SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 13 DE MAIO DE 2015
FAÇA PARTE DESSE TIME ASSOCIE-SE (WWW.OESC.ORG.BR)
1
Editorial: Meta anticorrupção Fonte Jornal Folha de São Paulo 13/05/2015 às 02h00 A exemplo do que se deu com o julgamento do mensalão do PT, os desdobramentos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal têm atraído as atenções de boa parte da sociedade brasileira. No atual estágio do país, parece quase impossível que o caso se arraste na corte por um tempo maior do que o estritamente necessário. Embora a regra tenha lá suas exceções, como atesta o estacionário processo do chamado mensalão tucano, a repercussão midiática e a mobilização popular sem dúvida contribuem para que magistrados não mais deixem dormitar em suas gavetas ações contra membros da classe política. O mesmo não se pode dizer, porém, acerca de decisões de menor visibilidade. Ao contrário, nessas situações não raro prevalece um outro tipo de pressão, exercida sobre juízes ou até desembargadores por influentes integrantes das elites locais e destinada a garantir a velha e perniciosa impunidade. No intuito de contornar tal problema, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estabeleceu, em novembro de 2012, uma meta de combate à corrupção: ao final de 2013, os tribunais deveriam ter julgado todas as ações relativas a improbidade e crimes contra a administração pública distribuídas até 2011. O objetivo, contudo, foi apenas parcialmente cumprido. Dos 114 mil processos que se enquadravam nesses critérios, 62 mil (54%) tiveram o devido encaminhamento. Para amenizar o fracasso, reeditou-se a meta no ano seguinte, com o acréscimo de casos distribuídos em 2012. Um vez mais, todavia, magistrados deixaram a desejar. Balanço recém-divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça mostra que, em 2014, julgaram-se cerca de 110 mil das 198 mil ações relacionadas com corrupção de novo, quase a metade dos autos não andou como deveria. Na Justiça estadual, onde se concentram 105 mil processos dessa natureza, apenas tribunais de pequeno porte, como o do Amapá e o do Acre, chegaram perto de dar conta do recado, com, respectivamente, 95% e 88% da meta atendida. Na outra ponta, Bahia (meros 8%) e Piauí (21%) voltaram a exibir os piores resultados. O tribunal de São Paulo melhorou seu desempenho, passando de 54%, em 2013, para 63%, em 2014. Há muito a avançar, como se vê. Não se trata de identificar no combate à corrupção uma maneira de desafogar o Poder Judiciário. Os quase 200 mil casos em questão mal formam uma gota no oceano de aproximadamente 100 milhões de processos em tramitação nas cortes do país. Trata-se, isto sim, de priorizar ações de inegável dimensão pública, com efeitos moralizadores tanto sobre a classe política quanto sobre a própria Justiça.
Palavras e fatos Fonte Jornal Folha de São Paulo 13/05/2015 às 02h00 Os esforços do governo para reduzir as incertezas políticas e econômicas começam a produzir resultados. A despeito do debate barulhento sobre a necessidade do "ajuste" fiscal, no qual a lógica e a realidade foram substituídas pelo palavrório irresponsável e pela falsificação de dados, a Câmara aprovou os projetos da terceirização e do seguro-desemprego. É muito difícil aceitar a proposição que eles retiram direitos assegurados na Constituição aos trabalhadores, principalmente quanto ao segundo.
