SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 20 DE FEVEREIRO DE 2015
FAÇA PARTE DESSE TIME ASSOCIE-SE (WWW.OESC.ORG.BR)
1
Acabou a folia e é hora de pensar nas finanças Fonte Portal de Economia SC 18 de fevereiro de 2015 às 12h 42 A velha história de que a ano só se inicia depois do Carnaval já não é mais tão real, sendo que, o mercado de trabalho faz com que as pessoas já iniciem o ano no gás total, entretanto, uma coisa não se pode negar, grande parte dos gastos extras das famílias ocorre no período entre o fim de ano e Carnaval. Assim, se além da ressaca comum da festa você também já começa sentir a “ressaca financeira”, não adianta nada só ter o sentimento de culpa e aguardar que a bomba do endividamento estoure. É hora de enfrentar o problema de frente e enfrentar a dura realidade de ter que ajustar as finanças. Pensando nisso elaborei algumas orientações para quem quer mudar a realidade financeira neste momento: Reverta a situação imediatamente: Se gastou demais, lembre-se de tudo e planilha os mesmos, se observar que a situação realmente está crítica e que terá que se endividar para pagar tudo, veja o que pode ser postergado o pagamento sem juros, negocie. Caso não seja possível, busque linhas de créditos que ofereçam juros ais baixo, evitando limites de cheque especial ou cartão de crédito que possuem juros abusivos. Planejamento é necessário: liste os ganhos mensais. Liste todas as despesas – fixas e variáveis. Avalie sua situação financeira. Há margem para novos gastos? Há pendências financeiras? Faça um esforço para identificar excessos, que geralmente representam 30% das despesas das famílias brasileiras. Evite a todo custo entrar no limite do cheque especial e pagar a parcela mínima do cartão de crédito. Família unida: Reúna-se com a família para definir os desejos de curto (até um ano), médio (até cinco anos) e longo (mais de 10 anos) prazos ou aqueles que se pretende em realizar em 2015 e incorpore o valor mensal necessário para a realização dos mesmos no orçamento mensal do próximo ano. Subtraia o valor desses sonhos da receita. O saldo restante é o orçamento para as demais despesas mensais. Para economizar e poupar sempre Pesquisar preço e comprar à vista: Tudo que se compra em prestações paga-se mais caro. Já quem pesquisa o melhor preço paga menos e aumenta a chance de comprar à vista e obter desconto. Pedir desconto: Se um produto custa mil reais e pode ser parcelado em 10 vezes de 100 reais, certamente à vista custará de 10% a 20% menos. Reter 10% dos rendimentos: para começar a construir a independência financeira, deve-se guardar 10% do que ganha. Com o tempo, pode-se partir para um plano de previdência privada para complementar o INSS.
Levy versus Coutinho Fonte Jornal Folha de São Paulo 20/02/2015 às 02h 00 2
A presidente Dilma Rousseff não se cansa de dar sinais de que não se convenceu da doutrina neoliberal pregada por seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e que vem sendo obrigada a "engolir" o ajuste fiscal. Na quinta-feira (19), a presidente decidiu manter Luciano Coutinho no comando do BNDES. Conhecido economista heterodoxo, ele é o criador da criticada estratégia de "campeãs nacionais". Ninguém pode acusar Coutinho de incoerência. Uma vez no governo, ele aplicou suas ideias e utilizou a força do Estado para alavancar alguns setores e empresas, como o frigorífico JBS ou fabricante de celulose Fibria. Coutinho está no cargo há quase oito anos assumiu em abril de 2007, ainda no governo Lula. Na sua gestão, o BNDES se agigantou graças às transferências do Tesouro Nacional. Até junho de 2008, antes da crise global, o BNDES tinha recebido R$ 14 bilhões do Tesouro, o equivalente a 0,5% do PIB. No ano passado, esse montante chegou a R$ 545,6 bilhões, ou 10,6% do PIB. Os empréstimos aos bancos públicos ajudaram a deteriorar as contas do governo. Levy já disse que o Tesouro não vai mais financiar o BNDES e que é contra o patrimonialismo praticado pelo banco. Depois que sua estratégia fez água, Coutinho chegou a afirmar que a estratégia das "campeãs nacionais" chegou ao fim e que o BNDES precisa diminuir de tamanho gradualmente. Mas não dá para acreditar que tenha abandonado as crenças econômicas de toda sua vida. Levy pode até neutralizar a influência de Coutinho, eliminando as transferências do Tesouro e elevando a TJLP (taxa de juro de longo prazo cobrada pelo banco, mas definida pelo governo). No entanto, terá um páreo duro pela frente. Coutinho é ex-professor de Dilma e a presidente comunga de suas ideias. Ao manter Coutinho no cargo, Dilma mostra mais uma vez a dubiedade do seu governo. A trégua que o mercado concedeu ao ministro da Fazenda está se esgotando. Se realmente quer reconquistar a confiança dos investidores, estava na hora da presidente começar a ajudá-lo.
