Anatomia Humana da Relacao (4.ª Ed.)

A NATOMIA H UMANA DA R ELAÇÃO

J. A. ESPERANÇA PINAJ. A. ESPERANÇA PINA

Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) de 1994 a 1999 Membro Efectivo Nacional da Academia das Ciências de Lisboa AEdiçãoNATOMIA H UMANA DA R ELAÇÃO

Edição baseada na Terminologia Anatomica do Federative Committee on Anatomical Terminology, Thieme, Stuttgart –New York, 1998, publicada na depêndência da International Federation of Associations of Anatomists (IFAA)

Lidel–edições técnicas, lda

JOSÉ ANTÓNIO REBOCHO ESPERANÇA PINA

JOSÉ ANTÓNIO REBOCHO ESPERANÇA PINA

Professor Catedrático de Anatomia; ex-regente das cadeiras de Anatomia I, Anatomia II e de Deontologia, Bioética e Direito Médico da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; regente da cadeira de Direito Médico e Medicina Legal da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

Entre outros cargos que exerceu, foi Presidente da Comissão Instaladora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (1977-1980); Presidente do Conselho Nacional de Ensino e Educação Médica da Ordem dos Médicos (1978-1980); Presidente do Conselho Científico das Ciências da Saúde do INIC (1979-1991); Membro do Conselho Nacional do Ensino Superior (1979-1982); Vice-Reitor da Universidade Nova de Lisboa (1980-1982); Reitor da Universidade Nova de Lisboa (1982-1991); Representante de Portugal no Conselho de Investigação Médica Europeia da Fundação Europeia de Ciência (1982-1991); Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (1987-1989); Presidente do Conselho de Acção Social do Ensino Superior (1989-1991); Membro da Comissão Permanente do Conselho Superior de Ciência e Tecnologia (1987-1989); Membro do Conselho Nacional de Educação (1988-1991); Representante de Portugal no grupo de direcção do programa IMHE da OCDE (1980-1998); Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA) (1994-1999); Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (1994-2002); Membro do Conselho Nacional de Deontologia e Ética da Ordem dos Médicos e Relator do Código Deontológico (2005-2008); Professor Decano da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (1977-2008); Professor Decano da Universidade Nova de Lisboa (2003-2008); Professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa (14.06.2008).

Realizou 528 conferências, lições magistrais, mesas redondas, simpósios e comunicações e publicou 166 trabalhos científicos e pedagógicos, sendo de referir 9 livros científicos e didácticos, com várias edições.

É Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa; Membro da Academia Portuguesa de Medicina e da Academia Portuguesa de Medicina Dentária. Possui a Legião de Honra da França, a Ordem Militar de Santiago de Espada de Portugal e a Ordem da Instrução Pública de Portugal.

II. MEDULA ESPINHAL

3.CONSIDERAÇÕES GERAIS E DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DA MEDULA ESPINHAL

3.1.Forma

3.2.Limites

3.3.Dimensões, peso consistência

3.4.Direcção

3.5.Relações

3.6.Meios

3.7.Descrição

3.7.1.Face laterais

4.CONSTITUIÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA ESPINHAL

4.1.Disposição geral da susbtância cinzenta

4.2.Variações regionais da susbtância cinzenta

4.3.Núcleos da medula espinhal

4.3.1.Núcleos somato-motores somato-sensitivos

4.3.3.Núcleos autónomos, víscero-motores

4.4.Sistematização

5.2.1.2.2.Vias de motricidade automática ou extrapiramidais

5.2.1.2.2.1.Tracto rubro-espinhal

5.2.1.2.2.2.Tractos tecto-espinhais

5.2.1.2.2.3.Tractos retículo-espinhais

5.2.1.2.2.4.Tractos vestíbulo-espinhais

5.2.1.2.2.5.Tracto olivo-espinhal

5.2.1.2.2.6.Tracto nigro-espinhal

5.2.2.Vias curtas

5.2.2.1.Vias curtas situadas na substância cinzenta

5.2.2.2.Vias curtas e longas situadas na substância branca

5.2.2.2.1.Fibras de associação curtas

5.2.2.2.2.Fibras de associação longas

5.3.Síntese da substância branca em corte transversal

III. NERVOS ESPINHAIS

6.SISTEMATIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS MEDULARES E RADICULARES

6.1.Territórios radiculares sensitivos

6.1.1.Dermátomos anteriores

6.1.1.1.Dermátomos ao nível do tronco ........................................................................................56

6.1.1.2.Dermátomos ao nível do membro inferior

6.1.1.3.Dermátomos ao nível do membro superior

6.1.2.Dermátomos posteriores ................................................................................................................57

6.1.2.1.Dermátomos ao nível do pescoço e do tronco ...................................................................57

6.1.2.1.1.Zona cérvico-nucal ...........................................................................................57

6.1.2.1.2.Zona do triângulo interescapular

6.1.2.1.3.Zona torácica

6.1.2.1.4.Zona lombo-sagrada

6.1.2.1.5.Zona isquiática ................................................................................................58

6.1.2.1.6.Zona perineal ao nível do membro inferior ao nível do membro superior radiculares nervos cervicais posteriores nervos torácicos posteriores nervos lombares posteriores nervos sagrados do nervo coccígeo plexo ramos do plexo

8.3.Ramos plexo

8.4.1.Ramos

9.1.Constituição

9.2.Classificação terminais plexo

9.4.1.Grupo

9.4.2.2.2.Classificação dos ramos do nervo radial

9.4.2.2.3.Ramos colaterais do nervo radial

9.4.2.2.4.Ramos terminais do nervo radial

10.ASPECTO GERAL DA INERVAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR

10.1.Nervos motores

10.1.1.Músculos do ombro

10.1.2.Músculos do braço

10.1.3.Músculos do antebraço

10.1.4.Músculos da mão

10.2.Nervos sensitivos

10.2.1.Território cutâneo do ombro

10.2.2.Território cutâneo do braço

10.2.3.Território cutâneo do antebraço

10.2.4.Território cutâneo da mão

10.3.Nervos vasculares

10.4.Nervos ósseos

10.5.Nervos articulares

11.NERVOS INTERCOSTAIS

11.1.Características gerais dos nervos intercostais

11.1.1.Trajecto e relações

11.1.2.Classificação dos nervos intercostais

11.1.3.Ramos colaterais dos nervos intercostais

11.1.4.Ramos terminais dos nervos intercostais

11.2.Características particulares dos nervos intercostais

12.PLEXO LOMBAR

12.1.Constituição e relações do plexo lombar

12.2.Classificação dos ramos do plexo lombar ..............................................................................................96 12.3.Ramos colaterais do plexo lombar .........................................................................................................96

12.3.1.Nervo ílio-hipogástrico

12.3.1.1.Origem e relações 96

12.3.1.2.Classificação dos ramos do nervo ílio-hipogástrico 12.3.1.3.Ramos colaterais do nervo ílio-hipogástrico

12.3.1.4.Ramos terminais do nervo ílio-hipogástrico ílio-inguinal e relações do nervo ílio-inguinal dos ramos do nervo ílio-inguinal terminais do nervo ílio-inguinal cutâneo femoral lateral e relações do nervo cutâneo femoral lateral dos ramos do nervo cutâneo femoral lateral terminais do nervo cutâneo femoral lateral

