LIFESAVING 25

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Indice

1


EDITORIAL

FICHA TÉCNICA DIRETOR E EDITOR-CHEFE Bruno Santos

Caríssimos leitores,

CO-EDITOR-CHEFE Pedro Lopes Silva

Estamos todos de Parabéns.

EDITORES ASSOCIADOS

Celebramos convosco o nosso 6º aniversario de edições trimestrais ininterruptas. São 25

MINUTO VMER Isabel Rodrigues

edições dedicadas à Emergência Médica, num projeto sem igual no nosso país e só

PÓSTER CIENTÍFICO Ana Isabel Rodrigues André Abílio Rodrigues Solange Mega

nossos Leitores, que não param de crescer. A todos o nosso muito obrigado.

NÓS POR CÁ Catarina Tavares Monique Pais Cabrita FÁRMACO REVISITADO Catarina Monteiro JOURNAL CLUB Ana Rita Clara O QUE FAZER EM CASO DE André Abílio Rodrigues CUIDAR DE NÓS Sílvia Labiza EMERGÊNCIA INTERNACIONAL Eva Motero Rúben Santos ÉTICA E DEONTOLOGIA Teresa Salero LEGISLAÇÃO Ana Agostinho Isa Orge

possível graças à persistência e dedicação dos Editores, bem como ao feedback dos

Nesta edição, a Emergência Internacional dá a conhecer a missão humanitária em que os nossos bravos estiveram envolvidos no auxílio aos refugiados da guerra na Ucrânia. O Minuto VMER apresenta o funcionamento dos serviços hospitalares na Noruega e Nós por cá temos o prazer de destacar uma foto reportagem de Miguel Gonçalves, Enfermeiro do CHUA que mostra a realidade vivida com a sensibilidade de quem experienciou as dificuldades da pandemia em meio hospitalar. A nossa tertúlia VMERista discute a eficácia das viaturas de emergência que temos tido ao longo dos anos, com a opinião de quem nelas se senta diariamente. Pedro Americano e Lilia Simões ensinam-nos a Cuidar de nós prevenindo as doenças respiratórias, numa auto-reflexão em tempos de pandemia.

CARTAS AO EDITOR Catarina Jorge Júlio Ricardo Soares

A rubrica O que fazer em caso de, será nesta edição apresentada de forma especial, em

TERTÚLIA VMERISTA Nuno Ribeiro

publicação centrada na interação da população com as equipas de emergência, na

triplicado, e em continuidade com uma Sessão à Comunidade organizada no dia da

MITOS URBANOS Christian Chauvin

chamada 112, na estrada e no local da ocorrência.

VOZES DA EMERGÊNCIA Ana Vieira Rita Penisga Solange Mega

O Jounal Club reflete sobre o tema bem actual da exaustão dos profissionais de saúde. Cansados, em baixo número e desvalorizados, continuamos a cumprir a nobre missão de

UM PEDACINHO DE NÓS Ana Rodrigues Teresa Castro

cuidar do próximo.

TESOURINHOS VMERISTAS Pedro Oliveira Silva

Espero que desfrutem desta edição

CONGRESSOS VIRTUAIS Pedro Oliveira Silva

Bem hajam.

INSTANTÂNEOS EM EMERGÊNCIA MÉDICA Solange Mega Teresa Mota

Pedro Lopes Silva

BEST SITES Bruno Santos

CO-EDITOR-CHEFE Enfermeiro VMER pgsilva@chalgarve.min-saude.pt

BEST APPS Pedro Lopes Silva ILUSTRAÇÕES João Paiva

Momentos de inspiração

FOTOGRAFIA Pedro Rodrigues Silva Maria Luísa Melão Solange Mega

"Tell me and I forget, teach me and I may remember, involve me and I learn."

AUDIOVISUAL Pedro Lopes Silva

Xunzi (XUN KUANG)

DESIGN Luis Gonçalves (ABC) PARCERIAS

Periodicidade Trimestral

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Linguagem Português ISSN 2184-1411 2

Propriedade: CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DO ALGARVE Morada da Sede: Rua Leão Penedo. 8000-386 Faro Telefone: 289 891 100 | NIPC 510 745 997

(310 a.C – 238 a.C) Filósofo Chinês


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3


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4


ÍNDICE MINUTO VMER

08

OS SERVIÇOS PRÉ-HOSPITALARES DA NORUEGA

16

FOTO REPORTAGEM UCI-COVID 19, CHUA FARO

24

ESTÁGIOS ACADÉMICOS NA VMER, ALUNOS DO MESTRADO INTEGRADO DE MEDICINA (MIM) DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE (UALG)

NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

ENTREGA DA NOVA VIATURA MÉDICA DE EMERGÊNCIA E REANIMAÇÃO (VMER) EM FARO NÓS POR CÁ

28

ENTREGA DE URSINHOS PARA EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

30

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE DA VMER A ALUNOS DO CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA E SALVAMENTO EM MEIO AQUÁTICO

35

SUCCINILCOLINA (SUXAMETÓNIO)

39 44

49 52

58

61

NÓS POR CÁ

FÁRMACO REVISITADO

JOURNAL CLUB

Evidence-Based Guidelines for Fatigue Risk Management in Emergency Medical Services O QUE FAZER EM CASO DE

CHAMADA 112 Interação com veículo em marcha de emergência Interação com as Equipas de Emergência no local CUIDAR DE NÓS

PREVENÇÃO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. UMA AUTO-REFLEXÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA. EMERGÊNCIA INTERNACIONAL

MISSÃO HUMANITÁRIA UCRÂNIA TERTÚLIA VMERISTA

"VMER FARO, EM 22 ANOS VÁRIAS VIATURAS ESTIVERAM AO NOSSO SERVIÇO. QUAL DELAS DO PONTO DE VISTA DO OPERACIONAL ACHASTE A MAIS ADEQUADA E PORQUÊ?" UM PEDACINHO DE NÓS

Guilherme Henriques

64

TESOURINHO VMERISTA

64

CONGRESSOS E CURSOS

65

FRASE MEMORÁVEL

66

BEST SITES

67

BEST APPS

68

PÁGINAS ABC

78

PÁGINAS APEMERG

80

CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO

84

ESTATUTO EDITORIAL

5

Indice

27

NÓS POR CÁ


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6


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7


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8


MINUTO VMER

MINUTO VMER

OS SERVIÇOS PRÉ-HOSPITALARES DA NORUEGA Magnus Varlid Lauritzen1 1

.Médico Anestesiologista Consultor, Departamento de Anestesiologia e Emergência Pré- Hospitalar, Hospital Vestre Viken, Noruega

A população da Noruega é de 5,2

mais meridional continental

AMBULÂNCIAS TERRESTRES

milhões de habitantes num território d

(Lindesnes) até ao ponto mais a norte

As ambulâncias terrestres (Figura 2)

324 000 km2. O Serviço Nacional de

(Kinnarodden) é 1752km,

são tripuladas por 2(3) paramédicos/

Saúde Norueguês é público, é

aproximadamente a mesma distância

as e/ou técnicos/as de ambulâncias.

supervisionado pelo Ministério da

entre Oslo e Roma. Com baías e

Em algumas áreas existem também

Saúde e Serviço de Cuidados e é

fiordes incluídos, a linha costeira é de

Ambulâncias de Primeira Resposta,

executado pela Direção Norueguesa

21 190 km. Para fornecer serviço

tripuladas por um/a único/a

de Saúde. Os serviços de saúde são

pré-hospitalar especializado assim

paramédico/a. No total existem

distribuídos por quatro autoridades de

como recuperações/transferências de

acerca de 520 ambulâncias

saúde regionais (figura 1), que em

doentes com cobertura da topografia

operacionais no serviço pré-hospitalar

troca gerem uma série de cargos

variável o serviço tem como base

nacional. Nos últimos anos tem

hospitalares responsáveis pela

ambas, a terrestre (ambulâncias,

havido um desenvolvimento

operacionalidade hospitalar e por

carros de resposta rápida) e a aérea

educacional no serviço de

serviços de saúde especializados,

(aeronaves de asas fixas,

ambulâncias. Como melhoria das

inclusive os serviços pré-hospitalares.

helicópteros), recursos que trabalham

competências foi implementado um

em conjunto.

bacharelato para paramédicos/as e, também, um programa de mestrado

CENTRAL DE ORIENTAÇÃO

(Serviço Crítico Pré-Hospitalar,

DA EMERGÊNCIA MÉDICA

Cuidados Críticos em Emergência)

Todas as regiões têm uma Central de

para paramédicos e para enfermeiros/

Orientação da Emergência Médica,

as com experiência pré-hospitalar.

onde operadores coordenam os recursos de emergência. A experiência profissional dos operadores destas centrais é de serviço pré-hospitalar ou enfermeiros/as hospitalares. Na gestão das chamadas estes Figura 1: Quatro Autoridades Norueguesas de Saúde Regionais1.

operadores utilizam como critério as guidelines Noruegueses na decisão de qual é o tipo de ajuda médica

variação geográfica difundida, desde

necessárias, qual a urgência e que

áreas centrais com população mais

recursos devem ser despachados.

densa a assentamentos dispersos

Cada chamada de emergência é triada

entre montanhas altas, com fiordes

em VERMELHO (Code 1), LARANJA

profundos e uma zona costeira

(Code 2) ou VERDE (Code 3), com

extensa. Uma linha reta entre o ponto

base na urgência.

Figura 2: Ambulância Terrestre

9

Indice

A topografia norueguesa mostra uma


Figuras 3: Ambulâncias Aéreas

SERVIÇO NACIONAL

hospitalares. Em transportes

transfusões sanguíneas e

DE AMBULÂNCIAS AÉREA

secundários mais avançados um

procedimentos cirúrgicos avançados,

O Serviço Nacional de Ambulâncias

médico (anestesiologista) também

entre outros. Missões comuns

Aéreas é responsável por todas as

faz parte da tripulação.

incluem trauma, afogamento e

ambulâncias aéreas (Figura 3), inclusive 10 aeronaves de asas fixas

O Serviço de Emergência Médica com

cardíaca e, em geral, doente críticos

localizadas em 7 bases diferentes e

Helicóptero (HEMS) segue um

adultos e/ou pediátricos. HEMS

14 helicópteros ambulância

“conceito de 3-tripulantes” como

também cobre o transporte em ECMO

localizados em 13 bases diferentes.

padrão nacional. Os tripulantes são

(extracorporeal membrane

As tripulações nas bases dos

um médico anestesiologista, um

oxygenation) adulto e pediátrico e, o

helicópteros também têm um carro

técnico HEMS e um piloto. O

transporte de neonatos até às 600g.

de resposta rápida ao seu dispor,

helicóptero tem uma boa cobertura

CARROS DE RESPOSTA RÁPIDA

utilizado em emergências a curta

HEMS nos períodos do dia e da noite,

Em áreas centrais mais populosas, o

distância ou quando não existem

com resposta a ambas missões

serviço pré-hospitalar é feito em

condições meteorológicas para

primárias (tratamento de doente em

Carros de Resposta Rápida (RRC).

operacionalizar os helicópteros.

cenários pré-hospitalares) e

Estes carros (Figura 4) são tripulados

secundárias (transferências/

por um(a) médico(a) anestesiologista

Relativamente a especialidade

recuperações inter-hospitalares).

e um paramédico. O equipamento a

médica e formação profissional,

O nível de especialização destas

bordo é semelhante ao dos

algumas das aeronaves de asas fixas

tripulações inclui manuseio de via

Helicópteros Ambulância, com

são tripuladas por 1 enfermeiro/a de

aérea definitiva, terapia com oxigénio

missões primárias, mas também com

cuidados críticos responsável pelas

de e suporte hemodinâmico,

a capacidade de aceder a missões

transferências/recuperações inter-

Indice

acidentes de avalanches, paragem

10


MINUTO VMER

Figura 4: Carro de Resposta Rápida

secundárias (transferências/ inter-

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA

Estratégias para o desenvolvimento

hospitalares).

A FOGOS E SALVAMENTOS EM

futuro dos Serviços Pré-Hospitalares

HELICÓPTEROS DE RESGATE

ÁREAS RURAIS

Existe uma atividade crescente de

O Serviço Norueguês de Busca e

Em áreas rurais os departamentos de

pesquisa com o intuito de melhorar

Resgate (SAR) (Figura 5) é um

assistência de fogos e salvamentos

os cuidados com o doente crítico nas

conjunto de serviços totalmente

ajudam em emergências médicas

ambulâncias, estimulados pela

integrado numa coordenação

como equipas de primeira resposta.

implementação da formação com os

conjunta pela mesma organização,

Os membros dos quarteis de

graus de bacharelato e de Mestrado

responsável por todos os tipos de

bombeiros locais foram receberam

na Medicina Pré-Hospitalar. Em 2021

operações de salvamento (mar, terra

formação em suporte básico de vida

a Central de Orientação de

e ar). Este serviço inclui helicópteros

(SBV). Estão equipados para uma

Emergência Médica implementou

SAR localizados em 6 bases

abordagem básica do doente. Em

soluções de vídeo em chamadas de

diferentes e que estão aptos a atuar

áreas como uma resposta de

emergência para avaliação visual e

24h/dia. Estes helicópteros também

emergência prolongada

assim uma melhor compreensão

são utilizados para missões como

desempenham um papel importante

pelos(as) operadores(as) das

ambulância quando disponíveis,

na abordagem da paragem cardio-

ocorrências e dos meios a despachar

tripulados com equipa médica

respiratória, com o encurtamento do

para um cenário de acidente.

