Obesidade Infantojuvenil

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Editor médico Reginaldo Albuquerque - CRM 647/DF Responsável Técnico Ricardo Cabral - CRM 31594/MG Organização Laura Gris Mota, jornalista - 2573/DF Equipe EuSaúde Patrícia Cabral Santiago Estudos mostram que pessoas que possuem maior conhecimento sobre saúde, têm muito mais saúde. Por isso, a Health Insight criou o projeto EuSaúde, com o objetivo de engajar pessoas na promoção de saúde e bem-estar, a partir de um programa de educação, compartilhamento de experiências e adesão aos programas de prevenção, seguimento de tratamentos para pacientes crônicos e qualidade de vida. Comunidades dedicadas a cada assunto, como Gestação, Câncer ou Diabetes, tornam possível que usuários interajam, além de poderem compartilhar experiências e expectativas com pessoas que estão passando pelo mesmo momento de vida.Também é possível falar com profissionais da saúde, que podem tirar dúvidas sobre os assuntos relacionados. Como suporte à experiência no EuSaúde, será disponibilizada uma biblioteca de conteúdos médicos, ebooks e vídeos sobre cada tema. O engajamento de pacientes na promoção da saúde é um conceito amplo, que vem crescendo em todo o mundo, porque já se sabe que, só assim, poderemos, ao mesmo tempo, enfrentar doenças e aumentar a qualidade de vida e o bem-estar. Estimulamos o conhecimento, a adesão a programas de saúde, a convivência em redes sociais de afinidade e o compartilhamento de dados e experiências. Este livro faz parte da coleção EuSaúde e apoia o aprendizado básico sobre cada tema. Aprenda com o livro e inscreva-se em nosso programa, pelo site www.eusaude.com.br www.eusaude.com.br

EuSaúde Obesidade Infantil é parte da coleção “EuSaúde” e está licenciado com Creative Commons - Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional.

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Sumário Página 05.

Contexto

Página 14.

A atividade física – mexendo o corpo

Página 06.

Como diagnosticar a obesidade infanto-juvenil

Página 18.

Considerações Finais


Pรกgina 07.

Perigos da obesidade infantojuvenil

Pรกgina 12.

Como prevenir a obesidade infantil


01.Contexto Problema Hoje, vivemos uma realidade em que, por falta de tempo dos pais, muitas vezes é mais cômodo e prático optar por alimentos processados ou redes de fast food, como fonte principal da alimentação. Considerando que esses alimentos são ricos em gordura e açúcares, acaba-se por criar, dentro de casa, uma dieta nutricional inadequada que engorda e, por vezes, adoece as crianças. Somando-se a esse cenário, temos, também, o problema da alimentação dentro das escolas, um dos principais ambientes da vida infantil, local onde as crianças têm maior liberdade para ditar sua própria alimentação. Muitas cantinas de escolas particulares sobrevivem à base de salgados fritos, doces e refrigerantes. Como consequência, é normal que as crianças, com pouca maturidade para decisões de consumo, acabem por se acostumar com uma dieta de baixo valor nutricional, que se torna comum, também, no ambiente familiar. Não é raro, nos dias de hoje, encontrar em crianças, sintomas típicos da fase adulta, como alta pressão sanguínea e manifestação de diabetes tipo 2, chegando a casos de adolescentes que se submetem a cirurgia bariátrica, por exemplo. Atualmente, no Brasil, 56,9% da população com mais de 18 anos é considerada acima do peso. Entre as crianças de cinco a nove anos, esse índice é de 33,5%, ou uma em cada três crianças está acima do peso. Em regiões mais desenvolvidas do país, esse índice supera a média nacional, chegando a 35,15% no Centro-Oeste e 38,8% no Sudeste. Para indivíduos entre dez e dezenove anos, o índice é de 22,15% no Centro-Oeste. Projeções da Organização Mundial da Saúde apontam que, até 2025, o país terá cerca de

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75 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade. É importante citar que não apenas crianças acima do peso ou obesas estão doentes devido à alimentação. A falta de uma dieta balanceada e equilibrada de nutrientes afeta a saúde infantil, independente do ganho notável de peso. Isso se torna sério ao entendermos que, muitas vezes, o problema só é aceito quando resultados são visíveis – como no caso da obesidade, deixando evidente a falta de prevenção. Há diversos responsáveis por essa epidemia que afeta não só o Brasil, como também a própria indústria alimentícia e suas estratégias de marketing e de publicidade. Mas, em se tratando de prevenção, é importante destacar o papel não só da família, mas também do governo e das escolas, que, como maiores responsáveis pela formação e educação das crianças, são agentes fundamentais na luta contra essa doença. A Organização Mundial da Saúde vem alertando, ao longo dos últimos anos, sobre a importância da prevenção da obesidade, no intuito de diminuir os riscos das doenças cardiovasculares que atingem os adultos. Vários países, inclusive o Brasil, desenvolveram projetos voltados para as crianças e adolescentes.

