SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 15 DE JANEIRO DE 2015
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Emprego na indústria cai 0,4% em novembro, diz IBGE Fonte Portal Economia SC 15 de janeiro de 2015 às 08h 21 Em novembro, o emprego na indústria caiu 0,4% na comparação com o mês de outubro, o que é a oitava taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,3% no ano de 2014. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, dia 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou redução de 0,5% no trimestre encerrado em novembro de frente ao patamar assinalado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2013. Na comparação com novembro de 2013, o emprego industrial mostrou queda de 4,7%, 38º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%). Com isso, o total do pessoal ocupado assalariado também recuou no índice acumulado dos onze meses do ano (-3,1%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao recuar 3,0%, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado (-1,0%). No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 4,7% em novembro de 2014, com o contingente de trabalhadores apontando redução nos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-6,1%). Vale citar também os resultados negativos assinalados por Minas Gerais (-4,5%), Região Nordeste (3,8%), Paraná (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (-4,2%). Setorialmente, ainda no índice mensal de novembro de 2014, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em dezesseis dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de alimentos e bebidas (-4,0%), meios de transporte (-7,7%), produtos de metal (-8,3%), máquinas e equipamentos (-6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,2%), calçados e couro (-7,9%), vestuário (-4,8%), outros produtos da indústria de transformação (-6,5%) e metalurgia básica (-5,8%). Por outro lado, os impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de produtos químicos (1,0%) e de minerais não-metálicos (0,1%). Em novembro de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, sétima taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,9%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 0,6% no trimestre encerrado em novembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,6% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando parte do avanço de 1,1% registrado em outubro último. Vale destacar que nesse mês verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-2,2%), quanto do setor extrativo (-3,7%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou recuo de 1,0% no trimestre encerrado em novembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em fevereiro último. (IBGE)
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IGP-10 recua para 0,42% em janeiro, afirma FGV Fonte Portal Economia SC 15 de janeiro de 2015 às 07h 42 A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) da Fundação Getulio Vargas variou 0,42% em janeiro, valor 0,56 ponto percentual abaixo da taxa registrada em dezembro, que foi de 0,98%. Em janeiro de 2014, a variação foi de 0,58%. Já no período de 12 meses, o IGP10 registrou alta de 3,72%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, dia 15, pela FGV. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. É usado, entre outras opções, para reajustes de tarifas públicas. Entre os componentes do IPG-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,21%, em janeiro. Em dezembro, a variação foi de 1,17%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 1,17%, em janeiro, ante 1,12%, em dezembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,48% para 9,78%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,32%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,97%. O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,24%. No mês anterior, a taxa havia sido de 1,15%. Todos os subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,90% para 0,11%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,15%. No mês anterior, foi registrada variação de 0,89%. O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,97%. Em dezembro, a taxa foi de 1,25%. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: bovinos (5,43% para 0,74%), milho (em grão) (12,86% para 1,47%) e soja (em grão) (3,87% para 1,05%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens: suínos (-4,96% para -2,59%), cana-de-açúcar (-0,10% para 0,30%) e aves (-2,94% para -2,32%). Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), outro componente do IGP-10, registrou variação de 1,05%, em janeiro, ante 0,72%, em dezembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (0,70% para 1,48%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: laticínios (-2,57% para -0,75%) e arroz e feijão (-0,08% para 4,46%). Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,81% para 1,26%), Transportes (0,85% para 0,89%), Educação, Leitura e Recreação (1,22% para 1,44%), Despesas Diversas (0,24% para 0,63%) e Comunicação (0,40% para 0,49%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de eletricidade residencial (3,93% para 6,25%), tarifa de ônibus urbano (0,27% para 2,38%), cursos formais (0,00% para 2,80%), cigarros (-0,05% para 0,83%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,32% para 1,33%), respectivamente. Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,36% para 0,17%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,43%). Na primeira classe de despesa, vale citar o comportamento do item roupas femininas (0,49% para 0,09%), e na segunda, medicamentos em geral (0,14% para 0,05%), respectivamente.
