centrodeextensãoeintegração unbceilândia em busca da utopia...
introduçãoaotrabalhofinaldegraduação Arquitetura e Urbanismo – UnB 2015 1
Fundação Universidade de Brasília
Reitor Ivan Marques de Toledo Camargo
Vice-Reitora Sônia Nair Báo
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centrodeextensãoeintegração unbceilândia em busca da utopia...
Felipe Cláudio Ribeiro da Silva 3
Autor Felipe Cláudio Ribeiro da Silva Aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Rua 08, Condomínio 214, Casa 12 – Setor Habitacional Vicente Pires – CEP: 72007010 Taguatinga - DF felipeclaudio.unb@gmail.com +556186297951
Junho de 2015. Universidade de Brasília | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | +55 61 3107 2109 | fau@unb.br | www.fau.unb.br
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centrodeextensãoeintegração unbceilândia em busca da utopia...
Felipe Cláudio Ribeiro da Silva Autor Profa. Raquel Naves Blumenschein Orientadora
Profa. Luciana Saboia Fonseca Cruz Avaliadora
Profa. Maribel del Carmen Aliaga Fuentes Avaliadora 5
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agradecimentos Felipe Cláudio Ribeiro da Silva
Primeiramente a Deus por ter me dado saúde, força e alegria para percorrer este caminho que tanto sonhei. Aos meus pais Cláudio Antônio da Silva e Osirene Ribeiro da Silva por todo carinho, amor, educação e atenção prestados por toda uma vida. Ao meu irmão Cláudio Robson Ribeiro da Silva que em um momento tão difícil da minha vida, me deu provas de compreensão, solidariedade e amizade que me fizeram seguir em frente, sem abaixar a cabeça.
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A esta faculdade que se tornou segundo lar para mim durante esta graduação e que para sempre estará guardada com muito amor e carinho em toda minha memória. A minha orientadora Profa. Raquel Naves Blumenschein pela confiança, paciência, apoio e suporte prestado e as avaliadoras Profa. Luciana Saboia Fonseca Cruz e Profa. Maribel del Carmen Aliaga Fuentes pelas correções, disponibilidade e incentivo. As companheiras de trabalho Erica e Stela pela compreensão das ocasionais faltas, falta de tempo e correria, além da posição de professoras nas oportunas orientações. Aos meus queridos amigos de graduação Caroline, Danielle Jéssica, Izadora, Verônica, e Walter por todos os risos, abraços, choros, conforto, noites em claro e o compartilhar desta trajetória. A minha amiga Lígia, por todo o apoio e carinho de sempre. Muito obrigado.
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sumário 1.
Introdução 13
2.
Justificativa 17
3.
Objetivos 21
4.
Estrutura – Plano de trabalho 23
5.
Fundamentação teórica 25 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 5.8 5.9
Histórico 27 Estrutura 31 Legislação 41 Concepção 52 Dimensão do campus 56 Atividades de extensão 66 Caracterização 71 Novas diretrizes 113 Análise crítica 127
6.
Condicionantes e determinantes 131
7.
Localização 133
8.
Programa de necessidades 137 9
9.
Linguagem arquitetônica 141 9.1 Referências gerais 144 9.2 Referências específicas 159
10.
Conceitos 177
11.
Quadros sínteses 183
12.
Análise do terreno 189 12.1 Normas 191 12.2 Insolação 205 12.3 Ventos 206 12.4 Topografia e vizinhança 207 12.5 Acessos e eixos 214
13.
Cronograma 217
14.
Referências bibliográficas 219
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11
12
introdução A Ceilândia é a maior cidade do Distrito Federal. Representa hoje, o maior número de moradores em uma região administrativa, possuindo 398.374 moradores (PDAD 2010/2011). A cidade também é considerada a com maior influência da região nordeste do Brasil, dentro do Distrito Federal. O poder econômico da cidade, baseado principalmente no comércio e na indústria, fortalece e traz mais independência à região. Mesmo com todo esse apoio de serviços e comércios, ainda há muito o que se fazer pela cidade, que carece de espaços públicos de qualidade, cultura e lazer. Em 2009 a Universidade de Brasília expandiu-se no Distrito Federal. E a cidade foi uma das regiões administrativas que recebeu um novo campus da UnB. Enquanto o Gama posicionou-se na área tecnológica das Engenharias, Ceilândia ficou responsável pelo campus da Saúde. 13
Com os cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Saúde Coletiva e Terapia Ocupacional, o campus recebe semestralmente a demanda de 180 alunos. A Universidade de Brasília – Campus Ceilândia, mais conhecida como UnB FCE (Universidade de Brasília – Faculdade de Ceilândia) acomoda seus alunos agora em campus definitivo, que até 2010 se fez provisório em unidades de escolas públicas da região. Contudo, o campus atual, ainda carece de espaços físicos pertinente a uma universidade acadêmica autônoma e que proponha uma vivência universitária. Ceilândia é uma cidade que exerce impacto no Distrito Federal. É inegável sua influência e potencial. Porém, assim como muito acontece com outras regiões administrativas, essas cidades sofrem com a carência de vida urbana de qualidade, com ausência de espaços públicos de lazer, infraestrutura urbana de qualidade, e polos culturais como cinemas, teatros, bibliotecas e vários outros. O 14
resultado disso é uma maior segregação urbana, que já sofre influência geográfica no Distrito Federal. Percebendo este lado cultural e de interação ausente, somado ao grande potencial que é o surgimento de uma universidade pública, o presente trabalho busca pesquisar e conceber um espaço que simbolize refletir sobre alguns dos problemas da urbanidade e da interação social na cidade.
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justificativa O Campus apresenta atualmente três edificações onde são desenvolvidas as atividades de graduação, administração, pesquisa e etc., uma quadra poliesportiva, e um estacionamento. São desenvolvidos cursos de graduação correlacionadas à área da saúde que poderiam estabelecer uma conexão com a comunidade desde a graduação. É importante ressaltar que o Campus carece de vários espaços pertinentes à atividade acadêmica que garantem uma estrutura de qualidade. Falta biblioteca, restaurante universitário, moradia estudantil, espaço para atividades acadêmicas, etc.
A
proposta do centro percebe essa carência do campus UnB FCE e não os desconsidera, pelo contrário. Porém, o sentido do centro de extensão procura pensar o campus pela exceção, por um conceito que possa agregar o potencial da universidade, e não apenas a 17
inserção de elementos arquitetônicos que possam suprir a necessidade acadêmica. É notado o impacto que a falta destes equipamentos causa e que suas instalações são indispensáveis. A proposta do presente trabalho considera o campus como um todo, então estabelece diretrizes que compõem o campus como um conceito que some ao novo espaço, aquém dos pertinentes às atividades cotidianas de uma universidade. Esse espaço busca somar as atividades universitárias ao uso da comunidade. Dessa forma, o centro busca abrigar atividades que possam envolver os dois públicos, na forma de atendimento ao público, oferecimento de cursos, oficinas, exposições, feiras, congressos, realização de eventos e tantas outras atividades que proporcionem uma vivência universitária e ao mesmo tempo, uma vivência urbana. O Centro de Extensão e Integração deve ser concebido como um espaço que possa criar e aumentar uma conectividade entre 18
comunidade e universidade, sendo esse o seu principal objetivo. E a cidade de Ceilândia foi escolhida como palco por ainda haver esse distanciamento entre comunidade e espaços de lazer e cultura de qualidade na região. A universidade é reconhecida como um forte potencial do desenvolvimento social, e a partir de um espaço que mescle atividades culturais, de lazer, educacionais, é possível o aumento de investimentos externos e um maior desenvolvimento da região.
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objetivos O Centro de Extensão e Integração UnB – Campus Ceilândia tem o intuito de proporcionar diversos benefícios e novas conquistas aos usuários e à cidade, os quais pode-se citar: Criar uma conexão real entre comunidade local e comunidade universitária; Refletir sobre os papéis da universidade e da comunidade; Questionar a interação social entre comunidade e universidade; Observar como a segregação social pode ser inicialmente combatida a partir do espaço físico territorial; Atentar sobre a qualidade dos espaços públicos de lazer da cidade de Ceilândia; Fortalecer o Campus Ceilândia da UnB; Trazer maior autonomia ao Campus; Aumentar investimentos externos; Criar espaços de vivência universitária; 21
Permitir a realização de eventos dentro do campus da Universidade; Desafogar o uso do Centro Comunitário Athos Bulcão, do campus Darcy Ribeiro; Se tornar um centro de referência para uso em eventos na cidade de Ceilândia; Possibilitar a interação entre comunidade e a universidade; Criar um espaço de interação cultural na cidade; Criar um elemento urbano de importância na cidade; Construir um espaço que configure centralidade em Ceilândia.
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estruturadoplanodetrabalho Fundamentação teórica: discorre e explica fundamentalmente o projeto; subdividese em oito partes, que apresentam histórico, legislação, concepção, dimensão, atividades, caracterização, diretrizes e análise crítica. Condicionantes e determinantes: identifica aspectos que condicionam e determinam o projeto como um todo. Localização: apresenta o terreno escolhido para realização do projeto. Programa de necessidades: apresenta a lógica de subdivisão do projeto e apresenta os espaços, áreas, quantidades e demais aspectos que organizam espacialmente o projeto. Referências arquitetônicas: foram divididas em gerais e específicas e trabalham como referências arquitetônica para fundamentação do projeto de onde são extraídos elementos que se conectam com a proposta do projeto a ser desenvolvido.
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Conceitos: estabelece um quadro visual onde os conceitos são estudados em forma de croquis e correlacionados com suas devidas referências arquitetônicas Quadros sínteses: Apresentam de forma dinâmica, as principais justificativas e conceitos que compõem o projeto. Análise do terreno: expõe todos os elementos físicos do terreno e que são fundamentais para a concepção do projeto como insolação, ventos, topografia, acessos, vizinhança e a legislação pertinente. Estudos possíveis: croquis preliminares que demonstrarão soluções futuras possíveis. Cronograma de trabalho: é apresentado o roteiro de etapas referentes ao desenvolvimento e entrega do projeto. Referências bibliográficas: acervo consultado para concepção deste trabalho.
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fundamentoste贸ricos 25
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histórico A Universidade de Brasília, criada com o objetivo de estabelecer um novo padrão de universidade brasileira na formação de cientistas e técnicos atuantes e inovadores para a promoção do desenvolvimento do país e do Distrito Federal, reforçou o cumprimento de sua missão institucional e educacional quando o Conselho Universitário (Consuni) aprovou, em sua 333ª reunião, em 19 de outubro de 2007 o documento “A UnB rumo aos 50 anos: Autonomia, Qualidade e Compromisso Social” e a “Carta de Intenções” para seu ingresso no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação Expansão das Universidades Federais (Reuni) sob a coordenação do Ministério da Educação. O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, do Ministério da Educação – MEC, tem como objetivos criar condições para a ampliação do acesso e 27
permanência na educação superior, em nível de graduação, aumentar a qualidade dos cursos e melhorar o aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais, respeitadas as características particulares de cada instituição e estimulada a diversidade do sistema de ensino superior. Nesse sentido as ações empreendidas pela UnB evidenciam a importância da participação dos diversos atores sociais, dos movimentos sociais e a prioridade institucional dada, nos últimos anos, ao desenvolvimento das atividades destinadas a aproximar a comunidade universitária da sociedade. Para tanto, a Universidade incluiu em seu Programa de Desenvolvimento Institucional (PDI), de 2002 a 2006, a criação de três novos campi – Planaltina, Gama e Ceilândia no âmbito do Reuni. Registra-se que a instalação da UnB em Ceilândia veio ao encontro da elevada demanda social e
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participação atuante dos movimentos sociais da comunidade local para o acesso à universidade pública e gratuita. A UnB ao aderir ao Reuni acordou diversas metas, entre elas, a ampliação de vagas em cursos novos e já existentes nos quatro Campi da UnB – Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilândia. Essa pactuação realizada entre a UnB e a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação, na Fase I do Programa de Expansão, assegurou a criação de 480 vagas anuais, em cinco novos cursos, para o segundo período letivo de 2008, em sua nova unidade em Ceilândia. Dentro dessa perspectiva foi apresentada a criação de novos campi, incluindo o Campus Ceilândia com o desafio de ampliar e criar cursos na área de saúde, em consonância à missão da Universidade de Brasília e à experiência da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB. Os cursos escolhidos num primeiro momento para ampliação foram os cursos de Enfermagem e Farmácia e a criação dos cursos 29
de graduação em Fisioterapia, Gestão de Saúde e Terapia Ocupacional. Esses cursos seguiram o movimento de mudança na educação superior de profissionais de saúde e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a graduação com formação de profissionais generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitados a atuar em todos os níveis de atenção à saúde.