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02.

Como Diagnosticar a obesidade InfantoJuvenil

Sobrepeso e obesidade Sobrepeso e obesidade parecem a mesma coisa, mas não são.

Sobrepeso Quando a relação entre altura e peso é maior do que o indicado. Aqui, soma-se ossos, músculos, água e gordura.

Obesidade É quando a quantidade de gordura no corpo é maior do que a indicada.

Sobrepeso e obesidade são resultados do consumo desequilibrado de calorias. Come-se muito e gasta-se pouco.

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A obesidade infantil é definida usando a fórmula do Índice de Massa Corporal (IMC) associado às curvas geradas por estudos epidemiológicos e validados pela Organização Mundial da Saúde. A partir do IMC, da idade e do sexo da criança, o médico encontra o ponto de intersecção no gráfico de curvas. As crianças são consideradas obesas quando estão acima de um dos indicadores.

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Idade ( meses completos e anos)

Independente das curvas, qualquer criança que tiver o IMC acima de 30, em qualquer idade, deve ser considerada obesa. Aos avaliadores do IMC nas escolas O momento de identificação dos educandos com sobrepeso é muito delicado e precisa ser feito de maneira que não oportunize um tipo de violência bastante específica na escola, o bullying. Nesse sentido, é essencial que haja um trabalho conjunto entre os educadores envolvidos.

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03.

Perigos da obesidade infantojuvenil

A obesidade infantil é perigosa porque afeta a vida da criança tanto imediatamente, como a longo prazo.

Problemas imediatos Doenças cardiovasculares, como colesterol alto e hipertensão arterial Pré-diabetes

Apneia de sono Problemas com autoestima Problemas psicológicos (estigmatização, bullying)

Problemas articulares, ósseos

70% das crianças obesas apresentam um fator de risco para doença cardiovascular.

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A longo prazo, crianças obesas tem maior probabilidade de serem adultos obesos. 2 Anos

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5 Anos

7 Anos

10 Anos

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35%

E já sabemos que a obesidade está associada à cânceres de mama, colo, endométrio, esôfago, rim, pâncreas, colo do útero, esôfago, mieloma múltiplo e linfoma de Hodgkins. Além do risco de desenvolver diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.

Consequências da obesidade infantil Diminuição da autoestima Apneia desvio de coluna lesões em articulações pé chato problemas cardíacos problemas respiratórios estrias risco de diabetes e gordura no fígado

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04.

Como prevenir a obesidade infantil

Os Dez Passos da Alimentação - até 2 anos Este caminho foi definido pelo Ministério da Saúde em 2013, quando publicou um Guia sobre a Alimentação até os 2 anos de idade.

Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. Lembrar aos pais que, antes dos seis meses da criança, eles não devem fornecer complementos ao leite materno. O leite materno é tudo de que a criança precisa. Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. Lembrar os pais que, para que o bebê continue crescendo bem, a partir dos seis meses, ele necessita receber outros alimentos além do leite materno. Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno. Revendo seus conhecimentos: • Os alimentos complementares são constituídos pela maioria dos alimentos básicos que compõem a alimentação do brasileiro

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Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. Lembrar aos pais de que o bebê deve receber alimentos quando demonstrar fome. Horários rígidos para a oferta de alimentos prejudicam a capacidade da criança de distinguir a sensação de fome e de estar satisfeito, após a refeição. No entanto, é importante que o intervalo entre as refeições seja regular (2 a 3 horas). Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. Lembrar aos pais que a consistência da alimentação complementar é importante, pois a criança com 8 meses vai desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação. Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Revendo seus conhecimentos: • Os nutrientes estão distribuídos nos alimentos de forma variada. Os alimentos são classificados em grupos, de acordo com o nutriente que apresenta em maior quantidade. Alimentos que pertencem ao mesmo grupo podem ser fontes de diferentes nutrientes. Lembrar aos pais de oferecer às crianças uma alimentação colorida.

Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Revendo seus conhecimentos: • Frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibras. • Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, inicialmente, pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente, elas aceitam melhor os alimentos com sabor doce. As frutas devem ser oferecidas in natura, amassadas, ao invés de sucos. Lembrar aos pais que a criança que desde cedo come frutas, verduras e legumes variados, recebe maior quantidade de vitamina, ferro e fibras.

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Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. Lembrar aos pais que alguns alimentos não devem ser dados para a criança pequena porque não são saudáveis, além de tirar o apetite e competir com os alimentos nutritivos.

Passo 9 - Cuidar da higiene, do preparo e do manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e conservação adequados. Lembrar aos pais que os cuidados de higiene na preparação e na oferta dos alimentos evitam contaminação e doenças, como a diarreia.

Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. Lembrar aos pais que a criança doente precisa comer mais para não perder peso e, também, recuperar-se mais rápido. Por isso, é importante manter a amamentação e oferecer os alimentos saudáveis de sua preferência.

Aconselhamos a leitura aos pais e aos profissionais de saúde.

A alimentação nas demais faixas etárias Uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular são fundamentais para a prevenção da obesidade infantil. Na infância e na adolescência são consolidados hábitos de vida que são fundamentais à prevenção da obesidade, como a prática de atividade física regular e uma alimentação saudável.

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No dia a dia - A lancheira saudável Crianças e adolescentes aprendem muito pela observação e imitação. Adotar uma alimentação saudável, no dia a dia familiar, vai contribuir para a formação de bons hábitos futuros. Para uma alimentação saudável é importante manter a variedade, as cores do prato e priorizar o consumo de alimentos naturais.

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

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1 unidade de queijo processado (Tipo “Polenguinho”). 1 pacote individual de biscoito integral com grãos de aveia. 1 banana.

1 sanduíche com 2 fatias de pão integral com 1 colher de sobremesa rasa de creme de ricota e 1 colher de sobremesa rasa de geleia de frutas. 1 caixinha (200 ml) de suco de laranja 100% natural, ou suco natural em garrafa térmica.

1 garrafinha (80 ml) de leite fermentado (tipo “Yakult”). 1 fatia pequena de bolo simples. 1 fruta.

1/2 banana picada. 1/2 xícara (40 g) de mix de cereais integrais (colocar em um saquinho para a criança misturar na hora). 1 garrafinha (180ml) de iogurte integral de morango.

4 cookies integrais. 1 caixinha (200ml) de suco de soja. 1 fruta


Um almoço saudável

Distribuição dos grupos alimentares

Alface, arroz, lentilha, pernil, batata, repolho e abacaxi. Alface, tomate, feijão, farinha de mandioca, peixe e cocada. Arroz, feijão, angu, abóbora, quiabo e mamão. Alface, tomate, arroz, feijão, berinjela e suco de cupuaçu.

Veja dicas sobre alimentação saudável no site do EuSaúde.

Duas regras de ouro para alimentação saudável

#1 #2

Escolha sempre alimentos naturais.

Evite os alimentos industrializados (biscoitos recheados, macarrão instantâneo, pratos congelados, refrigerantes e bebidas das ‘caixinhas’).

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Falar de alimentação saudável e atividade física para crianças e adolescentes talvez não seja tão efetivo quanto a prática dessas ações em família. As crianças e adolescentes no Brasil passam metade do seu dia na escola, por este motivo a rotina alimentar nessas quatro a seis horas precisa de atenção. Montar lanches saudáveis e balanceados é bastante importante. Para isso, fique atento às porções.

1 Porção de carboidrato

1 Porção de lácteo

1 Bebida

1 Porção de Fruta ou vegetal

10 dicas de lanches saudáveis 2 fatias de pão integral com requeijão + banana + suco natural

#7

1 porção de cenoura baby + 1 porção de uvas + água de coco;

4 cookies integrais + tangerina + água de coco

#8

1 porção de fruta + 4 cookies integrais + 1 copo de suco natural

#3

1 fatia de bolo caseiro + 1 fatia de queijo + 1 copo de suco natural

#9

#4

1 sanduíche de pão integral com queijo branco e cenoura ralada + 1 copo de suco natural

1 banana + 1 iogurte de garrafinha + granola/aveia

#10

#5

1 pão de queijo + 1 porção de fruta + água de coco

2 fatias de pão integral + creme de ricota + 1 copo de suco natural

#1 #2

#6

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1 porção de tomate cereja + 1 pão de queijo + 1 copo de suco natural


05.

