SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 09 DE SETEMBRO DE 2014
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E a transparência? FONTE: ESTADO DE SÃO PAULO ONLINE José Paulo Kupfer O recorrente tema da independência do Banco Central entrou no debate eleitoral deste ano por uma porta improvável. Veio no programa de Marina Silva, candidata que propõe ser a alternativa à polarização PT-PSDB, cujas origens e história a definiriam como ambientalista de viés social e valores pessoais de base religiosa evangélica, jamais como adepta da ortodoxia econômica. Independência do Banco Central e resgate do tripé macroeconômico original são marcas, no Brasil, de um pensamento econômicode raiz ortodoxa. Ao assumi-los como parte de seu programa de governo, Marina repete ideias do candidato do PSDB, Aécio Neves, e vai além dele - Aécio tem hesitado em defender a dita independência do BC. A expressão "independência do Banco Central" resume um tipo de ideário econômico. Pressupõe que os diretores do BC, reunidos no Comitê de Política Monetária (Copom), terão mandatos de tempo fixo, não podendo ser demitidos por uma canetada do presidente da República do turno. Só assim disporiam de isenção suficiente para avaliar, tecnicamente, a situação da economia e decidir, sem pressões políticas externas, mesmo sendo nomeados e não eleitos, que nível de taxa de juros seria necessário para manter a inflação num nível predeterminado - uma ação com o poder de afetar a vida econômica de todos os cidadãos. Essa "independência" defendida no programa de Marina seria mais bem definida como uma autonomia formal. Bancos centrais rigorosamente independentes, de acordo com definição precisa do termo, são aqueles em que seus diretores, além do compromisso de manter a inflação dentro de um certa meta, definem eles mesmos a própria meta. No Brasil, a meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com antecipação de dois anos, numa reunião ordinária nos meses de junho, podendo ser modificada a qualquer momento, em casos extraordinários. O estabelecimento da meta é prerrogativa do Executivo, já que o CMN é formado, atualmente, pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central, que tem, desde 2004, status de ministro - essa graduação de nível foi, ironicamente, contestada no STF pelo PSDB e pelo PFL, mas acabou prevalecendo em plenário, apesar do voto do relator, ministro Gilmar Mendes, favorável aos reclamantes. Ocorre que, no resto do mundo, não é a independência, mas o grau de transparência dos BCs que tem sido mais levado em conta, quando se quer encontrar mecanismos consistentes com o controle da inflação nas vizinhanças do centro da meta. Em rankings internacionais, o BC brasileiro, com sua autonomia informal relativamente ampla, é classificado como o mais transparente da América Latina, mas ainda está a 5 pontos dos primeiros da lista - o BC sueco, líder dos rankings, divulga até mesmo as gravações das suas reuniões e, nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve concede entrevistas à imprensa ao final dos encontros. Só há dois anos o BC brasileiro passou a divulgar, nominalmente, os votos de cada diretor nas decisões sobre as taxas de juros. Mas, diante das melhores práticas internacionais, essa abertura ainda é pouca. Enquanto as votações do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, são transmitidas ao vivo pela TV, as reuniões do Copom continuam secretas e os documentos que servem de base para as decisões dos diretores só são divulgados em quatro anos. O tema da independência do BC pode ter seu impacto como mote de campanha eleitoral, mas tende a produzir mais carga retórica do que efeitos práticos. Nas agências reguladoras setoriais, por exemplo, os mandatos são fixos e nem por isso o alarido de seu aparelhamento 2
pelo governo deixa de ser estridente. Quanto à transparência do BC, isso não é assunto entre nós nem nas marquetagens de campanhas eleitorais.
Metade dos que têm diploma ganha até 4 salários mínimos Fonte: Folha de São Paulo Online ÉRICA FRAGA de SÃO PAULO 08/09/2014 02h 00 Quase metade dos trabalhadores com ensino superior que atuam no mercado formal no país ganhavam, no máximo, quatro salários mínimos em 2013 (o equivalente na época a R$ 2.712). A faixa de renda entre dois e três salários mínimos era a que agrupava a maior fatia dos que possuem diploma universitário (16% do total). Apenas 5,3% dos trabalhadores com ensino superior tinham remuneração média superior a 20 mínimos. Entre trabalhadores com mestrado e doutorado, o percentual dos que recebiam o teto de quatro mínimos no ano passado era de, respectivamente, 36% e 23%. Os dados que foram levantados pela Folha na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho– são um retrato da realidade salarial do país. "Os salários pagos no Brasil, de forma geral, ainda são baixos, apesar de a renda ter aumentado", afirma o economista Naercio Menezes Filho, do Insper. Menezes Filho e outros especialistas destacam também que os dados podem refletir diferenças na qualidade dos cursos de ensino superior. "Existe uma heterogeneidade grande na formação superior", diz Fernando Veloso, economista da FGV.
