17 de março de 2015

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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 17 DE MARÇO DE 2015

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Editorial: Riscos futuros Fonte Jornal Folha de São Paulo 17/03/2015 às 02h 00 O destaque dado à pregação do ministro Joaquim Levy (Fazenda) a respeito da necessidade e da urgência de diminuir o excesso de gastos do governo deixa em segundo plano a reafirmação de projetos não menos importantes de reparos na economia. Entende-se a ênfase no aspecto crítico do ajuste nas contas públicas. Trata-se de precondição para outras reformas e motivo de controvérsia social e política. Descurar do programa mais amplo de Levy, porém, implica menosprezar temas cruciais para a retomada do crescimento mesmo que modesto e para o próprio destino do ajuste, que demandará anos de esforços. Em evento em São Paulo, o ministro enfatizou que, no que depender dele, haverá um corte brutal de despesas. Até agora, deu consequência a suas palavras. Em janeiro, os gastos federais caíram quase 5% em relação ao mesmo mês de 2014; nos últimos dois anos, haviam crescido mais de 5%. O arrocho no investimento foi de 35%. Tal compressão evidencia o tamanho das dificuldades atuais e dos riscos futuros. Quanto maior a redução de investimentos, pior a qualidade do ajuste; quanto menor o apoio parlamentar ao ajuste, maior o corte de investimentos. O reequilíbrio das despesas públicas, contudo, depende também da arrecadação federal, que tende a cair em cenários de recessão –e esta parece se agravar. A incerteza política e a falta de perspectivas de reformas maiores comprometem ainda mais a atividade econômica. Além do ajuste, Levy tem proposto um programa de desmonte das políticas adotadas pelo governo desde 2009, de modo a diminuir o peso e o ativismo estatais. Nesta segunda-feira (16), o ministro criticou a concentração de recursos nas mãos do Estado, em vez de deixar ao mercado parte maior na definição de investimentos. Reprovou implicitamente o programa falho de concessões à iniciativa privada regulado de modo inepto pelo governo e as políticas de socorros setoriais. Voltou a sugerir política de comércio exterior "mais ousada". Descreveu, em suma, um programa de reformas ditas liberais. Uma iniciativa dessa natureza contribuiria para uma recuperação mais veloz do PIB. Ofereceria uma perspectiva de futuro aos agentes econômicos; talvez amainasse o clima de exacerbação política. Mas o presente é de pessimismo. O necessário ajuste vê-se ameaçado pela animosidade do Congresso e pela inquietude das ruas. Em suas primeiras declarações depois dos protestos de domingo (15), a presidente Dilma Rousseff (PT) pediu união em torno do plano de superação da crise econômica. Mais uma vez, entretanto, apesar de titubear por instantes, Dilma não reconheceu erros essenciais de seu primeiro mandato, com o que demonstra falta de convicção para abraçar o programa de mudanças. Contribui, assim, para prolongar o impasse nacional e, com ele, a crise crônica de seu governo.

Análise: desvalorização do real ante o dólar faz parte da solução para a crise Fonte Jornal Folha de São Paulo BRÁULIO BORGES ESPECIAL PARA A FOLHA 17/03/2015 às 02h 00 Perante boa parte da população brasileira, a taxa de câmbio costuma representar uma espécie de síntese do quadro macroeconômico doméstico. Quando o real está forte e relativamente estável, é o símbolo da bonança. Quando ele está se depreciando e muito volátil, é o sinal de tempos turbulentos.

