação: Árvore de 15 a 25 m, com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, e casca pardo-acinzentada e escamosa, liberando placas irregulares e finas. As folhas são alternas espiraladas, simples, elíptico-lanceoladas, lanceoladas a oblanceoladas, glabras. As inflorescências são formadas por muitas flores em panículas axilares pequenas. O fruto é do tipo baga elipsóide preta e brilhante, com até 15 x 15 mm. Floração: janeiro a maio. Frutificação: outubro a dezembro. Usos: Sua madeira presta-se para construção civil,

esquadrias, tabuado em geral. Apesar das excelentes características tecnológicas da madeira, ela tem sido relegada para segundo plano devido ao cheiro desagradável que pode exalar em lugares úmidos. A árvore é muito ornamental, principalmente pela forma arredondada de sua copa, o que tem motivado seu uso na arborização de ruas de inúmeras cidades nos estados de SP e PR. Seus frutos são muito procurados por pássaros de pequeno e médio porte. Estudos científicos mostram ainda que a planta possua atividade antifúngica, analgésica, antiinflamatória e contra o Trypanosoma cruzi.

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Chuva-de-ouro 481 Outros nomes populares: Canafístula, Tapira-coiana, canafrista. Nome científico: Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC. Família: Fabaceae Ocorrência: Do CE até MG, MS e PR, principalmente na Floresta Estacional Semidecidual e na Floresta Ombrófila Densa. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 15 m, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. As folhas são compostas paripinadas, com 10 a 30 folíolos ásperos na face superior e coberta por tricomas cor-de-ferrugem na inferior. As flores são amarelas e de odor agradável, sendo apresentadas em cachos pendentes, medindo cerca de 20 cm de comprimento. Os frutos são do tipo vagem cilíndrica, longa, tendo em seu interior as sementes distribuídas em compartimentos. Floração: setembro a dezembro.

Frutificação: agosto a outubro. Usos: A madeira é de baixa durabilidade quando em contato com a umidade e

o solo, assim torna-se própria para vigamento, caibros, caixilhos, rodapés, obras internas, carpintaria, para a confecção de palitos de fósforo e caixotaria em geral. A árvore é bastante ornamental, em especial quando está em flor, por esse motivo é comumente empregada no paisagismo em geral. Na medicina popular as sementes são utilizadas como laxante.

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Maria-mole 482 Outros nomes populares: Maria-mole, Maria-faceira,

Flor-de-pérola.

Nome científico: Guapira opposita (Vell.) Reitz Família: Nyctaginaceae Ocorrência: mazônia, Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica de encosta e restinga, com maior frequência. Dicas para identificação: Árvore de 6 a 20 m de altura, com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, e casca fina e quase lisa. As folhas são simples, opostas, glabras e brilhantes na face superior, e ligeiramente espessas e cobertas por tricomas rígidos na face inferior. É comum a presença de galhas na folha. As flores são esverdeadas, dispostas em panículas axilares. O fruto é carnoso, pequeno e oval, arroxeado quando maduro, contendo uma semente. Floração: julho a outubro. Frutificação: novembro a fevereiro. Usos: Os frutos são muito consumidos por pássaros e

formigas. A madeira é leve, podendo ser empregada na construção civil e na marcenaria.

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Jacarandá-Paulista 327, 483 Outros nomes populares: Jacarandá-do-cerradão,

Jacarandá-do-mato, Jacarandá-pardo, Jacarandá-tã-do-mato.

Nome científico: Machaerium villosum Vogel Família: Fabaceae Ocorrência: MG, SP e PR. Principalmente na Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 20 e 30 m altura, tronco de 50 a 80 cm de diâmetro. As folhas são compostas pinadas, de 20 a 30 cm de comprimento e 17 a 23 folíolos alternados, lanceolados, acuminados, medindo de 6 a 10 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura, densamente pilosos em ambas as faces. As inflorescências estão em panículas axilares, com flores esbranquiçadas. O fruto é do tipo sâmara de cor parda. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: agosto a setembro. Usos: Por ser muito resistente e de longa durabilidade mesmo

que em condições adversas, a madeira é empregada para obras expostas, na construção civil e para trabalhos de marcenaria de luxo. É uma árvore frondosa, que pode ser usada em paisagismo. Estudos científicos mostram que as folhas possuem ação antioxidante e antifúngica.

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Figueira 467, 484

Nome científico: Ficus citrifolia Mill. Família: Moraceae Ocorrência: GO, MS, MT. Ocorre ainda na América do Sul e Central. Desenvolvese bem em ambientes degradados. Dicas para identificação: Árvore de 3 a 6 m de altura, com tronco provido de sapopemas basais. Pode ser epífita na fase jovem, germinando e crescendo sobre árvore ou palmeira. A folha é coriácea, glabra. O ápice dos ramos é protegido por estípulas. As flores são pequenas. O fruto é verde e do tipo sicônio (figo), globoso. As sementes são diminutas e esbranquiçadas. Floração: Frutificação: Usos: Devido à baixa durabilidade, a

madeira é utilizada para miolo de portas e painéis, para caixotaria leve. Os frutos servem de alimento para morcegos e outros animais. Estudos científicos demonstraram que a espécie pode auxiliar na melhora da eficácia da quimioterapia de tumores. É polinizada pela vespa do gênero Pegoscapus sp.

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Louro-Pardo 485 Outros nomes populares: Louro, Louro-batata, Canela-batata,

Ajuí, Peterebi, Louro-cabeludo, Louro-mutamba.

Nome científico: Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. Família: Boraginaceae Ocorrência: Floresta Ombrófila Densa e no Cerrado, do CE até o RS. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 70 a 90 cm de diâmetro, e casca grossa, cinzenta. As folhas são simples, alternas, medindo de 8 a 14 cm de comprimento, verde-escuras e ásperas na face superior e cinza prateada e pilosa na face inferior. As inflorescências são do tipo panícula terminal densa. As flores são brancas. O fruto é do tipo drupa alongada, de cor castanha. Floração: De abril a julho. Frutificação: De julho a setembro. Usos: A madeira é uma das mais caras do mercado, sendo

amplamente empregado na confecção de móveis de luxo, persianas, revestimento de móveis, confecção de pequenas embarcações, tonéis. A árvore possui qualidades ornamentais, sendo utilizada no paisagismo em geral. Na medicina popular a espécie é utilizada como cicatrizante, adstringente, anti-inflamatório, anti-helmíntica, antimalárica e diurética. Além disso, também é indicada para o tratamento de infecções urinárias, doenças pulmonares e lepra.