2
A discussão deveria ter servido para desmistificar o evidente preconceito de alguns contra o seguro-desemprego. Quando bem projetado e calibrado, não estimula comportamento moral duvidoso do trabalhador e está longe de promover uma distorção no mercado de trabalho. Pelo contrário, o aperfeiçoa. Além de reduzir incertezas e riscos do trabalhador, aumenta a coesão social e lhe dá condição de aproveitar a oportunidade e a coragem para procurar emprego onde aproveite melhor suas qualificações. Favorece assim, uma melhor alocação do trabalhador no sistema econômico e aumenta a sua produtividade. Um seguro desemprego muito generoso pode, sim, gerar o efeito contrário: estimular o mau comportamento moral do trabalhador. Ainda mais no nosso caso, quando ele pode entrar em conluio com o seu empresário para assaltarem o Tesouro Nacional... Com relação à terceirização é evidente que ela é uma imposição da própria necessidade de aumentar a produtividade do trabalho no mundo real. Com ela aproveitam-se as vantagens da divisão do trabalho e da economia de escala proporcionadas pela integração da economia nacional às cadeias produtivas mundiais. É evidente que, se a lei vier a produzir a precarização do trabalho ou a insegurança que reduzem a coesão social e a produtividade, o que se verificará pela experiência (e não pelo que dizem os que vão perder receita sindical), ela terá de ser corrigida. Não devemos esquecer, entretanto, que a ampliação do comércio internacional tem importância na fixação dos níveis de salário que, nas empresas exportadoras tende a ser maior. Quem tiver dúvida deve consultar Melitz, M.J. "The impact ou trade on intra-industry reallocations and aggregate industry produtivity" ("Econometrics",71 (2003):1695-1725). O impactante argumento que "a terceirização é causa de acidentes" inverte a relação de causalidade: as empresas hoje tendem a terceirizar suas atividades mais perigosas. Por outro lado, parece difícil recusar a hipótese que a coordenação política exercida por Michel Temer vai adquirindo mais musculatura e será fundamental no futuro.
Nem bom, nem mau; só feio Fonte Jornal Folha de São Paulo 13/05/2015 às 02h00 Nos western spaghetti, gênero que produziu algumas obras-primas, nada supera a hora do duelo em que oponentes se encaram longamente, na tentativa de antecipar o momento em que o outro vai sacar o Colt do coldre. A câmara salta de um rosto a outro, olhos semicerrados, expressão tensa, o braço uma mola à beira da explosão. Já na Europa, palco desses filmes, o duelo parece surpreendentemente tranquilo. A Grécia e seus parceiros da zona do euro caminham para o enfrentamento aparentemente relaxados. Relaxados demais, na verdade. O governo de extrema-esquerda (Syriza), que assumiu o poder na Grécia no começo deste ano, fez uma aposta ousada: reverteu boa parte do ajuste que havia sido fei- to pela administração anterior em nome da soberania grega, mas, ao mesmo tempo, ainda quer to- mar emprestado de seus credores algo como € 7,5 bilhões nos pró- ximos meses. Seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, um especialista em teoria dos jogos, parece ter partido da crença de que os credores estariam dispostos a tudo para impedir que a Grécia deixasse o euro. Fosse a Grécia o único país a enfrentar problemas, o pressuposto poderia até estar correto. Apesar, porém, de sua especialidade, Varoufakis provavelmente se equivocou em sua avaliação de quanto os credores imaginam ter a perder num cenário de saída da Grécia (Grexit) relativamente ao custo de ceder às pressões helenas. Por um lado, os credores não aparentam estar particularmente preocupados com as consequências de um calote grego, já que a exposi- ção dos bancos europeus à dívida grega foi significativamente reduzida, atenuando um dos canais de transmissão da crise. Por outro, temem que novas concessões à Grécia acabem por levar a movimentos similares por parte de outros países em condições semelhantes, solapando seu esforço em prol da austeridade fiscal.
3
Assim, as propostas gregas têm sido solenemente rejeitadas desde o início do processo, indicando que o país não teria acesso aos novos desembolsos sem se comprometer com o mesmo processo de ajuste que o Syriza prometera jamais adotar. Desde então se perderam meses em discussões sem avanços substantivos e se aproxima a hora em que a Grécia, cujas contas fiscais só pioram, há de ficar sem recursos para servir sua dívida. Daí para o Grexit a distância é perigosamente modesta. Isto dito, a atitude blasé dos credores soa insensata. É verdade que o canal bancário de transmissão da crise foi reduzido, mas, ainda assim, a saída do euro por parte de um seus membros revelaria que a moeda única é um contrato muito mais fraco do que se acredita, apenas mais uma instância de taxas fixas de câmbio, cujo histórico de abandono é para lá de extenso. Isso tenderia a recolocar pres- sões sobre os elos mais fracos da corrente europeia, com consequências inimagináveis para o proje- to mais ousado deste século caso mais um ou dois desses elos também se rompam. Já para a Grécia, ao menos no curto prazo, a recessão seria provavelmente ainda maior do que a vivida até este momento. Em que pese a possibilidade de retorno do crescimento à frente, esse dano seria também irreparável. Não há como saber o resultado do duelo, mas me acalmaria caso os participantes se mostrassem um tanto mais preocupados.