Um estudo de Menezes Filho mostra que, nos últimos anos, os salários pagos em carreiras com grande número de formados caíram. É o caso de áreas como enfermagem, administração de empresas e marketing. Já carreirascomo medicina, engenharias, economia e ciências sociais registraram aumento de salários. "Parece existir um efeito de mudanças de demanda e oferta no mercado, mas fatores como diferenças na qualidade da formação também podem influenciar os salários", diz Menezes Filho. "PRÊMIO" SALARIAL Economistas ressaltam, no entanto, que a recompensa em termos de renda a mais ("prêmio" salarial) por um diploma universitário no Brasil permanece elevada, embora tenha caído. Em 2011, trabalhadores com diploma universitário tinham remuneração, em média, 160% maior do que aqueles com ensino médio. Segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), esse "prêmio" era o segundo maior em um grupo de 34 países desenvolvidos e emergentes grandes. 3
Isso se explica, em parte, pela fatia ainda baixa –embora crescente– da população adulta (25 a 64 anos) com ensino superior no país. De acordo com a OCDE, em 2011, esse percentual era de apenas 12%, o mais baixo entre os países para os quais a instituição tem estatisticas. Os dados da Rais mostram que a parcela dos trabalhadores no mercado formal com ensino superior aumentou pouco. Entre 2007 e 2013, passou de 15,2% para 17,8%. As estatísticas da Rais incluem tanto trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) quanto servidores públicos com estabilidade (estatutários) e sob regime especial. Em 2013, o total de trabalhadores computado na Rais era de 48,9 milhões. O economista Simon Scwhartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade afirma que a ampliação de bolsas e do financiamento estudantil representa um incentivo a mais para a conclusão do ensino superior no Brasil: "Como o custo do ensino superior é baixo e muitos cursos são à noite e não requerem muito estudo nem formação anterior, acho que vale a pena".
Dilma diz que acabar com Mercosul é um 'tiro no pé' Fonte: Folha de São Paulo Online GABRIELA GUERREIRODE BRASÍLIA 08/09/2014 18h 54 Em resposta aos seus adversários, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (8) que acabar com o Mercosul é um "tiro no pé" e que não faz política externa com "ideologia". Ao defender a postura do governo em priorizar a América Latina e o Mercosul em suas negociações internacionais, Dilma disse que os mercados são responsáveis por 80% das exportações do Brasil. "Acabar com o Mercosul é dar com um tiro no pé. Nós somos a maior economia da América Latina. Temos que perceber o tamanho desse mercado", afirmou a presidente. Dilma disse que suas propostas como candidata não "viram as costas" para a América Latina, enquanto outros só "enxergam" mercados como a Europa. "Ninguém vai fazer política externa com base em ideologia. Eu não posso sentar nos Estados Unidos e falar só de Guantanamo. Também não posso só falar com a China de Direitos Humanos". A presidente afirmou que política externa não se faz com "principismo" e que reduzir o papel da América Latina é uma "temeridade" para o Brasil, assim como o dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). "Quem não entende, não participa e não fez, acha que é fácil", ironizou. Adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB) acusa a política externa de Dilma de ser ideológica e prometeu fortalecer o Mercosul, embora critique a prioridade do governo ao bloco econômico. O candidato do PSDB também defende que o Brasil não se concentre nos acordos bilaterais com o Mercosul e a União Europeia para ampliar o seu universo de negociações. A mesma postura do tucano é defendida no programa de governo de Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, que é favorável à ampliação do número de países para o Brasil firmar negociações. Dilma disse que a prioridade concedida à União Europeia e à América Latina não minimiza o "peso" dos demais acordos comerciais. "Diminuir o papel da América Latina é uma temeridade, diminuir o papel dos Brics é um descompromisso com a história, desconsiderar EUA e União Europeia também", disse. BANCOS Em entrevista no Palácio da Alvorada, Dilma ainda rebateu as críticas de Marina em relação à política de subsídios de bancos públicos em seu governo. A presidente disse estar "extremamente preocupada" com a "forma" como estão tratando a questão dos bancos 4
públicos e disse que apolítica de crédito adotada pelos governos do PT impediram ao país sofrer efeitos da crise econômica internacional. "Estou extremamente preocupada com a forma como estão tratando a questão dos bancos públicos. Logo depois do começo da crise, naquela ocasião, tanto o BNDES quanto o Banco do Brasil, quanto a Caixa Econômica Federal foram essenciais para que o país não sofresse com a crise. Foram eles que garantiram crédito", disse. A presidente também defendeu a política de incentivo à indústria de seu governo, ferramenta que ela considera "essencial" para ter ajudado o Brasil a não sofrer impactos da crise. "Se a nossa indústria não tiver incentivos, ela desaparece como a indústria naval desapareceu na década de 80", afirmou.