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Em linhas gerais, essa percepção comum parece estar correta. Mas, como analista econômico, não posso deixar de apontar algumas questões pertinentes no momento atual. Aos números: desde o começo de 2014, o real brasileiro perdeu cerca de 35% de seu valor em relação ao dólar norte-americano (com a cotação da moeda americana passando de R$ 2,40 para perto de R$ 3,25 nos últimos dias). Trata-se, sem dúvida, de uma desvalorização expressiva. Mas, quando se faz a mesma comparação do real com o euro (que é a segunda moeda mais importante em escala global), esse percentual cai a módicos 5%. Essa grande disparidade evidencia que há algo bastante importante acontecendo no mercado global de moedas nesse ínterim, que é a tendência de fortalecimento do dólar estadunidense em relação a praticamente todas as outras moedas. De fato, quando se leva em conta uma cesta das seis principais divisas globais em relação ao dólar, observa-se que, entre o começo de 2014 e agora, a moeda norte-americana se valorizou em quase 25% (o que significa dizer que as demais moedas, em média, perderam nesse período quase ¼ do seu valor em relação ao dólar). Com efeito, cerca de 70% da depreciação do R$/US$ desde o começo de 2014 é explicada por fatores globais, ao passo que o restante se explica por elementos mais idiossincráticos à nossa economia, sobretudo a possibilidade (praticamente certa, na visão dos mercados) de que vejamos nossa classificação de risco ser rebaixada pelas agências, diante da forte deterioração de nossas contas fiscais e externas nos últimos anos. Essa tendência de fortalecimento do dólar, por sua vez, está associada em grande medida à atual situação cíclica dos Estados Unidos. Depois de enfrentar um caminho bastante atribulado e tortuoso para superar a grande crise de 2008/09, a maior economia do mundo finalmente passou a "bater um bolão" de meados de 2014 para cá. Por outro lado, boa parte do resto do mundo vem mostrando desempenho bastante fraco de 2012 para cá, alguns países mais do que outros. Mas a valorização do dólar em relação às demais moedas faz parte da solução para esse "problema": ao ganhar competitividade com um câmbio mais desvalorizado, a tendência é que o "mundo ex-EUA" aumente suas exportações para os EUA, ajustando suas contas externas e impulsionando seu crescimento (o que também ajuda a melhorar as contas públicas). Quando isso começar a acontecer para valer, terá início um novo ciclo, dessa vez com as demais moedas se valorizando em relação ao dólar (como aconteceu até meados de 2011/12). Isso dá uma dica de como deve ser o padrão de crescimento da economia brasileira nos próximos anos, passado o período mais agudo do ajustamento macroeconômico (2014/2015): uma economia muito mais puxada pelas exportações do que pela demanda interna (em contraste com o padrão observado entre 2004 e 2013). Agora, é bom não contar somente com o câmbio mais competitivo, pois os demais países também estão sendo agraciados com isso. É importante, mais do que nunca, reforçar a agenda pró-eficiência e competitividade, retomando tempestivamente as agendas de concessões de setores de infraestrutura e de aprimoramento do ambiente de negócios doméstico.

Índice do BC recua 0,11% em janeiro e aponta para retração do PIB no 1º tri Fonte Jornal Valor Econômico Tainara Machado e Eduardo Campos 17/03/2015 às 05h 00 A queda de 0,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) entre dezembro e janeiro, na série com ajuste sazonal, reforçou a avaliação de que o primeiro trimestre será de retração do Produto Interno Bruto (PIB). Para economistas, o recuo do indicador, que é uma espécie de "termômetro" do comportamento mensal do PIB, surpreendeu, já que tanto a produção industrial como as 3


