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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 07 DE ABRIL DE 2015

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Dilma convida peemedebista para articulação política Fonte Jornal Folha de São Paulo BRUNO BOGHOSSIAN e VALDO CRUZDE BRASÍLIA06/04/2015 às 21h07 Em um momento de crise em sua base aliada e de forte queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff convidou nesta segunda-feira (6) o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo. A escolha do peemedebista é uma tentativa da presidente de solucionar a guerra do PMDB com o Planalto e garantir a aprovação das medidas do ajuste fiscal. Segundo um interlocutor presidencial, a conversa da presidente Dilma com seu ministro ocorreu no Palácio do Planalto logo após a posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e foi testemunhada pelo vice-presidente Michel Temer. Um peemedebista ligado a Eliseu Padilha disse à Folha que, na conversa, ele sinalizou que pode aceitar substituir o atual titular das Relações Institucionais, Pepe Vargas, petista da cota da presidente. Mas disse que antes precisava conseguir o apoio de todo PMDB, tanto da Câmara como do Senado.

O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) na posse de Renato Janine Ribeiro na Educação Logo depois da reunião no Palácio do Planalto, Padilha viajou para Goiânia, onde foi fazer inspeções de obras no aeroporto local. No final da tarde, já estava de volta a Brasília. À noite, ele iria participar de reunião da cúpula peemedebista no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, onde o convite seria discutido. A inclusão do PMDB na "cozinha" do Palácio do Planalto foi uma sugestão do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele argumentava que a sigla deveria participar ativamente das decisões do governo para solucionar a crise política do segundo mandato de Dilma. A petista tem enfrentado dificuldades no Congresso principalmente nas relações com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, peemedebistas que têm definido uma agenda própria e imposto derrotas em votações ao governo. O convite divide o PMDB. Uma ala do partido acredita que Padilha corre o risco de virar "um mero garçom", sem poder para fazer as negociações políticas em nome do governo. Outra avalia que seria um passo importante para o partido, de fato, participar das decisões do Planalto. SEIS MINISTROS 2


O governo tem, hoje, seis ministros indicados pelo PMDB. Além de Padilha, Kátia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Helder Barbalho (Pesca), Edinho Araujo (Portos) e Vinicius Lages (Turismo). Há um sétimo ministro filiado à legenda, Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), mas dirigentes da sigla alegam que ele é uma escolha pessoal de Dilma. Outro peemedebista está na fila de espera. O ex-deputado Henrique Eduardo Alves já foi convidado pela presidente Dilma para o Turismo, mas ainda não assumiu por divisões internas do PMDB. O problema é que o ex-presidente da Câmara, sendo nomeado para a pasta do Turismo, desalojaria um afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros. Uma solução, caso Padilha aceite o posto e Alves vá para o Turismo, seria indicar Vinicius Lages para a Secretaria de Aviação Civil. Os aliados de Renan têm dito que o presidente do Senado não pode ficar discutindo cargos porque, neste momento, tem defendido uma redução pela metade no número de ministérios. Ex-ministro dos Transportes do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, Padilha é considerado um hábil articulador político.

‘Pedalada fiscal’ desrespeitou lei, diz parecer do Ministério Público Fonte O Globo MARTHA BECK marthavb@bsb.oglobo.com.br 07 abr 2015 -BRASÍLIA- A equipe econômica comandada pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega adiou repasses de recursos do Tesouro Nacional para bancos públicos, com o objetivo de melhorar artificialmente o resultado das contas do governo em 2014. Essa é uma das conclusões de parecer elaborado por Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao qual o GLOBO teve acesso. O documento afirma que esses atrasos, batizados de “pedaladas fiscais”, acabaram resultando no descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os bancos públicos foram obrigados a honrar despesas da União com recursos próprios, caracterizando empréstimo da instituição controlada para o controlador, o que é vedado pela LRF. “Importante salientar que, além de os citados atrasos nos repasses de recursos federais estarem contribuindo para ‘maquiar’ as contas públicas, no mecanismo conhecido como ‘pedaladas fiscais’, em muitos dos casos analisados também está ocorrendo patente violação a dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma um trecho do parecer. Nele, o procurador sugere ao Tribunal que convoque 14 pessoas para prestar esclarecimentos sobre as manobras utilizadas. Entre os nomes estão o de Mantega, do exsecretário do Tesouro, Arno Augustin, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, do ministro do Trabalho, Manoel Dias e do ex-presidente da Caixa, Jorge Hereda. Também estão na lista os ministros da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que comandava a pasta das Cidades, e do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, além de técnicos do Tesouro Nacional. Entre os programas que foram prejudicados pelas manobras estão vitrines do governo Dilma Rousseff, como o Bolsa Família e o de Sustentação do Investimento (PSI), operado pelo BNDES. A Caixa, por exemplo, foi obrigada a usar recursos próprios para pagar os beneficiários do Bolsa Família, além de benefícios como abono e seguro-desemprego. O Banco do Brasil, por