Gasto do Brasil por alunos sobe, mas ainda é 1/3 da média dos países ricos Fonte: Folha de São Paulo Online de SÃO PAULO 09/09/2014 10h15 Estudo feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que o Brasil investe proporcionalmente mais em educação do que os países mais ricos, mas o gasto por aluno ainda é pequeno. De acordo com a organização, o país investe cerca de US$ 3.000 por estudante e está no mesmo patamar que Indonésia, México e Turquia. Países como Noruega, Áustria e Dinamarca gastam mais de US$ 10 mil e lideram o ranking de investimento por aluno. A média dos países que integram a organização é de US$ 9.487 por estudante. A OCDE analisou os dados de educação referentes aos 34 países mais ricos do mundo e de outros 10 em desenvolvimento. Os números são referentes ao ano de 2011. Na comparação com o estudo divulgado no ano passado, que leva em consideração os dados referentes a 2010, o gasto por aluno se manteve praticamente estável no Brasil. No entanto, na comparação com o primeiro levantamento realizado em 2003, o gasto público médio com estudante mais que dobrou – o governo gastava US$ 1.142 por aluno. Na época, a média dos países da OCDE era de US$ 6.361. De tudo que o governo gastou à época, 19,2% foi destinado à educação. Os países que integram a OCDE gastaram em média 13% na área. O gasto público total na área representou 6,1% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a média da organização é de 5,6%. O Brasil investe principalmente em ensino básico, que em 2011 representou 14,3% de todo o gasto do governo. A marca supera a média da OCDE que é de 8,4%.
Olhar gastos com lupa e elevar produtividade são a saída para usinas Fonte: Folha de São Paulo Online 09/09/2014 02h 00 A Odebrecht Agroindustrial comemorou a moagem de 4,1 milhões de toneladas de cana em agosto. As operações da empresa continuam amadurecendo e ainda há espaço para crescimento. Neste ano, a moagem deverá ficar entre 26 milhões e 27 milhões de toneladas. Mas o foco está mudando. Diante de um cenário bem mais desafiador do que quando entrou no setor, a Odebrecht Agroindustrial quer priorizar a produtividade. Com cana de menor adaptabilidade em algumas das regiões onde atua, a empresa desenvolverá, já no final desta safra, viveiros com novas variedades, em conjunto com o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). Celso Ferreira, vice-presidente de Operações Agroindustriais e Engenharia, diz que há uma mudança de estratégia. A busca será por maior produtividade da cana, mais do que por um crescimento do volume disponível para a moagem. 5
Colheita de cana em Mirante do Paranapanema (SP); Odebrecht prioriza produtividade. A empresa será mais seletiva tanto no plantio como na renovação dos canaviais. Será uma expansão com avaliações de área por área. "Se a área confirmar retorno, poderemos avançar. Do contrário, poderemos até descartá-la", diz Ferreira. "Estamos com 65 toneladas [de cana-de-açúcar] produzidas por hectare na safra 2014/15. Vamos para 70 toneladas em 2015/16 e para 74 toneladas por hectare na safra 2016/17", prevê ele. Essa evolução é reflexo do investimento em novas fronteiras e em novas variedades de cana, além da implementação de novas práticas de plantio, automação agrícola –plantio com GPS em 100% da operação– e formação das equipes, afirma Ferreira. A empresa espera atingir uma produtividade nas novas fronteiras próxima da registrada na região centro-sul. Com 83% da cana moída destinada para a produção de etanol, a Odebrecht Agroindustrial estima atingir 1,85 bilhão de litros desse combustível nesta safra. Já a produção de açúcar deverá ser de 600 mil toneladas. As lavouras disponíveis para a empresa, cuja produção própria de cana é de 80%, deverão terminar esta safra em 445 mil hectares. O objetivo é elevar a oferta de cana de terceiros para 40% nos próximos anos. Avaliando um cenário para o próximo ano, Ferreira diz que a oferta de açúcar fica mais curta, o que deverá favorecer os preços. Quanto ao etanol, ele diz que é essencial a volta da Cide (contribuição sobre combustíveis). "Caso contrário, o setor continuará sofrendo." O governo zerou a alíquota da Cide, inibindo altas na gasolina. Um retorno dessa contribuição elevaria os preços do derivado de petróleo, dando margem maior para reajustes do etanol. A sobrevivência das empresas do setor passa hoje por um olhar com lupa para os custos. Estes vêm tanto da alta dos insumos –fertilizantes, herbicidas e valor das terras– como da mão de obra, que vem sendo corrigida com percentuais acima dos da inflação, afirma Ferreira. A Odebrecht Agroindustrial opera nove usinas nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Não está no foco da empresa novos investimentos industriais, mas apenas os necessários para a manutenção das operações, da segurança dos trabalhadores e da preservação ambiental, afirma Ferreira. Frango Preço sobe para R$ 2,60 nas granjas de SP O preço do frango começou a semana com nova alta em São Paulo. Segundo pesquisa da Folha, o quilo da ave viva foi cotado a R$ 2,60, valor que não era praticado desde outubro do ano passado. Redução na oferta do animal vivo e melhora nas vendas justificam o aumento nos preços. 6
