11 de novembro de 2014

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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 11 DE NOVEMBRO DE 2014

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Safra de grãos pode atingir 200 milhões de toneladas Fonte Portal Economia SC 11 de novembro de 2014 às 08h 31 A estimativa da intenção de plantio para a safra 2014/2015 estabeleceu um intervalo entre 194,4 e 200 milhões de toneladas, com uma variação de menos 0,1 a 2,7%. Os números representam uma variação de menos 266,51 mil a 5,31 milhões de toneladas a mais, quando comparado às 194,7 milhões de toneladas da safra 2013/2014. O resultado foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira, dia 11. A cultura da soja continua apresentando crescimento na produção, mesmo em face do quadro internacional de super oferta de grãos. A evolução da oleaginosa é de 3,7 a 6,5% ou o equivalente a um aumento de 3,22 a 5,62 milhões de toneladas. As mudanças de clima e os efeitos fitossanitários podem levar a alterações na produtividade ao longo da evolução das culturas nesta fase indefinida de plantio. O plantio deve ocupar uma área que pode variar entre 56,67 a 58,16 milhões de hectares, com um intervalo de menos 0,5 a 2,1% a mais em relação à safra passada que totalizou 56,96 milhões de hectares. Com relação à soja, pode haver um crescimento de 2,3 a 5,1% ou o que equivale a 705,1 e 1.525 mil hectares. A pesquisa de campo foi feita pela Conab do dia 19 a 29 de outubro, com informações colhidas junto a parceiros como agrônomos, técnicos, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros/comerciais e revendedores de insumos.

SC registra aumento de 5,80% nos emplacamentos Fonte Portal Economia SC 11 de novembro de 2014 às 09h 00 As vendas de veículos em Santa Catarina subiram 5,80% em outubro, comparativamente ao volume de setembro. Em relação a outubro de 2013, houve uma pequena queda 7,14%. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Fenabrave-SC), entidade que representa 680 concessionárias de veículos. No total, 22.962 unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram emplacadas em outubro deste ano no estado. Santa Catarina teve o dobro do incremento de vendas do país, os números do Brasil demonstram um crescimento de 2,70% em relação ao mês anterior. Entre janeiro e outubro, as vendas somaram 202.750 veículos, o que representa uma queda de 8,35% em comparação ao acumulado de 2013. A frota circulante em Santa Catarina soma, hoje, 4.361.939 veículos, sendo que a maioria é de automóveis leves, em um total de 2.519.120. No segmento de carros de passeio e utilitários leves, houve um crescimento de 3,63% nas vendas de outubro, comparativamente a setembro deste ano. Segundo o levantamento da Fenabrave, 16.340 carros foram licenciados em setembro. Quanto ao segmento de motos, as vendas aumentaram 7,11% em outubro, em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o mercado de motocicletas mostra queda de 5,63% em 2


relação à soma dos meses de janeiro a outubro de 2013, com 38.287 unidades licenciadas desde janeiro. Entre as regiões do estado, destaque para as vendas de veículos da região Oeste. Foram emplacados 9,44% a mais em outubro do que em setembro deste ano, num total de 4.079 contra 3.727. Mas em relação ao total de emplacamentos de veículos no acumulado de um ano para o outro, a região registrou queda de 9,11%. A região da Grande Florianópolis vem na sequência, com um crescimento de 8,25% de vendas em relação ao mês anterior. Foram emplacados 4.737 veículos em outubro deste ano, contra 4.376 em setembro. A queda se deu na venda total de veículos deste ano, em comparação ao acumulado de 2013, que diminuiu 8,37%. Na terceira posição de crescimento está o Vale do Itajaí. A região apresentou 6,64% de crescimento nas vendas, ao comparar o mês anterior, sendo 5.861 contra 5.496 unidades. O total acumulado de emplacamentos de veículos deste ano teve queda de 7,65%, se comparado ao acumulado do ano anterior. Na Região Sul, o crescimento foi de 5,43% nas vendas de veículos de outubro, em comparação a setembro deste ano. Num total de 3.416 unidades, contra 3.240 de setembro. Totalizando 30.566 unidades no acumulado deste ano. A Região Norte vem em quinta posição, com um crescimento de 1,21% em relação a setembro. Foram 3.938 veículos, contra 3.891. Em relação ao acumulado do ano, houve queda de 7,35% em relação a soma total ano anterior. No Planalto Serrano o resultado foi negativo. Houve queda de 4,32% em relação ao mês anterior, com 931 unidades, contra 973. No total de emplacamentos, foram 8.912 veículos em 2014.

BMW inicia produção do X1 nacional em Araquari Fonte Portal Economia SC 10 de novembro de 2014 às 17h 54 O BMW Group Brasil iniciou a produção do modelo BMW X1 na nova fábrica sulamericana de automóveis do grupo instalada em Araquari, nesta segunda-feira, dia 10. Este é o segundo modelo a ser fabricado na linha de produção nacional da montadora alemã, pouco mais de um mês após o início da produção na unidade fabril e a montagem do primeiro BMW Série 3 no Brasil. Até o fim de 2015, quando a fábrica terá suas atividades de soldagem e pintura plenamente operantes, também serão produzidos localmente os modelos BMW Série 1, BMW X3 e MINI Countryman. Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 500 mil metros quadrados de área pavimentada, a nova fábrica da BMW é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países. Com investimento de mais de R$ 600 milhões, a unidade em Araquari terá capacidade para produzir até 32 mil carros por ano. A fábrica prevê a contratação de 1.300 profissionais. Até o momento, cerca de 530 colaboradores já foram admitidos – e a geração de 2.500 vagas indiretas, incluindo fornecedores, parceiros de negócios e novos concessionários. “Estamos bastante confiantes de que a nova fábrica terá um papel fundamental no crescimento do BMW Group no Brasil e o início da produção nacional de um dos modelos mais vendidos da BMW é mais um marco na história da companhia no mercado brasileiro. Daremos andamento a nossa estratégia de investimento no País”, afirmou Arturo Piñeiro, presidente e CEO do BMW Group Brasil. 3


“O início da produção do BMW X1 em território nacional é mais uma conquista que atingimos com o trabalho que estamos realizando na fábrica, sempre seguindo à risca o cronograma previsto e respeitando os padrões de qualidade e tecnologia da empresa em todo o mundo”, complementa Gerald Degen, vice-presidente sênior do BMW Group Brasil responsável pela fábrica. O BMW X1 produzido no Brasil será comercializado em toda a rede de concessionárias da marca a partir do 1º trimestre de 2015, nas versões X1sDrive20i, X1sDrive20i GP e X1sDrive20i GP Teto (todas equipadas com a tecnologia ActiveFlex).