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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), último componente do IPG-10, registrou, em janeiro, taxa de variação de 0,35%, ante 0,42%, no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,38%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,37%. O índice que representa o custo da Mão de Obraregistrou variação de 0,32%. No mês anterior, este índice variou 0,46%. (FGV/Ibre)
Em 2015, onde estão as oportunidades? Fonte Jornal valor Econômico Paulo Clini A maioria dos leitores desta coluna deve concordar que 2014 não foi um ano memorável do ponto de vista de investimentos - os mais arriscados não foram claramente compensados por maiores retornos. O exemplo mais contundente foi a bolsa, com retornos negativos no ano próximos a 3%. O mesmo raciocínio, no entanto, pode ser aplicado aos títulos prefixados longos, que tiveram retornos próximos ao CDI no ano. Mesmo ativos que neste final de ano mostram retornos um pouco superiores aos juros básicos - como as NTN-Bs longas e o dólar não recompensaram o investidor pela volatilidade apresentada. Aliás, volatilidade foi a marca do ano que se foi no mercado financeiro. Eleições domésticas, mudança de rumo na política monetária americana e queda nos preços do petróleo foram apenas alguns do motivos que justificaram os movimentos abruptos nos preços dos ativos no mercado local. Passado 2014, a pergunta que surge é o que esperar deste ano? Vamos começar por alguns "consensos" para 2015. Desde já, vale dizer que visões consensuais sobre determinado ativo ou classe de ativos são as mais perigosas, pois uma pequena mudança na direção esperada pelo mercado pode provocar movimentos abruptos nos preços. Ainda assim, o exercício é válido. Dentre as diversas classes de ativos disponíveis ao investidor local, uma recomendação bastante consensual é o câmbio. Em geral, o que se ouve dos especialistas é que, dados os desequilíbrios correntes e falta de competitividade da economia brasileira, o real teria que necessariamente se desvalorizar ao longo do ano como mecanismo de correção de tais problemas. Esse argumento é verdadeiro para prazos bastante longos. No curto prazo, porém, as variações da moeda são ditadas primordialmente por movimentos na conta de capital (financeiro) e não pelo comportamento da balança de transações correntes (bens e serviços). Assim, para entender o que vai acontecer com o real neste ano, devemos prestar menos atenção ao que vai acontecer na balança comercial e mais nos movimentos de portfólio dos investidores globais. É bem verdade que a aversão ao risco aumentou de maneira abrupta, puxada pela forte queda nos preços do petróleo. Foi esse movimento que puxou o câmbio real/dólar dos 2,50 vigentes ao fim de outubro para os atuais 2,65. O movimento foi bastante forte quando se considera que a expectativa corrente do mercado (Relatório Focus) para o dólar no fim de 2015 é de R$ 2,80. A questão que se coloca, portanto, é se esse movimento de aversão ao risco global se acentuará ao longo do ano ou não. Se não, o investidor local faria um melhor investimento deixando o dinheiro aplicado em um fundo DI. Isso fica claro quando se tem em mente que, ao comprar dólares, o investidor local abre mão de receber os juros locais (CDI). Assim, simplesmente para "compensar" a perda do CDI do período, o dólar deveria ir para patamares um pouco inferiores a R$ 2,95, muito acima do consenso de mercado. Duas variáveis são chave para respondermos à questão anterior. A primeira está relacionada aos impactos da queda do petróleo sobre o crescimento global. O receio atual dos investidores é que essa queda possa levar empresas e até mesmo países a uma crise de solvência, culminando com o default generalizado no setor. Não é possível descartar que algumas empresas mais endividadas apresentem problemas com preços de petróleo nos níveis atuais. 4
Porém, o que não se pode perder de vista é que a recente queda abrupta nos preços de energia é positiva para o crescimento global. Não só reduz o custo de produção de indústrias intensivas em petróleo como também gera um efeito positivo sobre a renda dos consumidores globais na medida em que reduz os gastos destes com combustíveis para transporte e aquecimento. Adicionalmente, o Brasil em particular deve ter um alívio em suas contas externas entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões por conta dessa queda. Seguindo essa lógica, não parece razoável apostar que um evento com impactos positivos para a economia global seja o gatilho para um movimento generalizado e permanente de aversão ao risco. Entretanto, o preço do petróleo não é a única variável importante para entender o comportamento do investidor global: o movimento de juros nas economias avançadas certamente tem peso até maior neste caso. Uma mudança abrupta no cenário atual de juros baixos poderia originar uma nova rodada de aversão ao risco global, puxando moedas de países emergentes e o real para patamares ainda mais baixos. Já argumentei nesta mesma coluna que o cenário de crescimento modesto para 2015 acoplado a uma forte queda nos índices de inflação globais deve empurrar para frente movimentos de reversão abrupta na política monetária (extremamente acomodatícia) atual. Mesmo o Fed, que parece estar liderando o processo de normalização de taxas de juros, deve promover esse ajuste de maneira bastante lenta e gradual, mantendo juros reais ainda no terreno negativo por alguns anos. Portanto, sem um choque de juros relevante, fica difícil acreditar que o atual nível de aversão ao risco vá recrudescer ainda mais. Sem o empurrão adicional decorrente de um choque adverso nos juros das economias avançadas, e com o impacto da recente queda do petróleo sendo absorvido pelos investidores globais, seria de se esperar que a o grau de aversão ao risco destes mesmos investidores, na pior das hipóteses, não piorasse. Sem essa ajuda, ficar comprado em dólares ao longo deste ano pode se mostrar muito menos interessante do que o consenso parece sugerir. Pode até funcionar no curtíssimo prazo enquanto as incertezas correntes continuarem, mas, com o passar do tempo, o custo de oportunidade (CDI) vai certamente cobrar seu preço.