Receita testa sistema para fiscalizar remessas postais do exterior Fonte: Folha de São Paulo Online de BRASÍLIA 08/09/2014 12h 49 A Receita Federal e os Correios iniciam parceria para rastrear com mais rigor a entrada de mercadorias compradas em empresas no exterior pela internet e enviadas via postal. A expectativa é aumentar o número de remessas que terão o imposto devido cobrado. Um novo sistema informatizado, que permitirá que os Correios compartilhem informações com a Receita, será testado em setembro. Por meio dele, a Receita ficará a par da chegada do produto antes mesmo de seu ingresso ao país. A criação desse sistema foi uma resposta ao número crescente de compras feitas em sites no exterior, sobretudo da China, aumento estimulado pelo desenvolvimento do comércio on-line e pelos preços baixos. Em 2013, entraram no Brasil 20,8 milhões de pacotes (entre cartas, produtos e demais remessas), número 44% maior do que no ano anterior. Até então, o Fisco aplicava o imposto de importação sobre uma amostragem das remessas que ingressavam no país. A alíquota é de 60% sobre o valor do produto. Boa parte dos produtos remetidos ao país ficava de fora do radar da Receita. Os compradores no Brasil, portanto, se valiam dessa chance de o produto passar batido pelo Fisco. REFORÇO DE CAIXA Com o sistema integrado, a Receita espera acompanhar o trajeto da mercadoria desde a compra. Para isso, o governo espera contar com a ajuda das empresas, para que elas declarem o valor da venda e demais informações referentes à compra. São isentas de imposto de importação apenas as mercadorias abaixo de US$ 50 enviadas por pessoa física, além de alguns produtos que são desonerados, como livros e medicamentos com receita médica. A expectativa é que, além do aumento do recolhimento de tributos, haja mais agilidade na entrega de remessas do exterior e simplificação do processo para o consumidor. Com a arrecadação de tributos em baixa, acompanhando o ritmo desacelerado da economia, a ampliação da cobrança servirá como um reforço ao caixa do governo. Reportagem da Folha deste sábado aponta que economistas já previam que o superávit primário (poupança feita para o pagamento de juros) de 2014 seria o mais baixo desde, pelo menos, 2002, mas agora esperam resultado ainda menor. A consultoria Tendências manteve sua projeção de superávit primário em 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2014. Mas reduziu, no mês passado, sua expectativa para o chamado superávit primário recorrente de 0,8% para 0,5% do PIB. Essa medida tem sido cada vez mais usada por analistas porque desconta receitas extraordinárias que o governo tem lançado mão para melhorar o balanço fiscal nos últimos anos. O Itaú Unibanco diminuirá, em breve, suas atuais projeções de 1,3% do PIB para o superávit convencional e de 0,6% para o recorrente. O esperado efeito colateral negativo dessa tendência de superávit menor é que a dívida do setor público continue sua recente trajetória de alta.
Acordo comercial com a Índia não acelera exportações para o país Fonte: Folha de São Paulo Online RENATA AGOSTINI de BRASÍLIA09/09/2014 02h 00 Cinco anos depois de firmado, o acordo comercial do Brasil com a Índia, uma das dez maiores economias do mundo, não foi capaz de deslanchar as vendas brasileiras para o país asiático. Desde que o acordo entrou em vigor, em 2009, as exportações para a Índia cresceram apenas nos momentos em que subiram as vendas de petróleo e açúcar, produtos que não fazem parte do acerto entre os países. Juntos, os dois produtos são responsáveis por mais da metade dos embarques brasileiros ao mercado indiano, que somaram US$ 2,5 bilhões de janeiro a julho (é o nono principal destino das exportações). Sem eles, as vendas estão, na verdade, em queda. 7
Até julho deste ano, as exportações de todos os demais produtos somaram US$ 900 milhões. No mesmo período de 2009, antes do acordo, eram de US$ 1,1 bilhão.
O acordo, feito por meio do Mercosul, foi anunciado como a primeira etapa para a criação de uma área de livre-comércio entre o bloco sul-americano e o país asiático. Foi o primeiro acordo comercial do Mercosul a entrar em vigor com um país fora do continente americano. Foi lançado, contudo, de forma bastante tímida, como um acerto de preferência tarifária, no qual os países dão "descontos" na alíquota de importação oferecida, e envolvendo apenas 450 tipos de produto. No total, há quase dez mil no Brasil. Foram incluídos no acerto itens nos quais não havia conflito de interesses. A ideia era que, com o tempo, as negociações seguissem e acréscimos fossem sendo feitos ao documento inicial. Até agora, isso não ocorreu. O governo brasileiro chegou a abrir consulta pública com o setor privado para fazer proposta de ampliação do tratado, mas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), foram identificadas muitas sensibilidades comerciais e, por isso, não houve avanço. OUTROS ACORDOS Se o acerto com a Índia produziu poucos resultados, outras frentes de negociação não prosperaram. De 2009 para cá, o Brasil só conseguiu colocar em vigor um acordo comercial com Israel. O comércio com o país, que já era inexpressivo, pouco avançou. A troca de ofertas para a criação de uma área de livre- comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia (UE), que marcaria a retomada dos acordos internacionais, foi suspensa e não há previsão de nova data. Até acordos que estavam acertados ficaram na geladeira, à espera de definição do governo – após o acerto é preciso o aval do Congresso. É o caso dos tratados com África do Sul, Egito e Palestina. A inércia do Brasil na seara internacional é criticada pela indústria, cujas exportações vêm caindo. "Esses acordos [como os negociada por EUA, Japão e países europeus] vão passar a reger boa parte dos comércio internacional e o Brasil está fora dessa discussão", afirma Thomaz Zanotto, diretor da Fiesp (federação industrial do Estado de São Paulo). Segundo ele, o governo não tem uma política clara de comércio exterior. O Mdic afirmou que o acordo com a Índia possibilitou avanços significativos "para determinados produtos", como interruptores elétricos e motores de indução. Segundo a pasta, o Brasil está "engajado com as negociações Mercosul-UE, com tratativas multilaterais na OMC e diversas outras iniciativas".