A Europa em clima de UFC Fonte Jornal Folha de São Paulo 20/02/2015 às 02h00 A disputa entre Alemanha e Grécia degringolou para o vale-tudo, tudo ou nada, duelo que pode ser decidido mesmo hoje ou em uma semana. Parece um assunto tão longe, de nós distante, mas trata-se de história. Trata-se de história andando rápido: de redefinições importantes do futuro da Europa, do que podem fazer democracias diante de dívidas impagáveis. Trata-se do destino das forças políticas europeias que se insurgem contra o establishment social-democrata/conservador que empurra com a barriga uma crise criada também pelo poder desmedido da finança, a qual saiu quase incólume do rolo irresponsável que ajudou a provocar, apadrinhada e salva pela socialização da dívida grega (que é hoje 80% de governos). O governo do partido da nova esquerda grega, o Syriza, quer denunciar o acordo que socorreu o governo grego falido em 2010 em troca de um programa de arrocho, reformas liberalizantes e, enfim, reformas necessárias da decrépita economia grega. Essa fase do programa vence no dia 28. Até terça-feira (17), o governo grego ainda tentava impor alguma mudança substantiva do programa, rejeitada por Alemanha e cia. Ontem, jogou a tolha. Em troca da extensão temporária dos empréstimos que mantêm em dia os pagamentos da Grécia e, por tabela, mantêm vivos os bancos do país, pedia apenas a possibilidade futura de renegociar o acordo, em especial o arrocho de gastos públicos. Mas a Alemanha quer rendição incondicional do Syriza, que já não tinha praticamente nada para dizer em casa: foi eleito com a proposta de acabar com o acordo com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, com a ocupação econômica. Não está levando nem promessa disso. 3
A economia grega encolheu 25% desde 2008. Passa por um dos maiores arrochos salariais da história moderna. O desemprego é de 25%. A demanda doméstica caiu um terço desde 2008. Os alemães até ontem exigiam dos gregos um pedido de extensão do "socorro" em que constasse apenas o compromisso de pagamento da dívida impagável, de não rever as reformas econômicas e de manter um superavit primário inviável. A Alemanha e o establishment político europeu querem assim: 1) Baixar a repressão, um projeto de Europa conduzido pela burocracia da UE e pela finança, de rigor fiscal e liberalização maior; 2) Desestimular recalcitrantes, países ou partidos que se "assanhariam" com concessões à Grécia; 3) Não fomentar a oposição em casa, tanto de partidos "antiausteridade" quanto antieuropeus (que não querem financiar os "vagabundos" da Europa do Sul). O que pode acontecer? 1) O novo governo grego se render, sem mais. O Syriza seria desmoralizado; 2) Não sair acordo. A Grécia dá o calote. Talvez pudesse se manter sem dinheiro externo, mas ficaria ainda na pindaíba e não teria como cumprir seu programa "social", mas: 3) Com o calote, o Banco Central Europeu deve cortar as linhas de crédito que mantêm vivos os bancos gregos. A fim de evitar o colapso da sua banca e um colapso ainda maior da economia, o governo teria de "criar", "imprimir" dinheiro: teria de sair do euro, voltar à dracma. Isto é, teria de enfrentar outros anos de recessão, entre outros muitos problemas complexos e graves da transição.