Reajuste extra de energia puxa inflação no 1º trimestre Fonte Jornal Valor Econômico Leandra Peres e Rafael Bitencourt 15/01/2015 às 05h 00 O impacto da nova política de reajustes das tarifas de energia elétrica sobre a inflação se estenderá até o fim do primeiro trimestre e deve ser mais acentuado em fevereiro e março. No cenário traçado pelo governo, o efeito dos reajustes extraordinários que serão concedidos para resolver o problema de caixa das distribuidoras de energia vai superar o aumento da inflação causado pela adoção das bandeiras tarifárias em janeiro. A estimativa é que o IPCA, índice usado como referência para a meta de inflação, aumentará em 0,3 ponto percentual por causa das bandeiras vermelhas acionadas em janeiro. Já os reajustes que serão autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se dividirão entre fevereiro e março, fazendo com que o IPCA continue elevado no início desse ano. Numa tentativa de aliviar os reajustes médios de até 40% na tarifa de 2015 em virtude da nova política de preços, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que o governo tentará alongar o prazo de pagamento do empréstimo de R$ 17,8 bilhões que os bancos fizeram ao setor no ano passado. "A partir das revisões extraordinárias [de tarifas], teremos um redesenho da remuneração do setor elétrico. A qualidade dos recebíveis e a geração de caixa permitirão uma renegociação dos termos do financiamento, com impacto positivo na redução da tarifa", disse o ministro. 5
Segundo fontes, o aumento do prazo de pagamento dos empréstimos foi tratado na reunião dos ministros Braga e Joaquim Levy, da Fazenda, com a presidente Dilma Rousseff, que, no entanto, pediu uma avaliação mais precisa. A mudança no cronograma de pagamentos não virá sem custos: os bancos envolvidos na negociação exigirão juros mais elevados e o resultado final pode não ser o melhor para o governo, especialmente no que diz respeito à inflação. O ganho agora poderia chegar a cerca de oito pontos percentuais na tarifa caso nada fosse pago este ano, um cenário improvável. O impacto sobre a inflação, no entanto, é marginal. Conforme antecipou o Valor, a equipe econômica calculou em 0,2 ponto percentual o impacto que o pagamento do empréstimo sobre o IPCA de 2015. Há também o argumento de que a postergação nos pagamentos implicará manter as tarifas de energia elevadas por mais tempo para quitar a dívida, o que contamina as expectativas para a inflação para os próximos anos no momento em que o Banco Central promete trazer o IPCA para 4,5% em 2016. O cronograma original de pagamentos prevê que a Aneel crie um encargo nas contas de energia a partir de fevereiro. Nos primeiros nove meses, devem se arrecadados R$ 1,2 bilhão. Esses recursos funcionarão como um colchão e uma garantia extraordinária ao empréstimo. Se não for usado, poderá ser devolvido aos consumidores quando a dívida for quitada. O primeiro pagamento aos bancos está previsto para novembro desse ano. O aumento da inflação em janeiro e fevereiro já vem sendo projetado pelo próprio mercado financeiro. O boletim Focus, feito pelo Banco Central com participação de mais de cem analistas do mercado financeiro, estima um IPCA de 1,05% em janeiro. No governo, janeiro já não é mais visto como o pior mês. Espera-se uma pressão maior de preços em fevereiro por causa exatamente dos reajustes extraordinários que serão concedidos ao setor elétrico. O índice cheio pode ficar maior no mês de janeiro, por causa da concentração de pressões de outros segmentos, mas a energia deve ter um peso proporcionalmente maior no mês que vem. Caso o governo leve adiante a estratégia de mudar o cronograma de pagamentos do financiamento de R$ 17,8 bilhões, estará na verdade começando uma nova negociação com o grupo de bancos públicos e privados que participou da operação. Além dos juros, que vão subir, será necessário obter a aprovação dos comitês de crédito de cada uma das instituições, um processo que dificilmente será finalizado em menos de dois meses.