12.3.4.Nervo génito-femoral

12.3.4.1.Origem e relações do nervo génito-femoral

12.3.4.2.Classificação dos ramos do nervo génito-femoral 100

12.3.4.3.Ramos terminais do nervo génito-femoral 100

12.4.Ramos terminais do plexo lombar

12.4.1.Nervo obturador

13.PLEXO SAGRADO

13.1.Constituição e relações do plexo sagrado ............107

13.2.Classificação dos ramos do plexo sagrado ...........108 13.3.Ramos colaterais do plexo sagrado .......................................................................................................108 13.4.Ramo terminal do plexo sagrado ...........................................................................................................110 13.4.1.Nervo isquiático 13.4.2.Nervo13.4.1.2.Classificação13.4.1.1.Constituição.........................................................................................................................110erelaçõesdonervoisquiático...............................................................110dosramosdonervoisquiático..............................................................11113.4.1.3.Ramoscolateraisdonervoisquiático11113.4.1.4.Ramosterminaisdonervoisquiático112fibularcomum............11213.4.2.1.Constituiçãoerelaçõesdonervofibularcomum11213.4.2.2.Classificaçãodosramosdonervofibularcomum......................................................11213.4.2.3.Ramoscolateraisdonervofibularcomum.................................................................11313.4.2.4.Ramosterminaisdonervofibularcomum.................................................................11313.4.2.4.1.Nervofibularsuperficial.........................................................................11313.4.2.4.1.1.Classificaçãodosramosdonervofibularsuperficial.........11413.4.2.4.1.2.Ramoscolateraisdonervofibularsuperficial11413.4.2.4.1.3.Ramosterminaisdonervofibularsuperficial11413.4.2.4.1.3.1.Nervocutâneodorsalmedial11413.4.2.4.1.3.2.Nervocutâneodorsallateral....................11513.4.2.4.2.Nervofibularprofundo............................................................................11513.4.2.4.2.1.Constituiçãoerelaçõesdonervofibularprofundo............11513.4.2.4.2.2.Classificaçãodosramosdonervofibularprofundo...........11513.4.2.4.2.3.Ramoscolateraisdonervofibularprofundo......................11613.4.2.4.2.4.Ramosterminaisdonervofibularprofundo11613.4.3.Nervotibial...................11713.4.3.1.Constituiçãoerelaçõesdonervotibial117

13.4.3.2.Classificação dos ramos do nervo tibial 117 13.4.3.3.Ramos colaterais na fossa poplítea 118 13.4.3.4.Ramos colaterais na face posterior da perna 119 13.4.3.5.Ramos terminais do nervo tibial 120 13.4.3.5.1.Nervo plantar medial 120

13.4.3.5.1.1.Classificação dos ramos do nervo plantar medial 120 13.4.3.5.1.2.Ramos colaterais do nervo plantar medial 120 13.4.3.5.1.3.Ramos terminais do nervo plantar medial 121 13.4.3.5.2.Nervo plantar lateral 122 13.4.3.5.2.1.Classificação dos ramos do nervo plantar lateral 123 13.4.3.5.2.2.Ramos colaterais do nervo plantar lateral 123 13.4.3.5.2.3.Ramos terminais do nervo plantar lateral 123 PUDENDO

18.1.2.Núcleos da coluna autónoma

18.1.2.1.Núcleo posterior do nervo vago 149

18.1.2.2.Núcleo salivar inferior 149

18.1.2.3.Núcleo salivar superior

18.1.2.4.Núcleo lácrimo-palato-nasal 149

18.1.2.5.Núcleo acessório do nervo oculomotor (Edinger-Westphall) 149

18.1.3.Núcleos das colunas somato-sensitivo-sensoriais 149

18.1.3.1.Coluna posterior

19.1.4.Área pôntico

19.3.5.Núcleo interpeduncular (Gudden)

19.3.5.1.Constituição .....166

19.3.5.2.Sistematização ...166

19.3.5.2.1.Vias aferentes 166

19.3.5.2.2.Vias eferentes 167

19.3.6.Colículos

20.CONSTITUIÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA SUBTÂNCIA BRANCA

20.1.Vias ascendentes ou sensitivas ..............................................................................................................169

20.1.1.Vias de sensibilidade exteroceptiva ou superficial 169

20.1.1.1.Via de sensibilidade táctil protopática 169

20.1.1.2.Via de sensibilidade termo-álgica 170 20.1.1.3.Via de sensibilidade táctil epicrítica 170

20.1.2.Vias de sensibilidade proprioceptiva ou profundas 170 20.1.2.1.Via de sensibilidade profunda consciente 170 20.1.2.2.Via de sensibilidade profunda inconsciente 171

20.1.3.Outras vias de sensibilidade .....................................................................................................171

20.1.3.1.Vias de sensibilidade geral da cabeça e do pescoço 171 20.1.3.2.Vias acústicas ....171

20.2.Vias descendentes ou motoras .................173

20.2.1.Vias de motricidade voluntária ........173

20.2.1.1.Tracto piramidal propriamente dito ou tracto córtico-espinhal 173

20.2.1.2.Tracto geniculado ou córtico-nuclear 174

20.2.2.Vias extrapiramidais ..................................................................................................................174

20.2.2.1.Vias córtico-ponto-cerebelosas (Turck-Meynert) rubro-espinhal tecto-espinhal vestíbulo-espinhal olivo-espinhal nigro-espinhal retículo-espinhal

20.3.Vias de associação

20.3.1.Tracto tegmental central

20.3.2.Fascículo longitudinal medial

20.3.2.1.Fibras descendentes ascendentes

21.1.Constituição

21.2.Colunas de núcleos reticulares

21.3.Grupos de colunas de núcleos reticulares

21.3.1.Coluna de núcleos reticulares mediais ou da rafe 180

21.3.2.Coluna de núcleos reticulares intermédios

21.3.3.Coluna de núcleos reticulares laterais .....180

21.4.Sistematização

21.4.1.Vias aferentes

21.4.1.1.Tracto espinho-reticular

21.4.1.2.Tracto cerebelo-reticular

21.4.1.3.Fibras sensitivo-reticulares

21.4.1.4.Fibras córtico-reticulares 181

21.4.1.5.Fibras subtálamo-reticulares 181

21.4.1.6.Fibras tecto-reticulares 182

21.4.2.Vias eferentes

21.4.2.1.Tracto retículo-espinhal 182

21.4.2.2.Fibras retículo-corticais .182 21.4.2.3.Fibras retículo-talâmicas ............................................................................................182

21.4.2.4.Fibras retículo-hipotalâmicas 182

21.4.2.5.Fibras retículo-subtalâmicas 182

21.4.3.Vias associativas dos núcleos reticulares

21.5.Aspectos funcionais da formação reticular

21.5.1.Activação do córtex cerebral .........183

21.5.2.Regulação do sono ..............183

21.5.3.Regulação da actividade dos neurónios ..183

21.5.4.Regulação dos reflexos ............184

V. NERVOS CRANIANOS

22.1.Classificação dos nervos cranianos 22.2.Nervos cranianos motores

22.2.1.Nervo oculomotor (III Par) aparente do nervo oculomotor 188 e relações do nervo oculomotor dos ramos do nervo oculomotor terminais do nervo oculomotor 189 troclear (IV Par) aparente do nervo troclear 189 e relações do nervo troclear 189 dos ramos do nervo troclear 190 terminal do nervo troclear 190 abducente (VI Par)

22.2.3.1.Origem aparente do nervo abducente 190 22.2.3.2.Trajecto e relações do nervo abducente 190 22.2.3.3.Classificação dos ramos do nervo abducente 191 22.2.3.4.Ramo terminal do nervo abducente 191 22.2.4.Nervo acessório (XI Par) ............................................................................................................191

22.2.4.1.Origem aparente do nervo acessório 191 22.2.4.2.Trajecto e relações do nervo acessório 191 22.2.4.3.Classificação dos ramos do nervo acessório 192 22.2.4.4.Ramos terminais do nervo acessório 192

22.2.5.Nervo hipoglosso (XII Par) ...........192

22.2.5.1.Origem aparente do nervo hipoglosso 193 22.2.5.2.Trajecto e relações do nervo hipoglosso 193 22.2.5.3.Classificação dos ramos do nervo hipoglosso 193 22.2.5.4.Ramos colaterais do nervo hipoglosso 194 22.2.5.5.Ramos terminais do nervo hipoglosso 194

22.3.Nervos cranianos mistos ........................................................................................................................195

22.3.1.Nervo trigémeo (V Par) ..............................................................................................................195