Figura 1- UnB Ceilândia, edifício sede - Disponível em https://www.facebook.com/ceilandiaunb/photos/a.576880062434106.1073 741826.291577850964330/576879975767448/?type=1&theater - Acesso em 17/06/2015 às 03:54
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estrutura Endereços – UnB FCE Unidade 1 Faculdade de Ceilândia – Unidade de Ensino e Docência Centro metropolitano, conjunto A, lote 01 – Ceilândia Sul CEP: 72.220-900 Brasília DF Unidade 2 Faculdade de Ceilândia – Centro de ensino médio 04 QNN 14, Área especial – Ceilândia Sul CEP: 72.220-140 – Brasília DF A Faculdade de Ceilândia conta com os seguintes edifícios: UED: Unidade de Ensino e Docência UAC: Unidade Acadêmica MESP: Módulo de Serviços e Equipamentos Esportivos As unidades são compostas por salas de aula, laboratórios multidisciplinares, laboratórios de informática e auditórios. Além 31
desses espaços, a FCE conta também com um prédio localizado ao lado do Centro de Ensino Médio 4 – CEM 04 –, na QNN 14 da Ceilândia Sul, o qual também dispõe de salas de aula e laboratórios.
Figura 2 - UnB Ceilândia, UED - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:12
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Figura 3 - UnB Ceilândia, UED - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:12
Figura 4 - UnB Ceilândia, UAC- Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:12
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Figura 5 - UnB Ceilândia, Unidade 2 - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:17
Figura 6 - UnB Ceilândia, Laboratório de controle - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:21
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Figura 7 - UnB Ceilândia, Laboratório multidisciplinar Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:22
Figura 8 - UnB Ceilândia, Laboratório de ciências da saúde Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:28
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Figura 9 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana- Disponível em http://fce.unb.br/estrutura Acesso em 22/06/2015 às 04:28
Figura 10 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:30
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Figura 11 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:34
Figura 12 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:34
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Figura 13 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:36
Figura 14 - UnB Ceilândia, Laboratório multidisciplinar Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:38
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Figura 15 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:39
Figura 16 - UnB Ceilândia, Laboratório de reabilitação e habilidade humana - Disponível em http://fce.unb.br/estrutura - Acesso em 22/06/2015 às 04:40
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Uma vez apresentada visualmente, é possível perceber a demanda por serviços práticos em laboratórios que este campus da universidade possui. Para um melhor aprofundamento desta demanda, é listado a seguir, todos os laboratórios de atividades existentes hoje na UnB FCE, seguidos de qual edificação funcionam: Laboratório de análises clínicas: UAC Laboratório de atividades e recursos terapêuticos: UAC Laboratório de habilidades e simulação do cuidado: UAC Laboratório de habilidades terapêuticas: UAC Laboratório de atividades integradas em saúde: UAC Laboratório de reabilitação e habilidade humana: CEM 04 Laboratório ginásio terapêutico: CEM 04 Laboratório de informática: UAC Laboratórios multidisciplinares: UAC/UED Laboratório de análise do movimento humano e processamento de sinais: CEM 04 Laboratório de desempenho funcional humano: CEM 04 40
legislação O
planejamento
primeiramente
pelo
do
novo
CEPLAN1
campus
(Figura
17),
foi
organizado
em
2006,
sob
coordenação do arquiteto Alberto Alves de Faria. Este primeiro estudo sobre o campus discorre sobre a sua importância, sobre sua localização, sobre elementos previstos, mas discorre principalmente sobre o módulo básico de ensino, hoje denominado UED,
que
corresponde a uma estrutura em concreto pré-fabricado que compõe as edificações básica de ensino. Segundo este mesmo prévio plano diretor, a estrutura organizacional do campus estaria dividida em duas unidades deste módulo, uma Biblioteca Avançada e um Centro de Convenções, sendo que estas duas últimas construções seriam levantadas dois anos após a inauguração do primeiro módulo de ensino. Ainda segundo o plano, os novos
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Centro de Planejamento Oscar Niemeyer - CEPLAN 41
campi teriam estrutura para suportar até cinco cursos de graduação, com demanda entre 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) alunos
anualmente,
sendo
esta
demanda
e
composição
organizacional prevista para todos os novos campi (Ceilândia, Gama e Planaltina).
Figura 17 - Proposta de implantação do projeto do Campus UnB Ceilândia feito pelo CEPLAN, 2006 - Disponível em http://www.unb.br/noticias/especiais/imagens/expansao.pdf - Acesso em 17/06/2015 às 00:25
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Contudo,
o
desenvolvimento
real
do
campus
não
acompanhou as diretrizes estabelecidas pelo plano diretor do CEPLAN; atualmente o campus é composto por quatro edificações, sendo dois deles destinados às atividades acadêmicas, um pavilhão multiuso e uma quadra de esportes, como é possível observar em sua atual implantação (Figura 18).
Figura 18 - Implantação atual campus Ceilândia - Fonte: Google Earth
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Uma vez apresentado este levantamento e estudo prévio realizado pelo CEPLAN, é importante informar o posterior estudo de um plano diretor urbanístico feito em 2008, pelo LaSUS2, sob coordenação das professoras da FAUUnB3, Marta Adriana Bustos Romero e Liza Maria Souza de Andrade. Este plano diretor, segundo informações prestadas verbalmente pelo arquiteto Cláudio Arantes do CEPLAN em 19 de maio deste ano, apesar de não estar formalmente oficializado pela FUB4, consta como a principal diretriz urbanística proposta ao planejamento do campus, tendo em vista que o plano diretor elaborado pelo CEPLAN já não condiz mais com a estrutura atual. O projeto apresentado pelas professoras (Figuras 19, 20 e 21) organiza o campus com uma infraestrutura que abraça as edificações da implantação atual (Figura 18). Laboratório de Sustentabilidade Aplicado a Arquitetura e ao Urbanismo - LaSUS Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília - FAUUnB 4 Fundação Universidade de Brasília - FUB 2 3
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Figura 19- Plano Diretor Urbanístico do Campus UnB Ceilândia, 2008 - Disponível em http://www.lasusunb.com/unb-ceilacircndia.html - Acesso em 15/06/2015 às 16:47
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Figura 20- Plano Diretor Urbanístico do Campus UnB Ceilândia, 2008 - Disponível em http://www.lasusunb.com/unb-ceilacircndia.html - Acesso em 15/06/2015 às 16:50
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Figura 21 - Plano Diretor Urbanístico do Campus UnB Ceilândia, 2008 - Disponível em http://www.lasusunb.com/unb-ceilacircndia.html - Acesso em 27/06/2015 às 22:37
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O plano diretor urbanístico idealizado pelas professoras, é baseado principalmente em um plano diretor integrado à cidade e que seja sustentável. A localização estratégica do terreno destinado ao campus facilita essa integração, visto a sua proximidade com a malha urbana e com fáceis pontos de acesso, como paradas de ônibus e a estação Ceilândia Sul do metrô. A composição do campus está subdivida nas edificações listadas: Superestrutura = total de área a ser construída 91.584,42 m² Área de projeção = 22.904,98 m² Administrativo UAC UED = total de área a ser construída =9.370 m² Área de projeção = 2583 m² (x2) Quiosques = 1.150 m² CO - Apoio = total de área a ser construída =3.750 m² Área de Projeção = 1.875 (x3) m² Reitoria = total de área a ser construída = 7.149 m² Área de projeção = 615,58 m² 48
Moradia = Área a ser construída = 11.506,8 m² Área de projeção = 1.917,8 m² (x6) Campo esportivo =área construída = 2712,1 m² Total de vagas de estacionamento = 896 vagas + 240, total 1.136 vagas Total de área a ser construída = 124.510,22 m² Área do terreno = 190.000 m² Área de projeção = 44.736,46 m² Área impermeabilizada = 23,54% Área permeável =76,46% É importante estar atento ao detalhamento funcional do campus descrito no plano diretor encontrado, principalmente ao quesito
funcionalidade
da
edificação
principal
denominada
Superestrutura, edifício que simboliza o projeto. Segundo o plano encontrado, as atividades destinadas à esta edificação não estão rigidamente setorizadas, conferindo assim o impulso inicial ao urbanismo. 49
EPTG
quiosques
superestrutura
calhasdechuva
UED
áreadeconvívio
passagemcentral
estacionamento
UAC
reitoria
praça
moradiaestudantil
vestiárioselanchonetes
50
estacionamento
quadrapoliesportiva
estaçãoecológica
51
concepção Observando o grande potencial do terreno ocupado pelo campus universitário da UnB Ceilândia, que rompe a característica de ambiente isolado do tecido urbano e caracteriza-se pela proximidade a malha urbana, nasce a concepção deste trabalho. Estando separado somente por uma avenida das quadras residenciais da Ceilândia Sul, próximo a residências, comércios, pontos de acesso, etc., surge a reflexão sobre como acontece a conectividade entre comunidade e universidade, atualmente. A ideia de campus universitários em áreas segregadas e que edifica suas instalações no meio de grandes espaços isolados, é a configuração de um grande núcleo independente, programado a suprimir apenas as necessidades internas da universidade; portanto, o sentido de integração atinge apenas indivíduos que compõem a comunidade acadêmica, e esvazia o grande potencial de serviços que a universidade tem a capacidade de propiciar. A concepção 52
deste trabalho traz consigo uma reflexão sobre o impacto econômico e social da instalação de uma universidade pública sobre o território, seu funcionamento, demanda e localização. Cabe ressaltar que a proposta do projeto está em uma escala muito maior que o próprio REUNI, e considerando todas as características da população de Ceilândia e da universidade. Sendo assim, é importante destacar que o Centro de Extensão e Integração da UnB – Ceilândia encontra-se na linha tênue entre utopia e realidade. Este desafio entre a realidade e a utopia, é a materialização do projeto. O projeto busca a ideia de mesclar diferentes espaços, diferentes públicos e diferentes usos em um ambiente só, buscando integrar a comunidade local e a comunidade acadêmica. A falta de espaços de lazer é um dos motivos geradores de segregação urbana, aumento da violência, maior surgimento de condomínios fechados que ocasionam uma consequente precarização do tecido e da vida urbana. 53
O projeto procura integrar as atividades acadêmicas do campus com a comunidade local de Ceilândia. Mais que isso, um espaço que possa oferecer atividades diversas que aproximem as pessoas da universidade, podendo também usufruir dos benefícios gerados por ela. Faz-se necessário esclarecer que para a presente proposta, houve uma reformulação utópica do campus, como um todo. Essa reformulação corresponde a uma recriação utópica do espaço territorial do campus, a fim de estabelecer uma unidade territorial, com normas e diretrizes que conceituam e concretizam esse novo conceito de universidade. Esse novo conceito, que na verdade trata-se de um resgaste, de uma reapropriação do tecido urbano, é o que pontua a ideia deste trabalho. Para isso, houve então uma reformulação do plano diretor do campus; isto quer dizer que, para fundamentar o conceito de integração entre comunidade e universidade, fez-se necessário estabelecer um novo ramo de 54
diretrizes que possa fundamentar o conceito deste projeto. Fica esclarecido então que as informações5 encontradas e pertinentes à legislação do campus foram estabelecidas de acordo com uma demanda real de uso do campus e que, por não convergir com o conceito do presente trabalho, servem repertório e referencial teórico indireto, mas não como base principal para o projeto do Centro de Extensão e Integração UnB – Campus Ceilândia.
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Planos diretores do CEPLAN e LaSUS 55
dimensãodocampus Para uma melhor compreensão da dimensão humana do campus, foi realizada uma visita de campo dia 27 de abril de 2015 e alguns alunos da faculdade foram entrevistados. As entrevistas tiveram o intuito de fazer uma amostragem que pudesse, de maneira geral, compreender a relação do aluno do campus com o seu espaço físico, ouvindo da demanda acadêmica os seus questionamentos, desejos, faltas, vontades, etc. perante ao campus. Para fins de comprovação, as entrevistas que foram feitas sob forma de conversa, foram gravas e estão anexadas em um dispositivo cd-rom ao final deste trabalho. As primeiras alunas entrevistadas foram Andréa do curso de enfermagem e Lina do curso de gestão de saúde. Andréa é moradora de Taguatinga e Lina do Guará. Ambas costumam ir de carro para suas aulas, alternando algumas vezes pela utilização do metrô.
Segundo
informações
das
alunas
entrevistadas 56
entrevistados, o campus ainda conta com a antiga escola provisória, como já foi apresentado anteriormente, (Figura 1) como espaço acadêmico da universidade, devido à alta demanda de alunos e a respectiva falta de espaços no campus definitivo. Ainda segundo os mesmos, na escola provisória acontece a maioria das disciplinas optativas, atividades de extensão do curso de fisioterapia e a UnB idiomas.