O renascimento do dólar Fonte Jornal Valor Econômico Mohamed A. El-Erian 11/11/2014 às 05h 00 O dólar americano está em movimento. Só nos últimos quatro meses, ele avançou mais de 7%, comparativamente a uma cesta de mais de doze moedas mundiais, e ainda mais em relação ao euro e ao iene japonês. Essa alta do dólar, resultante do verdadeiro progresso econômico e de desdobramentos divergentes de política pública, poderia contribuir para o "rebalanceamento" que há muito falta à economia mundial. Mas esse resultado está longe de estar garantido, principalmente em vista dos riscos associados à instabilidade financeira. Dois fatores principais agem atualmente em favor do dólar, especialmente se comparados ao euro e ao iene. Em primeiro lugar, os Estados Unidos têm registrado desempenho sistematicamente melhor que o da Europa e do Japão em termos de crescimento e dinamismo econômico - e provavelmente continuarão registrando -, não apenas devido à flexibilidade e à energia empreendedora de sua economia como também à sua ação mais decisiva de política pública assumida desde o início da crise financeira mundial. Em segundo lugar, após um período de alinhamento, as políticas monetárias dessas três economias grandes e sistemicamente importantes estão divergindo, o que leva a economia mundial a variar de uma trajetória de múltiplas velocidades para uma trajetória de múltiplas faixas. De fato, enquanto o Federal Reserve dos EUA pôs fim a suas compras de grande escala de títulos, conhecidas como "afrouxamento quantitativo", no mês passado, o Bank do Japão e o Banco Central Europeu anunciaram recentemente a expansão de seus programas de estímulo monetário. Na verdade, o presidente do BCE, Mario Draghi, sinalizou a disposição de expandir o balanço de sua instituição em nada menos que € 1 trilhão (US$ 1,25 trilhão). Com a atração exercida pelo aumento das taxas de juros do mercado americano a mais ingressos de capital, e com seu efeito de puxar o valor do dólar para níveis ainda mais elevados, a reavaliação da moeda pareceria ser exatamente o necessário para catalisar um há muito esperado rebalanceamento mundial - que promova um crescimento mais sólido e mitigue o risco de deflação na Europa e no Japão. Especificamente, um dólar em valorização melhora a competitividade dos preços das empresas europeias e japonesas nos EUA e em outros mercados, ao mesmo tempo em que modera parte da pressão deflacionária estrutural das economias mais atrasadas no processo, ao promover o aumento dos preços dos importados. Mas os benefícios decorrentes da alta do dólar estão longe de estar garantidos, por motivos tanto econômicos quanto financeiros. Embora a economia dos EUA tenha maior poder de superação e mais agilidade que as de seus congêneres desenvolvidos, ela ainda não está suficientemente robusta para conseguir se ajustar sem problemas a um deslocamento significativo da demanda externa para outros países. Há também o risco, em vista do papel do BCE e do Banco do Japão na modelagem do desempenho de suas moedas, de que esse deslocamento possa ser caracterizado como uma "guerra cambial" pelo Congresso americano, o que desencadearia uma reação retaliatória de sua política de governo. 4


Além disso, variações do câmbio grandes e repentinas tendem a se traduzir em instabilidade do mercado financeiro. Certamente esse risco era mais agudo quando um número maior de moedas de economias emergentes era atrelado ao dólar americano, o que implicava que uma mudança significativa do valor do dólar enfraqueceria a posição do balanço de pagamentos de outros países e corroeria suas reservas internacionais, minando a solidez de seu perfil de crédito. Atualmente, muitos desses países adotaram regimes cambiais mais flexíveis e poucos possuem reservas adequadas. Mas uma nova questão corre o risco de introduzir um resultado igualmente problemático: ao reprimir reiteradamente a volatilidade do mercado financeiro nos últimos anos, as políticas dos bancos centrais inadvertidamente estimularam a que se assumissem riscos excessivos, o que puxou muitos preços de ativos financeiros para níveis mais elevados do que o justificado pelos fundamentos econômicos. Na medida que a persistência da volatilidade do mercado de câmbio contaminar outros mercados, o imperativo do fortalecimento dos fundamentos econômicos necessários para validar os preços dos ativos vai se intensificar. Não pretendo com isso dizer que o realinhamento cambial atualmente em curso seja um desdobramento necessariamente problemático; ao contrário, ele tem o potencial de impulsionar a economia mundial, ao sustentar a recuperação de alguns de seus componentes mais postos à prova. Mas a única maneira de aproveitar os benefícios do realinhamento, sem passar por graves episódios de turbulência econômica e volatilidade do mercado, é introduzir ajustes complementares de política pública voltados para a ampliação do crescimento, como a aceleração das reformas estruturais, o balanceamento da demanda agregada e a redução ou eliminação dos excessos de endividamento. Afinal, o crescimento mundial, em seu nível atual, não basta para o bom funcionamento da redistribuição entre os países. O PIB mundial total precisa aumentar. O renascimento do dólar americano, embora promissor, é apenas um primeiro passo. Cabe aos governos assegurar que o atual realinhamento cambial apoie uma recuperação econômica equilibrada, estável e sustentável. Caso contrário, eles poderão se ver novamente às voltas com a desagradável tarefa de mitigar a instabilidade financeira.(Tradução de Rachel Warszawski)