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sua vez, sofreu com atrasos para o Plano Safra. Também foram atrasados repasses para o FGTS destinado a despesas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). “No caso das despesas referentes ao Bolsa Família, ao segurodesemprego e ao abono salarial, a equipe de auditoria verificou que, ao longo do exercício de 2013 e dos sete primeiros meses do exercício de 2014, a Caixa Econômica Federal utilizou recursos próprios para o pagamento dos benefícios de responsabilidade da União, uma vez que esta, em regra, só repassava os respectivos recursos financeiros àquela no início do mês subsequente ao do pagamento”, afirma o parecer. “Desde o ano de 2009, ano de implementação do PSI, cerca de R$ 13,2 bilhões deixaram de ser registrados como despesas primárias no âmbito de referido programa. Em 2013 foram R$ 4,7 bilhões e, até o 1º semestre de 2014, foram R$ 2,8 bilhões”, diz o texto. O procurador também destaca que a maquiagem das contas públicas levou a equipe econômica a não contabilizar R$ 40,2 bilhões na Dívida Líquida do Setor Público em 2014. Deste total, R$ 12,15 bilhões se referem ao PSI e R$ 10 bilhões ao FGTS. O parecer foi encaminhado ao relator do processo das “pedaladas” no TCU, José Múcio Monteiro, que vai usá-lo para preparar seu voto. Depois de pronto, o voto será submetido ao plenário do TCU para julgamento. Responsável pela defesa do governo no processo, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, pretende alegar que há entre o governo e os bancos públicos um contrato de prestação de serviços para o pagamento de benefícios como o segurodesemprego e o Bolsa Família. E que este prevê a possibilidade de pagamentos dessas despesas pelos bancos com compensação futura pelo atraso.

Regulamentação para estudos técnicos deve ajudar investimentos e estimular concorrência. Fonte O Globo MARTHA BECK marthavb@bsb.oglobo.com.br 07 abr 2015 BRASÍLIA- A decisão do governo de regulamentar os Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMIs) estudos técnicos feitos pelo setor privado sobre determinado empreendimento para avaliar seus custos e ganhos potenciais — foi considerada um avanço por especialistas em infraestrutura. O decreto com a nova regulamentação, antecipado pelo GLOBO, foi publicado ontem no Diário Oficial da União. — Na conjuntura atual, um decreto como esse ajuda a reduzir a insegurança jurídica e estimula os investimentos em infraestrutura — afirmou Cláudio Frischtak, da Inter B Consultoria Internacional de Negócios. INSTRUMENTO MAIS SEGURO Os PMIs já estavam previstos em um decreto de 2006, que trata de Parcerias Público Privadas (PPPs). E eram utilizados em qualquer tipo de investimento graças a uma autorização do Tribunal de Contas da União (TCU). Agora, o novo decreto estabelece uma norma específica sobre os PMIs, dando mais segurança ao uso desse instrumento. O governo também espera incentivar as empresas de menor porte a terem maior participação nos investimentos. Para isso, o decreto prevê que um PMI pode ter várias

