Anatomia Humana da Locomoção

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A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita essencialmente a pensar nos estudantes em início da carreira universitária, com a finalidade de adquirirem os conhecimentos indispensáveis à sua prática clínica, fornecendo ao futuro médico bases seguras em Anatomia Humana da Locomoção, a fim de compreender as noções de semiologia, de patologia, de diagnóstico diferencial e de terapêutica. Esta obra foi também escrita para licenciados em Medicina para que possam rever os conceitos morfológicos necessários à sua formação nos internatos de especialidade de Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia Geral, Medicina Física e de Reabilitação e as diferentes especialidades das Ciências da Imagem.

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A Anatomia Humana da Locomoção contempla o estudo de:

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. Anatomia humana geral da locomoção . Anatomia humana da locomoção passiva (osteologia e artrologia) . Anatomia humana da locomoção activa (miologia) . Anatomia funcional . Anatomia de superfície e artística . Anatomia craniométrica . Anatomia da locomoção em radiologia, em TC e RM, em ecografia

5.ª EDIÇÃO

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248mm

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e em artroscopia

J. A. Esperança Pina

ISBN 978-989-752-116-4

9 789897 521164

J. A. Esperança Pina

Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994 a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa

www.lidel.pt

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da Locomoção

Revista e actualizada com base na Terminologia Anatomica, nesta obra acrescentaram-se novos capítulos – a anatomia geral, a anatomia funcional, a anatomia de superfície e artística, a anatomia da locomoção em TC e RM, em ecografia e em artroscopia – a pensar nos cursos de Enfermagem, Educação Física e Motricidade Humana, Fisioterapia e nos cursos de Escultura e Pintura.

Anatomia Humana

Anatomia Humana da Locomoção

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Anatomia Humana da Locomoção 5.ª EDIÇÃO

J. A. Esperança Pina


ÍNDICE

XLIII

PREFÁCIO Um ensino de Anatomia unicamente verbal constitui, no meu entender, um ensino pobre, por insuficiente, e até mesmo abstracto. A palavra, neste caso, precisa de se aliar à imagem, para se vivificar. A imagem é que lhe vai insuflar a vida, constituindo, juntas, um binómio que tornará o ensino mais claro, mais evidente, mais preso à realidade. Impõe-se, a todo aquele que ensina Anatomia, a distinção entre os dois pilares fundamentais que a sustêm: a anatomia cadavérica e a anatomia do ser vivo. A Anatomia estudada no cadáver constitui a primeira e uma das mais relevantes fontes de conhecimento morfológico, apesar do grande óbice de nos poder transmitir algo diferente da realidade. A Anatomia estudada no ser vivo pode completar, então, o que de incompleto nos fica da Anatomia estudada no cadáver. Assim, a anatomia de superfície e artística evidencia os pontos de referência anatómicos. A anatomia funcional permite compreender todos os movimentos com base nas leis da mecânica. A introdução da anatomia imagiológica tornou viável o estudo das estruturas que nos passam a transmitir, com fiabilidade, a noção de normal, susceptível de se comparar depois com o patológico. A anatomia cintigráfica analisa as características das imagens normais e a sua natureza complementar em relação à radiografia, permitindo pensar em termos fisiológicos, mas com base em conhecimentos anatómicos. O estudo dos cortes anatómicos seriados, comparáveis com as imagens obtidas pela tomografia computorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a ecografia, torna-se necessário para ultrapassar tantas dificuldades de interpretação. A anatomia endoscópica permite, com aparelhagem especial, observar cavidades e canais naturais, fora do alcance da observação directa.

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A anatomia regional, de vital importância cirúrgica, estuda as regiões do corpo humano. A anatomia experimental tenta estabelecer a correspondência entre a Anatomia Humana e a Anatomia Animal, possibilitando a observação dos órgãos em pleno funcionamento. Impõe-se, actualmente, que se ministre em Anatomia Humana, um ensino, simultaneamente, teórico e prático. Sou levado a concluir que as decisões magistrais dos tratados clássicos foram, com o decorrer dos tempos, ganhando em perfeição, como resultado de uma melhor observação do cadáver, suprema realidade anatómica.