Casas sem fundos Fonte Jornal Folha de São Paulo 13/05/2015 às 02h00VINICIUS TORRES FREIRE vinit@uol.com.br PARECE QUE acabou o dinheiro para financiar imóveis a juros menores, regulados pelo governo. Isto é, aquele dinheiro que vem dos depósitos da caderneta de poupança e do FGTS. Pelo menos na Caixa Econômica Federal, que detém dois terços dos empréstimos imobiliários, acabou ou está por aí. Que acabaria, eram favas contadas. Os empréstimos imobiliários com taxas de no máximo 12% (dinheiro vindo das cadernetas) e muito menos que isso (vindo do FGTS) dependem, claro, do crescimento das contas de poupança, principalmente, e do FGTS (em menor escala, embora crescente). Desde dezembro de 2014, o total de depósitos da poupança decresce, em termos reais (descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior). No entanto, o estoque de empréstimos continuou a crescer. Desde 2007, quando sobravam muitos recursos, o total de crédito imobiliário regulado pelo governo cresceu 12 vezes. Os depósitos na poupança, 3,4 vezes. Os empresários do crédito, da venda e da construção de casas avisam pelo menos desde 2011 que a fonte iria secar, que era preciso incrementar as normas financeiras para o setor, de modo a permitir a criação de novos modos de captar dinheiro para o financiamento. Na verdade, era preciso repensar o sistema inteiro de financiamento habitacional, de poupanças obrigatórias (FGTS) e a caderneta de poupança, parte dele velho de meio século, inventado para uma economia primitiva, que nem mercado financeiro ou Banco Central de fato tinha. A situação do financiamento bancada pela poupança começou a parecer crítica lá por 2011. Mas Dilma 1, no seu estilo deixa que eu chuto preocupado com miudezas e avesso a reformas, não ligou muito. É preciso reconhecer que o sistema foi vítima de seu sucesso neste século: a queda dos juros e reformas de Lula 1 incentivaram o crescimento do crédito imobiliário, inédito no Brasil. Mas o esquema deu o que tinha que dar, mesmo que os depósitos na poupança voltem a crescer, o que é duvidoso. A crise provoca os saques na poupança, mas não apenas. Há alternativas mais rentáveis de aplicação financeira. As pessoas, enfim, parecem aprender um pouco de finanças pessoais (a caderneta mal acompanha a inflação, não rende nada em termos reais).
4
O governo, por ora, limita-se a dizer que os bancos podem captar dinheiro por outros meios, o que já vêm fazendo. Mas esse dinheiro custa mais caro, o que encarece o financiamento imobiliário. Além do mais, o mercado brasileiro de títulos imobiliários ainda é meio primitivo e raso feito um pires. Há no governo quem sugira algum remendo, como aumentar o crédito via FGTS. Mas o FGTS não tem os fundos e mundos que muita gente no governo quer utilizar (habitação, infraestrutura, BNDES, cura de espinhela caída, coração partido etc.). Os mais "liberais" sugerem que o mercado recorra mais a LCIs, que ora fazem algum sucesso por ser uma aplicação isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas --mas o ministro da Fazenda quer cobrar IR aí. Em suma, o financiamento imobiliário vai ficar mais caro e escasso. O problema é controlar os estragos de curto prazo, os efeitos secundários da crise da construção, que já está bem feia.
