12 de fevereiro de 2015

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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 12 DE FEVEREIRO DE 2015

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Explosão em plataforma da Petrobras no Espírito Santo deixa três mortos Fonte Jornal Folha de São 11/02/2015 às 21h13 Uma explosão ocorrida às 12h50 desta quarta-feira (11) no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, próximo ao município de Aracruz, no Espírito Santo, deixou três mortos, dez feridos e seis desaparecidos, segundo informações da Petrobras. O navio atua nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 120 quilômetros da costa, de acordo com a estatal, mas estava a 40 quilômetros da costa no momento da explosão, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Havia 74 embarcados, de acordo com a Petrobras. O FPSO Cidade São Mateus é um navio-plataforma de extração de óleo e gás de propriedade da empresa BW Offshore e que presta serviço para a Petrobras. Foram retirados da plataforma em um barco de apoio 43 funcionários, incluindo os 10 feridos, de acordo com a ANP, que também informou que houve uma explosão na casa de bombas. Segundo o diretor do Sindipetro ES (Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo), Davidson Lombo, a explosão foi causada por um vazamento de gás.

Explosão do navio-plataforma Cidade de São Mateus, da Petrobras, no Espírito Santo, deixou três mortos Após o acidente, a plataforma ficou sem comunicação e o contato foi feito por meio da plataforma Vitória (próxima ao local do acidente), de acordo com o diretor do Departamento de Segurança da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel. A presidente Dilma Rousseff estava reunida com o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) no momento em que soube da explosão do navio plataforma FPSO Cidade de São Mateus, no Espírito Santo. Ela imediatamente ligou para o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, para pedir explicações. Bendine informou que a estatal está prestando todos os socorros para as vítimas e familiares que trabalhavam na plataforma. Como a empresa que opera a plataforma é privada, o governo irá aguardar que a FPSO se manifeste. A Agência Nacional de Petróleo deverá comandar as investigações sobre o caso". O ministro Eduardo Braga comentou o acidente e confirmou que o o navio-plataforma não era da Petrobras. "Fui informado [sobre o acidente] quando estava, inclusive, com a presidenta. 2


Quero lamentar profundamente esse incidente, acidente, que aconteceu. O equipamento era alugado, não era da Petrobras". A sigla FPSO significa, em português, navio-plataforma estocante de produção. Trata-se de uma plataforma de pequeno porte, com a produção de apenas 2,2 mil barris por dia de petróleo em águas rasas. O número corresponde a apenas 0,1% da extração total de óleo da Petrobras. As plataformas de grande porte da estatal produzem, a plena capacidade, entre 150 mil e 180 mil barris por dia. O aeroporto de Vitória foi acionado às 13h50 para receber as vítimas. Apesar do esquema de emergência, não houve alteração nas operações comerciais do aeroporto, segundo informações da Infraero. - 11.fev O QUE DIZ A PETROBRAS A Petrobras, em nota, lamentou o ocorrido e disse que o navio-plataforma opera, desde junho de 2009, no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte, no litoral do Espírito Santo. A empresa informa que BW está prestando toda a assistência aos seus funcionários e familiares, com apoio da Petrobras. Ainda de acordo com a estatal, a concessão de Camarupim é operada pela Petrobras (100%) e a de Camarupim Norte é uma parceria entre a Petrobras (65%) e a empresa Ouro Preto Energia (35%). O acidente ocorreu poucos dias após a mudança na gestão de Petrobras. Seu novo presidente, Aldemir Bendine, disse que assumiu a estatal com "carta branca" e prometeu transparência. O QUE DIZ A BW A BW Offshore informou que, após a explosão na plataforma, a produção foi interrompida e a unidade fechada. A empresa também disse que continua prestando todo apoio aos familiares e dando suporte às autoridades nas buscas. MARINHA A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES), informa que será aberto um inquérito administrativo a fim de esclarecer as causas e responsabilidades do ocorrido na plataforma, com prazo de conclusão de 90 dias. ANP A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) informou que foi comunicada pela Petrobras sobre o episódio uma hora depois do ocorrido e que enviou duas equipes para acompanhar a investigação do acidente. Uma delas foi para a "sala de crise" da Petrobras e a outra, para o navio. Segundo a ANP, não houve derramamento de óleo. A agência disse ainda que atualizou os documentos da plataforma em setembro de 2014 e que a unidade recebeu "declaração de conformidade da marinha" em 2015. HISTÓRICO O último acidente com grande número de vítimas da Petrobras ocorreu em 2001. A maior plataforma de produção de petróleo em alto-mar à sua época, que custou à estatal brasileira US$ 350 milhões e começou a ser operada pela Petrobras em 2000 no campo do Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em 15 de março de 2001. Na hora do acidente, havia 175 pessoas a bordo 11 delas morreram no acidente. Primeiro, a plataforma adernou, pois uma das colunas de sustentação ficou comprometida. Poucos dias depois e inúmeras tentativas de salvar a plataforma e resgatar corpos que permaneciam no local, a unidade de produção afundou com o alagamento de parte sua estrutura. Em janeiro de 2015, uma explosão na Refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, deixou três pessoas feridas, sendo uma em estado grave. De acordo com a entidade, o acidente ocorreu durante a realização de um serviço em espaço confinado no vaso da unidade de geração de hidrogênio da refinaria. Segundo o Sindipetro, dois feridos pertenciam à empresa terceirizada Victória. 3


