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EM BUSCA DAS ESCRITORAS MARANHENSES: AINDA LEONETE OLIVEIRA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

EM BUSCA DAS ESCRITORAS MARANHENSES: AINDA LEONETE OLIVEIRA

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

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Chamou atenção a biografia de Leonete Oliveira, considerada por Antonio Lopes, em artigo publicado em 1909, como a primeira poetisa maranhenses desconhecendo as inúmeras mulheres que já haviam publicado poesias e contos, desde o meado dos 1800. Jucey Santana, lá do Itapecuru-Mirim, cita várias delas. Estamos, aos pouco, buscando maiores informações sobre essas pioneiras. Em A Pacotilha, de 08 de julho de 1910 é publicada uma crítica literária ao trabalho dessa grande poetisa, escrita por Severino Silva:

MANOEL SALLES E SILVA, POETA MARANHENSE. QUEM CONHECE?

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e geográfico do Maranhão

Ao pesquisar sobre Fran Paxeco, meu patrono da Academia Ludovicense de Letras, deparei-me com o lançamento de um livro de poesia de título “Padrões”, obra póstuma, que fora prefaciada por Fran... Informa, ainda, que estavam sendo publicados artigos que apareceram em diversos jornais de São Luís. Fiz a tradicional pesquisa na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e encontrei apenas dados sobre seu percurso estudantil, desde o ensino secundário até seu ingresso na Faculdade de Farmácia do Pará, compreendo os anos de 1900 até 1910. Desse mesmo ano, as notas de seu falecimento, e as missas rezadas. O lançamento desse primeiro livro aparece também em jornais do Rio de Janeiro, e indicação de Leitura de Domingos Perdigão, em 1929: “O que há para ler” na Biblioteca Benedito Leite. Na BPBL, não se encontra nada, no acervo... Quem conhece???

Manoel Francisco Salles e Silva nasceu em 1892, provavelmente em São Luís, filho de Manoel Francisco da Silva Junior (falecido em 09 de fevereiro de 1904) e de Bibiana Cunha Salles e Silva; foi estudante do Externato São Sebastião, obtendo vários prêmios por dedicação e conhecimento. Seu pai era calafate. Autor de Vala Comum, versos; e de Padrões, versos, além de vários artigo publicados no Pará, onde estudava Farmácia, e em São Luis. PACOTILHA, 13 DE FEVEREIRO DE 1913 ‘PADRÕES – recebemos os “Padrões’, a obra póstuma de Salle e Silva, o jovem poeta tão cedo roubado as letras. [...] A obra foi andada imprimir pela família do malogrado moço, como uma carinhosa homenagem á sua memória. [...] Não faremos a crítica dos versos de Salles e Silva. Tão cedo ele morreu e tantas esperanças a sua morte ceifou, que, lendo as composições reunidas em volumem pelas mãos, que desde o berço vinham abençoando, a gente, longe de ser levado à crítica, pensa nisto a que ele mesmo chamou ‘a libertação, que também sonhou Buda”, o selo “esteril do Norvana” [...] o volume traz um prefacio de Fran Paxeco e fecha com os artigos publicados na “Pacotilha” e “Diário do Maranhão”. [...] agradecemos o exemplar que nos foi enciado.

E em O Imparcial, do Rio de Janeiro: “Livros Novos S. Luis – Appareceu também o livro de poesias posthumas do malogrado jovem Manoel Salles Silva, intitulado “Padrões” o livro traz uma carta-prefácio do publicista Fran Paxeco.

E no A Noite, também do Rio de Janeiro: O MARANHÃO LITTERÁRIO – Poesias e história : Appareceu também o livro

de poesias posthumas do malogrado jovem Manoel Salles Silva, intitulado “Padrões” o livro traz uma carta-prefácio do publicista Fran Paxeco.