vendas no varejo haviam subido naquele mês. É uma evidência, avaliam, de que a redução do ritmo de crescimento econômico do país está se espraiando para outros setores, como serviços. "O setor, que até então era considerado o mais dinâmico da economia, deu nos últimos três meses sinais de que o quadro começa a mudar, à semelhança do que ocorreu com a indústria", diz Newton Rosa, economista chefe da Sul América Investimentos. O índice de confiança do segmento, afirma, já mostra forte deterioração. Calculado pela Fundação Getulio Vargas, a sondagem com empresários do ramo mostrou queda de 5,4% da confiança entre janeiro e fevereiro, para o menor nível da série iniciada em junho de 2008. "A gente começa a perceber que há generalização da tendência de arrefecimento da economia, não é mais privilégio de um ou outro ramo de atividade", afirma o economista, para quem a queda do IBC-Br surpreendeu, já que a expectativa era de alta de 0,6% no período. Para Leandro Padulla, economista da MCM Consultores, a variação do índice surpreendeu negativamente justamente porque outros indicadores mostravam crescimento no período. "Os indicadores coincidentes apontavam para crescimento em janeiro. É mais um indício de que o primeiro trimestre foi de fraqueza da atividade", diz o economista. Entre os indicadores que mostravam avanço no período, afirma Padulla, estavam a alta de 0,6% das vendas no varejo ampliado, que considera também o desempenho do comércio de automóveis e material de construção, e o aumento de 2% da produção industrial, sempre considerando o período entre dezembro e janeiro, feitos os ajustes sazonais. "Não estava no radar a queda desse mês', diz. A perspectiva, afirma, é de que fevereiro seja um período ainda mais morno, com retração da produção industrial e do comércio, enquanto o mercado de trabalho também apresenta piora. Padulla aguarda a divulgação da revisão da série histórica das Contas Nacionais para atualizar suas projeções para a atividade econômica no primeiro trimestre, mas avalia que o período entre janeiro e março foi de retração do PIB, em relação ao quarto trimestre do ano passado. Com a surpresa negativa em janeiro, diz Rosa, da Sul América, é possível que o PIB caia até mais do que sua estimativa atual, de retração entre 0,1% e 0,2% na comparação com o quarto trimestre, na série com ajuste. A queda do IBC-Br entre janeiro e dezembro também levou o índice acumulado nos últimos 12 meses a perder fôlego, mais um sinal de que a economia continua a desacelerar. De uma queda de 0,25% até dezembro do ano passado, agora o IBC-Br registra recuo de 0,39%. Rosa não vê sinais de melhora. "Não dá para se iludir com isso. Os fundamentos em torno do consumo são frágeis, o varejo está claramente em desaceleração, não dá para esperar por reversão ou estabilização do quadro". Com a ressalva de que o viés para sua estimativa é de baixa, o economista avalia que o cenário negativo no primeiro semestre do ano, principalmente, deve levar a economia brasileira a uma contração de 0,7% neste ano. Já a MCM revisou seu cenário para a economia brasileira em 2015. A consultoria agora prevê queda de 1,2% do PIB neste ano, enquanto a inflação deve alcançar 8,1% em dezembro. "Incorporamos ao nosso cenário a queda forte da confiança de empresários e o impacto da Operação Lava Jato sobre investimentos e atividade", afirma Padulla.

Dois enigmas Fonte Jornal Valor Econômico João Sayad 17/03/2015 às 05h 00 Há pelo menos um consenso entre os economistas brasileiros, acho eu: a taxa cambial está sobre valorizada desde 1994. De 1994 a 1998, porque era fixa e corrigia-se somente pela taxa de inflação projetada ou desejada pelo Banco Central. Depois, porque as taxas de juros foram mantidas em níveis muito altos. 4