Com economia fraca, vendas desaceleram no varejo Fonte Jornal Valor Econômico 15/01/2015 às 05h 00 Ainda que no quarto mês seguido de alta e acima de algumas expectativas, as vendas do varejo em novembro engrossaram as previsões pessimistas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, que já haviam sido negativamente influenciadas pela queda de 0,7% da produção industrial no mesmo mês. As vendas do varejo aumentaram 0,9% em novembro em comparação com outubro, após os ajustes sazonais feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a novembro de 2013, também houve aumento, de 1%. No entanto, a comparação com os meses anteriores mostra a desaceleração e o enfraquecimento da economia no 4º trimestre. Em outubro, as vendas haviam aumentado 1,3% sobre setembro e 2,2% sobre o mesmo mês de 2013. 6
Cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito pelo IBGE tiveram expansão em novembro. Os destaques foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria, cujas vendas saltaram 9,6%; e o de móveis e eletrodomésticos, que vendeu 5,4% a mais, com a demanda animada a aproveitar os últimos meses de isenção de IPI, que terminou no início deste ano. Mas mostrou recuo no grupo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o que não é um bom sinal a respeito do consumo das famílias. Nesse segmento, as vendas caíram 0,8% em comparação com outubro, quando haviam subido 1,9% sobre setembro. Na comparação com novembro de 2013, o IBGE destacou a alta de 9,3% das vendas do grupo que inclui outros artigos de uso pessoal e doméstico, de 5,9% em artigos farmacêuticos e de perfumaria, e de 5,3% em eletrodomésticos, produtos que podem ter sido beneficiados pelas antecipações das compras de Natal. No varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção, o IBGE registrou aumento de 1,2% em novembro sobre outubro, impulsionado pelo avanço de 5,5% em veículos e motos, partes e peças, também incentivado pela proximidade do fim da isenção do IPI, e de 0,4% em material de construção. Mas na comparação com novembro de 2013, a queda foi de 2,7% na média, com 9,9% em veículos e de 2,4% em materiais de construção. Apesar de faltar dezembro, normalmente o melhor mês do varejo, para fechar a conta do ano, as previsões não são animadoras. O desempenho de novembro, acumulando expansão de 2,4% no ano e 2,6% em 12 meses, indica que o varejo pelo conceito restrito deve ficar no positivo em 2014, mas abaixo dos 4,3% de 2013 e com o pior resultado desde 2003, quando houve recuo de 3,7% nas vendas. O pico recente do varejo foi registrado em 2010, quando as vendas saltaram 11% e o PIB cresceu 7,5%. Desde 2012, quando aumentou 8,4%, o comércio registra variações cada vez menores, afetado pelo vaivém da política de desonerações, pelo aumento da inflação, pela elevação dos juros e pela piora nas condições de crédito. No ano passado, o clima adverso foi acentuado pelos feriados da Copa do Mundo, evento que estimulou a venda de alguns produtos específicos como eletrônicos, mas prejudicou as vendas de um modo geral. As eleições presidenciais também esfriaram o nível de atividades. Mais recentemente, aumentou a preocupação com o mercado de trabalho e com as mudanças econômicas em estudo. Apesar de o nível de desemprego se manter no patamar baixo, há o sentimento de que isso pode mudar, como sinalizam demissões feitas por algumas montadoras. Outro fator que influencia negativamente nas decisões de compra é a desaceleração do rendimento salarial, que amplifica a baixa confiança do consumidor. Em relação às mudanças que têm sido cogitadas na economia, já se espera impacto no aumento da inflação e dos impostos, o que também esfria a demanda e leva à estratégia de adiar compras e trocar produtos mais caros pelos mais baratos, reduzindo a receita do setor. Todos esses elementos aumentam a expectativa de que o desempenho da economia no quarto trimestre não deve ter sido espetacular, após ter saído da recessão técnica no terceiro trimestre. Cada vez mais se consolida a expectativa de que o PIB vai fechar o ano com variação ao redor de 0,1%, como indica a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central (BC) junto a cerca de 100 instituições financeiras e consultorias. Nesta semana foi o Banco Mundial que endossou o número, revisando para baixo a previsão anterior de crescimento de 1,5% da economia brasileira em 2014.