Colômbia produz 10% mais café Fonte Jornal Folha de São Paulo 20/02/2015 às 02h 00 O Brasil volta a ter maior concorrência da Colômbia no café arábica no mercado internacional. O país vizinho produziu 1,1 milhão de sacas no mês passado, o maior volume para o período nos últimos sete anos. Durante o ano passado, a produção colombiana de café atingiu 12,1 milhões de sacas, 10% mais do que a do período imediatamente anterior. Esse volume fica bem próximo do de 2007, antes da crise que começou a afetar a produção cafeeira do país. Em 2007, os produtores de café da Colômbia haviam produzido 12,6 milhões de sacas, volume que recuou para apenas 7,7 milhões em 2012, segundo associações do setor. Após a renovação de pelo menos 3,2 milhões de pés de café, os colombianos agora têm um cafezal mais jovem e mais resistente a doenças. O aumento de produção no país vizinho, o terceiro maior produtor de café no mundo -atrás de Brasil e Vietnã-, permite aos colombianos aumentar a participação no mercado internacional. A exportação de 2014 subiu para 11 milhões de sacas, 13% mais do que a de 2013. Mesmo com esse crescimento, os colombianos ainda estão aquém da produção brasileira, que gira de 42 milhões a 47 milhões de sacas, levando em conta as diversas estatísticas do setor. Crédito O Santander aumentou em 23,1% o estoque de crédito ao produtor rural em 2014. O volume de financiamentos da modalidade na carteira do banco atingiu R$ 2,38 bilhões no final do ano. Biodiesel O Brasil produziu 3,41 bilhões de litros em 2014, 17,2% mais do que em 2013. O crescimento deve-se à elevação do percentual de biodiesel ao diesel de 5% para 6% (julho) e para 7% (novembro). Investimentos A BSBIOS, a terceira do setor, e que produziu 314,3 milhões de litros, realiza investimentos para elevar a participação no setor, segundo ÉzioSlongo. A unidade de Marialva (PR) eleva a produção para 208,8 milhões de litros neste ano, acima dos 186,3 milhões anteriores. Produção da Argentina de trigo vai a 12 milhões de t A Argentina, tradicional fornecedor de trigo ao Brasil, deverá ter um volume maior do cereal para oferecer aos brasileiros. A produção dos argentinos, que chegou a cair para 8 milhões de 4
toneladas há dois anos, deverá atingir 12,5 milhões de toneladas na safra 2014/15, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA). A Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê produção de 11,2 milhões de toneladas. A ausência dos argentinos fez o Brasil buscar o trigo fora do Mercosul, principalmente nos Estados Unidos. Neste ano, a oferta mundial do cereal aumenta. A produção mundial sobe para 725 milhões de toneladas, e os maiores aumentos virão da União Europeia (156 milhões) e da China (126 milhões).
Sete desafios para a economia brasileira em 2015 Fonte Jornal Folha de São Paulo19/02/2015 às 13h 00 CRISE DA ÁGUA Apesar de chuvas recentes terem aumentado o nível do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, para 6,7% de sua capacidade, a situação ainda é preocupante e um rodízio não foi descartado pelo governo estadual. Parte da indústria da região tem fontes independentes de água, como poços artesianos, mas um racionamento poderia afetar o cotidiano de 5 milhões de pessoas na Grande São Paulo. Também o Rio de Janeiro sofre com perigo de escassez. A Gradual Investimentos estima que o aumento de custos e a possível paralisação de atividades em São Paulo na área tirariam um ponto do PIB de 2015. Luis Moura/Folhapress
5
CRISE ENERGÉTICA A crise da água também é uma crise energética. Em janeiro deste ano, o volume de água que desceu os rios e atingiu reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, considerado a "caixa d'água" do sistema elétrico nacional, foi o menor em 84 anos. Em fevereiro, o nível dos reservatórios da região subiu de 16,84% para 17,24%, mas é incerto se isso é uma tendência duradoura. No começo do mesmo mês, o governo anunciou que o risco de desabastecimento de energia no país ultrapassou olimite prudencial de 5% estabelecido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). Caso haja um racionamento de 10% na energia por um ano, isso impactaria em uma queda de um ponto percentual no PIB, segundo cálculos do banco CreditSuisse.