A atividade física: mexendo o corpo

Duas regras de ouro para uma atividade física saudável

#1 #2

Reduza o tempo com jogos digitais, horas-de-tela de modo geral. Incentive brincadeiras coletivas ao ar livre.

Os adolescentes têm uma rotina diferenciada. Nessa fase da vida, começam os estudos mais intensos e o tempo sentado e inativo aumenta. Por isso, é importante o incentivo a atividades esportivas, que podem ser inseridas, de forma regular, na rotina do jovem. A maioria das pessoas não avaliam quanto de atividade física é necessária para “queimar” as calorias presentes num determinado alimento ou numa refeição.

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Veja na tabela abaixo que mostra claramente quanto custa uma “pequena transgressão” alimentar.

Se você consumir

Você tem que fazer

Rosquinha (242 Calorias)

88 minutos de flexões

Hambúrguer e batata frita (691 Calorias)

141 minutos de esteira

Peito de frango frito (444 Calorias)

65 minutos de bicicleta

Fatia de bolo (710 Calorias)

148 minutos de caminhada

Milkshake (444 Calorias)

72 minutos pular corda

As escolas têm, portanto, um papel fundamental no estímulo às atividades físicas dos seus alunos. Outro fator importante é a observação das chamadas “horas-tela”, que é o tempo que os alunos se mantêm inativos diante dos seus dispositivos eletrônicos.

Ajuda Nunca é Demais Sair do consultório médico com diagnóstico de Obesidade Infantojuvenil não é fácil para os pais. Mudanças de comportamento, como controle da alimentação e realização de exercícios físicos são as recomendações que estão sempre presentes. Muitos pais têm dificuldade de dizer “não” aos pedidos de doces e fast foods, tão constantes na vida das crianças. Outras vezes, a adoção de hábitos saudáveis para os pequenos também influencia na vida da família. Sabemos que essas mudanças não são tão naturais quanto parecem e podem causar estresse em todos. Se esse é o seu caso, procure ajuda. Terapias para pais e filhos apresentam resultados positivos em vários casos. Pergunte ao seu médico sobre essa opção.

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06.

Considerações finais

A Ciência, hoje, já comprovou que o cérebro mantém uma íntima relação com os aspectos fisiológicos. Na quarta semana de gestação, ocorre uma divisão embrionária. Uma parte formará o cérebro e, a outra, o intestino. Ambos são ricos em neurônios e neurotransmissores, cujo funcionamento depende dos alimentos ingeridos. Não é sem razão que o recém-nascido deve ser colocado no peito da mãe na primeira hora de vida. Nas primeiras 6 horas de vida de uma criança, formam-se 80% das conexões dos neurônios cerebrais. A alimentação incorreta causa danos cerebrais difíceis de serem corrigidos. Nos primeiros três anos da escola, a qualidade da dieta oferecida às crianças pode interferir na forma como elas leem e entendem o que está escrito. Estudos europeus publicados recentemente mostram que uma alimentação rica em vegetais, frutas, gorduras insaturadas, grãos integrais e peixes melhorou a capacidade cognitiva de crianças entre 6 e 8 anos. A fluência de leitura melhorou de 10% a 20%, e a compreensão textual, de 14 a 30%. FAÇA A SUA ESCOLHA!

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Referências Pesquisa Nacional de Saúde Escolar IBGE http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/2015/ Mapa da prevalência de obesidade no Brasil http://www.abeso.org.br/atitude-saudavel/mapa-obesidade ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Recomendações da consulta de especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a promoção e a publicidade de alimentos e bebidas nãoalcoólicas para crianças nas Américas. Washington, DC, 2012. Disponível www2.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&task=cat_ MONTEIRO, C. A.; CANNON, G. The impact of transnational “Big Food” companies on the South: a view from Brazil. PLoS Med, [S.l.], v. 9, n. 7, p. e1001252. Disponível em: www.plosmedicine.org/ O EUSAÚDE tem propósitos educacionais e o seu conteúdo não deve ser usado para diagnóstico e tratamentos. O EUSAÚDE não prediz se você vai ter uma determinada doença, apenas estima a sua chance e oferece orientação de como reduzir o seu risco. Não há garantia de que, seguindo as recomendações, você não desenvolva a doença. O SEU MÉDICO DEVE SER SEMPRE CONSULTADO.

Projeto gráfico: Agência Conectando Pessoas




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