Figura 22- UnB FCE - campus provisório desde 2009, ainda em funcionamento - Fonte: Google Street View
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As alunas relataram que, prioritariamente, a principal falta dos alunos é a pouca demanda de salas de aula, sendo este o principal anseio dos alunos: maior estrutura discente. Levantado então este dado, as alunas citaram a moradia estudantil. É perceptível a falta de uma casa do estudante, mas o apontamento levantado pelas alunas é a ausência de um espaço que possa servir para abrigo para alunos de forma provisória, efêmera; algum espaço que permitisse alojamento para alunos vindos de outros estados para congressos, encontros, visitas, etc. A aluna Lina disse que o curso de gestão de saúde este ano está organizando um evento para o final do ano, um congresso nacional sobre gestão hospitalar e ele não tem espaço de alojamento adequado para oferecer aos alunos que possam querer vir participar do congresso. Segundo a mesma, os alunos organizadores do congresso estão buscando alternativas que possam suprir esta demanda, mas que se torna sempre tarefa mais árdua e complicada de encontrar, quando se trata de não 58
possuir um espaço direcionado para este fim ou outro que possa resolver esta demanda. As alunas reclamam de falta de vivência universitária que o campus sofre, já que os espaços para trocas e vivências são quase nenhum. Basicamente quem entra no campus é o aluno, e quando termina sua aula, este mesmo não tem estímulos espaciais para despertar o desejo de permanecer na universidade. A segunda entrevista foi realizada sob a forma de papo de roda com cinco alunas do curso de fisioterapia. O primeiro ponto levantado pelas alunas são os problemas sobre a improvisação dos espaços dos centros acadêmicos, que se concentram no mesmo pavilhão que funciona o restaurante provisório, o MESP (Figura 2). Neste pavilhão também se encontra uma copiadora, banheiros, os outros centros acadêmicos e o restaurante universitário provisório. Segundo elas, a falta de espaço, o cheiro de comida e a distância entre as salas de aula, são os principais problemas. Além dos 59
problemas bioclimáticos como chuva e insolação direta, por conta do espaço aberto. Segundo as mesmas, as alunas acreditam que o auditório existente já consegue suprir as necessidades solenes, mas como não se trata de um auditório oficial, existe esta carência. As alunas reafirmam novamente a necessidade de moradia estudantil, mas desta vez na forma de moradia estudantil oficial também. Outro ponto levantado foi a criação de um centro olímpico ou ginásio de esportes com piscina. Elas apontaram que se este mesmo ginásio, caso fosse em forma de grande vão, seria o ideal já que poderia também atender a demanda de outros cursos, acrescido o fato de que os equipamentos de atendimento fisioterápico uma vez são portáteis. Segundo as alunas, outros cursos como farmácia e enfermagem fazem mutirões de orientação medicinal, distribuição de remédios, entre outros serviços de promoção de saúde.
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A biblioteca também é outro ponto fraco do campus. A provisória já não suporta a demanda atual e não possui espaços de estudo coletivo como acontece na Biblioteca Central do campus Darcy Ribeiro. Outro ponto levantado é a questão do desnível do terreno. Como o declive do terreno é acentuado, as alunas apontaram para os problemas do escoamento da água, já que no período de chuvas, o desnível favorece a invasão da água nos edifícios existentes, já que não existe um estudo de drenagem das águas pluviais. As alunas também apontaram a falta de um espaço que pudesse ser destinado a eventos acadêmicos cariados como feiras, congressos, apresentações. Além disso, as alunas apontaram que o exercício das atividades práticas em outros hospitais como Hospital Regional de Ceilândia – HRC –, Sarah Kubistchek e Hospital Universitário de Brasília – HUB – geram problemas, seja pela sobrecarga no caso do HRC ou pela distância e falta de transporte, 61
realidade do Sarah Kubistchek. Foi apontado também a defasagem nas disciplinas práticas do curso pela falta de espaço físico que possam suprir essa necessidade. O momento de contato entre paciente e futuros fisioterapeutas, por exemplo, que poderia acontecer desde o início do curso, acontece somente no estágio obrigatório justamente pela falta de espaço físico. Somente alunos que conseguem pegar atividades de extensão iniciam esse contato mais cedo, já cientes das condições deste acompanhamento prático.
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Figura 23- MESP UnB FCE - Centros acadêmicos e restaurante provisório funcionam no pavilhão - Foto tirada pelo autor deste trabalho
Mais um ponto levantado na entrevista, é a falta de espaços de lazer no campus. Os alunos argumentaram que a quadra de esportes descoberta que existe no campus é o único espaço que permite oferecer algum tipo de atividade lúdica, já que não há espaços de convivência, praças de convívio, jardins ou um anfiteatro. Ainda apontam que a referida quadra (Figura 3) foi 63
conquistada após muito diálogo com a direção do campus. A mesma quadra encontra-se descoberta que inviabiliza seu uso em dias muito quentes ou em dias de chuva, ressaltando que detalhes simples como uma cobertura já apontaria melhores condições de uso, abrangendo as demandas necessitadas.
Figura 24- Quadra descoberta UnB FCE - Foto tirada pelo autor
É reconhecido o enorme potencial do campus, visto o contingente populacional da região, a carência de demanda de 64
profissionais da área de saúde, a deficiência do atendimento de saúde público no Distrito Federal, o desenvolvimento social que a universidade possui, o aumento dos investimentos na região, a valorização do território e vários outros fatores. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo propor um equipamento arquitetônico ao campus da Ceilândia que busque compreender sua demanda acadêmica e ao mesmo tempo a de onde está inserido, buscando integrar a fim de obter uma identidade arquitetônica referencial e visual para a cidade, tentando encontrar uma maneira de solucionar um dos problemas de falta de urbanidade na região, baseando-se no novo, na exceção.
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atividadesdeextensão O Decanato de Extensão – DEX – da UnB é o órgão responsável dentro da universidade por promover atividades de extensão por meio dos institutos, faculdades e departamentos da universidade, com o objetivo de incentivar a interação entre a UnB e a sociedade, integrando as artes e a ciência ao ensino, à pesquisa e ao desenvolvimento social. As principais área temáticas das atividade de extensão da área de saúde, das instituições de ensino superior são: Promoção à Saúde e Qualidade de Vida; Atenção a Grupos de Pessoas com Necessidades Especiais; Atenção Integral à Mulher; Atenção Integral à Criança; Atenção Integral à Saúde de Adultos; Atenção Integral à Terceira Idade; Atenção Integral ao Adolescente e ao Jovem; Capacitação e Qualificação de Recursos Humanos e de Gestores
de
Interinstitucional
Políticas e
Públicas
Cooperação
de
Saúde;
Internacional
Cooperação na
área; 66
Desenvolvimento do Sistema de Saúde; Saúde e Segurança no Trabalho; Esporte, Lazer e Saúde; Hospitais e Clínicas Universitárias; Novas Endemias e Epidemias; Saúde da Família; Uso e dependência de drogas. O campus de Ceilândia possui seis cursos de graduação, todos em período integral: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Gestão em saúde coletiva e Terapia ocupacional, sendo então um campus destinado à área da saúde, cuja área acadêmica possui vasta demanda de ensino, pesquisa e extensão. É importante perceber que esta área é acompanhada por um enorme leque de abrangência, visto o seu contato direto com a população, acrescida da necessidade da comunidade destes serviços. Foi solicitado ao Decanato de Extensão da universidade, o plano de atividades de extensão da UnB entre 2013 e 2015 e deste plano foram peneiradas as atividades de extensão da UnB FCE, que atualmente são: 67
Boletim Dor On Line
Grupo Operativo para Pessoas com Diabetes
Projeto de Construção de um Acervo Cinematográfico e Implementação de um Cineclube na
FCE: construindo espaços de diálogo
Roda de Debate: Crack, Outras Drogas e Vulnerabilidades Associadas
Ações Educativas e Assistência à Saúde de Pacientes Hipertensos e/ou Dislipidêmicos
Atendidos no Centro de Saúde 08 de Ceilândia, Brasília – DF
CIÊNCIA NA PRÁTICA - Projeto de Popularização da Metodologia Científica
Conhecendo o Corpo Humano: Aproximando a Ciência à Realidade da Comunidade
Discurso, Poder e Identidade na Área de Saúde: uma Investigação Sobre Práticas
Farmacêutico: Profissional de Grande Impacto para a Sociedade
Programa de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares da Faculdade de Ceilândia
Determinação Resíduos de Agroquimicos em Hortaliças e Perfil Sócio Demográfico e de
Saúde da População Residente no Núcleo Rural de Brazlândia DF
Pare, Pense, Descarte: Coleta Seletiva Solidária e Saúde dos Trabalhadores/Catadores
Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento de Recém-Nascidos–Pré-Termo -
Ceilândia-DF
Criação do Centro de Referência Regional para capacitação de profissionais que atuam junto
aos usuários de drogas
Programa Saúde em Casa 68
Atenção Fisioterapêutica às Mulheres Mastectomizadas
Avaliação e Tratamento de Pessoas com Deficiência Neuromotora
Cuidando de Sujeitos em Primeiras Crises do Tipo Psicótico pela Rede Social e o Cotidiano
Educação em Saúde: Acompanhamento e Educação a Pacientes Portadores de Diabetes
Mellitus Atendidos no Centro de Saúde 08 de Ceilândia, Brasília – DF
Entendendo as Disfunções Motoras em Pessoas com Doenças Neurológicas
Falando Sobre Sexualidade com Jovens do Ensino Fundamental de Ceilândia – DF: uma
proposta reflexiva e motivadora
Farmacoeducação em Saúde Mental
Inclusão cientifica em laboratórios das Áreas de Saúde e Biológica com Auxilio da Internet
Jogando contra o Parkinson
Melhor em Casa: Desospitalizando pela Atenção no Domicílio
Monitorando - Buscando Compatibilidades para Automação para Análise de Situação de
Saúde por Dados Secundários
Oficinas de Educação em Saúde Preparando para o Cuidado
Participação Comunitária como Meio de Promover Saúde
Práticas Medicas Indígenas e o Subsistemas de Atenção Saúde Indígena: ações na CASAI-DF
Processo de Territorialização no Âmbito da Atenção Básica: Desvendando o Território
Invisível - Regional de Saúde de Ceilândia/DF
Programa de Atualização em Saúde Baseado nas Evidências Cientificas na Prática Profissional 69
Projeto de Acolhimento na Regional de Saúde Ceilândia: Universitário que acolhe
Projeto Escola de avós e oficina de quedas: aprender para prevenir
Projeto Harmonia - Educação Ambiental
Promoção de práticas saudáveis com os idosos do centro de saúde 09 de Ceilândia
Promoção do Uso Racional de Medicamentos em Ceilândia
Promovendo o Envelhecimento Saudável por Meio das Histórias de Vida e Receitas de
Família de Idosos
Realização de Oficinas para Contribuir na Redução de Obesidade Infantil em Escolares da
Regional de Ensino de Ceilândia – DF
Remédio, o que fazer? Como fazer?