CHINA O crescimento econômico da China desacelerou para 7,4% em 2014, nível mais fraco em 24 anos, ante 7,7% em 2013. As dificuldades são causadas pela desaceleração no mercado imobiliário ao mesmo tempo em que companhias enfrentam problemas para pagar dívidas. Apesar de o crescimento estar longe de ser pequeno, a desaceleração do ritmo é um desafio para países emergentes como o Brasil, fornecedor de matérias primas para a China. 6
O país asiático informou que seu desempenho comercial caiu em janeiro, com exportações 3,3% inferiores às registradas no mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, as importações, principalmente de commodities, recuaram 19,9%, resultado muito pior do que esperavam os analistas. A demanda menor dessa, que é a segunda maior economia do mundo, contribuiu para que o minério de ferro, um produto que o Brasil exporta, fosse negociado em dezembro a US$ 68,8, uma queda de 50% em relação a um ano antes. O governo chinês tem, no entanto, adotado medidas de estímulo. No começo de fevereiro, diminuiu de 20% para 19,5% a proporção de dinheiro que os bancos não podem emprestar. Resta saber se isso vai ser o suficiente para manter a voracidade chinesa pelos produtos brasileiros Eugene Hoshiko/Associated Press
Vista de contêineres empilhados em porto de Xangai, na China; economia tem se desacelerado PETRÓLEO De um patamar ao redor de US$ 100 o barril em setembro do ano passado, o petróleo despencou para a faixa de US$ 50. Isso serviu de alívio para o caixa da Petrobras, que não tem mais que importá-lo por um preço mais alto do que vendia no país –forma encontrada pelo governo de segurar o aumento da inflação. Agora, a empresa o compra por um preço mais barato do que vende no mercado e pode recuperar parte das reservas perdidas. A longo prazo, no entanto, os valores baixos podem fazer com que a extração do petróleo do pré-sal, grande aposta da empresa, não se pague. Segundo a companhia, para que a exploração seja viável, o preço do barril deve ficar entre US$ 45 e US$ 52. Caso isso se confirme, será uma péssima notícia para a Petrobras e também para o país. Em junho de 2014, a presidente Dilma anunciou que a destinação de 50% dos royalties do petróleo e 75% do fundo social do pré-sal serviriam para financiar, por exemplo, o Plano Nacional de Educação.
7
Plataforma da Petrobras, no campo Jubarte (ES); queda do petróleo pode inviabilizar produção DÓLAR Com insegurança em relação à permanência da Grécia na zona do euro, perspectiva maior de que o banco central americano eleve as taxas de juros, o dólar tem ficado cada vez mais perto da casa dos R$ 2,90, o maior patamar em mais de dez anos. Isso é positivo para exportadores brasileiros, que vão ter preços mais atrativos para o mercado estrangeiro com moeda forte. Mas aumenta o custo do financiamento das dívidas brasileiras. A Petrobras, por exemplo, tem 70% de suas dívidas em dólar. Entre outros efeitos isso deve dificultar investimentos e a obtenção de novos financiamentos para as empresas. Com o real valendo menos, também fica mais difícil importar, suprir o mercado e manter a inflação baixa. INFLAÇÃO Quando contabilizados 12 meses até janeiro deste ano, a inflação no Brasil passa de 7,14%, acima do teto da meta legal, de 6,5%. Cada vez mais pessimista, a expectativa do mercado é de que a inflação para o ano de 2015 também bata a meta e seja de 7,15%. Os maiores ajustes foram puxados pelo aumento do custo da energia e dos transportes, que tinham sido segurados pelo governo no ano passado. Isso impacta diretamente no bolso da população e no seu poder de consumo, o que pode impactar no PIB. PIB As expectativas mais pessimistas em relação à inflação são acompanhadas de previsões ruins também em relação ao crescimento do PIB de 2015. Dados de atividade econômica divulgados pelo Banco Central apontam "encolhimento" de 0,15% na economia em 2014, o pior resultado desde 2009. Se a expectativa de economistas consultados pelo Banco Central no começo de novembro era de crescimento de 1% em 2015, agora ela é de variação nula. Ou seja, para grande parte do mercado, nesse ano o Brasil, no máximo, fica na mesma.