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parcelas. Isso significa que um mesmo empreendimento poderia ser executado por mais de uma empresa, dando chance às pequenas. Segundo o presidente da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, essa era uma demanda antiga do setor: — É importante criar espaço para que empresas de menor porte consigam entrar no programa de concessões com maior força. Isso estimula a concorrência e o crescimento da economia. Outra novidade na nova regulamentação está no fato de o governo ter incluído no decreto a possibilidade de o PMI ser aberto por iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas, não apenas dos órgãos que detenham a competência para isso, como o Ministério dos Transportes, no caso de rodovias. Isso significa que um parlamentar ou mesmo uma empresa pode sugerir a adoção desse tipo de instrumento. Em nota, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que “o decreto torna mais ágil e mais clara a comunicação entre o mercado e o governo, e ajuda a destravar os investimentos porque o governo tem um rol de projetos que julga serem interessantes. Com isso, o setor privado ganha um canal mais ágil para fazer sugestões e propor novos investimentos”. Um exemplo recente de contratação de empreendimento que utilizou o PMI para atrair o setor privado foi a concessão da Ponte Rio-Niterói, realizada em março. Atualmente, estão em andamento PMIs para as rodovias BR-163/230 (MT/PA), BR-364/ 060 (MT/GO), BR-364 (GO/MG), BR-476/153/282/480 (PR/SC), e para seis ferrovias.

Especialistas destacam avanços no texto em discussão na Câmara Fonte O Globo CÁSSIA ALMEIDA, JÚNIA GAMA E JOÃO SORIMA NETO economia@ oglobo.com. br 07 abr 2015 - RIO E BRASÍLIA - Analistas veem avanços no novo projeto de lei para a terceirização de trabalhadores que entra hoje na pauta de votação da Câmara dos Deputados. O procurador do Trabalho Carlos Eduardo Carvalho Brisolla, no entanto, vê risco de precarização dos direitos, seja no setor público ou no privado. Diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio afirma que a proposta em jogo agora é melhor do que o que vinha sendo discutido anteriormente, mas o cerne da questão é o fato de não haver previsão de limites para terceirização: — As condições dadas pelo projeto são muito mais favoráveis do que se tinha antes (o projeto é de 2004). Era ruim até para o empresário. Iria provocar mais conflitos e ações na Justiça. Mas qualquer proteção numa situação na qual se pode terceirizar tudo pode significar nada, proteção nenhuma.

Na opinião de Lúcio, não se conseguiu consenso entre trabalhadores e empresários. — Se houvesse limite, como uma parcela dos trabalhadores da empresa que contrato, teríamos um bom projeto.

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Já o economista da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC- Rio José Márcio Camargo diz que o projeto de lei que permite a terceirização sem limites diminui o risco jurídico dos empresários e, quando a economia voltar a crescer, pode “gerar algum emprego”: — É extremamente difícil diferenciar a atividade fim e a atividade meio. Não é uma coisa óbvia. O empresário fica dependendo do julgamento de fiscal do trabalho, se é ou não atividade fim. Tirar essa classificação diminui o risco jurídico. Esse projeto pode gerar algum emprego quando a economia retomar. Na sua avaliação, o mais grave na legislação trabalhista brasileira é a incerteza quanto ao custo do trabalho: — O trabalhador fica na empresa por dois anos. Sai e vai para a Justiça do Trabalho e não se sabe o que juiz vai fazer. Incerteza prejudica o funcionamento do mercado. Até agora, a terceirização é regida pelo enunciado 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que estabelece que a atividade fim da empresa não pode ser feita por terceiros. Para o procurador Brisolla, a terceirização precariza os direitos dos trabalhadores na maioria dos casos, tanto no setor público quanto no privado. Ele acredita que, além do entendimento do TST de que a terceirização pode ocorrer na atividade meio, não deve haver mudanças na legislação. Brisolla diz que, com a utilização dessa modalidade de contratação, pode haver enquadramento sindical indevido de trabalhadores, achatamento salarial e, no caso do setor público, riscos ao princípio do concurso público. — A terceirização, inicialmente, foi concebida e até pode ser utilizada de maneira eficaz quando uma empresa quer contratar outra para um serviço muito especial. Mas não deve ir além disso — afirmou. O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan, por sua vez, disse que a aprovação do projeto permitirá ganhos de especialidade dentro das empresas. Ele observou que, muitas vezes, a empresa precisa de serviços especializados em outras atividades que não são a sua principal. Para Furlan, o argumento da precarização se trata de uma mentira. — Estamos tratando de segurança jurídica. Ela dá competitividade para a empresa, proteção para o trabalhador e gera empregos afirmou. FIESP: ABERTURA DE VAGAS O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que a aprovação do projeto de lei poderá abrir três milhões de novas vagas no Brasil. Para ele, não haverá prejuízo para qualquer benefício conquistado pelos trabalhadores. Calcula-se que cerca de 15 milhões de trabalhadores exerçam atividades como terceirizados. — A aprovação representa segurança jurídica para as empresas e pode representar, no futuro, a geração de 700 mil empregos em São Paulo e três milhões no país — afirmou. Para Skaf, a terceirização não fere a Consolidação das Leis do trabalho ( CLT), porque as empresas prestadoras de serviços terceirizados registram a carteira de seus funcionários. Ele disse ainda que não há redução de salários porque cada categoria tem um piso salarial.