Este é um dos enigmas da economia política no Brasil. Os trabalhadores reclamam e lutam por salários maiores. Os manifestantes na rua em junho de 2013 reclamam contra o aumento das tarifas públicas. A Petrobras gostaria de ter reclamado contra a gasolina barata em 2013 e 2014, mas foi calada pelo governo. Nenhum empresário reclama contra a sobrevalorização do câmbio no Brasil. Por que será? Será que os empresários se tornaram investidores financeiros e fazem operações financeiras onde podem ganhar com a sobrevalorização do câmbio e por isto não reclamam do câmbio sobrevalorizado? A indústria brasileira repete as operações da Sadia? É um enigma que logo será decifrado por causa do dólar a R$ 3,20. A tal da "nova matriz econômica" expandiu a demanda agregada, que com a taxa cambial valorizada, aumentou a demanda por bens não comerciáveis, assim como os salários deste setor, agravando a desindustrialização. O câmbio deveria ser mantido constante em termos reais para se importar a estabilidade de preços dos outros países De onde vem a sobrevalorização cambial que persiste há vinte anos, interrompida apenas por crises políticas como a eleição do Lula no primeiro mandato e a crise atual? Podemos listar vários fatores: agricultura extremamente produtiva e competitiva no mercado internacional, assim como a indústria extrativa mineral, um efeito vaca holandesa; a elevação dos termos de troca favoráveis ao Brasil e que recentemente se esgotou. Mas a causa fundamental é o regime de metas de inflação. Alguns desenvolvimentistas propõem o controle na movimentação de capitais financeiros proposta radical e que desligaria o país dos mercados financeiros internacionais. Mas não é preciso ir tão longe e é muito difícil e custoso se afastar dos cânones da ortodoxia em política econômica. O regime de metas de inflação contraria o princípio das vantagens comparativas entre instrumentos e objetivos de política econômica exposto por Robert Mundell, prêmio Nobel de economia e professor da Universidade de Chicago, centro do pensamento monetarista. Segundo este princípio, os instrumentos de política econômica devem ser designados para os objetivos de política econômica onde seus efeitos são relativamente maiores. Se a taxa de juros afeta mais a entrada e a saída de capitais do que a demanda interna e a taxa de inflação, enquanto a taxa cambial afeta relativamente mais a taxa de inflação do que as exportações e as importações, o regime de metas de inflação está de cabeça para baixo e cria instabilidade. A taxa de inflação sobe, o Banco Central aumenta as taxas de juros e, em situações normais, entram mais dólares e a taxa cambial se sobrevaloriza. A taxa de inflação cai, mas, num prazo maior, as exportações tendem a diminuir e a importações, a aumentar, a indústria produz menos e as empresas estrangeiras que vêm ao país, tem como objetivo atender ao mercado interno, como as multinacionais montadoras de automóveis, e não a exportação. Em resumo, a taxa de inflação se reduz às custas de um desequilíbrio no balanço de transações correntes que, mais tarde, exige uma elevação da taxa cambial o que eleva a taxa de inflação, faz com que o Banco Central aumente as taxas de juros, que derrubam o câmbio e assim por diante, num movimento cíclico infindável. A indústria encolhe, o setor de serviços incha, enquanto os economistas discutem como desenhar uma política industrial e os industriais se calam. Mas desviam o olhar do fator principal: a sobrevalorização cambial. A solução é inverter o regime de metas de inflação. A taxa de juros deveria ser fixada em função da situação do balanço de pagamentos e das taxas de juros internacionais. Se o mundo trabalha com juros menores por causa da crise de 2008, a taxa de juros deve acompanhar o movimento. Se o Brasil cresce menos e sofre uma crise política, a taxa de juros deve ser aumentada. 5


E a taxa de inflação? A taxa cambial deveria ser o instrumento utilizado. Deveria ser mantida constante em termos reais de forma que o Brasil pudesse importar a estabilidade de preços dos outros países do mundo. Do jeito que o regime de metas de inflação é aplicado, teremos nota 10 nos mercados financeiros internacionais por bom comportamento. Mas a indústria continuará a encolher e o setor de serviços a inchar e as crises de balanço de pagamentos se sucedem. A proposta é temerária. Primeiro, porque fixar a taxa de câmbio num ambiente de ampla movimentação financeira entre o país e o mundo atrai todos os traders do mundo para especular contra o Banco Central. Virá o Soros que especulou e ganhou contra a libra inglesa, mais os traders do mundo inteiro. Depois, porque com a taxa cambial corrigida sempre pela inflação e não pela situação do balanço de pagamentos, criamos uma possibilidade forte de reindexação da economia. Será que é possível mudar a política sem transparência contra o discurso políticamente correto? Os juros são fixados em função dos juros internacionais tudo bem, correto e de acordo com as "melhores práticas". Quanto ao câmbio, o Banco Central não anuncia uma taxa cambial fixa em função da taxa de inflação, mas adota sempre uma política de piso para a taxa cambial. Ela não cairá nunca abaixo de um certo nível. A mudança custa caro. A dívida bruta aumentará bastante em períodos de bonança, pois o Banco Central precisará acumular reservas, que custam o diferencial de juros entre o Brasil e o mercado internacional. A diferença será menor do que é hoje, mas ainda será positiva. Mas aposto que custa menos do que as despesas atuais com juros reais que consomem 5% do PIB mais o prejuízo do Banco Central com a venda de swaps cambiais para suavizar a elevação da taxa cambial. A solução é outro enigma. Mas entre todos os enigmas do país, é o que apresenta maiores chances de resolver a desindustrialização, o combate à inflação e a despesa com juros. João Sayad é professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e escreve mensalmente neste espaço. joaosayad@gmail.com