Qual é o dever de casa? Fonte Jornal O Estado de São Paulo CELSO MING10 Novembro 2014 21h 00 A presidente Dilma tinha um plano claro de como ganhar as eleições, mas até agora não disse ou não sabe como atacar o problema imediato da economia, a estagnação A presidente Dilma tinha um plano claro de como ganhar as eleições, mas até agora não disse ou não sabe como atacar o problema imediato da economia, a estagnação. O máximo que avançou foi avisar que fará “o dever de casa”, como declarou na entrevista que deu à Imprensa na última quinta-feira. Não é preciso ser Ph.D. em Economia para entender que a estagnação é um multiplicador de deformações. Sem crescimento econômico, não há aumento da arrecadação e, sem esse aumento, todas as encrencas se agravam: as contas públicas entram em parafuso, como acontece agora, e o investimento é adiado. Também em consequência da prostração, a oferta de mercadorias e serviços fica muito para trás do consumo, as importações são pressionadas para suprir a falta de produção interna e o rombo das contas externas tende a alargar-se. Tudo isso derruba ainda mais a confiança. E o enorme círculo vicioso gira com mais força. Não é apenas a presidente Dilma que não consegue avançar o que pretende. O desencontro do que vêm dizendo as autoridades também sugere que o governo ainda não sabe o que atacar primeiro. Como foi observado na Coluna de sexta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, pedem reforço da política anticíclica. Isso, na prática, prevê aumento das despesas públicas com o objetivo de criar mais demanda e, 5


por tabela, mais produção. É a política que passaria pelo agravamento das contas públicas e pelo aumento da dívida. Além disso, tem tudo para tornar inexorável a perda do grau de investimento dos títulos do Tesouro, fator que pioraria tudo. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse o contrário. Avisou que a nova estratégia seria a de garantir mais superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida), política que implicaria o contra-ataque aos focos de hemorragia das finanças públicas, como o estouro dos benefícios com pensão e com seguro-desemprego e a larga concessão de subsídios de crédito pelo BNDES. Não deixou claro como isso se faria nem se seriam providências suficientes para reequilibrar as contas públicas. Em todo o caso, acenam para a direção correta a seguir. A proposta do ministro Mercadante está descolada da realidade, como tantas posições assumidas por ele no passado. Dentro do PT foi, por exemplo, um dos esteios do Plano Collor, porque entendeu que o sequestro da poupança e o congelamento dos depósitos nas contas correntes eram a melhor forma de descarregar o ajuste sobre os mais ricos. Também se notabilizou por abrir fogo contra o Plano Real, não por respeitáveis objeções técnicas ou ideológicas, mas porque, na ocasião, a estabilização monetária tiraria, como tirou, votos do PT. Agora, Mercadante prega o reforço da política anticíclica, como se houvesse espaço no Tesouro para novas aventuras. Em todo o caso, a insistência em políticas que fracassaram neste primeiro mandato e as divergências que pipocam por aí são indício de que o governo ainda está à procura da direção a seguir. Pode-se até mesmo perguntar se a presidente Dilma está mesmo convencida de que existam problemas à espera de solução. Ao longo dos últimos meses, pelo menos, insistiu em que não há nada de especialmente errado na economia e que não há o que mudar, a ponto de justificar um dever de casa a cumprir. Resultado negativo: A primeira semana de novembro apresentou um déficit de US$ 747 milhões. O desempenho das exportações segue fraco e não dá sinais de recuperação. Nesta segunda-feira, a Pesquisa Focus do Banco Central apontou para um recuo de US$ 2 bilhões para US$ 1 bilhão no superávit previsto pelo mercado. Nas próximas semanas, esse superávit tende a cair.

Boas práticas são fundamentais no combate à corrupção Fonte Jornal O Estado de São Paulo 11 de novembro de 2014 07h 00 Pesquisa recente do Instituto dos Auditores Internos (IIA Global, na sigla em inglês) aponta que em 2015 aumentará o porcentual de trabalhos relacionados à governança corporativa. Este é mais um nicho em que a auditoria interna pode mostrar seu valor aos mais diversos públicos que se relacionam com as organizações. Os processos de que tratam esse campo de atuação têm um papel fundamental para ajudar as organizações a se estruturarem e a protegerem seus acionistas e executivos. A auditoria interna deve compreender a atitude e a tolerância do conselho de administração e da gestão executiva para riscos de suborno e de corrupção, avaliar se essa atitude é suficientemente restritiva e não motivada dentro da empresa, e validar se essa atitude tem sido devidamente comunicada em toda a organização. Como tal, a auditoria interna deve examinar a estrutura de governança e as responsabilidades de fiscalização e supervisão relacionados com programas antisuborno e anticorrupção. Aqueles que acham que a Lei 12.846/2014, conhecida como Lei Anticorrupção, é assunto exclusivo dos departamentos jurídicos cometem um grande engano. 6