XLVI ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita para os cursos superiores de Enfermagem. À Anatomia Humana da Locomoção foi acrescentado um capítulo de Anatomia Funcional, a pensar nos cursos de educação física e motricidade humana e ainda aos cursos de fisioterapia. À Anatomia Humana da Locomoção foi acrescentado um capítulo de Anatomia de Superfície e Artística, a pensar nos cursos de Escultura e de Pintura. A presente edição da Anatomia Humana da Locomoção baseou-se na Terminologia Anatomica, da Federative International Committee on Anatomical Terninology, Thieme, Stuttgart – New York, 1998, publicada na dependência da International Federation of Associations of Anatomists (I.F.A.A.), sob a minha Presidência, entre 1994 e 1999. A Terminologia Anatomica, cuja primeira edição foi adoptada em Paris em 1955, com a denominação de Nomina Anatomica, tem vindo a impor-se nas publicações internacionais. Os termos em latim, língua escolhida como língua única, adaptaram-se à língua portuguesa, nunca se negligenciando a brilhante nomenclatura anatómica portuguesa, consagrada no Manual Sinóptico de Anatomia Descritiva, de José António Serrano. Mantive o nome dos anatomistas entre parênteses, nas estruturas por eles descritos pela primeira vez, não permitindo o seu esquecimento, como o fizeram numerosas obras de Anatomia. Suprimi deliberadamente as referências bibliográficas, por entender não serem de utilidade primordial, numa obra que é destinada a todos aqueles que pretendam estudar pela primeira vez ou rever a Anatomia Humana da Locomoção. Se, de algum modo, este trabalho contribuir para facilitar o estudo da Anatomia Humana da Locomoção, considero, o meu esforço de cerca de 36 anos, bem recompensado.


52

ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO PASSIVA

Os parietais encontram-se representados pelas fossas parietais (Fig. 65.4), onde estão as fovéolas granulares (Pacchioni) (Fig. 65.5), os sulcos dos vasos meníngeos médios (Fig. 65.6) e os foramenes parietais (Fig. 65.7). O occipital encontra-se representado por uma porção da sua escama (Fig. 65.8).

2.1.3.1.2. Base do crânio

2.1.3.1.2.1. Base externa do crânio É constituída por porções dos seguintes ossos: as maxilas (Fig. 66.A), os zigomáticos (Fig. 66.B); o frontal (Fig. 66.C); o esfenóide (Fig. 66.D); os palatinos (Fig. 66.E); o vómer (Fig. 66.F); os temporais (Fig. 66.G); os parietais (Fig. 66.H); e o occipital (Fig. 66.I). As maxilas encontram-se representadas pelo processo palatino (Fig. 66.1), pelo canal incisivo (Fig. 66.2) e pelo processo zigomático (Fig. 66.3). Os zigomáticos encontram-se representados pela sua face lateral e ângulo posterior (Fig. 66.4), que se articula com o processo zigomático do temporal. O frontal encontra-se representado pelo processo zigomático (Fig. 66.5). O esfenóide encontra-se representado pelas asas maiores (Fig. 66.6), pelos foramenes ovais (Fig. 66.7), pelos foramenes espinhosos (Fig. 66.8), pelas espinhas do esfenóide (Fig. 66.9), pelos processos pterigóides (Fig. 66.10), pelos hámulos pterigoideus (Fig. 66.11), pelas lâminas mediais dos processos pterigóides (Fig. 66.12), pelas lâminas laterais dos processos pterigóides (Fig. 66.13), pelas fossas pterigoideias (Fig. 66.14) e pelas fossas escafoideias (Fig. 66.15). Os palatinos encontram-se representados pela lâmina horizontal (Fig. 66.16), pelo processo piramidal (Fig. 66.17), pelo forame palatino maior (Fig. 66.18), pelos foramenes palatinos menores (Fig. 66.19) e pela espinha nasal posterior (Fig. 66.20). O vómer encontra-se representado pela crista coanal (Fig. 66.21).