(Anestesiologista e Técnico de

tempo entre o colapso do doente e o

Helicópteros) e com a mesma

início da ressuscitação

O Serviço Norueguês de Ambulâncias

capacidade quem um helicóptero

cardiopulmonar e desfibrilação, até à

Aéreas tem uma tradição longa e

ambulância de pequenas dimensões.

equipa médica chegar.

forte de pesquisa inovadora para o desenvolvimento de novas e mais

11

Indice

Figura 5: Helicóptero de Busca e Resgate


Indice

Figura 5: Helicóptero de Busca e Resgate

12


para superar más condições

endovascular na oclusão da artéria

procedimentos e equipamento

meteorológicas, melhor planeamento

Aorta (REBOA) como adjuvante no

técnico, fornecendo melhores e mais

e seguranças das equipas. Também

tratamento da paragem cardio-

avançados cuidados críticos. Nos

receberam um novo helicóptero em

respiratória não traumática em

últimos anos o serviço implementos

desenvolvimento utilizado com o

ambiente pré-hospitalar,

camaras meteorológicas e rotas GPS

propósito da colocação de balão

entre outros projetos

13

Indice

eficazes modalidades terapêuticas,


MINUTO VMER

THE PREHOSPITAL SERVICES OF NORWAY Magnus Varlid Lauritzen1 . MD, Consultant – Anesthesiology and Prehospital services. Vestre Viken health trust, Norway

1

The population in Norway is 5,2 million

EMERGENCY MEDICAL DISPATCH

NATIONAL AIR AMBULANCE

inhabitants and covers 324 000 km2.

(EMD) CENTER

SERVICE

The Norwegian health services is

Every region has an Emergency

The National Air Ambulance Service is

public funded, and the service is

Medical Dispatch (EMD) center, where

responsible for all air ambulances

overseen by then Ministry of Health

operators coordinate emergency

(fig.3), including 10 fixed wing aircrafts

and Care Services and executed by the

resources. The EMD-operators

located at 7 different bases and 14 Air

Norwegian Directorate of Health. The

professional background is usually

Ambulance helicopters (HEMS)

health services are delivered through

from prehospital service or nurses

located in 13 different bases. The crew

four regional health authorities (fig.1),

from hospital. When handling calls, the

at helicopter bases also has a Rapid

which in turn manage a series of

EMD-operators use the Norwegian

Response car at their disposal used

hospital trust responsible for operating

criteria-based guidelines to decide

when nearby emergencies or when

hospitals and specialized health care,

what type of medical help is needed, to

weather prevents helicopter

including prehospital services.

what urgency and what resources

operations.Regarding medical

The Norwegian topography shows a

should be dispatched. Each emergency

expertise and professional

widespread geographic variation, from

call is triaged into RED (Code 1),

background, some the fixed wing

central areas more densely populated

ORANGE (Code 2) or GREEN (Code 3),

aircrafts are staffed with critical care

to scattered settlements between high

based on urgency.

nurse primarily responsible for

Indice

mountains, within deep fjords and

interhospital transfers/retrievals. In

along an extensive coastline. A

GROUND AMBULANCES

more advanced secondary transports,

straight line from the mainland`s

The ground ambulances (fig.2) are

the aircraft is also staffed with a

southernmost point (Lindesnes) to its

staffed with 2(3) paramedic and/or

physician (Anesthesiologist).

northernmost point (Kinnarodden) is

ambulance technicians. In some areas

The Helicopter Emergency Medical

1752 km, roughly equal to the distance

there are also First Responder

Service (HEMS) follows a “three-crew

between Oslo and Rome. With bays

ambulances staffed with a single

concept” as a national standard. The

and fjords included, the coastline is 21

paramedic. In total there are around

crewmembers consist of an

190 km long. To provide specialized

520 ambulances operating in the

Anesthesiologist, HEMS technical

prehospital care and retrieval/transfers

National prehospital service. During the

crewmember (HTCM) and a pilot. The

of patients covering this variable

last years there have been educational

helicopters have good HEMS coverage

topography the service is based on

development in the ambulance service.

both day- and nighttime, responding to

both ground-based (ambulances, rapid

As competence improvement they have

both primary missions (treating

responce cars) and air-based (fixed

established a bachelor’s degree for

patients in a prehospital setting) and

wing aircrafts, helicopters) prehospital

paramedics, and also a master’s degree

secondary missions (interhospital

resources working together.

program (Prehospital Critical Care,

transfers/retrievals). The level of

Emergency Critical Care) for

specialized critical care provided by

paramedics and nurses with prehospital

HEMS-crew include advanced airway

experience.

management, oxygen and

14


MINUTO VMER

hemodynamic support therapy, blood

FIRE- AND RESCUE DEPARTMENT

received a new development helicopter

transfusion and advanced surgical

ASSISTING IN RURAL AREAS

used with purpose of HEMS

procedures among others. Common

In rural areas the Fire- and rescue

innovation research. This they start a

missions include severe trauma,

department assist in medical

multicenter research project using

drowning- and avalanche accidents,

emergencies as first responder teams.

resuscitative endovascular balloon

cardiac arrest and in general critical ill

Members of the local fire departments

occlusion of the aorta (REBOA) as an

pediatric and adult patients. HEMS

has been trained through a national

adjunct treatment to cardiopulmonary

also cover pediatric and adult ECMO

course including basic life support

resuscitation in non-traumatic

(extracorporeal membrane

(BLS). They are equipped for initial

out-of-hospital cardiac arrest, among

oxygenation) transport and transfer of

management in basic patient care. In

other project

neonates down to 600 grams.

areas with longer emergency response time they play an important role in

RAPID RESPONSE CARS

out-ofhospital cardiac arrest (OHCA),

In central and more densely populated

shortening the interval between patient

areas, the prehospital service is

collapse, start of cardiopulmonary

supported by Rapid response cars

resuscitation and defibrillation until

(RRC). These cars (fig.4) are staffed

medical professionals arrive.

with a physician (Anesthesiologist) and Paramedic. The onboard

STRATEGIES FOR FUTURE

equipment is like the Air Ambulance

DEVELOPMENT OF PREHOSPITAL

helicopters, primarily responding to

SERVICES

primary missions but also have the

There is a growing research activity for

capacity to do secondary missions

better critical care in the ambulance

(interhospital transfers/retrievals).

service, stimulated by former implementation of bachelor`s and

RESCUE HELICOPTERS

master`s degree program in

The Norwegian Search and Rescue

Prehosptial emergency medicine. In

(SAR) service is a fully integrated set

2021 the Emergency Medicine

of services directed

Dispatch center implemented video

by a joint coordinating organization,

solutions in emergency calls for visual

responsible for all types of rescue

evaluation and better situational

operations (sea, land and air). This

awareness for operators and the

service include SAR helicopters

prehospital resources on their way to

BIBLIOGRAFIA

located 6 different bases and provide

the accident scene.

1.

readiness 24 hours a day. The

The Norwegian Air Ambulance service

helicopters are also used for

has a long and strong tradition for

ambulance missions when available,

innovative research to develop new

staffed with medical crew

and more effective treatment

(Anesthesiologist and HTCM) the

modalities, procedures and technical

medical capacity is like the smaller Air

equipment providing better advanced

Ambulance helicopters.

critical care. During the last years the

https://www.ssb.no/

EDITORA

service have implemented weather cameras and GPS routes to overcome planning and crew safety. They also

ISABEL RODRIGUES Médica VMER CODU

15

Indice

bad weather conditions for better


Indice

16


NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

FOTO REPORTAGEM UCI-COVID 19, CHUA FARO

Miguel Gonçalves1 Enfermeiro, Consulta Externa CHUA Faro

Os profissionais de saúde, são muito

1 - Olá Miguel, muitos de nós sabem

Fiquei fascinado, e nunca mais parei

mais que a sua função dentro de uma

que és Enfermeiro, no entanto tu

desde então. Frequentei outros

unidade de saúde. Os talentos e a

guardas contigo outro talento, que sei

workshops ao longo dos anos, mas

componente artística nas suas vidas,

que te apaixona. Não sei se todos

considero-me sobretudo um

vai além da arte de cuidar todos os

conhecem essa tua outra vertente de

autodidata. Comecei pela paisagem e

dias. O Centro Hospitalar e

vida. Gostava que nos falasses um

objectos estáticos, mas depois de

Universitário do Algarve na Unidade de

pouco de ti na enfermagem, mas

começar a fotografar pessoas, em

Faro detém alguns talentos que

também que nos contasses sobre esse

contextos mais dinâmicos, de

importa conhecer, sobretudo porque

teu outro lado pessoal e profissional.

situações reais de vida em sessões que

têm um reconhecimento visível,

ia fazendo para amigos, senti que me

alargado, com impacto até no âmbito

Miguel Gonçalves [MG] - Sou

diferenciava do que se ia fazendo na

da saúde e da sua representação

enfermeiro desde 2004. Comecei a

altura. Depois com a ajuda das redes

social. Neste sentido, nós por cá,

trabalhar desde então no internamento

sociais foi fácil ir mostrando o meu

divulgamos o trabalho e o contributo

de cirurgia no Hospital de Faro.

portfólio e crescendo a partir daí,

ímpar de um dos colaboradores desta

Entretanto tive ainda duas experiências

surgindo novas solicitações para

casa. Em jeito de reportagem, vamos

a trabalhar em Lisboa, no Santa Cruz e

trabalhos.

conhecer nos próximos parágrafos o

em Santa Maria. Contudo, motivos

Miguel Gonçalves.

familiares rapidamente me trouxeram

2 - Por altura da pandemia, tu

de volta para a minha cidade natal,

solicitaste ao CHUA autorização para a

Catarina Tavares,

onde retomei funções e onde

realização de uma "reportagem

Enfermeira Especialista, VMERS CHUA

permaneço. Actualmente exerço

fotográfica" em contexto de cuidados

funções na Consulta Externa, sobretudo

intensivos. Queres falar-nos um pouco

nas áreas cirúrgicas e pé diabético que

da tua motivação para tal, dos teus

é onde tenho adquirido mais

propósitos e objectivos nessa

experiência e onde gosto de estar.

solicitação?

Relativamente à minha outra paixão, surge quase espontaneamente, em

[MG] - Desde o início da pandemia que

2007, quando depois de ter comprado

fui vendo reportagens na televisão mas

uma máquina fotográfica, decido

sobretudo fotojornalísticas. Apesar de

frequentar um workshop de iniciação à

fascinantes e retratarem bem a

fotografia influenciado pela minha

problemática da Covid, não se

mulher.

mostrava a realidade vivida nos

17

Indice

1


hospitais. Até que sai um grande

mais dura realidade da doença. Quando

com muito cansaço acumulado e

trabalho feito no Hospital de Santa

muitos lá fora duvidavam, ali estava a

desejando mudar essa página.

Maria em Lisboa, pelo João Porfírio,

realidade. Senti que era preciso

Este trabalho serve de reflexão pessoal

fotojornalista do Observador, em que

mostrar-se muito mais disto desde o

e profissional, um instrumento que

lhe deram total acesso durante 2

início. Era preciso ter-se contado mais

documentará no futuro uma fase

meses, e que finalmente já mostrava

histórias reais, termos dado voz a

extraordinária da nossa história.

imagens mais reais do que se passava

doentes e profissionais para

Mas concluo que faz falta mostrar

dentro do hospital.

acabarmos de uma vez com a onda

muito mais (sempre fez) do verdadeiro

Esse trabalho inspirou-me a querer

negacionista e anti vacina que se ia

trabalho dos enfermeiros mas também

fazer parecido. Contudo, era na troca de

levantando.

de todos os outros. Temos excelentes

experiências que ia tendo com colegas

Despi-me totalmente do meu papel de

profissionais e pessoas anónimas que

da UCI que aumentava a minha

enfermeiro e vesti apenas o de

alavancam o SNS e contribuem

curiosidade de conhecer mais do que

fotógrafo. Fotografei durante o turno da

efectivamente para a melhoria da

se passava lá dentro. Sempre achei

manhã inteiro. Pelo que me disseram

saúde das populações. Falta dar-lhes

desde o início da pandemia, que a

aconteceu tudo o que poderia

voz e rostos e com isso mudar a

coragem e o trabalho deles superaram

experienciar. Mas se pudesse escolher

imagem negativa que vai passando.

qualquer outro no hospital e tinha-lhes

o momento que mais me marcou, foi

uma admiração profunda.

sem dúvida o telefonema de um doente

5 - A tua reportagem fotográfica

E foi então que decidi que queria fazer

imediatamente antes de ser ventilado e

ganhou prémios com algumas das

uma foto reportagem para mostrar o

o silêncio que se fez na unidade

suas fotografias, queres falar-nos um

trabalho da equipa da UCI Covid, de

durante aquela conversa. Diziam-me:

pouco deles e qual a sua relevância.

certa forma como uma homenagem.