Fies seria mais efetivo se aluno desse contrapartida Fonte Jornal Folha de São Paulo 13/05/2015 às 02h00JOANA CUNHA DE SÃO PAULO O financiamento estudantil público Fies deveria oferecer opções de juros maiores, prazos menores e contrapartida dos alunos, defende o presidente da Anima Educação, Daniel Castanho. Dona de instituições como UniBH, São Judas e Unimonte, a Anima sofreu um revés com a conjunção entre crise econômica e mudança nas regras do Fies. Um contrato de investimento bilionário com a americana Whitney University System, em que a Anima compraria mais escolas, acabou desfeito no último mês. Castanho, no entanto, é otimista em relação ao futuro das universidades particulares as mais preparadas para, segundo ele, se adaptar a um mundo em que a simples transmissão de conteúdo acabou. "Esse negócio vai mudar radicalmente." olha - Quais foram os equívocos no Fies? Daniel Castanho - Algumas instituições abusaram. Elas falavam ao aluno: 'Venha e, se não conseguir pagar, eu bancarei seus estudos'. É uma ilusão na qual a própria instituição de ensino seria a avalista. Depois ela pode até não pagar o governo. Alguns alunos também abusaram: são de família que pode pagar, mas pedem Fies pois é melhor que financiamento de carro. Como seria um Fies 2.0? Os juros não precisariam ser 3,5%. Pode ser 6% ou 7%. O prazo não precisa ser enorme. Poderia haver contrapartida. Se o aluno pagasse 20%, teria taxa menor, se pagasse 50%, menor ainda. A contrapartida poderia ajudar na redução da quantidade de financiamento. Como fica o financiamento privado? Em 2010, os bancos estavam pensando em alternativas. O Real, por exemplo, percebeu que, quando você está na faculdade, começa sua vida e vai comprar carro e casa num período de dez anos. A fidelidade é grande. Mas, quando o governo trouxe o Fies a condições imbatíveis, pararam as pesquisas. Acho que agora as condições do Fies vão piorar um pouco. E o aluno que não conseguir universidade pública, nem Prouni nem Fies vai buscar outro financiamento. Surge a oportunidade de financiamento privado. Vai ser pior que o Fies, mas bom para atender uma demanda da população. O aluno de faculdade particular de massa já vem despreparado, mas seu desempenho costuma, depois, ser atribuído à instituição que o formou. Como o setor lida com isso? 5
Escola boa no Brasil é aquela em que entra aluno bom. A escola pública recebe aluno bom, mas é muito morosa. Em educação, esse negócio de simplesmente transmitir conteúdo acabou. Conteúdo hoje está em todo lugar. Nosso negócio vai mudar radicalmente nos próximos anos. O currículo tem que ser flexível, provocador. A universidade tem que ser o local da experimentação, desenvolver autoconhecimento. É diferente de 15 anos atrás. Quem está mais preparado para essa mudança? Acredito que a universidade privada. Porque nos especializamos em pegar o aluno nota 2 e entregar 7 ou 8. Provavelmente você dirá que quem se dará bem no futuro são as que podem investir. Não é só dinheiro. É também agilidade. Hoje você é reconhecido com os indicadores do MEC. Mas o próprio MEC é dono das universidades públicas. Então ele coloca peso muito grande em mestre, doutor, tempo integral, pesquisa, coisas que não representam necessariamente agregar mais valor para o aluno. A Anima tem feito isso. Mensuramos como os alunos se saem nas dinâmicas de grupo feitas por empresas de talentos. O plano de carreira ainda hoje em diversas universidades só favorece tempo de casa e titulação. Eram bons indicadores quando a universidade só repassava conteúdo: quanto mais titulação o professor tem, mais conteúdo tem para passar. Quando chegará esse futuro? Veja as cotas das universidades públicas: quando se tem 10% ou 20% em "cotas", vem na curva normal. Mas, com 50% vindo de escola pública de maneira forçada, alunos que iriam entrar na pública não entram mais. Para onde vão? Para as melhores privadas. Não para as UniEsquinas. Aí há uma melhora porque vai ter um aluno mais bem preparado nas instituições melhores dentre as de massa, o que vai fazer com que se aproximem das públicas. Por outro lado vai entrar aluno pior nas públicas. Aí as públicas terão de fazer o que a gente faz: ensinar matemática, regra de três. E elas não estão preparadas para isso. As públicas se deteriorarão mais rápido. O que houve na quebra do negócio com a Whitney [que venderia instituições à Ânima]? Quando veio a primeira mudança do Fies, as ações caíram. Mas continuou sendo um negócio interessante. Depois, a economia fez nossa previsão de crescimento mudar. Do lado da Whitney, o dólar afetou, porque, quando assinamos o acordo, o dólar estava em R$ 2,64. Os dois lados sofreram e isso facilitou o distrato. Se continuasse bom para um lado e ruim para o outro, seria difícil. Quem sabe lá na frente.
