grupos folclóricos
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180 anos da imigração alemã em Santa Catarina
180 anos da imigração alemã em Santa Catarina
Into the rhythm of tradition
Regenwalde Tanzgruppe
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No ritmo da tradição
Nos grupos folclóricos, as danças e músicas típicas germânicas são passadas de geração a geração Folk groups have been passing along typical dances and songs to generations of german descendants
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grupo 25 de julho cada grupo Tem SEUS PRÓRPIOS TRAJES TÍPICOS, QUE REPRESENTAM REGIÕES ESPECÍFICAS DA ALEMANHA EACH folk GROUP HAS ITS OWN TYPICAL COSTUMES, REPRESENTING different REGIONS FROM GERMANY
grupo 25 de julho
grupo alle tanzen
Além das danças tradicionais, o repertório dos grupos inclui apresentações de teatro e canto Adding to the traditional dances, the groups include theater and choir to their performances grupo 25 de julho
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he music is a joyful polka. Couples smile all the time while they spin trough the dance hall. With their feet – actually, with their whole body – they keep alive in Santa Catarina the tradition of the ancient Germanic dances. Rediscovered with the State’s tourism boom in the 1980s, when Blumenau’s Oktoberfest originated a series of parties related to the German culture in Santa Catarina, today the folk dancing groups spread happiness at restaurants, balls and street parades. Wearing colourful costumes representing the different European regions from where the immigrants came 180 years ago, these groups remember with fast and well rehearsed movements their ancestor’s centenary tradition. Their presentations use to attract groups of tourists, enchanted by the dancers’ expertise. Many folk groups go beyond dancing and include in their repertory theatre plays and choral music. That way, they also pass along to the younger generations the old stories and songs taught by their grands. The developing of folk groups in Santa Catarina
na deve muito ao trabalho da Casa da Juventude de Gramado, no estado vizinho do Rio Grande do Sul. Fundada em 1966 oferecendo cursos de canto em coral, língua alemã, música e teatro, a entidade passou a formar coordenadores de grupos folclóricos a partir da década de 1980 e a pesquisar a história da dança europeia. Atualmente, conta com um acervo de 3 mil danças de várias etnias e é uma das principais fontes de referência para os grupos folclóricos catarinenses. O Grupo de Tradição Dança e Canto Prosit foi primeiro do Estado, segundo o pesquisador Carlos César Hoffmann, um dos maiores conhecedores de grupos folclóricos em Santa Catarina. O grupo nasceu em 1968 no município de Itapiranga, que uma década depois seria o berço da primeira Oktoberfest do Brasil, criada sete anos antes da festa de Blumenau. Em Pomerode, o Grupo Alpino Germânico também dava os primeiros passos naquele mesmo ano de 1968, inspirado em um grupo da Bavária que havia se apresentado na Festa da Cerveja de Blumenau. Um dos diferenciais do grupo catarinense é misturar as danças tradicionais com representações do cotidiano
owns quite a bit to the work of Gramado’s Youth House, in Rio Grande do Sul. Founded in 1966 to choir classes, German Language, music and acting classes, the entity started in the 1980s to graduate folk group coordinators and research the history of European dances. Nowadays, it has about 3.000 dances of several ethnic groups, being one of the biggest sources of material to the Santa Catarina’s folk groups. The Tradição Dança e Canto Prosit Group was the first one to appear in the State, according to Carlos César Hoffmann, one of the most prominent researchers of folk groups in Santa Catarina. The group was founded in 1968 in Itapiranga, that one decade later would become home of the first Oktoberfest in Brazil, seven years before Blumenau’s fest. By the same year, in Pomerode, the Alpino Germânico Group was taking its first steps on the dance hall, inspired by a Bavarian group that had been invited to perform in a beer fest in Blumenau. One of the qualities of Pomerode’s group is to mix traditional dances with performances showing the cus-