“depois de pormos o tubo, dificilmente volta”. Portanto, obviamente aquela

[MG] - Concorri com algumas fotos da

3 - Tendo tido essa experiência, qual

poderia ser a despedida.

reportagem a um concurso de

é a tua perspectiva depois da mesma,

Ficou documentado em imagens, mas

fotografia da Ordem dos Enfermeiros,

como a viveste e o que te marcou

nunca essas mostrarão a verdadeira

onde obtive o primeiro prémio. Sei que

mais.

dimensão do que foi esse momento. E

ficaram interessados em usar algumas

quando me disseram que isto foi

dessas futuramente em publicações da

[MG] - Não foi fácil obter autorização

recorrente ao longo dos dias… não

Ordem.

para fotografar dentro da UCI. Por

queria acreditar.

A relevância não é assim tanta,

questões óbvias de privacidade da

confesso. Nem é sequer o objectivo. O

identidade dos doentes. Depois de bem

4 - Que relevância atribuis à tua

verdadeiro prémio foi o “obrigado” dos

exposta a minha ideia à enfermeira

reportagem em termos profissionais,

colegas da UCI e algumas caras

Directora lá consegui autorização. A

mas também em termos sociais.

emocionadas quando a reportagem

reportagem foi feita no dia 1 de Maio

Consideras que tem um papel social

passou no auditório em Portimão, nas

de 2021. Já se sabia muito mais

que deva ser descodificado.

recentes Jornadas de Enfermagem do

Indice

acerca do vírus e como evitar a

CHUA. Isso bastou.

infecção. Ainda assim havia algum

[MG] - Na realidade não tem grande

receio da minha parte que se dissipou

relevância em termos sociais pois não

6 - Pedimos que seleccionasses

rapidamente com a ajuda dos colegas

foi divulgada publicamente. Tem sim

algumas fotografias para ilustrar esta

e da forma confiante como encaravam

para mim, para os colegas da UCI e

nossa conversa. Queres falar-nos um

o trabalho diário. Para eles era só mais

para quem a viu. Estou feliz por tê-la

pouco da tua selecção.

um dia banal…

mostrado nas recentes jornadas de

A sensação para mim foi entrar num

Enfermagem do CHUA. Já estamos

sítio secreto, e confrontar-me com a

bem distantes da pior fase do covid,

18


NÓS POR CÁ

Fotografia 1 – “A preparação para mais um turno”. Mesmo totalmente equipados existia o cuidado de se manterem identificados e com toque de humor até.

Fotografia 2 – “O homem e máquina”. A enfermeira absorvida por máquinas que rodeiam o doente e o mantêm ligado à vida. A concentração de quem ali trabalha

19

Indice

para que nada falte ou dê errado.


Fotografia 3 – “A porta para o exterior”. Contaram-me algumas histórias com esta porta / passagem única para o exterior. Disseram-me que muitas vezes era a única forma dos familiares verem e se despedirem pela última vez. A enfermeira Isabel aqui na foto, conta-me que se faziam longas conexões de tubos para que aproximassem uma cama desta porta, a "porta do adeus" ou "do olá!"...

Fotografia 4 – “A notícia”.

Indice

O médico dá a notícia ao paciente, de que, para respirar melhor, teria de lhe colocar um tubo.

20


NÓS POR CÁ

Fotografia 5 - “A despedida”. Nesta altura desligou-se o rádio que tocava na sala, parou-se e fez-se silêncio absoluto enquanto o doente ligava à pessoa mais próxima a dar a notícia que iria ser ventilado. As suas últimas palavras, que recordo como se fosse hoje, foram: "...se não nos virmos mais... obrigado por tudo!". E chorou. Eu só não o fiz por vergonha.

Fotografia 6 - “Sempre lá”. Esta é das minhas fotos favoritas, a que ganhou o 1º prémio no concurso de fotografia da Ordem dos Enfermeiros. A imagem fala por si. O poder do toque, o apoio, o "vai ficar tudo bem", o "não está sozinho"... enfim. Tudo o que a máquina não

21

Indice

consegue dar a quem está vulnerável numa cama de hospital.


Fotografia 7 - “O desligar”. É o sentimento que fico depois de ter assistido à entubação do doente que meia hora antes se despedia do amigo, ainda consciente, e que é colocado de barriga para baixo, totalmente desligado do mundo, sob o esforço de 6 pessoas em volta dele. O coração ainda bate... mas já não se vive.

Miguel, muito obrigada pelo teu contributo na documentação da contemporaneidade dos cuidados de saúde num momento histórico como o que vivemos, sem dúvida que é um

EDITORA

legado para o futuro Catarina Tavares

Enfermeira Especialista Médico Cirúrgica

Indice

CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM

22


23

Indice

NÓS POR CÁ


Indice

24


NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

ESTÁGIOS ACADÉMICOS NA VMER, ALUNOS DO MESTRADO INTEGRADO DE MEDICINA (MIM) DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE (UALG) Catarina Tavares1 Enfermeira Especialista Médico Cirúrgica, VMERs CHUA

1

Como vem sendo hábito nos últimos

Desta vez, solicitamos apenas aos

anos, decorrem no último semestre

alunos em estágio a fotografia que

do 3º ano do Curso de Medicina da

tenham tirado nesta expêriencia que

UALG, estágios dos seus alunos nas

melhor revele a forma como viveram

VMERs do CHUA. Trata-se de

estes dias. Isto porque,

estágios opcionais que cada vez

relativamente às motivações, temos

mais estudantes seleccionam, no

recolhido dados na observação

sentido de melhor conhecer esta

participante e na entrevista informal

vertente dos cuidados de saúde

que vamos tendo diariamente no

integrada nos hospitais.

estágio. Tem ficado claro que o

Nos últimos anos temos dado a

desejo deste campo de

palavra a estes alunos para que

aprendizagem para considerar o

retratem esta sua experiência

futuro profissional não é a

pedagógica. Os relatos que temos

motivação da maioria. Grande parte

obtido são extremamente ricos e

considera a escolha deste estágio

reveladores do desconhecimento que

opcional, por querer sair da zona de

os estudantes tinham da área, mas

conforto, querer confrontar-se com

também da valorização deste âmbito

uma área que pensa até não ter

de cuidados de saúde após a sua

apetência para a integrar, no entanto

experiência no estágio. Tem-nos sido

consideram ser de elevada

narrada muita aprendizagem, um

importância, responsabilidade e

sentimento de desmistificar o pré

precisar ser desocultada e

hospitalar, o melhor conhecimento

valorizada.

da estrutura de gestão da área

Ficam as imagens que ilustra o olhar

pré-hospitalar e dos seus recursos,

do pré hospitalar de alguns dos

mas sobretudo a emoção e

alunos da UALG na sua passagem

crescimento pessoal que as intensas

pelas VMERs do CHUA

EDITORA

experiências vividas aportam a estes estudantes.

25

Indice

CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM


Indice

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NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

ENTREGA DA NOVA VIATURA MÉDICA DE EMERGÊNCIA E REANIMAÇÃO (VMER) EM FARO Nelson Alcaria1 Enfermeiro VMER

1

No dia 8 de julho de 2022, celebrou-se a chegada de uma nova Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). A cerimónia de entrega, realizada no Centro Hospitalar de Faro, contou com a presença: do Diretor Clínico, Dr. Horácio Guerreiro; do Vogal do Conselho de Administração do CHUA, Dr. Paulo Neves; do Coordenador da VMER de Faro, Dr. Bruno Santos; do Coordenador de Enfermagem da VMER de Faro, Enf.º Célio Figueira; do Responsável Operacional do Algarve da Delegação Regional do Sul do INEM, Dr. Carlos Raposo; e, em representação do Gabinete de Logística e Operações do INEM, o Técnico de Emergência Médica, Francisco Mendinhos. Esta viatura, entregue pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), vem enriquecer enormemente os meios de apoio à comunidade EDITORA

27

Indice

CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM


Indice

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NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

ENTREGA DE URSINHOS PARA EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

Nelson Alcaria1 Enfermeiro VMER

1

Foram recentemente entregues na

O projeto foi lançado no Reino Unido

A Equipa da VMER agradece a todo o

VMER de Faro e Albufeira e TIP de

há alguns anos e tem tido muito

Grupo de artesanato, e em especial à

Faro alguns bonecos em forma de

sucesso. Tem sido utilizado pelos

Sra. Ann Lycett (que estabeleceu o

ursinho produzidos artesanalmente,

Operacionais da polícia e dos

primeiro contacto com o Hospital),

em malha, em vários formatos e

serviços de ambulância britânicos,

bem como às Sras. Assistentes

tamanhos, com intenção de serem

que utilizam os “teddies” em cenários

Sociais do CHUA, que intermediaram

utilizados em situações de

que envolvam crianças angustiadas e

e estreitaram a ligação às equipas de

emergência, como veículo de

em situações difíceis.

Emergência

proximidade com as crianças

A sua utilização na VMER de Faro e

envolvidas nos cenários de origem

Albufeira e TIP, expande assim esta

médica ou traumatológica.

iniciativa ao Algarve.

Pretendem proporcionar maior

Confirmámos já, nas últimas

conforto e acolhimento aos

semanas, o resultado da sua

pequenitos, em substituição das

utilização em ativações da VMER para

habituais luvas a fazer de “balões”.

cenários pediátricos, e tem sido um

A iniciativa teve origem no “Crafting

grande sucesso.

in the Algarve Group” (Grupo de Artesanato do Algarve), que contactou o CHUA – Unidade de Faro na perspetiva de confirmar a recetividade dos bonecos pelas Equipas de Emergência.

EDITORA

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Indice

CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM


Indice

Figura 1 – Identificação do Curso dos estudantes em formação

30


NÓS POR CÁ

NÓS POR CÁ

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO SOBRE A ATIVIDADE DA VMER A ALUNOS DO CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA E SALVAMENTO EM MEIO AQUÁTICO Sérgio Cardoso1 Subcoordenador do Departamento de Ensino, Inovação e Investigação (DEII) · Centro Hospitalar Universitário do Algarve

No âmbito do Curso de Técnico de

OBJETIVOS

Segurança e Salvamento em Meio Aquático da Escola Pinheiro Rosa,

Catarina Tavares •

realizou-se no dia 2 de Junho de 2022, numa sala do CHUA, uma

Observar a VMER e conhecer as

(Enfermeira Especialista Médico

suas funções;

Cirúrgica, VMERs CHUA)

Conhecer a equipa do INEM que

atividade que contabilizou horas de

se encontra sediada no Hospital

estágio. Pretendeu-se com esta

de Faro;

atividade dar a conhecer o trabalho da

FORMADORA

Conhecer procedimentos de

VMER e respetiva equipa na área dos

atuação das equipas do INEM,

primeiros socorros e sua envolvência.

Observar e consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo dos módulos, em ambiente real; •

Estabelecer a interligação entre a teoria e a prática, e entre a escola e a comunidade;

Desenvolver o espírito de grupo e confraternizar com a comunidade local;

Promover o convívio entre os alunos;

Desenvolver práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício da autonomia, no sentido de responsabilidade, de cooperação e solidariedade

31

Indice

1


Indice

Figura 2 – Apresentação do Sistema Integrado de Emergência Médica numa sala do CHUA

32


NÓS POR CÁ

Figura 3 – Apresentação do material e equipamento de uma VMER EDITORA

CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM

EDITORA

33

Indice

MONIQUE PAIS CABRITA Enfermeira VMER


Indice

34


FÁRMACO REVISITADO

SUCCINILCOLINA (SUXAMETÓNIO)

Joana Almeida1 1

Médica Interna de Formação Específica em Anestesiologia e da VMER do Centro Hospitalar Universitário do Porto

INTRODUÇÃO

FORMAS DE APRESENTAÇÃO E

POPULAÇÃO PEDIÁTRICA

A succinilcolina ou suxametónio é um

CONSERVAÇÃO

IM: Latentes < 6 meses: 4 a 5 mg/kg

bloqueador neuromuscular

Solução cloreto de suxametónio para

Latentes ≥ 6 meses e crianças: 4 mg/

despolarizante, do músculo

administração endovenosa 20mg/ml

kg. Dose máxima: 150 mg/dose.

esquelético, de curta duração. A sua

ou 100mg/ml. Deve ser conservada a

Adolescentes: 3 a 4 mg/kg. Dose

estrutura química, equivalente a duas

temperatura inferior a 25ºC.

máxima: 150 mg/dose.

moléculas de acetilcolina (ACh)

Solução para administração

interligadas, torna-a específica dos

endovenosa (perfusão) 1mg/ml ou

IV: Latentes < 6 meses: 2 a 3 mg/kg/

recetores colinérgicos dos músculos

2mg/ml. Deve ser diluída em glucose a

dose.

esqueléticos.

