03 de fevereiro de 2015

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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 03 DE FEVEREIRO DE 2015

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Grupos de ensino negociam Fies para evitar caixa apertado Fonte Bárbara Libório iG São Paulo às 02/02/2015 18h 42 As mudanças no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) anunciadas pelo Ministério da Educação na portaria nº 23, de 29 de dezembro, causaram grande alvoroço nos grupos privados de educação superior. A alteração no repasse das mensalidades do programa que passam a ser oito, e não 12 – e a nova nota de corte para os alunos interessados em ingressar no Fies (450 pontos no Enem) podem dificultar a vida financeira das instituições. O Fies efetua o pagamento das Instituições de Ensino Superior (IES) por meio dos Certificados Financeiros do Tesouro – Série E (CFT-E), título público federal remunerado pelo IGP-M (Índice de Preços de Mercado). Eles podem ser utilizados exclusivamente para quitação de obrigações com o INSS. Como o valor do certificado pode exceder o valor de tributos a serem pagos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) pode recomprar esse títulos. Nesse caso, a diferença entra na receita da IES. Até 2014, os repasses e as recompras eram realizadas mensalmente. No entanto, a portaria federal do MEC nº 23, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2015, diz que os repasses deste ano serão feitos em oito parcelas, referente a oito meses (dezembro de 2014 a julho de 2015). No caso das IES menores, com até 20 mil alunos matriculados pelo Fies, os repasses continuam mensais, mas também só haverá 8 recompras. "Estamos negociando com o Ministério da Educação desde 2 de janeiro. Queremos que os contratos assinados sejam honrados: 12 repasses e 12 recompras. Se o governo não emite o certificado, ficamos sem garantia de que ele vá pagar a dívida que tem conosco", afirma Elizabeth Guedes, diretora-executiva da Abraes, que representa as instituições de ensino Anima, Devry, Estácio, Kroton, Laureate e Ser Educacional. Após alterações no Fies, faculdades privadas entram com três ações contra o MEC Segundo Elizabeth, as medidas pegaram o mercado de surpresa no fim de 2014 e devem causar grandes impactos financeiros nas instituições. "Pagamos 12 meses de luz, água e salários e só vamos receber 8. Não podemos financiar um projeto do governo com o nosso capital", adverte. A Abraes deu um ultimato ao MEC. A última reunião entre a Abraes e o governo deve acontecer esta semana. "Foi o prazo que o MEC nos pediu para encontrarmos uma solução", conta Elizabeth. Exposição ao Fies ditará riscos As IES mais expostas aos riscos são as mais dependentes da receita do programa. "Tem escola em que 90% dos contratos de matrícula são do Fies. Essas vão ser duramente atingidas, mas o Fies não foi feito para alavancar a receita. No Fies, a inadimplência não existe, não tinha nota de corte e alunos com baixas médias podiam entrar. Muitos gestores, por incompetência ou má fé, têm alto risco de exposição ao Fies e sentirão bastante. E é certo. O Fies não é feito para alavancar receita", afirma a diretora da Abraes. Peso do Fies nas contas

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Segundos dados do balanço da Kroton, dona da Anhanguera, no encerramento do terceiro trimestre de 2014 estavam matriculados 231.080 alunos com contratos do Fies, o que representava 54,2% da base de graduação presencial. Os repasses do programa correspondem a 52% das contas a receber do ensino superior presencial R$ 237 milhões de R$ 448 milhões. Na Ser Educacional, 51,2% dos alunos matriculados no terceiro trimestre do ano passado usavam o Fies. Já na Estácio, R$ 100,2 milhões dos R$ 440,9 milhões referentes às contas a receber do terceiro trimestre de 2014 são referentes ao programa. Segundo Pedro Mena, da consultoria educacional Hoper, as IES pequenas também podem ser atingidas. "O repasse continua mensal, mas só haverá oito recompras. E a portaria não deixa claro se as recompras serão totais ou parciais. As grandes instituições têm mais maneiras de manobra do que as pequenas que, muitas vezes, estão muito expostas ao Fies", diz. A portaria também não deixa claro como e quando os valores referentes aos meses de agosto a dezembro de 2015 serão pagos. "É inacreditável. Não sabemos se vai ter correção desse valor, por exemplo, apesar de circularem notícias de que as IES estão pedindo a correção pelo IGP-M", conta Mena. Ainda segundo o consultor, há o risco de o valor disponibilizado pelo MEC para as IES, para a adesão de novos contratos, ser reduzido. "Isso pode acontecer. Estamos na expectativa da abertura do sistema do FIES para ver o que vai acontecer", explica Mena. O portal do Fies ficou fora do ar desde o dia 1º de janeiro. No dia 28, o site foi aberto para renovações, mas não para novas adesões. Não há previsão para reabertura. De acordo com Elizabeth, a Abraes tem negociado diretamente com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Educação, Cid Gomes. "Eles têm sido muito receptivos à ideia de que os contratos antigos devem ser mantidos e que as alterações devem ser negociadas. Nossa última reunião de negociação deve ser na próxima semana." A representante da Abraes não descarta a possibilidade de ir à Justiça pedir a revogação da portaria. "Nós acreditamos na negociação, mas não descartamos a linha judicial. Se negociar não der certo, vamos pensar em outros meios", afirma. Nota de corte muda cenário de novas adesões ao programa A partir de 30 de março de 2015, os alunos que queiram aderir ao Fies precisam atender mais dois requisitos: ter obtido média de 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação na prova. Além disso, o estudante não pode usufruir dos benefícios do Fies e do Prouni ao mesmo tempo. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 2,1 milhões de candidatos cumpriram as obrigatoriedades no Enem 2014. Mais de 8,7 milhões de alunos de todo o país fizeram a prova. "Não temos uma previsão exata de como isso vai afetar novas matrículas, mas temos uma faixa. Em regiões como o Nordeste, que tem um sistema de educação básico mais carente e, naturalmente, uma maior predominância de alunos que poderão ter corte, esse percentual pode ser de até 35%. O mínimo que vimos é 8%, em regiões como São Paulo", afirma Mena. Segundo o iG apurou, em algumas instituições, alunos já estão pedindo o cancelamento de matrículas. "Eles leem a notícia de que é preciso ter a média de 450 pontos e não ter zerado a redação. Isso só começa a valer em março, mas com essa incerteza toda, quando ele vê que não está enquadrado, tem medo de não conseguir entrar no programa. E as IES também ficam 3