Inadimplência do consumidor no Brasil salta 17,2% em agosto Fonte: Folha de São Paulo Online - REUTERS 09/09/2014 09h 40 A inadimplência entre consumidores brasileiros cresceu 17,2% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, a maior alta anual desde junho de 2012, segundo dados da Serasa Experian divulgados nesta terça-feira (9). 8
Em comunicado, os economistas da empresa de informações de crédito afirmaram que o resultado "reflete o cenário conjuntural mais adverso neste ano no tocante à capacidade de pagamento de dívidas por parte dos consumidores", citando inflação mais alta, juros elevados e enfraquecimento do mercado de trabalho. Na comparação com julho, o índice de inadimplência do consumidor ficou praticamente estável em agosto, recuando 0,2% em desempenho atribuído pelo Serasa à menor quantidade de dias úteis no mês, o que reduziu o volume de registros de inadimplência de protestos e cheques sem fundo. No detalhamento por tipo de dívida, apenas as dívidas não bancáriasenvolvendo cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadores de serviço apresentaram variação positiva em agosto ante julho, de 2,9%. As dívidas bancárias, os cheques sem fundo e os títulos protestados tiveram queda de 0,8%, 12,7% e 18,8%, respectivamente, na comparação mensal. Em julho,dados daSerasa Experian indicam alta de 11% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Expectativa de emprego cai a nível mais baixo desde 2009 Fonte: Folha de São Paulo Online 09/09/2014 03h00 A expectativa de emprego no Brasil alcançou seu patamar mais baixo desde o último trimestre de 2009, quando a pesquisa do grupo de recrutamento Manpower começou a ser realizada no país. O índice de expectativa (parcela dos empregadores que pretendem contratar menos os que devem demitir) para o último trimestre deste ano ficou em 7%, com os dados ajustados, permitindo a variação sazonal. Enquanto 14% dos brasileiros entrevistados afirmam que ampliarão seu quadro de funcionários, 9% dizem que dispensarão. O restante deverá manter sua equipe intacta. Pelo quinto trimestre consecutivo, as mais fortes intenções de contratação foram registradas no setor de serviços (19%). A indústria da construção é a mais pessimista (1%). Impulsionados pela agricultura e pela mineração, Paraná e Minas devem ser os Estados com maior alta no número de trabalhadores, o índice de ambos ficou em 13%. A expectativa do Brasil o colocou no 20º lugar na lista dos países mais otimistas (de um total de 42). Índia (46%) e Taiwan (40%) ficaram nas primeiras posições. A Colômbia foi o latinoamericano na melhor colocação, com 18%. A pesquisa do ManpowerGroup (utilizada como fonte de dados pelo Banco da Inglaterra e pela Comissão Europeia) ouviu 65 mil pessoas. Pílula tecnológica A Interplayers, grupo paulista de tecnologia que atua no setor farmacêutico, investirá cerca de R$ 25 milhões na expansão e no desenvolvimento de produtos. O aporte inclui a compra integral da Entire e de 50% do controle acionário da ECS, duas desenvolvedoras de softwares localizadas em Ribeirão Preto (SP) e Porto Alegre, respectivamente. O grupo fornece sistemas para a indústria e também para o varejo farmacêutico. "Nossa plataforma engloba hoje cerca de 50 mil farmácias no país, fazendo a integração com distribuidores e fabricantes", diz o presidente, Arnaldo Sá Filho. Com a compra das duas empresas, o volume de negócios realizados por meio dos sistemas da companhia deverá crescer cerca de 50%, segundo Sá Filho. Além das aquisições, parte do valor será destinada à criação de tecnologias para mais segmentos. "Planejamos a entrada em outras áreas da saúde, como a hospitalar e a veterinária." Os recursos sairão de caixa próprio, ainda de acordo com o empresário. No fim de 2013, a gestora de fundos DLM Invista fez um aporte na empresa e, com isso, passou a ter 25% de 9
participação na Interplayers. 700 é o número aproximado de funcionários da empresa R$ 6 bilhões é o volume anual de transações do setor farmacêutico feitas por meio dos sistemas do grupo Casa própria O grupo FB4, dono da rede de lojas de roupa masculina Mr. Kitsch, abrirá nos próximos anos unidades próprias desuas novas marcas. Em 2015, a ArmyInc, de streetwear, ganhará seu primeiro ponto. No ano seguinte, será a vez da Brand 77, lançada há cerca de sete meses. O grupo tem outras três grifes. Com as marcas diferentes, a empresa procura atingir novos consumidores. Hoje as peças da Army Inc. e da Brand 77 são comercializadas em multimarcas. Ainda faz parte da estratégia de crescimento da empresa um "reposicionamento de preços", de acordo com o presidente da cadeia de lojas, Tiago Torres. "Antes estávamos