5% ou cloreto de sódio 0.9% (segundo

Latentes > 6 meses: 1 a 2 mg/kg/

Ao ligar-se aos recetores colinérgicos

indicação do fabricante). Após

dose.

pós-sinápticos da placa motora, a

preparação deve ser conservada a

Crianças: 1 a 2 mg/kg/dose.

succinilcolina induz uma estimulação

temperatura compreendida entre 2-8ºC.

Adolescentes: 1 a 1,5 mg/kg/dose.

musculares involuntárias e

POSOLOGIA E MODO DE

FARMACOCINÉTICA

subsequente paralisia do músculo

ADMINISTRAÇÃO

Inicio de ação (IV): 30-60 segundos.

esquelético. Após o início de ação, a

Existem várias vias de

Duração (IV): 4-6 min.

transmissão neuromuscular adicional

administração: IM (intramuscular) e

Distribuição: Redistribuição inicial

através da junção neuromuscular é

IV (intravenosa). A dose deve ser

rápida contribuindo para uma curta

interrompida. Tal ocorre pela ligação

individualizada tendo em conta as

duração de ação.

contínua da succinilcolina, impedindo

comorbilidades do paciente.

Metabolismo: hidrólise via

contínua resultando em fasciculações

a ligação da ACh aos seus recetores.

pseudocolinesterases plasmáticas

À medida que a succinilcolina se

em succinilmonocolina (fracamente

dissocia dos recetores,

POPULAÇÃO ADULTOS

ativa) e posteriormente em colina e

pseudocolinesterases plasmáticas

Dose intravenosa: 0,5-2,0 mg/kg. O

ácido succínico. 80% da dose

realizam o seu metabolismo com

início da ação ocorre em 30-60

administrada é hidrolisada antes de

uma rápida hidrólise e eliminação do

segundos e a duração

atingir a junção neuromuscular.

fármaco.

de ação é de 3 a 5 minutos.

Semi-vida de eliminação média:

Infusão intravenosa: solução a 0,1%

~2,7-4,6 minutos.

(1mg/ml) a 2–15 mg/kg/hora.

Excreção: Urina (2-10% excretado

Dose intramuscular: até 2,5 mg/kg.

como fármaco não alterado).

35

Indice

transitórias ou contrações


Pelo risco de hipercalémia, deve

CONTRA-INDICAÇÕES

A succinilcolina estimula os recetores

Hipersensibilidade à substância ativa

ser evitado em doentes com

muscarínicos e os gânglios

ou excipientes.

infeções abdominais crónicas,

autonómicos podendo resultar em

História pessoal ou familiar de

hemorragia subaracnoideia,

alterações no ritmo cardíaco por

hipertermia maligna.

queimaduras, politraumatizados,

estimulação vagal ou hipercaliemia.

Miopatias do músculo esquelético.

lesão do neurónio motor superior

Durante a fase de fasciculação,

Fase aguda da lesão após grandes

ou doenças degenerativas do

imediatamente após a injeção, ocorre

queimaduras (nomeadamente após

sistema nervoso central/periférico.

um aumento da pressão intraocular e

as primeiras 24h pela proliferação de

intracraniana.

recetores extra-juncionais),

nas queimaduras severas ou

A sua administração pode associar-se

politraumatismo, desnervação

extensas, com risco máximo 7 a

a uma libertação de histamina.

extensa do músculo esquelético ou

10 dias após a lesão.

Contudo os sinais e sintomas

lesão do neurônio motor superior.

Queimaduras: precaução especial

Patologias que podem potenciar o

associados a essa libertação, como

bloqueio neuromuscular:

flushing e hipotensão, são raros.

distúrbios eletrolíticos PRECAUÇÕES

(hipocalcemia grave, hipocalémia

1.

Precauções relacionadas com os

grave, hipermagnesémia) e ácido

efeitos adversos

base (acidose respiratória/

Anafilaxia e sensibilidade cruzada

metabólica) e doenças

orotraqueal, em situações

com outros agentes

neuromusculares.

eletivas ou emergentes.

neuromusculares.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS •

Otimizar condições de entubação

Patologias que podem antagonizar o bloqueio neuromuscular:

crianças e com doses repetidas.

alcalose respiratória,

Aumento da pressão intraocular

hipercalcemia, lesões

Ausência de acesso venoso e

(PIO): evitar em doentes com

desmielinizantes, neuropatias

necessidade de utilizar via

trauma ocular.

periféricas, desnervação, trauma

Aumento da pressão intracraniana

muscular e diabetes mellitus.

Entubação de sequência rápida.

Situações de emergência como

Bradicardia: mais frequente em

laringospasmo.

intramuscular para assegurar

• •

proteção de via aérea.

(PIC): evitar em doentes nos quais

agravar o trauma inicial.

Aumento da pressão intra-gástrica.

efeito, tendo em conta a variabilidade

Hipertermia maligna.

interindividual. O bloqueio

Tónus vagal.

analgésicos e sedativos apropriados.

36

Alteração do funcionamento das pseudocolinesterases plasmáticas: evitar perante

2.

que não deve ser administrado na ausência de outros fármacos

Fraturas e espasmos musculares: fasciculações iniciais podem

A sua dose deve ser titulada para o

sedação ou efeitos amnésicos, pelo

o aumento da PIC é deletério.

neuromuscular não fornece analgesia,

Indice

FARMACODINÂMICA

Precauções relacionadas com

suspeita de homozigotia para o

doenças:

gene de colinesterases

Rabdomiólise Hipercalémica:

plasmáticas atípicas. A atividade

risco de arritmias ventriculares,

enzimática pode também estar

paragem cardiorrespiratória e

reduzida em patologias que

morte secundária a rabdomiólise

cursem com anemia, doença

hipercalémica, sobretudo na

cardíaca descompensada,

população pediátrica

infeções, neoplasias malignas,

diagnosticada com miopatias do

mixedema, gravidez, disfunção

músculo esquelético ou com

renal e hepática, bem como na

doença, mas sem diagnóstico

presença de alguns

confirmado.

medicamentos.


FÁRMACO REVISITADO

3.

Outras precauções:

POPULAÇÕES ESPECIAIS

Utilização apropriada e por

As populações frágeis, nomeadamente

indivíduos experientes: a sua

os doentes idosos, são

utilização implica a manutenção

particularmente sensíveis com efeitos

de uma via aérea adequada e de

secundários e duração variáveis.

suporte ventilatório. •

Troca de fármacos: administração

TAKE HOME MESSAGES

acidental pode ser fatal.

A succinilcolina é um relaxante neuromuscular despolarizante. A sua utilização implica proteção

EFEITOS ADVERSOS E

de via aérea e consequente

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ventilação mecânica invasiva.

Cardiovascular: ondas T

espiculadas no ECG, assistolia, bradicardia, arritmia cardíaca,

Pode ser utilizado em caso de laringospasmo.

Deve ser evitado em situações de

hipertensão, hipotensão,

história familiar de hipertermia

taquicardia, arritmia ventricular.

maligna, miopatias e situações

Dermatológico: erupção cutânea.

nas quais o aumento da pressão

Sistema endócrino e metabólico:

intraocular e/ou intracraniana

hipercalemia.

são deletérias.

Gastrintestinais: sialorreia.

Hipersensibilidade: anafilaxia,

com um aumento do potássio

reações de hipersensibilidade.

sério ~0,2-0,4 mmol/L em

Sistema nervoso: hipertermia

indivíduos saudáveis

A sua utilização pode cursar

maligna. Neuromusculares e esqueléticas:

BIBLIOGRAFIA

fasciculações, trismos, mialgia

1.

pós-operatória, rabdomiólise com

Chloride Injection 20mg/ml, Initial U,S, Approval:

possível mioglobinúria e risco de

1952. INFARMED. https://www.accessdata.fda.gov/

insuficiência renal aguda,

drugsatfda_docs/label/2021/215143s000lbl.pdf

prolongamento do bloqueio

Acedido a 16/04/2022.

neuromuscular. • • •

Highlights of prescribing information Succinylcholine

2.

Succinylcholine (suxamethonium): Drug information,

Oftálmico: aumento da pressão

Topic 9952 Version 381.0. UpToDate. https://www.

intraocular.

uptodate.com/contents/succinylcholine-

Respiratório: apneia, depressão

suxamethonium-drug-information?source=history_

respiratória.

widget Acedido a 16/04/2022.

Diversos: taquifilaxia.

3.

Hager HH, Burns B. Succinylcholine Chloride. [Updated 2021 Jul 28]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022

EDITORA

Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ books/NBK499984/ Acedido a 16/04/2022. 4.

Scarth and Smith. Drugs in Anaesthesia and Intensive Care 5th Edition. Oxford Medical Publications 2016

CATARINA MONTEIRO Médica VMER

37

Indice


Indice

38


JOURNAL CLUB

JOURNAL CLUB

Ana Rita Clara1 Médica de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Médica SHEM-SUL

INTRODUÇÃO

fadiga no local de trabalho, que afecta

Bem antes da recente pandemia

mais de metade de todo o staff

provocada pela infecção pelo vírus

em saúde.1

Pergunta 1: Existem instrumentos

SARS-CoV-2 já se falava do estado de

Os autores do artigo propõem

fiáveis e válidos para avaliar a fadiga

exaustão e bournout dos profissionais

Guidelines Baseadas na Evidência

entre os profissionais do SME?

de saúde. A pandemia apenas veio

(GBE), por forma a normalizar as

Com recomendação forte mas

apenas agravar o estado da arte.

práticas e políticas e ajudar na

qualidade de evidência baixa, os

O cansaço físico e mental afecta um

tomada de decisões, com base na

peritos aconselham a utilização de

grande número de profissionais dos

revisão das melhores evidências

escalas de fadiga/privação de sono

Serviços Médicos de Emergência

disponíveis. A gestão do risco de

como instrumentos de avaliação/

(SME) e têm sido associados a

fadiga é uma responsabilidade

monitorização da fadiga entre os

lesões pessoais, erros na avaliação

compartilhada entre o profissional de

profissionais. A grande limitação

dos doentes e eventos advesos.

saúde e o seu empregador.

reside na ausência de uma escala

1

2

4,5

RESULTADOS

única de avaliação validada e fiável.

Consiste num tipo trabalho realizado habitualmente por turnos diurnos e

MÉTODOS

Os peritos recomendam a utilização

nocturnos, o que leva a uma

O desenvolvimento das Guidelines

das escalas de avaliação em alguns

distrupção dos padrões de sono e do

seguiu o Processo Modelo os 8

turnos, por forma a não ser um

ritmo circadiano, contribuindo para a

Passos: Input externo, Revisão da

fardo a avaliação da fadiga no final

fadiga/cansaço.

Evidência, Apreciação da Evidência e

de cada turno. O desenvolvimento

Os administradores dos

Desensolvimento das Guidelines,

de escalas de fadiga e

departamentos de urgência e

sendo que os restantos passos dizem

instrumentos de avaliação deverá

emergência pré-hospitalar e

respeito à tradução das Guidelines e

ser prioridade no futuro.

hospitalar habitualmente carecem de

transformação em protocolos, não

orientações sobre como mitigar a

abrangidos neste artigo.

3

39

Indice

1


Pergunta 2: Para os profissionais de

Pergunta 3: Para os profissionais de

Pergunta 5: Para os profissionais de

SME, os turnos programados mitigam

SME, o uso de medidas de contra a

SME, o treino para a fadiga e a

a fadiga, mitigam os riscos

fadiga mitigam a fadiga, mitigam os

educação para mitigar a fadiga

relacionados com a fadiga, e/ou

riscos relacionados com a fadiga, e/

atenuam a fadiga, os riscos

melhoram o sono?

ou melhoram o sono?

relacionados com a fadiga, e/ou

Com fraca recomendação e muito

Com fraca recomendação e baixa

melhoram o sono?

baixa evidência, os peritos

evidência, os peritos recomentam o

Com fraca recomendação e baixa

recomendam turnos com duração

uso de cafeína como contramedida à

evidência, os peritos recomentam

inferior a 24 horas. Foram comparados

fadiga. A revisão da evidência mostra

educação e treino para mitigar a

1) turnos com <24horas vs >24h, 2)

os efeitos positivos da cafeína na

fadiga e os riscos associados à

turnos 8h vs 12h e 3) um grupo de

vigilância psicomotora, importante

mesma, baseados em formações,

comparações com turnos de outras

para o desempenho, e na fadiga

workshops, cursos, etc. É também

durações. Embora os resultados

aguda e sonolência. O excesso de

recomendado que exista renovação

tenham favorecido fortemente os

cafeína pode contribuir para o

da formação a cada dois anos.

turnos <24 horas vs >24 horas de

aparecimento ou dificuldade na

duração, os turnos mais curtos não

abordagem de condições como

Pergunta 6: Para os profissionais de

foram suportados pela evidência da

ansiedade e arritmias cardíacas.