E houve um incidente anterior, no mesmo mês, que não deixou feridos. Localizada no Recôncavo Baiano, a refinaria tem capacidade de processamento de 323 mil barris diários. Seus principais produtos são diesel, gasolina e querosene de aviação, entre outros. Em nota, à época, a Petrobras disse que os feridos "foram prontamente atendidos pela equipe médica da refinaria, encaminhados ao hospital, e a companhia está prestando a assistência necessária".

Governo federal decide não prorrogar horário de verão Fonte Jornal Folha de São Paulo JULIA BORBADE BRASÍLIA 11/02/2015 às 19h13 O governo decidiu não prorrogar o horário de verão. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (11) após reunião entre o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) e a presidente Dilma Rousseff. "Chegamos à conclusão, após avaliação bastante técnica, de que não devemos prorrogar. Portanto, no próximo dia 22 encerra-se o horário de verão", disse Braga. O motivo para manter o horário de verão em seu formato original, segundo ele, está nos limitados ganhos que essa medida traria. "Do ponto de vista da energia, parte do Brasil ficaria pela parte da manhã às escuras. Então teríamos mais consumo na parte da manhã", explicou. Já na parte da tarde, de acordo com o ministro, poderia haver um ganho caso o horário de consumo mais intenso ainda fosse no fim da tarde, a partir das 18 horas, o que não vem ocorrendo. O forte calor acabou por trazer esse "horário de ponta" para o início da tarde, a partir das 14 horas, quando há um uso intenso de aparelhos de refrigeração. "Outra questão é na aviação civil. Teríamos de fazer alguns ajustes e chagamos a conclusão que não teria ganhos ao cabo de todo o esforço", concluiu Braga. Na segunda-feira (9), Braga defendeu que o governo está "analisando a questão energética permanentemente". Ele afirmou ainda que o governo prorrogar o horário de verão por mais um mês na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA O ministro disse ainda que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está elaborando uma proposta para incentivar a geração distribuída, ou seja, o uso de geradores por grandes consumidores, como shoppings e indústrias para aliviar a tensão na rede. Braga defende que essa medida pode incluir 300 megawatts médios no sistema elétrico. Segundo ele, não haverá subsídios aos participantes e nem impactos sobre as tarifas. "A Aneel vai apresentar a proposta. Vai ser feita uma portaria sobre o tema", disse. "Há uma economicidade ao se estabelecer essa ação, que terá impacto positivo a partir de março na ponta de carga [horário de pico] e na geração de energia como um todo", afirmou. Braga disse ainda que terá de ser implantado um medidor para quem quiser aderir ao programa, que identificará a quantidade de energia gerada A medida deve ajudar as empresas de distribuição que precisam contratar energia extra para atender a demanda de seus consumidores. "Estamos falando de um programa que equivale a 3 mil megawatts na ponta de carga. Transformado ao longo do mês isso equivale a 300 megawatts médios", detalhou o ministro. Esse potencial identificado por estudos técnicos está agora sendo verificado com as próprias empresas que possuem os geradores e que podem aceitar participar do programa. Todos os empresários que aceitarem participar do programa terão a energia remunerada.