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Canjambo 328, 486 Outros nomes populares: Marinheiro, Peloteira Nome científico: Guarea kunthiana A. Juss. Família: Meliaceae Ocorrência: Amazônia, Planalto Central, Sudeste e Sul (PR e SC). Desde a Costa Rica e Panamá até o Paraguai e Bolívia. Dicas para identificação: Árvore de 4 a 20 m de altura, com copa oval, ramos jovens sem lenticelas, esparsos e densamente pubescentes, glabros, com tronco cilíndrico de 40 a 70 cm de diâmetro e casca rugosa. As folhas são paripenadas ou com apenas um folíolo, de 8 a 40 cm, pecíolo espessado na base, raque glabrescente a pubescente, folíolos de 2 a 6 pares, opostos, largo a estreito-elípticos, oblonceolados ou obovados, de 7 a 26 X 4 a 13 cm, os proximais são menores que os distais, ápice curtoacuminado a obtuso-arrendondado, base cuneada, atenuada, truncada, ou arrendondada, face superior glabra e face inferior densa a esparso-pubscente (tricomas macios). As flores medem até 13 mm pediceladas, 4 pétalas oblongas ou lanceoladas de cor rosa ou avermelhada, pequena. O fruto é do tipo cápsula elipsóide a globosa, lisa, glabra, vinosa-acastanhada, que se abre em 4 partes quando madura, lenticelada, lenticelas ocráceas, grandes. Floração: outubro a dezembro. Frutificação: março a outubro. Usos: A madeira pode ser utilizada para tabuado em geral na

construção civil, bem como para a estrutura de móveis e caixotaria. Os frutos são muito procurados por pássaros, como o tucano. Estudos científicos apontam que o fruto possui ação anti-ácaros. Além disso, os extratos da folha, caule e fruto apresentaram potencial ação contra nematóides, podendo servir futuramente para a produção de defensivos agrícolas.

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Capixingui 335, 458, 464, 469, 487 Outros nomes populares: Tapixingui, Velame, Capoeira-preta. Nome científico: Croton floribundus Spreng. Família: Euphorbiaceae Ocorrência: PE, MT, MS, MG, ES, SP, PR, RJ. Mata Atlântica, em diferentes tipos de solos, com boa drenagem. Dicas para identificação: Árvore de 5 a 10 m de altura, tronco reto e cilíndrico, de 20 a 60 cm de diâmetro, com casca de cor cinza-clara e lisa quando jovem, escura e áspera quando adulta. Os ramos são de cor pardo-escura e tricomas estrelados. As folhas são simples e alternas, com formato oblongo-elíptico e base obtusa a arredondada, medindo 8 a 12 por 5 a 6 cm, com estípulas; látex aquoso. A face superior da folha é verde-escura e lustrosa, enquanto a inferior é brancacenta, sendo áspera em ambos os lados. Quando velhas, as folhas se mostram alaranjadas. As inflorescências são em forma de racemo, com 30 cm de comprimento, nas extremidades de ramos laterais, com flores brancas ou amareladas. O fruto é do tipo cápsula seca, dotados de três cavidades que se abrem de modo explosivo, liberando as sementes, que lembram carrapatos (Croton, nome grego). Floração: outubro a janeiro. Frutificação: novembro a abril. Usos: As árvores mais velhas fornecem madeira moderadamente densa,

cujo cerne pode ser usado para mourões e tabuados, obras internas, carpintaria, caixotaria, papel e fósforos. O macaco-bugio se alimenta das folhas e flores, Espécie apícola. Na medicina popular as folhas têm emprego contra úlceras e também como drásticas ou catárticas. Elas podem ser usadas em curtume, assim como a casca do tronco. O fruto é considerado tônico. Pertence à família da mamona (Ricinus communis), e suas sementes são igualmente oleaginosas.

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Guatambu-de-Sapo 488 Outros nomes populares: Aguaí, Aguaizeiro, Caxeta,

Caxeta-amarela, Coerana, Mata-olho.

Nome científico: Chrysophyllum gonocarpum (Mart. &

Eichler ex Miq.) Engl.

Família: Sapotaceae Ocorrência: Floresta Estacional Semidecidual, RJ e de

MG ao RS.

Dicas para identificação: Árvore de 6 a 20 m de altura,

com tronco de 50 a 80 cm de diâmetro. Os ramos liberam látex se cortados. As folhas são simples, de 8 a 16 cm de comprimento por 2 a 5 cm de largura, com pecíolo de 1,5 cm. A inflorescência é formada por flores de 1 a 6 nas

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axilas das folhas ou em nós recentemente desfolhados. As flores são subsésseis ou em pedicelos de até 5 mm, hermafroditas ou excepcionalmente unissexuais. O fruto é amarelo, com polpa fina, comestível, contendo de 1 a 5 sementes. Floração: setembro a novembro.

Frutificação: agosto a outubro. Usos: A madeira é usada na confecção de brinquedos,

caixas, forros e tábuas. A árvore é ornamental, podendo ser usada para a arborização de ruas estreitas. Os frutos são muito apreciados por pássaros. Estudos científicos apontam a casca com potencial antifúngico.


Baga-de-Morcego 320, 471, 489, 493 Outros nomes populares: Catiguá

Floração: novembro a fevereiro. Frutificação: dezembro a março.

Nome científico: Trichilia pallida Sw.

Usos: A madeira é utilizada na construção civil para forros, divisórias, móveis, cabo

Família: Meliaceae Ocorrência: Amplamente distribuída por quase todo o país, desde a região Amazônica até o Paraná, exceto no Nordeste.

de ferramentas etc. A espécie é melífera. Os frutos são demasiadamente procurados por inúmeras espécies de pássaros, sendo suas sementes dispersadas por tais animais. Estudos científicos apontam que as folhas da espécie possuem ação inseticida, podendo ser utilizada futuramente na composição química de defensivos agrícolas.