22.3.1.1.Origem aparente da raiz motora 195 22.3.1.2.Terminação aparente da raiz sensitiva 195 22.3.1.3.Trajecto e relações das raízes 195 22.3.1.4.Gânglio trigeminal (Gasser) 195 22.3.1.5.Classificação dos ramos do nervo trigémeo 196 22.3.1.6.Nervo oftálmico (Willis) e gânglio ciliar 196 22.3.1.6.1.Nervo naso-ciliar 196 22.3.1.6.1.1.Classificação dos ramos do nervo naso-ciliar 196 22.3.1.6.1.2.Ramos colaterais do nervo naso-ciliar 197 22.3.1.6.1.3.Ramos terminais do nervo naso-ciliar 197 22.3.1.6.2.Nervo frontal 197 22.3.1.6.2.1.Classificação dos ramos do nervo frontal 198 22.3.1.6.2.2.Ramos terminais do nervo frontal 198 22.3.1.6.3.Nervo lacrimal 199 22.3.1.6.3.1.Classificação dos ramos do nervo lacrimal ........................ 199 22.3.1.6.3.2.Ramos terminais do nervo lacrimal ................................... 199 22.3.1.6.4.Gânglio ciliar 199

22.3.1.6.4.1.Classificação dos ramos do gânglio ciliar 199 22.3.1.6.4.2.Ramos aferentes do gânglio ciliar 199 22.3.1.6.4.3.Ramos eferentes do gânglio ciliar 200

22.3.1.7.Nervo maxilar e gânglio ptérigo-palatino (Meckel) 200

22.3.1.7.1.Nervo maxilar 200

22.3.1.7.1.1.Classificação dos ramos do nervo maxilar 200 22.3.1.7.1.2.Ramos colaterais do nervo maxilar 200 22.3.1.7.1.3.Ramos terminais do nervo maxilar 202

22.3.1.7.2.Gânglio ptérigo-palatino (Meckel) 202 22.3.1.7.2.1.Classificação dos ramos do gânglio ptérigo-palatino (Meckel)203

22.3.1.7.2.2.Ramos aferentes do gânglio ptérigo-palatino (Meckel) ......203 22.3.1.7.2.3.Ramos eferentes do gânglio ptérigo-palatino (Meckel) ......203

22.3.1.8.Nervo mandibular e gânglio ótico (Arnold) 204 22.3.1.8.1.Nervo mandibular 204 22.3.1.8.1.1.Classificação dos ramos do nervo mandibular 204 22.3.1.8.1.2.Ramo colateral do nervo mandibular 204 22.3.1.8.1.3.Ramos terminais do nervo mandibular 204 22.3.1.8.1.3.1.Tronco anterior 204 22.3.1.8.1.3.2.Tronco posterior 205 22.3.1.8.2.Gânglio ótico (Arnold) 207 22.3.1.8.2.1.Classificação dos ramos do gânglio ótico (Arnold) 207 22.3.1.8.2.2.Ramos aferentes do gânglio ótico (Arnold) 207 22.3.1.8.2.3.Ramos eferentes do gânglio ótico (Arnold) 208

22.3.1.9.Territórios sensitivos das regiões ântero-laterais da cabeça 208 22.3.1.9.1.Território sensitivo do nervo oftálmico (Willis) 208 22.3.1.9.2.Território sensitivo do nervo maxilar 208 22.3.1.9.3.Território sensitivo do nervo mandibular 208

22.3.2.Nervo facial e nervo intermédio (Wrisberg) (VII Par) 209 22.3.2.1.Origem aparente do nervo facial 209 22.3.2.2.Terminação aparente do nervo facial 209 22.3.2.3.Trajecto e relações do nervo facial 209 22.3.2.4.Classificação dos ramos do nervo facial 210 22.3.2.5.Ramos colaterais do nervo facial 210 22.3.2.6.Ramos terminais do nervo facial 211 22.3.3.Nervo glosso-faríngeo (IX Par) ...................................................................................................212 22.3.3.1.Origem aparente do nervo glosso-faríngeo 213 22.3.3.2.Trajecto e relações do nervo glosso-faríngeo 213 22.3.3.3.Classificação dos ramos do nervo glosso-faríngeo 213 22.3.3.4.Ramos colaterais do nervo glosso-faríngeo 214 22.3.3.5.Ramos terminais do nervo glosso-faríngeo 214 22.3.4.Nervo vago (X par) ....................................................................................................................215

22.3.4.1.Origem aparente do nervo vago 215

22.3.4.2.Trajecto e relações do nervo vago 215 22.3.4.3.Classificação dos ramos do nervo vago 216 22.3.4.4.Ramos colaterais do nervo vago 217 22.3.4.5.Ramo terminal do nervo vago 218

22.4.Nervos cranianos sensoriais ...................219

22.4.1.Nervo olfactivo (I par) ..............219

22.4.1.1.Origem do nervo olfactivo 219 22.4.1.2.Nervo olfactivo ..........................................................................................................220

22.4.2.Nervo óptico (II par) ..................................................................................................................221

22.4.2.1.Origem do nervo óptico 221 22.4.2.2.Nervo óptico ..............................................................................................................222 22.4.2.3.Terminação do nervo óptico 223

22.4.3.Nervo vestíbulo-coclear (VIII dos ramos do nervo vestíbulo-coclear do nervo vestíbulo-coclear vestíbulo-coclear nervo vestíbulo-coclear

VI. CEREBELO

31.SUBTÁLAMO

31.1.Constituição e descrição

31.1.1.Zona incerta

31.1.2.Núcleo subtalâmico (Luys)

31.1.3.Núcleos da cápsula interna

31.1.4.Substância inominada (Reichert)

31.1.5.Núcleos perizonais (Forel)

31.1.6.Núcleo da comissura posterior (Darkschewitsch) 294

31.1.7.Núcleo intersticial (Cajal)

31.1.8.Globo pálido

31.2.Sistematização

31.2.1.Vias aferentes

31.2.2.Vias eferentes 31.2.3.Vias comissurais

32.HIPOTÁLAMO Descrição 32.1.1. Haste hipofisária Hipófise Corpos Substância Constituição Corpos mamilares Hipotálamo propriamente Zona periventricular Zona medial Região supraquiasmática Região infundibular Região paramamilar Zona Hipotálamo Sistematização Conexões dos corpos mamilares Vias aferentes Vias eferentes Conexões do hipotálamo propriamente dito Vias aferentes Vias eferentes Conexões da hipófise Conexões hipotálamo-neuro-hipofisárias Conexões hipotálamo-adeno-hipofisárias

35.1.3.Cápsula interna ................333

35.1.3.1.Sistematização

35.1.3.1.2.Posição35.1.3.1.1.Fibras...........................................................................................................334atravessandoacápsulainterna...................................................33435.1.3.1.1.1.Fibrastálamo-estriadas33435.1.3.1.1.2.Radiaçõestalâmicas...........................................................33435.1.3.1.1.3.Fibrasestriado-subtalâmicas33535.1.3.1.1.4.Viasdamotricidade...........................................................33535.1.3.1.1.5.Fibrasligandoocórtexcerebralanúcleosprópriosdotronco35.1.3.1.1.5.encefálico...........................................................................336dasfibrasnosdiferentessegmentosdacápsulainterna...........33635.1.3.1.2.1.Fibrassituadasnoramoanterior33635.1.3.1.2.2.Fibrassituadasnojoelho...................................................33635.1.3.1.2.3.Fibrassituadasnoramoposterior33635.1.3.1.2.4.Fibrassituadasnaparteretrolentiforme...........................33735.1.3.1.2.5.Fibrassituadasnapartesublentiforme.............................337 constituídos fibras de associação de associação de associação

35.3.2.6.Comissura inter-retiniana 35.3.2.7.Comissura supra-óptica ventral (Gudden) 35.4.Sistemas formados por diversos tipos de fibras

XI. CAVIDADES ENCÉFALO-MEDULARES E FORMAÇÕES COROIDEIAS

36.CAVIDADES ENCÉFALO-MEDULARES

36.1.Canal central 36.2.Quarto ventrículo

36.2.1.Parede anterior, pavimento ou fossa romboidea 351 36.2.1.1.Triângulo medulo-oblongo 36.2.1.2.Triângulo pôntico

36.2.2.Parede posterior ou teto

36.2.3.Margens 36.2.4.Ângulos 36.3.Aqueduto do mesencéfalo (Sylvius) 36.4.Terceiro ventrículo