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C D E F G

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Fig. 66 - Base externa do crânio A. Maxila B. Zigomático C. Frontal D. Esfenóide E. Palatino F. Vómer G. Temporal H. Parietal I. Occipital 1. Processo palatino 2. Canal incisivo 3. Processo zigomático 4. Face lateral e ângulo posterior do zigomático 5. Processo zigomático 6. Asa maior do esfenóide 7. Forame oval 8. Forame espinhoso 9. Espinha do esfenóide 10. Processo pterigóide 11. Hámulo pterigoideu 12. Lâmina medial do processo pterigóide 13. Lâmina lateral do processo pterigóide 14. Fossa pterigoideia 15. Fossa escafoideia 16. Lâmina horizontal do palatino 17. Processo piramidal 18. Forame palatino maior 19. Foramenes palatinos menores 20. Espinha nasal posterior 21. Crista coanal do vómer 22. Processo zigomático 23. Tubérculo articular 24. Fossa mandibular 25. Fissura petro-timpânica (Glasser) 26. Forame mastoideu 27. Incisura mastoideia 28. Abertura do canalículo mastoideu 29. Meato acústico externo 30. Processo estilóide 31. Forame estilo-mastoideu 32. Fossa jugular 33. Canalículo timpânico 34. Abertura inferior do canal carótico 35. Margem posterior do parietal 36. Forame magno do occipital 37. Parte basilar do occipital 38. Tubérculo faríngeo 39. Côndilo occipital 40. Forame lateral do canal do nervo hipoglosso 41. Forame lateral do canal condilar 42. Protuberância occipital externa 43. Crista occipital externa 44. Linha nucal inferior 45. Linha nucal superior


146 ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO PASSIVA Mecanismo articular As articulações tarso-metatarsais (Lisfranc) executam movimentos de flexão, de extensão e de lateralidade. A 1ª, 4ª e 5ª articulações tarso-metatarsais apresentam os movimentos de maior amplitude. A 2ª articulação tarso-metatarsal é imóvel e a 3ª articulação tarso-metatarsal tem movimentos de deslizamento muito limitados.

6.6.2.5. ARTICULAÇÕES INTERMETATARSAIS São articulações entre as extremidades posteriores dos quatro últimos metatarsais, sendo o primeiro metatarsal independente. Classificação Planas. Descrição Encontram-se três articulações entre as extremidades posteriores dos 2º, 3º, 4º e 5º metatarsais, apresentando como meios de união,

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Fig. 198 - Articulações mesometatarsais, intermetatatarsais, metatarso-falângicas e interfalângicas, vistas pela face superior

Fig. 199 - Articulações mesometatarsais, intermetatarsais, metatarso-falângicas e interfalângicas vistas pela face plantar

1. Ligamentos tarso-metatarsais dorsais 2. Ligamentos metatatarsais dorsais 3. Ligamentos colaterais metatarso-falângicos 4. Ligamentos colaterais interfalângicos

1. Ligamentos tarso-metatarsais plantares 2. Ligamentos metatarsais plantares 3. Ligamento metatarsal transverso profundo


206 ANATOMIA HUMANA DA LOCOMOÇÃO ACTIVA

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Fig. 261 - Músculos dorsais superficiais 1. Músculo trapézio 2. Músculo latíssimo do dorso

Insere-se nos processos espinhosos das sete últimas vértebras torácicas e das vértebras lombares, na crista sagrada mediana, e ainda nas três últimas costelas. A partir destas inserções, os fascículos superiores têm um trajecto horizontal, os fascículos inferiores uma direcção vertical e os fascículos médios uma direcção com obliquidade ântero-súpero-lateral. Todos estes fascículos, depois de convergirem, contornam de posterior para anterior e de inferior para superior, a margem inferior do músculo redondo maior, relacionando-se então com a sua face anterior e acabando por se inserir no fundo do sulco intertubercular (Fig. 262.2).

Fig. 262 - Esquema das inserções dos músculos trapézio e latíssimo do dorso 1. Inserções do músculo trapézio 2. Inserções do músculo latíssimo do dorso

10.2.1.3. MÚSCULO ROMBÓIDE MAIOR E MÚSCULO ROMBÓIDE MENOR Estão situados na porção inferior da nuca e na porção superior do dorso. Podem considerar-se dois músculos rombóides, um superior, o músculo rombóide menor (Fig. 263.2) e um inferior, o músculo rombóide maior (Fig. 263.1). Inserem-se no ligamento nucal e nos processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e das cinco primeiras vértebras torácicas. As suas fibras convergem depois com obliquidade ínfero-lateral, acabando por se inserir


316 ANATOMIA FUNCIONAL

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Fig. 428 - Inclinação lateral da parte lombar da coluna vertebral

Fig. 430 - Rotação da parte torácica da coluna vertebral

Os músculos que fazem a rotação para o mesmo lado são os músculos esplénios, o músculo longo do pescoço (parte oblíqua ascendente) e o músculo oblíquo interno do abdómen. Os músculos que fazem a rotação para o lado oposto são o músculo transversário espinhal, o músculo longo do pescoço (parte oblíqua descendente) e o músculo oblíquo externo do abdómen.