SME, a implementação de um modelo

mesma forma ao comparar turnos de 8 horas vs 12 horas ou outras

Pergunta 4: Para os profissionais de

ajudem a mitigar a fadiga, os riscos

combinações de turnos mais curtos vs

SME, o uso de estratégias e/ou

relacionados com a fadiga, e/ou

mais longos. A duração dos turnos

intervenções de sono ou descanso

melhoram o sono?

continua a ser um tema em frequente

atenuam a fadiga, os riscos

Sem recomendação por parte

debate no que concerne à segurança e

relacionados com a fadiga, e/ou

dos peritos.

ao impacto directo. Os efeitos

melhoram o sono?

desejados dos turnos com duração

Com fraca recomendação e muito

Pergunta 7: Para os profissionais de

inferior a 24 horas incluem a redução

baixa evidência, os peritos

SME, a intervenção na carga de

da fadiga, a melhoria do estado de

recomendam sestas durante o

trabalho mitiga a fadiga, os riscos

alerta, a melhoria do sono e qualidade

trabalho para mitigar a fadiga,

relacionados com a fadiga, e/ou

do mesmo, a melhoria na saúde e

sobretudo em turnos com duração

melhoram o sono?

bem-estar dos profissionais e maior

igual ou superior a 12h e durante o

Sem recomendação por parte

segurança para os doentes e

período nocturno. As sestas

dos peritos.

profissionais.6 Os efeitos esperados

melhoram o estado de alerta,

indesejáveis podem incluir custos

reduzem a sonolência e melhoram a

DISCUSSÃO

potencialmente mais altos quando os

performance dos profissionais (p.e.

A gestão do risco de fadiga é uma

trabalhadores deslocam-se grandes

tempo de reacção). É necessário, no

reponsabilidade partilhada entre as

distâncias, acesso reduzido aos

entanto, estar alerta para os efeitos

organizações e os profissionais dos

cuidados de doentes e riscos

indesejáveis, como a inércia do sono,

SME. Os profissionais têm a

aumentados para os profissionais.7,8

redução do estado de alerta ou

responsabilidade de se apresentar ao

Os peritos reconhecem que muitos

redução da cognição. Após revisão

trabalho com uma boa carga de

profissionais do SME prefere uma

da literatura, não foi possível

descanso, e os empregadores têm a

duração mais longa de turnos, pelo

estabelecer uma recomendação de

responsabilidade de identificar

potencial de recuperação entre turnos

tempo de sesta, sendo que esta

proactivamente a fadiga do seu staff,

ser potencialmente mais elevado, bem

alternou entre 15 a 120 minutos nos

quando esta poderá ser uma ameaça,

como o menor tempo que passam em

vários estudos.10

e mitigar a fadiga através de

trânsito para o trabalho.9

Indice

de abordagem aos riscos de fadiga

40

estratégias e recomendações


baseadas na evidência. Para que

de descanso e recuperação.

quantidades de horas extras ou

estas sejam aplicadas com sucesso,

A implementação da sesta rotativa no

períodos de trabalho prolongados

são necessárias estatégias

trabalho por turnos poderá ser uma

quando confrontados com um

adequadas a cada local, dada a

estratégia para que pelo menos um

número deficitário de profissionais.

grande variabilidade de profissionais

dos profissionais esteja sempre

Outros profissionais podem não ter

na área da emergência médica.

alerta, sem perda da capacidade de

um compromisso pessoal com a

Independentemente do tipo de

resposta imediata, para que todos os

mitigação da fadiga com base numa

organização ou profissional, os

profissionais consigam algum

fraca percepção da cultura de

administradores do SME devem

descanso de forma a mitigar a fadiga.

segurança de sua organização e

realizar um esforço para integrar a

Implementar tais medidas pode

compromisso com a segurança do

abordagem ao risco de fadiga no

levantar desafios e potenciais

pessoal. Muitos outros profissionais

trabalho diário e tornar a mitigação da

barreiras para os administradores,

podem desconhecer os perigos

fadiga um componente central da

podendo estas ser ultrapassados

associados à fadiga, privação de

cultura de segurança da organização.

através da alerta e planeamento.

sono e trabalho por turnos.

Uma das recomendações dos peritos

O altruísmo, a crença na ausência de

Aumentar a conscientização de que a

é relativa à duração dos turnos, sendo

vulnerabilidade à fadiga e a cultura de

fadiga poderá tornar-se uma ameaça,

que esta deve ser inferior a 24h. A

uma parca segurança organizacional

deve ser a principal prioridade dos

limitação das horas de trabalho é uma

são algumas das muitas barreiras ou

admistradores dos SME.

táctica do século XX em várias

ameaças a uma abordagem de

Os peritos recomendam que os

industrias, como sendo uma

sucesso do risco de fadiga no

administradores dos SME usem uma

conhecida medida anti-fadiga. No

ambiente do trabalho em emergência.

lista de verificação para facilitar a

entanto, poderá não ser útil a todos

Muitos profissionais sentem-se

implementação de um programa

os profissionais, sobretudo os que

dispostos a trabalhar por períodos

abrangente e bem-sucedido de

residem longe do local de trabalho,

mais prolongados, e os

abordagem de risco de fadiga.

visto que turnos com duração

administradores podem estar

superior aumentam a oportunidade

dispostos a aprovar grandes

41

Indice

JOURNAL CLUB


Indice

42


JOURNAL CLUB

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

A fadiga e/ou cansaço são factores

1.

8.

Amendola KL, Weisburd D, Hamilton EE, Jones G,

Patterson PD, Weaver MD, Hostler D. EMS provider

Slipka M. An experimental study of compressed

de impacto importantes para os

wellness. In: Cone D, Brice JH, Delbridge T, Myers B,

work schedules in polic- ing: advantages and

profissionais dos SME. Assim, os

editors. Emergency medical services: clinical

disadvantages of various shift lengths. J Exp

peritos completaram um processo

practice and systems oversight. 2015; Vol 2.

Criminol. 2011;7(4):407–42. doi:10.1007/

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Chichester, West Sussex; Hoboken: Wiley; p. 211–6.

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2.

Patterson PD, Weaver MD, Frank RC, Warner CW,

9.

Patterson PD, Buysse DJ, Weaver MD, Callaway CW,

os riscos associados à mesma. É

Martin- Gill C, Guyette FX, Fairbanks RJ, Hubble MW,

Yealy DM. Recovery between work shifts among

assim recomendado o rastreio da

Songer TJ, Callaway CW, et al. Association between

emergency medi- cal services clinicians. Prehosp

fadiga através de ferramentas

poor sleep, fatigue, and safety outcomes in

Emerg Care. 2015;19(3):365–75. doi:10.3109/1090

adequadas, turnos com duração

emergency medical ser- vices providers. Prehosp

3127.2014.995847.

inferior a 24h, acesso a cafeína,

Emerg Care. 2012;16(1):86–97. doi:10.3109/10903

possibilidade de sestas durante os

127.2011.616261.

Teasley EM, Weiss PM, Condle JP, Flickinger KL,

Drake CL, Wright KPJ. Shift work, shift-work

Coppler PJ, Sequeira DJ, et al. Effects of napping

treino para abordar o risco de fadiga.

disorder, and jet lag. In: Kryger MH, Roth T, Dement

during shift work on sleepiness and per- formance

As guidelines foram baseadas em

WC, editors. Principles and practice of sleep

in Emergency Medical Services personnel and

evidência substancial, ainda assim,

medicine. 5th ed. St. Louis, MO: Elsevier Saun- ders;

similar shift workers: a systematic review and

com baixa qualidade

2011:784–98.

meta-analysis. Prehosp Emerg Care.

Lerman SE, Eskin E, Flower DJ, George EC, Gerson

2018;22(S1):47–57.

turnos e fornecimento de educação e

3.

4.

10.

Martin-Gill C, Barger LK, Moore CG, Higgins JS,

B, Harten- baum N, Hursh SR, Moore-Ede M. Fatigue risk management in the workplace. J Occup Environ Med. 2012;54(2):231–58. doi:10.1097/ JOM.0b013e318247a3b0. 5.

Dawson D, McCulloch K. Managing fatigue: it’s about sleep. Sleep Med Rev. 2005;9(5):365–80. doi:10.1016/j.smrv.2005.03.002.

6.

Caruso CC. Negative impacts of shiftwork and long work hours. Rehabil Nurs. 2014;39(1):16–25. doi:10.1002/rnj.107.

7.

Bell LB, Virden TB, Lewis DJ, Cassidy BA. Effects of 13-hour 20-minute work shifts on law enforcement officers’ sleep, cognitive abilities, health, quality of life, and work perfor- mance: the Phoenix Study. Police Quarterly. 2015;18(3):293–337. doi:10.1177/1098611115584910.

EDITORA

ANA RITA CLARA Médica de Medicina Intensiva - CHLC, Médica SHEM-SUL

43

Indice

baseadas na evidência para a fadiga e


O QUE FAZER EM CASO DE...

CHAMADA 112

Em caso de Emergência deve ligar 112 (Número Europeu de Emergência). A sua chamada será atendida pela Central de Emergência (PSP/GNR), que tendo em conta o teor da emergência, encaminha para as centrais mais adequadas. Em caso de Emergência Médica, a chamada será transferida para Central de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, que efetua a triagem, classifica a emergência por prioridades, e ativa o meio mais adequado à emergência. Em paralelo, a pessoa que liga 112 é aconselhada/instruída a realizar ações simples, com o intuito de prestar o “pré-socorro” até a chegada das equipas de emergência médica. Neste sentido, a presente edição da Lifesaving descreve em forma de algoritmo, o que acontece quando

André Abílio Rodrigues 1 1

Enfermeiro VMER, SIV

se liga 112 para um caso de Emergência Médica, bem como o funcionamento do CODU de uma forma simples, com o objetivo de aumentar o conhecimento geral de população

ASSEGURAR CONDIÇÕES DE SEGURANÇA (Local, Reanimador, Vítima)

NOTA • Comunique com calma • Responda a todas as questões solicitadas; • Informe a sua localização com pontos de referência; • Informe o seu número de telefone; • Informe a situação em questão (Queixa/doença, trauma, acidente, parto, etc.); • Informe o número, género, idade das pessoas a serem socorridas; • Siga as instruções do operador.

BIBLIOGRAFIA

Indice

1. 2. 3.

44

Programa de edição de fotos: Painnt® https://www.inem.pt/2017/05/26/o-que-e-o-codu/ https://www.inem.pt/2017/05/25/centro-deorientacao-de-doentesurgentes/


O QUE FAZER EM CASO DE

O QUE FAZER EM CASO DE...

INTERAÇÃO COM VEÍCULO EM MARCHA DE EMERGÊNCIA O que fazer em caso de interação com um veículo em marcha de emergência assinalada? Estes veículos aproximam-se rapidamente com luzes e sirenes ligadas, e para algumas pessoas pode ser um fator de stress, levando-as, por vezes a “bloquearem”, porque simplesmente não sabem como reagir para ceder a passagem. Por outro lado, fatores na distração da condução como telemóveis, música, GPS, insonorização, entre outros, podem impedir que as pessoas identifiquem atempadamente os veículos em marcha de emergência causando ainda mais stress ou até acidentes. Existem gestos simples que fazem a diferença, e facilitam a circulação dos veículos de emergência em segurança. Seguidamente, iremos expor algumas situações, e as ações corretas a serem executadas, para maior facilidade e fluidez no trânsito.

CORRETO

ERRADO

ASSEGURAR CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

Trânsito no mesmo sentido com 2 faixas de rodagem

Trânsito nos dois sentidos

CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

CUIDADO! NUNCA...

• • •

• • • • • • • •

Travar repentinamente o veiculo; Mudar repentinamente de direção; Não identicar com os “piscas” onde pretende car na via; Obstrução do corredor de passagem; Não dar passagem (distração ou propositada); Aproveitar a prioridade dos Veículos de Emergência (vir atrás ou ultrapassar veículos que antecipadamente se desviam); “Competir” com os Veículos de Emergência;

45

Indice

Não faça travagens ou viragens bruscas; Ceda a passagem em segurança; Esteja atento à condução e ao comportamento dos outros veículos.


O QUE FAZER EM CASO DE...