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Levy diz que ajuste fiscal é "crucial" para preservar conquistas sociais Fonte Jornal Folha de São Paulo EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA 11/02/2015 às 10h 47 O ministro Joaquim Levy (Fazenda) voltou a defender as medidas de ajuste nos gastos do governo federal ao afirmar que o reequilíbrio fiscal "é crucial para preservar as conquistas no campo da inclusão social já alcançadas". A frase faz parte de mensagem divulgada nesta quarta-feira (11) pelo ministro junto com o documento "Plano Anual de Financiamento 2015", do Tesouro Nacional. A questão fiscal se destaca em vários trechos do texto, publicado em um momento em que o governo corre o risco de ver parte das suas medidas de ajuste serem barradas no Congresso, onde sofrem oposição inclusive da base aliada. Na mensagem, o ministro afirmou que o Brasil está preparado para superar os desafios da atual conjuntura econômica, "tendo a disciplina fiscal e a estabilidade de preços como valores indispensáveis para a sustentação do crescimento e a busca de uma sociedade mais justa e aberta". "O equilíbrio das contas públicas será essencial para o desenvolvimento do crédito, o incremento da poupança doméstica e a criação de oportunidades para trabalhadores", afirmou Levy. O ministro afirmou ainda que o ajuste de gastos já em curso é fator importante para garantir a estabilidade monetária, "de forma análoga aos esforços que antecederam o Plano Real e que acompanharam a consolidação do novo regime de metas de inflação." PLANO DA DÍVIDA A dívida pública federal terminou em R$ 2,296 trilhões. A meta do Tesouro é encerrar 2015 entre R$ 2,45 trilhões e R$ 2,60 trilhões, de acordo com o plano divulgado hoje. A participação de títulos prefixados deve ficar entre 40% e 44% do total neste ano. Estava em 41,6% no fim de 2014. Os papéis corrigidos por índices de preços devem passar de 34,9% para no mínimo 33% e no máximo 37%. Títulos corrigidos por taxas flutuantes, como a taxa básica de juros (Selic), estavam em 18,7% no fim do ano. O plano é chegar a uma participação dentro do intervalo entre 17% e 22%. A participação do câmbio deve passar de 4,9% para algo entre 4% e 6%. O plano de longo prazo do Tesouro é chegar à seguinte composição: 45% pré, 35% índices de preços, 15% taxas flutuantes e 5% câmbio. A participação de estrangeiros na dívida passou de 16,1% em 2013 para 18,6% em 2014. RENTABILIDADE Os papéis indexados a índices de preços acumularam rentabilidade média anual de 12,66% entre 2010 e 2014, apesar do resultado negativo de 10% no ano de 2013. Prefixados renderam 10,94% ao ano no mesmo período. O CDI, que acompanha a taxa básica, subiu 9,72% nesses cinco anos. "Para o investidor de longo prazo, os índices e preços e prefixados tendem a ter uma rentabilidade maior", disse o subsecretário da Dívida Pública, Paulo Valle.

Conheça os negócios ameaçados de extinção pela falta d'água Fonte Ruth Costas da BBC Brasil em São Paulo 12/02/2015 às 08h 35 Aberta há 33 anos, a lavanderia de Renato Soares em São Paulo já passou por toda sorte de dificuldades. "Sobrevivemos a períodos de recessão, hiperinflação, mudanças arbitrárias na lei e às dificuldades criadas pela intrincada burocracia e sistema brasileiro de impostos. Também fomos roubados duas vezes. Então a essa altura não imaginava que chegaria o dia em que teria de pensar em fechar meu negócio", diz ele. "Mas como posso operar uma lavanderia sem água?" 5