Morador da Rua dos Afogados, sua mãe possuía várias residências no anil, haja vista que era cobrado o imposto devidos de sua mãe

DIÁRIO DO MARANHÃO, 31 DE DEZEMBRO DE 1909

Boca, boca archangelica, divina, Boca talhada em mármore de Paros, Tens tu incrustações a ruis rros, Boca ligeira, breve e pequenina.

Boca de linha delicada , fina, Da brancura dos mármores mais caros, Boca impecável sem esses reparos Que soem ter outras bocas; canta e trina,

Vejo, dentro de t, sem que o impeças, O goso desenfreado, em febre loca, Boca cheia de sonhos e promessas...

Meu desejo é morrer – ve que desejo! –Lábio a esse lábio, boca a essa boca, Na contensão tetânica de um beijo

Janeiro, 1910

A PACOTILHA, 15 de janeiro de 1910

A ADULTERA

Todos a olham com ódio. O mundo, a sociedade Encare-a com desdém, encare-a com despreso; Num sorriso imbecil misto de ódio e maldade –Commentam seu viver, por um ntigo veso.

Todos lhe votam ódio, um ódio vivo, acceso, Dizem-no sem temer, dizem-no por crueldade E ella curva a cerzir, sozinha, seu peso Brutal, esmagador de uma grande verdade.

Pobre degenerada, o mundo que condenam Teu olhar, teu adar, tuavida, te riso, Sem piedad, sem dó, sem compaixõ, sem pena,

Simula, que nõ sabe, entro frio iria, Que cedes impulsiva, impudica, sem siso, Ao imperioso poder de uma synphoni.

Do livro Padrões) Salle e Silva

DIÁRIO DO MARANHÃO, 27 DE JANEIRO DE 1910

DIÁRIO DO MARANHÃO , 9 de junho de 110

Pacotilha

LOUCOS

Dois loucos somos nós, minha louca / Mal desce Longe, mui longe noite, e já estas nossas almas Juntas, doida de amor, perenemente calmas, Voam azul em fora, onde o amo não fenece.

E lá as duas se vão, sempre juntas, e cresce Not e vem o dia, e llas, as nossas almas, Juntas, doidos de mor, perenemente calmas, Inda entoam de amor, sorrindo, a mesma prece.

Dois loucos somos nós, minha louca! Em desleixo Teus cabelos, no pasmo assim em que te deixo, Es a louca ideal e que a versejar me induz

E eu, u sou outro louco, eu, que sou o teu poeta, Quem teu olhar decanta, o teu riso interpreta, Em dithyrambos de oiro, em poermas de luz.

Salles e Silva

Oxygenio que inspiro a longo hausto – oxygenio Que, em novelos de luz, brinca pel athemosphera... Fdomas com o azoto o a, a agua e o hydrogenio, A vida com o carinho, o sangue mau da fera!

Tudo fazes viver – plstidula, monera E cylode, á riblla erma deste proscênio Que é a terra! E a Materia enquanto regenera A matéria tu, ó das transformações gênio, Fazes eterna a Vida, a Dor fazes eterna! Tu me ences os pulmões, no meu sangue rutillas, Rubro, rubro de luz, de uma luz eviteroa.

Principio genitor que aviva a Grande Lida! Es que dá luz á lu! Oxygenio! Scintillas Como o X. colossal dest equação a Vida

Salles e Silva

DIÁRIO DO MARANHÃO, 15 E JUNHO DE 1910

Em A Pacotilha de 15 de junho de 1910 uma nota informa que ‘aparecerá em breve o segundo volume de versos do jovem poeta Salles e Silva. Chama-se ‘Padrões’, impresso nas oficinas da tipografia Teixeira.’ Um segundo volume?

A PACOTILHA

SOL DE MARÇO

Sol de março. Porpureo e bello alampadario, Sagrada ostia de luz, Breviario de Amargura, Tu lembras muito bem a historia do Calvário Essa drama de dor, da magua e da tortura!

Flos sanctorium de luz, de lagrimas sacrário, Lembras Christo a subir, radiante de ternua, A viella da Dor... o fúnebre, o mortuário Lençol da noite atroz que fez a terra escura.