Sócio de Lula diz que foi procurado por "várias" empresas Fonte Revista Exame - Andreza Matais, do Estadão Conteúdo20/02/2015 ÀS 08H 30 Brasília - Sócio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa consultoria e presidente do instituto que leva o nome do petista, Paulo Okamotto confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que recebeu "vários" interlocutores de empreiteiras. Questionado sobre se teria recebido o executivo João Santana, da UTC, para tratar da Operação Lava Jato, Okamoto confirmou: "Eu o recebi. Ele queria explicar as dificuldades que as empresas estavam enfrentando, se alguém estava pensando o que fazer. Eu disse: 'Você tem que procurar alguém do governo'." 8
A reportagem quis saber sobre que tipo de ajuda ele queria. Okamoto diz que toda empresa que fica exposta a acusações tem dificuldades de ser atendida. "Ele estava sentindo que as portas estavam fechadas no governo, nos bancos". Okamoto não tem cargo no governo e diz ter sido procurado porque "as pessoas acham que a gente tem informação", fala. O senhor recebeu a OAS?, quer saber a reportagem. "Esse negócio das empreiteiras está todo mundo procurando para ver como é que faz. Fica chato eu ficar dizendo todas as empresas que me procuraram", desconversa. A Odebrecht procurou o Lula?, insiste a reportagem. "Eu não participei dessa conversa da Odebrecht com o presidente Lula. Ninguém pode ignorar que um caso como esse não tenha sido comentado. Infelizmente, todo mundo só fala nisso.", afirma. Questionado sobre se o assunto não seria relevante, Okamoto diz que muita coisa que está aparecendo não tem muito a ver com a política, embora se queira dar esse caráter. "No caso da Lava Jato, tem a ver com as mazelas do País. Para vencer as dificuldades que a gente tem muitas vezes nas empresas, como questões burocráticas, as pessoas usam de expedientes mais condenáveis." Mas o PT recebeu dinheiro do esquema, retruca a reportagem... "Tanto o (Renato) Duque, quanto o (Paulo Roberto) Costa eram de carreira da Petrobras, indicação técnica, pela meritocracia. O Pedro Barusco era gerente. As pessoas não foram galgadas ao posto com o compromisso de roubar. Até poderiam oferecer pra eles cargo nessas condições, mas eles poderiam dizer: ‘Nessas condições eu não topo. Eu tenho 30 anos de Petrobras, não vou roubar para virar diretor’.", responde Okamoto. Vaccari Em relação à acusação de que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, teria pedido propina para o partido, Okamoto diz que as empresas estão ganhando dinheiro. Que ninguém precisa corromper ninguém. "Funciona assim: 'Você está ganhando dinheiro? Estou. Você pode dar um pouquinho do seu lucro para o PT? Posso, não posso.' É o que espero que ele tenha feito." Ele diz que foi uma surpresa saber que essas empresas davam um tanto de dinheiro para tantos caras. Por que tem que dar esse tanto de dinheiro? Não tem outro esquema, não tem outra estrutura, diz ao ser lembrado pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o desvio na Petrobras chegou a bilhões. Sobre se o Brasil muda com a Lava Jato, Okamoto diz que quando a pessoa critica duramente a corrupção, a obriga a ser mais ética. "No Brasil, infelizmente, é assim. Todo mundo corrompe um pouquinho. Nego atravessa pelo acostamento; nego fala ao telefone celular; dá um dinheirinho ali para o guarda. A gente tem uma cultura de comprar facilidade, que é ruim. Se não, que País vamos deixar para os nossos netos?" Mas quando perguntado sobre se o presidente Lula estaria muito preocupado com a Lava Jato, Okamoto dá a entrevista por encerrada: "Eu falei que iria responder a uma pergunta, já respondi 20. Chega. Passar bem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Banco português cobra R$ 51 milhões da OAS na Justiça Fonte Revista Exame - Renée Pereira, do Estadão Conteúdo20/02/2015 ÀS 09H 00 São Paulo - O banco português Caixa Geral recorreu à Justiça para cobrar uma dívida de R$ 51,3 milhões do Grupo OAS. Para garantir o pagamento do valor, a instituição pediu ao juiz da 23ª Vara Cível de São Paulo o arresto dos bens da empresa, envolvida na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A ação foi ajuizada no dia 12 de fevereiro e até a quinta-feira, 19, à tarde ainda não havia sido julgada. 9