A instabilidade no suprimento de água já está dificultando a vida de milhares de pequenas empresas e comércios, como a lavanderia de Renato. E caso se confirme a necessidade de um racionamento severo, que envolva quatro ou cinco dias sem água, muitos temem ter de fechar as portas. Entre os que podem ter suas atividades inviabilizadas pela falta d'água estão lava-rápidos, cabelereiros e produtores de hortaliças. "Também pequenos produtores de laticínios, porque eles precisam de água para a higienização dos utensílios usados na fabricação de queijo", diz Pedro Parreira, diretor da Parcon Consultoria, especializada em pequenas e médias empresas, que tem clientes em dois Estados que sofrem com a seca: Minas Gerais e São Paulo. "O governo está preocupado com as demissões das grandes montadoras, mas acho que deveria olhar também para os pequenos negócios. Eles são os grandes empregadores do país e muitos não vão sobreviver a um possível racionamento de água e energia combinado com uma conta de luz mais cara." Dificuldades Renato diz que, no momento, a região em que a sua lavanderia se encontra tem tido água apenas seis horas por dia, começando às sete da manhã. Por enquanto, ele tem conseguido dar conta da demanda pedindo que seus funcionários cheguem mais cedo - o que significa que alguns têm de acordar às 5 da manhã. "Mas não sei como poderia sobreviver a cinco dias por semana sem água", diz ele, em referência ao esquema que, segundo o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo MassatoYoshimoto, estaria sendo estudado pela companhia para um cenário mais drástico. "E o mais triste é que o que está em jogo não é apenas o meu negócio, mas o trabalho de meus oito funcionários e a vida de suas famílias." Segundo Parreira, as pequenas empresas que quiserem sobreviver ao racionamento terão de fazer adaptações. Elas podem instalar sistemas para captar água das chuvas ou reaproveitar a água já utilizada para atividades como lavar o chão (reúso). Em São Paulo, muitas pequenas empresas também estão investindo na compra de caixas d'água adicionais. A gerente de outra lavanderia, no bairro paulistano de Vila Beatriz, comprou três para tentar sobreviver a um possível racionamento. "E ainda assim não sabemos se será suficiente", diz ela. O dono de um estacionamento que oferecia lavagem de carros na região diz que chegou a estudar a adoção de um serviço de "lavagem a seco", mas concluiu que a compra do equipamento não valeria a pena diante da demanda mais baixa. "Tem sujeira que você não consegue tirar com a lavagem a seco, mas não dava para continuar com a lavagem normal. Há dias em que só tenho água até as 10 da manhã", afirma. Custos Às vezes, as adaptações são pequenas. Em bares e restaurantes paulistas, por exemplo, já é comum receber bebidas em copos de plástico - medida que permite aos estabelecimentos reduzir o volume de água usado para lavar a louça. Outras exigem mais investimentos. De acordo com Parreira, painéis solares e geradores podem ser uma solução para a falta de eletricidade - outra ameaça que tem crescido com a seca, já que algo entre 60% e 70% da energia consumida no Brasil provém de fontes hídricas. "Mas a questão é que, para uma pequena empresa, que em geral tem margens de lucro mais baixas, às vezes o custo de se fazer essas adaptações combinado com o custo de uma conta de energia mais cara pode tornar o negócio inviável", diz o consultor. Leia mais: Conheça soluções para a crise da água em 6 cidades do mundo Segundo Alessandra Ribeiro, da Consultoria Tendências, a expectativa é que os brasileiros tenham de arcar com uma conta de luz em média 46% mais elevada este ano. "As termelétricas estão sendo acionadas em função dos baixos níveis dos reservatórios de água - e o custo dessa energia é bem maior", diz. 6


Ribeiro explica que é difícil estimar o efeito que a falta d'água pode ter sobre o PIB (Produto Interno Bruto) em função da ausência de um levantamento detalhado sobre a dependência dos diferentes segmentos do setor de serviços desse recurso. "Temos uma ideia de quanto cada indústria usa de água, mas no caso dos serviços é mais complicado. Além disso, para o racionamento de electricidade, já temos uma base de comparação, que é 2001 (quando o governo ordenou que os consumidores reduzissem seu uso de energia de 20%), enquanto que a ameaça de um racionamento de água nessas proporções é algo inédito". Segundo a Tendências, um corte de 10% no consumo de energia este ano teria um efeito de 0,8 ponto sobre o PIB. Nos cálculos do Itaú, um racionamento conjunto de água e energia elétrica teria um efeito negativo de -0,6 ponto percentual. "Diante de todas essas dificuldades, é urgente algum tipo de medida para ajudar as pequenas empresas a se adaptarem a nova realidade de crise hídrica e incerteza energética - como incentivos fiscais para a compra de painéis solares e sistemas para captação da água da chuva", opina Parreira.

Só 10% dos municípios têm alunos com conhecimento adequado em matemática no 9º ano Fonte Paula Adamo Idoetada BBC Brasil em São Paulo 12/02/2015 às 11h 15 As escolas públicas brasileiras não têm conseguido fazer com que seus alunos absorvam o conhecimento adequado às séries que estão cursando, aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo movimento Todos Pela Educação (TPE), com base no desempenho dos alunos no 5º e 9º anos do ensino fundamental. O estudo viu que no 9º ano, o último do ensino fundamental, a maior parte dos alunos não está sendo capaz de entender textos narrativos longos e com vocabulários complexos, não consegue resolver problemas matemáticos ou usar porcentagens e medidas padronizadas (como km e kg), o que seria esperado nessa etapa, segundo métricas do próprio governo. E essa adequação - do que eles aprenderam para o que deveriam ter aprendido - não tem evoluído conforme o esperado; em alguns casos, estagnou ou mesmo recuou. Segundo o levantamento, feito a partir da comparação de notas do exame nacional Prova Brasil com metas - expectativas de notas - específicas à realidade de cada cidade estudada, apenas 10,8% dos municípios têm alunos com o aprendizado adequado ao que se espera no 9º ano (contra 28% em 2011) em matemática. Em português, esse percentual é de 30% (contra 55% em 2011). "A adequação não é necessariamente decrescente, porque estabelecemos metas mais ambiciosas para os municípios. Alguns podem ter melhorado (a qualidade do ensino), mas não atingiram essas metas", diz à BBC Brasil AlejandraMeraz Velasco, coordenadora-geral do TPE. "A conclusão é que o aprendizado simplesmente não está melhorando como o desejado." Leia mais: Ainda faz sentido exigir que as crianças saibam a tabuada de cor? E tudo indica que a deficiência em português em matemática se estende também às demais disciplinas ensinadas nas escolas, apesar de isso não ter sido mensurado. "Se o aluno não domina a leitura e a compreensão de textos, ele vai ter dificuldade em entender as outras matérias também", prossegue Velasco. Assim, o estudante acaba carregando falhas de aprendizado para os anos seguintes, o que estimula a evasão escolar e perpetua a qualidade insuficiente do ensino. A avaliação do TPE usa dados das notas de matemática e português do Prova Brasil de 2013. O movimento também estabeleceu metas (não oficiais) para os municípios, levando em conta o patamar da educação em cada um deles. O objetivo do movimento é que, a partir do cumprimento dessas metas, ao menos 70% dos alunos brasileiros estejam com aprendizado adequado ao seu ano até 2022. 7