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O presidente da Fiesp afirmou que as companhias buscam especialização quando contratam serviços terceirizados, já que nenhuma empresa vai terceirizar o seu trabalho básico. — A terceirização permite às empresas fazer serviços com melhor tecnologia, com mais eficiência. É o trabalho especializado e não o básico.

Preço da cesta básica aumenta em 13 cidades Fonte Portal economia SC 07 de abril de 2015 às 12h 05 Preço da cesta básica aumenta em 13 cidades Das 18 capitais onde o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 13 apresentaram aumento do preço do conjunto de bens alimentícios, em março. As maiores elevações foram apuradas em Manaus (4,92%), Fortaleza (4,23%), Aracaju (3,23%) e Vitória (2,47%). As retrações foram registradas em Salvador (-2,79%), Brasília (-1,06%), Goiânia (-0,66%), Florianópolis (-0,45%) e Natal (-0,15%). Em março, o maior custo da cesta foi apurado em São Paulo (R$ 379,35), seguido de Vitória (R$ 363,62) e Porto Alegre (R$ 360,01). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 273,21), João Pessoa (R$ 288,43) e Natal (R$ 289,21). Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em março de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.186,92, 4,04 vezes mais do que o mínimo de R$ 788,00. Em fevereiro de 2015, o mínimo necessário era ligeiramente menor e correspondeu a R$ 3.182,81, o que também equivalia a 4,04 vezes o piso vigente. Em março de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.992,19, ou 4,13 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 724,00). Em 12 meses, entre abril de 2014 e março último, o preço da cesta acumulou alta em 17 capitais, exceto Campo Grande (-0,59%). Destacam-se as elevações registradas em Aracaju (20,99%), Belo Horizonte (11,73%), Salvador (11,16%) e João Pessoa (9,60%). Os menores aumentos aconteceram em Porto Alegre (1,08%) e Florianópolis (3,62%). Nos três primeiros meses de 2015, todas as cidades acumularam altas, que variaram entre 1,43%, em Florianópolis e 13,12%, em Salvador. Em março de 2015, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 91horas e 59 minutos, cerca de uma hora a mais do que o de fevereiro, de 91 horas e 04 minutos. Em março de 2014, a jornada exigida foi de 93 horas e 49 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em março deste ano, 45,44% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em fevereiro, demandavam 44,99%. Em março de 2014, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 46,35%. Em março, produtos como pão francês, café em pó, óleo de soja, banana e tomate tiveram predominância de alta nos preços das capitais. Já o arroz, batata – pesquisada nas regiões Centro Sul e a farinha de mandioca coletada nas regiões Norte e Nordeste apresentaram retração de valor na maioria das capitais. Em março, o pão francês registrou elevação do preço médio em 16 capitais, ficou estável em Manaus e teve queda em Fortaleza (-1,29%). Os aumentos oscilaram entre 0,12% em Curitiba e 5,26% em Aracaju. Em 12 meses, todas as cidades mostraram alta, com variações entre 0,28% em Natal e 28,26% em Aracaju.