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Fig. 429 - Rotação da parte cervical da coluna vertebral

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Fig. 431 - Rotação da parte lombar da coluna vertebral


ANATOMIA FUNCIONAL DO MEMBRO INFERIOR

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Fig. 438 - Rotação lateral e rotação medial do joelho

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A. Rotação lateral com o joelho em extensão B. Rotação medial com o joelho em extensão

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Fig. 437 - Flexão e extensão do joelho A. Flexão passiva do joelho B. Flexão activa do joelho C. Extensão do joelho

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17.2.2. MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO LATERAL E DE ROTAÇÃO MEDIAL Os movimentos de rotação lateral e de rotação medial realizam-se segundo um eixo longitudinal que passa pelo corpo do fémur, situando-se o pé lateralmente ou medialmente. Na rotação lateral com o joelho em extensão (Fig. 438.A) a amplitude é nula, e com o joelho flectido, a amplitude é muito reduzida. Na rotação medial com o joelho em extensão (Fig. 438.B), a amplitude é nula e, com o joelho em flexão, a amplitude é muito reduzida. O músculo de rotação lateral é o músculo bicípite femoral. O músculo de rotação medial é o músculo grácil.

17.3. ANATOMIA FUNCIONAL DO TORNOZELO E DO PÉ A articulação do tornozelo executa movimentos de flexão (flexão dorsal), extensão (flexão plantar), abdução, adução, supinação ou rotação medial e pronação ou rotação lateral. Num pé normal, os diferentes movimentos associam-se automaticamente, constituindo os movimentos de inversão ou eversão.

17.3.1. MOVIMENTOS DE FLEXÃO (FLEXÃO DORSAL) E DE EXTENSÃO (FLEXÃO PLANTAR) Os movimentos de flexão (flexão dorsal) e de extensão (flexão plantar) realizam-se segundo um eixo transversal que passa pelo ápice dos maléolos. Na flexão (flexão dorsal) (Fig. 439.A), tem uma amplitude média de 25°. Na extensão (flexão plantar) (Fig. 439.B), tem uma amplitude média de 45°. Os músculos flexores (flexores dorsais) são o músculo tibial anterior, o músculo extensor


338 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA – Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz (Fig. 462.12); – Músculo levantador do lábio superior (Fig. 462.13); – Músculo levantador do ângulo da boca (Fig. 462.14); – Músculo zigomático maior (Fig. 462.15); – Músculo zigomático menor (Fig. 462.16); – Músculo risórios (Fig. 462.17); – Músculo abaixador do ângulo da boca (Fig. 462.18); – Músculo depressor do lábio inferior (Fig. 462.19); – Músculo mentual (Fig. 462.20); – Músculo auricular anterior (Fig. 462.21); – Músculo auricular superior (Fig. 462.22); – Músculo auricular posterior (Fig. 462.23); – Músculo platisma (Fig. 462.24).

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19.1.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS As referências cutâneas mais características são diversas. A região frontal apresenta as saliências das bossas frontais (Fig. 463.1), da glabela (Fig. 463.2) e dos arcos superciliares (Fig. 463.3). A região orbital, contendo o bulbo ocular, é referenciada pelas saliências da margem orbital, constituída pela margem supra-orbital (Fig. 463.4), pela margem infra-orbital (Fig. 463.5), pela margem medial (Fig. 463.6) e pela margem lateral (Fig. 463.7). As regiões nasal, oral, infra-orbital, mentual e zigomática apresentam diversas referências ósseas constituídas pelas saliências do nasal (Fig. 463.8); do processo frontal da maxila (Fig. 463.9); da espinha nasal anterior (Fig. 463.10); da maxila (Fig. 463.11); do ramo da mandíbula (Fig. 463.12); do corpo da mandíbula (Fig. 463.13); da protuberância mentual (Fig. 463.14); do tubérculo mentual (Fig. 463.15); e do zigomático (Fig. 463.16). 1