No que diz respeito ao 5º ano do ensino fundamental, a avaliação constatou que apenas 48% dos municípios tinham, em 2013, alunos com conhecimento adequado em português (índice semelhante ao de 2011) e 61,7% tinham conhecimento adequado em matemática (contra 69% em 2011). Desafio dos anos finais Segundo Velasco, o diagnóstico do estudo reforça uma conclusão já tirada de outros levantamentos oficiais: que a educação brasileira nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio está estagnada. "As reformas educacionais mais óbvias já foram feitas nos municípios, mas o país ainda precisa pensar em políticas que o permitam mudar de patamar e não estagnar mais nos anos finais", diz ela. A solução dos problemas não é única nem simples, opina o TPE - passa por melhorias na formação de professores, muitas vezes pouco preparados para os desafios da sala de aula; por medidas para corrigir a defasagem de aprendizado dos alunos; e por reestruturações curriculares. "Nas eleições, o debate girou em torno da aprovação (automática) ou não dos alunos, mas o que temos de lembrar é que tanto a aprovação quanto a reprovação podem levar o aluno a abandonar a escola se ele não aprender", diz a coordenadora do TPE. Em uma análise por Estado, o estudo identificou que Acre, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Santa Catarina e Ceará avançaram significativamente na adequação entre série e aprendizado de matemática no quinto ano do ensino fundamental. Em português, porém, apenas o Acre teve mais de 80% de seus municípios com bons níveis de adequação no 5º ano. Isso pode acontecer porque o Estado partiu de um patamar mais baixo e, portanto, tinha metas mais modestas na escala do Todos Pela Educação. O quadro estadual é pior quando avalia-se o 9º ano do ensino fundamental: em matemática, o maior índice de avanço na adequação é observado no Ceará, mas ele é de apenas 28,3%.

Exportação global de café atinge recorde de 111,7 mi sacas em 2014 Fonte Resenha ComexData/OIC/Reuters 12/02/2015 As exportações globais de café atingiram um recorde no ano calendário de 2014 de 111,7 milhões de sacas de 60 kg, impulsionadas principalmente pelos embarques do maior produtor, o Brasil, afirmou a Organização Internacional do Café (OIC) nesta quarta-feira em seu boletim mensal. A OIC revisou para cima sua estimativa de produção de café para a campanha de comercialização de 2014/15, para 141,6 milhões de sacas, ante 141,4 milhões de sacas. Também revisou levemente para cima sua estimativa para a temporada 2013/14, estimando uma produção de 146,9 milhões de sacas, ante 146,8 milhões de sacas.

IBGE prevê safra 4,4% maior em 2015 Fonte Portal Economia SC/Agência Brasil 12 de fevereiro de 2015 às 10h 13 A primeira estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) indicam crescimento de 4,4%, em relação à safra de 2014, 8