36.4.1.Paredes laterais 36.4.2.Parede superior ou abóbada 36.4.3.Parede inferior ou pavimento 36.4.4.Parede posterior 36.4.5.Parede anterior 36.5.Ventrículos laterais 36.5.1.Corno anterior ou frontal 36.5.2.Corno posterior ou occipital 36.5.3.Corno inferior ou temporal COROIDEIAS

37.1.Plexos coroideus do quarto ventrículo 37.1.1.Tela coroideia do quarto ventrículo 37.1.2.Plexos coroideus do quarto ventrículo 37.2.Formações coroideias do terceiro ventrículo 37.2.1.Tela coroideia do terceiro ventrículo 37.2.2.Plexos coroideus do terceiro ventrículo 37.2.3.Plexos coroideus dos ventrículos laterais MENINGES

40.1.1.4.Gânglio submandibular 389 40.1.1.5.Gânglio sublingual (Blandin) 390 40.1.2.Gânglios intermédios e plexos pré-viscerais cervicais 390 40.1.2.1.Plexo carótico comum 40.1.2.2.Plexo faríngeo 40.1.2.3.Plexo laríngeo 40.1.2.4.Plexo tiroideu 40.1.2.5.Plexo tímico 40.1.3.Gânglios intermédios e plexos pré-viscerais torácicos 391 40.1.3.1.Plexo cardíaco 40.1.3.2.Plexo bronco-pulmonar 391 40.1.3.3.Plexo esofágico e aórtico-torácico 392 40.1.4.Gânglios intermédios e plexos pré-viscerais abdómino-pélvicos 392 celíaco

41.3.1.Túnicas ou membranas envolventes do bulbo ocular 403 41.3.1.1.Túnica fibrosa do bulbo ocular 403 41.3.1.1.1.Esclera 404 41.3.1.1.2.Córnea 405 41.3.1.2.Túnica músculo-vascular do bulbo ocular 405 41.3.1.2.1.Coroideia 406 41.3.1.2.2.Corpo ciliar 406 41.3.1.2.3.Íris 407 41.3.1.3.Túnica nervosa do bulbo ocular 407 41.3.1.3.1.Parte óptica da retina 408 41.3.1.3.2.Parte cega da retina 408 41.3.1.4.Meios transparentes do bulbo ocular 409 41.3.1.4.1.Cristalino ou lente 409 41.3.1.4.2.Câmaras anterior e posterior do bulbo ocular e humor aquoso 410 41.3.1.4.3.Câmara vítrea do bulbo ocular e corpo vítreo 410 41.4.Órgãos anexos do bulbo ocular 41.4.1.Músculos extrínsecos do bulbo ocular

41.4.1.1.Classificação 41.4.1.2.Descrição

42.1.Ouvido externo 42.1.1.Orelha .....................425 42.1.1.1.Situação 42.1.1.2.Configuração externa

42.1.1.2.1.Face lateral 425 42.1.1.2.2.Face medial 426 42.1.1.2.3.Circunferência 426 42.1.1.3.Constituição anatómica 42.1.1.3.1Cartilagem da orelha 426 42.1.1.3.2.Ligamentos auriculares 426 42.1.1.3.2.1.Ligamentos auriculares extrínsecos 426 42.1.1.3.2.2.Ligamentos auriculares intrínsecos 427 42.1.1.3.3.Músculos auriculares 427 42.1.1.3.3.1.Músculos auriculares extrínsecos 427 42.1.1.3.3.2.Músculos auriculares intrínsecos 427 42.1.1.3.4.Pele 428

42.1.2.Meato acústico externo 42.1.2.3.Constituição42.1.2.2.Forma42.1.2.1.Considerações..............................................................................................................428gerais.................................................................................................428erelações.......................................................................................................428anatómica..............................................................................................429

46.1.2.2.1.Via de sensibilidade profunda inconsciente dos membros inferiores e do tronco459 46.1.2.2.2.Via de sensibilidade profunda inconsciente do membro superior 459

46.2.Vias de sensibilidade geral da cabeça e do pescoço

46.3.Aplicações clínicas

46.3.1.Lesão ao nível dos receptores

46.3.2.Lesão do nervo periférico 46.3.3.Lesão da raiz posterior 46.3.4.Síndromes sensitivas medulares 46.3.4.1.Lesão do funículo posterior 463 46.3.4.2.Lesão da substância cinzenta 464 46.3.4.3.Lesão do funículo lateral 46.3.4.4.Hemisecção medular 46.3.4.5.Secção completa da medula espinhal 465

46.3.5.Síndrome sensitiva medulo-oblongo-pôntica

46.3.6.Síndrome sensitiva peduncular

46.3.7.Síndrome sensitiva talâmica

46.3.8.Síndrome sensitiva da cápsula interna 46.3.9.Alteração da sensibilidade por lesão do centro semioval (Vieussens) e ao nível do córtex cerebral466

47.VIAS DE MOTRICIDADE

47.1.Vias piramidais piramidal propriamente dito ou córtico-espinhal 467 geniculado ou córtico-nuclear 47.2.Vias extrapiramidais extrapiramidais propriamente ditas ..470 47.2.1.1.Vias extrapiramidais com origem cortical 470 extrapiramdiais de origem subcortical 471 extrapiramidais cerebelosas arquicerebeloso nervosos 472 aferentes 472 de associação intracerebelosas 472 eferentes 472 paleocerebeloso nervosos 473 aferentes 473 de associação intracerebelosas 473 eferentes 474 neocerebeloso nervosos 474 aferentes 474 de associação intracerebelosas 475 eferente 475 final comum (Sherrington)

47.4.Aplicações clínicas

47.4.1.Aparelho do trofismo muscular 47.4.1.1.Distrofia por lesão das células dos cornos anteriores da medula espinhal ou nos núcleos 47.4.1.1. motores dos nervos cranianos 476 47.4.1.2.Distrofia muscular por lesão dos nervos periféricos 476 47.4.1.3.Doenças por alteração da placa motora 476 47.4.1.4.Distrofia por doença muscular primitiva 476 47.4.2.Aparelho da motilidade voluntária .....476 47.4.2.1.Lesão ao nível do córtex cerebral, centro semioval (Vieussens) e cápsula interna ....477 47.4.2.2.Lesão no pedúnculo cerebral 477 47.4.2.3.Lesão ao nível da ponte 477 47.4.2.4.Lesão ao nível da medula oblonga 478 OCULOMOTORAS

48.1.Vias oculocefalogiras

48.1.1.Neurónio central 48.1.2.Neurónio periférico

48.2.Vias da acomodação e da irido-motricidade 48.2.1.Vias da acomodação 48.2.2.Vias da irido-motricidade 48.2.2.1.Via da irido-constricção 484 48.2.2.2.Via da irido-dilatação SENSORIAIS

49.1.Vias ópticas

50.4.2.2.ArtériaRELAÇÃO

cerebral média

50.4.2.3.Artéria cerebral posterior

50.4.3.Artérias centrais 50.4.4.Artérias coroideias

50.4.4.1.Artéria coroideia anterior 50.4.4.2.Artéria coroideia média 50.4.4.3.Artéria coroideia posterior 517

50.4.5.Territórios vasculares corticais 50.4.5.1.Face lateral do hemisfério cerebral 518 50.4.5.2.Face medial do hemisfério cerebral 518 50.4.5.3.Face inferior do hemisfério cerebral 518

50.4.6.Aplicações clínicas

51.VEIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

51.1.Veias da medula espinhal

51.1.1.Veias intramedulares 51.1.2.Rede venosa perimedular

51.1.3.Veias intervertebrais .................................................................................................................521

51.1.4.Plexos venosos vertebrais internos e externos 522

51.2.Veias do tronco encefálico

51.2.1.Veias da medula oblonga

51.2.2.Veias da ponte .................523 51.2.3.Veias do istmo encefálico ou mesencefálico 523 51.3.Veias do cerebelo ..........................523 51.4.Veias do cérebro ....................................................................................................................................524