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Fig. 462 - Referências musculares dos músculos faciais da mímica 15

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Fig. 463 - Referências cutâneas nas regiões frontal e faciais da mímica


346 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA

Fig. 479 - Dureza

Fig. 481 - Malvadez

A malvadez com ódio (Fig. 482) apresenta os sulcos frontais dispostos anarquicamente e três sulcos horizontais situados na raiz do nariz. As rimas palpebrais dirigem-se com obliquidade ínfero-medial. As bochechas encontram-se muito contraídas, resultantes da contracção dos

Fig. 480 - Dureza agressiva

ínfero-direita, um sulco vertical e dois sulcos horizontais situados na raiz do nariz. As bochechas apresentam um sulco vertical. A fenda da boca dirige-se com obliquidade ínfero-direita.

Fig. 482 - Malvadez com ódio


364 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ARTÍSTICA

24.1.2. REGIÃO INGUINO-FEMORAL

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A região inguino-femoral apresenta os seguintes limites superficiais: superiormente, o ligamento inguinal, que se estende da espinha ilíaca ântero-superior ao tubérculo do púbis; inferiormente, uma linha horizontal que passa no ponto onde se cruzam os músculos sartório e adutor longo; medialmente, uma linha vertical que passa pelo tubérculo púbico; e lateralmente, uma linha vertical que passa pela espinha ilíaca ântero-superior.

24.1.2.1. REFERÊNCIAS ÓSSEAS 3

A região inguino-femoral apresenta as seguintes referências ósseas superficiais: – Espinha ilíaca ântero-superior (Fig. 514.1); – Tubérculo púbico (Fig. 514.2).

Fig. 512 - Referências ósseas e musculares da região glútea

24.1.2.2. REFERÊNCIAS MUSCULARES A região inguino-femoral apresenta um plano muscular superficial constituído pelos seguintes músculos: – Músculo tensor da fáscia lata (Fig. 514.3); – Músculo sartório (Fig. 514.4); – Músculo ílio-psoas (Fig. 514.5); – Músculo pectíneo (Fig. 514.6); – Músculo adutor longo (Fig. 514.7); – Músculo grácil (Fig. 514.8).

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24.1.2.3. REFERÊNCIAS CUTÂNEAS

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A pele da região inguino-femoral varia com o tecido célulo-adiposo do indivíduo. Nos indivíduos adiposos, a região é convexa e arredondada. Nos indivíduos magros, observam-se os relevos da espinha ilíaca ântero-superior (Fig. 515.1) e do tubérculo púbico (Fig. 515.2), estando unidos pelo ligamento inguinal, que se projecta na região pela prega inguinal (Fig. 515.3). Observam-se uma série de relevos musculares, que indo de lateral para medial, são do músculo tensor da fáscia lata (Fig. 515.4),

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Fig. 513 - Referências cutâneas da região glútea


462 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM RADIOLOGIA – Corpo do 2º metacarpal (Fig. 646.14); – Cabeça do 3º metacarpal (Fig. 646.15); – Processo estilóide do 2º metacarpal (Fig. 646.16); – Processo estilóide do 3º metacarpal (Fig. 646.17); – Processo estilóide do 5º metacarpal (Fig. 646.18); – Osso sesamóide (Fig. 646.19); – Espaço intermetacarpal ou interósseo (Fig. 646.20); – Interlinha metacarpo-falângica (Fig. 646.21); – Base da falange proximal do dedo indicador (Fig. 646.22); – Cabeça da falange proximal do dedo médio (Fig. 646.23); – Interlinha articular interfalângica proximal do dedo anelar (Fig. 646.24); – Tubérculos para inserção dos ligamentos colaterais de reforço da articulação interfalângica proximal do 4º dedo (Fig. 646.25); – Extremidade superior da falange média do dedo indicador (Fig. 646.26);

– Interlinha articular interfalângica distal do dedo indicador (Fig. 646.27); – Falange distal do dedo indicador (Fig. 646.28).