Resgate do Conhecimento tradicional em idosos Atendidos em Posto de Saúde da Ceilândia
ReumaTO - Atendimento Terapêutico Ocupacional a pacientes com doenças reumáticas
Terapeutas Populares no DF e Região do Entorno: Diálogo entre Saberes e Práticas
Viver sem Limites em um Corpo pela Metade
Indicação e implementação de Tecnologia Assistiva com indivíduos com Disfunção Física
Saúde Mental e Economia Solidária: Subsídios ao Desenvolvimento de Ações Coletivas e
Solidárias
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caracterização cidadedeceilândia Fonte: pesquisa distrital por amostra de domicílios Ceilândia - PDAD 2013 Companhia de Planejamento do Distrito Federal – Codeplan SAM – Projeção H Ed. CODEPLAN CEP: 70620-000 - Brasília-DF Fone: (0xx61) 3342-1021 www.codeplan.df.gov.br codeplan@codeplan.df.gov.br A cidade de Ceilândia surgiu em decorrência da Campanha de Erradicação de Favelas – CEI, que foi o primeiro projeto de erradicação de favelas realizado no Distrito Federal pelo governo local. As remoções para a nova cidade foram iniciadas em 27 de 71
março de 1971, estabelecendo a data de sua fundação a partir da transferência de, aproximadamente, 80.000 moradores das favelas da Vila do IAPI, Vila Tenório, Vila Esperança, Vila Bernardo Sayão e Morro do Querosene. A chegada constante de novos migrantes ao Distrito Federal e a criação do Programa Habitacional da Sociedade de Habitação de Interesse Social - SHIS levaram o governo a criar outras áreas em Ceilândia. Em 1976, foi criada a QNO (Quadra Norte “O”) e, em 1977, o Núcleo Guariroba, situado na Ceilândia Sul. Surgiram depois os Setores “P” Norte e “P” Sul (1979). Em 1985, foi expandido o Setor “O”, em 1988 ocorreu o acréscimo do Setor “N”, em 1989, o Setor “P” Sul e QNQ e em 1992, o Setor “R”. Inicialmente, ficou estabelecida uma área urbana de 20 km² para conter 17 mil lotes, pertencentes à Região Administrativa de Taguatinga - RA III. Hoje a Ceilândia possui uma área urbana de 29,10 km² e está subdividida em diversos setores: Ceilândia Centro, Ceilândia Sul, 72
Ceilândia Norte, P Sul, P Norte, Setor O, Expansão do Setor O, QNQ, QNR, Setores de Indústria e de Materiais de Construção e parte do INCRA (área rural da Região Administrativa), Setor Privê, e condomínios que estão em fase de legalização como o Pôr do Sol e Sol Nascente. A Região Administrativa IX está situada a 26 quilômetros da RA I – Brasília. A RA IX foi criada pela Lei n.º 49/89 e o Decreto n.º 11.921/89, por desmembramento da RA III Taguatinga. A população urbana da Ceilândia foi estimada, no ano de 2013, em 449.592 habitantes. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD, realizada na Região Administrativa de Ceilândia, referente a 2013, se apresenta como um instrumento do planejamento nas ações e tomadas de decisões governamentais. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD 2013 realizada na Ceilândia é o 13º volume, de uma série das 31 Regiões 73
Administrativas do Distrito Federal, apresentados em cadernos específicos no decorrer de 2013. Esta é a terceira vez em que se realiza a pesquisa domiciliar no Distrito Federal. A primeira foi em 2004 e a segunda em 2011. Trata-se de um grande e rico manancial de informações de natureza socioeconômica sobre as famílias residentes no Distrito Federal, de grande relevância para o planejamento governamental, empresarial, para a elaboração de estudos acadêmicos, enfim, para disseminar conhecimento sobre as características e perfil da população brasiliense e, ainda, a realidade econômica e social do território. A PDAD 2013 contempla uma amostra de 25.000 domicílios, com nível de significância e consistência paras as 31 Regiões Administrativas e Distrito Federal como um todo. A divulgação dos resultados acontece num contexto de valorização e empenho por parte do atual governo na recuperação 74
da capacidade técnica da Codeplan, no reconhecimento da importância da produção técnica de pesquisas e informações como subsídio ao planejamento estratégico do Governo do Distrito Federal - GDF, na promoção do desenvolvimento econômico e social e, em última instância, na melhoria da qualidade de vida da população do Distrito Federal e de sua região de influência. Nesse sentido, para a consolidação das atividades da Codeplan, outras pesquisas e estudos estão sendo realizados pela Companhia, sempre com o intuito de ampliar o apoio ao planejamento governamental e às demandas dos distintos segmentos da sociedade brasiliense. Os
elementos
que
se
subdividem
e
alimentam
a
caracterização da cidade estão listados a seguir:
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Características dos domicílios
Figura 25 - Domicílios ocupados segundo a espécie - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 26 - Domicílios ocupados segundo o tipo - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 27 - Domicílios ocupados segundo a condição - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 28 - Domicílios ocupados segundo o material das paredes - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 29 - Domicílios ocupados segundo a posse de documento do imóvel - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 30 - Domicílios ocupados segundo o material da cobertura - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 31 - Domicílios ocupados segundo o número de cômodos - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 32 - Domicílios ocupados segundo o número de salas - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 33 - Domicílios ocupados segundo o número de dormitórios - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 34 - Domicílios ocupados segundo o número de banheiros - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 35 - Domicílios ocupados segundo a área construída - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Infraestrutura domiciliar
Figura 36 - Domicílios ocupados segundo a posse de documento do imóvel - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 37 - Domicílios ocupados segundo o abastecimento de energia elétrica - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 38 - Domicílios ocupados segundo o tipo de esgotamento - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 39 - Domicílios ocupados segundo o tipo de coleta - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 40 - Domicílios ocupados segundo a infraestrutura urbana da rua - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 41 - Domicílios ocupados segundo a problemas nas cercanias - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 42 - Domicílios ocupados segundo as áreas públicas comuns- Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Características turísticas
Figura 43 - Domicílios ocupados segundo os atrativos turísticos na RA- Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Caracterização da população urbana
Figura 44 - Domicílios ocupados segundo o sexo - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 45 - Domicílios ocupados segundo grupos de idade - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 46 - Domicílios ocupados segundo cor ou raça - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Migração
Figura 47 – População segundo a naturalidade - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 48 – População segundo o ano de chegada na região - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Instrução
Figura 49 - – População segundo condição de estudo - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 50 – População segundo o nível de escolaridade - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 51 – População segundo a frequência em atividades extracurriculares - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Aspectos culturais
Figura 52 – População segundo frequência a museu, cinema, teatro e biblioteca - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 53 – População segundo hábitos de leitura - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 54– População segundo a frequência a shows - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Aspectos esportivos
Figura 55 – População segundo a frequência a parque e jardins - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 56– População segundo a prática de atividades esportivas - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 57 – População segundo a frequência a espaços esportivos - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Segurança
Figura 58 – População segundo tipo de violência - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 59 – População segundo o local da violência sofrida - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Trabalho e rendimento
Figura 60 – População segundo a situação de atividade - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 61 – População segundo a aposição na ocupação - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 62 – Renda domiciliar média mensal e per capita média mensal - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 63 – Distribuição dos domicílios ocupados, segundo as classes de renda domiciliar - Ceilândia, DF 2013 Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 64 – Domicílios ocupados segundo a condição de posse de veículo - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
95
Posse de bens, equipamentos e serviços
Figura 65 – População segundo a condição de posses e bens - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 66 – Domicílios ocupados segundo tipo de serviço de comunicação utilizados - Ceilândia, DF 2013 Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
96
Locais de compras
Figura 67 – Domicílios segundo o local de compras da família - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
97
Benefício social
Figura 68 – Domicílios ocupados segundo a condição de recebimento de benefício social - Ceilândia, DF 2013 Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Saúde
Figura 69 – População segundo a existência de plano de saúde - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
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Figura 70 – População segundo a localidade de hospital público/unidade de pronto atendimento- Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
99
Figura 71 – População segundo a localidade do posto de saúde que utiliza- Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
100
Características do responsável pelo domicílio
Figura 72 – Distribuição dos responsáveis pelos domicílios, segundo o sexo - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 73 – Distribuição dos responsáveis pelos domicílios, segundo o grupo de idade - Ceilândia, DF 2013 Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
101
Figura 74 – Distribuição dos responsáveis pelos domicílios, segundo a cor e/ou raça declarada - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
Figura 75 – Renda individual média mensal do responsável pelo domicílio - Ceilândia, DF 2013 - Disponível em http://www.codeplan.df.gov.br/images/CODEPLAN/PDF/Pesquisas%20Socioecon%C3%B4micas/PDAD/2013/Ceil% C3%A2ndia-PDAD%202013.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 11:15
A Ceilândia é a região administrativa do Distrito Federal mais populosa, com moradores não muito jovens, visto que 14,45% do seu contingente populacional é formado por idosos.
102
Quanto à escolaridade da população total da região administrativa,
destaca-se
o
quantitativo
de
pessoas
com
fundamental incompleto. O ensino médio completo é a segunda escolaridade com maior número de pessoas. O tipo de residência predominante na Região é a casa de alvenaria, com mais de dois terços na condição de próprias. O serviço de abastecimento de energia elétrica está praticamente universalizado nos domicílios da Região Administrativa e o abastecimento de água por rede geral está muito próximo da universalização. Quanto ao esgotamento sanitário, a RA ainda possui residências com fossa rudimentar. A ocupação predominante da população economicamente ativa é essencialmente voltada para o Comércio, Serviços Gerais, Serviços Públicos (Federal e GDF) e Construção Civil, prevalecendose empregos com carteira de trabalho assinada. A renda domiciliar da localidade concentra-se entre dois a cinco salários mínimos 103
mensais. Em Ceilândia, somente um pouco mais de um terço dos seus moradores que trabalham está ocupado na própria Região Administrativa. Comparando os dados das PDADs 2004 e 2011 com a atual (2013), em Ceilândia, observa-se ganhos na área social com pequeno aumento do percentual da população com nível superior. Registrou-se, também, aumento da posse de bens e serviços como automóvel, TV por assinatura, acesso a computador, entre outros. Com relação à condição econômica, a renda domiciliar per capita, convertida em salários mínimos, apresentou leve decréscimo entre 2011 e 2013. O Coeficiente de Gini, por sua vez, apresenta na RA uma distribuição irregular, denotando a existência de desigualdade de renda. Entretanto, em 2013, ela é menor que em 2011.
104
alunosdocampus A criação dos cursos de saúde na Ceilândia veio responder a uma demanda antiga da sociedade reafirmada pelos movimentos sociais da cidade, destacando-se o Movimento Pró Universidade Pública - Mopuc. A Ceilândia é conhecida, no cenário do Distrito Federal, pela presença contundente dos movimentos sociais em prol de melhorias nos equipamentos urbanos, como habitação, urbanização, saneamento, regularização comercial, saúde e educação. A reivindicação por uma universidade pública está inserida nesse contexto político. Cabe ressaltar que a criação da graduação em Saúde Coletiva (também conhecida localmente como
Gestão
em
Saúde)
é
uma
proposta
inovadora
nacionalmente, sendo um dos primeiros cursos do país; a graduação em Terapia Ocupacional é a primeira do Distrito Federal e entorno; o curso de Fisioterapia era ofertado apenas por instituições privadas; e a criação dos cursos de Farmácia e 105
Enfermagem se justifica pela grande demanda regional por tais profissionais. Para a caracterização do perfil do aluno da UnB FCE, foi consultada pesquisa de amostragem encontrada no artigo científico A graduação em Saúde Coletiva no Brasil: um estudo de caso da UnB – Ceilândia, da revista científica Saúde Coletiva, edição número 7, realizada em 2009 e publicada em 2010. Segundo a pesquisa, o ingressante é predominantemente jovem, com idade média de 21,1 anos, com desvio padrão de 5,9. Poucos são os alunos de maior idade, e nesses casos, trata-se de alunos que já possuem curso superior ou que voltaram a estudar recentemente. Em relação ao sexo, 75,8% dos ingressantes são mulheres, contra 24,2% de homens, o que confirma a tendência de feminização das profissões da área da saúde, como apontou Machado em seu estudo, e mais recente, Montagner em um 106
estudo de gênero sobre pesquisadoras da área médica. A maioria dos estudantes é solteira (91,8%), 6,4% são casados, e o restante não especificou. Em sua maioria são dependentes da família e moram com os pais ou responsáveis. Somente 8,6% compõem a renda familiar, 4,5% são chefes de família e 1,4% têm autonomia financeira. A renda familiar predominante é de cinco até 10 salários mínimos, sendo que 37,2% declararam auferir até cinco salários mínimos, de acordo com o gráfico abaixo (Figura 75).
Figura 76 - Renda familiar em salários mínimos - ingressantes na FCE em 2008 - Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/842/84215103003.pdf -Acesso em 22/06/2015 às 17:52
107
A origem geográfica predominante dos ingressantes é de Taguatinga, seguido de Ceilândia e Samambaia. De fato, houve uma concentração de alunos na região de influência da UnB, conforme o gráfico (Figura 76).
Figura 77 - Cidade de origem dos ingressantes da FCE, em 2008 - Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/842/84215103003.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 17:55
Quanto à etnia, 38,9% dos alunos declararam ser branco, seguidos da etnia parda com 38%, negra 14,4%, amarela 6,9%, e indígena 0,9%. A grande maioria dos alunos estudou em escolas privadas, seja os que entraram pelo sistema de cotas seja pela via tradicional, conforme o gráfico 3 (Figura 77).
108
Figura 78 - Escola em que cursaram 1º e 2º graus, ingressante da FCE, em 2008 - Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/842/84215103003.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 17:57
Segundo o mesmo artigo, acrescente-se a esse dado o fato que 80,9% dos ingressantes fez cursinho preparatório ao vestibular. Quanto à forma de ingresso, pode-se considerar que há certo equilíbrio entre os alunos beneficiados pelo sistema de cotas (37%) e os que não solicitaram (63%), conforme o gráfico 4 (Figura 78).
109
Figura 79 - Forma de Ingresso dos alunos da FCE em 2008 - Disponível em http://www.redalyc.org/pdf/842/84215103003.pdf - Acesso em 22/06/2015 às 17:59
Os alunos ingressantes pouco solicitaram ajuda institucional da UnB no tocante a benefícios, como transporte (0,55%), alimentação (0,55%), e moradia e livros (0,01%). Além disso, somente 1,5% das famílias dos alunos recebem alguma forma de benefício social do Estado, como bolsa-família dentre outras.
110
Ao ingressar no REUNI, a UnB contribui para melhorar o acesso de alunos a Universidade Pública. Do ponto de vista da origem geográfica dos alunos ingressantes nos cursos de saúde da UnB - FCE, os objetivos de regionalização e descentralização foram alcançados, pois temos uma preponderância de alunos oriundos da região de influência da FCE (63,5%). Pode-se afirmar que a política de inclusão favoreceu esse indicador. Por outro lado, cerca de 62% dos alunos cursaram escolas privadas de ensino fundamental e médio, o que indica que o acréscimo de 20 pontos percentuais nas notas das provas objetivas parece não ter compensado de forma completa a desigualdade de formação sentida pelos alunos que terminam seus estudos em escolas públicas. Acompanhando o REUNI, uma iniciativa de reestruturação das universidades brasileiras, seria interessante buscar mecanismos para melhorar a educação pública em níveis escolares que antecedem a graduação, permitindo assim, um maior acesso à universidade por parte de 111
alunos oriundos desse estrato. Uma parcela significativa dos alunos foi contemplada com cotas (37%), o que parece mostrar um resultado satisfatório no caso da FCE. Em relação a aderência da UnB ao REUN, o campus UnB na cidade de Ceilândia possibilitou o aumento do acesso estudantil ao ensino superior, constituindo-se em importante avanço em busca da
inclusão
na
educação
superior
de
uma
população,
principalmente a que vive nas regiões administrativas de e ao redor de Brasília.