devendo totalizar 201,3 milhões de toneladas ante as 192,8 milhões de toneladas colhidas no ano passado. Os dados fazem parte do primeiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira, dia 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que a área a ser colhida é de 57,2 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 1,6% diante da área colhida em 2014 (56,3 milhões de hectares). Arroz, milho e soja, os principais produtos deste grupo, somados, representam 91,6% da estimativa da produção e respondem por 85,4% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 3,5% na soja, reduções de 1,3% na área plantada de arroz e de 0,3% na de milho. No que se refere a produção, houve crescimento nas estimativas de 3,3% para a safra de arroz, 10,5% para a soja e queda de 2,9% para o milho. Ainda segundo os números divulgados pelo IBGE, regionalmente, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas será maior na Região Centro-Oeste, com 81,7 milhões de toneladas. O Sul responderá por 75,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,7 milhões de toneladas; Nordeste, 19,2 milhões de toneladas e Norte, 5,5 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, constatou-se crescimento de 0,2% no volume de produção da Região Norte; de 23% no Nordeste; de 9,7% no Sudeste e 6,3% no Sul. Em contrapartida, o Centro-Oeste apresentou diminuição de 1,5% em relação à produção do ano anterior. Na avaliação para 2015, o Mato Grosso foi o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,1%. Outros estados que aumentaram a produção foram o Paraná (18,2%) e o Rio Grande do Sul (15,9%), que, somados, representaram 57,2% do total nacional previsto. Quando comparada a produção obtida em 2014, as estimativas de janeiro deste ano indicam que 12 dos 26 produtos aumentaram. Os destaques são o amendoim em casca 1ª safra (crescimento de 18,8%), arroz em casca (3,3%), a aveia em grão (23,6%), cevada em grão (23,1%), soja em grão (10,5%) e o trigo em grão (20,4%). Dos 14 produtos com variações negativas destacam-se o algodão herbáceo em caroço (7,3%), amendoim em casca 2ª safra (11,2%), batata-inglesa 2ª safra (7,6%), batata-inglesa 3ª safra (19,4%) e o cacau em amêndoa (16,7%).

Inadimplência do consumidor tem alta de 4,1% Fonte Portal Economia SC 12 de fevereiro de 2015 às 09h 16 A inadimplência do consumidor teve alta de 4,1% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2014. É o maior percentual de alta mensal para um mês de janeiro desde 2003, quando o índice registrou aumento de 7,1%. Na relação interanual, o indicador cresceu 16,7%, o maior ritmo de crescimento dos últimos quatro meses neste critério de comparação. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, dia 12, pela Serasa Experian. Segundo os economistas da Serasa, a alta da inadimplência em janeiro, tanto em relação a dezembro quanto na comparação interanual, reflete as crescentes dificuldades que o consumidor brasileiro está encontrando para honrar seus compromissos financeiros. Aumentos sazonais de impostos e taxas (IPTU, IPVA, etc.), realinhamento de vários preços administrados (energia elétrica, transporte urbano, combustíveis, etc.), elevações nas taxas de juros e enfraquecimento do mercado e trabalho estão entre as causas que começam a delinear um cenário difícil para a inadimplência do consumidor. Na decomposição do indicador, as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) foram as principais responsáveis pela alta do indicador em janeiro, com variação de 10,4% e contribuição de 4,8 p.p. A inadimplência com os bancos também teve leve crescimento de 0,3% e contribuição de 0,2 p.p. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos apresentaram quedas de 12,3% e 9,9% e contribuíram de forma negativa com 0,2 p.p. e 0,6 p.p., respectivamente. 9


O valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 67,0% em janeiro de 2015, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O valor médio dos títulos protestados e dos cheques sem fundos também teve crescimento de 31,0% e 10,6%, respectivamente. Já o valor médio da inadimplência com os bancos registrou queda de 0,7%.

Prévia do PIB indica queda de 0,12% em 2014 Fonte Portal Economia SC/Agência Brasil12 de fevereiro de 2015 às 08h 42 A atividade econômica apresentou queda de 0,12% em 2014, já descontados os efeitos sazonais, ou seja, as influências que diferentes épocas do ano exercem sobre a economia. O dado é do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado a prévia do PIB nacional. O indicador foi divulgado nesta quinta-feira, dia 12. Levando-se em conta dezembro na comparação com novembro, houve recuo de 0,55%. Em novembro, o IBC-Br havia ficado negativo em 0,01% no acumulado de 12 meses. Na comparação com outubro, tinha registrado alta de 0,04% e, comparado a novembro de 2013, registrou queda de 0,49%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária. Os números do índice constituem uma análise do BC sobre o crescimento, mas no Brasil o órgão que divulga o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e riquezas de um país – é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Carnaval no Brasil é mais barato do que no exterior Fonte Portal Economia SC12 de fevereiro de 2015 às 10h 50 Passar o feriado de Carnaval no Brasil pode ser até 10 vezes mais barato do que no exterior. Essa é a conclusão de um levantamento feito pela Kayak, empresa de tecnologia voltada a criar ferramentas para simplificar o processo de pesquisas de viagens online. Dos cinco destinos nacionais selecionados, o mais caro é Recife, onde a estadia de 5 noites, incluindo passagem aérea saindo de São Paulo, tem valores a partir de R$ 2.574,00. O total é bastante inferior ao do destino internacional mais barato, Montevidéu, que custa a partir de R$ 3.320,00. De acordo com a pesquisa, o destino mais caro da lista é New Orleans (a partir de R$ 6.416,00), valor quase 10 vezes superior ao de São Paulo (R$617,00). “Além da hospedagem e da passagem aérea, o folião também deve considerar a necessidade de comprar convites para a festa, além das diferenças cambiais, caso opte por um destino internacional”, lembra Nicolas Scafuro, diretor do Kayak para a América Latina. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens, metade dos pacotes turísticos da Bahia já foi vendida. No Rio de Janeiro, a reserva das cadeiras individuais do sambódromo para os dois dias de desfile do Grupo Especial se esgotou 10 minutos após o início das vendas, no dia 7 de janeiro. Sem falar nos preços de voos e disponibilidade de hotéis, que diminuem com a aproximação da festa. Confira abaixo as 10 dicas de destinos do Kayak: Destinos Internacionais: •