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o som de uma animada polca, os casais sorriem o tempo inteiro enquanto giram pelo salão. Nos pés – ou melhor, no corpo todo – eles mantêm viva a tradição das antigas danças alemãs em Santa Catarina. Resgatados após o boom turístico da década de 1980, quando a Oktoberfest de Blumenau deu início a uma série de festas ligadas à cultura germânica no Estado, os grupos de dança folclórica hoje espalham sua alegria em restaurantes, bailes e desfiles ao ar livre. Com coloridos trajes representando as diferentes regiões de onde vieram os imigrantes que há 180 anos começaram a colonizar as terras catarinenses, os grupos relembram, com passos rápidos e bem ensaiados, os costumes centenários de seus antepassados. Suas apresentações costumam atrair multidões de turistas, encantados pela perícia dos dançarinos. Muitos grupos folclóricos vão além das danças típicas e incluem peças teatrais e corais de canto em seu repertório, sempre seguindo a tradição germânica. Assim, repassam para as novas gerações as histórias e músicas cantadas pelos antepassados. A formação dos grupos folclóricos de Santa Catari-
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Os grupos folclóricos são atrações imperdíveis nas festas de cultura germânica em Santa Catarina The folk groups are a must-see attraction during Santa Catarina's celebrations of German culture
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dos colonos alemães. Entre elas está a divertida “Dança do Lenhador”, onde os homens, entre saltos e sapateados, serram lenha em pleno palco, com machados e serrotes. Em Blumenau, os primeiros passos só foram ensaiados com o advento da Oktoberfest. Em 1984, o Grupo 25 de Julho, até hoje um dos mais ativos do Estado, fez sua primeira aparição durante um desfile pelo Centro da cidade. Encantou a população e os turistas e gerou uma onda de resgate da dança folclórica em toda a região do Vale do Itajaí, inspirando a criação de importantes grupos locais como Teutônia, Germânia e Grünes Tal. Em Jaraguá do Sul, o primeiro grupo folclórico nasceu em 1988 com o nome Grupo Nascente de Tradições Germânicas. Em seguida, adotou o nome Neue Heimat Trachtengruppe. Quatro anos mais tarde, a agremiação cresceu e se tornou em centro cultural, fortalecendo o trabalho de divulgação e preservação da cultura alemã na cidade. O Neue Heimat ensina dança para 40 crianças do Colégio Estadual de Ensino Básico Alvino Tribes e este ano começou a oferecer aulas de teatro, música e canto. Dois anos depois do surgimento do Neue Heimat, a indústria têxtil Malwee criou o Regenwalde Tanzgruppe, um grupo de danças folclóricas que, além de preservar as tradições germânicas, integra os funcionários da empresa – agora também dançarinos – com a comunidade. A ideia deu tão certo que hoje o grupo conta cerca de 100 dançarinos de todas as idades.
o Regenwalde Tanzgruppe oferece aulas de dança a quarenta crianças de uma escola estadual regenwalde Tanzgruppe offer dance classes to forty children from a local state school
toms of the Germanic settlers. A good example is the Lumberjack Dance, in which men jump, tap dance and cut a large piece of wood on stage using real axes and saws. In Blumenau, the initial impulse came only with the first edition of Oktoberfest. In 1984, the 25 de Julho Group, one of the most active in the whole State nowadays, made its first appearance during a street parade downtown. The beauty of the dancing and costumes excited tourists and inhabitants alike. The group originated a wave of interest for folk dances throughout the region, inspiring the rise of many important local groups such as Teutônia, Germânia and Grünes Tal. In Jaraguá do Sul, the first folk group – Nascente de Tradições Germânicas Group – , was founded in 1988. A few years later, it changed its name to Neue Heimat Trachtengruppe. In 1992, the entity grew and became a cultural centre, strengthening the preservation of the Germanic culture in the city. Today the group members teach dancing to 40 children at the Alvino Tribes State School. In 2009, it started to offer acting, music and singing classes. Two years after the Neue Heimat, Malwee – a textile company in Jaraguá do Sul – created the Regenwalde Tanzgruppe. In addition to preserve German traditions, the folk group took in Malwee’s employees to become dancers too. The idea worked out so fine that today the group has about 100 members from all ages.
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