Dicas para identificação: Árvore de 4 a 25 m de altura, com copa globosa, e brotos sem escama, com tronco de 15 a 25 cm de diâmetro. As folhas são compostas imparipinadas, tri ou unifolioladas, com 1 a 9 folíolos subcoriáceos e glabros, medindo de 9 a 20 cm de comprimento. A inflorescência dispõe-se em fascículos axilares, com flores unixessuadas. O fruto é do tipo cápsula obovóide, com uma única semente, a qual possui um arilo vermelho bastante chamativo.

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Açoita-Cavalo 490 Outros nomes populares: Ibatingui, Ivatingui, Açoita-cavalo-miúdo,

Pau-de-canga, Caiboti.

Nome científico: Luehea divaricata Mart. & Zucc. Família: Malvaceae Ocorrência: Sul da BA, RJ, SP, MG, GO e MS até o RS na Floresta Estacional Semidecidual. É frequente ao longo de rios, terrenos rochosos e íngremes, onde a floresta é mais aberta e nas formações secundárias. Dicas para identificação: Árvore de 15 a 25 m de altura, com tronco de 50 a 60 cm de diâmetro, amarelado, com manchas mais escuras. As folhas são simples, quase glabras na face superior e densamente pubescentes e de cor esbranquiçada na face inferior, medindo de 9 a 12 cm de comprimento. As flores são róseas dispostas em inflorescências terminais. O fruto é do tipo cápsula lenhosa deiscente. Floração: dezembro a fevereiro. Frutificação: maio a agosto. Usos: Por ser extremamente flexível, a madeira é utilizada para estruturas

de móveis, confecção de móveis curvados, caixotaria, cadeiras, ripas, salto de calçados, molduras, hélices de aviões etc. A árvore pode ser usada para o paisagismo em geral. Espécie melífera, servindo para abelhas e beija-flores. Na medicina popular, a espécie é conhecida por possuir como princípio ativo óleos essenciais, sendo utilizada a casca, as folhas e as flores em casos de disenteria, hemorragia, artrite, lecorréia, reumatismo e tumores.

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Copaíba 491 Outros nomes populares: Copaíba-vermelha, Copaúba, Óleo-de-copaíba, Oleiro, Óleo-vermelho,

Óleo-pardo, Pau-de-óleo, Bálsamo.

Nome científico: Copaifera langsdorffii Desf. Família: Fabaceae Ocorrência: Estados do AM, região nordeste até RS, Bolívia, Argentina e Paraguai, no Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos ou úmidos, com fertilidade variável. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 28 m de altura, de tronco reto e cilíndrico com 40 a 100 cm de diâmetro. Casca externa vermelha-escura nas árvores jovens a marrom nas mais velhas, se destacando em lâminas retangulares, abaixo da qual se vê uma casca interna rosada. As folhas são alternas, compostas por 2 a 5 pares de folíolos lustrosos, cada um com 4 a 5 por 2 a 3 cm, possuindo pontos translúcidos. As flores são branco-amareladas a bege-rosadas, pequenas e perfumadas, dispostas em grande número em inflorescências terminais. O fruto é do tipo legume em forma de cápsula ovóide-achatada, de 4 a 5 cm por 2 a 3 cm, de cor marrom-alaranjada, com 1 ou 2 sementes elípticas, negras e lustrosas, recobertas em uma metade por arilo alaranjado carnoso. Floração: setembro a abril. Frutificação: agosto a outubro. Usos: A madeira é moderadamente densa, bastante durável, usada na marcenaria em geral,

construção civil e naval, laminados, móveis, peças torneadas, etc. Os frutos servem de alimento para o macaco-prego, muriqui e pássaros, sendo eles os dispersores das sementes, uma vez que as engolem para aproveitar o arilo. A árvore é empregada com sucesso no paisagismo, pois é bastante ornamental. Na medicina popular o óleo da madeira é usado como anti-inflamatório, antitetânico, expectorante, estimulante alimentar, contra resfriado, bronquite, sinusite, caspa, acne, bem como para picadas de insetos, possuindo atividades comprovadas como antitumoral, cicatrizante e no tratamento de úlceras gástricas. É usado também na indústria de cosméticos, para a produção de cremes, xampus, além de fixador de perfumes, fabricação de tintas, vernizes e plásticos. Possui ainda atividade larvicida promissora para o combate do mosquito Aedes aegypiti e já foi testado com sucesso como biodiesel. Da casca extrai-se um corante caseiro amarelo para tingimento de algodão. Obs.: não deve ser confundida com a espécie Myroxylon peruiferum (mesma família), conhecida por Cabreúva, Bálsamo ou Óleo-vermelho.

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Maria Mole 492 Outros nomes populares: Pau-toa. Nome científico: Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch. Família: Araliaceae Ocorrência: Da Amazônia até RS, ocorrendo ainda na Bolívia, Paraguai e Argentina. Mata Estacional Semidecidual e Mata Ciliar do Planalto Brasileiro. Dicas para identificação: Árvores ou arvoretas de 3 a 9 m de altura. As folhas apresentam pecíolo de 1,5 a 12 cm de comprimento, levemente achatado lateralmente, margem inteira, levemente revoluta, base cuneada a obtusa, nervação acródoma, nervuras secundárias 5 a 8. A inflorescência é do tipo umbela em racemo, terminal, ereta, robusta, geralmente de 1 a 3 brácteas, verticiladas ou não. As flores possuem pedicelo. O fruto é do tipo drupa, esférica, 5-lobada quando seca. Floração: janeiro e março a setembro. Frutificação: março a dezembro. Usos: A madeira, devido sua baixa resistência ao apodrecimento

e ao ataque de insetos, é utilizada para obras internas, caixotaria, forros e divisórias. A árvore pode ser empregada com sucesso na arborização urbana. Espécie melífera. Os frutos são bastante apreciados pela avifauna.