Indústria, investimento e varejo da China têm resultado abaixo do esperado em abril FONTE REUTERS Com informações da Dow Jones Newswires 13 Maio 2015 às 07h 43 A produção industrial da China subiu 5,9% em abril na comparação com o mesmo período do ano passado, ligeiramente abaixo das expectativas e reforçando as expectativas de que o governo terá de aumentar seus esforços para impulsionar a economia. Analistas consultados
6
pela Reuters esperavam aumento de 6,0%, ante 5,6% em março, que havia sido a leitura mais fraca desde a crise financeira global. Já se esperava uma leitura fraca após o banco central cortar os juros no início desta semana pela terceira vez em seis meses para reduzir os custos de financiamento das empresas e estimular a atividade, em um momento em que a economia caminha para seu pior ano em um quarto de século. Além de cortar os juros, o banco central também reduziu o compulsório duas vezes neste ano para impulsionar o crédito bancário e o crescimento econômico e afrouxou restrições à compra de imóveis residenciais para ajudar o enfraquecido mercado imobiliário, que responde por cerca de 15% da economia.
O investimento em ativos fixos, motor crucial da segunda maior economia do mundo, subiu 12% no período entre janeiro e abril em relação ao mesmo período do ano anterior, ritmo mais lento desde dezembro de 2000, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira. Economistas esperavam ganho de 13,5%, mesmo resultado do primeiro trimestre do ano. Já as vendas no varejo avançaram 10% no mês passado, contra expectativa de alta de 10,5% e abaixo do resultado de março. As vendas de moradias, por sua vez, somaram 1,49 trilhão de yuans no acumulado de janeiro a abril deste ano, queda de 2,2% em comparação com igual período do ano anterior. Apesar da queda, o resultado representa um melhora para o setor imobiliário, que havia apresentado recuo anual de 9,2% no acumulado de janeiro a março. A leve recuperação das vendas foi encarada pelo mercado como resultado das medidas de estímulo ao setor adotadas pelo governo em abril. Uma delas reduziu o porcentual mínimo que o comprador do imóvel deve dar de entrada ao comprar uma segunda residência, de 60% para 40%. Ainda assim, os investimentos em imóveis desaceleram para alta anual de 6,0% nos quatro primeiros meses do ano, para 2,37 trilhões de yuans, ante um avanço de 8,5% nos três primeiros meses.
Dólar amplia queda ante o real após dados fracos dos EUA FONTE SILVANA ROCHA - O ESTADO DE S. PAULO13 Maio 2015 às 10h 27 O dólar à vista recua ante o real na manhã desta quarta-feira, 13, e reage a dados fracos das vendas no varejo dos Estados Unidos. No início da sessão, a moeda operava abaixo de R$ 3,00, pressionada pelo viés de baixa generalizado no mercado internacional. No início da sessão, a moeda à vista registrou mínimas até R$ 2,9820, com queda de 1,39%. Por volta das 10h20, a divisa caía 0,79% e era negociada a R$ 3,000. Na mesma faixa horária, o Ibovespa recuava 0,27%, aos 56.641 pontos. O apetite dos investidores por ativos considerados mais arriscados foi estimulado pelos números do PIB da zona do euro no primeiro trimestre, com crescimento das quatro maiores economias do bloco (Alemanha, França, Itália e Espanha) pela primeira vez em cinco anos,
7
além dos dados de vendas no varejo e produção industrial da China piores que o esperado e que fortalecem as expectativas por novos estímulos. É esse contexto que dá impulso hoje às divisas de países emergentes e exportadores de commodities em âmbito global. Os investidores repercutem ainda declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em Londres, em palestra na Bolsa de Valores britânica, ele falou de Banco Central "muito vigilante" e defendeu o ajuste fiscal. Também monitoram a reunião do vice-presidente da República, Michel Temer, com líderes da base aliada no Congresso e ministros para negociar a votação da Medida Provisória 664, que endurece o acesso a benefícios previdenciários. A sessão que analisará a proposta está prevista para ocorrer nesta tarde na Câmara dos Deputados. Estão presentes à reunião os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência Social), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Comunicações). Entre os parlamentares, há representantes do PT, PMDB, PSD, PcdoB, PTB, PRB, PP, PR e Pros.