112
novasdiretrizes O projeto do Centro de Extensão e Integração – UnB Ceilândia nasce do desejo da materialização do encontro comunidade e universidade. Trata-se, contudo, de um contexto utópico, que envolve o abraço da universidade à malha urbana, como acontece em alguns campi universitário ao redor do mundo, como a University of Cambridge no Reino Unido e University of Columbia em New York. Pode-se entender que apesar a filosofia utópica deste projeto, existe uma linha tênue entre realidade e fantasia, já que exemplos reais de tipologia universitária são levados em consideração como base e referência deste trabalho, e se aproximam do conceito deste trabalho. Mas como já foi explicitado, fez-se necessário o estabelecimento de novas diretrizes de um plano urbanístico para o campus, já que o plano diretor encontrado como oficial do campus trabalha com uma demanda imediata e real enquanto este trabalho trata-se do convencimento 113
de uma ideia, de um conceito que busca idealizar uma maneira da apropriação e convivência de um espaço e atividades comuns entre universidade e comunidade. Para estabelecer este novo conceito, é então formulado um novo planejamento espacial geral do campus, diretrizes, atividades pertinentes e os correspondentes elementos catalisadores desta nova ideia. É importante esclarecer que a demanda das diretrizes que envolve o novo campus da UnB de Ceilândia não é o objeto de estudo do presente trabalho, mas sim um complemento que possui função de amarrar como um todo, o novo conceito proposto. Portando trata-se de um estudo de análise em superfície e não aprofundada em detalhes. Toda a composição e a nova configuração espacial giram em torno da apropriação e vivência da comunidade ao cotidiano universitário. Isto é, que a universidade se encontre presente no dia a dia da população, ou seja, que este campus não funcione em 114
torno de um microcosmo isolado, com vida e atividades próprias, afastado do seu entorno. A busca pela vivência é a o fio condutor deste projeto, que busca encontrar elementos e espaços que possam materializá-la de maneira física, palpável e visual.
115
análisesediagnósticos Quanto ao terreno, o campus da UnB Ceilândia encontra-se em localização privilegiada, próxima a malha urbana da cidade. Porém, ao mesmo tempo que o terreno se aproxima da cidade, a implantação dos edifícios acadêmicos, dispostos no interior do terreno somados a ausência de algum elemento que possa unir e integrar o pedestre da rua, aliada a ausência de calçadas, diminui o privilegiado potencial de conexão que existe neste campus universitário. Em relação aos acessos, é importante observar as vias de acessos lindeiras ao campus; a continuação da Estrada Parque Taguatinga Guará – EPTG e a DF- 454, que liga Ceilândia à Samambaia. Essas duas vias são muito importantes para a região e bastante movimentadas, pois são as principais artérias conectoras com outras cidades. Mas ao mesmo tempo que representam grandes meios de acesso, as vias que são de alta demanda de 116
veículos, acabam por segregar o terreno das áreas mais próximas, aliada a falta de passagens que poderiam ligar a faixa de vegetação que existe entre a zona residencial e o campus. Cabe destacar a presença do viaduto do metrô que se localiza próximo ao terreno e que atravessa toda a faixa da via EPTG. Outro ponto a levar em consideração é a forte presença do comércio na via N3. Esta via que é de grande importância para Ceilândia, já que conecta a parte norte a parte sul da cidade, funciona como um grande corredor de comércio para a cidade. Por outro lado, apesar da grande prosperidade e presença do comércio na região, esta mesma faixa com grande potencial possui alto déficit quanto à urbanidade, como falta de estacionamentos adequados, ausência de vegetação, ausência de calçada e proteção para os pedestres, ausência de ciclovia, etc. O uso predominante na região mais próxima ao terreno do campus é o uso residencial unifamiliar, embora é notada a 117
presença de pequenos edifícios de quitinetes, casas com barracos de fundo, e alguns novos comércios nos lotes mais próximos à área verde. Esta extensa faixa verde possui intervalos onde é possível encontrar espaços públicos de lazer, como quadras de esporte, pontos de encontro comunitário, mas que acontecem apenas em alguns pontos ao longo deste eixo. Outro ponto importante a destacar é a formação da do Centro Metropolitano na localização do campus. O centro metropolitano é uma nova porção territorial em Ceilândia, que prevê a ocupação da faixa territorial desde o Estádio Elmo Serejo Farias até a via DF-454. Está nova faixa de ocupação contará com espaços institucionais, comerciais, mistos e residenciais, com o objetivo de criar uma nova centralidade não só em Ceilândia, mas no DF como um todo, distribuindo a concentração de empregos do Plano Piloto. Um exemplo disso é a implantação do novo Centro Administrativo do Distrito Federal – CADF nesta localização, 118
que descentraliza empregos, secretarias, fluxos, tráfego, etc. e cria uma nova dinâmica de movimento urbano na cidade, que desconcentra o Plano Piloto e fortalece a independência das demais regiões, no caso esta, Ceilândia. Mais um ponto a se destacar, é o quesito ambiental desta região. O campus está localizado parcialmente na área uso restrito da ARIE6 JK, sendo permitida sua ocupação apenas nas zonas de atividades centrais – ZA3 e de uso público – ZA1, que ocupam aproximadamente dois terços do terreno. Além disso, o campus encontra-se atualmente cercado por alambrado. Outro detalhe importante, é acentuada declividade direcionada ao córrego Samambaia.
6
Área relevante de interesse ecológico Juscelino Kubistchek – ARIE JK 119
diretrizesepotenciais Uma vez apresentado o diagnóstico sobre a região, levantando seus fatores principais de influência, faz-se o apontamento de elementos potenciais que possam absorver as características apresentadas, melhorar as condições apresentadas, catalisando o potencial da região. Fica claro que mesmo com o terreno do campus próximo à malha urbana, o campus encontra-se desconexo do restante da malha, tendo a necessidade de uma maior e verdadeira integração com o tecido urbano. Além disso, mesmo com a forte influência do comércio da região, este encontra-se em condições que o desvalorizam. A faixa verde entre o campus e a área residencial possui enorme potencial como elemento integrador entre o campus e o restante da área próxima. O comércio que também está próximo à esta área, poderia se aproximar mais, assim como as residências. 120
Para demarcar espacialidade, esta região tem potencial de convite ao espaço do campus universitário, onde usos diferenciados poderiam mesclar-se entre si. Cabe destacar que a ausência de moradia estudantil no campus, e a consequente proposta do campus em integrar-se com a malha urbana, pode significar um ponto em comum de conexão. As vias de acesso, apesar de representarem expressiva importância na região, rompem e separam a vida urbana entre campus e comunidade devido seu alto tráfego e principalmente pela falta de elementos conectores, como passarelas, passagens, faixas de pedestres em boas condições, espaços públicos, entre outros. Além disso, o viaduto do metrô que, por um lado, possui a seu favor o potencial visual da região do ponto de vista do passageiro e estação próxima que denota uma rápida conexão, rompe com o tecido urbano, segrega e cria áreas residuais ociosas ao longo da faixa de trilho elevado. É interessante a criação de 121
passagens que conectem o terreno do campus a malha, ou mesmo a redesenho dessas vias de forma subterrânea dando prioridade ao pedestre e aos espaços públicos. O Centro Regional do DF é outro potencial na região. Essa nova centralidade representa o surgimento de nova zona de usos, conexões, economia e dinamização para a cidade. E com a presença de grandes usos institucionais como o campus universitário, CADF, sambódromo e o Instituto Federal de Brasília – Unidade Ceilândia, é reafirmada essa nova centralidade desta região, atendando-se para seu potencial. Além disso, a Zona de uso restrito – ZC3 da ARIE JK, área de preservação ambiental, possibilita o aproveitamento da área verde da região como parque e cria a conscientização sobre a preservação das áreas de proteção ambiental, além de poder servir também como canteiro experimental da universidade. O projeto de paisagismo tem potencial de catalisador entre os dois públicos. 122
vian3
árearesidencial
faixaverdecomciclovia
DF454ceilândiasamabaia
viadutometrô
campusunbceilândia
futuroifbceilândia
academiapolíciacivil
CADF
estádioserejão
123
viadutotaguatingaceilândiasamambaia
EPTG
Figura 80 - Panor창micas UnB Ceil창ndia e entorno - Fonte: Google Earth
124
sintetização Utopia Novo planejamento espacial do campus Necessidade de aproximação Potencial da área ambiental – Parque, reserva ecológica Prioridade ao pedestre - Vias subterrâneas e passarelas para integração Troca e apropriação - Zona residencial e comercial que se invadem o terreno do campus Criação de moradia estudantil Vivência e pedestre - Comércio a pé Conexões visuais - Paisagismo integrador Integração - Áreas de convívio Promoção de saúde – incentivo à cultura, lazer e prática de atividades físicas Prestação de serviços da comunidade universitária à comunidade local
125
planoespacialgeralcampus UEC UAD MESP Reitoria Biblioteca Restaurante universitário Parque ecológico Centro de extensão e integração Moradia estudantil Praças de convívio Quiosques comerciais Estacionamentos Pavilhão de salas de aula Centro esportivo Pavilhão de laboratórios 126
análisecrítica Para finalizar a fundamentação, faz-se uma análise crítica sobre o estado atual do campus e suas edificações. Uma análise imediata, sob o ponto de vista da escala urbana, o grande ponto do campus é o paradoxo existente sobre a realidade e o potencial do campus. Este grande paradoxo é o fato do terreno estar localizado em posição tão estrategicamente favorável a uma troca entre público universitário e a comunidade (que demanda dos serviços oferecidos pela universidade) e ao mesmo tempo localizar-se distante, seja visivelmente, seja pelos acessos dificultados ou até mesmo pelo gradeamento total do campus universitário. Já sob o ponto de vista da escala arquitetônica, o ponto a se observar é a repetição e padronização dos mesmos prédios no campus e localizações completamente diferentes. Os prédios que funcionam na UnB FCE, são os mesmos prédios que compõe o 127
campus Gama, Planaltina e no Darcy Ribeiro, o Instituto de Ciência Política e o Instituto de Relações Internacionais. O planejamento arquitetônico baseado na livre repetição é falho e assustador; desconsidera pontos fundamentais para concepção de um projeto como implantação, perfil do usuário, contexto que está inserido, aspectos bioclimáticos locais e é crítico que isso aconteça principalmente em um ambiente acadêmico, o qual deveria ser referência e exemplo no que ser seguido. As mímeses podem ser observadas na imagens a seguir (Figuras 81 e 82).
128
Figura 81 - UnB Ceil창ndia e Planaltina - Fonte: Google Street View
129
Figura 82- UnB Campus Darcy Ribeiro e UnB Gama - Fonte: Google Street View
130
condicionantes&determinantes condicionantes O surgimento de um novo espaço que saiba usufruir do desenvolvimento social da universidade. A ausência de um espaço que sirva como referência de eventos e atividades em Ceilândia. O enriquecimento com a vivência da prática, da qualidade dos cursos de graduação. A redução da distância social entre a UnB e a comunidade de Ceilândia. A possibilidade do encontro de público e serviços múltiplos. Contribuição para a cultura e atividades locais de Ceilândia.
131
condicionantes&determinantes determinantes Flexibilidade permissível do sistema estrutural. Espaço convidativo entre comunidade e UnB. Congruência de usos entre UnB e comunidade. Criação de atividades diversas que ao mesmo diferentes possam combinar-se em entre si em um mesmo espaço. Possibilidade de uso aos finais de semana. Versatilidade e arrojo espacial. O uso de tecnologias contemporâneas a favor de sua mobilidade interna.
132
localizaçãogeral
Figura 83- Localização geral - Disponível em http://www.unb.br/noticias/especiais/imagens/expansao.pdf - Acesso em 08/04/2015 às 03:12
133
localizaçãoespecífica
Figura 84 - Localização específica - Disponível em http://www.unb.br/noticias/especiais/imagens/expansao.pdf - Acesso em 08/04/2013 às 03:13
134
lllll COLOCAR UM ZOOM NO LOTE E FAZER ALGUMA ANÁLISE DETALHADA
futuraimplataçãosedecentrodeextensão
135
Figura 85- Visão de rapina, UnB Ceilândia - Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=YwrfWm-cdmE - Acesso em 28/06/2015 às 15:32
136
programadenecessidades O centro contará com usos diversos, que buscam mesclar o potencial do campus e da região, e integrar comunidade acadêmica e comunidade local. O programa do conjunto estabelece várias atividades diferentes. Isto direciona para que existam vários núcleos diferentes em um mesmo projeto, porém, o programa de necessidades foi o responsável para que não ocorresse uma segregação excessivamente fatiada do programa. Foram feitas então as devidas separações, porém, para que a segregação fosse a mínima possível, núcleos que possuíssem uma raiz em comum foram mesclados a fim de evitar áreas ociosas e desintegradas. Praça de Acesso e Jardim de esculturas: Consiste em um espaço destinado a estabelecer um convite de entrada para o
137
centro e em que ao mesmo tempo propicie aos usuários, momentos de entretenimento físico, visual, sensitivo, etc. PROGRAMA DE NECESSIDADES – PRAÇA DE ACESSO E JARDIM DE ESCULTURAS ESPAÇO
Nº
ÁREA (m²)
INSTALAÇÕES
Praça
1
5000
Luz
Playground
1
400
Luz
PEC7
1
50
Luz
Estacionamento
1
2000
Luz
Guarita
1
30
Água, Luz, Telefone
Zeladoria
1
30
Água, Luz
Banheiros
2
30
Água, Luz
Jardim de esculturas
1
5000
Água, Luz
EQUIPAMENTOS
Área de exposição e envolvimento: Consiste em um espaço que possa refletir entre passagem e permanência, o qual possa receber exposições de forma livre e que ao mesmo tempo sirva como ponto de encontro, de conversa, como uma praça coberta. 7
Ponto de encontro comunitário - PEC 138
PROGRAMA DE NECESSIDADES – EXPOSIÇÃO E ENVOLVIMENTO ESPAÇO
Nº
ÁREA (m²)
INSTALAÇÕES
EQUIPAMENTOS
Praça coberta
1
3000
Água, Luz
Banheiros
2
70
Água, Luz
Sala de controle
1
50
Luz, Lógica, Tel.