51.4.1.Veias superficiais do cérebro .....................................................................................................524

51.4.1.1.Veias da face lateral dos hemisférios cerebrais 524 51.4.1.2.Veias da face medial dos hemisférios cerebrais 525 51.4.2.Veias profundas do cérebro 51.4.2.1.Sistema central das veias profundas do cérebro 526 51.4.2.2.Sistema basal das veias profundas do cérebro 526

XVII. ANATOMIA RADIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS BÁSICOS DA TC E axial ou coronal ou crânio-encefálica sagital ou de perfil axial ou coronal ou frontal

54.TC E RM DA MEDULA ESPINHAL PARA APLICAÇÃO NA CLÍNICA

54.1.Anatomia da medula espinhal e das raízes nervosas na TC..................................................................575 54.1.1.Plano axial ou horizontal 54.2.Anatomia da medula espinhal e das raízes nervosas na RM................................................................. 578 sagital ou de perfil axial ou horizontal coronal ou frontal

55.TC E RM DA ÓRBITA E DO BULBO OCULAR

55.1.Anatomia da órbita e do bulbo ocular na TC e na RM 55.1.1.Anatomia da órbita e do bulbo ocular na 55.1.1.1.Plano axial ou horizontal 55.1.1.2.TC no plano coronal ou frontal 586 55.1.2.Anatomia da órbita e do bulbo ocular na RM............................................................................ no plano axial ou horizontal 587 55.1.2.2.RM no plano coronal ou frontal

56.TC E RM DO do ouvido na TC 56.1.1.Plano axial ou horizontal 56.2.Anatomia do ouvido na RM FUNCIONAL PRÁTICA CLÍNICA

A Anatomia Humana da Relação constitui a interligação do corpo humano com o meio que o rodeia. Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e transmitem a correspondente informação, por intermédio dos nervos periféricos, até ao sistema nervoso central. Este regista as informações, transforma-as de novo e, através dos nervos periféricos, envia as respostas ao sistema locomotor como agente executor.

A Anatomia Humana da Relação é constituída pelo sistema nervoso central e periférico e pelos órgãos dos sentidos.

O sistema nervoso central encontra-se localizado na cavidade craniana e no canal vertebral.

A porção que se localiza na cavidade craniana é o encéfalo, constituído pelo tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro. A porção que se situa no canal vertebral é a medula espinhal.

O encéfalo e a medula espinhal apresentam no seu interior as cavidades encéfalo-medulares e encontram-se revestidas pelas meninges.

O sistema nervoso periférico ou nevrologia é constituído pelos nervos, aos quais cabe a dupla função de transmitir o influxo nervoso nos sentidos centrípeto e centrífugo.

Os nervos encéfalo-espinhais originam-se ou terminam no encéfalo ou na medula espinhal. Os nervos que se originam ou terminam no encéfalo são os nervos cranianos e os nervos que se originam ou terminam na medula espinhal são os nervos espinhais.

Os nervos do sistema nervoso autónomo são constituídos por grupos ganglionares, ligados entre si por fibras nervosas, e pertencem à vida vegetativa.

Os órgãos dos sentidos são constituídos pelos cinco sentidos.

O sentido do tacto permite diferenciar os diferentes tipos de sensibilidade exteroceptiva ou superficial, ou seja a táctil protopática, a termo-álgica e a táctil epicrítica, através de receptores localizados na pele.

O sentido do gosto permite diferenciar os sabores e as estruturas destinadas a distingui-los encontram-se disseminadas pela superfície da língua.

O sentido do olfacto permite diferenciar os cheiros, encontrando-se os seus receptores na porção superior das cavidades nasais, protegidas anteriormente pelo nariz.

O sentido da visão, constituído pelo bulbo ocular, encontra-se na órbita, sendo protegido anteriormente pelas pálpebras e apresenta como anexos a glândula e as vias lacrimais, bem como um conjunto de músculos estriados que permitem executar os diversos movimentos.

O sentido da audição é constituído pelos ouvido externo e ouvido médio com a função de recolher e transmitir as ondas sonoras, e pela porção anterior do ouvido interno, a cóclea, que faz a recepção

das ondas. A porção posterior do ouvido interno, o vestíbulo e os canais semicirculares têm a finalidade da manutenção do equilíbrio.

O sistema nervoso e os órgãos dos sentidos estão interligados através das grandes vias de condução da sensibilidade geral, da motricidade e sensoriais.

A obra Anatomia Humana de Relação foi escrita para estudantes no início da sua carreira universitária, mas com a finalidade de adquirir conhecimentos indispensáveis à sua vida clínica, sendo um curso destinado ao futuro médico generalista, que precisa de ter bases seguras em Anatomia Neurológica e Anatomia Estesiológica, a fim de poder compreender as bases da semiologia, da patologia e do diagnóstico diferencial, fundamentais ao estudo da Neurologia, da Neurocirurgia, da Oftalmologia, da Otorrinolaringologia e da Medicina Dentária.

A obra Anatomia Humana de Relação foi também escrita para licenciados em Medicina para poderem preparar os internatos da especialidade em Neurologia, Neurocirurgia, Neurorradiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Medicina Física e de Reabilitação, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Estomatologia e Medicina Dentária e os vários ramos da Ciência da Imagem Médica, entre outras, e também escrita a pensar noutros cursos da área das Ciências da Saúde, entre os quais a Enfermagem e a Fisioterapia.

Para poder ter utilidade e para alcançar os diversos objectivos torna-se necessário que o utilizador do presente livro fique capaz de:

– Explicar as bases morfológicas e funcionais que permitem construir um plano de exploração das estruturas nervosas essenciais, quer dizer, de poder elaborar um exame neurológico a partir das bases anatómicas;

– Explicar as bases morfológicas e funcionais de sintomas e síndromes neurológicos usuais, em relação a uma estrutura nervosa definida e as bases morfológicas e funcionais das principais intervenções em Neurocirurgia;

– Identificar no cadáver as principais formações encefálicas e medulares;

– Identificar em Neurorradiologia, em Tomografia (Axial) Computorizada (RC) e em Ressonância Magnética (RM), as principais formações e interpretar as suas variações.

A presente edição da obra Anatomia Humana da Relação baseou-se na Terminologia Anatomica do Federative Committee on Anatomical Terminology, Thieme, Stuttgart – New York, 1998, publicada na dependência da International Federation of Associations of Anatomists (IFAA), sob a minha Presidência, entre 1994 e 1999.

A Terminologia Anatomica , cuja primeira edição foi adoptada em Paris em 1955, com a denominação de Nomina Anatomica tem vindo a impor-se nas publicações internacionais. Os termos em latim, língua escolhida como língua única, adaptaram-se à língua portuguesa, nunca se negligenciando a brilhante nomenclatura anatómica portuguesa, consagrada no Manual Sinóptico de Anatomia Descritiva de José António Serrano.

Mantive o nome dos anatomistas entre parênteses, nas estruturas por eles descritos pela primeira vez, não permitindo o seu esquecimento, como o fizeram numerosas obras de Anatomia. Suprimi deliberadamente as referências bibliográficas por entender não serem de utilidade primordial

numa obra que é destinada a todos aqueles que pretendam estudar pela primeira vez ou rever a Anatomia Humana da Relação.

A obra Anatomia Humana da Relação foi escrita em diversos capítulos: generalidades sobre a Anatomia Neurológica e Estesiológica; medula espinhal; nervos espinhais; tronco encefálico; nervos cranianos; cerebelo; prosencéfalo; diencéfalo; telancéfalo; cavidades encéfalo-medulares e formações coroideias; meninges; sistema nervoso autónomo; órgãos dos sentidos; grandes vias de condução e aplicações clínicas; Anatomia Radiológica em tomografia computorizada (TC) e ressonância magnética (RM) (crânio-encefálica, medula espinhal, órbita e bulbo ocular, ouvido e ressonância magnética funcional, e ainda angiografias encefálicas com a técnica videodigital de subtracção).

Esta nova edição da obra Anatomia Humana da Relação foi remodelada e actualizada, sobretudo no referente à Anatomia Radiológica.