receosas, já que não sabem qual será o orçamento para a entrada de novos contratos", diz uma fonte. Em 2014, 731,3 mil alunos aderiram ao Fies. Desde 2010, foram 1,8 milhões de contratos e R$ 22,7 bilhões repassados às instituições que, atualmente, somam cerca de 1.630. "Fies não é autossustentável" Segundo Mena, desde 2013 o mercado espera que o governo faça mudanças no programa. A maneira como elas foram anunciadas, no entanto, diz ele, foram surpreendentes. "O Fies está desenhado com um elevado tempo de carência da dívida depois do término do curso e juros bastante baixos. Em 2010, isso visava impulsionar o número de ingressantes. Mas percebemos que o retorno desse investimento é a longo prazo. O pograma não é autossustentável, então o governo teria que restringir o investimento", diz o consultor. De acordo com Mena, isso pode ser feito restringindo o número de novos contratos, como foi feito com a colocação da nota de corte, e aumentando o número de aderidos que estão amortizando a dívida. "Isso precisava ser feito para manter o programa saudável. Já era previsto que algo acontecesse." Procurado pela reportagem, o Ministério da Educação não quis comentar o assunto. A pasta foi a que teve o maior corte orçamentário para 2015. Mudança nas regras afeta resultados de ações nas bolsas de valores Listados na bolsa de valores, grandes grupos educacionais como Kroton, Anima e Ser Educacional viram o valor de suas ações despencarem desde o anúncio das mudanças no Fies. De 2 de janeiro a 2 de fevereiro, os papéis da Estácio tiveram a quarta maior queda em um mês (29,55%), enquanto os da Kroton são o décimo no ranking de perdas no período (22,39%). Para Mena, o mercado reagiu rapidamente às notícias, "de forma compreensível, mas exarcebada". Na última quinta-feira (29), o Banco Fator reavaliou suas recomendações aos papéis do setor educacional. "Acreditamos que o atraso do cronograma de pagamentos do Fies impacta negativamente a avaliação das empresas, mas que a reação do mercado foi exagerada. Nossa pesquisa sugere as empresas vão manter a estratégia centrada no crescimento", avalia a corretora em seu relatório. Ainda segundo o relatório, levando em consideração as variáveis de participação do Fies na receita líquida, margem de EBITDA e aquisições recentes, a Kroton é a empresa menos impactada pelas mudanças, e a Ânima, a mais. Para Ricardo Kim, analista-chefe da XP Investimentos, o setor educacional ainda não entendeu se mudanças são apenas para este ano ou se valerão de forma permanente. "Sem dúvida, em 2014, boa parte do crescimento do setor foi baseada no Fies. A captação aumentou muito, mas o mercado já esperava algum tipo de ajuste, até porque sabíamos dos ajustes da nova equipe econômica. Com as mudanças, novas contas impactam as expectativas do setor, de crescimento e as metas. Isso levou a uma queda importante nesse começo de ano", diz o analista. Na avaliação de Kim, parte da queda foi exagerada, mas é inegável que há novos riscos. "Ajustamos nosso movimento em relação ao setor, porque agora tem mais risco, mas ainda 4


achamos que vale o investidor comprar – dentro de uma carteira diversificada de investimentos, sem ficar concentrado, fazer uma alocação ponderada no setor." No ano passado, os papéis da Kronton subiram 63%, enquanto da Estácio subiram 17,7%, resultado muito positivo se considerarmos que Bovespa fechou o ano no vermelho, com recuo de 2,91% no ano. "As ações da Kroton foram muito bem avaliadas pelo investidor, principalmente o estrangeiro, porque ficou claro que o gerenciamento da empresa, com elevação da margem, e a fusão com a Anhanguera foram bem-sucedidas", explica Kim. O analista não acredita que novas empresas abram capital na bolsa neste ano.