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Catiguá-Vermelho 493 Outros nomes populares: Catiguá, Quebra-machado Nome científico: Trichilia clausseni C. DC. Família: Meliaceae Ocorrência: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual e Cerrado, em solos de variados graus de umidade, nos Estados de MG, SP, MS até RS. Dicas para identificação: Arvoreta ou árvore de 6 a 12 m de altura, com tronco oco de 20 a 30 cm de diâmetro e casca lisa. Os ramos possuem lenticelas pálidas. As folhas são compostas por três folíolos elípticos ou oblanceolados, de 6 a 13 cm de comprimento por 1,3 a 3 cm de largura cada. A face inferior dos folíolos mostra nervuras bastante proeminentes. Cada folha é sustentada por pecíolo de 2 a 4,5 cm de comprimento. As flores são pequenas, esbranquiçadas, amareladas ou avermelhadas, possuem 4 a 5 pétalas e estão dispostas em cachos nos ramos novos, em axilas de escamas foliares que caem. O fruto é uma cápsula ovóide, oblonga ou elíptica, verde até amarelado-avermelhado, com 0,8 a 2 cm de comprimento por 0,5 a 1,3 cm de largura, que se abre na maturação, liberando uma semente dotada de arilo vermelho ou alaranjado. Floração: agosto a outubro. Frutificação: janeiro a março. Usos: Fornece madeira própria para marcenaria leve, forros,

lambris, para acabamentos internos como molduras, portas, painéis, etc. A árvore é recomendada para o paisagismo em geral. Seus frutos são muito consumidos por várias espécies de pássaros. Da casca é extraído tanino e corante vermelho ou amarelo. Estudos científicos apontam que a espécie apresenta ação inseticida, interrompendo a alimentação e a ecdise (troca do exoesqueleto), além de possuir ação anti-helmíntica e antiparasitária no sistema digestivo de bovinos.

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Jacarandá-bico-de-pato 494 Outros nomes populares: Guaxumbé, Jacarandá-ferro, Cauvi Nome científico: Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. Família: Fabaceae Ocorrência: Desde o Estado da BA, MG, ES, RJ, SP até PR, na Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica, sendo típica da Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 18 m de altura, com tronco de 40 a 70 cm de diâmetro, geralmente dotado de acúleos. Folhas compostas, alternas, com folíolos lanceolados a oblongos, cobertos por tricomas castanhos principalmente na face inferior. Flores dispostas em cachos piramidais terminais e axilares, de coloração arroxeada, coberta por tricomas densos, ferrugíneos. Fruto alado do tipo sâmara. Floração: fevereiro a maio. Frutificação: setembro a outubro. Usos: A madeira é moderadamente pesada e muito resistente, usada para confeccionar cabos de ferramentas, varais e cangas de bois. A árvore apresenta potencial ornamental, pelo porte e por suas flores aromáticas. Suas flores atraem abelhas.

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Tapiá 495 Outros nomes populares: Tamanqueiro, Tanheiro, Maria-mole,

Tapiá-guaçu, Tapiá-mirim, Caixeta, Canela-raposa.

Nome científico: Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. Família: Euphorbiceae Ocorrência: Principalmente na Floresta Ombrófila Densa e F. Estacional Semidecidual. No RJ, MG até RS. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. As folhas são simples, alternas, ovadas, obovadas ou quase circular, delgada, recurvada nos bordos, dentados, medindo de 8 a 16 cm de comprimento por 6 a 12 cm de largura. As inflorescências são axilares, em forma de espigas. O fruto é do tipo cápsula. Floração: maio a junho / outubro a novembro. Frutificação: setembro a outubro / dezembro a janeiro. Usos: A madeira não possui grande valor comercial, sendo utilizada

para taboaria em geral, carpintaria, caixotaria, lenha e obras não expostas às intempéries. A árvore pode ser empregada com sucesso no paisagismo rural devido à ótima sombra. Estudos apontam que a espécie possui ação anti-inflamatória e contra úlcera.

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Taiúva 318, 457, 462 Outros nomes populares: Amora-branca, Tatajuva, Jataíba,

Moreira, Tatané, Pau-amarelo, Taúba, Pau-de-fogo.

Nome científico: Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud Família: Moraceae Ocorrência: Em todo o país, em várias formações florestais, exceto na floresta de pinhais. É característica da Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 15 a 30 m de altura, com tronco de 50 a 100 cm de diâmetro, espinhenta, e presença de sapopemas. Toda a planta possui látex que vai do amarelado ao esverdeado. As folhas são simples, alternas, crenadas, com a face inferior de cor verde mais clara, de 8 a 15 cm de comprimento. Pode apresentar espinhos vigorosos na axila das folhas e dos ramos. A inflorescência é pendente ou patente, 1 a 3 por axila. Os frutos são semelhantes às amoras, verde-amarelados. A semente é elíptica, achatada. Floração: setembro a outubro. Frutificação: dezembro a janeiro. Usos: A madeira é resistente ao ataque de insetos e ao

apodrecimento, sendo assim, é ideal para construções externas, como postes, mourões, dormentes, para construção civil, como vigas, caibros, ripas, batentes de portas e janelas e para a confecção de móveis. A árvore proporciona excelente sombra e seus frutos são apreciados por pássaros, sendo utilizado também por pessoas em sucos e bebidas. É possível extrair da madeira pigmentos e corantes. Na medicina popular a espécie é utilizada como cicatrizante, adstringente, no combate à sífilis e ao reumatismo. Estudos científicos apontam que a planta possui atividade antifúngica, antioxidante, hipoglicemiante e inibidora do HIV.

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Peroba-Rosa 323, 459 Outros nomes populares: Peroba, Peroba-amargosa, Peroba-rajada,

Peroba-açu, Peroba-comum, Peroba-do-rio, Peroba-paulista.