apenas em uma faixa intermediária. Agora conseguimos oferecer também produtos mais baratos. Há cerca de um ano, criamos uma linha casual da Mr. Kitsch", afirma. Neste ano, o grupo inaugurou 17 lojas. Outras dez estão previstas até dezembro. Para 2015, o número deverá ficar ao redor de 30. Com atuação mais forte no Estado de São Paulo e nas regiões Norte e no Nordeste, a companhia prevê a entrada nos mercados gaúcho, fluminense e brasiliense. R$ 100 milhões foi o faturamento aproximado no ano passado 20% é a alta prevista para 2014 Mudança de hábito John Doddrell, que acaba de deixar o cargo de cônsul-geral britânico em São Paulo, vai se tornar consultor em Londres. Especializado em comércio exterior, ele pretende auxiliar empresas brasileiras a se estabelecerem no Reino Unido e vice-versa. A substituta de Doddrell, JoCrellin, chegará apenas em fevereiro, pois está em licençamaternidade. Será a primeira mulher nesse posto no consulado em pelo menos 30 anos. Richard Turner é o atual cônsul e diretor do UK Trade &Investment no país. Economia cautelosa O índice de confiança do consumidor americano subiu um ponto de agosto a setembro deste ano e chegou a 52,4, segundo levantamento da consultoria Ipsos. A escala vai de 0 a 100 quanto mais alto o valor, melhor o humor e desde janeiro deste ano se mantém entre 50 e 52 pontos. A média histórica é de 49,2. O indicador geral é composto por subíndices de emprego, situação econômica atual, expectativas, investimentos e inflação. O item emprego teve a maior elevação no período (4,4 pontos) e atingiu 63,1. A parcela (20%) que relatou que alguém em seu círculo de familiares ou amigos perdeu o emprego recentemente é uma das mais baixas da série histórica. Apesar da relativa estabilidade na confiança, 13% dos 1.000 entrevistados planejam gastar mais neste ano. Papéis... O estoque de debêntures registradas na Cetip chegou a R$ 648,3 bilhões em agosto deste ano, alta de 14% ante mesmo período de 2013 e um recorde para a companhia. ...em alta Do montante total, R$ 246,5 bilhões respondem a emissões corporativas tradicionais, segundo a depositária de títulos privados de renda fixa.
Balela Fonte: Folha de São Paulo Online Benjamin Steinbruch 09/09/2014 02h00 A indústria cresceu 0,7% de junho para julho. O avanço interrompeu uma sequência de taxas negativas de cinco meses. Nos primeiros sete meses do ano ainda há uma queda de 2,8% na produção. O crescimento da indústria em julho foi uma boa notícia, mas infelizmente não é possível ser muito otimista com o ritmo da atividade econômica. O país entrou em recessão técnica porque nos últimos dois trimestres o PIB (Produto Interno Bruto) teve variação negativa. 10
Várias razões explicam o atual momento de desolação econômica no país. Há fatores adversos externos e até políticos influenciando o ambiente, mas existe um que é fundamental: o crédito. Convido o leitor a observar o que vem acontecendo com o custo do crédito no país. De junho para julho, os juros médios para as famílias, em empréstimos com recursos livres das instituições financeiras, aumentaram de 43% ao ano para 43,2% ao ano. Foi o sétimo aumento mensal consecutivo e a taxa atingiu o maior nível desde março de 2011. Doze meses atrás, essa taxa média era de 36%, mais de sete pontos percentuais inferior à atual. Infelizmente, já nos acostumamos com os juros cobrados no Brasil. Consideramos normal uma taxa básica de 11% ao ano com o país em recessão, assim como também consideramos normal que um empréstimo na linha de crédito pessoal (não consignado) custe 101,4% ao ano, cerca de 6% ao mês, segundo dados do Banco Central. E essa é a taxa média, o que significa que muitas instituições financeiras cobram juros bem maiores do que esse. Consideramos normal, ainda, que os juros do cheque especial da pessoa física sejam, em média, de 172,4% ao ano (8,6% ao mês). Qualquer pessoa sã tem de admitir que esses números são escandalosos. Citei acima os exemplos mais absurdos. Poderia, se quisesse aborrecer ainda mais o leitor com números, citar muitas outras linhas de financiamento que envergonham o país muito mais que a derrota por 7 a 1 contra a Alemanha. Não digo isso por moralismo. Digo porque o crédito é um forte impulsionador da economia e, se ele é caríssimo, como é o caso do Brasil, não tem como crescer, por desinteresse dos tomadores. É uma balela a história de que o estímulo ao consumo se esgotou como fórmula de ativar a economia e que, agora, a atividade só pode crescer estimulada por investimentos. Os investimentos públicos, principalmente em infraestrutura, dependem só da vontade e da capacidade financeira dos governos e podem criar demanda ampla nas