Boas notícias para 2016 Fonte Jornal Folha de São Paulo 03/02/2015 às 02h 00 O sentimento de que a economia se esboroa não deve mudar antes do segundo semestre, ao contrário. Mas não precisa ser assim, embora o espetáculo do crescimento das ruínas torne mais difícil a tentativa de alterar os ânimos para melhor. A baixa forte da confiança do consumidor em janeiro, para o rés do chão da desesperança em quase dez anos, é uma prova disso. Ainda assim, haveria o que fazer de modo a dar uma perspectiva menos sombria do futuro, o que em tese pode até acelerar a travessia do deserto. Considere-se o caso dos mercados de dinheiro. A mudança de rumos na política macroeconômica tirou uma meia dúzia de bodes da sala. Embora horríveis, como quase de costume, as taxas de juros reais e de longo prazo estão mais comportadas, baixas, mesmo com as expectativas de inflação piorando. É sinal de confiança de que as coisas "se ajustem", que as contas públicas e os preços não se descontrolem. Os juros estão comportados mesmo com desabamentos e incêndios tais como Petrobras, falta d'água e de luz, Petrolão etc. Decerto ainda estamos com água pelo nariz, desculpem a imagem inadequada. Mas há a perspectiva de que as contas do governo saíram do caminho do desastre a que chegariam daqui a um ano, por aí, mantido o mesmo rumo de Dilma 1. Há o que fazer, pois. O governo, no entanto, ainda age de modo matuto, no pior sentido da palavra, pois imagina que restaurar a confiança significa passar uma conversa no público e fazer alguns favores. Vide o faniquito do Planalto com a divulgação de um número ruim das perdas da Petrobras, como se o problema fosse esse, de esconder sujeiras maiores ou menores sob o tapete, como se quem interessa e entende do assunto fosse se iludir com as matutices do governo, como se politiquice menor remediasse alguma coisa. Mas ficamos nessa conversinha, "Dilma está uma arara", "ligou fula pra Graça", "foi ingenuidade política do conselho", blá-blá-blá. Quem liga para essa jequice grossa? Jecas grossos. A Petrobras está se desmilinguindo pois suas finanças são um mafuá, ninguém sabe quanto se gasta por lá, roubado ou não, porque investe 100 para receber 95, porque está sob o risco de não ter como pagar as contas nem ter como pegar emprestado, pois está sem crédito, ponto. Coisas parecidas podem ser ditas sobre o setor elétrico. Sobre a lambança da administração da água. Etc. Apresentar um programa de reforma da Petrobras seria um começo. Um plano de realismo nos preços da energia seria outro exemplo, agregado a um programa de reconstrução inteligente e de médio-longo prazo para o setor. Conviria colocar para funcionar rapidamente esses programas prometidos de desburocratização e simplificação de impostos (hoje o colunista acordou crente). Apresentar ontem o plano de concessões de infraestrutura, com preços e projetos bons. 5


Nada disso vai fazer logo efeito real. Mas deve arejar o ambiente. Dar perspectiva. Neste ano, a coisa vai ser feia. Recessão de 0,5%, por aí, desemprego maior, indústria ainda mais encolhida, a dívida pública ainda vai pular uns três pontos, para 66% do PIB, péssimas notícias para uma economia debilitada. Com desânimo persistente, a coisa não vai prestar.