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A falta de trigo de qualidade no mercado brasileiro, a importação mais cara do grão pela desvalorização do real, além do aumento da energia elétrica impactaram no preço do pão francês. O preço médio do café em pó aumentou em 16 cidades, com variações entre 0,22%, em Recife, e 4,24%, em Campo Grande. As quedas aconteceram em Vitória (-2,07%) e Goiânia (-0,23%). Em 12 meses, o preço do café subiu em 17 capitais, com altas entre 0,28%, em Vitória e 18,65%, em João Pessoa. Apesar da oscilação do preço do café no mercado internacional, em março o produto fechou em alta. Por sua vez, os cafeicultores seguraram a comercialização, à espera de uma definição do valor de mercado. A pesquisa indicou elevação do preço do óleo de soja em 15 cidades. Em Aracaju, não houve variação de valor e em Goiânia (-1,20%) e Florianópolis (-0,26%) ocorreu retração. As maiores altas foram anotadas em Curitiba (7,14%), Manaus (6,05%) e Porto Alegre (5,25%). Em 12 meses, nove cidades registraram queda, com destaque para Natal (-13,00%), Recife (-6,93%) e Goiânia (-6,82%). Em Salvador, o preço não se alterou. Oito localidades mostraram aumentos, sendo as maiores taxas observadas em Belo Horizonte (2,79%), Porto Alegre (2,71%), Manaus (2,46%) e Aracaju (2,33%). A desvalorização do real diante do dólar impulsionou as exportações e o preço interno do grão. A banana subiu em 15 cidades, com destaque para Porto Alegre (15,73%), Curitiba (15,02%) e Rio de Janeiro (13,25%). As quedas foram verificadas em Natal (-4,40%), Salvador (-3,98%) e Goiânia (-2,97%). Na comparação anual, 12 cidades mostraram taxas positivas, principalmente Salvador (56,59%), Manaus (33,68%) e Fortaleza (17,78%). Outras seis localidades tiveram variações negativas, sendo a maior delas anotada em Campo Grande (-25,20%). A demanda de banana, em especial a nanica (ou caturra ou d´água), aumentou com o retorno às aulas, uma vez que a fruta é destinada à merenda escolar. Além disso, a seca influenciou na qualidade e quantidade de banana ofertada. O preço do tomate aumentou em 14 cidades e apresentou variações entre 0,34% em João Pessoa e 29,93% em Fortaleza. As retrações foram observadas em Salvador (-17,62%), Campo Grande (-10,08%), Belo Horizonte (-0,22%) e Brasília (-0,21%). Em 12 meses, nove cidades apresentaram alta nos preços, com destaque para Belo Horizonte (54,48%) e Salvador (25,20%) e outras nove mostraram reduções acumuladas, sendo as mais expressivas em Porto Alegre (-38,17%) e Campo Grande (-33,33%). Março é considerado mês de entressafra do tomate, o que, somado às chuvas de fevereiro, causou impacto no preço do fruto no varejo. A batata teve o preço reduzido nas 10 cidades do Centro-Sul, onde o item é acompanhado. As taxas oscilaram entre -12,58%, em Brasília, e -2,29%, em Curitiba. Nos últimos 12 meses, quatro cidades tiveram retração: Campo Grande (-12,61%), Vitória (-10,55%), Rio de Janeiro (3,12%) e Florianópolis (-2,48%). Já os aumentos acumulados variaram entre 5,08% em Goiânia e 43,09% em Belo Horizonte. A colheita nas regiões de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul abasteceram o mercado da região Centro-Sul, reduzindo o preço do tubérculo. A farinha de mandioca, pesquisada nas regiões Norte e Nordeste, apresentou diminuição de preço em todas as cidades, exceto Aracaju (1,03%). As maiores quedas aconteceram em Natal (-6,94%), Fortaleza (-5,15%) e Salvador (-4,36%). Na comparação anual, todas as capitais 5 tiveram retrações, com destaque para as variações acumuladas de Natal (-37,60%) e Manaus (35,15%). A oferta expressiva da raiz diminuiu as cotações da farinha. O preço do arroz diminuiu em 11 cidades, ficou estável em quatro (Brasília, Belém, Recife e João Pessoa) e aumentou em Campo Grande (2,27%), Vitória (2,29%) e Aracaju (3,18%). As maiores quedas foram anotadas em Manaus (-7,22%) e Florianópolis (-6,12%). Em 12 meses, o valor do produto aumentou em 17 cidades, exceto Porto Alegre (-0,88%). As maiores taxas foram verificadas em Salvador (23,01%) e Aracaju (19,29%). Altos estoques e baixa demanda têm diminuído as cotações de arroz. Em março, o preço do leite voltou a aumentar em 12 das 18 cidades pesquisadas. As altas variaram entre 0,34%, em João Pessoa, e 10,25%, em Porto Alegre. O valor do leite ficou estável em Manaus e Aracaju e diminuiu em Goiânia (-5,34%), Natal (-3,48%), Salvador (1,90%) e Recife (-1,26%). Em 12 meses, o preço do produto acumulou alta em 11 cidades, oscilando entre 0,52%, em Porto Alegre, e 17,08%, em Brasília. As retrações mais expressivas