Ar cond
Sala de segurança
1
50
Luz, Lógica, Tel.
Ar cond
Sala de apoio
1
50
Água, Luz, Tel.
DML
1
35
Água, Luz
Café
2
200
Água, Luz, Gás, Tel.
Núcleo de oficinas e extensão e Apoio administrativo: Espaço com cunho multidisciplinar que abrigará função educacional, proporcionando cursos e atividades. O Núcleo funciona como apoio para atividades práticas dos cursos de graduação do campus, convidando e prestando serviços à comunidade. Reserva espaço destinado a realização de congressos, feiras, colações de
139
grau e demais atividades de grande porte, acrescido de ponto de apoio de administração, controle e segurança do centro. PROGRAMA DE NECESSIDADES – OFICINAS E EXTENSÃO E APOIO ADMINISTRATIVO ESPAÇO
Nº
ÁREA (m²)
INSTALAÇÕES
EQUIPAMENTOS
Sala conferências
1
1500
Água, Luz, Tel.
Ar cond., Gerad.
Salas multiuso
6
100
Luz
Ar cond
Sala informática
3
50
Luz, Tel.
Ar cond
Sala equipamento
2
50
Luz
Sala apoio
2
50
Água, Luz, Tel.
Sala reunião
1
50
Luz, Tel.
Direção
1
50
Luz, Tel.
Coordenação
1
50
Luz, Tel.
Secretaria
1
50
Luz, Tel.
Copa
1
35
Água, Luz, Gás, Tel.
Banheiros
2
50
Água, Luz.
DML
1
35
Água, Luz.
140
linguagemarquitet么nica 141
O Centro traz consigo uma proposta que mescla vários usos em um mesmo espaço. A linguagem da arquitetura é o espaço. Tratando-se então de um espaço que busca compreender a multiplicidade e ao mesmo tempo proporcionar sua integração e funcionalidade, foram tomadas referência dos mais variados tipos, sejam eles abstratos, práticos, verossímeis, idealizadores, etc., como um primeiro passo de absorção dos conceitos a serem exercitados. Para uma melhor compreensão, as referências deste projeto foram agrupadas em duas partes: as referências gerais e as referências específicas. Todas as referências foram agrupadas em duplas e delas retirada pontos em comum, a fim de pincelar princípios que guiarão o projeto. As referências gerais estão ligadas a espaços na escala arquitetônica ou na escala da cidade que possuem elementos congruentes com a propostas do pavilhão, e que possam oferecer como repertório novos elementos que possam criar novas 142
diretrizes de projeto. As referências gerais foram categorizadas em duplas visto às suas peculiaridades semelhantes, e então, novamente
refinadas
a
fim
de
buscar
novos
elementos
agregadores. As referências específicas são autoexplicativas: são referências de projetos com espaço, programas e funções similares à proposta do presente trabalho, para que sirvam de guia prático do projeto. Cabe ressaltar que as referências apresentadas são projetos com propostas similares ao projeto do Centro de Extensão, já que se trata de um espaço com conceito específico.
143
referĂŞnciasgerais 144
Figura 86 - Palácio Ciccillo Matarazzo, São Paulo, Brasil. - Autor: Oscar Niemeyer, 1957. - Disponível em http://adbr001cdn.archdaily.net/wp-content/uploads/2011/12/1323892678_andr__s_otero_3.jpg -acesso em 08/04/2013 às 03:23
145
Figura 87 – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo – Brasil. - Autor: Vilanova Artigas, 1969. - Disponível em: http://www.fau.usp.br/eahn2013/images/fau2.png - acesso em 08/04/2015 às 03:27
146
As duas primeiras obras que serviram como referências para a concepção deste trabalho foram o Palácio Ciccillo Matarazzo de Oscar Niemeyer e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo de Vilanova Artigas. Essas duas obras foram escolhidas como referências principalmente pelo grande vão que possuem, acrescido à característica mutável deste vão. Isso pode ser percebido pelas variadas manifestações e instalações artísticas que acontecem no Palácio Ciccillo Matarazzo, que é sede de eventos das bienais de arte e arquitetura, assim como eventos de moda, como o São Paulo Fashion Week. O salão caramelo da FAUUSP, por sua vez é espaço para aulas, palestras, festas, eventos, etc. Esse grande espaço que tenha essa efemeridade é característica que será fundamental no Centro de Extensão e Integração. Essas duas obras foram colocadas em conjunto, já que possuem outras características em comum, além do grande espaço. Foram pinceladas as qualidades de observância visual do espaço interior e a qualidade da iluminação natural do grande ambiente. 147
Figura 88- Estação do Oriente, Lisboa – Portugal. Autor: Santiago Calatrava, 1998. - Disponível em http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6a/Plataforma_ferroviaria_da_Gare_do_Oriente.jpg - acesso em 08/04/2015 às 03:42
Figura 89 - Estádio de Munique, Munique – Alemanha. Autor: Frei Otto e Günter Behnisch,1972. - Disponível em https://doarch152spring2015.files.wordpress.com/2015/03/img_6836.jpg - acesso em 08/04/2015 às 03:52
148
As próximas duas obras que foram levadas como referências foram a Estação do oriente de Santiago Calatrava, em Lisboa (Figura 88) e o Estádio de Munique de Frei Otto (Figura 89), na Alemanha. Assim como as referências anteriores, chama muito a atenção dos grandes vãos das obras, mas estas se distanciam da questão da efemeridade, tendo seus programas estabelecidos de forma direta ou específica. Porém nestes dois específicos casos, o que chamou a atenção foi a questão do detalhe construtivo e a permeabilidade. Quanto ao detalhe construtivo, o que desperta interesse é a criação de um elemento que multiplicado e conectados entre si, são capazes de criar um elemento arquitetônico rico de espaço e detalhes. A questão da permeabilidade é também perceptível, já que as duas obras, mesmo apresentando caráter formalista quanto elemento escultórico de arquitetura, garante uma permeabilidade visual, do ar, do espaço, etc.
149
Figura 90 - Centre Georges Pompidou, Paris - França. Autor: Renzo Piano e Richard Rogers, 1977 - Disponível em http://c299813.r13.cf1.rackcdn.com/Pompidou_1342521503_org.jpg - em 08/04/2015 às 03:55
150
Figura 91- Times Square, New York - Estados Unidos - Disponível em http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/47/New_york_times_square-terabass.jpg - acesso em 15/04/2015 às 22:30
A quinta e a sexta referência que foram levadas em consideração para a concepção deste projeto saem da escala arquitetônica e vão para 151
a escala urbana. É levado em consideração que a quinta referência, o Centre Georges Pompidou de Renzo Piano, em Paris, (Figura 90) é uma obra arquitetônica muito importante para a arquitetura mundial, mas para este trabalho, é a sua praça de acesso que foi observada como elemento referencial. E é essa praça que o aproximou da outra referência, a Times Square, em New York, Estados Unidos (Figura 91). O que esses dois elementos possuem em comum é justamente a grande praça de acesso, e principalmente contemplação. São observados os elementos que proporcionam essa contemplação; quanto Pompidou, pode-se observar a leve inclinação da praça em direção ao centro proporciona uma delimitação do espaço, diferenciando do nível da calçada que faz com que as pessoas se apropriem como espaço de praça do museu. Esta mesma inclinação é favorável ergonomicamente já que muitas pessoas aproveitam desse fator para deitar-se e fazer do museu um objeto de contemplação.
152
Já Times Square, praça conhecida mundialmente como atração turística indispensável de New York City, é cercada por enormes letreiros, gigantes fachadas coloridas, banners multimídia, que garantem uma paralisação visual. Esse high tech presente também é elemento que garante ao Pompidou essa atenção visual, seja ela agradável ou não ao usuário. Em ambos os casos podemos perceber que essa contemplação visual é importante para a cidade, já que isso traz elementos de referência topoceptiva, trazendo simbologia à cidade. O centro de extensão possui essa pretensão, de tornar-se elemento visual que a população de Ceilândia seja capaz de abraçar e apropriar-se aquilo para si. A praça da Times Square tornou-se símbolo tão expressivo da cidade norte americana, que o governo do estado contratou o escritório norueguês
de
arquitetura,
Snohetta,
que
realizou
projeto
de
pedestrianização para parte da avenida Broadway. É claro que esta medida possui outros fatores como diminuir os acidentes de trânsito e 153
aumentar a segurança urbana, mas o que é importante considerar em ambos os casos que essa atenção voltada ao pedestre, é capaz de proporcionar tantos outros elementos que valorizem tanto a escala urbana como a escala arquitetônica.
Figura 92- Fachada CCBB DF - Disponível em http://compauta.com.br/wpcontent/uploads/2014/02/ccbb-brasilia-teatro-fachada.jpg - acesso em 23/04/2015 às 16:13
154
Figura 93 - Fachada MAM RJ - Disponível em http://cdn1.rio.com/wp-content/uploads/rj_mam.jpg - acesso em 23/04/2015 às 20:33- acesso em 23/04/2015 às 20:33
As últimas referências gerais voltam para a escala arquitetônica. Tratam-se do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, no Distrito Federal (Figura 92) do arquiteto Oscar Niemeyer e do MAM RJ – Museu de Arte 155
Moderna do Rio de Janeiro (Figura 93), projetado por Reidy. O que chama atenção em ambos os projetos é novamente o grande vão existente, agora sob a forma de pilotis, um grande vão livre de passagem. Esses grandes espaços, deixam de ser apenas grandes vãos, pois sofrem uma influência fenomenológica do lugar, já que em ambos os casos é possível encontrar uma personalização do espaço, principalmente no MAM no Rio de Janeiro. Essa personalização é mais perceptível no referido museu principalmente pelo seu fácil acesso, próximo à avenida Infante Dom Henrique, sem barreiras visuais ou físicas, vinculado aos jardins de acesso. É possível observar pessoas que usam o grande vão como espaço de passagem, somado ao fato de próximo ao museu existir uma grande passarela de pedestres, além de skatistas, turistas, frequentadores do museu, vendedores de rua, etc. Essa apropriação do lugar acontece de outra forma no CCBB – DF, já que principalmente seu acesso é dificultado se feito a pé. Mas o museu que oferece sistema de transporte público gratuito, também tem em seu 156
pilotis, um espaço que se torna lugar.
Cabe destacar que, esta
apropriação ainda que existente, pode e deve ser melhorada já que ainda acontece às vezes de maneira excludente e elitista, visto o público frequentador do museu, principais personagens desta apropriação. Posta esta análise, observam-se os elementos que proporcionam esta personalização. Assim como o MAM no Rio de Janeiro, o CCBB possui jardins de entrada que convidam o público, tendo atenção a elementos de detalhe como paginação do piso do jardim em blocos Intertravado, que por uma vez possui foco em uma melhor permeabilidade do solo, ajuda a caracterizar e delimitar o espaço. A qualidade do mobiliário urbano é fundamental para estas questões, assim como foi feito para o projeto da pedestrianização da Times Square. Foi observado também nas duas obras, a união entre os elementos estruturais de arquitetura a outros elementos, como a proteção
das
fachadas,
e
a
materialidade
como
composição
arquitetônica. Essa materialidade se refere principalmente ao concreto 157
aparente, presente nas duas obras, que trazem de volta de volta a questão da forma como elemento arquitetônico. Além disso no caso do CCBB, em Brasília, a qualidade dos materiais, sobretudo a do concreto, é fundamental para a apropriação das pessoas ao pilotis. É importante também considerar elementos como os cafés, as mesinhas, a livraria e obviamente as galerias de artes, como conectores e amarradores deste grande espaço vazio, obviamente pensado.