Nome científico: Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. Família: Apocynaceae Ocorrência: Da BA até o PR, MS, MG, GO, MT e RO. Em matas da América do Sul, principalmente na Colômbia e do Brasil (Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa) podendo ainda aparecer na caatinga. Dicas para identificação: Árvore de 20 a 30 m de altura, com tronco de 60 a 90 cm de diâmetro, e presença de ritidomas sulcados, acinzentado. As folhas são glabras, de 5 a 12 cm de comprimento e 2 a 4 cm de largura. Possui látex branco. A inflorescência é subapical, e as flores possuem corola branca. As sementes medem 3 cm. Floração: outubro a novembro. Frutificação: agosto a setembro. Usos: Dentre as espécies do gênero, é a que possui maior valor

comercial. A madeira é bastante durável desde que não tenha contato com o solo e umidade. Assim, é utilizada para construção civil, como caibros, vigas, batentes de portas e janelas, molduras degraus de escadarias, para confecção de móveis pesados, carteiras escolares, carrocerias. A árvore pode ser utilizada no paisagismo em geral. Na medicina tradicional é utilizada contra febre, diarréia, adstringente. Estudos científicos comprovam sua eficácia no tratamento contra malária.

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Carvalho-Brasileiro 497 Outros nomes populares: Carne-de-vaca, Canjica. Nome científico: Roupala montana Aubl. Família: Proteaceae Ocorrência: Cerrados, cerradões e campos rupestres

e de altitude.

Dicas para identificação: Arbustos ou árvores de 0,5 a 8 m de altura. As folhas são de formas distintas conforme a idade, sendo pinatífidas a imparipinadas, com 5 a 11 folíolos, coriáceas, em geral maiores nas plantas adultas. Estas são cartáceas a coriáceas, elípticas, ápice agudo a longoacuminado subcrenada a regularmente serreada, ambas as faces glabras. As inflorescências são do tipo pseudo-racemos em geral axilares. As flores são creme ou alvo-esverdeada, com glândulas achatadas ou carnosas sob o gineceu. O fruto é do tipo folículo. A folha possui odor semelhante ao da carne assada. Floração: junho a dezembro. Frutificação: a partir

de novembro.

Usos: A madeira, por ser resistente, pode ser

empregada na marcenaria, confecção de móveis, tornos, construção civil, naval e carpintaria. A árvore apresenta potencial para ser utilizada como ornamental. Estudos científicos apontam a espécie como inibidora do desenvolvimento de bactérias como a Escherichia coli além de ter função antiparasita.

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Limoeiro-Bravo 496 Outros nomes populares: Agulheiro, Árvore-de-alho,

Pau-d’alho-falso, Limão-de-espinho, Cipó-d’anta, Paufedorento.

Nome científico: Seguieria langsdorffii Moq. Família: Phytolaccaceae Ocorrência: Principalmente na Floresta Ombrófila Densa, Sul da BA, MG até SC. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 16 m de altura,

com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro, espinhenta. As folhas são simples, glabras, coriáceas, de 8 a 10 cm de comprimento por 4 a 5 cm de largura. A inflorescência é axilar, em panículas terminais. As flores são alvoesverdeadas. O fruto é do tipo sâmara enegrecida quando seca.

Floração: setembro a outubro. Frutificação: março a maio. Usos: A madeira possui baixa durabilidade quando

exposta a intempéries, sendo empregada somente para caixotaria leve. A árvore pode ser utilizada na arborização rural.

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Saguaraji-Vermelho 498 Outros nomes populares: Sobraji, Sobrasil, Saguaraji,

Sobraju, Falso-pau-brasil, Sucurujuva, Saguari.

Nome científico: Colubrina glandulosa Perkins. Família: Rhamnaceae Ocorrência: Possui ampla distribuição no Brasil. Do CE até RS na Floresta Ombrófila Densa e, MG, GO, MS, SP e PR na Floresta estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura, com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro. As folhas apresentam esparsa pubescência ferrugínea na face inferior, medindo de 10 a 24 cm de comprimento por 4 a 10 cm de largura. As flores são bissexuadas, disco nectarífero crasso, sulcado, crenado nas margens. O fruto é tipo cápsula de cor preta. Morfologicamente tal espécie é bastante variável. Floração: Quase todo o ano, sendo mais intensa de

outubro a dezembro.

Frutificação: dezembro a fevereiro. Usos: A madeira é bastante resistente ao apodrecimento

mesmo quando em contato com o solo e a umidade, sendo utilizadas em obras expostas como postes, mourões, dormentes, estacas. É apropriada também para construção civil, naval e hidráulica. A árvore pode ser utilizada para arborização de ruas. As folhas, brotos, flores e frutos são alimentos para macacos-bugios. Espécie melífera.

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Pau-Jacaré 460, 465 Outros nomes populares: Casco-de-jacaré,

Angico-branco, Monjolo

Nome científico: Piptadenia gonoacantha (Mart.)

J.F.Macbr.

Família: Fabaceae Ocorrência: RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, até MS e RS. Cerrado e disperso descontinuamente nas Florestas Atlântica e Semidecidual, em solos secos. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura e tronco de até 40 cm de diâmetro ou mais, com casca fissurada e placas quadrangulares, que lembram o couro de um jacaré. Os ramos novos possuem com cristas bem demarcadas, dotadas de acúleos. As folhas são compostas bipinadas, alternas, com glândula pequena e arredondada na base do pecíolo. As flores são pequenas amarelas dispostas em espigas, reunidas em panículas terminais. Os frutos são do tipo vagem. Floração: outubro a janeiro. Frutificação: setembro a outubro. Usos: A madeira é moderadamente pesada, dura,

servindo para fabricação de móveis, portas, acabamentos internos, brinquedos, embalagens. É considerada uma das melhores madeiras para lenha e carvão. Espécie de grande valor apícola. A casca produz tanino. Estudos científicos apontam ação antibactericida contra a espécie Mycobacterium kansasii.

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Guaritá 319, 461 Outros nomes populares: Aroeira-do-campo, Chibatã, Chibatão,

Ubatã, Gonçaleiro, Gonçalo-do-mato.