A Lei Anticorrupção entrou em vigor no final de julho, após seis meses de sua publicação. Ela vem para acompanhar a tendência internacional, na qual não apenas se vê aumentado os convênios entre países no que diz respeito ao intercâmbio de informações sobre corrupção e lavagem de dinheiro (o Brasil ratificou em 2005 a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção) como também a aplicação de leis específicas, como o ato contra práticas de corrupção estrangeiras dos Estados Unidos (FCPA) e o ato anticorrupção do Reino Unido (UK Bribery Act). Existem leis específicas também na China, Rússia, Canadá, Chile e Colômbia. A lei brasileira é ampla: aplica-se a quaisquer sociedades empresárias e sociedades simples, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado; fundações, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, independentemente do tamanho da operação (aplicase, por exemplo, apenas a uma empresa que só possua departamento comercial no Brasil ou que tenha uma operação temporária relacionada às Olimpíadas). E, além de ampla, é severa: a multa pode chegar a 20% do faturamento bruto ou 60 milhões de reais caso não se possa determinar o valor do faturamento. Além disso, exige, entre outros, a publicação de extrato da sentença em meios de comunicação de grande circulação, e inscreve a organização no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP), incluindo razão social, tipo de sanção aplicada, data de aplicação e vigência. Na aplicação das sanções são levados em consideração como fatores atenuantes a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria interna e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica. Na prática, isto significa ter um robusto programa de compliance (cumprimento de regras), que compreenda, ainda que não exclusivamente: objetivos claros, independência, direito de acesso à informações, autoridade e responsabilidades, comunicação com reguladores, reportes periódicos ao comitê de auditoria e/ou ao conselho de administração e metodologia baseada em riscos. E é aí que a auditoria interna tem um papel fundamental: ajudando as organizações a estarem aderentes à Lei, não apenas auxiliando na estruturação da governança (resguardando obviamente sua independência) como também na revisão de seus processos.

Queda na produção de energia eólica e de biomassa pressiona setor elétrico FONTE RENÉE PEREIRA JORNAL O ESTADO DE S. PAULO 10 Novembro 2014 21h 39 A delicada situação dos reservatórios das hidrelétricas pode piorar. Apesar de o armazenamento estar no menor nível desde o racionamento, as usinas serão muito requisitadas nos próximos meses para suportar o aumento do consumo no verão. Desde que começou o período seco, em abril, o sistema tem sido reforçado pela produção das térmicas movidas a biomassa e das usinas eólicas, que vêm ganhando cada vez mais espaço na matriz elétrica brasileira. Mas com o início da entressafra da cana e período de ventos mais fracos no Nordeste, essa contribuição vai diminuir nos próximos meses ao mesmo tempo que o consumo subirá com o calor. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), compilados pela comercializadora de energia Comerc, mostram que a geração menor dessas fontes aliada à demanda mais forte provocará um buraco de 9.241 megawatts (MW) médios em janeiro, que terão de ser supridos por hidrelétricas e termoelétricas.

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O impacto maior será provocado pela queda na produção da energia de biomassa que desde maio tem gerado acima de 3 mil MW médios. Esse volume deve cair para 400 MW médios em janeiro, segundo a Comerc. A eólica seguirá o mesmo ritmo. Nos últimos dias, as usinas a vento geraram 4% da energia do sistema - acima do volume de Angra 1 e 2 -, número expressivo para uma fonte que até bem pouco tempo era irrelevante na matriz elétrica. Segundo dados da Comerc, a produção das eólicas deve cair pela metade, para cerca de 1 mil MW médios. “Essa energia que não será produzida pelas eólicas e pela biomassa terá de ser gerada pelas hidrelétricas e pelas térmicas para suportar o aumento de consumo”, diz o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. O problema, diz, é que o nível dos reservatórios está caindo rápido. Só nos primeiros dias de novembro, o armazenamento das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste caiu 1,3 ponto porcentual, para 17,4%. Térmicas. Apesar de o País ter 22 mil MW de capacidade instalada de energia térmica (incluindo as nucleares), apenas 17 mil MW estão disponíveis, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Mas, por uma série de problemas, nem isso tem sido verificado no dia a dia. Pelos relatórios do ONS, entre o dia 20 de outubro e 6 de novembro, a participação da energia térmica variou de 21,35% a 25,35% do total. No caso das hidrelétricas, a participação voltou a subir nas últimas semanas, para até 61% do total. Pior: no Sudeste/Centro-Oeste, a produção de energia hídrica aumentou, apesar de algumas usinas estarem com menos de 10% de armazenamento. Na última semana ficou acima dos 20 mil MW médios - cerca de 1 mil MW médios acima das semanas anteriores. Isso significa menos água nos reservatórios. Recentemente, um representante da área de geração, preocupado com a queda na produção das hidrelétricas e com o aumento dos prejuízos, questionou o ONS se as hidrelétricas seriam poupadas para recuperar os reservatórios em dezembro. A resposta foi não, que elas teriam de manter a produção. Outro técnico destacou que quem terá de segurar o sistema são as hidrelétricas e térmicas. “Eólicas, biomassa e PCHs são fontes alternativas e não podemos contar sempre com elas. Mas elas deram uma boa contribuição”, destacou ele, que prefere não se identificar. Além de não ter essa ajuda, o governo terá de contar com atrasos na entrada em operação de usinas previstas para novembro e dezembro. Pelo menos, sete empreendimentos tiveram seus cronogramas estendidos em um mês. Embora sejam usinas pequenas, na atual situação de escassez, qualquer megawatt pode fazer a diferença. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva, diz que a situação não é confortável. Se em janeiro e fevereiro, a operação já foi complicada por causa do aumento do consumo devido ao calor, agora o problema é maior, pois o nível dos reservatórios está bem mais baixo. E, quanto menor é nível do reservatório, menor o rendimento da usina, que gasta mais água para produzir a mesma quantidade de energia elétrica. Para Nivalde Castro, professor da UFRJ, além de torcer pelas chuvas, que por enquanto não convenceram, uma saída seria fazer um programa para a população economizar energia. A adoção das bandeiras tarifárias, a partir de janeiro, ajudará a controlar o consumo. O sistema vai repassar mensalmente para o consumidor o custo da geração.