cadeias produtivas, embora sejam a menor parcela dos investimentos no país. O empresário comum, porém, vive da venda de seus produtos e serviços. Se ele está vendo crescer os estoques e constata excesso de capacidade de produção, por que razão iria investir? Para aumentar sua capacidade ociosa ou para perder ainda mais dinheiro com o carregamento de estoques? A única razão que o levaria a investir seria a crença de que no futuro próximo haverá retomada do ritmo de crescimento econômico. Aí, então, estamos falando de confiança, cujo índice anda naturalmente muito baixo. Pouco se pode esperar em matéria de alteração desse cenário antes das eleições presidenciais e da posse do novo governo. Seja quem for o eleito, porém, terá de aproveitar o primeiro ano de mandato e a credibilidade adquirida no pleito para fazer as reformas que o país precisa. São as reformas de sempre, que todos sabem de cor: política, fiscal, trabalhista. Além das reformas, porém, será necessário tomar medidas imediatas e corajosas para baixar os juros, desvalorizar o real e começar a injetar, desde logo, competitividade na economia. A indústria em especial espera ansiosamente por isso. Está abandonada e é doente quase terminal, atacada há longos anos pelos males da desindustrialização. Nos últimos 25 anos, a participação do setor industrial no PIB do país caiu de 25% para 12,5%. Felizmente, apesar da estagnação e agora da recessão técnica, o Brasil não tem convulsões sociais, até porque ainda vive uma situação boa do emprego muitos países, especialmente na Europa, enfrentam seguidos períodos de recessão e altos índices de desemprego. Nosso problema é a perspectiva, que precisa melhorar com urgência, antes que comece o processo de desemprego, que desagrega famílias e provoca perigosas perturbações na sociedade como um todo.
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Aneel aprova aumento médio de 21% de tarifas de energia em Goiás Fonte: Folha de São Paulo Online - REUTERS 09/09/2014 11h 05 A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (9) reajuste médio de 21,64% nas tarifas de energia da distribuidora Celg, de Goiás, a ser aplicado a partir de 12 de setembro. Para os clientes que recebem energia em baixa tensão, como as residências, o reajuste será de 19,85%, enquanto os de alta tensão, como as indústrias, pagarão 24,97% a mais. No fim do mês passado, o Conselho de Administração da Eletrobras aprovou a aquisição do controle da empresa goiana. A operação, que envolve a aquisição de 51% das ações ordinárias da Celg por cerca de R$ 59,5 milhões, ainda precisa ser ratificada em Assembleia Geral de Acionistas da Eletrobras, já marcada para o dia 26 de setembro. Veja, abaixo, outros reajustes já autorizados pela Aneel neste ano. SUDESTE SÃO PAULO Eletropaulo 6,7 milhões de residências, escritórios e indústrias em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital 18,06% para residências 19,93% para indústrias Bragantina 122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais) 14,98% para residências 14,43% para indústria Vale Paranapanema 167 mil unidades de consumo, em 27 municípios (região de Assis) 18,98% para residências 21,31% para indústria CNEE (Companhia Nacional de Energia Elétrica) mil unidades de consumo, em 15 municípios (região de Novo Horizonte e Catanduva) 16,93% para residências 16,64% para indústrias Caiuá-D (Caiuá Distribuição de Energia) 230 mil unidades de consumo, em 24 municípios (região de Presidente Prudente) 14,42% para residências 13,39% para indústrias Elektro 2,4 milhões de clientes em 228 cidades no interior de São Paulo e cinco no interior do Mato Grosso do Sul. 35,97% para residências 41,79% para indústrias MINAS GERAIS Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) 18,2 milhões de clientes, em 774 municípios 14,24% para residências 12,41% para indústria Bragantina 122 mil unidades de consumo, 15 municípios (5 na região de Bragança Paulista, SP, e 10 em Minas Gerais) 14,98% para residências 14,43% para indústria 12