Fig. 646 - Incidência póstero-anterior da mão

Fig. 647 - Incidência oblíqua póstero-anterior da mão

32.6.2. INCIDÊNCIA OBLÍQUA PÓSTERO-ANTERIOR Esta incidência permite-nos desprojectar alguns dos ossos do carpo, conferindo-lhe uma melhor visualização, podendo identificar-se (Fig. 647): – Processo estilóide do rádio (Fig. 647.1); – Interlinha articular rádio-escafoideia (Fig. 647.2); – Cabeça da ulna (Fig. 647.3); – Processo estilóide da ulna (Fig. 647.4); – Escafóide (Fig. 647.5); – Semilunar (Fig. 647.6); – Piramidal (Fig. 647.7);


496 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC) E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) – Retináculo dos músculos flexores (Fig. 685.6); – Tendões dos músculos flexores dos dedos (Fig. 685.7); – Tendões dos músculos extensores dos dedos (Fig. 685.8).

38.6. MÃO A estrutura dos ossos e a sua cortical, bem como os espaços interósseos, podem ser estudados por TC em cortes axiais. Estes mesmos elementos, bem como cartilagens, ligamentos, músculos e tendões, estruturas vasculares e nervosas deverão ser estudados por RM com cortes axiais, coronais, sagitais ou variantes oblíquas. Podem encontrar-se repercussões a este nível de doenças sistémicas que afectam as partes moles e os componentes ósteo-articulares, como a artrite reumatóide, a esclerodermia e o hiperparatiroidismo, ou detectar patologia local, sobretudo fracturas e luxações.

38.6.1. CORTES AXIAIS EM TC E RM Na avaliação das dimensões do canal do carpo e despiste da compressão do nervo mediano, nos derrames articulares, nas sinovites e tenosinovites dos tendões flexores e extensores, ou no despiste de ósteo-condrites e ósteo-necroses dos pequenos ossos do carpo sequelares a traumatismos, a RM é fundamental. Num corte axial em RM para avaliação do canal cárpico, pode identificar-se (Fig. 686): – Escafóide (Fig. 686.1); – Capitado (Fig. 686.2); – Piramidal (Fig. 686.3); – Pisiforme (Fig. 686.4); – Retináculo dos músculos flexores dos dedos (Fig. 686.5); – Tendão do músculo flexor radial do carpo (Fig. 686.6); – Tendão do músculo flexor longo do polegar (Fig. 686.7); – Tendões do músculo flexor superficial dos dedos (Fig. 686.8);

– Tendões do músculo flexor profundo dos dedos (Fig. 686.9); – Tendão do músculo flexor ulnar do carpo (Fig. 686.10); – Tendão do músculo extensor ulnar do carpo (Fig. 686.11); – Artéria radial (Fig. 686.12); – Nervo mediano (Fig. 686.13); – Artéria ulnar (Fig. 686.14); – Nervo ulnar (Fig. 686.15); – Tendões do músculo extensor dos dedos (Fig. 686.16); – Tendão do músculo abdutor longo do polegar (Fig. 686.17); – Tendão do músculo extensor curto do polegar (Fig. 686.18); – Tendão do músculo extensor radial longo do carpo (Fig. 686.19); – Tendão do músculo extensor radial curto do carpo (Fig. 686.20).

38.6.2. CORTES CORONAIS E SAGITAIS EM RM Realizados para uma adequada visualização das superfícies articulares, cartilagens, meios de união dos ossos do carpo, do metacarpo e dos dedos, músculos dos espaços interósseos, das regiões tenar e hipotenar, tendões, estruturas vasculares e nervosas.

Fig. 686 - Cortes axiais em RM para avaliação do canal cárpico do punho direito


ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM ECOGRAFIA DO MEMBRO INFERIOR

515

– Tecido celular subcutâneo (Fig. 695.1); – Porção medial do músculo gastrocnémio (Fig. 695.2); – Porção lateral do músculo gastrocnémio (Fig. 695.3); – Músculo solhar (Fig. 695.4); – Músculo flexor longo dos dedos (Fig. 695.5); – Músculo tibial posterior (Fig. 695.6); – Contorno da tíbia (Fig. 695.7); – Contorno da fíbula (Fig. 695.8). Fig. 696 - Estudo ecográfico longitudinal da face posterior e inferior da perna

44.5. TORNOZELO 44.5.1. ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Fig. 695 - Estudo ecográfico da face posterior da perna esquerda em corte axial

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Num estudo ecográfico em longitudinal da face posterior e inferior da perna pode observar-se (Fig. 696): – – – – –

Tecido celular subcutâneo (Fig. 696.1); Músculo tricípite sural (Fig. 696.2); Músculo tibial posterior (Fig. 696.3); Tendão do calcâneo (Aquiles) (Fig. 696.4); Tecido adiposo situado anteriormente ao tendão do calcâneo (Aquiles) (Fig. 696.5); – Contorno da tíbia (Fig. 696.6); – Contorno do calcâneo (Fig. 696.7).