Je suis grec, mais... Fonte Jornal Valor Econômico Antonio Delfim Netto 03/02/2015 às 05h 00 A experiência grega é arriscada, mas fascinante. É um exemplo vivo de que só o jogo continuado entre a urna e o mercado é capaz, por caminhos raramente lineares, de colocar a sociedade na vereda civilizatória. Vereda, porque a estrada virtuosa é estreita e pedregosa. Seguila exige uma liderança forte, confiável, inteligente e com sorte. O voluntarismo desinformado que às vezes emerge das urnas nunca leva a ela. A tragédia é que as consequências sempre chegam tarde e, nos casos mais agudos, podem levar à interrupção do jogo, pois a graça eleitoral tem limite... Honestamente, alguém pode pedir a um cidadão que depois de cinco anos de austeridade, sem ver qualquer sinal de esperança, tenha a paciência e a crença religiosa de prosseguir com a duvidosa solução "científica" que lhe foi imposta, no fundo, bem no fundo, pelo poderoso sistema financeiro internacional para proteger seus interesses? Não, porque a austeridade sem esperança briga com a democracia! A experiência grega é arriscada, mas fascinante Cansado de tomar o remédio amargo e de aceitar humilhado a reprimenda moralista que "ele comeu demais e agora é hora de descomer" o cidadão grego, em legítima defesa, decidiu se por uma mudança radical. Felizmente, na minha opinião, ela talvez terá menos voluntarismo do que aparenta à primeira vista. Alexis Tsipras e seu partido, o Syriza, receberam, através do sufrágio universal, a responsabilidade de devolver aos gregos a sua dignidade, minorar o seu sofrimento e reerguer a sua economia. Depois de 1.800 dias de angústia e desespero, de aceitar o maior socorro financeiro que se conhece (para pagar aos credores), de expiar os graves pecados que seus governos cometeram até 2009, os gregos resolveram jogar tudo para o alto. Quando ficou óbvio que a trágica "receita" da "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) não funcionou, e que ele já não tem mais nada a perder, entregou se ao seja lá o que um ateu quiser... O PIB grego hoje, é 1/3 menor do que era antes da crise. A sociedade se desagrega diante do desemprego involuntário renitente, que atinge um em cada quatro de seus cidadãos dispostos a trabalhar. E, pior, assiste à destruição da sua geração mais jovem, metade da qual não vê nenhum futuro. Diante desses fatos cruéis, a redução do déficit fiscal e a inversão do déficit em conta corrente, resultados da tal "receita" foi irrelevante, porque, por falta de crescimento (e, portanto, do emprego), a dívida pública que era de 130% do PIB em 2008, ronda hoje a 180%. Isso tornou possível a Tsipras mostrar aos gregos que quem a "receita" da troika salvou mesmo, foram os banqueiros credores. Que ela é produto do uso de uma "falsa" ciência e que ele é o portador da "verdadeira", que vai salválos. O novo governo, com o apoio de radicais nacionalistas de direita, assumiu quebrando a louça. Anunciou no seu primeiro dia algumas medidas emergenciais: vai rediscutir a "receita", suspendeu as privatizações (que ajudariam a pagar os credores internos e externos), anunciou um aumento de 30% no salário mínimo e a revisão da dispensa de funcionários públicos. Acendeu a luz vermelha em Bruxelas e em Frankfurt, que vai exigir mais capital para seus bancos. Tenho dúvidas se o desgravatadoTsipras tem clara consciência da confusão em que se meteu e se será capaz de controlar o seu sucesso político e conformar se com as limitações do seu voluntarismo na economia. A minha esperança é o seu importante ministro das Finanças, o conhecido economista YanisVaroufakis, que tem um amplo domínio do "mainstream" e do keynesianismo, além de um bom olho no marxismo, o que lhe dá os nítidos limites do exercício da política social e econômica que terá de discutir com a troika. Ele sabe que não há saída sem dor e que a solução do problema grego (como o brasileiro), está menos no numerador (controle do crescimento da dívida) e mais no denominador (o aumento do crescimento do PIB e do emprego), o que exige confiança e competitividade. Para entender como pensa YanisVaroufakis, nada melhor do que ler o seu "FoundationsofEconomics A Beginner´s 6


Companion", 1998. Sou tentado talvez ingenuamente a acreditar que o "barulho" inicial foi um movimento da autoridade grega para colocar melhor as peças no xadrez que terá de jogar contra a troika. Aliás, Varoufakis é um especialista em teoria dos jogos. Os dois contendores têm muito a perder (3/4 dos cidadãos gregos querem continuar na zona do euro). Por um lado, o experimento grego pode estimular cidadãos de outros países a imitálo. Por outro, o seu colapso poderá deixa la sozinha, moralmente ainda mais enfraquecida e destinada a trilhar por muito tempo nas sombras do subdesenvolvimento. É evidente que existe uma margem de compromisso possível entre os desejos da troika e as necessidades dos gregos. A dose de blefe e de realismo nesse jogo que Tsipras e Varoufakis utilizarão será decisiva para encontra la, porque os parceiros não aceitarão a chantagem crua. Nos meus curtos 87 anos, já vi, sem aviso prévio, muito leão virar gato depois de rugir algum tempo assustando apenas a si mesmo e com os bolsos vazios...