As vantagens da terceirização de TI Fonte Revista Exame Conteúdo Patrocinado16/03/2015 às 07h 26 Em um cenário de consolidação de modelos flexíveis de computação, big data e tecnologias móveis, cada vez mais companhias deixam a estratégica área de TI sob responsabilidade de empresas de outsourcing. Elas fornecem sistemas com alta disponibilidade aos usuários corporativos: da impressão em larga escala de documentos à manutenção de máquinas dos escritórios, da integração e implantação de sistemas à gerência de aplicações. São inúmeras as rotinas de diferentes negócios impulsionadas pelo avanço da terceirização da TI. O aumento de soluções de tecnologia ajustáveis às necessidades de cada empresa é um dos motores dessa transformação. A nova flexibilidade da TI otimiza os investimentos em tecnologia além de possibilitar o aumento de produtividade, a melhoria de processos e a redução de desperdícios. Mas a principal vantagem, apontam especialistas, é a possibilidade de dar à inovação um papel central na empresa. Ao terceirizarem o ambiente de TI, as instituições ficam livres da complexidade operacional para se concentrar no que sabem. Ou seja, a terceirização pode ser uma grande aliada das ideias transformadoras, liberando a equipe de TI para ser parte importante do negócio e não somente cuidar da infraestrutura. Pietro Delai, gerente de pesquisa e consultoria da IDC Brasil, acredita que o alinhamento entre TI e o negócio é fundamental e protagoniza as atenções de gerentes e Chiefs Information Officer (CIOs). “O que rege, hoje, o mercado é a velocidade. Se uma empresa tem uma ideia de um novo produto e não o coloca imediatamente no mercado, um concorrente vai fazê-lo. O CIO precisa, cada vez mais, estar não só alinhado, mas também à frente do negócio, criando novas oportunidades com o uso da tecnologia. O idioma tem que mudar do 6


‘tequiniquês’ para o ‘inovês’”, aponta o especialista. Essa mudança no papel da TI, menos focada na manutenção e mais voltada à inovação, pode ser constatada pelo avanço da nuvem. O outsourcing de cloud coloca computadores de ponta à disposição das corporações, com a facilidade determinante da contratação sob demanda (a companhia só paga pela capacidade utilizada), o que favorece a agilidade estratégica. Ainda que a computação em nuvem seja a face mais conhecida, a lista de soluções de outsourcing é longa e abrange, também, infraestrutura básica, serviços gerenciados, help desk, service desk, segurança, consultoria de integração de sistemas e desenvolvimento de aplicações, entre outros.

Goldman Sachs acompanha na Fazenda dados sobre economia Fonte Revista Exame 17/03/2015 às 12h 30 Representantes do Goldman Sachs estão no Ministério da Fazenda reunidos com o Secretário de Acompanhamento Econômico, em exercício, Pablo Fonseca Pereira dos Santos. A conversa é "sobre desempenho da economia brasileira”, informou o ministério. Com sede em Nova Iorque, o grupo é um dos principais bancos de investimento e de gestão de valores. Desde que o Brasil anunciou mudanças na política fiscal, economistas de instituições voltadas investimentos procuram acompanhar de forma mais próximas os números da economia do país. Amanhã (18), auditores da agência de classificação de risco Fitch podem se encontrar com técnicos do Ministério da Fazenda e, no dia seguinte, com o ministro Joaquim Levy. A confirmação desses encontros, no entanto, depende da divulgação da agenda do Ministério da Fazenda. A divulgação da agenda diária é sempre feita na noite anterior. No início do mês, Levy recebeu representantes da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) para expor as medidas econômicas implementadas com o objetivo de garantir sustentabilidade fiscal de médio prazo e a estabilidade monetária. Na ocasião, o ministro da Fazenda destacou que as medidas implementadas “são fatores relevantes para a manutenção da confiança dos investidores na economia, condição essencial para o crescimento sustentável e a manutenção dos ganhos sociais conquistados”. As maiores agências de classificação de risco são: Moody's, a Fitch e a Standard & Poor's. A classificação de risco, ou rating da tradução em inglês, é a nota dada por instituições especializadas em análise de crédito a países e empresas. Essas agências avaliam a capacidade e a disposição do emissor de um título em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de dívidas. O rating é um indicador relevante para os investidores: fornece opinião a respeito do risco de crédito da dívida do país e da empresa.