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Estiagem de dólares Fonte Jornal Folha de São Paulo 15/01/2015 às 02h 00 As entradas de dólares no país não andavam tão murchas desde a crise de 2008-09 ou, antes disso, desde 2003, ano de rescaldo dos tumultos derivados do fim do governo FHC e da eleição de Lula. Não é situação nem de longe tão dramática quanto a de 2009 e menos ainda quanto a de 2003. Não deixa de ser, porém, um incômodo e um sintoma de desarranjos. Seria prenúncio de coisas piores ou apenas o fim de um ciclo de descrédito agudo do Brasil? Trata-se aqui do fluxo cambial, o balanço de entradas e saídas de dólar do país. Até dezembro, o saldo acumulado em 12 meses era negativo em US$ 9,3 bilhões. Em janeiro, o saldo é negativo em US$ 1,3 bilhão. A mais recente temporada de vacas magras ficou evidente lá por março de 2013, quando começaram os paniquitos devidos ao risco de alta de juros nos EUA. Nesse período de seca, o saldo chegou a ficar negativo em US$ 20 bilhões, em maio de 2014 (acumulada a conta de 12 meses). Não foi tão ruim quanto abril de 2009 (rombo de US$ 80 bilhões). Mas incomoda. Os donos do dinheiro voltarão com dólares assim que a economia brasileira voltar a fazer sentido, com os economistas de Dilma 2 pondo ordem na casa (voltariam para se aproveitar dos nossos juros aberrantes)? Ou antecipam o tumulto que virá com a alta de juros nos EUA? Ou se trata de prenúncio de coisa pior, seca ruim de capital externo? Um fluxo cambial negativo duradouro, como o de agora, pressiona o preço do dólar. O fluxo negativo resulta de uma indisposição estrangeira de financiar nosso deficit externo (nosso excesso de consumo no exterior), de desconfianças sobre o futuro do crescimento da economia e da nossa incapacidade de voltar a exportar bem. Em outros tempos da última década, a entrada minguante de dólares pelo canal "financeiro" era compensada pelo saldo comercial. Agora, não. O saldo comercial, exportações menos importações, baixou a zero. Dólar em alta pode ser um sintoma e um remédio. Sintoma de excessos de consumo e erros de política econômica. Um remédio que pode, em tese, melhorar a venda da indústria e compensar a redução do preço das commodities que exportamos. Causa o efeito colateral da inflação. O que pode vir pela frente? O Investimento Estrangeiro Direto, IED, vinha se mantendo em níveis razoáveis, embora não fosse mais bastante para financiar nosso deficit externo (IED é o investimento "na produção", em novos negócios, ou empréstimos entre matriz e filial). Com a expectativa de mais um ano de crescimento zero e um 2016 de crescimento fraco, vai se sustentar? Os donos do dinheiro grosso aqui do Brasil ainda estão ressabiados, o que pode ser uma pista vaga para o comportamento dos investidores "não residentes". O termômetro da confiança são as taxas de juros na praça financeira, cobradas entre bancos, negociadas entre grandes investidores e cobradas do governo. Grosso modo e dado o desconto da alta de juros "do BC" do início de dezembro, estão mais ou menos no mesmo nível dos dias da reeleição de Dilma. Ora dão uma subida, ora caem. O bode sai da sala e volta de acordo com a confiança do "mercado" de que a nova política econômica vai pegar no breu ou não. 8
O novo rumo Fonte Jornal Folha de São Paulo 15/01/2015 às 02h00 Será mais do que uma simples modificação de agenda. Trocar a prevista ida à suíça Davos por uma breve estada em La Paz será uma incoerência de Dilma Rousseff. A programação antecipava que Dilma se faria acompanhar dos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa na ida a Davos, a pequena cidade que recebe o periódico piquenique suíço dos donos da riqueza mundial. De repente, informa-se que Dilma está preferindo ir à posse do reeleito Evo Morales. Ou seja, prestigiar uma prática política equivalente, nas condições bolivianas, à que a Dilma do segundo mandato repeliu para adotar as políticas e práticas bem vistas pelos convivas de Davos. Ainda mais estranha se mostra a inversão da agenda presidencial se confrontada com as decisões de governo que compõem o portfólio ideal para uma entrada gloriosa nos salões de Davos. Por aqui, propor aumento de impostos é mais perigoso do que charge com o profeta. São Paulo criou até o impostômetro, a indicar cada centavo saído de bolso privado para cofre público. Antes mesmo de assumir, porém, Joaquim Levy falou em aumentar imposto –e nada, nenhum editorial, nenhuma entrevista chiadora. Isso é que é confiança, saber o que esperar de alguém, e receber mesmo. Joaquim Levy ofereceu um café da manhã a jornalistas para anunciar-lhes, entre a doçura da geleia e o suco que ajuda a descer, quem vai pagar mais imposto. Não é o sistema bancário, merecedor do título de mais lucrativo do mundo. Tão rentável que bancos estrangeiros vêm buscar aqui o lucro que lá fora virou perda. Não são os cartões de crédito, com seus juros sem nada semelhante no mundo, 258%, ou 40 vezes a inflação. Nem vai o aumento de imposto incidir sobre a especulação financeira, sobre a remessa de lucros para o exterior, ou sobre ganhos no mero jogo de Bolsa. O aumento de imposto vai cair em cima de quem trabalha e vive do que ganha com o trabalho, para tanto registrado como se em sua pessoa existisse uma empresa. O que chamam de "pessoa jurídica". Para que não haja a suposição de uma incidência apenas ocasional sobre o lado mais fraco, horas depois da gentileza de Joaquim Levy o governo expeliu outra criação de sua índole: os juros da Caixa Econômica Federal vão aumentar. A Caixa tem muitas linhas de financiamento mas só uma terá os juros elevados. A de financiamento da casa própria, aquela via salvadora dos que só alcançam a sonhada casa própria com os juros da Caixa, porque essa casa é paga só com trabalho. O novo governo Dilma, ou o governo da nova Dilma, conhece seus objetivos. Joaquim Levy é claro: "A gente não tem nenhum objetivo de fazer saco de maldades". Se há corte de despesas, por exemplo, R$ 7 bilhões da educação, nada de gastar com sacos.