Energisa Minas Gerais 407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro 5,8% para residências 3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão RIO DE JANEIRO Energisa Minas Gerais 407 mil residências em 66 municípios de Minas e do Rio de Janeiro 5,8% para residências 3,75% para indústrias e consumidores de alta tensão Energisa Nova Friburgo 96 mil residências e comércios no município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro 13,66% para residências 7,94% para indústrias e consumidores de alta tensão Escelsa 1,4 milhão de consumidores 24,7% para residências 21,9% para indústrias e consumidores de alta tensão SUL RIO GRANDE DO SUL AES Sul 1,2 milhões de clientes, em 118 municípios 28,99% para residências ESPÍRITO SANTO 30,29% para indústria PARANÁ Copel 4,22 milhões de clientes, em 396 municípios (3 deles apenas na área rural) 23,89% para residências 26,28% para indústrias Cocel Município de Campo Largo 42,02%, em média SANTA CATARINA Celesc 2,6 milhões de unidades consumidoras 22,7% para residências 22,4% para grandes consumidores Iguaçu Energia 32 mil consumidores do oeste de Santa Catarina 5,86% para residências 5,75% para grandes consumidores NORDESTE PERNAMBUCO Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) 3,2 milhões de clientes, em todos os municípios pernambucanos 17,69% para residências 17,86 para indústrias SERGIPE Energisa Sergipe 630 mil clientes, em 63 municípios 12,17% para residências 11,31% para indústrias 13
CEARÁ Coelce (Companhia Energética do Ceará) Mais de 3 milhões de clientes, em 184 municípios 17,02% para residências 16,16% para indústrias BAHIA Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) 5,3 milhões de clientes, em 415 municípios 14,82% para residências 16,04% para indústrias RIO GRANDE DO NORTE Cosern (Companhia Elétrica do Estado do Rio Grande do Norte) Mais de 1,2 milhão de clientes, em 167 municípios 11,40% para residências 15,78% para indústrias PIAUÍ Cepisa 1,1 milhão de unidades consumidoras em 224 cidades 24,93% para residências 29,14% para indústrias ALAGOAS Eletrobras Distribuição Alagoas 1 milhão de unidades consumidoras, em 102 municípios 30,02% para residências 37,08% para indústrias MARANHÃO Cemar 1,8 milhão de clientes, em 217 municípios 24,11% para residências 24,16% para indústrias PARAÍBA Energisa 1,3 milhão de unidades consumidoras, em 216 municípios da Paraíba. 21,43% para residências 22,75% para residências CENTRO-OESTE GOIÁS Celg 2,6 milhões de consumidores, em 237 municípios de Goiás. 19,85% para residências 24,97% para indústrias MATO GROSSO DO SUL Enersul 909 mil unidades de consumo, em pelo menos 10 municípios 9,4% para residências 14,11% para indústrias Elektro 2,4 milhões de clientes, em 228 cidades no interior de São Paulo e cinco no interior do Mato Grosso do Sul 35,97% para residências 41,79% para indústrias DISTRITO FEDERAL 14
CEB 960 mil consumidores 18,38% para residências 19,9% para comércio e indústria NORTE TOCANTINS Celtins 574 mil residências, empresas e indústrias do Tocantins 10,98% nas tarifas dos consumidores residenciais 10,43% para industriais PARÁ Celpa 1,9 milhão de consumidores 34,3% para residências 36,4% para indústrias Jari Celulose 2,5 mil consumidores próximos à sua unidade de produção no interior do Pará 5,75% de reajuste
Reino Unido estuda primeiro aumento nos juros do período póscrise Fonte: Folha de São Paulo Online - REUTERS 09/09/2014 10h 11 A primeira elevação na taxa de juros do Reino Unido desde a crise financeira de 2008 se aproxima, mas o mercado de trabalho ainda está em processo de recuperação, afirmou nesta terça-feira (9) o presidente do banco central britânico, Mark Carney. "Com muitas das condições para a normalização da economia agora alcançadas, o momento no qual as taxas de juros também começam a ser normalizadas está se aproximando", disse Carney em um discurso para representantes de sindicatos. "Não temos um curso predefinido, no entanto; o momento dependerá dos dados", explicou o presidente do banco central do Reino Unido. Durante o discurso, Carney mencionou que o ritmo do crescimento dos salários no país tem sido muito fraco –a leitura mais recente mostrou que os rendimentos dos britânicos caíram na comparação anual. Entretanto, o presidente do banco central acredita que isso reflete o salto no número de pessoas em busca de emprego, além de estar otimista de que os salários tendem a crescer nos próximos meses. ZONA DO EURO O BCE (Banco Central Europeu) cortou as taxas de juros para mínimas recordes na quinta-feira (4). A medida reduziu os custos de empréstimo para perto de zero em uma tentativa de elevar a inflação e sustentar a economia da zona do euro. A principal taxa de refinanciamento foi reduzida para 0,05%, contra 0,15% anteriormente. Os juros sobredepósitos overnight ficou ainda mais negativa. Agora, o BCE cobra 0,20% dos bancos para deixarem fundos na instituição. Os juros mais baixos vão tornar a futura oferta de empréstimos de quatro anos do BCE, ou operações de refinanciamento de longo prazo direcionadas (TLTROs, na sigla em inglês), mais atrativas, uma vez que bancos podem agora conseguir os recursos a taxas mais baratas. Porém, com os empréstimos ainda debilitados, o impacto mais amplo pode ser duvidoso.
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