Países europeus devem aderir a banco capitaneado por China Fonte Revista Exame Yann Le Guernigou e Ben Blanchard, da REUTERS 17/03/2015 às 11h 48 Paris/Pequim - Alemanha, França e Itália declararam nesta terça-feira que concordaram em participar de um novo banco de investimento capitaneado pela China depois que a Grã-Bretanha enfrentou a pressão dos Estados Unidos, seu parceiro mais próximo, para se tornar membro fundador de uma empreitada vista em Washington como rival do Banco Mundial. 7


A manobra calculada para se unir ao projeto econômico expansionista, um carro-chefe de Pequim, foi um golpe diplomático nos EUA e reflete a ansiedade europeia para tirar proveito da economia de rápido crescimento da China, a segunda maior do mundo. A ação surgiu em meio a negociações comerciais espinhosas entre Bruxelas e Washington, e no momento em que a União Europeia e governos da Ásia estão frustrados por que o Congresso norte-americano ter freado uma reforma dos direitos de votação no Fundo Monetário Internacional (FMI) que daria mais voz à China e a outras economias emergentes na governança econômica global. O ministro da Fazenda alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que seu país, a maior economia europeia e grande parceiro comercial de Pequim, será um membro fundador do Banco de Investimento de Infraestrutura Asiática (AIIB, na sigla em inglês). Um funcionário do Ministério da Fazenda francês afirmou à Reuters que Paris “confirma a participação da França e enfatiza o acordo entre Alemanha, França e Itália” na questão, revelada pelo jornal britânico Financial Times. O Tesouro da Itália declarou que os europeus concordaram em trabalhar para fazer com que a nova instituição “siga os melhores padrões e as melhores práticas em termos de governança, salvaguardas, dívida e políticas de aquisição”. O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse aos repórteres: “De fato estamos vendo essa ideia com bons olhos. Estamos analisando as modalidades precisas na França, e depois teremos a oportunidade de discuti-las com outros países europeus.” O AIIB foi lançado em Pequim no ano passado para incentivar o investimento em transporte, energia, telecomunicações e outros projetos de infraestrutura na Ásia, e foi encarado com concorrente do Banco Mundial, dominado por nações ocidentais, e do Banco de Desenvolvimento Asiático. A nova entidade é vista como um vetor essencial do “soft power” chinês na região, possivelmente às custas dos Estados Unidos – normalmente o Banco Mundial é presidido por um indicado dos EUA, e Washington é quem tem mais influência no FMI. No início deste ano, a China declarou que um total de 26 países foram incluídos como membros fundadores do AIIB, a maioria da Ásia e do Oriente Médio, e que planeja finalizar os artigos do acordo de adesão até o final do ano. A agência de notícias estatal chinesa Xinhua disse que Coreia do Sul, Suíça e Luxemburgo estudam se unir ao AIIB, e um funcionário do governo indiano afirmou que Nova Déli também ouviu sobre a adesão dos dois últimos.

Brasil manterá economia em desaceleração em 2015, diz Fitch Fonte Revista Exame Lucas Hirata, do Estadão Conteúdo 17/03/2015 às 11h 24 São Paulo - A agência de classificação de riscos Fitch disse na Perspectiva Econômica Global (GEO) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial deverá se fortalecer para 2,7% em 2015 e, em seguida, para 3,0% em 2016, em comparação com uma expansão de 2,5% em 2014. A agência ressaltou que a recuperação será direcionada por grandes economias avançadas, enquanto os emergentes passarão por desaceleração e, em alguns casos, até contração. A previsão para 2015 se enfraqueceu em 0,2 ponto porcentual desde a última estimativa, em dezembro, devido a revisões em projeções dos emergentes. Mas a previsão para 2016 se manteve inalterada. 8