Se ocorreu cartel, líder foi Petrobras, diz construtora UTC Fonte Jornal Folha de São Paulo DAVID FRIEDLANDERDE SÃO PAULO15/01/2015 às 02h00 Apontada como líder das empreiteiras acusadas de desviar recursos da Petrobras, a UTC partiu para o ataque. Em documento, afirmou que o suposto "clube" de empresas envolvidas no esquema de corrupção seria chefiado pela própria estatal. "Se cartel houve [...] seu principal agente seria a Petrobras, sendo o suposto 'clube' no máximo um instrumento das ações dela mesma", afirma a UTC. A afirmação aparece na defesa da firma no processo em que foi proibida de fazer novos contratos com a Petrobras –medida que atingiu também mais 22 construtoras citadas na Operação Lava Jato. O papel foi entregue nesta terça (12) à estatal. Ao contestar seu afastamento, a UTC diz que a estatal controlava todo o processo de contratação de fornecedores: organizava as licitações, convidava as concorrentes e dava o preço final. 9
No documento, a UTC argumenta que não houve conluio das empresas contra a Petrobras e afirma que a estatal tenta se passar por vítima. "Se o conjunto de fornecedores da Petrobras merece a alcunha de 'clube', deve-se lembrar que seu fundador e mantenedor somente poderia ser o próprio monopsônio [único comprador do mercado, no caso, a Petrobras]", dizem os advogados da UTC na peça de defesa. O advogado Sebastião Tojal, que defende a empreiteira, diz que a Petrobras tenta colocar-se na posição de vítima. "Ela tenta fugir de suas responsabilidades dizendo-se vítima de diretores. As decisões lá são colegiadas e as grandes obras envolviam o conselho de administração". Procurada pela Folha para comentar, a Petrobras não se manifestou. DONO DA CADEIA Com mais de 20 mil funcionários em seus canteiros de obras e sócia dos grupos que têm as concessões do aeroporto de Viracopos (SP) e da linha 6 do Metrô paulistano, a UTC faturou R$ 5,5 bilhões no ano passado. Quase metade dessa receita saiu dos contratos com a Petrobras. Seu principal acionista, Ricardo Pessoa, está preso desde o fim do ano passado. Ele foi apontado por delatores do esquema como coordenador do cartel das empreiteiras que atuavam na Petrobras papel negado por ele. Contra a decisão de afastar a UTC das próximas obras da Petrobras, os advogados da empresa afirmam que a construtora tem limitações para se defender. Isso porque, dizem, a Petrobras não apontou as situações em que teria ocorrido cartel. Os advogados também criticam a estatal por ter se baseado em delações premiadas, "que não são provas, são caminhos para orientar a investigação", afirma o advogado Tojal. Além disso, os defensores da UTC lançam suspeitas contra os dois executivos da ToyoSetal que colaboram com as investigações. Segundo eles, a Toyo é concorrente da UTC. Elas competem nos contratos de perfuração de poços em alto mar. Portanto, dizem, os delatores podem não ser isentos.
Brasil vive guinada conservadora na política, diz NYT Fonte Mariana Desidério, deEXAME.com15/01/2015 ÀS 12H 50 São Paulo – Políticos com bandeiras conservadoras ganharam espaço nas últimas eleições brasileiras e fizeram aumentar as chamadas “bancadas da bala”. É o que afirma reportagem publicada hoje no The New York Times. Segundo o jornal americano, o maior espaço conquistado por esses parlamentares aponta para uma mudança em nossa democracia, voltada para a direita. Dentre os parlamentares destacados pela publicação estão o coronel Telhada (PSDB), eleito deputado estadual em São Paulo, Moroni Torgan (DEM), reeleito deputado federal pelo Ceará, e Waldir Soares (PSDB), deputado federal mais votado em Goiás. Outro parlamentar citado pelo jornal foi Jair Bolsonaro (PP). A publicação destacou o recente episódio em que o parlamentar ofendeu a petista Maria do Rosário, dizendo que não a estupraria porque ela não merece. O jornal destaca ainda a presença de alguns desses políticos nas recentes manifestações que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). As bandeiras defendidas por eles são combate ao tráfico de drogas, redução da maioridade penal e endurecimento das penas para criminosos. Para especialistas ouvidos pelo NYT, os crimes violentos e o aumento do alcance de facções criminosas ajudam a explicar o maior sucesso desses políticos nas urnas. O Brasil tem mais homicídios do que qualquer outro país, em números absolutos, segundo dados da ONU destacados pela publicação. De acordo com o jornal, as diversas denúncias de corrupção nos governos Lula e Dilma também podem ter ajudado a configurar essa mudança na política brasileira. Ainda segundo o jornal, com mais poder, esses políticos preocupam entidades de defesa dos direitos humanos. De acordo com organizações ouvidas pela reportagem, eles podem ajudar a 10
proteger policiais acusados de abusos ou mesmo mudar a legislação sobre armamento no Brasil.