Produção no pré-sal ultrapassa 800 mil barris por dia Fonte Portal Economia SC/Agência Brasil 13 de maio de 2015 às 12h 53 A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras nas áreas do pré-sal nas bacias de Santos e Campos atingiu, em 11 de abril, 800 mil barris de petróleo equivalente (petróleo e gás natural) por dia, recorde de extração na região. Desse volume, cerca de 74% (590 mil barris por dia) correspondem à parcela da companhia e o restante à das empresas parceiras nas diversas áreas de produção da camada pré-sal. Em nota divulgada nessa quarta-feira, 13, a Petrobras lembra que a produção de 800 mil barris por dia foi alcançada oito anos após a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, ocorrida em 2006, tempo inferior ao que foi necessário para se chegar ao mesmo patamar em outras áreas de produção marítima. “Para que a Petrobras alcançasse, no Brasil, a produção de petróleo de 800 mil barris por dia foram necessários 40 anos, com a contribuição de 6.374 poços. Na Bacia de Campos, esse mesmo volume de produção foi alcançado em 24 anos, com 423 poços”, informa a nota. A marca de 800 mil barris de petróleo por dia foi obtida através de 39 poços produtores, dos quais 20 estão localizados na Bacia de Santos, que responde por 64% da produção (511 mil barris por dia). Outros 19 poços estão localizados na Bacia de Campos e se referem a 36% da produção (291 mil barris por dia). A Petrobras informou que o início da operação do sistema de produção antecipada instalado no campo de Búzios, em março deste ano, por meio do navio-plataforma Dynamic Producer, foi decisivo para a obtenção do recorde. A extração no Campo de Búzios é a primeira produção de petróleo e gás de longa duração promovida pela Petrobras na área da chamada cessão onerosa. “Além desse sistema, contribuiu, também, para esse resultado o início da produção da plataforma P-20, na camada pré-sal, no Campo de Marlim na Bacia de Campos, que será importante para futuros incrementos da produção na área”, informou nota da empresa.
Brasil fica em 60º lugar em ranking mundial de educação Fonte Mariana Desidério, deEXAME.com13/05/2015 ÀS 10H 15 8
São Paulo – O Brasil ficou em 60º lugar no ranking mundial de educação elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), no qual foram considerados 76 países. Divulgado hoje, o estudo é baseado no desempenho dos estudantes em testes de matemática e ciências. As primeiras posições na lista ficaram com países asiáticos Singapura conquistou o primeiro lugar, seguido por Hong-Kong, Coreia e Japão. Dentre os latino-americanos, o Chile é o primeiro da lista, em 48º lugar. Costa Rica, México e Uruguai também estão na frente do Brasil, em 53º, 54º e 55º respectivamente. Os estudantes brasileiros tiveram desempenho melhor que os argentinos (62º lugar), colombianos (67º) e peruanos (71º). O último lugar no ranking é ocupado por Gana, na África. Segundo o relatório, o desempenho do Brasil em matemática, ciência e leitura melhorou consideravelmente na última década. “A pontuação no PISA na área de matemática subiu numa média de 4,1 pontos por ano de 356 pontos em 2003 para 391 pontos em 2012”, diz o relatório.