Balança comercial encerra janeiro com déficit de US$ 3,174 bi Fonte Revista Veja 02/02/2015 às 15h 44 A balança comercial brasileira registrou déficit de 3,17 bilhões de dólares em janeiro, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado veio pior do que o esperado pela mediana dos especialistas, que projetavam déficit de 3 bilhões de dólares. Este é o quarto ano seguido em que as importações superam as exportações no primeiro mês do ano. No mês passado, as exportações somaram 13,70 bilhões de dólares e as importações, 16,87 bilhões de dólares, ainda de acordo com o Ministério. Segundo o secretário de Comércio Exterior da pasta, Daniel Godinho, o crescimento das importações ocorreu porque as empresas começaram a repor os estoques. As exportações de produtos básicos caíram 19,7% pela média diária em janeiro sobre dezembro, com destaque para minério de ferro e carnes. Já a média diária das importações subiu 2,8% sobre o mês anterior e queda de 12% sobre um ano antes. Em janeiro de 2014, o Brasil havia registrado déficit comercial da ordem de 4 bilhões de dólares, com forte aumento das importações de bens de consumo. A ausência de superávits na balança comercial foi uma das principais causas do rombo recorde de 90,95 bilhões de dólares nas transações correntes do país no ano passado, um dos pontos de vulnerabilidade do país. Em 2014, o país registrou déficit comercial de 3,93 bilhões de dólares, o primeiro saldo negativo desde 2000, por conta dos baixos preços de commodities e cenário externo menos favorável.

Obama propõe orçamento de US$ 3,99 tri e desagrada republicanos Fonte (Pablo Fonte Martinez Monsivais/VEJA (Com agência Reuters) 02/02/2015 às 16h 56 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta segunda-feira um orçamento de 3,99 trilhões de dólares para o ano fiscal de 2016, abrindo uma batalha com os republicanos em torno dos programas para aumentar a renda da classe média por meio de impostos mais elevados para as grandes corporações e para a parcela mais rica da população. O orçamento é um documento político e um roteiro fiscal que, para entrar em vigor, precisa da aprovação do Congresso, controlado pelos republicanos. "Nossa esperança é que, ao expressar uma visão econômica clara centrada em torno da classe média e do crescimento econômico, nós vamos ser capazes de ter uma conversa produtiva (com os republicanos) e progredir ao longo do ano", disse um funcionário do governo no domingo, ao esboçar uma prévia do orçamento. Altos funcionários do governo norte-americano disseram que o orçamento prevê um déficit de 474 bilhões de dólares ou de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), devendo se estabilizar neste patamar ao longo dos próximos dez anos. Além de incluir propostas feitas no discurso do 7


Estado da União, o orçamento destaca prioridades dos democratas para o último ano do mandato de Obama e para o início da campanha presidencial de 2016. Os democratas consideraram o orçamento uma afirmação das prioridades do presidente e uma oportunidade para demonstrar que são o partido que representa a classe média. "O orçamento proporciona uma oportunidade para contrapor a sua visão de ajudar a classe média à abordagem do Congresso republicano, de exacerbar a desigualdade, ignorando a classe média e aumentando ainda mais os encargos daqueles que pretendem se inserir nela”, disse o presidente do Centro para o Progresso Americano, NeeraTanden. O Centro para o Progresso Americano tem laços estreitos com a Casa Branca. Já os republicanos disseram ver espaço para um acordo em áreas como reforma tributária e infraestrutura. Mesmo assim, boa parte das propostas estabelecidas por Obama semanas antes do lançamento do orçamento provoca alvoroço. "Quando ele dedica seu tempo e energia para falar sobre as novas políticas de gastos e impostos progressivos a que os republicanos universalmente se opõem, ele sinaliza ao Congresso que está mais uma vez buscando brigar em vez de legislar", disse o ex-assessor econômico do presidente republicano George W. Bush, Keith Hennessey. Compromissos - Segundo as autoridades, o orçamento inclui cerca de 1,8 trilhão de dólares em redução do déficit ao longo dos próximos dez anos por meio de reformas na saúde, nos impostos e na imigração. Mas a estimativa parte do princípio que os republicanos apoiarão as propostas de Obama, o que é pouco provável. Os republicanos barraram, por exemplo, a legislação para reforma da imigração na Câmara dos Deputados. O governo ainda pretende reduzir a taxa de desemprego de 5,6% para 5,4% em 2015, além de propor uma série de obras de infraestrutura, um aumento de 6% em pesquisa e desenvolvimento e uma polêmica junção de agências governamentais do país. Obama chegou a propor anteriormente a junção de agências comerciais, mas a ideia fracassou. O orçamento dedica 14 bilhões de dólares para o fortalecimento da cibersegurança depois de uma série de invasões por parte de hackers. Já em política externa, o orçamento financia esforços para derrotar os militantes do Estado Islâmico e apoiar aliados europeus e da OTAN contra agressões da Rússia. As informações são da Casa Branca.