158
referĂŞnciasespecĂficas 159
Carmbridge University Cambridge, Reino Unido
Figura 94 - University os Cambridge, Reino Unido - Fonte: Google Earth Pro
160
Cornell University Ithaca, New York – Estados Unidos da AmÊrica
Figura 95- Cornell University, Ithaca - Fonte: Google Earth Pro
161
University of Columvbia New York City, New York – Estados Unidos da América
Figura 96 - Univesity of Columbia, New York - Fonte: Google Earth Pro
162
Cidade Universitária Pedra Branca Florianópolis, Santa Catarina – Brasil
Figura 97 - Cidade universitária Pedra Branca, Florianópolis - Disponível em https://mercadoimoveis.files.wordpress.com/2011/09/img-pessoas-processo-beta.jpg jpg - Acesso em 29/06/2015 às 06:21
163
Universidade Federal de Uberl창ndia, Campus Umuarama Minas Gerais, Brasil
Figura 98 - Universidade Federal de Uberl창ndia - Fonte: Google Earth Pro
164
Universidade Federal de Viรงosa Minas Gerais, Brasil
Figura 99 - Universidade Federal de Viรงosa - Fonte: Google Earth Pro
165
Ao que tange as referências específicas de projeto, foram formados dois grupos de referências. O primeiro grupo, formado pelos seis campi universitários apresentados (Figuras 94, 95, 96, 97, 98 e 99) foram selecionados por incorporarem consigo o espírito de conectividade do campus universitário à malha urbana. As imagens da universidade de Cambridge e duas universidades norte americanas são um bom exemplo dessa correlação. Se bem observado, tanto a malha urbana se mistura com o campus, bem como a linguagem arquitetônica
também
é
similar,
o
que
resulta
numa
homogeneidade que ocasiona o sentimento de apropriação da universidade à vida urbana. O campus universitário da Pedra Branca (Figura 97) em Florianópolis traz consigo, além desses princípios de fusão com a malha urbana, características de sustentabilidade, como a ampliação das calçadas e a redução das vias pavimentadas em 166
asfaltado, bem como a redução do veículo automotor dentro do campus. Somado a isso, o campus engloba outras formas de vida urbana, incorporando comércios locais a céu aberto, praças de convívio, mobiliário urbano de linguagem própria que auxilia na apropriação do espaço e moradias. Nos dois últimos exemplos, a Universidade Federal de Uberlândia – UFU (Figura 98) e a Universidade Federal de Viçosa (Figura 99) trazem consigo características em comum a começar pelo urbano: ambas cidades são do interior do estado de Minas Gerais com universidades federais, que são motivo de orgulho para seus moradores. A vivência e incorporação desses moradores em relação
às
universidades
ocorre
de
maneira
formidável,
principalmente pelo impacto que essas geram na economia e no desenvolvimento social da região. O campus Umuarama da UFU, que é destinado à área da saúde, oferece vários tipos de atendimento à comunidade. Do ponto de visto da escala urbana, 167
os dois campi aproximam-se muito da malha urbana. É possível perceber que em Uberlândia (Figura 98) a zona residencial abraça por completo o campus, com uma faixa de vias pequena, o que propicia essa vivência da universidade na vida a pé, na esquina, tornando-se rotina dos moradores. Essa mistura da malha urbana propicia inclusive mesmo fatores econômicos, visto que o alto número de transitantes ocasiona a formação de comércios oportunos.
168
Centro Comunitário de Fitzgibbon / Richard Kirk Architect 545 Roghan Road, Fitzgibbon QLD 4018, Austrália.
Figura 100 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/BwvatPOZJs/centro-comunitario-de-fitzgibbonrichard-kirk-architect - acesso em 14/04/2015 às 01:19
169
Centro Comunitário de Fitzgibbon / Richard Kirk Architect 545 Roghan Road, Fitzgibbon QLD 4018, Austrália
Figura 101 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/BwvatPOZJs/centro-comunitario-de-fitzgibbonrichard-kirk-architect - acesso em 29/06/2015 às 09:36
170
Centro de Assistência e Desenvolvimento Infantil de Nicoya / Entre Nos Atelier Nicoya, Costa Rica
Figura 102 - Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/758699/centro-de-assistencia-e-desenvolvimentoinfantil-de-nicoya-entre-nos-atelier - acesso em 24/04/2015 às 01:18
171
Centro de Assistência e Desenvolvimento Infantil de Nicoya / Entre Nos Atelier Nicoya, Costa Rica
Figura 103 - Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/758699/centro-de-assistencia-e-desenvolvimentoinfantil-de-nicoya-entre-nos-atelier - acesso em 29/06/2015 às 09:36
172
Arena do Morro / Herzog & de Meuron Natal, Rio Grande do Norte – Brasil
Figura 104 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/603509/arena-do-morro-herzog-e-de-meuron acesso em 24/04/2015 às 01:19
173
Arena do Morro / Herzog & de Meuron Natal, Rio Grande do Norte – Brasil
Figura 105 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/603509/arena-do-morro-herzog-e-de-meuron acesso em 29/06/2015 às 09:38
174
Centro Sociocultural Avenida de Novelda / Julio Sagasta e Fuster Arquitectos Elx. Alicante – Espanha
Figura 106- Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-124833/centro-socio-cultural-aveni da-de-novelda-av-elche-julio-sagasta-mais-fuster-arquitectos - acesso em 24/04/2015 às 01:20
175
Centro Sociocultural Avenida de Novelda / Julio Sagasta e Fuster Arquitectos Elx. Alicante – Espanha
Figura 107 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-124833/centro-socio-cultural-aveni da-de-noveldaav-elche-julio-sagasta-mais-fuster-arquitectos - acesso em 24/04/2015 às 01:20
176
Weeksville / Caples Jefferson Architects PC Brooklyn, New York – Estados Unidos da América
Figura 108 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-161401/weeksville-caples-jefferson-architects-pc acesso em 24/04/2015 às 01:20
177
Weeksville / Caples Jefferson Architects PC Brooklyn, New York – Estados Unidos da América
Figura 109 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-161401/weeksville-caples-jefferson-architects-pc acesso em 29/06/2015 às 09:38
178
Centro Social em Aubenas / Composite Architects Aubenas, França.
Figura 110 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-161318/centro-social-em-aubenas-compositearchitectes - acesso em 24/04/2015 às 01:21
179
Centro Social em Aubenas / Composite Architects Aubenas, França.
Figura 111 - Disponível em http://www.archdaily.com.br/br/01-161318/centro-social-em-aubenas-compositearchitectes - acesso em 29/06/2015 às 09:39
180
O segundo grupo de referências arquitetônicas referem-se especificamente a centros comunitários, centros sociais, centros de assistência, ou seja, programas que se assemelham ao projeto proposto. Foi feita uma minuciosa pesquisa sobre centros sociais, visto que o programa do presente projeto possui caráter indefinido de maneira concreta. Realizada a pesquisa, foram pinçadas uma a uma, as seis referências apresentadas (Figuras 100, 101, 102, 103, 104 e 105). Dos seis projetos apresentados, foram então feitas leituras de seus programas, objetivos, diretrizes, etc e observadas as congruências com a proposta do Centro de Extensão e Integração da UnB FCE. Todos os projetos selecionados possuem em comum essa matriz de cunho social, além do caráter multifuncional. Traçada essa espinha dorsal dos projetos, verificou-se o a especificidade de cada um, e as que pertinentes fossem acrescidas a concepção 181
deste projeto. O Centro comunitário de Fitzgibbon, que foi construído sobre uma área antiga de depósito de lixo e carrocerias abandonadas, tirou proveito dessa marca e buscou nos materiais de fachadas como o aço corten, simbolizar a situação de como foi encontrada o terreno. O programa do edifício de uso misto contempla centro cultural, incorporando espaços de saúde, escritórios, espaços de reuniões, comércio e salões comunitários. O Centro de assistência e desenvolvimento infantil de Nicoya, que trata da ressocialização de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, buscou na racionalização dos materiais e na otimização dos espaços, bases da sua concepção de projeto. Organizado sob forma de salas multifuncionais, o centro pode funcionar como um local de reunião, intercâmbio e convivência para impulsionar projetos próprios a partir da autogestão comunitária, podendo responder a mais de suas necessidades. Parecido com a mesma demanda, tem-se a Arena do Morro, em 182
Natal, no Rio Grande do Norte. Assim como o Centro de Nicoya, a Arena do morro possui como foco, as crianças e adolescente da favela Mãe-Luiza. Este projeto, peca no sentido de sua materialidade, que é desconexa com o entorno. Mas ao mesmo tempo respeita o gabarito presente, encontra-se de maneira acessível ao pedestre no nível da rua e tira proveito da paisagem exuberante. Outro ponto a favor do projeto, é a sua amarração com outros elementos urbanos da cidade, como praças, escolas, quadras de esportes e outros. O Centro cultural Avenida de Novelda, é uma composição de conexões e de caixas sobrepostas que formam um jogo de cheios e vazios, que criam de forma correspondente, espaços privados e espaços públicos de convívio. Os corredores que fazem as conexões entre as caixas funcionam como sacadas que observam os espaços vazios, que se tornaram praças dentro do projeto.
183
O projeto da Weeksville, busca no paisagismo a forma de convidar e entreter o usuário. Com uma área de aproximadamente de quarenta mil metros quadrados de jardins, o projeto conta com um grande saguão principal que inclui exposições, que direciona para uma galeria de mostrar diversas, um local para palestras e um espaço de atuação de 200 lugares, salas de aula para grupos visitantes e para a educação da comunidade, além de uma biblioteca para professores visitantes. Escritórios administrativos serão localizados no segundo pavimento, e o subsolo incluirá um espaço de armazenamento de arquivo, bem como um local para a gravação oral de histórias. Por último, o Centro Social em Aubenas, tem como grande chave a sua integração com o novo parque urbano. O edifício abriga escritórios de atenção social como de atenção à juventude, casa de trabalho, centro multimídia, salas de usos múltiplos, salas de reuniões, salas de aula e correio. 184
conceitos 185
O Centro de Extensão e Integração da UnB – Ceilândia se apresenta como uma proposta inovadora. É um espaço que pode sediar os eventos da UnB FCE, no entanto considerando que às vezes pode encontrar-se ocioso (em muitas partes do dia e do ano), como é o caso do centro comunitário Athos Bulcão do campus Darcy Ribeiro, a sua funcionalidade diária tornou-se uma diretriz importante no desenvolvimento do projeto. Para sanar tal problema, buscou-se usar o potencial entre a camada discente do Campus e a necessidade da comunidade da região, tendo a possibilidade do Centro oferecer serviços que podem fazer parte do currículo de graduação, como atendimento fonoaudiólogo e fisioterápico. Podem acrescentar-se a esta demanda de uso específico, as atividades culturais como espaços para exposições, cafés, salas de leitura, prestação de cursos e oficinas acessíveis a comunidade, a fim de poder mesclar o potencial do espaço, oferecendo várias atividades ao usuário. 186
Tratando-se de um espaço onde possa ocorrer grandes eventos de natureza científico, técnico, artístico, cultural, assumiuse a versatilidade e a flexibilidade como diretrizes complementares da funcionalidade. Este espírito camaleônico é fundamental Somado a estas duas, está a permeabilidade, que possui função de unir o centro, ligando suas ramificações e atividades, resumindo ao mesmo tempo que haja uma unidade arquitetônica, haja também liberdade visual. Para que haja de fato uma demanda real de uso e que sejam valorizadas também as manifestações culturais locais, o uso em conjunto entre comunidade local e comunidade acadêmica faz-se imprescindível. Tem-se então, finalmente, a integração como último ponto fundamental e estruturante para o projeto.
187
quadroexplicativo 188
Centro de Assistência e Desenvolvimento Infantil de Nicoya / Entre Nos Atelier | Nicoya, Costa Rica
PERMEABILIDADE
Arena do Morro / Herzog & de Meuron | Natal, Rio Grande do Norte - Brasil
FLEXIBILIDADE
CCBB DF / Oscar Niemeyer | Brasília, Distrito Federal, Brasil
FUNCIONALIDADE
189
Centre Georges Pompidou / Richard Rogers e Renzo Piano | Paris, França
VERSATILIDADE
Centro Sociocultural Avenida de Novelda / Julio Sagasta e Fuster Arquitectos | Elx. Alicante - Espanha
INTEGRAÇÃO
190
quadrossĂnteses 191
192
quadrojustificativo DIMENSÕES
DADOS
ECONÔMICA
Casas unifamiliares de alvenaria, uma vaga na garagem, entre 61 e 90m², de 5 a 8 cômodos, com energia elétrica e infraestrutura urbana. Renda por domicílio girando em torno de R$ 2.509, sendo a per capita por volta de R$ 718. Dados com base no PDAD 2013.
SOCIAL
Distribuída de forma equilibrada entre homens e mulheres, pardos, entre 25 e 59 anos, de escolaridade ensino fundamental completo, com baixa frequência a museus, cinemas e show, assim como a baixa prática de esportes. Dados com base no PDAD 2013.
POTENCIAIS
Comércios, quiosques, passeio, ar livre, espaços híbridos, oficinas, multifaces, artes e cultura, esportes, entretenimento, múltiplas atividades, vida noturna.
Passeios, encontros, convívio, troca, experiências visuais, ar livre, espaços híbridos, promoção de saúde, qualidade de vida artes e cultura, esportes, entretenimento.