Aumento de impostos pode elevar receita do governo em R$9 bi Fonte Revista ExameJoão Villaverde, do Estadão Conteúdo15/01/2015 ÀS 08H42 Brasília - O governo está pronto para anunciar medidas que podem aumentar a arrecadação deste ano em quase R$ 9 bilhões. Uma dessas medidas é a elevação da alíquota da Cide, imposto que incide sobre a comercialização de combustíveis. Segundo apurou o jornal O estado de S. Paulo, a Cide voltará para a alíquota que vigorou até ser zerada em julho de 2012. Além da Cide, uma fonte qualificada do Palácio do Planalto afirmou que a presidente Dilma Rousseff também bateu o martelo para criar a PIS/Cofins sobre a distribuição de cosméticos e elevar a alíquota desses tributos sobre bens importados, como forma de estimular a indústria nacional. A decisão foi tomada após reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na terça-feira, 13. No caso específico da Cide, estima-se uma arrecadação de R$ 3,7 bilhões neste ano, já que a contribuição voltaria a vigorar somente em abril. Seguindo o princípio da anterioridade tributária, uma elevação de imposto ou contribuição começa apenas 90 dias após o anúncio. Além das medidas de aumento de receitas, o governo avalia medidas de controle das despesas. O corte no Orçamento da União será conhecido somente quando a lei for aprovada pelo Congresso Nacional. Mas o Ministério da Fazenda pode se antecipar no lado dos gastos com uma elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) cobrada pelo BNDES. Hoje, a taxa está em 5,5% ao ano, enquanto a taxa básica de juros (Selic) está em 11,75% ao ano. Quanto maior a diferença, mais elevados são os gastos do governo com a "equalização de juros", isto é, a manutenção desse subsídio. O governo gasta cerca de R$ 30 bilhões por ano para manter a TJLP no atual nível. O governo pode elevar a TJLP a 6% ao ano no fim de março, mas também não está descartada a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e o Banco Central. Com isso, avalia-se, o governo poderia poupar até R$ 4 bilhões em gastos com a equalização de juros. Dentro da tesourada nas despesas federais previstas no Orçamento 2015, que deve somar entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões em toda a máquina federal, serão incluídos os cortes sobre os repasses do Tesouro ao setor elétrico. No Orçamento, estavam previstos R$ 9 bilhões para esse subsídio. Ordem presidencial O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou que um "saco de maldades" esteja sendo preparado pelo governo. A declaração está em linha com a orientação da presidente Dilma Rousseff à equipe econômica. A ordem no governo é alcançar a meta fiscal deste ano mais pelo lado dos cortes de gastos do que com o aumento de tributos. O que deve facilitar o trabalho da nova equipe, principalmente do novo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, são as receitas de decisões tomadas pela gestão anterior da Fazenda. Uma delas é a cessão onerosa de campos do pré-sal para a Petrobrás. A estatal deve pagar R$ 4 bilhões ao governo, neste ano, por causa disso. Além disso, o ex-ministro Guido Mantega iniciou discussões para leiloar a folha de pagamentos da União, além da gestão dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM). Se Levy mantiver os planos, o governo pode embolsar até R$ 8 bilhões com isso. Além disso, há o pacote de aperto na concessão de benefícios previdenciários, como pensão por morte e auxílio doença, e trabalhistas, como seguro-desemprego e abono salarial. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que, pelas contas do governo, esse arrocho nas regras pode render uma economia de R$ 18 bilhões aos cofres públicos neste ano. O governo tem diante de si a necessidade de cumprir a meta de poupar R$ 66,3 bilhões para o pagamento dos juros da dívida pública. Esse expediente, chamado de superávit primário, é uma das razões para a perda de credibilidade do governo Dilma. Nos últimos três anos, o 11