Se, de algum modo, este trabalho facilitar o estudo da Anatomia Humana da Relação, considero o meu esforço de cerca de 34 anos, bem recompensado.

Os ramos comunicantes múltiplos (Fig. 25.D) são constituídos por vários ramos com diferentes direcções.

Os ramos comunicantes plexiformes (Fig. 25.E) formam plexos.

Fig. 25-Ramos comunicantes entre nervos

A. Ramo comunicante oblíquo B. Ramo comunicante transverso C. Ramo comunicante longitudinal  D. Ramos comunicantes múltiplos E. Ramos comunicantes plexiformes

Fig. 26-Nervos cranianos

2.2.5. NERVOS ENCÉFALO-ESPINHAIS

2.2.5. NERVOS ENCÉFALO-ESPINHAIS

2.2.5.1. NERVOS CRANIANOS

2.2.5.1. NERVOS CRANIANOS

Os nervos cranianos dispõem-se aos pares , sendo numerados de I a XII, segundo a ordem de emergência no tronco encefálico. Após a sua origem, atravessam os foramenes localizados na base do crânio e distribuem-se aos territórios a que estão destinados. Os nomes dos diferentes pares cranianos são:

I par–Nervo olfactivo (Fig. 26.1).

II par–Nervo óptico (Fig. 26.2).

III par–Nervo oculomotor (Fig. 26.3).

IV par–Nervo troclear (Fig. 26.4).

V par–Nervo trigémeo (Fig. 26.5).

VI par–Nervo abducente (Fig. 26.6).

VII par–Nervo facial (Fig. 26.7) e nervo intermédio (Wrisberg) (Fig. 26.7bis).

VIII par–Nervo vestíbulo-coclear (Fig. 26.8).

IX par–Nervo glosso-faríngeo (Fig. 26.9).

X par–Nervo vago (Fig. 26.10).

XI par–Nervo acessório (Fig. 26.11).

XII par–Nervo hipoglosso (Fig. 26.12).

1. Nervo olfactivo  (I par) 2. Nervo óptico  (II par) 3. Nervo oculomotor (III par) 4. Nervo troclear  (IV par) 5. Nervo trigémeo (V par) 6. Nervo abducente (VI par) 7. Nervo facial e nervo intermédio (Wrisberg) (VII par) 8. Nervo vestíbulo-coclear (VIII par) 9. Nervo glosso-faríngeo (IX par) 10. Nervo vago  (X par) 11. Nervo acessório (XI par) 12. Nervo hipoglosso (XII par)

Sob o ponto de vista fisiológico , os nervos cranianos classificam-se em nervos motores, sensoriais e mistos, não existindo nervos exclusivamente sensitivos.

Os nervos motores são o nervo oculomotor (III par), o nervo troclear (IV par), o nervo abducente (VI par), o nervo acessório (XI par) e o nervo hipoglosso (XII par).

Os nervos sensoriais são o nervo olfactivo (I par), o nervo óptico (II par) e o nervo vestíbulo-coclear (VIII par).

Os nervos mistos são o nervo trigémeo (V par), o nervo facial e intermédio (Wrisberg) (VII par), o nervo glosso-faríngeo (IX par) e o nervo vago (X par).

Esta classificação não abrange as fibras autónomas dos nervos cranianos. Denominam-se nervos completos os que possuem fibras motoras, sensitivas e autónomas,

As câmaras anteriores e posteriores contêm o humor aquoso e a câmara vítrea, o corpo Ovítreo.bulbo ocular apresenta vários anexos. Os músculos extrínsecos do bulbo ocular que movimentam o bulbo ocular e a pálpebra Asuperior.

bainha do bulbo ocular (Tenon) é uma membrana fibrosa que apresenta relações íntimas com os músculos extrínsecos do bulbo Asocular.pálpebras (Fig. 31.1) relacionam-se com a porção anterior do bulbo ocular. A conjuntiva (Fig. 31.2) é uma membrana mucosa, unindo o bulbo ocular às pálpebras. O aparelho lacrimal é constituído pela glândula lacrimal (Fig. 31.3) que segrega as lágrimas e pelas vias lacrimais (Fig. 31.4) que as transportam até às cavidades nasais.

do vestíbulo membranoso e dos ductos semicirculares .

O ouvido externo é constituído pela orelha ou pavilhão auricular (Fig. 32.1) e pelo meato acústico externo (Fig. 32.2), ficando separado do ouvido médio pelo tímpano (Fig. 32.3).

O ouvido médio é formado pela cavidade timpânica, com seis paredes e o conteúdo, que apresenta os três ossículos da audição: martelo ou maleo (Fig. 32.4), a bigorna ou inco (Fig. 32.5) e o estribo ou estapédio (Fig. 32.6). Os ossículos da audição estão articulados entre si e ligados às paredes da cavidade timpânica através de ligamentos e dos músculos tensor do tímpano e do estapédio.

O ouvido interno é constituído por diversas cavidades que formam o labirinto ósseo, no interior do qual existe o labirinto membraOnoso.

labirinto ósseo é constituído por três porções: uma porção média, o vestíbulo ósseo (Fig. 32.7), contendo o vestíbulo membranoso, constituído pelo utrículo, o sáculo e o ducto endolinfático; uma porção posterior, os canais semicirculares , contendo os ductos semicirculares (Fig. 32.8) e uma porção anterior, a cóclea , contendo o ducto coclear (Fig. 32.9). Estas porções comunicam entre si e com o meato auditivo interno

Fig. 31-Anexos

2.3.2. SENTIDO DA AUDIÇÃO E ÓRGÃO DO EQUILÍBRIO (ÓRGÃO VESTÍBULO-COCLEAR)

2.3.2. SENTIDO DA AUDIÇÃO E ÓRGÃO DO EQUILÍBRIO (ÓRGÃO VESTÍBULO-COCLEAR)

O sentido da audição e o órgão do equilíbrio estão representados pelo órgão vestíbulo-coclear, sendo constituído por três porções: ouvido externo, ouvido médio e ouvido inAterno.manutenção do equilíbrio é feita através da porção posterior do ouvido interno, ou seja,

Fig. 32-Aspecto geral do órgão da audição e do equilíbrio

1. Orelha ou pavilhão auricular 2. Meato acústico externo 3. Tímpano

4. Martelo  ou maleo 5. Bigorna ou inco 6. Estribo ou estapédio

7. Vestíbulo ósseo 8. Ductos semicirculares 9. Ducto coclear

3.3. DIMENSÕES, PESO E CONSISTÊNCIA

3.3. DIMENSÕES, PESO E CONSISTÊNCIA

O comprimento médio da medula espinhal ronda os 45 cm, sendo 25 cm o comprimento do filamento terminal.

O diâmetro médio da medula espinhal é de 1 cm, sendo bastante inferior ao diâmetro do canal vertebral.

O peso da medula espinhal oscila pelos 30 Agramas.consistência da medula espinhal é muito frágil, sendo esta fragilidade a causa de lesões definitivas, motivadas por traumatismos.

3.4. DIRECÇÃO

3.4. DIRECÇÃO

A medula espinhal situada no canal vertebral apresenta as mesmas curvaturas deste, embora menos acentuada. A medula espinhal apresenta duas curvaturas muito nítidas: a curvatura superior ou cervical (Fig. 40.3), que tem uma concavidade posterior e que se estende do atlas à 2ª vértebra torácica; e a curvatura inferior ou torácica (Fig. 40.4), com concavidade anterior, correspondendo às últimas vértebras torácicas.

Fig. 40-Limites e curvaturas da medula espinhal

3.5. RELAÇÕES

3.5. RELAÇÕES

A medula espinhal apresenta relações com o canal vertebral e, neste canal, com as meninges e com as raízes dos nervos espinhais. O canal vertebral contém a medula espinhal, não ocupando totalmente este canal, nem em altura, nem em largura. Relaciona-se: anteriormente , com os corpos vertebrais e com os discos intervertebrais (Fig. 41.1); lateralmente , com os pedículos do arco vertebral e, entre estes, com os foramenes intervertebrais (Fig. 41.2); posteriormente , com as lâminas do arco vertebral, ligamentos amarelos e processos espinhosos (Fig. 41.3).

