![](https://static.isu.pub/fe/default-story-images/news.jpg?width=720&quality=85%2C50)
6 minute read
A VISTA DO MEU PONTO: ENTREVISTA COM PAULO MELO SOUSA
ENTREVISTA COM PAULO MELO SOUSA
Paulo Melo Sousa é o nome artístico de Paulo Roberto Melo Sousa, nascido em São Luís do Maranhão a 6 de maio de 1960. Filho de José de Ribamar Bezerra de Sousa e de Élia Melo Sousa, tem duas irmãs e um irmão. Frequentou inicialmente o Jardim de Infância Pituchinha, indo estudar a partir dos 8 anos de idade no Colégio Maristas, onde permaneceu durante 10 anos e concluiu o chamado Científico em 1978. Formado em Design e em Comunicação Social pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA, possui especialização em Jornalismo Cultural, Jornalismo Científico, Jornalismo Ambiental, e em Linguística Aplicada ao Ensino das Línguas Materna e Estrangeira. Possui Mestrado em Ciências Sociais pela UFMA, em 2013. Poeta, jornalista, professor, ambientalista, pesquisador de cultura popular, fundou a Sociedade de Astronomia do Maranhão SAMA, aos 16 anos. Foi um dos idealizadores do primeiro jornal ecológico do Maranhão, o “Folha de Gaia” (1991 / 1992). O poeta integra ainda a “Antologia da Poesia Maranhense do Século XX”, organizada por Assis Brasil. Foi um dos fundadores do Grupo Poeme-se, de poesia (1985 / 1994), e criador do Grupo Graal (1997), de performance poética. Atua na área de cinema e vídeo, como ator e co-diretor. Escreve no Jornal Pequeno (JP Turismo), abordando temas de jornalismo científico, turístico, cultural e de patrimônio cultural. Também incursiono na área de cinema e vídeo, trabalhando como ator e co-diretor (integrei o elenco de “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, filme de Carla Camurati (1995), e foi co-diretor do filme “Em Busca da Imagem Perdida” (IPHAN, 2008), dentre outros trabalhos. Mantive no suplemento JP Turismo – Jornal Pequeno, desde 2006, a coluna “Alça de Mira”, na qual publiquei poemas de autores maranhenses, semanalmente, atuando ainda na área cultural como conferencista. Fui Diretor da Galeria de Arte Trapiche Santo Ângelo (Fundação Municipal de Cultura – FUNC / Prefeitura de São Luís, de 2013 a 2015), Diretor do Convento das Mercês, de 2015 a 2020 e, atualmente, sou o Diretor do Museu Histórico de Alcântara, desde março de 2020. Paulo Melo Sousa é membro fundador da Academia Ludovicense de Letras – ALL, tendo recebido a Medalha do Mérito Timbira, Grau de Comendador do Quarto Centenário, a maior comenda do Estado do Maranhão, em 2012, devido aos serviços prestados à cultura do Maranhão.
Advertisement
Bibliografia
“Rua Grande: Um Passeio no Tempo” - História (1992); “Oráculo de Lúcifer” (Poesia) - 1994 (1º lugar: Prêmio Literário do Plano Editorial Secma / Sioge); “Vi (s) agem” (Poesia) - 1º lugar: Prêmio Concurso Cultural e Artístico Cidade de São Luís (2001); “Arte das Mãos: Mestres Artesãos Maranhenses” - Texto (SEBRAE - 2007); “Nagon Abioton: Um estudo fotográfico e histórico sobre a Casa de Nagô” - Texto (Petrobras Cultural -2009); “Banzeiro” (Poesia - 2010); Prêmio Concurso Cultural e Artístico Cidade de São Luís; “Vespeiro” (Poesia - 2010).
Comecei a escrever na adolescência, mas sistematicamente a partir dos 18 anos de idade, quando escrevi meus primeiros poemas e publiquei meus primeiros artigos em jornais.