Sol – fornalha de luz, gerando, imenso braseiro, Tu es o ultimo olhar do Christo no madeiro Crystalizado em luz! Enia, sol-elegia,

Purpurco alampadario. Única chaga exangue, Lagrimas de coral dosmolhos de Maria!

Salles e Silva Dos Padrões

Então, a 3 de outubro de 1910 a notícia de sua súbitamorte:

NECROLOJIA: Sucumbiu hoje, inopinadamente, o jovem poeta Salles e Silva, que hontem via chegado, enfermo, do Pará. O malogrado moço publicou um volume de versos – Vala comum e preparava outro, em que decerto se reafirmaria a u promisora intelijencia. Enviamos as ossas sentidas codolencias a su familia

Ao registrar os óbitos ocorridos, informa-se que teve morte, aaos 18 anos, por acesso pernicioso, sendo sepultado em 4 de outubro de 193. Seu nome completo era Manoel Francisco Salles e Silva. 8 de outubro, nota fúnebre, de missa, sabe-se o nome de sua mãei: Bibiana da Cunha Sales e Silva, e que tinha irmãos.

DIÁRIO DO MARANHÃO, 03 DE OUTUBRO DE 1910

Na edição de A Pacotilha de 9 de outubro de 1911 sai a seguinte nota:

Pacotilha, 30 de outubro de 1911, ficamos conhecendo outros familiares:

UM POETA ESQUECIDO: RAIMUNDO NONATO PINHEIRO

CASTRO, Kyssian. - NONATO PINHEIRO, O POETA QUE A BARRA ESQUECEU, in Revista da Literatura Barra-Cordense 33, Published on Nov 15, 2017, disponível em https://issuu.com/kissyan/docs/revista_20da_20literatura_20barra-c

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Raimundo Nonato Pinheiro nasceu em Barra do Corda em 8 de novembro de 1890, e faleceu em Manaus a 15 de outubro de 1938. Partiu de São Luís para Manaus em 1911, já casado com Diana Macedo Pinheiro, da cidade de Caxias. Tiveram quatro filhos naturais e uma adotiva. O ‘Jornal do Comércio’, de Manaus (ed. 14/12/1969) traz matéria sobre o poeta maranhense Raimundo Nonato Pinheiro (pai) 184, ressaltando que fora grande amigo de Maranhão Sobrinho, e um dos poucos que acompanhou seu enterro desde o casebre onde morava no bairro Cachoeirinha:

Estamos falando do pai de outro Raimundo Nonato Pinheiro (o Filho), este nascido em Manaus, em 1922 e falecido em 1994, também conhecido como Padre Nonato Pinheiro, sacerdote, poeta, filólogo, latinólogo, jornalista, professor e escritor. Foi Membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas:

O Pe. Nonato Pinheiro, erudito católico que se dedicou, em profundidade, aos estudos filológicos e à crítica literária, foi um cultor da língua portuguesa. Dedicou-se também a estudos relacionados à história religiosa da Região Norte do Brasil. Contribuiu com regularidade nos jornais de Manaus, tendo sido recebido na Academia Amazonense de Letras pelo médico e escritor Djalma Batista. O mais conhecido dos livros que publicou é uma biografia do terceiro bispo do Amazonas, Dom João da Matta (1956), obra republicada em 2008 pela Editora Valer, de Manaus. Em 1954, a Editora Vozes havia publicado seu livro intitulado "Dom José Pereira Alves: fulgores do Episcopado". Raimundo Nonato Pinheiro prefaciou, entre outras obras, o "Vocabulário Etimológico Tupi do Folclore Amazônico", de Anisio Mello (Manaus: Editora da Universidade do Amazonas / Suframa, 1983). Em grande quantidade de artigos, ensaios e discursos, o Pe. Nonato Pinheiro divulgou seus