As meninges envolvem a medula espinhal. A duramáter forma um invólucro completo,

1. Limite superior da medula espinhal 2. Limite inferior da medula espinhal 3. Curvatura superior ou cervical 4. Curvatura inferior ou

da medula espinhal

1. Relações anteriores 2. Relações laterais 3. Relações

Fig. 76-Aspecto subcutâneo dos ramos posteriores dos 4 últimos nervos cervicais, dos 12 nervos torácicos, dos 5 nervos lombares, dos 5 nervos sagrados e do nervo coccígeo

1. Ramo posterior do 2º nervo cervical ou nervo occipital maior (Arnold) 2. Ramo posterior do 3º nervo cervical 3. Ramos posteriores do 4º ao 8º nervo cervical 4. Ramos posteriores do 1º ao 8º nervo torácicos 5. Ramos posteriores do 9º ao 12º nervo torácico 6. Ramos posteriores dos 5 nervos lombares 7. Ramos posteriores dos 5 nervos sagrados 8. Ramo posterior do nervo coccígeo

torácicos (Fig. 76.5) originam um ramo lateral, para a pele da região.

POSTERIORES DOS NERVOS LOMBARES

7.3. RAMOS POSTERIORES DOS NERVOS LOMBARES

Os ramos posteriores dos nervos lombares , em número de 5 (Fig. 76.6), destinam-se aos músculos espinhais e à pele das regiões lombar e glútea.

7.3.SAGRADOSRAMOS

POSTERIORES DOS NERVOS

7.4. RAMOS POSTERIORES DOS NERVOS SAGRADOS

Os ramos posteriores dos nervos sagrados , em número de 5 (Fig. 76.7), saem do canal vertebral pelos foramenes sagrados posteriores, originando ramos motores para os músculos espinhais e ramos sensitivos para a pele da região sacro-coccígea.

7.5. RAMO POSTERIOR DO NERVO

7.4.COCCÍGEORAMOS

7.5. RAMO POSTERIOR DO NERVO COCCÍGEO

O ramo posterior do nervo coccígeo (Fig. 76.8) inerva a pele da região coccígea.

22.1. CLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS

22.1.CRANIANOSCLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS

Os nervos cranianos originam-se ou terminam no encéfalo, saindo ou entrando pelos foramenes da base do crânio.

Os nervos cranianos classificam-se em doze

Ipares:par–

Nervo olfactivo (Fig. 229.1);

II par – Nervo óptico (Fig. 229.2);

III par – Nervo oculomotor (Fig. 229.3);

IV par – Nervo troclear (Fig. 229.4);

V par – Nervo trigémeo (Fig. 229.5);

VI par – Nervo abducente (Fig. 229.6);

VII par – Nervo facial e nervo intermédio (Wrisberg) (Fig. 229.7);

VIII par – Nervo vestíbulo-coclear (Fig.

IX229.8);par–

Nervo glosso-faríngeo (Fig. 229.9);

X par – Nervo vago (Fig. 229.10);

XI par – Nervo acessório (Fig. 229.11);

XII par – Nervo hipoglosso (Fig. 229.12).

Os nervos cranianos podem ser classificados em nervos motores, nervos mistos e nervos

Ossensoriais.

nervos motores são cinco pares: nervo oculomotor (III par); nervo troclear (IV par); nervo abducente (VI par); nervo acessório (XI par); e nervo hipoglosso (XII par).

Os nervos mistos são quatro pares: nervo trigémeo (V par); nervo facial e nervo intermédio de (Wrisberg) (VII par); nervo glosso-faríngeo (IX par) e nervo vago (X par).

Os nervos sensoriais são três pares: nervo olfactivo (I par); nervo óptico (II par) e nervo vestíbulo-coclear (VIII par).

Fig. 229-Classificação dos nervos cranianos por pares

1. Nervo olfactivo (I par) 2. Nervo óptico (II par) 3. Nervo oculomotor (III par) 4. Nervo troclear (IV par) 5. Nervo trigémeo (V par) 6. Nervo abducente (VI par) 7. Nervo facial e intermédio (Wrisberg) (VII par) 8. Nervo vestíbulo-coclear (VIII par) 9. Nervo glosso-faríngeo (IX par) 10. Nervo vago (X par) 11. Nervo acessório (XI par) 12. Nervo hipoglosso (XII par)

22.2. NERVOS CRANIANOS MOTORES

22.2.1. NERVO OCULOMOTOR (III PAR)

O nervo oculomotor (Fig. 230.1) é um nervo craniano motor, que inerva todos os músculos extrínsecos do bulbo ocular, à excepção do músculo recto lateral e músculo oblíquo superior.

Os nervos nasais póstero-superiores (Fig. 253.13), em número de três a quatro, penetram nas cavidades nasais pelo forame esfeno-palatino, inervando a mucosa das conchas nasais e os meatos nasais superior e médio.

O nervo naso-ciliar superior inerva a mucosa da concha e meato nasal superior.

O nervo naso-ciliar médio inerva a mucosa da concha e meato nasal médio.

Os nervos palatinos são o nervo palatino anterior, o nervo palatino médio e os nervos palatinos posteriores.

O nervo palatino anterior (Figs. 253.14 e 255.1) atravessa o forame palatino maior, inervando a mucosa do palato mole e do palato duro, e emite como ramo colateral, o nervo naso-ciliar inferior , que inerva a mucosa da concha e o meato nasal inferior.

O nervo palatino médio (Figs. 253.15 e 255.2) atravessa o canal palatino menor e inerva a mucosa do palato mole.

Os nervos palatinos posteriores (Figs. 253.16 e 255.3) atravessam os canais palatinos acessórios, sendo constituídos por um ramo sensitivo e um ramo motor. O ramo sensitivo inerva as mucosas do palato mole e a úvula palatina. O ramo motor inerva os músculos do véu palatino, originando um ramo lateral, para os músculos palato-glosso e palato-

Fig. 255-Nervos palatinos do nervo maxilar

1. Nervo palatino Nervo palatinos posteriores

-faríngeo, e um ramo medial, que inerva o músculo levantador do véu palatino e o músculo da úvula.

O nervo faríngeo (Bock) (Fig. 253.17), depois de atravessar o canal palato-vaginal, inerva a mucosa da faringe próximo da tuba auditiva (Eustáquio) e a mucosa da porção póstero-superior das cavidades nasais.

Fig. 254-Ramos dentários do nervo maxilar

1. Nervos alveolares Nervo alveolar súpero-médio

22.3.1.7.1.3. Ramos terminais do nervo maxilar

22.3.1.7.1.3. Ramos terminais do nervo maxilar

1º Nervos infra-orbitais Os nervos infra-orbitais resultam da ramificação do nervo maxilar (Fig. 256.1), após a sua saída pelo forame infra-orbital, origina: nervos palpebrais inferiores (Fig. 256.2) que inervam a pele da palpebra inferior; nervos nasais externos (Fig. 256.3) que inervam a pele da asa do nariz e da bochecha; nervos nasais internos (Fig. 256.4) que inervam a pele do vestíbulo do nariz; e nervos labiais superiores (Fig. 256.5) que inervam a pele do lábio superior.

22.3.1.7.2. Gânglio ptérigo-palatino (Meckel)

22.3.1.7.2. Gânglio ptérigo-palatino (Meckel)

O gânglio ptérigo-palatino (Meckel) (Fig. 257.1) é um pequeno gânglio que se encontra na fossa ptérigo-palatina, próximo do forame

Os prolongamentos filiformes laterais são os ligamentos dentados (Fig. 462.4), estendendo-se desde o forame magno do occipital até à origem do cone terminal.