INTERAÇÃO COM AS EQUIPAS DE EMERGÊNCIA NO LOCAL Após ligar 112 é importante preparar-se para a chegada das equipas de emergência médica, neste sentido deverá ter determinados cuidados com objetivo de facilitar o socorro, tornando-o mais seguro, rápido, e efetivo. O Algoritmo que se segue descreve alguns dos cuidados a ter para uma rápida localização do local da ocorrência, as condições para a criação de um local seguro para abordagem do cenário e os procedimentos que deve antever para colaborar com a Equipa de Emergência.

ERRADO

ASSEGURAR CONDIÇÕES DE SEGURANÇA (Local, Reanimador, Vítima)

EDITOR

Indice

ANDRÉ ABÍLIO RODRIGUES Enfermeiro SIV/VMER

46


Fotografia: Pedro Rodrigues Silva

Nova conta de INSTAGRAM

47

Indice

LIFESAVING 4all


Indice

48


CUIDAR DE NÓS

CUIDAR DE NÓS

PREVENÇÃO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS. UMA AUTO-REFLEXÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA. Pedro Americano1, Lília Pinto Simões2 Assistente Hospitalar de Pneumologia, Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Unidade Hospitalar de Portimão 2Assistente de Medicina Geral e Familiar, Unidade de Saúde Familiar Sol Nascente, Albufeira

“Em casa de ferreiro, espeto de

respiratória e complicações

generalizadas como para outras áreas

pau”. Ouvimos frequentemente esta

associadas. Além das vacinas

da saúde ou noutros países.

expressão associada aos

anti-pneumocócica e herpes zóster,

Evidentemente, estando identificado o

profissionais de saúde. Focados na

recomendadas em populações de

principal fator de risco para doença

prestação de cuidados aos outros,

risco, desde há vários anos que se

respiratória, não é possível falar em

descuramos frequentemente as

fazem esforços no sentido de

prevenção sem abordar a cessação

nossas necessidades, a nossa

aumentar a taxa de vacinação

tabágica e qualquer programa de

segurança, a nossa saúde.

anti-gripal, incluindo neste caso, os

rastreio a ser implementado deverá

Se isto é verdade nos rastreios

profissionais de saúde.

permitir também o acesso a consulta

oncológicos ou na prevenção de

Neste último inverno, a cobertura da

de desabituação tabágica.A

doenças cerebrovasculares,

vacinação atingiu valores

cessação tabágica é a medida única

também o é na prevenção de

significativamente mais elevados, em

mais custo-eficaz para prevenir

doenças respiratórias.

parte reflexo da ação conjunta contra

doença não só respiratória,

O uso de máscara na era pré-COVID19

a COVID19, com os profissionais de

tratando-se de uma área complexa

era uma raridade; tanto atendíamos

saúde a atingirem os 64.4% , número

que envolve medidas

doentes com patologia respiratória

ainda assim aquém do pretendido,

governamentais, desde o aumento

infeto-contagiosa (como gripe ou

numa população informada e cujo

de impostos sobre o tabaco,

tuberculose) sem qualquer proteção,

beneficio se estende aos doentes

limitação da publicidade pela

como muitas vezes não tínhamos

vulneráveis a quem prestam

indústria tabaqueira e educação da

esse cuidado quando éramos nós a

cuidados.

população, no entanto todos os

trabalhar doentes. A utilização de

A importância dos rastreios

contactos com um profissional de

máscara, a higienização frequente

oncológicos é agora notícia pela

saúde são oportunidades que

das mãos e o evitar de ajuntamentos

quebra no acesso verificada durante a

devem ser aproveitadas para

são medidas há muito estudadas para

pandemia , começando a surgir mais

abordar essa temática.

prevenção de infeção respiratória, que

casos de neoplasia em estádios

O tabagismo em segunda mão é um

desde a pandemia ganharam

avançados e antecipando-se um

dos principais agentes nocivos indoor,

particular destaque, e se para já

aumento consequente na

pelo que as medidas visam também a

parecem ter-se intrusado na prática

mortalidade. Em Portugal, existem

proibição de fumar em espaços

clínica comum, esperemos que não

algumas iniciativas de rastreio para

públicos, já amplamente difundidas

se diluam com a facilidade que nos é

diagnóstico precoce de doença

nos últimos anos, pelo menos em

característica nos próximos tempos.

respiratória associada ao tabaco,

espaços fechados. No entanto, ainda

A vacinação é outra das medidas

nomeadamente DPOC e cancro do

é possível ver aglomerados a fumar à

fundamentais para prevenir doença

pulmão, mas que ainda não estão

entrada dos hospitais e centros de

1

2

49

Indice

1


Indice

saúde, muitas vezes constituidos

Desde os motores a combustão, a

em documentados ganhos na

pelos próprios funcionários da

indústria, o aquecimento global, os

capacidade vital4 e qualidade de vida5.

instituição.

mediáticos incêndios no verão, ou as

Em adição, a par da dieta, é essencial

Além do tabaco, uma nota para o

poeiras provenientes do norte de

para perder peso e contrariar a

radão, elemento com potencial

África, a qualidade do ar exterior pode

obesidade, que por si só tem um

radioativo que se pode acumular nas

estar ou ficar significativamente

efeito restritivo à expansão pulmonar

habitações e que tem vindo a ser

comprometida. Se as medidas mais

e favorece o colapso das vias aéreas

relacionado com o aparecimento de

impactantes neste capítulo têm que

periféricas, estando diretamente

neoplasia do pulmão3. Atualmente

vir de órgãos decisores cujo efeito

associada a maior prevalência e pior

equacionado no desenvolvimento de

será avaliado a longo prazo, é

controlo de algumas doenças como

novos projetos, pode ser medido nas

importante evitar sair à rua nas

asma ou apneia obstrutiva do sono.

habitações e defeitos que facilitem a

situações agudas referidas, ou pelo

Apesar do seu inquestionável

sua acumulação devem ser

menos procurar ambientes mais

benefício e de ser amplamente

solucionados.

resguardados para a prática de

aconselhado por profissionais de

As cimeiras ambientais têm vindo a

exercício físico.

saúde, é frequente os mesmos

ganhar destaque nas agendas das

Integrante fundamental dos

negligenciarem essa prática, quando

grandes potências mundiais. O

programas de reabilitação

embrenhados na azáfama da sua

impacto do Homem faz-se sentir nos

respiratória, o exercício físico melhora

prática diária, à qual acresce muitas

mais variados fenómenos naturais e o

a função pulmonar, quer através do

vezes tempo extra-laboral em ações

aparelho respiratório situa-se numa

exercício aeróbico como do

formativas, além das tarefas

posiçãode particular suscetibilidade.

fortalecimento muscular, a resultar

domésticas e familiares.

50


CUIDAR DE NÓS

Para concluir, reunimos os pontos

a necessitar de melhorias, muitas

chaves para a prevenção da

dependentes de políticas

saúde respiratória.

internacionais. Focámos aqui os profissionais de sáude porque para mudar é preciso começar por

indubitavelmente para alertar e

algum lado e para cuidar dos

desenvolver esta área, ainda assim

outros, é preciso cuidar de nós BIBLIOGRAFIA 1.

Vacinómetro® 2021, Dados finais da época gripal de 2021/2022, Comunicado de Imprensa.

2.

Tribunal de Contas 2022, Auditoria ao Acesso a Cuidados de Saúde Oncológicos no SNS 2017-2020, RELATÓRIO N.º 11/2022 2.ª SECÇÃO.

3.

National Comprehensive Cancer Network 2020, Guidelines for patients® Lung cancer screening, NCCN, EUA.

4.

Rawashdeh, A & Alnawaiseh, N 2018, ‘The Effect of High-Intensity Aerobic Exercise on the Pulmonary Function Among Inactive Male Individuals’, Biomed Pharmacol J, Vol 11(2), pp. 735-741.

5.

ATS/ERS Task Force on Pulmonary Rehabilitation 2013, ‘An Official Amercian Thoracic Society/ European Respiratory Society in Pulmonary Rehabilitation’, Am J Respir Crit Care Med, Vol 188, no. 8, pp e13-e64.

EDITORA

SILVIA LABIZA Enfermeira VMER Heli INEM

51

Indice

A pandemia da COVID19 contribuiu


Indice

52


EMERGÊNCIA INTERNACIONAL

EMERGÊNCIA INTERNACIONAL

Caros Leitores,

Em fevereiro de 2022, passados uns

a recolha e organização de bens e a

dias de ter iniciado a invasão da

divulgação da causa nas redes

Nesta edição da Emergência

Ucrânia pela Rússia, começaram a

sociais e entre conhecidos. O tempo

Internacional iremos abordar

surgir iniciativas em vários grupos

voava, mas nunca desistimos. O

novamente a Ucrânia. Desta vez

com o objetivo de ajudar e resgatar

CHUA ajudou com o espaço para a

iremos conhecer o trabalho que

refugiados. A ideia de poder participar

recolha de bens. Uma empresa

as Enf.ªs Ana Rodrigues,

ficou no ar…. Passados dias, a Rita

alemã onde trabalha uma das

Catarina Rodrigues e Rita

perguntou à Ana se estaria

nossas voluntárias foi a nossa

Sequeira desenvolveram e todo

interessada em fazer parte de um

maior fonte de financiamento, mas

esforço que empenharam para

grupo de resgate e ajuda ao povo

recebemos imensas doações

que fosse possível fazer chegar

ucraniano. Esta não pensou duas

monetárias de várias pessoas.

alguma ajuda à Ucrânia e aos

vezes e abraçou a causa de imediato.

Encheu-nos o coração perceber que

seus refugiados.

A Catarina também se juntou à

ainda existe bondade e amabilidade

missão e conseguiu outros contactos.

no ser humano.

Algumas colegas quiseram também

A doação de bens superou todas as

participar, sendo que umas acabaram

expectativas! Para organizarmos este

por desistir depois de saberem qual a

processo recebemos indicações por

missão, outras ficaram e, mesmo não

parte de conhecidos ucranianos sobre

ingressando na viagem foram uma

as necessidades expostas pelos

ajuda crucial em todo o processo. Ao

responsáveis pela distribuição de

grupo foram-se juntando outros

bens na fronteira da Polónia –

voluntários: civis, bombeiros e

Ucrânia. Também através da

ucranianos residentes há vários anos

divulgação nas redes sociais

em Portugal, sendo que alguns

conseguimos obter mais informações

partiram connosco nesta aventura.

sobre quais os bens em défice e

No dia 2 de março saiu uma caravana

aqueles que, pelo contrário, existiam

humanitária, mas como não

em excesso. Reunimos um grupo de

conseguíamos em tempo útil

voluntários para nos ajudar na

organizar a nossa viagem, decidimos

seleção e separação da roupa de

como data de saída o dia 8. Foi uma

bebé e mamã, bens alimentares e

semana muito intensa. O processo

material médico.

incluiu a procura de veículos como

Dois dias antes da data prevista,

carrinhas de nove lugares e

quando já quase não existia

autocarros, a busca de financiamento,

esperança de sermos bem-sucedidas,

53

Indice

MISSÃO HUMANITÁRIA UCRÂNIA


Indice

conseguimos as 3 carrinhas de 9

trabalharmos por turnos, o espírito de

bens de todas as viaturas, incluindo

lugares que enchemos por completo

equipa e adaptação rápida ao

um camião e um autocarro. Apesar da

num verdadeiro tetris…. Queríamos

inesperado foram sem dúvida fatores

temperatura negativa, dos pés

levar o máximo para quem não tem o

cruciais para o êxito desta viagem. Na

enregelados e das mãos que já não

mínimo! No dia 8 de madrugada

nossa carrinha, uma conduzia, uma

sentimos, conseguimos em equipa

partimos de Faro, 3 carrinhas, 3

conversava, outra dormia. Nas outras

dar conta do descarregamento num

enfermeiras, 2 bombeiros e 2

duas, um dormia e outro conduzia, as

tempo consideravelmente curto. Para

residentes ucranianos há vários anos

trocas de condutor eram feitas de 300

nós este foi um dos momentos mais

na nossa região. A equipa de partida

em 300 Km. O descanso em cama foi

bonitos…. Criamos um cordão

era pequena, mas na fronteira de

escasso, 3 a 4 horas por noite até

humano e rapidamente demos conta

Espanha – França ingressamos numa

chegar a Cracóvia, onde nos

do recado. O trabalho em equipa

grande caravana humanitária de nível

esperavam os refugiados.

superou todas as adversidades!

nacional.

À chegada fomos de imediato

Sendo enfermeiras ficamos

Não sabíamos muito bem o que nos

encaminhados para um enorme

posteriormente a prestar apoio na

esperava, mas o facto de

armazém onde descarregamos os

organização e separação de material

54


EMERGÊNCIA INTERNACIONAL

ficou claramente mais descontraída. Sentimos conforto e confiança. Também nós ficámos surpresas e alegres por ajudarmos alguém que nos era mais próxima. Durante o regresso ficamos instaladas numa escola em Leipzig e numa arena em Lyon. Descansar um pouco o corpo e a mente, nunca mais de 3 ou 4 horas, mas que no momento pareciam muito mais. Encontramos pessoas fantásticas pelo caminho. Na escola pais e professores ofereceram-nos refeições quentes e caseiras, num só dia conseguiram transformar a escola em pousada. Nas paragens de autoestrada desconhecidos vinham ter connosco, apoiando-nos com palavras, bens e carinho. Sobre rodas, médico que transportámos e outro já

sofrimento humano.

gesticulavam gestos de força quando

existente no armazém.