estudos sobre obras clássicas das literaturas portuguesa e brasileira, que considerava como modelos perfeitos de boa linguagem.185 Raimundo Nonato Pinheiro (o pai) foi casado com a professora Diana de Macedo Pinheiro: A professora Diana de Macedo Pinheiro, maranhense, casou-se com o poeta e escritor Raimundo Nonato Pinheiro, com quem teve quatro filhos: Geraldo, Nonato e as gêmeas Aracy e Iracema, além de uma filha adotiva, Amazonina. Desenvolveu suas atividades pedagógicas no Instituto São Geraldo, que funcionou até 1964 na Rua 24 de Maio, quase esquina da Costa Azevedo, com curso primário e preparação para o exame de admissão. Ministrava ainda aulas de português e francês e preparava pessoas para concursos públicos. Morreu em julho de 1962.186 Mais algumas informações sobre a esposa de Nonato Pinheiro: era natural de Caxias187: Há 46 anos, no dia 27 de julho de 1962, o Amazonas perdia a Professora Diana de Macedo Pinheiro. Era natural de Caxias no Maranhão e mudou-se para Manaus ainda jovem e recém-casada com o poeta e escritor Raimundo Nonato Pinheiro, com quem teve quatro filhos: Geraldo de Macedo Pinheiro (procurador de justiça, "antropólogo"), Raimundo Nonato Pinheiro (padre, poeta e literato) e as gêmeas Aracy Pinheiro Pucu e Iracema Pinheiro Monteiro, ambas professoras, além da filha adotiva, Amazonina de Macedo Melo. O projeto educacional da professora Diana desenvolveu-se no Instituto São Geraldo onde funcionou até 1964, à rua 24 de maio, próximo à esquina da Costa Azevedo. Nele, a formação estudantil consistia do antigo curso Primário e preparação para o exame de Admissão. Preparava pessoas para concursos públicos, ministrando aulas de Português e Francês, sua especialidade. Kyssian Castro escreveu: “Nonato Pinheiro O Poeta que a Barra esqueceu” 188: [...] Estava lá registrado que sua terra natal era Barra do Corda (MA). Seguindo esse autor, que o dá por nascido em Barra do Corda-MA em 8 de novembro de 1890, descendia de índios Guajajaras. Em artigo publicado em 1919 (A Pacotilha de 15 de agosto), confirma-se seu local de nascimento, assim como sua profissão – despachante geral da Alfândega, em Manaus:

185 https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Nonato_Pinheiro 186 BESSA FREIRE, José Ribamar. EM NOME DO PADRE, Coluna TAQUIPRATI, Em: 17 de Março de 1995 http://www.taquiprati.com.br/cronica/478-em-nome-do-padre 187 Diana Pinheiro, uma educadora, Blog A ANDARILHA E SUA SOMBRA, segunda-feira, 14 de julho de 2008, disponível em https://andarilhasuasombra.blogspot.com/2008/07/diana-pinheiro-uma-educadora.html 188 CASTRO, Kyssian. - NONATO PINHEIRO, O POETA QUE A BARRA ESQUECEU, in Revista da Literatura Barra-Cordense 33, Published on Nov 15, 2017, disponível em https://issuu.com/kissyan/docs/revista_20da_20literatura_20barra-c Fui buscar as referencias que utiliza, como o jornal A Crítica, de Manaus, e em jornais do Rio de janeiro, na hemeroteca da Biblioteca Nacional, e não as encontrei...