No documento, o banco afirma que o vencimento do título estava previsto para 5 de dezembro de 2016. Mas, de acordo com as cláusulas contratuais, a OAS deveria fazer pagamentos mensais dos encargos financeiros, o que não ocorreu em janeiro. Com isso, o banco pode acionar os chamados covenants - cláusulas contratuais de títulos de dívida que protegem o credor, estabelecendo condições que não devem ser descumpridas. Se essas cláusulas são quebradas, o credor pode requerer o pagamento antecipado da dívida. É o que o Banco Caixa Geral está reivindicando agora. Em janeiro, a OAS não só deixou de pagar juros de uma dívida como também debêntures emitidas no valor de R$ 100 milhões. Com isso, ela passou a ficar inadimplente no mercado e alvo de ações judiciais cobrando títulos vencidos ou a vencer. Calcula-se que credores possam pedir a antecipação de vencimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão da OAS. No total, entretanto, a dívida da empresa beira os R$ 8 bilhões. Na ação impetrada na Justiça, o banco português afirma que o grupo "vem fazendo uso de empresas do mesmo grupo econômico de modo a dificultar o acesso dos credores aos ativos das companhias, a fim de ter seus créditos satisfeitos". Por isso, a instituição pede o arresto liminar de vários bens. A lista inclui a participação da OAS na Invepar (dona de várias concessões, como o Aeroporto de Guarulhos), na Arena Fonte Nova, na Arena das Dunas e na Arena do Grêmio - que segundo o documento está na iminência de ser vendida. Uma das justificativas para o pedido do banco é o fato de outras ações movidas por investidores terem conseguido liminar, como um processo de R$ 160 milhões. Na ação, o juiz da "6ª Vara Cível do Foro Central, reconhece a suspeita de confusão patrimonial" e concede arresto liminar da "participação acionária que a empresa OAS Infraestrutura S.A. tem na Invepar". Tanto a OAS como o Banco Caixa Geral não responderam ao pedido de entrevista feita pelo Estado. Sem crédito Altamente alavancado, o grupo que havia desbancado a Camargo Corrêa e ocupava a 3ª posição do ranking de construtores entrou em sérias dificuldades depois que a Polícia Federal desencadeou a Operação Lava Jato e prendeu um executivo da empresa. Hoje a OAS não só enfrenta dificuldades para acessar linhas de crédito como também para negociar com clientes os termos de pagamento e o reconhecimento de pleitos de importantes projetos. A empresa está presente em megaempreendimentos Brasil afora. Além das obras da Petrobrás, ela participa de projetos como a Transposição do Rio São Francisco, Hidrelétrica Belo Monte, Metrô do Recife e Linha 4 de São Paulo. Na opinião do sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados - Advogados, Robertson Emerenciano, esse movimento de ações na Justiça pode acelerar um possível pedido de recuperação judicial da OAS.
Trabalhadores da GM de São José dos Campos entram em greve REUTERS/Roosevelt Cassio Fonte Revista Exame - Igor Gadelha, do Estadão Conteúdo20/02/2015 ÀS 10H 24 São Paulo - Aproximadamente 3 mil trabalhadores do turno da manhã da fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos, interior paulista, entraram em greve nesta sexta-feira, 20, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da manhã. Uma nova assembleia está marcada para as 14h30 com os 2,2 mil funcionários da tarde, para decidir se também paralisam as atividades. 10
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José alega que, durante reunião na noite de quinta-feira, 19, a GM teria proposto a abertura de lay-offf (suspensão temporária dos contratos) para 794 funcionários da fábrica durante dois meses e demissão desses colaboradores após esse período. Segundo o sindicato, a empresa não divulgou uma lista com o nome dos trabalhadores a serem demitidos. "A greve é nossa única forma de impedir uma demissão em massa na GM. Nós já havíamos dado o recado para a empresa, de que se houvesse demissão, haveria greve. Agora, só retornaremos ao trabalho quando nossas reivindicações forem atendidas", afirmou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, em nota. Na nota, o sindicato informa que o presidente da instituição entrou em contrato, ainda na noite de ontem, com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, pedindo que o governo intermedie as negociações. A entidade também pede ao Executivo que edite uma Medida Provisória (MP) garantindo a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores de empresas que recebem incentivos fiscais, como as montadoras. Na sexta-feira, 13, 798 trabalhadores da unidade de São José da GM que estavam em lay-off desde o ano passado voltaram ao trabalho. O sindicato, nenhum deles, contudo, poderá ser incluído nos planos de demissão da GM até 7 de agosto, pois possuem garantia do emprego até essa data. Outros 100 funcionários da unidade de São Caetano do Sul (SP) entraram em lay-off em janeiro deste ano. Proposta "deturpada" Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a General Motors informou que não foi comunicada oficialmente pelo sindicato sobre a paralisação. A empresa afirma que a decisão causou "surpresa", pois a proposta apresentada pela montadora teria sido "deturpada" pelo sindicato. A empresa não especificou o que teria sido deturpado. "Em função disso, a GM tomará as medidas legais cabíveis", diz a empresa. Essa é a segunda greve de metalúrgicos neste ano. Em janeiro, trabalhadores da fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP) paralisaram as atividades por 11 dias contra uma proposta da montadora de demitir 800 colaboradores da unidade. Os funcionários só retornaram ao trabalho após acordo com a direção da empresa, que revogou os cortes.