Pouco ou nada traziam consigo, uma

por elas passávamos. A nossa crença

Numa residencial de estudantes

vida num saco, numa mochila….

na humanidade ficou reforçada. Se

esperavam-nos os nossos refugiados,

Tínhamos connosco cadeiras para as

uma pandemia não nos tornou

já identificados e distribuídos pelas

crianças e bebés, as que sobraram

melhores, acreditamos que esta

viaturas numa listagem criada por

ficaram na residência para os

guerra o esteja a fazer de certa forma,

duas voluntárias da organização da

próximos. Na nossa carrinha

para alguns de nós.

caravana humanitária a nível nacional,

trouxemos uma mãe com uma

Fizemos mais paragens na viagem de

que já tinham chegado a Cracóvia no

menina de 3 anos, uma grávida de

regresso. Uma das meninas ficou

dia anterior.

seis meses com a filha de 9 anos e

enjoada várias vezes, a nossa carga

O dia seguinte foi o dia do encontro

duas jovens adultas, uma delas

agora era preciosa e, entre enjoos,

entre voluntários e refugiados, o tão

doente oncológica. Esta última estava

idas à casa de banho e o acumular do

esperado dia da partida. Vimos

extremamente ansiosa no primeiro

nosso cansaço, a viagem tornou-se

muitas mães com crianças pequenas,

contacto. Graças aos nossos amigos

mais dura. Estas mulheres e crianças

o medo e a tristeza espelhado nas

que dominavam a língua fomos

são umas heroínas, nunca se

suas faces, poucos sorrisos, poucas

conseguindo estabelecer uma

queixaram, pelo contrário,

palavras…. As crianças sendo

comunicação cada vez mais efetiva

agradeceram sempre o pouco que

crianças corriam e aceitavam com

ao longo da viagem. O gelo foi-se

lhes conseguimos oferecer. O

sorrisos os brinquedos que lhes

quebrando. Essa jovem ficou mais

desconforto devia ser grande, mas

dávamos. Contemplavam-se muitos

tranquila quando, em troca de

nunca o expressaram. Poucas

voluntários de lágrimas nos olhos,

mensagens com um familiar seu

palavras, muito reservadas, o pouco

afinal de contas, estávamos a ser

percebeu, por coincidência, que era

que soubemos da sua vida foi já em

confrontados pela primeira vez com

uma voluntária da nossa equipa que

terras portuguesas. As suas

os horrores da guerra, com o

tinha ficado em Portugal. Sorriu e

vivências, os dias anteriores à

55

Indice

outras pessoas acenavam e


Indice

56


EMERGÊNCIA INTERNACIONAL

chegada a Cracóvia, o fugir do cenário

Durante a viagem auxiliamos os

de guerra… Tudo isso fará para

refugiados a fazer o seu registo nos

sempre parte de uma história cruel na

serviços online do SEF de forma a

vida destas pessoas. A viagem de

agilizar a sua entrada no país, a

comboio durante horas sem luz para

solicitar escolas para as crianças,

não ser detetado, a fuga com um

aulas de português e trabalho. As

saco de roupa de um bunker, sem

pessoas que transportámos ficaram

saber se algum dia conseguirão

todas em casa de familiares.

regressar às suas casas, às suas

Combatemos a barreira linguística

aldeias, aos seus lares. Lar, palavra

com recurso ao google tradutor, uso

esta que ainda hoje se sente com

da língua inglesa que algumas

saudade e melancolia. Palavra esta

dominavam, gestos e com ajuda dos

que poderá nunca mais constar na

nossos voluntários ucranianos.

vida destes seres humanos.

Continuamos a manter o contacto e a

Deixaram pais, maridos, filhos,

ajudar da forma que conseguimos.

família, casa…. Mães fogem para

Se voltávamos, sim, voltávamos a

proteger os seus filhos deixando a

fazer tudo de novo.

outra parte da família em guerra. A sua vida é suspensa e surge o

Muito Obrigado pela partilha,

encarar de uma nova vida, num país

desejamos-vos muitas felicidades e

diferente, com pessoas que

que continuem a fazer todos os

desconhecem. O que sobra na vida

possíveis e impossíveis para ajudar

destas pessoas? Restará alguma

que mais necessita.

esperança ainda? Sabemos que foi precisa muita coragem e que a dor

OBRIGADO

da separação da família é inimaginável. Mas não sabemos o que virá, resta-nos a esperança…. Ana Rodrigues Catarina Rodrigues EDITORA

EVA MOTERO Médica VMER

EDITOR

RUBEN SANTOS Enfermeiro VMER

57

Indice

Rita Sequeira


TERTÚLIA VMERISTA

"VMER FARO, EM 22 ANOS VÁRIAS VIATURAS ESTIVERAM AO NOSSO SERVIÇO. QUAL DELAS DO PONTO DE VISTA DO OPERACIONAL ACHASTE A MAIS ADEQUADA E PORQUÊ? "

r do publicita “Não queren ao ngindo-me ci e s ca ar m e ura, penso qu tipo de viat das têm ua eq ad s ai as m elo uras em mod sido as viat Possuem a . on ag W n Statio a ficiente para dinâmica su ndo va er ns co missão, ço orto e espa algum conf s da a lh fa de carga. A uras tem últimas viat lo altura ao so consistido na lhido. co es do modelo s somos Muitas veze locais de ra pa os ad ativ e a viatura so es ac il difíc

Indice

“A melh o combu r (motor, de pó stí espaço vel, robuste sito de z, segu , ..) foi rança, sem d Volksw úv a sempre gen Passat. ida a Depois a desc , fo sempre er o nív el… Fic i muito satisfa a o ção co dmirado com m novas viatura a aquisição a s...É u das que de ma ve reflexã ríamos mere ssunto o das c e r uma VMER conjun no to sentid , tipo Inquéri seu o de a to , no verig modelo para e uar a viatura /ativid ste tip o de m ade.” issão Luís R amos

58

não tem es sa capacida de. Penso que o ideal seria a esco lha de um modelo Stat ion Wagon mas com altura extra ao solo.” Pedro Lope

s Silva

“A verdade é qu vmer, a Skod e esta versão da a Octávia pa rece ser a mais co nfortável e mais estável… m as é uma ad aptação de um carro e não um construção totalmente dedicada

carros no UK com os como fazem carro um ra pa r que Volvo. De nota extrema de ita ss ce que ne upantes ra os seus oc segurança pa um roll-bar de ça en es pr não tem a mo a importante co ou um gadget S.” GP integração de Pedro Oliveira

ntimos e todos se “Penso qu ar como us a os ul que os veíc r se m ria ve VMERs de as escrupulos sujeitos a s, e s concurso ao s ia év pr das r definição ho el m m das co de design as tic rís te cara es çõ ra e alte carroçarias ção para adequa mecânicas árias na ss ce ne as às carg ço e im, o espa VMER. Ass nem as ic cn té as opções estado sempre têm agora, de Até alinhadas. o ez o model todas, talv

Silva


TERTÚLIA VMERISTA

passat da volksvagen tenha sido o que mel emergência hor serviu a médica.” Catarina Ta vares

vel, ais está

NOTA DO EDITOR As respostas obtidas à questão colocada na Tertúlia VMERista são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes no "inquérito", e que são opiniões estritamente pessoais, das quais a LIFESAVING necessariamente se demarca...

at: m “A Pass a.” espaços

stinho

Ana Ago

“Passat: se gura, rápida , robusta” Fernando Ro

drigues

EDITOR

59

Indice

NUNO RIBEIRO Enfermeiro VMER TIP


Indice

60


“UM PEDACINHO DE NÓS”

UM PEDACINHO DE NÓS Ana Rodrigues1, Teresa Castro 2 2

Enfermeira das VMER de Faro e Albufeira, Enfermeira da VMER de Albufeira

Hoje vamos dar a conhecer um

O bichinho pela área da saúde,

A VMER, o Helicóptero, eram sonhos

pouco da vida do Guilherme

começou em 1998, aquando do

que começaram a ser construídos

Henriques, médico nas viaturas

ingresso no corpo de Bombeiros

aos 14 anos, que felizmente

Médica de Faro e Albufeira.

Voluntários de Mangualde. Sem

ganharam forma, e hoje sente-se

Nascido e criado em Mangualde no

nenhuma ligação aos bombeiros,

feliz e agradecido por isso.

distrito de Viseu, rodeado do verde

sequer familiar, acabou por ser um

De bombeiro a enfermeiro foi um

luxuriante das montanhas desta

caminho que, desde muito novo,

passo natural, a especialidade em

lindíssima zona do nosso país. Dos

decidiu fazer. A missão dos

Enfermagem Médico-cirúrgica surge

pais, que considera os melhores do

bombeiros fascinava-o. Assim que a

como uma progressão natural na sua

mundo, expressa a tristeza de já não

idade o permitiu (14 anos), não

carreira, virada para o pré-hospitalar,

conseguir partilhar os momentos da

exitou e ingressou nesta corporação.

desempenhou as suas funções de

vida com o pai. Do lindo e

Daí em diante o gosto pela saúde,

2008 a 2018.

harmonioso casamento…. os seus

em particular pela emergência

Pelo caminho o Mestrado de

pais “deram á luz” dois filhos, um

médica, foi-se afirmando na sua vida,

Medicina na UALG, e desde 2018 é

deles o nosso entrevistado,

pelo que o ingresso nesta área se

Médico Interno de Formação

Guilherme e ainda uma irmã mais

tornou um caminho natural, que

Específica em Medicina Intensiva, no

velha.

percorreu com foco e determinação.

Centro Hospitalar Universitário do

61

Indice

1


Indice

62


“UM PEDACINHO DE NÓS”

Algarve, na Unidade de Faro.

ainda permanece.

jogo de futebol, de acompanhar o seu

Desempenhou várias funções no

O Algarve, “primeiro estranha-se,

clube do Coração- Benfica e passear

percurso da sua carreia quer como

depois entranha-se”.

de moto.

enfermeiro como médico:

Situações passadas no pré-

Enfermeiro no INEM (2008-2018),

hospitalar tem muitas, algumas com

E, no Futuro?

ambulâncias SIV (fez parte da equipa

um final feliz, outras mais graves e

“Sinto que o Algarve tem um potencial

que abriu a SIV Lagos), VMER e Heli

complicadas.

de crescimento, também na área da

de emergência médica. Coordenador

Os partos, um em 24 de Agosto de

saúde, muito grande. Historicamente

Regional de Enfermagem da

2010 em Moura e outro em 29 de

a região vive problemas de fixação de

Delegação do Algarve (2009 a 2011) e

Maio de 2021 em Almancil. Neste

pessoas pelo que esse turnover das

na Delegação Centro (2011 a 2014).

último, a equipa a tentar convencer a

equipas condiciona a sua

Médico Interno em Medicina

mãe a descer para a ambulância e

estabilidade. Acredito que, neste

Intensiva no CHUA-Faro, médico

ela a dizer “não consigo, vai nascer

âmbito, e porque o Algarve tem

nas VMER Faro, Albufeira e

aqui”, e nasceu passados poucos

recursos muito competentes, com as

Helicóptero de Emergência médica

minutos. Não se pode lutar contra

pessoas certas nos sítios certos a

do Algarve. Médico regulador do

uma vontade tao grande de vir ao

região tem o que é preciso para

Centro de orientação de doentes

mundo na paz da sua casa.

crescer e se destacar no panorama

urgentes (CODU).

A Derrocada na Praia Maria Luísa,

nacional.