16 países que devem ter recessão em 2015 (como o Brasil) Fonte João Pedro Caleiro, deEXAME.com13/05/2015 ÀS 06H 00 São Paulo - Já é consenso que o Brasil terá uma recessão este ano, mas ninguém sabe o tamanho: as previsões giram em torno de 1,2%, último número do Boletim Focus. De qualquer forma, será o pior resultado em mais de duas décadas. Considerando que o PIB ficou parado em 2014 e a perspectiva para 2016 está em 1%, a economia brasileira corre o risco de ficar 3 anos virtualmente parada. O último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado no final de abril, prevê que o PIB vá encolher este ano em 16 das 189 economias monitoradas. Afetada por sanções e a queda do preço do petróleo, a Rússia afunda junto com seus vizinhos. Na Ucrânia, Serra Leoa e Iêmem, o problema é a violência política, enquanto Argentina e Venezuela sofrem as consequências de anos de irresponsabilidade. No caso do Brasil, as razões são múltiplas. Entre elas, o fim do ciclo de commodities, a queda da confiança, o esgotamento do crescimento pelo consumo e das políticas anti-cíclicas do governo e os efeitos da Operação Lava Jato sobre a Petrobras e as grandes construtoras. Veja a seguir quais são as economias que devem entrar em recessão em 2015 e as taxas de crescimento dos últimos 2 anos em cada uma, assim como a previsão do PIB para este ano e o próximo - da maior para a menor queda:
Guiné Equatorial Ano
Crescimento
2013
-4,8%
2014
-3,1%
2015 (est.)
-15,4%
2016 (est.)
3,7%
Serra Leoa Ano
Crescimento
2013
20,1% 9
2014
6,0%
2015 (est.)
-12,8%
2016 (est.)
8,4%
Venezuela Ano
Crescimento
2013
1,3%
2014
-4,0%
2015 (est.)
-7,0%
2016 (est.)
-4,0%
Ucrânia Ano
Crescimento
2013
0,0%
2014
-6,8%
2015 (est.)
-5,5%
2016 (est.)
2,0%
Vanuatu Ano
Crescimento
2013
2,0%
2014
2,9%
2015 (est.)
-4,0%
2016 (est.)
5,0%
Rússia Ano
Crescimento
2013
1,3%
2014
0,6%
2015 (est.)
-3,8%
2016 (est.)
-1,1%
Bielorússia Ano
Crescimento 10
2013
1,0%
2014
1,6%
2015 (est.)
-2,3%
2016 (est.)
-0,1%
Iêmem Ano
Crescimento
2013
4,8%
2014
-0,2%
2015 (est.)
-2,2%
2016 (est.)
3,6%
Libéria Ano
Crescimento
2013
8,7%
2014
0,5%
2015 (est.)
-1,4%
2016 (est.)
5,0%
Brasil Ano
Crescimento
2013
2,7%
2014
0,1%
2015 (est.)
-1,0%
2016 (est.)
1,0%
Armênia Ano
Crescimento
2013
3,5%
2014
3,4%
2015 (est.)
-1,0%
2016 (est.)
0,0%
11
Moldávia Ano
Crescimento
2013
9,4%
2014
4,6%
2015 (est.)
-1,0%
2016 (est.)
3,0%
Premiê chinês assinará acordo de carnes em visita ao Brasil Fonte Ben Blanchard, da REUTERS13/05/2015 ÀS 12H 30 Pequim - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, vai assinar um acordo deexportação de carne bovina e discutir novas aquisições e cooperação no setor de aviação durante visita ao Brasil na próxima semana, informou uma autoridade chinesa nesta quartafeira, enquanto a presidente Dilma Rousseff espera também contar com investimentos chineses em infraestrutura no país. Li visitará Brasil, Colômbia, Peru e Chile na viagem entre os dias 17 e 29 de maio e, como é comum nas visitas de líderes chineses a nações ricas em recursos naturais, provavelmente irá firmar acordos importantes. Em entrevista a um jornal chinês publicada na terça-feira, Dilma disse que vai discutir também investimentos chineses em infraestrutura no Brasil durante encontro com Li, no momento em que o governo está na reta final dos preparativos para lançar um programa de investimento em logística no país. "O Brasil passa por um momento em que todo o conhecimento e a expertise da China na área de investimento em infraestrutura nós podemos aproveitar, tanto na área de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”, disse Dilma na entrevista ao China Business News, ressaltando ainda que a participação da China em ferrovias vai ser "essencial" para o Brasil.
12