Veneza: o Carnaval de Veneza ocorre de 31 de janeiro a 17 de fevereiro, com bailes e festas para todos os tipos de bolso. Este ano o evento coincide com os festejos de São Valentim (14 de fevereiro), considerado Dia dos Namorados em muitos países, que será celebrado com um grande baile de máscaras no centenárioVenetian Palace, em frente ao Grand Canal. A festa, que inclui um jantar de gala, custa a partir de 550 euros 10


– mas para os apaixonados que não estiverem tão dispostos a gastar não faltarão opções na romântica Veneza. • New Orleans: no dia 17 de fevereiro (terça-feira de Carnaval) acontece o MardiGras. O nome significa “terça-feira gorda”, em francês, já que marca o último dia antes das privações da Quaresma. A festa é caracterizada pelas máscaras de gesso, colares de conchase bandinhas. Quem comparecer também provará os quitutes da Ácadia, trazidos pelos descendentes franceses que migraram do Canadá; e da culinária creole, também preparada por descendentes dos colonos. • Montreal: em Quebec, considerado o maior carnaval de inverno do mundo, as temperaturas são quase sempre negativas. A festa dura 17 dias, com desfiles e competição de esculturas de gelo. Vale para aproveitar e combinar a festa com os esportes de neve, que incluem modalidades nada convencionais, como futebol no gelo, canoagem no gelo, pesca no gelo e torneio de golfe… no gelo. • Miami: está entre os destinos favoritos dos brasileiros – em dezembro, foi a cidade mais buscada pelos usuários do KAYAK – e não deixa de ser um destino interessante para o Carnaval. Nos parques da Disney tem desfile todo dia, e fantasias não vão faltar. • Montevidéu: o Uruguai possui o Carnaval mais longo do mundo: são 40 dias de festa. Palcos improvisados (ostablados) são montados pela capital, onde grupos interpretam espetáculos que misturam teatro, música e dança, com ritmos de origem africana. São diferentes vertentes presentes nas tradições uruguaias Murgas, Camdombes, Humoristas e Lubolos que garantem um carnaval alternativo ao nosso samba. Destinos Nacionais: • São Paulo: o Carnaval no Anhembi acontece de 13 a 15 de fevereiro, com o desfile das Campeãs no dia 20 de fevereiro. Para arquibancadas do Grupo Especial os ingressos já podem ser comprados on-line, e os preços variam de R$ 90 a R$ 190, enquanto as cadeiras e mesas de pista vão de R$ 370,00 a R$ 2.400,00. Os bloquinhos de rua são cada vez mais populares na cidade, com programação todos os dias, em bairros diferentes. • Rio de Janeiro: os desfiles do grupo especial na Sapucaí acontecem dias 15, 16 e 21 de fevereiro, e as entradas custam de R$ 80,00 a R$ 320,00. A Cidade Maravilhosa também atrai os foliões para seu Carnaval de Rua, com intensa programação que garante a animação de quem visitar a cidade. • Ouro Preto: As mais de 300 repúblicas universitárias da cidade conferem às festas de Carnaval um toque diferente. Elas oferecem pacotes que incluem open bar, shows, churrasco, café da manhã, almoço, alojamento, festas temáticas e abadás para os blocos, tudo em bom clima universitário. Mas não espere luxo: os visitantes são acomodados em grupos de 4 a 8 pessoas e dormem em colchonetes. Se esse não é seu estilo, não se preocupe: Ouro Preto possui confortáveis pousadas e hotéis que podem garantir um momento de sossego durante o Carnaval. • Olinda: possui forte tradição carnavalesca, com suas marchinhas, frevos, bonecos gigantes, encontro de bois, blocos de rua – e muita gente. O Carnaval também acontece em Recife, de onde sai o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada, no sábado de carnaval. • Salvador: a Bahia tem o privilégio de dizer que possui a maior festa de participação popular do mundo. Comandando os trios elétricos, estão músicos como Chiclete com Banana, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Claudia Leitte, Timbalada, Olodum e Bell Marques, além de outros nomes de sucesso entre os amantes da festa.