"O crescimento vai aumentar neste ano em todas as três maiores economias avançadas (EUA, zona do euro e Japão), pela primeira vez desde 2010. No entanto, os mercados emergentes vão continuar a desacelerar devido à recessão na Rússia e no Brasil e o ajuste estrutural na China", afirmou a Fitch. EUA Entre as economias avançadas, os Estados Unidos deverão ter expansão de 3,1% em 2015 e 3% em 2016, frente a ganho de 2,4% no ano passado, o que representa o ritmo mais robusto na categoria. "O consumo privado deverá se manter um fator importante de crescimento, apoiado por preços mais baixos de petróleo, maior rendimento disponível das famílias e um fortalecimento do mercado de trabalho, enquanto o desempenho de exportação será limitado pela valorização do dólar", afirmou. Na zona do euro, o PIB deverá crescer 1,4% em 2015 e 1,7% em 2016, após ganho econômico de 0,9% no ano passado. As previsões foram revisadas para cima, em 0,3 ponto porcentual neste ano e 0,2 ponto porcentual em 2016. Para explicar essa recuperação, a Fitch cita: a queda dos preços de petróleo, o início do programa de relaxamento quantitativo (QE) do Banco Central Europeu (BCE), depreciação do euro e melhora na confiança. A agência define a expansão no bloco da moeda europeia como "modesta", em comparação com outras economias avançadas. "A eficiência do QE é incerta e ainda será necessário ver se uma recuperação robusta e autossustentada será enraizada". A previsão para o Japão é um crescimento de 1,3% em 2015 e de 1,5% em 2016, apoiado pela desvalorização do iene e ganhos nos salários reais. Já no Reino Unido, a expansão permanecerá robusta, com expansão de 2,5% em 2015 e 2,3% em 2016, após alta de 2,6% em 2014.

Levy defende ajuste e fala em convencer 'sócios' do Congresso Fonte Jornal Folha de São Paulo 17/03/2015 às 02h 00 O ministro da Fazenda Joaquim Levy voltou a defender, nesta segunda-feira (16), os ajustes feitos pelo governo e os argumentos da presidente Dilma Rousseff em relação à crise econômica. "Não é que a culpa seja do mundo, mas é que o mundo mudou", disse, em evento na Associação Comercial de São Paulo. Citando a política expansionista nos Estados Unidos e a evolução da produção na China, Levy justificou que a redução de tais políticas de incentivo à economia nesses países teve impacto negativo no Brasil, com consequências para dólar e commodities. Segundo ele, a atual situação das contas públicas do Brasil faz com que o país não suporte outras medidas de estímulo à economia. "A gente não faz um ajuste pelo ajuste. É para acertar a casa, limpar o convés, levantar as velas e ir. Até sabendo para onde a gente vai: para dar oportunidade à iniciativa privada", disse Levy, completando que o ajuste deve ser "rápido, de verdade e do tamanho necessário para estabilizar a dívida". O ministro afirmou também que o governo trabalha para eliminar cenários mais desfavoráveis, como a redução da nota de risco do país por parte de agências de classificação, a crise cambial e a inflação alta. "Quanto menor a incerteza geral, mais dá para cada um tomar risco", disse. Ele voltou a falar da necessidade de equilibrar o BNDES e eliminar mudanças que haviam sido feitas. "Sendo um país democrático, as medidas precisam ser consultadas com o sócio do executivo, que é o Congresso. Às vezes, também num empreendimento, há sócios que têm uma ideia, outros têm outras. A gente vai ter que fazer um trabalho de convencimento dos sócios que estão no Congresso de que essas medidas são 9


meramente modular algumas das coisas que haviam sido feitas para lidar com as situações específicas que precisam ser adaptadas." QUASE UNÂNIME Mais tarde, ao sair de outro evento em São Paulo, em que conversou com empresários na Fiesp, Levy disse a jornalistas que o ajuste fiscal é "quase uma unanimidade entre as classes produtoras". O presidente da entidade, Paulo Skaf, concordou, mas adicionou que a forma de se fazer o ajuste não é unanimidade. "Na nossa visão, é possível fazer o ajuste aumentando receita ou reduzindo despesa. Queremos que seja feito no sentido de redução de despesas do governo. E não de aumento de receita", afirmou Skaf a jornalistas após a reunião com o ministro.

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