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Projeto que altera Lei das Diretrizes Orçamentárias vai para Congresso Fonte Jornal Valor Econômico Mônica Izaguirre 11/11/2014 às 08h 33 BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff já encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei para tentar evitar o descumprimento da meta de superávit primário definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 para as contas do governo central. O Planalto ainda não disponibilizou o texto, o que deve fazer ao longo do dia, mas um despacho presidencial publicado no “Diário Oficial da União” desta terça-feira (11) informa que ele já seguiu para o Poder Legislativo, onde a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, será questionada hoje sobre a situação fiscal da União, em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. Com início previsto para as 15 horas, a audiência foi marcada para que a ministra responda sobre o orçamento para 2015. Mas ela certamente será questionada também sobre as contas de 2014, ano em que o governo não conseguirá economizar, em receitas primárias, o valor mínimo determinado pela versão original da LDO para este ano, aprovada em 2013. O projeto que acaba de chegar ao Congresso visa justamente a alterar a LDO 2014, flexibilizando ainda mais a meta de superávit primário, ou seja, a meta para a diferença positiva entre receitas e despesas primárias, conceito que exclui as financeiras, dos dois lados, como juros sobre ativos e dívidas. Pela versão em vigor da LDO, essa diferença deveria alcançar no mínimo R$ 49,07 bilhões este ano no âmbito do governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social), na hipótese de se utilizar todo o abatimento previsto para a “meta cheia”, fixada na mesma lei em R$ 116,07 bilhões. Porém, nos nove primeiros meses do ano, o governo da União não só não registrou superávit como ainda gerou déficit primário, em torno de R$ 15,7 bilhões. Com esse rombo nas contas até setembro, para cumprir a meta prevista na versão original da LDO 2014, o governo teria que fazer um superávit de pelo menos R$ 64,77 bilhões num curtíssimo espaço de três meses até dezembro, missão impossível. Diante da impossibilidade consumada, restou apelar ao Congresso para mudar a LDO, enviando projeto de lei nesse sentido, na tentativa de evitar descumprimento da meta. Considerando o abatimento que o governo se propunha a fazer, inferior ao da lei, a meta estaria ainda mais distante de ser atingida, pois seria de R$ 80,8 bilhões. O projeto de lei ainda não disponibilizado não necessariamente mexe na “meta cheia” da LDO, pois o governo vinha cogitando mais rever o abatimento, seja o valor, seja na regra em si de desconto. A atual versão da lei permite que o valor cheio da meta seja reduzido em até R$ 67 bilhões, caindo R$ 116,07 bilhões para R$ 49,07 bilhões, condicionando esse abatimento à execução de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Limite de subsídios para voos está mantido em aviação regional Fonte Jornal Valor Econômico Vandson Lima, Lucas Marchesini e Eduardo Campos 11/11/2014 às 12h21 BRASÍLIA - Ante a possibilidade de a companhia aérea Azul cancelar encomendas junto a Embraer por causa de uma alteração feita na Medida Provisória 652/2014, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) aceitou voltar atrás e manter o texto original enviado pelo Executivo na proposta que prevê a subvenção a ser oferecida pelo governo sobre as passagens aéreas em voos com origem ou destino em aeroportos regionais. 9


Depois de reunião no gabinete da liderança do governo no Senado, da qual participaram representantes dos ministérios da Fazenda, da Aviação Civil e parlamentares, ficou decidida a manutenção dos subsídios para metade dos assentos disponíveis em um avião, mas no limite de até 60 passagens por voo. Flexa havia retirado do texto a ser votado essa limitação de 60 assentos. Segundo o parlamentar, dessa forma não haveria privilégios para uma determinada fabricante de avião ou uma determinada companhia aérea. "Chegamos a um acordo e votaremos hoje, às 14h30, o relatório na comissão Mista. Mantivemos os 50% de assentos até 60 lugares, como o governo queria, mas aumentamos o percentual do uso do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) para 30%", informou o relator. A mudança, segundo Flexa, ocorreu por causa da possibilidade do governo vetar o texto alterado. "Essa MP é muito importante para consolidar e implantar a aviação nas regiões menos desenvolvidas. Hoje você paga uma passagem de Belém até Redenção, no sul do Pará, um valor maior do que uma viagem Belém-Miami. Não podemos deixar que a MP venha a cair e havia o argumento do veto." A previsão do fundo para 2015 é da ordem de R$ 4,3 bilhões, sendo que até 30% desse valor será usado para a subvenção das rotas regionais. O relator diz que outra mudança será feita em favor da região da Amazônia, com a retirada do limite de 50% dos assentos. "Para a Amazônia o limite do subsídio será de 60 assentos simplesmente." Embraer Segundo o presidente da Embraer, Frederico Curado, o incentivo à aviação regional “não é para a empresa A, B ou C”. O desenvolvimento desse tipo de mercado está inserido em um contexto econômico e social. “Não se trata de protecionismo, se trata de fomento a um mercado subdesenvolvido hoje”, disse o executivo, em conversa com jornalistas após evento realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília. “A posição da Embraer é a MP como ela foi enviado pelo governo”, disse o presidente da companhia. Ainda de acordo com executivo, se houver demanda em função desse fomento à aviação regional, a Embraer vai “brigar para vencer” com seus concorrentes, americanos, canadenses, chineses e russos. Se não vier esse estímulo, afirmou, “a vida segue”. Ele lembrou que cerca de 85% da receita da empresa vem de exportações. “Competimos no mundo todo.” Curado disse, ainda, que a Embraer está “em fase de discussão contratual com a Azul, que não tem obrigação de comprar os aviões”. Se tiver demanda por aviões menores devido à aviação regional, afirmou, “estaremos brigando contrato por contrato para vencer. Se não houver, seguimos a vida como ela é”. Ele afirmou também que é isso que acontece no mundo inteiro e que cerca de 90% da receita da empresa vem de exportações. “Nós competimos com a Bombardier e com outras empresas no mundo inteiro.” Afirmou também que, caso a MP seja aprovada, é “business as usual [negócio como sempre], seja na confirmação da ordem da Azul ou com a TAM e outras empresas”.