Nome científico: Astronium graveolens Jacq. Família: Anacardiaceae Ocorrência: PI, BA, ES até MG, SP e PR. Cerrado e Mata Atlântica, em solos secos, arenosos ou argilosos. Dicas para identificação: Árvore de 20 30 m de altura, tronco reto, de 60 a 100 cm de diâmetro, com casca cinza-azulada, lisa, fina e descamante em padrão irregular. As folhas são alternas, de 13 a 15 cm de comprimento, compostas por 4 a 7 pares de folíolos, terminando em número ímpar. Os folíolos são ovais ou oblongos, com ponta acuminada ou aguda, bordos serreados, com aroma de manga. As flores são de cor vermelha ou rosa, dispostas em inflorescências axilares. O fruto é do tipo baga em forma de fuso, com sementes alongadas, dotadas de asas. Floração: junho a outubro. Frutificação: setembro a novembro Usos: Fornece madeira densa e de grande durabilidade, própria

para construção naval, dormentes, esteios, marcenaria de luxo, acabamentos internos e assoalho, de modo similar à Aroeiraverdadeira (Myracrodruon urundeuva) que pertence à mesma família. A árvore apresenta ótimas características ornamentais, sendo usada no paisagismo. Espécie apícola. A casca exsuda uma substância resinosa, com forte cheiro de terebintina (ou manga), à qual se atribuem virtudes medicinais, e ainda contém tanino, com emprego na indústria do curtume. O lenho é rico em óleo essencial aromático.

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Sapuvinha 499 Outros nomes populares: Sapuva (SP), Sapuvuçu,

Jacarandá-roxo, Canela-do-brejo, Farinha-seca, Marmeleira-do-mato.

Nome científico: Machaerium stipitatum Vogel Família: Fabaceae Ocorrência: RJ, SP, MG, MS até o RS. Principalmente

Floresta Estacional Semidecidual.

Dicas para identificação: Árvore de 10 a 20 m de altura,

com tronco canelado de 40 a 50 cm de diâmetro. A folha é alterna espiralada, estipulada, composta imparipinada, com 9 a 15 folíolos alternos, glabros e membranáceos. A flor possui coloração amarelo-esbranquiçada, disposta em panículas axilares e apicais. O fruto é do tipo sâmara mono-alado.

Floração: fevereiro a abril. Frutificação: setembro a outubro. Usos: A madeira é resistente, sendo empregada

para construção civil, como vigas, caibros, ripas, cabos de ferramentas, peças curvadas etc. Apresenta moderada resistência á ação de insetos. A árvore é bastante ornamental podendo ser empregada com sucesso no paisagismo em geral. Na medicina popular é utilizado pelos índios Kaingáng para curar feridas e infecções na boca (o popular “sapinho”).

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Mamica-de-Porca 466, 470 Outros nomes populares: Mamica-de-cadela, Juva, Juvevê,

Teta-de-cadela, Tinguaciba, Guarita.

Nome científico: Zanthoxylum rhoifolium Lam. Família: Rutaceae Ocorrência: Amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo em diversos tipos de formações vegetais, principalmente Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Grande distribuição também por toda a América do Sul, do norte até a Argentina. Dicas para identificação: Árvore de 3 a 15 m de altura, tronco e ramos em geral aculeados, cobertura de tricomas. As folhas são imparipinadas, raro paripinadas, alternas, aculeadas ou não, com tricomas estrelados e glabrescentes, odoríferas, folíolos cartáceos, densa a esparsamente estrelado-elípticos, ápice obtuso ou agudo a curto-acuminado, base atenuada, margem crenada, subsésseis ou com peciólulo, presença de glândulas translúcidas oleíferas evidentes em ambas as faces e por toda a folha. A inflorescência é terminal ou axilar das folhas. As flores são creme-esverdeadas. O fruto é subgloboso, com inúmeras glândulas muito salientes no pericarpo. A semente é obovóide, com hilo linear. Floração: outubro a novembro. Frutificação: março a junho. Usos: A madeira é utilizada na construção civil, marcenaria, carpintaria,

confecção de remos, e instrumentos agrícolas. A árvore é utilizada com sucesso no paisagismo, devido a forma e densidade da copa. Espécie melífera. Na medicina popular é utilizado no tratamento anti-acne, anti malária e contra doenças venéreas. Estudos científicos apontam o óleo essencial de suas folhas como terapêutico por causa de sua citotoxicidade contra células tumorais. Além disso, há estudos que demonstram a atividade antimocrobiana da casca do caule de tal espécie.

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Araçarana 302 Outros nomes populares: Guamirim Nome científico: Calyptranthes grandifolia

O. Berg.

Família: Myrtaceae Ocorrência: Do RJ até RS, na Mata Atlântica, em solos secos. Dicas para identificação: Árvore com até 7 m de altura, de caule reto e casca relativamente fina, que se solta irregularmente. As folhas são simples, opostas, cartáceas, oblongo-elípticas, com pontuações translúcidas, medindo de 15 a 25 por 5,5 a 10 cm, cobertas por tricomas brancacentos na face inferior. Apresenta pecíolo com até 2,5 cm de comprimento, canaliculado. As flores são brancas, dispostas em panículas terminais. O fruto é do tipo baga, esférico, roxo-escuro, com 1 cm de diâmetro, contendo 1 a 2 sementes.

Usos: A árvore é ornamental e tem sido

recomendada para paisagismo. Seus frutos são aromáticos, adstringentes e comestíveis, bastante saborosos, sendo consumidos por várias espécies de pássaros.

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Benjoeiro 472 Outros nomes populares: Benjoeiro, Limoeiro-do-mato,

Pindaíba, Pindaubuna, Pindauvuna, Estoraque.

Nome científico: Styrax camporum Pohl. Família: Styracaceae Ocorrência: Em áreas de cerrado e cerradões. BA até SP, MG, GO, MS. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 12 m de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Os ramos são ferrugíneo-tomentosos quando jovens. As folhas são simples, alternas, ovais, elípticas a obovado-oblongas, base aguda, obtusa ou arredondada, nervuras salientes e densa pilosidade na face inferior, pecioladas, subcoriáceas, medindo de 8 a 13 cm de comprimento. As flores são brancas. O fruto é do tipo drupa ovóide apiculada, pilosa. Floração: junho a setembro. Frutificação: outubro a dezembro Usos: A madeira possui baixa durabilidade quando

utilizada em ambientes externos, sendo possível empregá-la na construção civil, obras internas e caixotaria. A árvore é empregada com sucesso na arborização urbana. O tronco possui uma resina aromática que era utilizada antigamente em cerimônias religiosa. Na medicina popular é utilizada como expectorante, anti-séptica, analgésica, carminativa e estimulante.