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foram registradas em Salvador (-11,03%) e Belém (-6,56%). Março é o mês de início da entressafra do leite na região Sul, o que explica a elevação na maior parte das cidades.

Crise exige cautela ao demitir funcionários caros Fonte Portal economia SC 06 de abril de 2015 às 09 42 Crise tem sido a palavra mais constante em noticiários e conversas, sejam informais ou de negócios. As consequências da situação econômica do Brasil são imensas e refletem também no emprego, quando muitas empresas fazem cortes de gastos demitindo funcionários. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que a taxa de desemprego no país deve continuar crescendo nos próximos dois anos. Contudo é preciso cautela ao fazer cortes e demitir colaboradores. Muitas empresas demitem seus melhores talentos porque são caros, para contratar empregados baratos e reduzir os custos. Acontece que os “caros” são aqueles que ajudam a empresa a sair da crise, enquanto que os “baratos” são apenas peso morto. É uma questão de escolha, onde quem cultivar o ciclo da riqueza vai pagar mais – mas terá mais talentos e colher bons resultados. E quem optar pelo círculo da miséria vai pagar menos, contudo, vai deter mediocridade e acabar tendo prejuízos. As empresas que tem medo das crises se encolhem, esperam por ela, definham ou morrem, enquanto os que não tem medo as enfrentam, abocanham o mercado dos medrosos, crescem e continuam sua trajetória de sucesso. Concomitantemente a isso, nesses tempos um pouco mais difíceis, a busca por profissionais multifuncionais se acentua, pois as empresas precisam rever seus custos. Para isso, o perfil que deve ser desejado é o de profissionais talentosos, realizadores, com foco em resultado e que venham contribuir com a melhoria da gestão e dos resultados da empresa. Outra questão que precisa ser levada em conta é a profissionalização. Escola é superimportante, mas não é tudo. Diplomas, sejam de graduação, pós-graduação e mesmo mestrado ou doutorado, são apenas ferramentas adquiridas que devem vir junto com uma série de competências e comportamentos. É como a velha teoria do CHA, que alia Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. Além do diploma e efetivamente ter os conhecimentos da formação, é necessário ter motivação, capacidade de relacionamento, de realização e foco em resultado.