De sua biografia, consta ter sido poeta, contista, cartógrafo, geógrafo, e crítico literário (CASTRO, 2017) 189. O “Jornal do Comércio”, de Manaus, em sua edição de 25 de janeiro de 1947 registra o retorno à Manaus do agora padre Raimundo Nonato Pinheiro Filho:

Companheiro de Maranhão Sobrinho e de Nunes Pereira, conforme registra Maria Luiza Ugarte Pinheiro190: Numa época em que a vida literária era sinônimo de vida boêmia, foi comum que os homens de letras (jornalistas, poetas, juristas, professores, etc.) montassem suas “igrejinhas” nesses espaços de sociabilidade. Ali, entre goles do mais fino champanhe francês ou de um trago da mais barata genebra, lamentavam o acanhamento da vida provinciana, propunham saídas para os problemas nacionais, confidenciavam segredos de alcova e desnudavam intermináveis intrigas com seus desafetos. Para um crítico da época, a intriga e a mesquinharia ficavam a cargo dos menos talentosos, dos “pobres diabos da literatura” ou dos “liliputianos da imprensa de picuinha”. (MESQUITA, 1935, 60)191 [...] Da mesma forma que as opções etílicas, as articulações literárias podiam variar também em função da origem e inserção social de seus integrantes. Assim, os poetas mulatos maranhenses, Nunes Pereira, Raimundo Nonato Pinheiro e Maranhão Sobrinho, sofreram forte segregação e

189 CASTRO, 2017, obra citada 190 PINHEIRO, Maria Luiza Lugarte. Periodismo e Vida Literária em Manaus. Trabalho apresentado no GT História do Jornalismo integrante do V Encontro Regional Norte de História da Mídia 191 MESQUITA, Carlos. Glebarismo. Manaus: s/ed., 1935, citado por PINHEIRO, obra citada

A Autora registra, em nota de pé-de-página que: O ingresso de Nunes Pereira na Academia Amazonense de Letras, no ato de criação dessa entidade (1918) demonstra bem os embates que foram necessários assumir. Sem ser convidado, Nunes entrou ébrio na sessão solene e se indicou para a cadeira de Cruz e Souza, com o argumento deste ter sido um mulato como ele. 192

Nonato Pinheiro, além de grande amigo de Maranhão Sobrinho, ainda foi o guardião de seu espólio literário:

EM BUSCA DAS ESCRITORAS MARANHENSES: ZILÁ ANGELA PAES

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Licenciado em Educação Física. Mestre em Ciência da Informação Academia Ludovicense de Letras Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Recentemente, publiquei a biobibliografia de uma escritora maranhense, do princípio dos 1900, e que gerou muita polemica, quando da crítica literária apresentada pelo Antonio Aílton. Muitas outras escritoras, dessa mesma época, foram citadas nos comentários, em especial as informações prestadas por Jucey Santana, lá de Itapecuru-Mirim. Fui a busca dos nomes citados. De uma delas, apenas uma nota de falecimento, em 1924. De Zilá Paes achei mais recortes para sua memória em diversos jornais do Maranhão, existentes na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Interessante, que sobre essa intelectual, as referencias são apenas de sua atuação enquanto diretora da Escola isolada Sotero dos Reis, das palestras que fez, em datas cívicas com a participação de alunos da escola que dirigia, e nenhuma poesia ou conto publicado, nos jornais, como era de costume da época. No acervo da BPBL-Digital, não encontrei a Revista Renascença, e a Maranhense 193, consultei os números disponíveis e não encontrei o nome de Zilá Paes. Não vi todos os números de alguns jornais, os que apresentam mais referencias, mas as que vi, se referem apenas à diretora, e nenhum texto... Como explicitado, recorro à forma de resgate de memória buscando e publicando os ‘recortes’ dos jornais em que haja menção. É memória, não História. Deixo as análises para os especialistas. Apenas alimento as informações publicadas sobre determinado autor... A ordem é o do aparecimento da notícia, informando-se o jornal e a data da publicação e, claro, o recorte da nota. Simples assim. Copiar e colar...