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Camboatã-Vermelho 331, 473 Outros nomes populares: Camboatá, Camboatã, Cubantã, Gragoatã (SP), Arco-de-pipa,

Arco-de-peneira, Pau-de-cantil.

Nome científico: Cupania vernalis Cambess. Família: Sapindaceae Ocorrência: Em quase todas as formações florestais, MG, MS, SP até o RS. Dicas para identificação: Árvore de 10 a 22 m de altura, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. As folhas são compostas, com 10 a 18 folíolos, medindo de 6 a 15 cm de comprimento. As inflorescências são dispostas em panículas axilares, tomentosas, em geral menores que as folhas, medindo de 10 a 20 cm de comprimento. As flores são pequenas e brancas. O fruto é do tipo cápsula sulcada e deiscente, com endocarpo tomentoso-piloso. Floração: março a maio. Frutificação: setembro a novembro. Usos: A madeira é moderadamente durável sob condições adversas, sendo assim utilizada

para obras internas, marcenaria, mourões, forma para calçados, lenha e carvão. A árvore pode ser utilizada tanto no paisagismo quanto na arborização de ruas. Seus frutos são consumidos por diversas espécies de pássaros. A espécie é melífera. A casca é fonte de tanino, e, quando cozida, supostamente tem ação medicinal contra bronquite, asma e tosse, antifebril e anti-séptico em feridas.

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Chupa-ferro 475, 476 Outros nomes populares: Caputuna, Caputuva,

Cataguaí, Laranjeira-do-mato, Limoeiro-do-mato.

Nome científico: Metrodorea stipularis Mart. Família: Rutaceae Ocorrência: RJ, MG, SP e norte do PR, na Floresta Estacional Semidecidual. Dicas para identificação: Árvore de 8 a 12 metros, com tronco retilíneo de 40 a 50 cm de diâmetro. A copa é arredondada quando o indivíduo é jovem e estreita em indivíduos mais velhos. As folhas são compostas de 2 a 3 folíolos desiguais, membranáceos, levemente pubescentes, medindo de 7 a 15 cm de comprimento, ápice subacuminado ou obtuso, base atenuada a estreitamente atenuada, margem ondulada, revoluta, nervura principal impressa ou canaliculada na face superior ou ligeiramente saliente próximo à base, proeminente na face superior. A inflorescência é terminal ou axilar das folhas distais, pubescente. As flores são creme-esverdeadas. O fruto é depressogloboso. Floração: novembro a janeiro. Frutificação: junho a julho. Usos: A madeira possui baixa durabilidade, sendo

assim, é utilizada para obras internas em construção civil, forros, rodapés, esquadrias, artefatos de cozinha etc. A árvore é utilizada com sucesso no paisagismo em geral. Suas sementes são consumidas por algumas espécies de pássaros.

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Glossário

Acúleo: formação epidérmica (superficial) com aspecto de espinho, encontrada em

Arilo: excrescência que cobre parte da semente, tornando-a atrativa para animais.

Acuminado: extremidade aguda e ligeiramente curva.

Aromática: com cheiro mais ou menos agradável devido, geralmente, à presença de óleos essenciais.

Adstringente: substância que possui a propriedade de apertar ou contrair.

Axilar: situada na junção das folhas ou ramos com o caule.

Alado: provido de asas.

Baga: fruto carnoso, que não se abre na maturação, contendo várias sementes.

Analgésica: que diminui ou retira a dor.

Bioma: conjunto formado pelo clima, vegetação, hidrografia e relevo de uma determinada região.

caules (p.e.: roseira) ou folhas (p.e.: jurubeba), facilmente removível.

Antidispéptica: que combate a má digestão. Anti-helmíntica: que combate vermes parasitas, especialmente lombrigas. Anti-malárica: que combate a malária.

Bráctea: folha mais ou menos modificada (distinta das normais pela dimensão, forma, consistência ou cor), em cuja axila se insere a flor, ou situada próximo da flor ou da inflorescência.

Antiparasitária: que combate parasitas.

Cápsula: fruto simples (originário do desenvolvimento de uma única flor), seco, que se abre na maturação, em geral com muitas sementes.

Antiséptica: que combate os micróbios.

Carminativa: contra os gases intestinais.

Aperiente: que estimula o apetite.

Cimeiras: tipo de inflorescência no qual a ramificação é sempre terminal (acaba em uma flor) e com número definido de ramos.

Apícola: que produz néctar ou pólen para abelhas. Apiculada: provida de ponta curta e aguda, mas não rígida, na extremidade de uma

folha, pétala, sépala, etc.

Aquênio: fruto simples, seco, indeiscente, com uma única semente presa à parede do fruto em um só ponto.

Coriácea: com textura que lembra a do couro. Corimbo: inflorescência racemosa em que as flores se situam ao mesmo nível devido ao comprimento gradualmente inferior dos pedicelos ao longo do eixo. Crenada: provido de recortes arredondados convexos na margem.

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Glossário Deiscente: que se abre na maturação por um mecanismo natural.

Expectorante: que provoca e favorece a expulsão de catarro bronquial.

Dentada: provida de dentes.

Fascículos: pequenos feixes; refere-se a pequenos grupos de folhas, raízes, flores,

Depresso: comprimido perpendicularmente ao eixo. Dióica: diz-se da planta ou taxon com flores unissexuadas, masculinas e femininas,

estames.

Febrífuga: antifebril.

em indivíduos diferentes.

Filiforme: fino e comprido como um fio.

Disenteria: síndrome decorrente de inflamação intestinal, especialmente cólica, e que inclui dor abdominal, tenesmo e defecações frequentes, contendo sangue e muco.

Folha simples: cuja lâmina não é dividida.

Diurético: que aumenta ou facilita a excreção da urina.

Folhas opostas: que se inserem no caule aos pares (uma exatamente na frente da

Drupa: fruto carnoso contendo um caroço duro, como a manga e o pêssego. Elíptica: que se refere à elipse; forma geométrica. Elipsóide: com a forma do corpo

sólido cujas secções longitudinais são elipses e as transversais círculos.