Propriedades no exterior ainda animam brasileiros Fonte Jornal Valor Econômico Sérgio Tauhata de São Paulo11/11/2014 às 05h 00 O momento das pechinchas pode ter passado, mas o chão ficou mais firme no mercado imobiliário internacional. Embora os preços já tenham subido bastante, especialmente nos Estados Unidos, a demanda continua a se acelerar com a melhoria das condições econômicas no exterior. E o mercado americano já não está mais sozinho na preferência dos brasileiros. Portugal e Espanha entraram no radar de investidores. Imobiliárias e consultorias especializadas em assessorar quem deseja adquirir propriedades fora do Brasil asseguram haver ainda espaço para valorizações de dois dígitos anuais em unidades residenciais nos próximos três anos, tanto em solo americano quanto europeu. 10


Dados da Florida Realtors, associação dos corretores imobiliários do Estado americano, mostram que o preço médio dos imóveis na região de Miami, embora tenha subido cerca de 30% desde o ponto mais baixo pós-crise de 2008, no fim de 2011, ainda está nos níveis de meados de 2002 e início de 2003. Ou seja, a janela de oportunidades ainda está aberta. Apesar de ter parado de crescer, o ritmo de compra dos brasileiros se mantém forte na Flórida, em especial em Miami e Orlando. Segundo a Miami Realtors, associação dos corretores de imóveis do condado, os investidores daqui aparecem em segundo lugar entre os maiores consumidores estrangeiros de imóveis, com participação de 11%, mesma fatia de 2013, ao lado de argentinos. Em termos de valores, os cliente nacionais superam os demais compradores internacionais. Os brasileiros pagaram, em média, US$ 494,5 mil por propriedade em Miami neste ano, ante US$ 444 mil de todos os compradores de fora dos EUA. Conforme Michel de Amorim, sócio da consultoria Drummond, com escritórios em Boston, Miami e Nova York, há uma grande procura de brasileiros por imóveis na faixa de US$ 500 mil a US$ 1,5 milhão na região de Miami. Para o especialista, embora muitos clientes demonstrem interesse em morar nos EUA, o foco principal ainda está no investimento. "Tem crescido, por exemplo, o interesse por imóveis comerciais, com objetivo de gerar renda em dólar. A demanda que temos recebido está direcionada para uma diversificação dos investimentos", afirma. O cenário atual em Miami, um dos principais mercados no exterior para clientes brasileiros, no entanto, exige uma boa dose de pesquisa e seleção das oportunidades. "Existe chance de valorização, mas não em todos os projetos nem em todas as regiões. Em Miami há projetos nos quais o preço do m2 já está muito puxado", diz Cássio Faccin, sócio da consultoria Faccin Investments, sediada na Flórida, especializada em atender brasileiros interessados em investir nos EUA. Segundo o especialista, o potencial de ganho com propriedades residenciais na cidade americana alcança entre 30% e 40% em três anos, conforme o empreendimento e a região. Entre os bairros com maior possibilidade de bons negócios hoje, Faccin cita Sunny Isles, Brickell e Miami Design Distric. "São as regiões que possuem os melhores projetos e onde há obras do governo e de fundos privados para renovação de infraestrutura." Levantamento da Florida Realtors de setembro último, no entanto, mostra que os brasileiros têm preferido comprar imóveis em Orlando. A cidade dos parques de diversões, como os da Disney e de estúdios de cinema, atraiu 25% dos investimentos de clientes daqui em 2014. Miami aparece em terceiro lugar, com 14%, atrás dos 17% de Fort Lauderdale. Uma explicação é a maior atratividade dos preços na cidade líder em relação a Miami. "Em Orlando, um apartamento de 140 m 2 custa cerca de US$ 200 mil", diz Faccin. Com a cotação do dólar de ontem, o m 2 sairia por R$ 3,6 mil. Além do preço menor que o de grandes cidades brasileiras, Orlando atrai compradores interessados em obter renda com a demanda por aluguel de temporada, acrescenta o consultor. Para Renata Sirpo, diretora internacional da imobiliária Coelho da Fonseca, quem busca renda de aluguel deve considerar Orlando. "A cidade tem um potencial de locação muito acima da média de outras regiões." Renata explica que, enquanto áreas como Miami tem um potencial de ocupação para temporada de 50% sobre a quantidade de imóveis residenciais, Orlando tem uma demanda por aluguel turístico de 75%, com pico de 90% na alta temporada. O professor William Eid Jr, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (GV-CEF), lembra os investidores que o câmbio não deve ser ignorado na hora de avaliar o investimento em imóveis no exterior. "Hoje a tendência é de desvalorização do real ante o dólar e existe a possibilidade de se ganhar com isso", diz. Mas, avalia o especialista, no longo prazo a variação da moeda pode trazer surpresas nem sempre agradáveis, em especial para aqueles que entraram no negócio no momento de maior apreciação do dólar. Eid Jr vê oportunidades no mercado internacional, em especial nos países que sofreram mais com a crise europeia a partir de 2010, como Portugal e Espanha. "À parte questões cambiais, 11