ZILÁ ANGELA PAES era professora normalista, nascida em 05 de maio, conforme nota social no Diário da Tarde, no ano de 1910:

1899 – Em A Pacotilha de 31 de outubro faz chamada para realização dos exames, constando da lista nossa biografada:

- A 21 de novembro, estava sendo chamda para a realização dos exames de música; em 1901, estava aprovada plenamente nos exames de geometria; em 1902, a 19 de novembro, resultado dos exames, no 3º ano, em língua francesa. 1901 – Cursava a Escola de Música do Maranhão

1904 – 12 de julho, estava na relação das pesssoas que contribuíram para os festejos de São Sebastião, da

Igreja de São João Batista. 1909 – A Pacotilha, de 16 de julho, traz as homenagens do Gremio Literário Arthur Azevedo, onde seria uma das palestrantes - No Diário do Maranhão, de 21 de fevereiro, Carlos Rubens publica uma carta aberta sobre o falecimento de

Olimpio de Castro, e falando sobre o amor, cita Vieira da Silva; num trecho, refere-se à duas autoras maranhenses:

- A 19 de março, anunciada conferencia que seria proferida no Gremio Literario Maranhnse, do qual era associada:

06/06 – Diário do Maranhão –

A Pacotilha também anuncia o lançamento da revista, com a colaboração de Zilá paes 1917 – O Jornal exalta a festa promovida no Colegio Sotero dos Reis

14/05, em O Jornal:

Esse jornal, sempre destacando o nome de sua diretora, Zilá Paes, continua a publicar notas informando a participação dos seus alunos em todas as festividades cívicas e datas importantes da História do Maranhão; todo 5 de maio, o J0rnal lembrava o aniversário da professora normalista Zilá Paes, diretora do Sotero dos Reis 1920 – Pelo encerramento do ano letivo, a festa de diplomação contou com a presença do Presidente da Provincia, que elogiou o trabalho da diretora

1921 – No Diário de São Luis, a 25 de fevereiro:

Seguem-se várias notas, sobre o aniversário da Revista Renascença, nos dias seguintes, onde era ressaltada a participação de Zilá, dentre os oradores e colaboradores. No Diário de São Liuis de 11/04 consta estar participando do descerramento de placa da Rua issac Martins, quando proferiu discurso; na edição de 04/05, nas comemorações do 03 de maio, ainda dentro das atividades da Revista Maranhense; a 27 de junho, estava presente nas homenagens a Antonio Lobo, promovida pela Revista; em 31 de outubro, em solenidade promovida pela Revista Maranhense em homenagem ao dr. Almeida Oliveira e ap centenário da chegada da

primeira tipografia. Os alunos de diversas escolas se fizeram presentes, apresentando peças, teatro e poesia e canto/hinos, destacando-se as alunas do Sotero dos Reis, dirigido por Zilda. Já em 26 de novembro, o encerramento das aulas do curso particular mantido pela professora Zilá Paes, com apresentações de seus alunos. 1922 –Segundo o Diário de São Luis, a 14 de agosto, nova reunião da Revista Maranhense, com a participação da profa. Zilá e suas alunas. 1923 –Aposentadoria de uma professora normalista suscita um longo artigo, em que muitas outras professoras são ressaltadas, dentre elas nossa biografada:

23/02, está presente nas comemorações do 24 de fevereiro, iniciativa da revista Maranhense; já a 15 de maio, nova comemoração, destavez do 13 de maio, com atividades em várias escolas, dentre as quais a Sotero dos Reis, dirigida por Zilá 1924 – Folha do Povo, de 19 de janeiro de 1924:

04/10 – solicita prazo para se vacinar contra a varíola, devido ao seu estado de saúde:

29/10 –Discursa em homenagem ao Secretário do Interior, falando em nome das professoras. A 18/11, encerramento das aulas do Sotero dos Reis, conforme nota do Diário de São Luis, que informou sobre o trabalho da sua diretora 1925 – Na Folha do Povo de 25 de dezembro, que haveria uma apresentação de uma Pastoral do Messias em sua residência:

1952, A Pacotilha de 29 de março informa que fora madrinha de um casamento. Na edição de 04 de setembro, que fora recebida pelo Governador do Estado; 1060 = na edição de 21 de outubro de 1960, era comunicado seu falecimento, após longa enfermidade, no dia 19 de outubro no Rio de Janeiro, onde seria sepultada no Cemitério São João Batista.

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