Roger Agnelli e Rodolfo Landim 'circulam' entre boatos para a Petrobras Fonte Jornal O Globo 03/02/2015, às 13h 17, por Thais Herédia Os requisitos para a escolha de um novo presidente para a Petrobras passam pela política, pelo petróleo, pela vontade da presidente Dilma, pela influência do ex-presidente Lula no governo atual, pela competência do executivo em virar o jogo da credibilidade perdida e, principalmente, pela disposição do candidato em assumir riscos jurídicos desconhecidos. Os nomes mais fortes que rondam as mesas de grandes bancos e fundos de investimentos no Brasil são: Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale do Rio Doce por mais de 10 anos; e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora. Roger Agnelli é amigo e muito ligado ao ex-presidente Lula. Quem não gosta dele é Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido categoricamente pela presidente no início do 2011 e seria um nome difícil dela engolir. Ora, mas se ela “engoliu” Joaquim Levy e suas “maldades” na Fazenda, por que não aceitar Roger Agnelli na cadeira da Petrobras para estancar a sangria na estatal? Rodolfo Landim é um nome conhecido e respeitado no mercado internacional de óleo e gás, com mais de 30 anos no setor. O fato de ter saído brigado com Eike Batista antes mesmo da derrocada do ex-mega-empresário aumenta seu cacife. Hoje, o executivo toca a Mare Investimentos, um fundo de compra de participação em empresas de óleo e gás. 8


Outros nomes correm pelos boatos, até mesmo o do ex-BC Henrique Meirelles. O banqueiro parece curinga de crises ele foi super cotado para assumir o ministério da Fazenda e agora aparece novamente na lista de candidatos à Petrobras. Na lista também estão ex-diretores da própria estatal, com histórico de boa gestão e sem filiação política. A guerra de salvamento da petrolífera tem várias batalhas por enquanto, o governo vem perdendo a maioria, senão todas. Em momentos de crise aguda, a batalha da comunicação é tão importante quanto a geração de caixa. O vazamento da decisão da presidente Dilma de retirar Graça Foster da Petrobras deveria ser seguido por um nome forte já eleito para assumir a companhia. O vácuo entre os nomes não provocou preocupação imediata, ao contrário. As ações da Petrobras sobem como foguete nesta terça-feira. Mas o tempo corre contra o governo e a escolha precisa ser tão rápida quanto forte. Bata saber o que vai guiar a decisão da presidente Dilma a emoção ou a razão.

Conta de luz pode aumentar 19,97% no Sudeste, Centro-Oeste e Sul Fonte Jornal Folha de São Paulo JULIA BORBA DE BRASÍLIA 03/02/2015 às 10h 59 A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (3) a abertura de uma audiência pública para aprovar os valores previstos para gastos do setor elétrico neste ano. Estimado em R$ 25,9 bilhões, esse montante deve representar um aumento extraordinário de 3,89% para consumidores de energia no Norte e Nordeste e de 19,97% para o Sudeste e demais regiões. De acordo com dados divulgados pela reguladora, o orçamento anual do setor elétrico conta com R$ 2,75 bilhões de receitas ordinárias. Soma-se a isso R$ 1,4 bilhão que será devolvido pelas distribuidoras de energia. Essa devolução se refere a parte do empréstimo feito pelo Tesouro Nacional, ainda em 2013, para cobrir gastos extras das distribuidoras de energia com uso intensivo de usinas térmicas. Esse empréstimo somava quase R$ 10 bilhões, mas pelas próprias regras impostas pelo governo à época, as empresas poderiam devolver o montante ao longo de cinco anos a partir de 2014. O Tesouro acabou abrindo mão desse valor, permitindo que o fundo do setor elétrico, a conta CDE, pudesse fazer o recolhimento. Na prática, a decisão acabou por fazer com que a conta de energia subisse menos este ano. Em 2014 as distribuidoras de energia não pagaram nenhuma parcela desse empréstimo. O motivo é que essas empresas já enfrentavam dificuldades de caixa por causa dos altos custos para compra de energia, que acabaram levando a necessidade de novos empréstimos, desta vez com bancos públicos e privados. Assim, descontadas as entradas previstas para 2015, a conta do setor elétrico que deve recair sobre o consumidor é de R$ 21,8 bilhões. IMPACTO Após chegar a esse valor, a agência definiu impacto de 3,89% para consumidores de energia no Norte e Nordeste e de 19,97% para o Sudeste e demais regiões, sem explicar os motivos que levam a essa diferença. O período de consulta pública será de 4 a 13 de fevereiro. Após esta data, a Aneel fará uma nova reunião para bater o martelo sobre os números. 9


Só a partir daí, a agência poderá começar a aprovar os reajustes extraordinários das empresas de distribuição que fizerem solicitação à agência. Antes da aprovação dos números, o diretor da agência José Jurhosa criticou a divisão dos gastos deste ano, que não vai contar com aportes diretos do Tesouro. "Entraram na conta os gastos com programas sociais, como Luz para Todos e a tarifa para baixa renda. Não é o consumidor do setor elétrico que deveria pagar por isso, mas o contribuinte. Esses valores estão um pouco distorcidos só com os consumidores pagando", disse.Ainda assim, a diretoria aprovou por unanimidade o processo.