no longo prazo esse investimento tende a se valorizar. Esses países estão começando a sair de uma crise, então os preços dos imóveis estão atrativos", diz. Para Marcella Freire, sócia da Quadratta Realty, que presta assessoria para brasileiros interessados em comprar imóveis na Europa, os mercados mais promissores naquele continente são os de Portugal e Espanha. "Nos dois países, há potencial de valorização dos imóveis de até 90% em dois anos", diz. Dono de uma empresa de TI em São Paulo, o empresário Fábio (nome fictício), 41 anos, já adquiriu dois apartamentos em Lisboa, capital portuguesa. O primeiro, de 60 m 2, foi comprado em 2008. A aquisição do segundo, de 50 m 2, ocorreu neste ano. Fábio diz que em ambos os casos seu objetivo foi de diversificar suas aplicações. "Vi uma oportunidade porque o mercado de aluguéis em Lisboa começou a crescer com o aumento das taxas de financiamento." O empresário afirma que conseguiu financiar parte dos valores, 60% de cada imóvel, por meio de empréstimos de bancos locais. "As taxas subiram muito em alguns anos. Em 2008, consegui um crédito com juros de 0,3% ao ano mais a variação da Libor. Neste ano, a taxa foi de 3,5% mais a Libor", conta. Apesar de alta para os padrões europeus, taxas entre 3,5% e 4% são menos da metade das praticadas no Brasil, lembra Marcella, da Quadratta. Tanto que, conforme relata o empresário, o rendimento dos aluguéis obtidos com os apartamentos em Lisboa hoje é suficiente para cobrir as parcelas "e ainda sobra um pouco para amortizar a dívida principal". Pela experiência do advogado Rafael Pistono, do escritório Vinhas e Redenschi, que trabalha junto com a Quadratta, os brasileiro têm portas abertas para obter crédito tanto em Portugal como na Espanha. "A gente tem conseguido taxas em torno de 4% ao ano e uma média de financiamento de 60% a 70% do imóvel investido", diz. Segundo ele, a garantia solicitada é a hipoteca, em que o próprio imóvel serve como proteção ao contrato, semelhante ao sistema de alienação fiduciária usado no Brasil. A plataforma de consultoria para a compra de propriedades no mercado europeu, capitaneada pela Quadratta e pelo Vinhas e Redenschi, foi lançada há seis meses e, nesse período, apresentou aumento de 60% em volume de consultas. "Nos unimos na plataforma porque a demanda por informações sobre o assunto cresceu a partir da queda dr preços na Europa e da supervalorização aqui no Brasil em especial em São Paulo e Rio", afirma Pistono. O grupo conta ainda com a estrutura do banco BBM, com foco no segmento private. O interesse de brasileiros pelos mercados de Portugal e Espanha ganhou impulso com a ajuda dos governos. Lançado em outubro de 2012, o "golden visa" permite que cidadãos não europeus consigam visto permanente de residência em países como Portugal, Espanha, Chipre e Grécia. Nos dois primeiros, com investimento imobiliário a partir de € 500 mil, é possível obter a licença. A exigência cai para € 250 mil no caso da Grécia e para € 300 mil no Chipre. Na avaliação de Marcella, da Quadratta, embora o visto tenha elevado o interesse dos brasileiros em investir em Portugal e Espanha, o maior atrativo ainda é o preço. "Na faixa abaixo dos € 500 mil há muita procura. Dá para comprar imóveis em regiões nobres com € 2 mil o m2 [cerca de R$ 6,3 mil na cotação do euro de ontem]", afirma.

Multa da Lava-Jato deve ultrapassar R$ 1 bilhão Fonte Jornal Valor Econômico Juliano Basile e Maíra Magro de Brasília11/11/2014 às 05h 00 Os acordos de delação premiada e leniência em negociação na Operação Lava-Jato deverão ultrapassar o valor de R$ 1 bilhão em multas às empreiteiras suspeitas de participação em atividades ilícitas. Além de pagar quantias elevadas, as companhias terão de confessar a participação nas irregularidades e colaborar com as investigações. As estimativas dos valores são de pessoas que participam diretamente das negociações. Os acordos terão de ser assinados com o Ministério Público Federal, o Conselho Administrativo de 12


Defesa Econômica (Cade) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Sem pagamento por parte das empresas, eles não serão firmados. A abertura de inquéritos no Supremo Tribunal Federal contra políticos citados na Lava-Jato deve ser feita de maneira "fatiada", ou seja, com investigações separadas para cada parlamentar ou grupo limitado de parlamentares. Quando o Ministério Público oferecer denúncias contra os acusados, serão abertas diversas ações. Conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, a intenção dos ministros e dos investigadores é evitar uma espécie de "novo mensalão".

Dólar anima planos dos exportadores Fonte Jornal Valor Econômico Marta Watanabe e Rodrigo Pedroso de São Paulo11/11/2014 às 05h 00 A desvalorização do real já contribui para uma melhora nas receitas dos exportadores e anima planos para 2015, com a possibilidade de novos destinos para seus produtos. A WEG, fabricante de motores e equipamentos elétricos, diz que o Leste Europeu já entrou no radar de negócios. A fabricante de compressores Metalplan também quer aproveitar a competitividade do novo patamar cambial para intensificar esforços em regiões como a Rússia. Na Romi, fabricante de bens de capital, a receita de exportação cresceu 20% de janeiro a setembro, em relação a igual período do ano passado.

Salário baixo mostra perda de dinamismo do emprego Fonte Jornal Valor Econômico Camilla Veras Mota de São Paulo11/11/2014 às 05h 00 O ritmo mais fraco na geração de empregos não é o único indicativo de perda de fôlego do mercado de trabalho neste ano. Entre janeiro e setembro, a proporção de vagas com remuneração de até um salário mínimo, abertas no mercado formal, passou de 28% para 35,5%, como apontam os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. A faixa entre um e 1,5 salário ainda concentra a maior parte dos postos com carteira assinada gerados em 2014 - 62% do total -, mas em proporção menor que a registrada no ano passado, quando chegou a 66,6%. O estrato entre 1,5 e 2 salários mínimos, que chegou a responder por cerca de 15% dos novos empregos em 2007 e 2008, hoje representa 2,5% das vagas, de acordo com levantamento feito pelo Valor. Parte desse cenário é efeito da política de valorização do salário mínimo, que aumentou 72,35%, em termos reais, de 2002 a 2014. "Mas o cenário deste ano é claramente de desaceleração", diz João Saboia, professor da UFRJ, referindo-se ao aumento real de 1,16% concedido neste ano, percentual muito inferior ao de anos anteriores. Hélio Zylberstajn, da USP, considera o quadro condizente com o papel cada vez mais preponderante do setor de serviços na abertura de novas vagas.