A extremidade superior continua-se com a piamáter craniana. A extremidade inferior constitui e envolve o filamento terminal.

coroideia e os plexos coroideus do terceiro ventrículo ; na face posterior da medula oblonga, origina a tela coroideia do quarto ventrículo e os plexos coroideus do quarto ventrículo

1

Fig. Piamáter espinhal Espaço subaracnoideu Prolongamentos filiformes da piamáter Ligamentos dentados

38.3.2. PIAMÁTER CRANIANA

38.4. GRANULAÇÕES ARACNOIDEIAS (PACCHIONI) PIAMÁTER CRANIANA

A piamáter craniana (Fig. 458.5) recobre as anfractuosidades do telencéfalo.

A superfície interna relaciona-se com o telencéfalo (Fig. 458.6), descendo no fundo das anfractuosidades.

A superfície externa está relacionada com o espaço subaracnoideu (Fig. 458.4) e com o líquido cérebro-espinhal.

A piamáter insinua-se nas porções laterais da fissura transversa do cérebro (Bichat), onde vai originar os plexos coroideus dos ventrículos laterais ; na parte central da fissura transversa do cérebro (Bichat), origina a tela

38.4. GRANULAÇÕES ARACNOIDEIAS (PACCHIONI)

As granulações aracnoideias (Pacchioni) (Fig. 463.1) são pequenos corpúsculos esbranquiçados, que se desenvolvem na espessura da aracnoideia ou no seu intervalo.

Encontram-se, essencialmente, ao longo da fissura longitudinal do cérebro, de cada lado do seio sagital superior.

Podem ser observadas, ainda, na vizinhança dos seios transverso e sigmoideu, ao nível da veia cerebral magna (Galeno) e na vizinhança do sulco lateral (Sylvius).

Têm uma forma muito variável, e a sua função parece ser o da reabsorção do líquido cérebro-espinhal.

Fig. 463 - Granulações aracnoideias (Pacchioni)

1. Granulações aracnoideias (Pacchioni)

Na pálpebra superior, os cílios são entre 100 e 150, e na pálpebra inferior, entre 70 e 75.

O limbo palpebral posterior apresenta 25 a 30 foramenes dos canais excretores das glândulas társicas (Meibomius) (Fig. 518.6).

O interstício (Fig. 518.7) corresponde à transição da pele para a conjuntiva.

A pele (Fig. 519.1), muito fina, está desprovida de pêlos.

O tecido celular subcutâneo (Fig. 519.2) tem pouco tecido adiposo.

A camada muscular estriada (Fig. 519.3) é constituída pelo músculo orbicular do bulbo Aocular.

camada celular submuscular (Fig. 519.4) é constituída por tecido conjuntivo laxo.

A camada fibrosa é constituída por uma porção marginal, o tarso (Fig. 519.5), que apresenta, na sua espessura, as glândulas társicas (Meibomius) (Fig. 519.6) e por uma porção periférica, os ligamentos largos .

Quando as duas pálpebras se afastam uma da outra, circunscrevem uma abertura elíptica, a rima das pálpebras , e quando os limbos contactam entre si, condicionam uma fenda côncava superiormente, a fenda das pálpebras (Fig. 517.6).

41.4.4.2. CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA

Cada pálpebra é constituída por sete planos, situando-se ântero-posteriormente: pele, tecido celular subcutâneo, camada muscular estriada, camada celular submuscular, camada fibrosa, camada muscular lisa e camada mucosa.

Fig. 519 - Constituição anatómica das pálpebras

1. Pele 2. Tecido celular subcutâneo 3. Camada muscular estriada 4. Camada celular submuscular 5. Tarso 6. Glândulas társicas (Meibomius) 7. Camada muscular lisa 8. Camada mucosa

Os tarsos são em número de dois, um para a pálpebra superior, o tarso superior (Fig. 520.1), com forma semilunar, e outro para a pálpebra inferior, o tarso inferior (Fig. 520.2), com forma rectangular alargada. As extremidades dos dois tarsos unem-se para formar os ligamentos palpebrais lateral e medial .

Fig. 518 - Margem livre da pálpebra Tubérculo lacrimal Parte lacrimal Parte ciliar 4. Limbo palpebral anterior 5. Cílios Foramenes dos canais excretores das glândulas társicas (Meibomius) 7. Interstício

–Quiasma óptico (Fig. 688.7);

–Porção anterior da parede inferior do terceiro ventrículo, relacionada com o infundíbulo e o quiasma óptico (Fig. 688.8);

–Adeno-hipófise (Fig. 688.9);

–Seio cavernoso (Fig. 688.10);

–Haste hipofisária (Fig. 688.11);

–Processo clinóide posterior (Fig. 688.12); –Hipotálamo (Fig. 688.13); –Terceiro ventrículo (Fig. 688.14).

A Fig. 689 contém os mesmos tomogramas coronais da Fig. 688, mas mostrados sob janela larga com centragem na atenuação óssea. Identifica-se de A (anterior) para F

–Processo(posterior):

clinóide anterior (Fig. 689.1); –Jugo esfenoidal (Fig. 689.2);

–Canal óptico (Fig. 689.3); –Fossa hipofisária (Fig. 689.4); –Pavimento da fossa hipofisária (Fig. 689.5); –Sulco da artéria carótida interna (Fig. 689.6); –Processo clinóide posterior (Fig. 689.7); –Seio esfenoidal (Fig. 689. 8); –Forame redondo (Fig. 689.9); –Fórnice da faringe (Fig. 689.10).

Na TC da base interna do crânio, é importante que, no conjunto, todos os tomogramas com a espessura de 2,0-5,0 mm contenham as asas do esfenóide, a sela turca e a parte

Fig. 687 - TC com topograma de perfil da sela turca

Fig. 688 - TC no plano coronal da sela turca e da hipófise. Janela densitométrica de partes moles

Fig. 689 - TC no plano coronal da sela turca. Janela densitométrica de osso

A

–Pneumatização da face inferior da parte petrosa do temporal, em continuidade com a cavidade timpânica (Fig. 784.5);

–Bulbo superior da veia jugular (Fig. 784.6);

–Porção intrapetrosa do canal carótico (Fig. 784.7).

Fig. 784 - TC no plano axial dos ouvidos médios. Target program

A Fig. 785 e a Fig. 786 são tomogramas no plano axial do ouvido médio, do ouvido interno e do meato acústico interno, com 1 mm de espessura e alta resolução ( target program ). Do mesmo modo, são mostrados os tomogramas coronais da Fig. 787 e da Fig. 788, que correspondem à mesma pessoa.

O tomograma no plano axial da Fig. 785 passa pelos ramos do estribo, identificando-se:

–Articulação inco-estapédica (Fig. 785.1);

–Cabo do martelo (Fig. 785.2);

–Parede superior do meato acústico externo (Fig. –Eminência785.3);piramidal (Fig. 785.4);

–Canal do nervo facial (Falópio) na parede posterior da cavidade timpânica (Fig. 785.5); –Seio timpânico (Fig. 785.6);

–Células mastoideias (Fig. 785.7);

–Cóclea (Fig. 785.8);

– Vestíbulo ósseo (Fig. 785.9).

O tomograma no plano axial da Fig. 786 passa pelo ático, tendo portanto um nível superior ao da Fig. 785. Identifica-se:

–Articulação inco-maleolar (Fig. 786.1); –Corpo da bigorna (Fig. 786.2);

Fig. 785 - TC no plano axial do ouvido médio com articulação inco-estapédica. Target program

–Antemuro ou muro do ático (Fig. 786.3);

–Canal do músculo tensor do tímpano (Fig. –Canal786.4);do nervo facial (Falópio) (Fig. 786.5);

–Base do estribo na janela do vestíbulo (Fig. 786.6);

Fig. 786 - TC no plano axial do ouvido médio com articulação inco-maleolar. Target program

Anatomia Hum ana da Relaç ão

A Anatomia Humana da Relação foi escrita para estudantes no início da sua carreira universitária com a nalidade de lhes transmitir conhecimentos indispensáveis à sua vida clínica, permitindo ao futuro médico, que precisa de ter bases seguras em Anatomia Neurológica e Anatomia Estesiológica, compreender as bases da semiologia, da patologia e do diagnóstico diferencial, fundamentais ao estudo da Neurologia, da Neurocirurgia, da Oftalmologia, da Otorrinolaringologia, da Anestesio logia e da Medicina Dentária.

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