Governo quer diluir em 12 meses o pagamento do abono salarial Fonte Jornal Folha de São Paulo LEONARDO SOUZADO RIO03/02/2015 às 02h00 O governo tem mais um trunfo para aliviar os gastos públicos a partir deste ano. O pacote de mudanças nos direitos trabalhistas inclui a diluição do pagamento do abono salarial de PIS em 12 meses. Hoje, o benefício é creditado na conta do trabalhador ou numa conta da Caixa em quatro datas, no segundo semestre de cada ano. Com a medida, segundo a Folha apurou, o calendário de pagamentos seria alongado até junho do ano seguinte. Tem direito ao abono o trabalhador que recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais no ano anterior. Ele precisa estar cadastrado no PIS (Programa de Integração Social) ou no Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) há pelo menos cinco anos e ter mantido vínculo empregatício formal no ano anterior por pelo menos 30 dias. O benefício corresponde a um salário mínimo. Essa nova regra não está incluída nas duas MPs (medidas provisórias) anunciadas pelo governo no fim de 2014, que visam a restringir a concessão de benefícios trabalhistas como o abono salarial, o seguro-desemprego, o seguro-defeso e as pensões por morte. No caso específico do abono, a MP prevê que o pagamento passe a ser proporcional ao tempo de trabalho e que haja carência de seis meses de trabalho ininterruptos. A proposta de diluição do pagamento do abono está incluída no cálculo de economia de R$ 18 bilhões com as alterações nas regras trabalhistas estimada pelo governo. A medida precisa ser aprovada no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

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Segundo a Folha apurou, a ideia inicial do governo era que a ampliação do prazo de pagamento do abono já passasse a valer em 2015. Assim, metade dos trabalhadores que receberiam o benefício até dezembro só poderia sacar os recursos no ano que vem. De acordo com os dados de 2013, 21 milhões de trabalhadores têm direito ao abono. No ano passado, o governo estimou os gastos com o abono em 2015 em R$ 10,125 bilhões. Desse modo, se a medida passar a valer em 2015, R$ 5 bilhões seriam jogados para a frente no primeiro ano de vigência da regra. Como as novas regras de concessão dos benefícios trabalhistas gerou grande oposição das centrais sindicais, a equipe econômica do governo entendeu que seria mais prudente aguardar mais um pouco o anúncio da medida. Os técnicos avaliam se a proposta deveria prever a mudança já para este ano ou a partir de 2016. O Codefat é composto por integrantes do governo e dos trabalhadores, o que pode dificultar a aprovação da medida. DATAS No ano passado, foram quatro datas de crédito do abono na conta do trabalhador: 5/7 (para os nascidos em julho/agosto/setembro), 14/8 (outubro/novembro/dezembro), 16/9 (janeiro/fevereiro/março) e 14/10 (em abril/maio/junho). Para aqueles sem conta na CEF, o benefício poderá ser sacado na CEF até o dia 30 de junho deste ano. Para 2015, também são mais quatro datas, sempre no segundo semestre. Pela proposta desenhada pela equipe econômica, se aprovada, haveria ao menos mais quatro datas no primeiro semestre do ano subsequente.

Brasil tem 8 bancos no ranking dos mais valiosos Fonte O Estado de São Paulo Aline Bronzati03/02/2015 às 08h 51 O Brasil conseguiu sustentar a oitava colocação no ranking dos países com as marcas de bancos mais valiosas do mundo. O relatório, obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é feito pela consultoria britânica Brand Finance em parceria com a revista The Banker. Após registrar duas quedas consecutivas nos anos anteriores, o País atingiu a cifra total de US$ 34,3 bilhões, beneficiado pela valorização cambial e pelo reforço individual do Bradesco e da Caixa Econômica Federal, que foram mais bem avaliados pelos consumidores. À frente do Brasil, permaneceram nações como Espanha, França, Japão e Canadá, todas com valor superior a US$ 35,5 bilhões. Os Estados Unidos seguiram na liderança do ranking, que inclui bancos e empresas de cartões de crédito, com 61 instituições que, juntas, tiveram suas marcas avaliadas em quase US$ 202 bilhões. "A tendência é de que o Brasil se estabilize no ranking no próximo ano em meio à depreciação do real, uma vez que o ranking é calculado em dólar. Apesar dos ajustes promovidos pelo governo impactarem, o esforço e o investimento dos bancos na entrega de produtos e serviços também pesam na percepção do cliente", avalia Gilson Nunes, CEO da Brand Finance para a América Latina, em entrevista ao Broadcast. De acordo com ele, a percepção do cliente em relação à marca é um dos fatores que têm forte influência no resultado do ranking. Na edição de 2015, cerca de 16 mil consumidores, conforme Nunes, foram entrevistados para a análise global das marcas mais valiosas de bancos. 11