governo entregou um superávit primário inferior ao prometido. No caso de 2014, a meta fiscal pode ter fechado com um inédito déficit. Diante dessa necessidade, qualquer recurso extra é relevante. O aumento da tarifa de energia, que por um lado vai piorar os índices de inflação, deve elevar a arrecadação com o PIS/Cofins. Esses tributos incidem sobre o faturamento das empresas. No caso das distribuidoras de energia, o faturamento deve aumentar por causa da conta de luz mais elevada e, com isso, elas também devem pagar mais PIS/Cofins. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leilão da Aneel termina com preço médio de R$ 386,67/MWh Fonte Revista Exame André Magnabosco, doEstadão Conteúdo15/01/2015 ÀS 13H 42 São Paulo - O 18º Leilão de Ajuste, promovido nesta quinta-feira, 15, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi concluído com preço médio da energianegociada em R$ 386,67 por megawatt-hora (MWh) e 2.105 MW médios contratados. O certame foi composto por ofertas de fornecimento de três e seis meses, durou quase três horas e terminou com preços negociados próximos ao teto de R$ 388,48/MWh estabelecido pela agência reguladora. Os preços oscilaram entre R$ 318,08/MWh e R$ 388,48/MWh. Os valores mais elevados, como já era esperado, ficaram por conta dos contratos de seis meses. O mais alto, de R$ 388,48/MWh, limitado pelo teto autorizado pela Aneel, foi registrado na região Nordeste. Na região Sudeste/Centro-Oeste, o preço estabelecido ficou em R$ 388,18/Mwh. Para a região Sul, foi de R$ 385,87/MWh. Na região Norte, cujo preço limite era mais baixo em função da expectativa de menor demanda, o valor médio dos contratos de seis meses ficou em R$ 318,08/MWh. No caso dos contratos com três meses de duração, os valores foram um pouco menores. O preço mais elevado, neste caso, ficou na região Sul, com valor médio de R$ 387,66/MWh. No Sudeste/Centro-Oeste, ficou em R$ 386,70/MWh. A região Nordeste não recebeu propostas. Já na região Norte, o valor ficou estabelecido em R$ 357,48/MWh. Foram negociados 2.105 MW médios, ou 8,554 milhões de MWh no período de fornecimento de janeiro a março ou de janeiro a junho. Os contratos a serem formalizados a partir do resultado do leilão devem movimentar R$ 8,939 bilhões, conforme dados da página eletrônica da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização do certame.
Horas pagas na indústria caem 0,9% em novembro Fonte Revista Exame Nielmar de Oliveira, daAGÊNCIA BRASIL15/01/2015 ÀS 14H 15 Rio de Janeiro - Acompanhando a queda de 0,4% na taxa de pessoal ocupado, de outubro para novembro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também fechou o mês com queda de 0,9% na mesma base de comparação, na série livre de influências sazonais. Esta é a sétima taxa negativa consecutiva, período em que acumulou perda de 4,9%. Na comparação com novembro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 5,5%, a 18ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde os -6,1% de setembro de 2009. No acumulado dos 11 meses do ano, a queda foi 3,7% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -3,3% em outubro para -3,6% em novembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%). Os dados constam da Pesquisa Industrial Mensal, Emprego e Salário divulgado hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 12
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral apontou queda de 0,6% no trimestre encerrado em novembro de 2014 frente ao patamar do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em maio de 2013. Na comparação com novembro do ano passado, a queda de 5,5% no número de horas mostra perfil disseminado, já que ocorreu em todos os 14 locais e em 17 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de alimentos e bebidas (-4,8%), máquinas e equipamentos (-8,4%), produtos de metal (-9,4%), meios de transporte (-7,1%), calçados e couro (-11,1%), e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,0%). Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo (-7,3%) apontou a principal influência negativa. Vale mencionar também os impactos negativos assinalados pela Região Nordeste (-5,4%), Minas Gerais (-5,2%), Paraná (-5,9%), Região Norte e Centro-Oeste (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-4,8%). No índice acumulado nos 11 meses de 2014, houve recuo de 3,7% no número de horas pagas, com 16 dos 18 setores pesquisados apontando redução. Os impactos negativos mais relevantes foram verificados nos ramos de produtos de metal (8,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,9%), e meios de transporte (-6%). Em nível regional, todos os 14 locais investigados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 5% registrado por São Paulo, as perdas verificadas no Rio Grande do Sul (5,3%), Paraná (-5,2%), em Minas Gerais (-3,4%) e na Região Nordeste (-2,9%). Também o valor da folha de pagamento real feito pela indústria registrou queda de outubro para novembro; 2,6%, na série dessazonalizada, eliminando parte do avanço de 1,1% registrado em outubro último. Vale destacar que nesse mês verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-2,2%), quanto do setor extrativo (-3,7%).
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