Folhas alternas: que se inserem em diferentes níveis (zig-zag) no caule.

outra).

Folhas verticiladas: com disposição circular de órgãos similares em torno de um nó

num eixo.

Emética: que provoca o vômito.

Folículo: fruto simples, deiscente, que se abre pela sutura do único carpelo de que é formado.

Emoliente: que abranda a inflamação.

Folíolo: cada um dos limbos parciais da folha composta ou recomposta.

Espiraladas: dispostas em espiral em torno de um eixo.

Galha: são estruturas de proteção e alimentação de larvas de alguns insetos, que se

Estipitado: provido de um suporte estreito.

distribuem nas folhas visando uma melhor obtenção de recursos. Elas são formadas a partir da multiplicação de tecidos foliares.

Estípulas: folhas reduzidas, situadas na base dos pecíolos de certas plantas, em geral

Gineceu: conjunto dos carpelos (órgãos femininos da flor).

dois.

Estomáquica: que trata problemas do estômago. Eupéptica: tratam do estômago e do processo digestivo. Estrigosa: coberta de tricomas rígidos e ásperos.

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Glabra: sem tricomas. Glabrescente: que se torna glabro, ou quase, com a maturação. Não confundir com

subglabro, ou seja, com indumento de tricomas esparsos.

Globosa: aproximadamente esférica.


Glossário Glomérulo: inflorescência do tipo de uma cimeira multípara muito contraída,

Obovóide: De forma ovóide invertida, como um ovo com parte distal mais alargada.

Hidropisia: retenção anormal de líquidos nas cavidades ou tecidos do corpo.

Ocrácea: Com a cor do ocre (argila amarela-acastanhada).

Imparipinada: diz-se da folha pinada cujo eixo termina por um folíolo; disso resulta

Oval: cujo perfil lembra um ovo.

globulosa, com as flores mais condensadas que no fascículo.

que o número total de folíolos é impar.

Indeiscente: que não se abre. Inflorescência: conjunto de flores agrupadas.

Aplica-se a estruturas a 3 dimensões.

Panícula: cacho composto, onde os ramos decrescem da base para o ápice. Papilionáceo: aplica-se à corola dialipétala e zigomórfica formada por cinco pétalas:

Lanugem: Coberto de pêlos crespos e macios mas pouco longos.

uma superior ou posterior (estandarte ou vexilo) geralmente maior e ± perpendicular ao eixo da flor e que envolve as restantes quando em botão; duas laterais (as asas) que envolve mais duas quando em botão; estas duas últimas peças são concrescentes ou coniventes formando uma estrutura navicular (quilha) que envolve o androceu e gineceu.

Látex: seiva de certas plantas, frequentemente leitosa.

Paripinada: diz-se da folha composta (pinada) que tem número par de folíolos

Lanceolada: em forma de ponta de lança.

Legume: fruto seco que se abre por duas fendas. Vagem. Lenticela: excrescência geralmente visível a olho nu, constituída por um arranjo

(pinas).

Patente: que se insere segundo um ângulo próximo de 90º com o eixo.

frouxo de células, por onde ocorrem trocas gasosas.

Pentâmera: que possui pétalas e sépalas em número múltiplo de cinco.

Melífera: diz-se de uma planta cujo néctar pode ser utilizado pelas abelhas para

Pecíolo: parte da folha que prende a lâmina ao ramo. Peciólulo: pecíolo do folíolo

Membranácea: parecido com membrana; de consistência delicada.

Peciolado: provido de pecíolo; oposto à séssil.

Narcótica: que faz adormecer. Oblanceolada: lanceolado, mas com a maior largura um pouco acima do meio.

Pedicelada: provida de pedicelo, o eixo de suporte da flor

produzir mel.

Oblonga: folha ou estrutura mais longa do que larga e com bordos paralelos na

maior parte da extensão.

Obovada: ovada, mas com a ponta mais larga voltada para o ápice.

nas folhas compostas.

Piloso: coberto de tricomas. Pinada: folha composta subdividida em vários folíolos ou pinas perpendiculares ou

oblíquos a um eixo principal.

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Glossário Pixídio: cápsula com deiscência transversal, na qual a parte superior se ergue como uma tampa, desprendendo-se completamente. Pubescente: coberto de tricomas finos e curtos. Pubérula: coberto de tricomas curtos, pouco densos, dificilmente vistos a olho nu. Racemo: inflorescência indeterminada na qual as flores são pedunculadas e se

Subséssil: quase séssil, com pecíolo, pedicelo ou pedículo muitíssimo curto. Sicônio: é o fruto das figueiras, nativas ou frutíferas (Ficus carica). Sub: prefixo que se adiciona a muitos termos para atenuar o significado (= quase). Sulco: depressão linear na superfície do corpo e de um órgão.

inserem a certa distância umas das outras; o mesmo que cacho.

Terminal: localizado na ponta dos ramos.

Ritidoma: conjunto de tecido morto de cascas de caule e raízes, resultante de atividade do felogênio; termo técnico para designar cortiça.

Tomento: indumento de pêlos espessos, curtos, enrolados sobre si próprios, cobrindo

Sagitada: em forma de seta, ou seja, em forma de triângulo agudo prolongando-se na base em duas aurículas ou lóbulos agudos, dirigidos para a base.

Tomentoso: Coberto de tomento.

Sâmara: fruto seco, indeiscente, contendo uma semente e dotado de asa

uniformemente uma superfície.

Tônico: revigorante.

membranosa.

Tricoma: cobertura de proteção que lembra pilosidade animal.

Sapopemas: Cada uma das raízes que se desenvolvem com o tronco de muitas

Unifoliolado: Diz-se da folha composta com um só folíolo; distingue-se da folha simples pelo fato de o limbo possuir peciolulo, ± desenvolvido, articulado no extremo do pecíolo.

árvores, formando em volta dele divisões achatadas.

Semidecidual: que desprende parte das folhas na época seca do ano. Sépala: cada um dos segmentos do cálice das flores. Serreado: com bordas que lembram dentes de uma serra.

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Umbela, Umbeliforme: inflorescência em que numerosas flores pedunculadas se inserem na mesma altura do eixo principal.


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