Além de manter a 8ª posição no ranking deste ano, o Brasil emplacou, novamente, dois representantes entre os 25 mais bem avaliados do mundo, lista liderada pelo norte-americano Wells Fargo. O destaque foi o Bradesco, que saltou cinco posições, da 20ª para a 15ª colocação. É o primeiro colocado entre os bancos da América Latina, com valor de marca de US$ 12,4 bilhões, cifra 17% maior que a vista na última medição. O resultado lhe garantiu também o 10º lugar na lista dos bancos que mais valorizaram suas marcas no último ano. Nunes explica que o avanço do Bradesco tem como pano de fundo uma melhor avaliação por parte do seu público-alvo, que reconheceu os investimentos feitos pelo banco em canais digitais e no acesso da população aos serviços bancários. "Aumentou a percepção dos clientes do Bradesco, em sua maioria da classe média e média-baixa, em relação à marca e à entrega de serviços e produtos. Além disso, essa parte da população foi uma das que mais cresceram nos últimos anos", analisa o CEO da Brand Finance. Já a Caixa, que entrou para o ranking no ano passado, conseguiu valorizar sua marca em 8%, para US$ 5,1 bilhões, por causa, principalmente, da ampliação de sua base, impulsionada pelo programa de juros baixos. O banco estatal também investiu em comunicação e marketing, segundo ele. Apesar disso, o banco caiu uma colocação, da 49ª para 50ª. Desvalorização Na outra ponta, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Safra viram suas marcas se desvalorizarem. Essas instituições registraram queda de 9%, 6% e 18%, respectivamente. Mesmo com um menor valor de marca, o Itaú manteve o 23º lugar, com US$ 9 bilhões. O executivo da Brand Finance explica que a instituição, desde a fusão com o Unibanco, não conseguiu passar uma melhor percepção à sua base de clientes. "O Itaú está levando mais tempo para que seus clientes tenham uma melhor percepção da marca", diz Nunes. "Não está conseguindo que um mais um dê três", acrescentou. Já o BB teve, conforme ele, uma piora na percepção por parte dos clientes por conta do aumento da base de correntistas como resultado do programa de juros mais baixos. Isso lhe custou uma nova queda no ranking, desta vez, do 35º lugar para o 41º, com valor de marca de US$ 6,5 bilhões. Além dos grandes bancos, outras quatro instituições brasileiras figuraram na lista das 500 marcas de bancos mais valiosas do mundo. São: Banrisul (293ª, US$ 385 milhões); Banco do Nordeste (314ª, US$ 333 milhões); Safra (366ª, US$ 262 milhões); e Banco Panamericano (391ª, US$ 234 milhões). O Banrisul valorizou sua marca em 25%; o Banco do Nordeste, em 16%, e o Panamericano, em 47%.

Aprovados ex-tarifários para incentivar investimentos de US$ 1,4 bilhões Fonte Resenha ComexData/MDIC 03/02/2015 A Câmara de Comércio Exterior (Camex), presidida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aprovou a redução do Imposto de Importação para 445 máquinas e equipamentos sem produção nacional e que serão utilizados por indústrias que planejam investimentos de US$ 1,4 bilhões no Brasil. São 435 bens de capital e 10 bens de informática e telecomunicações que representam importações de aproximadamente US$ 1 12


bilhão. A lista dos 445 itens beneficiados com a redução de 16% para 2% para os bens de informática e de 14% para 2%, no caso dos bens de capital, integra a Resolução Camex n°8/2015 e a Resolução Camex n° 7/2015, publicadas na edição de ontem do Diário Oficial da União. Os principais setores contemplados com o benefício, em relação ao valor dos investimentos globais, serão os de bens de capital (19,51); alimentício (9,39); petroquímico (7,92%); de cimento (6,15%); de madeira e móveis (5,95%); e de construção civil (5,80%). Em relação aos países de origem das compras externas destacam-se: Estados Unidos (32,78%); Alemanha (25,81%); Itália (13,16%); China (6,66%); e Holanda (4,09%). O que são ex-tarifários O regime de ex-tarifários visa estimular os investimentos para ampliação e reestruturação do setor produtivo nacional de bens e serviços, por meio da redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital e bens de informática e telecomunicações sem produção no Brasil. Cabe ao Comitê de Análise de ex-tarifários (Caex) verificar a inexistência de produção nacional e o mérito dos pleitos tendo em vista os objetivos pretendidos, os investimentos envolvidos e as políticas governamentais de desenvolvimento. As fabricantes brasileiras de máquinas e equipamentos industriais também participam do processo de análise de produção nacional.

IPC-S sobe em todas as capitais pesquisadas pela FGV Fonte Portal Economia SC 03 de fevereiro de 2015 às 07h 41 A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou variação de 1,73% na última semana de janeiro, valor 0,22 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação. São elas: Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, dia 3, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. A tabela a seguir, elaborada pela FGV, apresenta as variações percentuais dos municípios das sete capitais componentes do índice, nesta e na apuração anterior:

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