Salários do setor turístico crescem 47,6% em SC Fonte Portal Economia SC 20 de fevereiro de 2015 às 10h 23 Os dados do mercado de trabalho do turismo em Santa Catarina revelam que os trabalhadores do setor obtiveram, entre 2007 e 2013, um aumento significativo do salário médio real (47,6%), bem acima da média dos demais setores (25%), muito por causa da busca pela qualificação profissional. A constatação foi feita através de levantamento da Fecomércio SC através das informações divulgadas no Cadastro Geral de Empregos (Caged). Em 2007, apenas 36,8% dos trabalhadores no setor turístico tinham o ensino médio completo. Seis anos depois, o número passou para 52,8%. No mercado de trabalho em geral, a participação desses trabalhadores passou de 34,4% para 47%, registrando um avanço significativo de 12,6 pontos percentuais no mesmo período, porém, menor que o do setor de turismo, de 16 p.p. Dentre os trabalhadores do turismo que têm ensino superior completo, o percentual passou de 2,7% em 2007 para 4,3% em 2013. Segundo os dados do Caged compilados pela Fecomércio SC, dos 85 mil trabalhadores empregados no setor turístico, 20,6% têm entre 18 e 24 anos – na média total do mercado de trabalho catarinense, essa proporção é de 19,6%. No setor turístico, os que têm entre 30 e 49 anos representam 46,2% do total. O Vale do Itajaí concentra a maior parte dos trabalhadores do turismo em Santa Catarina em 2013 (31,3%), seguida de perto pela Grande Florianópolis (30,2%). Resultado fácil de 11
compreender, já que em ambas as regiões se encontram os principais destinos turísticos de Santa Catarina: Balneário Camboriú e a Ilha de Santa Catarina. A carga horária da maioria dos trabalhadores (86,2%) contratados corresponde à legislação brasileira de 44 horas semanais. Em seguida, aparecem os trabalhadores que trabalham entre 31h e 40h, com 7,9%, e os que trabalham entre 21h e 30h (3,4%). Para mensurar a sazonalidade do setor foi comparado o saldo líquido de vagas (diferença entre admissões e demissões) do setor durante agosto de 2013 e julho de 2014 – um período de 12 meses – e entre somente os meses ditos de alta temporda, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014. As regiões que mais sofrem com a sazonalidade são, naturalmente, as que concentram a maior parte da mão de obra empregada no setor: Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Nos meses de alta temporada, essas regiões criaram 1.104 e 1.240 respectivamente, enquanto que, na soma geral do ano, o Vale do Itajaí criou apenas 219 vagas no setor e a Grande Florianópolis viu uma perda líquida de -165 vagas. O resultado geral no Estado, entre os meses de novembro de 2013 e fevereiro de 2014, é muito melhor (3.292 vagas) do que quando comparado com um período completo de 12 meses (970 vagas), configurando uma alta sazonalidade no setor, que deve ser minimizada por meio de um plano sustentado de turismo.
12