FMI prevê baixo potencial de crescimento pelo mundo Fonte Revista Exame/REUTERS07/04/2015 ÀS 10H 54 Washington - O potencial de crescimento mundial sofreu um grande impacto após a crise financeira de 2007-2009 e deve permanecer defasado por anos, sugerindo que as taxas de juros devem permanecer baixas por algum tempo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) num estudo publicado nesta terça-feira. Quedas no investimento privado e no crescimento do emprego reduziram o crescimento anual potencial nas economias mais ricas para 1,3 por cento entre 2008 e 2014, meio ponto percentual abaixo do período pré-crise, de acordo com o estudo. Para os próximos cinco anos, o crescimento anual potencial das economias avançadas deve avançar para 1,6 por cento, ainda abaixo das taxas de crescimento pré-crise, tornando mais difícil a redução das altas dívidas pública e privada, segundo o FMI. Nos mercados emergentes, o crescimento anual potencial caiu para 6,5 por cento de 2008 a 2014, cerca de 2 pontos percentuais mais baixo do que antes da crise, e a expectativa é que

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recue ainda mais para 5,2 por cento durante os próximos cinco anos conforme a população envelhece, limitações estruturais restringem o crescimento de capital e a produtividade desacelera.

Varejo fecha 1º tri com pior crescimento anual em 12 anos Fonte Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo07/04/2015 ÀS 10H 24 São Paulo - O movimento dos consumidores nas lojas em março avançou 2,7% em relação a fevereiro, já efetuados os devidos ajustes sazonais, segundo pesquisa da Serasa Experian. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 5,9%. Apesar deste resultado, a atividade varejista fechou o primeiro trimestre com crescimento anual de apenas 0,6%, o pior resultado dos últimos 12 anos. Segundo os economistas da Serasa, o movimento dos consumidores no comércio em março foi favorecido pelo feriado do carnaval, que neste ano caiu em fevereiro. Porém, fatores como a alta da inflação durante o primeiro trimestre, o crediário cada vez mais caro e o baixo grau de confiança pesaram negativamente sobre o desempenho. Em março ante fevereiro, a alta da atividade foi vista em todos os segmentos pesquisados. Os destaques foram combustíveis e lubrificantes (+3,6%) e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (+3,6%). Na sequência aparecem material de construção (+2,7%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (+1,4%), móveis, eletroeletrônicos e informática (+1,6%) e veículos, motos e peças (+0,1%). No acumulado do primeiro trimestre de 2015, três setores fecharam com crescimento e três com queda. A maior alta foi de vestuário (+6,8%) e a queda mais acentuada foi registrada em material de construção (-10,8%). O indicador da Serasa sobre a atividade varejista é construído pelo volume de consultas mensais feitas por estabelecimentos comerciais à base de dados da companhia. As consultas nas formas de taxas de crescimentos são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores. A amostra é composta de quase 6 mil empresas.

Auditores fiscais entram em greve nesta terça-feira Fonte Resenha ComexData/Agência Brasil 07.4.2015 Auditores fiscais da Receita Federal entram em greve hoje (7) por tempo indeterminado. Eles protestam contra duas emendas incorporadas à Medida Provisória (MP) 660, que equipara as atribuições da categoria às dos analistas tributários, cargo de nível médio. Entre os serviços prejudicados com a greve estão a fiscalização do pagamento de impostos por grandes contribuintes e atividades de alfândega. Nos portos, nas fronteiras e nos aeroportos, os auditores farão operação padrão, provocando atrasos na entrada de produtos no país. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores (Sindifisco), a categoria só voltará a trabalhar caso as emendas, incluídas na última terça-feira (31) no texto da MP, sejam derrubadas. Aprovada na comissão especial, a medida provisória deve ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados esta semana. Em nota, o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários (Sindireceita) alegou que a equiparação das atribuições dos analistas aos auditores fiscais vai melhorar o serviço ao contribuinte, ao aumentar o efetivo em áreas nas quais a Receita não atua com eficiência por necessidade de

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força de trabalho. De acordo com a entidade, a devolução do Imposto de Renda retido na malha fina, que hoje leva até cinco anos, será acelerada. Segundo o texto, as emendas, de autoria do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), não retiram prerrogativas dos auditores. Os auditores se concentrariam na fiscalização de grandes contribuintes, enquanto os analistas cuidariam das declarações das pessoas físicas e de micro e pequenas empresas. Até 1997, destaca o Sindireceita, os analistas exerciam atividades de fiscalização, mas a função passou a ser restrita aos auditores.

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