SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 13 DE JUNHO DE 2014
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Receita da exportação de carne bovina cresce 18%
O mês de maio foi bastante positivo para o agronegócio brasileiro, que alcançou um crescimento no faturamento com as exportações de carne bovina de 18%, subindo de US$ 521,2 milhões em 2013 para US$ 615,3 milhões neste ano, segundo informações da Abiec -Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne. A marca é a segunda melhor registrada em 2014, tendo sido impactada positivamente pela alta de 7,1% do preço médio da carne nacional – em média, cada tonelada do produto rendeu US$ 4.685,33 no mês passado, contra US$ 4.374,91 em maio de 2013. Em volume, o país negociou 10,2% mais carne, atingindo a marca de 131,3 mil toneladas, ante 119,1 mil em maio de 2013. Entre os maiores importadores dos produtos brasileiros, destaque para a Venezuela, que comprou 292,4% mais carne que em maio do ano passado, e a Líbia, que chega ao ranking dos “top 10” com 171% de crescimento. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2014, o país exportou um volume 12,9% superior (636 mil toneladas) que no igual período do ano passado (563,2 mil toneladas). A indústria brasileira faturou 11,9% a mais entre janeiro e maio deste ano, somando US$ 2,815 bilhões, contra US$ 2,514 bilhões em 2013. A carne in natura é a categoria mais representativa nas exportações. Entre janeiro e maio de 2014 atingiu um faturamento superior a US$ 2,266 milhões e volume de 503,6 mil toneladas – incremento respectivamente de 13,6% e 15,3%.
Brasil terá 5º maior mercado do mundo em 2023, diz pesquisa São Paulo - Com o início iminente da Copa do Mundo, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Aproveitando esse momento, a Euromonitor, empresa inglesa de pesquisa de mercado, vai lançar amanhã um relatório com o perfil econômico do país e suas perspectivas para o futuro. Na avaliação da consultoria, o problema do Brasil hoje é estrutural: o modelo de crescimento baseado no aumento de consumo das famílias chegou a um limite - ainda mais agora que os juros estão em 11% - mas a taxa de investimento não sai do lugar. A formação bruta de capital fixo como porcentagem do PIB foi de 18,3% em 2013 - abaixo até dos 19,4% em 2010 e menor do que em países como México (21%) e Índia (27,9%). Como exemplo de sucessos recentes na América Latina, são citados o Peru e a Colômbia. Ainda assim, o Brasil continua promissor no longo prazo e deve ultrapassar a França e o Reino Unido para se tornar o 5º maior mercado consumidor do mundo em 2023. O crescimento da próxima década deve continuar sendo marcado por queda da desigualdade, convergência entre as diferentes regiões do país e famílias menores (passando de uma média de 3,9 pessoas em 2000 para 2,9 em 2030). Com base nos números da Moody's, a Euromonitor engrossa o coro dos que não acham que a Copa vá causar grande impacto na economia. O evento deve trazer em 2014 um aumento de 10% nas chegadas internacionais de turistas e uma expansão de 5,9% no setor de alimentação (que ficou estacionado no ano passado), mas os empregos gerados são em sua maioria temporários e de pequeno peso no mercado de trabalho nacional. Já a projeção da "marca Brasil" pode ser uma faca de dois gumes: "sediar a Copa coloca o Brasil no centro das atenções de uma forma que só um evento mundial pode fazer. No entanto, esse foco deixa o Brasil aberto a riscos e a recompensas", diz o relatório. A Euromonitor também traz uma espécie de guia para o país, comparando dados e descrevendo bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de destacar a baixa posição do país em rankings de competitividade e de corrupção.
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Executivo brasileiro é o mais pessimista com economia
Os executivos brasileiros são os mais pessimistas do mundo com relação ao desempenho da economia. Numa escala de 0 a 100, a pesquisa Panorama Global de Negócios apurou que o índice de otimismo dos diretores financeiros do Brasil (CFOs, na sigla em inglês) está em 49,5 pontos, o menor da série histórica e o mais baixo entre as economias. O levantamento - conduzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Duke University e CFO Magazine - mostra que a Ásia é a região mais otimista do mundo (65,2 pontos), seguido pelos Estados Unidos (61,1), Europa (60) e América Latina (52). Os números da pesquisa refletem a apatia dos empresários com o desempenho da economia brasileira. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu apenas 0,2%. Dessa forma, a expectativa é de baixo crescimento econômico para o ano: a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada ontem, mostrou que o mercado prevê uma alta de 1,44%. "No governo Lula (entre 2003 e 2010), o Brasil teve um crescimento com base na política de aumento de consumo e redistribuição de renda. Essa política gerou um avanço por um determinado período, mas não se pode crescer eternamente dessa forma. Estamos numa situação em que avançamos pouco e, quando tentamos acelerar, aparece a inflação", afirma Antonio Gledson de Carvalho, professor de finanças da FGV e codiretor da pesquisa. O estudo também teve a participação do professor de economia da FGV Klenio Barbosa. O mau humor dos empresários também ficou evidente em outro indicador calculado pela pesquisa: 62,5% dos CFOs do país se tornaram mais pessimistas e apenas 4,2% mais otimistas. A pesquisa entrevistou 694 diretores financeiros que atuam nas principais economias, sendo 106 da América Latina - desses, 48 brasileiros. O levantamento foi concluído em 5 de junho. Na economia real, o pessimismo dos executivos deverá se refletir principalmente nos investimentos. Pela primeira vez, o levantamento apontou que os CFOs estão projetando uma queda nessa área. Para os próximos doze meses, as empresas devem reduzir os gastos de capital em 1,6%. "O único ponto que ajudaria a estimular o crescimento é o investimento privado. Isso depende da estabilidade das instituições e capacidade de previsibilidade, mas esses pontos foram destruídos nos últimos anos", afirma Carvalho. "O setor privado não investe, a economia não cresce, o pessimismo aumenta e, consequentemente, os investimentos são cortados", diz o professor. O emprego temporário também deverá ser afetado. A pesquisa estima uma redução de 1,6%, ante uma queda de 0,4% no levantamento anterior. "Num primeiro momento de dificuldade, as empresas começam demitindo os funcionários temporários. A redução desse grupo mostra que há um reajuste no número de empregados das empresas. Se essa tendência continuar, deve haver uma queda do emprego permanente no futuro", afirma Carvalho. Na pesquisa atual, o emprego permanente permaneceu estável. Atualmente, as preocupações dos executivos estão ligadas ao desempenho do governo, incertezas econômicas e inflação. O resultado difere das sondagens anteriores, o que indica a piora do clima econômico. As principais preocupações costumavam ser taxa de impostos, demanda e pressão dos competidores e condições de créditos. "As preocupações atuais estão ligadas ao que governo pretende fazer, porque a gente sabe que depois da eleição a equipe econômica deve tomar algumas decisões", afirma Carvalho. Fonte: Veja Online
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