A articulação do tornozelo ou talo-crural permite realizar os movimentos entre a perna e o pé e é frequente sede de traumatismos como entorses e fracturas, sendo a solicitação do seu estudo ecográfico precedido de radiografia e eventualmente complementado por estudo RM, ou por estudo TC no caso de contra-indicação daquela. No estudo ecográfico podem avaliar-se os contornos mais superficiais da interlinha articular, as bolsas sinoviais (anterior e posterior), os meios de união, em particular os ligamentos colaterais laterais e colaterais mediais, e ainda os tendões dos músculos da perna que se relacionam com esta articulação. Do lado da perna, a superfície articular é constituída pelas extremidades inferiores da tíbia e fíbula unidas pelos ligamentos da articulação tíbio-fibular inferior. Do lado do pé, a tróclea do tálus continua-se pelas faces laterais do tálus. Nos meios de união realçam-se neste estudo ecográfico a cápsula articular muito fina; os ligamentos colaterais laterais (ligamento talo-fibular anterior, ligamento talo-fibular poste-


532 ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO EM ARTROSCOPIA Numa imagem artroscópica do joelho, pode identificar-se (Fig. 713): – Ligamento cruzado anterior (Fig. 713.1); – Prega sinovial infra-patelar (Fig. 713.2).

Fig. 711 - Artroscopia do joelho

Numa imagem artroscópica da eminência intercondilar do joelho, pode identificar-se (Fig. 712):

Fig. 713 - Artroscopia do joelho

– Ligamento cruzado anterior (Fig. 712.1); – Ligamento cruzado posterior (Fig. 712.2).

Numa imagem artroscópica da porção lateral da cavidade articular fémoro-tibial, pode identificar-se (Fig. 714): – Côndilo lateral do fémur (Fig. 714.1);

Fig. 712 - Artroscopia do joelho

Fig. 714 - Artroscopia do joelho


174mm

32,5mm 27,5mm

A Anatomia Humana da Locomoção foi escrita essencialmente a pensar nos estudantes em início da carreira universitária, com a finalidade de adquirirem os conhecimentos indispensáveis à sua prática clínica, fornecendo ao futuro médico bases seguras em Anatomia Humana da Locomoção, a fim de compreender as noções de semiologia, de patologia, de diagnóstico diferencial e de terapêutica. Esta obra foi também escrita para licenciados em Medicina para que possam rever os conceitos morfológicos necessários à sua formação nos internatos de especialidade de Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia Geral, Medicina Física e de Reabilitação e as diferentes especialidades das Ciências da Imagem.

C

A Anatomia Humana da Locomoção contempla o estudo de:

CM

CY

CMY

K

. Anatomia humana geral da locomoção . Anatomia humana da locomoção passiva (osteologia e artrologia) . Anatomia humana da locomoção activa (miologia) . Anatomia funcional . Anatomia de superfície e artística . Anatomia craniométrica . Anatomia da locomoção em radiologia, em TC e RM, em ecografia

5.ª EDIÇÃO

MY

248mm

Y

e em artroscopia

J. A. Esperança Pina

ISBN 978-989-752-116-4

9 789897 521164

J. A. Esperança Pina

Professor Catedrático de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa; Presidente da Federação Internacional das Associações de Anatomistas (IFAA), de 1994 a 1999; Membro Efectivo da Academia das Ciências de Lisboa

www.lidel.pt

M

da Locomoção

Revista e actualizada com base na Terminologia Anatomica, nesta obra acrescentaram-se novos capítulos – a anatomia geral, a anatomia funcional, a anatomia de superfície e artística, a anatomia da locomoção em TC e RM, em ecografia e em artroscopia – a pensar nos cursos de Enfermagem, Educação Física e Motricidade Humana, Fisioterapia e nos cursos de Escultura e Pintura.

Anatomia Humana

Anatomia Humana da Locomoção

174mm

Anatomia Humana da Locomoção 5.ª EDIÇÃO

J. A. Esperança Pina


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