Integrei a Fundação Bandeira Tribuzi, a partir de 1980, que era coordenada pelo animador cultural Bernardo Fontenele, que organizava semanas literárias e mantinha viva a memória do poeta Bandeira Tribuzi. Em seguida comecei a publicar no Suplemento Cultural Guarnicê (Coordenada pelos escritores Celso Borges, Joaquim Haickel e outros), que depois se tornou Revista, no início dos anos 80 do século passado. Participei, a partir de 1985, do Grupo da Akademia dos Párias, publicando poemas, traduções na Revista “Uns & Outros”, do referido grupo. Nesse mesmo ano, no dia 2 de agosto de 1985, criei, ao lado de Ribamar Filho, o Grupo
Poeme-se, que durou até 1994. Em seguida, criei o Grupo Graal, de performance poética, em 1997. A partir de dezembro de 2010, criei o Projeto Papoético, que continua em atividade até hoje. Em Alcântara, articulamos, ao lado de Sérgio Oliveira e de Léa Mamede, o Projeto “Conecta Cultura: São Luís / Alcântara”, no início de 2019. Em se falando de geração, pertenço à geração 80. Meus parceiros de poesia e de cultura, ao longo desses anos todos, são muitos: Nauro Machado, José Chagas, Arlete Nogueira da Cruz, Raimundo Fontenele, Alberico Carneiro Filho, Laura Amélia Damous, Valdelino Cécio, Lúcia Brandão, Lenita de Sá, Ribamar Filho, Cláudio Terças, Rezende, Guaracy Brito Júnior, Antônio João Nunes, Wagner Alhadef, Jorge Campos, Rosa Ewerton, Luiz Henrique Rezende, Wilson Martins, Célia Seguins, Fernando Abreu, Ronaldão, Antônio Carlos Alvim, Lúcia Santos, Celso Borges, Dyl Pires, Hellen Esse, Elício Pacífico, Rafael Oliveira, César Maranhão, Paulinho di Maré, Rosemary Rêgo, Dilercy Adler, Antônio Aílton, Ricardo Leão, Hagamenon de Jesus, Jorgeana Braga, Bioque Mesito, Raimunda Frazão, Wybson Carvalho, Renato Menezes, Silvana Menezes, Carvalho Júnior, Ronaldo Costa Fernandes, dentre tantos outros.
a. Geração de 45 Incluído às vezes nessa geração, o poeta Nauro Machado muito me incentivou por acreditar na força da minha poesia. Ao logo de 38 anos mantivemos uma duradoura e profícua amizade, e aprendi muito sobre poesia em longas conversas sobre arte e cultura com o nobre poeta.
d. Akademia dos Párias Fui integrante do grupo da Akademia dos Párias, publicando poemas na Revista Uns & Outros, que o grupo publicava.
e. Os Cadernos Alternativos / Vagalume Publiquei textos e poemas, bem como fui entrevistado no Suplemento Vagalume.
f. Poeme-se/Papoético Fui um dos fundadores do Grupo Poeme-se e, sozinho, em 2010, criei o Projeto Cultural Papoético. O Grupo Poeme-se foi crido por Ribamar Filho e por mim no dia 2 de agosto de 1985, quando foi lançado o primeiro cartaz de poesia do grupo, intitulado Poeme-se nº 1. O grupo se reunia semanalmente para realização de leituras de poesias, construção de recitais e de performnces poéticas, dentre as quais “Erótyka” e “O Inferno de Wall Street”, chegando a realizar ainda festivais de poesia, dentre outras produções culturais. O grupo Poeme-se durou até 1994.
O Projeto Papoético foi idealizado pelo poeta, jornalista e pesquisador de cultura popular Paulo Melo Sousa, em dezembro de 2010. O evento acontece num espaço cultural ou num bar / restaurante / cafeteria. O Papoético acontece normalmente de acordo com a programação previamente estabelecida. Recitais de poesia, lançamentos de livros, canjas musicais, exibição de filmes, discussões filosóficas e exposição de ideias são algumas das muitas atividades que fazem desse projeto algo singular. Nos encontros, o público pode entrar em contato com o que é produzido na arte maranhense e brasileira e ainda poderá encontrar algumas pessoas que têm participação ativa na construção da cultura contemporânea. Visando ampliar a ação cultural do projeto, foi idealizada a realização do I Festival de Poesia do Papoético, sendo o primeiro realizado no dia 31 de maio de 2012. Nos últimos anos, em São Luís, os órgãos públicos ligados à cultura privilegiaram as manifestações culturais de cunho popular, que se destacam tanto no carnaval quanto no São João. Em decorrência disso, as artes em geral perderam apoio oficial, dentre elas a Literatura. Concursos literários foram extintos, e até o Festival de Poesia da Universidade Federal do Maranhão, anteriormente realizado pelo Departamento de Assuntos Culturais – DAC, foi desativado.
h. Circuito de Poesia Maranhense/Latinidade
I. Safra 90 Participei, ao lado do escritor Wilson Martins, da seleção dos poetas que participaram da “Antologia Poética Safra 90”, em 1996 (Edições Secma), escrevendo o prefácio da referida antologia, com o texto “Risco na Trilha ou Novas Aparições”. j. Guesa Errante Publiquei vários textos e poemas no Suplemento Literário Guesa Errante.