Balança acumula déficit de US$ 2, 6 bilhões no ano Fonte Jornal Valor Econômico Lucas Marchesini de Brasília11/11/2014 às 05h 00 A balança comercial teve déficit de US$ 747 milhões na primeira semana de novembro, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 13


Foram US$ 4,219 bilhões em exportações e US$ 4,966 bilhões em importações. No acumulado do ano, o resultado é deficitário em US$ 2,618 bilhões. A média diária das exportações brasileiras caiu 19,1% na primeira semana de novembro quando comparada com todo o mês de 2013, passando de US$ 1,043 bilhão para US$ 843,8 milhões. Esse resultado se deve à queda na venda de produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados. As vendas de produtos básicos recuaram 19,5% na média diária na primeira semana deste mês na comparação com todo o mês de novembro de 2013, ao passar de US$ 456,5 milhões, na média de outubro de 2013, para US$ 367,7 milhões. Os principais recuos ocorreram em soja em grão, minério de ferro, minério de cobre, milho em grão, farelo de soja e fumo em folhas. As vendas de bens manufaturados, por sua vez, tiveram baixa de 23,2% na mesma comparação. A média diária das vendas desses produtos ao exterior passaram de US$ 439 milhões em novembro de 2013 para US$ 337,3 milhões na primeira semana deste mês. Esse resultado foi influenciado pela queda em veículos de carga, automóveis de passageiros, tratores, máquinas para terraplenagem, óleos combustíveis, suco de laranja não congelado e aviões. Já os semimanufaturados tiveram alta de 6,5% ao passar de US$ 124,2 milhões em novembro de 2013 para US$ 116,1 milhões na média diária do acumulado deste mês. Essa alta foi encabeçada por semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, óleo de soja em bruto e açúcar em bruto. As importações subiram 3,9% na primeira semana de novembro (US$ 993,2 milhões) quando comparada com a média do mesmo mês em 2013 (US$ 956,2 milhões).

Ministério confirma fim de limite para abatimento de meta de superávit Fonte Jornal Valor Econômico Leandra Peres e Mônica Izaguirre 11/11/2014 às 12h37 BRASÍLIA - O Ministério do Planejamento confirmou oficialmente nesta terça-feira que o governo não terá um compromisso explícito com a meta de superávit primário para as contas do governo em 2014, conforme antecipou o Valor PRO, servico de informação em tempo real do Valor. “O Executivo está comprometido a realizar o máximo superávit primário e ao mesmo tempo garantir a execução de investimentos prioritários e a manutenção dos incentivos à economia nacional, por meio de desonerações de tributos”, afirma o Ministério do Planejamento em nota publicada em seu site na internet. A explicação oficial segue dizendo que o governo “preserva o conceito de abatimento do superávit primário, restrito exclusivamente aos recursos executados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pelas desonerações realizadas com impacto em 2014”. No texto da lei, apenas parcialmente divulgado, não há qualquer referência aos valores máximos de abatimentos que poderão ser deduzidos da meta. A LDO em vigor fixava o abatimento máximo em R$ 67 bilhões. O projeto encaminhado ao Congresso pelo Executivo altera o caput do artigo 3º da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 que uma vez aprovado pelos parlamentares terá o seguinte texto: “A meta de superávit a que se refere o art. 2o poderá ser reduzida no montante das desonerações de tributos e dos gastos relativos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas programações serão identificadas no Projeto e na Lei Orçamentária de 2014 com identificador de Resultado Primário previsto na alínea "c" do inciso II do § 4o do art. 7o desta Lei." Entre as justificativas do governo para eliminar o teto de abatimento estão a queda no crescimento econômico e o impacto sobre as receitas “necessárias aos investimentos e 14


políticas públicas previstas”. A nota oficial do Ministério do Planejamento ressalta que a queda no crescimento tem ocorrido em diversos países.

Preço do etanol sobe na maior parte do país Fonte Jornal Valor Econômico Fabiana Batista de São Paulo11/11/2014 às 05h 00 Os motoristas da maior parte do país já estão pagando mais caro pelos combustíveis nos postos. Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) mostrou que, na semana entre 2 e 8 de novembro, os preços do etanol hidratado, usado diretamente no tanque dos veículos, subiram ao consumidor final de 15 Estados em relação à semana anterior. Na mesma comparação, a gasolina ficou mais cara para motoristas de 15 Estados e do Distrito Federal. O movimento reflete um aumento dos preços do etanol nas usinas de cana-de-açúcar e a alta da gasolina nas refinarias. Começou a vigorar na sexta-feira o reajuste de 3% da gasolina, conforme anunciado pela Petrobras. Apesar de o percentual ter sido considerado pequeno, o reajuste traz um efeito psicológico e, num primeiro momento, provocou uma elevação de R$ 0,10 no litro em alguns postos de combustíveis da capital paulista, explica um trader. Segundo ele, o efeito real teria de ser da ordem de R$ 0,03 por litro (ou 1,3%). Nas usinas, as cotações também subiram na última semana, depois de algumas semanas em retração. O indicador Cepea/Esalq para o hidratado se valorizou 5% de 3 a 7 de novembro ante a semana anterior, para R$ 1,1853 o litro. Nos postos, a maior valorização do biocombustível foi registrada no Acre, onde o preço do litro do hidratado ficou 1,2% mais elevado. No Estado de São Paulo, maior centro consumidor do país, o preço médio subiu 0,46%, acima da alta observada na gasolina em igual intervalo, de 0,42%. A maior valorização da gasolina no país foi registrada em Alagoas, onde o preço médio ao consumidor final subiu 1,53%. Os dados divulgados ontem pela ANP também mostraram que o motorista de alguns Estados pagaram mais barato pelo etanol. A queda ocorreu em dez Estados e houve estabilidade de preços em outros dois. Para a gasolina, houve recuo em nove Estados e preços estáveis em dois. As variações na última semana alteraram pouco a paridade entre os combustíveis. Para ser considerado vantajoso ao motorista, os preços do hidratado têm que ser inferiores a 70% dos da gasolina. Em São Paulo, essa relação permaneceu em 65%, em Goiás ficou em 67% e em Mato Grosso, em 64%. No Paraná, o etanol ganhou vantagem, já que a relação recuou de 68,1% para 67,9%.

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