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A prática na FAUFBA
Muitos professores já realizaram atividades práticas em nossa escola, mesmo não sendo esse o cenário preponderante do currículo obrigatório das disciplinas. A partir deste tópico, compartilharei as principais experiências construtivas práticas em que pude participar nesse contexto.
Ação cultural Saramandartes no bairro de Saramandaia, Salvador, organizada pelo grupo de Pesquisa Lugar Comum, da FAUFBA. A oficina aconteceu em outubro de 2019 e contou com pintura de tinta de terra e graffiti com crianças e moradores locais. A oficina de graffiti foi ministrada pelos artistas grafiteiros Quel Silveira, Ananda Santana (srt.as) e Thito Lama. A parte de tinta de terra foi ministrada por Monique Reis, Thomás Oliveira, Leiliane Santos, Marcos Botelho, Fernanda Marques e eu.
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Em fevereiro de 2020, tivemos a Oficina de construção com alvenaria de pedra, na vila de Igatu, promovida pelo Canteiro Modelo de Conservação - Ações de salvaguarda e conservação do patrimônio cultural de Igatu.
Oficina de tinta de terra e graffiti no bairro de Saramandaia, em Salvador.
Na página ao lado, as crianças foram as principais participantes das oficinas!
Na imagem ao lado, resultado do muro pintado nas oficinas de tinta de terra e graffiti no bairro de Saramandaia, em Salvador.
Na imagem ao lado, registro da oportunidade de estudantes e professores da Universidade aprenderem e dialogarem com os Mestres, durante oficina de construção com alvenaria de pedra na Vila de Igatu.
Este projeto é fruto da parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Faculdade de arquitetura da UFBA. Para a materialização da oficina, contamos com o apoio da prefeitura de Andaraí. Estudantes da faculdade puderam aprender e trocar com os Mestres locais que constroem com pedra.
Durante os semestres 2018.2, 2019.1 e 2019.2 colaborei como monitora, junto com outros estudantes, na disciplina Práticas em tecnologias construtivas - ARQ 142. Nos tópicos seguintes, trago relatos das atividades ocorridas em cada um desses semestres na disciplina que contou, em muitos aspectos, com o apoio da professora Akemi Tahara e do grupo Tectônica.
Tectônica
O grupo Tectônica nasceu em janeiro de 2015, fruto de uma atividade de extensão realizada na FAUFBA. Segundo Akemi, coordenadora do grupo, tudo começou quando ela precisou dar destino a pedaços de madeira que sobraram de uma obra. Surgiu então a ideia de montar um grupo na faculdade que estudasse e trabalhasse com madeira. Mas onde? Inicialmente, seria no laboratório do Instituto Politécnico da UFBA, até que Naia Alban, a então diretora da FAUFBA, sugeriu à professora a utilização do depósito que fica embaixo na faculdade, onde o antigo maquinário de marcenaria da faculdade se encontrava.
Com convite aberto a toda comunidade FAUFBA, foram feitos mutirões de limpeza, lavagens e pintura no espaço até que a nova marcenaria da faculdade voltou a ser reaberta regularmente com as atividades do grupo que nascia a partir da união de professores, estudantes e funcionários da faculdade. No site do grupo temos:
O grupo TECTÔNICA tem como objetivo aliar a teoria e a prática sobre a madeira e as técnicas a ela associadas, colocando a “mão na massa”. Procura, assim, a integração do conhecimento acadêmico com a prática, as parcerias privadas e públicas, para fomento e disseminação do saber, aprimoramento e criação de novas ideias e tecnologias.
Hoje a marcenaria atende às atividades do grupo, mas também de todas as disciplinas interessadas. Qualquer estudante que deseje participar das atividades do grupo é bem-vinda/o. As reuniões costumam ser semanais e as demandas surgem de acordo com as necessidades pessoais ou coletivas. Desde então, o grupo vem promovendo seminários, oficinas, exposições e, em alguns semestres, as atividades do grupo são ofertadas como disciplina optativa de “Tópicos em Arquitetura e Urbanismo”, que também conta com o professor Edson Fernandes como docente e já contou com o professor Maurício Felzemburgh.
Inicialmente, a marcenaria só podia ser aberta com a presença da professora, visto que algumas ferramentas exigem um certo cuidado no manuseio e utilização. Com o tempo, alguns estudantes foram se capacitando e se tornando responsáveis para substituir a professora.
Para que a marcenaria pudesse funcionar bem, era muito importante a presença de um profissional marceneiro. Com o apoio da administração da Faufba, foi aberto um concurso público para contratação do profissional, sendo uma grande conquista para a Escola de Arquitetura. Em 2018, a faculdade contratou Cléber Marinho como marceneiro, que passou a integrar a equipe de trabalho. Com isso, o espaço passou a ficar aberto todos os dias. Em 2019, a equipe aumentou e passou a contar com o marceneiro Paolo Perfumo.
Na página ao lado, estudantes e construtores locais da Vila de Igatu têm a oportunidade de construir juntos muro de pedra.
Acima, atividade do seminário no bambuzal do aeroporto de Salvador.
Na foto abaixo, Cléber Marinho, marceneiro responsável, orienta estudantes em atividade na marcenaria. Entre os estudantes, à esquerda, Cleiton Marques e Marcos Luhning, integrantes do grupo Tectônica. O grupo organizou o “Seminários-Oficinas-Exposição: Cadeia Produtiva do Bambu - realidade e potenciais” em setembro de 2019. Contou com a presença de grandes mestres do bambu no Brasil: Lúcio Ventania, Antônio L. Beraldo, Normando Perazzo, Wolfgang Reiber, João Nunes, Jefferson Cruz e Bruno Sales. Foi um importante evento para nossa faculdade, onde pudemos nos aproximar da temática a partir de mesas de conversa e atividades práticas.
Atividades do grupo Tectônica na FAUFBA.