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Novo presidente da Petrobras diz a jornal que vai rever plano de negócios Fonte UOL, em São Paulo12/02/2015 às 08h25 O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que vai rever o plano de negócios da estatal, em uma entrevista publicada no jornal "Valor Econômico" nesta quinta-feira (12). Entre as medidas que Bendine pretende tomar estão o corte de investimentos, a venda de propriedades e a abertura de negócios nos quais hoje é a única acionista. No entanto, segundo o executivo, está descartada uma nova capitalização da estatal, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção revelado na Operação Lava Jato da Polícia Federal. "A capacidade de execução dos nossos investimentos estará atrelada à capacidade de caixa da empresa", afirmou Bendine ao jornal, acrescentando que o corte nos investimentos não deve ser "drástico" porque a estatal teve um plano massivo de investimento nos últimos anos. Projetos "com conotação mais política do que empresarial", como é o caso das refinarias Premium I e Premium II, devem ser alvo dos cortes de investimento, segundo ele. Por outro lado, a venda de fatias da estatal em blocos de exploração da camada pré-sal e da camada pós-sal está descartada. "A presidente Dilma Rousseff me deu autonomia para agir", disse o executivo, que comandava o Banco do Brasil e foi escolhido pela presidente para assumir o chefia da estatal na última sexta-feira, após a renúncia repentina da presidente Graça Foster e de outros cinco diretores da companhia.

Características do profissional de Compliance Fonte Portal Economia SC Rogéria Gieremek11 de fevereiro de 2015 às 10:41 Inflexível na aplicação e controle das políticas internas, mas com inteligência emocional para lidar com pessoas. Essas são as características essenciais de um profissional de Compliance, perfil cada vez mais buscado no mercado. A procura se deve principalmente à Lei Brasileira Anticorrupção (Lei 12.846/13), que estabelece a responsabilidade civil e administrativa das empresas que tiverem funcionários ou prepostos envolvidos com corrupção perante os órgãos públicos, mesmo que a direção não tenha nenhum envolvimento na ação ilegal. A lei obriga as companhias a estabelecer e fazer cumprir as políticas internas com mãos de ferro, sob o risco de sanções sérias, que podem prejudicá-las definitivamente. O profissional de Compliance entra em cena para orquestrar a execução das normas, comandando os Programas de Compliance, conjunto de atividades para orientar e incentivar executivos e funcionários a respeitar as regras estabelecidas pela casa. E este profissional fará valer também a máxima do prevenir é melhor do que remediar, agindo na fiscalização do cumprimento das diretrizes definidas previamente para os negócios, mas atuando em ações e atividades voltadas à criação de um clima inóspito para qualquer modalidade de fraude. Ao contrário do que parece em um primeiro momento, os profissionais de Compliance não precisam, necessariamente, ter formação em Direito. Muitos advogados exercem a função, que também pode contar com engenheiros, administradores de empresas, formados em ciências contábeis etc. O mercado de atuação da empresa, inclusive, tende a determinar qual a formação acadêmica mais adequada ao profissional de Compliance daquela instituição. Porém, além do conhecimento técnico para exercer o cargo, este especialista deverá deter alguns pré-requisitos: a capacidade de comunicação e a identificação com os valores da empresa são dois deles. Também é bem-vinda uma espécie de desconfiança natural, mas com discrição e critério, para a avaliação do comportamento dos demais funcionários no ambiente 12


corporativo. Da mesma forma, cabe ao profissional de Compliance agir como um exemplo de comportamento a ser seguido. ASegundo levantamento realizado pela companhia inglesa Michael Page, especializada em recrutamento de profissionais de média e alta gerência, em 2013, houve um aumento de 30% na procura por profissionais de Compliance, em relação ao mesmo período de 2012. Este cenário decorre do fato de as empresas estarem cada vez mais cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. Outro fato que merece ser destacado é que companhias que mantêm departamentos de Compliance são vistas com mais transparência, conquistando de antemão uma aura de idoneidade perante o mercado. Além disso, uma empresa com estrutura de Compliance e profissionais sérios no comando terá atenuantes importantes caso se veja envolvida em um processo judicial por corrupção. Diante desses fatos, podemos afirmar que os profissionais de Compliance têm futuro promissor.

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