JUSTIFICATIVA
Proporcionar maiores investimentos na rede comerciária que encontra-se desvalorizada a região, aproveitando do da forte economia que o comércio representa em Ceilândia. Oferecer serviços, espaços de lazer, quiosques de compras, aproveitando do quantitativo residencial próximo ao local de projeto.
Oferecer espaços que possam proporcionar momentos de lazer, cultura, entretenimento e cultura, assim como a promoção de saúde, característica potencial dos cursos de graduação do campus UnB Ceilândia.
193
AMBIENTAL
TECNOLÓGICA
Aproveitar do potencial da área com reserva de interesse ecológico, o canteiro lateral às residências com Paisagismo integrador, parque ambiental, reserva ecológica, ARIE JK, declividade do terreno, cursos de saúde, presença de ciclovia estimulando seu uso, resolver extenso canteiro central próximo, vento estação experimental, produção ervas medicinais, conscientização problemas de drenagem urbana existente no campus predominante na região, proximidade ao córrego ambiental, hortas comunitárias, praças de convívio, água, calhas de relatado pelos alunos, promover arborização, espaços Samambaia. chuva, sombreamentos. bucólicos e paisagismo visto a escassa presença de árvores na região do campus.
Utilizar da infraestrutura urbana presente na área como rede de luz elétrica, água, asfalto, etc., além dos potenciais como a estação próxima do metrô. A Sombreamentos adequados, tecnologia multimídia, espaços utilização de novas tecnologias de reuso de águas, além Viaduto do metrô, novo centro regional, declividade do terreno, importante avenida comercial híbridos, comércio integrador, reuso da água, captação luz solar, de estudo de drenagem pluvial do terreno que possui alta declividade. Incorporar tecnologias sustentáveis, que incentivo da ciclovia, restrição ao automóvel. próxima, infraestrutura urbana presente. possam ir além do desenho arquitetônico, de modo a despertar o interesse como reciclagem à rotina dos frequentadores.
194
quadroconceitual DIMENSÕES
URBANA
DESCRIÇÃO
A CIDADE QUE INVADE O CAMPUS UNIVERSITÁRIO E O CAMPUS UNIVERSITÁRIO QUE INVADE A CIDADE
CROQUIS
REFERÊNCIAS
Univestity of Cambridge – London, United Kingdom
University of Ithaca – Ithaca, United States of America
PROJETO
A UTOPIA DO ENVOLVIMENTO COTIDIANO ENTRE UNIVERSIDADE E COMUNIDADE
University of Columbia – New York City, United States of America
195
ELEMENTOS CATALISADORES:
CONSTRUÇÃO
GABARITO PPROPOCIONAL AO ENTORNO, TRANSPARÊNCIA VISUAL, PAISAGISMO INTEGRADOR, CONEXÃO DA PAISAGEM E O INTERIOR Cidade Universitária da Pedra Branca – Florianópolis SC, Brasil
OPERAÇÃO
FUNCIONAMENTO DO CAMPUS: (PROGRAMA DE NECESSIDADES, INSTERSTÍCIO ENTRE AMBIENTE EXTERNO E INTERNO, ATIVIDADES QUE CRONGRUAM OS DOIS PÚBLICOS)
Universidade Federal de Viçosa – Viçosa MG, Brasil
Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama – Viçosa MG, Brasil
196
anรกlisedoterreno 197
198
normas A área ocupada hoje pela UnB Ceilândia corresponde a uma gleba de terras de vinte hectares que foram doadas pelo GDF à União em 2002 pela lei complementar nº 649, de 23 de agosto de 2002 decretada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e sancionada pelo Ex-Governador Joaquim Roriz. Esta área está localizada com base no PDOT8 em área de Zona Urbana Consolidada, em Macrozona Urbana, como é possível visualizar abaixo (Figura 112).
Figura 112- Vista aérea aproximada do terreno - Imagem cedida pela TERRACAP9
8 9
Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - PDOT Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP 199
Figura 113 - Mapa de zoneamento, PDL Ceiândia - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf - Acesso em 28/06/2015 às 16:08
Figura 114 - Mapa de macrozoneamento - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf -Acesso em 28/06/2015 às 16:16
200
Localização Zona Urbana de Dinamização. Categoria L2 – lote de menor restrição a atividades incômodas. Função Ordenar desenvolvimento físico-territorial, compatibilizando com desenvolvimento socioeconômico e com a utilização racional e equilibrada dos recursos naturais. Atender o plano de desenvolvimento da função social da cidade e o bem-estar da população. Qualidade do espaço público. Aspectos Ambientais Bordas da Ceilândia – Área especial de proteção 3 – com restrição ambiental compreendem as faixas de tamponamento no entorno das unidades de conservação, bem como as áreas com restrições físicas e bióticas, suas imediações de zonas urbanas.
201
Figura 115 - Mapa categoria dos lotes - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf – Acesso em 28/06/2015 às 16:29
Critérios Urbanos – L2 Permeabilidade do solo - 30% Evitar a criação de grandes áreas de estacionamento público. Polo gerador de tráfego tipo P - mínimo uma vaga para cada 25m2. Será permitida a construção de marquises sobre a área. Restrições Afastamento das divisas voltadas para logradouros públicos. Afastamento em fachadas com aberturas para aeração e iluminação. 202
Figura 116 - Mapa centro metropolitano - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf – Acesso em 28/06/2015 às 17:13
Localização Área lindeira à via de ligação Ceilândia-Taguatinga –DF. Critérios Urbanos Barreira vegetal ao longo da linha do metrô. Lógica de ocupação perimetral com pátios internos permeáveis. 203
Aspectos Ambientais Área constituída segundo Plano de Manejo, mas não detalha as restrições do Plano. Função Função administrativa e cívica, poderá transformar-se em um polo econômico do DF. Prevê uma via que divide o lote da universidade.
Figura 117 - Planta de locação - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf – Acesso em 28/06/2015 às 17:23
Localização Centro-Regional, conjunto A, lote 01 Segundo PDOT, Zona Urbana de Dinamização. 204
Categoria L2 – Menor restrição a atividades incômodas. Função O Campus UnB exercerá impacto positivo sobre o nível de desenvolvimento social e econômico da região e entorno, como importante fator na redução das desigualdades regionais. Critérios Urbanos Zonas de amortecimento, zonas de conservação e zonas de preservação. Parâmetros: coeficiente de aproveitamento 6, taxa de permeabilidade 30%, Restrições Vetado o uso de alvenaria e telhas para o cercamento do lote com Altura máxima permitida de 2,20 m. Existência de solos hidromórficos, declividade acentuada (>30%), nascentes e campos de murundus. ZC3 do Plano de Manejo – Uso Restrito Aspectos Ambientais Solos hidromórficos. Declividade suave acentuando-se, à medida que se aproxima do córrego até 30%. Nascentes. 205
“Campos de murundus”.
Figura 118 - Mapa de unidades de preservação ARIE JK – Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf – Acesso em 28/06/2015 às 17:50
Localização Zona de amortecimento da ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico. Critérios Urbanos Manutenção dos ecossistemas naturais e compatibilização com o uso sustentável e recursos naturais. 206
Aspectos Ambientais Visão sistêmica. Abrangência: Unidade de conservação, zona de amortecimento e corredores ecológicos. Função Uso sustentável da zona de amortecimento, partindo da premissa da influência da ação
antrópica nessa
região, em
função da preservação da
ARIE
JK,
significativamente alterada devido a retira, substituição e variedade de usos devido ao crescimento e avanço da malha urbana.
Figura 119 - Zoneamento plano de manejo ARIE JK - Disponível em http://www.lasusunb.com/uploads/4/7/1/6/47165497/2008_unbceil%C3%A2ndia_apresenta%C3%A7%C3%A3o_final.compressed.pdf – Acesso em 28/06/2015 às 17:52
207
Figura 120- Mapa cone de vis達o interno - Elabora pelo autor deste trabalho
208
1
Figura 121- UnB FCE - DisponĂvel em http://campus.fac.unb.br/arquivo/midia/2013/1/universidade/2gestao/20%20unb%20campus%20ceilandia_fotoalessandrodantas05.jpg - acesso em 21/04/2015 Ă s 17:20
2
Figura 122 - Entrada campus - Foto tirada pelo autor
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3
Figura 123- Calçadão de passeio que conecta as três edificações - Foto tirada pelo autor
210
4
Figura 124- UED - Unidade de ensino e docĂŞncia - Principal prĂŠdio do campus - Foto tirada pelo autor
211
5
Figura 125- Panorâmica estacionamento provisório - Foto tirada pelo autor
6
Figura 126 -Panorâmica edificações - Foto tirada pelo autor
212
insolação
Figura 127- Insolação das fachadas - Fonte: SOL - AR
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ventos
VENTO NORDESTE
VENTO NOROESTE
VENTO LESTE PREDOMINANTE
Figura 128 - Mapa dos ventos no campus - Elaborado pelo autor
214
topografiaevizinhança
Figura 129 - Implantação com curvas de nível - Elaborado pelo autor
Figura 130 - Perfil topográfico do terreno - Fonte: Google Earth
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Como mostram as figuras 129 e 130, o terreno como um todo possui
um
declive
considerável,
direcionado
ao
córrego
Samambaia. O terreno que possui dimensões aproximadas em 700m e 300m, possui cota de nível inicial em 1242m (nível da rua) e termina com 1202m possuindo então em desnível de 40 metros. É importante observar que este desnível ocorre conforme perfil do terreno por inteiro, e que para a área de projeto haverá um recorte do terreno.
Figura 131- Mapa de uso do solo - Elaborado pelo autor deste trabalho
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Legenda: Uso Comercial Uso Residencial Uso Misto Áreas verdes O mapa de uso do solo apresenta quais atividades se apresentam nas proximidades da UnB FCE. Como é possível perceber, o uso predominante é o uso residencial unifamiliar, seguido pelo uso misto que se concentra adjacente à avenida N3, somado a exclusivos comércios localizado na extremidade da outra faixa desta avenida. É importante observar (Figura 131) a quantidade de canteiros centrais e laterais que existem entres as avenidas.
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Figura 132- Mapa do cone de vis達o do entorno - Elaborado pelo autor
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1
Figura 133- Tipologia residencial unifamiliar pr贸xima - Fonte: Google Street View
2
Figura 134- Entorno com entrada para o campus - Fonte: Google Street View
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3
Figura 135- Tipologia de uso misto na avenida N3, próximo cruzamento de acesso ao campus - Fonte: Google Street View
4
Figura 136- Detalhe canteiro central localizado à frente do campus - Fonte: Google Street View
220
5
Figura 137- Canteiro lateral localizado em frente à entrada do campus; detalhe para ciclovia e ponto de ônibus - Fonte: Google Street View
6
Figura 138 - Vista do campus a partir da DF 459 - Fonte: Google Street View
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acessoseeixos Via EPTG
Via N3
DF 459 Ceilândia Samambaia Figura 139- Mapa de acessos e eixos - Elaborado pelo autor deste trabalho
Como pode-se perceber (Figura 139), existem quatro maneiras de se acessar ao campus, que possui apenas uma entrada e saída. Para quem se dirige do Plano Piloto, o melhor acesso é pela Estrada Parque Taguatinga Guará – EPTG. O usuário que 222
estiver em Ceilândia pode utilizar a Via N3. Para os usuários de Samambaia e Taguatinga Sul, o melhor trajeto é utilizando a nova pista DF 459, que liga Samambaia a Ceilândia. Utilizando o transporte público, tem-se a estação Ceilândia Sul do metrô localizada a quinhentos metros do campus, e paradas de ônibus próximas. Legenda: Acesso ao campus Saída do campus Viaduto metrô Ciclovia Parada de ônibus Estação do metrô
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cronograma 17.03.2015 – Reunião da Coordenação de Introdução ao trabalho final de graduação com os alunos. 07.04.2015 – Prazo máximo para indicação de professores avaliadores. 06.05.2015 – Entrega do Plano de Trabalho. 11 a 15.05.2015 – Avaliação intermediária. 15.05.2015 – Devolução do Plano de Trabalho. 16.06.2015 – Agenda da avaliação final. 24.06.2015 – Trabalho final. 26.06.2015 – Alteração na agenda da avaliação final. 29.06 a 03.07.2015 – Avaliações finais de Introdução ao trabalho final de graduação. 10.07.2015 – Entrega da versão final do Introdução ao trabalho final de graduação. 11.07.2015 – Entrega das menções finais. 224
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referênciasbibliográficas ABBUD, B. Criando Paisagens: Guia de Trabalho em Arquitetura Paisagística. São Paulo: SENAC, 2005. ALEX, SUN. O projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público. São Paulo: Ed. Senac, 2008 ALLEN, Edward. Cómo funciona un edificio. Barcelona: G. Gili, 1982 BARRA, Eduardo. Paisagens úteis – Escritos sobre paisagismo. Editora Senac São Paulo, Editora Mandarim, 2006. CHING, F.D.K. Arquitetura: Forma, Espaço e Ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. COSTA, Lucio. Registro de uma Vivência. São Paulo: Empresa das Artes/UnB, 1995. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo. Editora Perspectiva. 2013. HOPKINSON, R. G. et al. Iluminação Natural. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1975.
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