Formador sénior no INEM. Professor

Albufeira, 2009. Acidente de

Por agora estou no Algarve, sinto-me

Assistente Convidado da Faculdade

autocarro de hemofílicos, Coimbra,

bem, integrado, estou ainda num

de Medicina e Ciências Biomédicas

2011. Acidente de autocarro na A22,

processo de formação especializada,

da Universidade do Algarve

Albufeira, 2015. Socorro a bombeiro

pelo que num futuro próximo

Quer dantes, quer agora sempre

queimado, Incêndio de Pedrógão,

continuarei por cá. Ora, o futuro a

esteve muito ligado à emergência

2017. Incêndios 15 outubro 2017.

Deus pertence.”

médica. “Hoje, enquanto médico,

Situações muito distintas, tanto na

acredito que o caminho que fiz faz de

tipologia do terreno como na

mim um melhor profissional e uma

abordagem ao teatro de operações,

melhor pessoa, mais atenta, mais

mas todas com multívitimas e toda a

empática. Estou convicto de que a

logística envolvente nestas situações.

realização profissional de cada um

A emergência médica implica o

contribui substancialmente para o

contacto frequente com situações

bem-estar pessoal.”

limite, muito exigentes não só a nível

A vinda para o Algarve foi um acaso,

técnico-científico, mas também a

chegou em 2008, fruto de um

nível emocional. Para um bom

concurso público para o INEM, para

desempenho a este nível está

abertura das primeiras ambulâncias

absolutamente convicto de que é

SIV na região (Lagos e Tavira).

imprescindível um bom suporte

Lagos, com as suas praias infinitas,

familiar. “É lá que, no fim do dia,

foi o seu destino. Por vicissitudes da

acabamos por fazer a catarse e por

vida, em 2011 acabou por rumar a

nos reencontrarmos. Sem essa

Coimbra sem, no entanto, nunca

presença, sem essa compreensão

perder o contacto com a região.

tudo se tornaria mais difícil. Sinto-me

Apesar de inegável sangue beirão,

um privilegiado nesse sentido e

em 2014 regressa para o curso de

agradecido por isso.”

Medicina onde, 8 anos volvidos,

Para descontrair, gosta de um bom

EDITORA

ANA RODRIGUES Enfermeira VMER Heli INEM

EDITORA

63

Indice

TERESA CASTRO Enfermeira VMER


TESOURINHO VMERISTA

Pedro Oliveira Silva 1 1

Médico VMER

Contrariamente aos demais tesourinhos, este não se passou envolto na noite, mas sim ao início da tarde, onde foi dado o alerta para masculino de 60 anos, vítima de dor súbita, precordial e com irradiação ao membro superior esquerdo. Quem anda nesta vida, sabe que estes sintomas juntos, geralmente dá origem a algo que denominámos Via Verde. E estando nesta altura do solstício, para onde mais no dirigirmos senão a praia. À nossa chegada, as informações fornecidas ao CODU estavam

relativamente a fisionomia da vítima estavam corretas adicionando ainda era um pescador profissional. Porquê a relevância desse dado? Na anamnese e exame físico, foi determinado que a dor não se iniciava precordialmente e com irradiação ao membro superior esquerdo, mas sim no terceiro dedo da mão esquerda e que insidiosamente despertou uma dor intensa tipo queimadura que se alastrou deste local ate à região do pescoço. O que originou esta dor? A tentativa, bem-sucedida digamos,

Congressos e Cursos

VII JORNADAS TÉCNICAS DE MEDICINA INTENSIVA | 3 a 4 de novembro de 2022 | Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

EDITOR

Indice

PEDRO OLIVEIRA SILVA Médico VMER CODU

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de apanhar um peixe à mão que permanecendo na zona de rebentação de água mais aquecidas… sabem qual é?? Descubram aqui!!! [picada de peixe-aranha] E onde está a dor precordial perguntam? O senhor referia apenas dor nessa área anatómica, quando a sua mão estava junto a ela… E quanto ao tratamento fornecido pela VMER - água quente para debelar o veneno e assim em 15 minutos, mais uma possível via verde resolvida.


TESOURINHO VMERTISTA

FRASE MEMORÁVEL

"Este é um acordo para o mundo" Fonte: Declarações de António Guterres sobre a decisão sobre exportação de cereais ucranianos.

"A promoção do bem-estar da humanidade tem sido a força motriz destas negociações"

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Indice

Fonte: Declarações de António Guterres sobre a decisão sobre exportação de cereais ucranianos.


BEST SITES

MEDGADGET Este é um site que apresenta, desde 2004, o melhor da tecnologia médica de todo o mundo. Revela os mais recentes dispositivos médicos,

avanços e descobertas de tecnologia, permitindo selecionar as várias áreas e especialidades da Medicina, incluindo a Emergência Médica.

https://www.medgadget.com/archives/emergency_medicine

EM Sim Cases Neste site encontraremos múltiplos casos de simulação, com a revisão de pares, integrando um processo formal de controle de qualidade.

Também é possível direcionar o interesse para várias especialidades médicas, ressuscitação e trauma.

EDITOR

Indice

BRUNO SANTOS Médico VMER

66

https://emsimcases.com/


BEST APPS

BEST APPS Alguns dias antes do lançamento desta revista, um dos nossos sofreu um acidente de viação ficando em local de difícil acesso e sem possibilidade de se movimentar. Valeram as aplicações básicas instaladas no seu telemóvel. Esta situação leva-nos a pensar

no básico que temos no bolso e que pode salvar a nossa vida. Qualquer uma das app´s abaixo estão instaladas nos nossos telemóveis e permitem uma partilha imediata da localização, quer durante um curto espaço de tempo quer definitivamente. Cabe a cada um de nós saber

utilizar estas ferramentas corretamente. Ter uma localização partilhada com um familiar (por exemplo) pode salvar a sua vida, ou a dele em caso de acidente em que não é possível sequer chegar ao telefone e se desconhece a sua localização.

WHATSAPP Permite partilhar localização com familiar ou amigo ou equipa de emergência durante tempos pré-definidos de 15 minutos, 1 hora ou 8 horas

MESSENGER Permite partilhar localização com familiar, durante o período pré-definido 1 hora. Pode parar de partilhar quando desejar

GOOGLE MAPS Permite partilhar localização com familiar ou amigo de forma definitiva ou pré-definida no tempo. Também permite consultar as coordenadas GPS reais para chegada ao local com outros sofware´s de gps

EDITOR

67

Indice

PEDRO LOPES SILVA Enfermeiro VMER Heli INEM


Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve 68


ABC INAUGURA LABORATÓRIO NA ÁREA DO ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL - ABC COLAB O MAIS RECENTE LABORATÓRIO COLABORATIVO NA ÁREA DO ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL.

O ABC CoLAB pretende desenvolver

pretende que o Algarve seja uma

trará inúmeros benefícios para a

novas soluções para um

referência para a investigação e

saúde humana e para a sociedade.

envelhecimento ativo e saudável

inovação dirigidas para o

A criação de produtos e serviços com

beneficiando das características

envelhecimento ativo e saudável.

suporte científico e inovação

únicas da região algarvia. O

Uma das missões do ABC CoLAB é

tecnológica, vai permitir a este

envelhecimento da população é hoje

potenciar a criação de valor e de

laboratório colaborativo destacar-se

um fenómeno universal que requer

emprego científico qualificado, aliado

nas áreas do envelhecimento e

respostas efetivas ao novos

a tecnologia de ponta com

rejuvenescimento.

problemas e desafios que o

intervenção em diferentes setores da

acompanham. Este laboratório

economia. Esta ação a longo prazo

69

Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve


ALGARVE ACTIVE AGEING – CARDIAC AND OSTEOARTHRITIS REHABILITATION (A3-COR) internacionalmente, quer no tratamento da osteoartrose do joelho quer na reabilitação cardíaca após enfarte agudo do miocárdio, como uma das principais abordagens não farmacológicas à doença, em particular no controlo da dor articular O projeto Algarve Active Ageing – Cardiac and Osteoarthritis Rehabilitation (A3-COR) promovido pela Associação para o Desenvolvimento do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (AD- ABC), pretende contribuir fortemente para a adoção de um estilo de vida mais saudável assente na prática regular de um programa de exercício físico personalizado às capacidades de cada indivíduo e na

e na melhoria da capacidade funcional cardiorrespiratória, cujo impacto se pode fazer sentir ao nível da qualidade de vida. Este estudo clínico multicêntrico de intervenção é direcionado a pessoas com mais de 50 anos, que tenham sofrido enfarte agudo do miocárdio há mais de um ano e que tenha artrose/osteoartrose no joelho com dor frequente. O programa consiste na realização um programa de exercício personalizado com a

duração de 12 semanas. adoção de uma alimentação saudável Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve baseada nos princípios da dieta mediterrânica. Este projeto centra-se nas pessoas que apresentam em simultâneo duas patologias altamente prevalentes na população com mais de 60 anos: a Osteoartrose do joelho e a doença cardiovascular. A prática de exercício físico regular é

Indice

um tratamento reconhecido

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Se estiver interessado(a) em participar neste estudo de forma voluntária e gratuita, pode contactar o número 916 785 430 para agendar a sua avaliação inicial e verificar a possibilidade da sua inclusão no estudo.


ABC CRIA BOLSA DE EXCELÊNCIA LÍDIA JORGE O ABC vai apoiar, ao longo do próximo

transmitir e difundir uma cultura de

Investigação Clínica e Medicina

ano, o Doutoramento em Investigação

investigação e desenvolvimento,

Translacional em:

Clínica e Medicina Translacional, da

reforça o seu contributo para formar

https://fmcb.ualg.pt/curso/1922

Faculdade de Medicina e Ciências

profissionais altamente qualificados e

Direcionada para projetos em

Biomédicas, da Universidade do

diferenciados.

investigação clínica, os estudantes

Algarve, através da Bolsa de

Esta bolsa traduz-se num incentivo e

podem ainda candidatar-se à bolsa

Excelência Lídia Jorge, uma iniciativa

reconhecimento ao mérito dos

João Larguito e à bolsa Mariano

que visa oferecer ao estudante com

melhores estudantes, contribuindo,

Gago dedicada a projetos de

melhor desempenho académico no

assim, para um percurso de sucesso,

investigação translacional. Estas

âmbito deste curso a possibilidade de

marcado pela proximidade do

duas bolsas totalizam, no seu

ter o primeiro ano da propina

ecossistema académico e científico,

conjunto um apoio de 200 mil euros à

completamente financiado.

apoiado pelo ABC na região.

investigação.

Cumprindo a missão do ABC de criar,

Candidaturas ao Programa Doutoral

PUBLICAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO NA REVISTA BMC MEDICAL EDUCATION Uma equipa de investigadores do

utilização dos simuladores virtuais

essências no processo de ensino

ABC-RI da Universidade do Algarve

de pacientes no processo de

destes profissionais contribuindo

(UALG) publicou na revista BMC

aprendizagem dos estudantes de

para a modernização e adaptação das

MEDICAL EDUCATION um artigo

medicina e enfermagem. Este tipo de

aprendizagens no futuro.

científico onde revela o impacto da

ferramentas são cada vez mais

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Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve


INVESTIGADORA DO ABC-RI VENCE PRÉMIO DE ORTOPEDIA DR. RUI ANTÃO

O prémio de Ortopedia Dr. Rui Antão,

pelo seu trabalho desenvolvido na área

da investigação aliada com a

promovido pelo grupo HPA Saúde,

das artroplastias do joelho e da anca. A

componente clínica, potenciando estas

distinguiu Ana Marreiros, investigadora

investigadora do ABC-RI detém um

intervenções na área da investigação

do ABC-RI, como uma das vencedoras

vasto currículo relacionado com a área

na região do Algarve.

Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve

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ABC-RI - PROJETO DE MAIS DE 1 MILHÃO DE EUROS - TERAPIA PARA DOENÇA RARA E INCURÁVEL

Clévio Nóbrega, investigador principal

pretende encontrar nos genes uma

Cockayne, tipo B, que revele potencial

do Algarve Biomedical Center

resposta que, a ter sucesso, poderá ser

para chegar à fase de ensaios clínicos

Research Institute (ABC-RI) e docente

modificadora da progressão da

no menor tempo possível e possa

da Faculdade de Medicina e Ciências

doença e não apenas da sua

chegar à área clínica num futuro

Biomédicas da Universidade do

sintomatologia. Não existindo, até ao

próximo, modificando a vida dos

Algarve, acaba de receber um projeto

momento, nenhuma terapia que

doentes e das suas famílias.

de mais de 1 milhão de euros para

modifique a progressão da doença.

O ABC-RI e a Faculdade de Medicina e

desenvolver uma terapia génica para a

Clévio Nóbrega e a sua equipa de

Ciências Biomédicas da Universidade

síndrome de Cockayne, uma doença

investigação procuram, assim, através

do Algarve acreditam que projetos

rara e incurável, que afeta sobretudo

do projeto “CureCSB – Development

como este promovem a diversificação

crianças, e que tem uma prevalência

of a Gene Therapy for Cockayne

económica regional e nacional no

de cerca de 2.7 por milhão de

Syndrome Type B”, desenvolver, ao

setor da saúde.

nascimentos na Europa Ocidental.

longo dos próximos dois anos, uma

O projeto do investigador da UALG

terapia génica para a Síndrome de

73

Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve


INVESTIGADOR ABC-RI DISTINGUIDO NA ALEMANHA COM O PRÉMIO DE MELHOR TESE DE DOUTORAMENTO

Indice

David Brito, investigador do Algarve Foundation (Heidelberg, Alemanha)Biomédica à Heidelberg e Mannheim, Max Planck Centro Académico de Investigação e Formação do Algarve Biomedical Center Research Institute

melhor tese de doutoramento.

Institute for Medical Research e

(ABC-RI), foi recentemente

O prémio visa distinguir os melhores

DKFZ – The Interdisciplinary Center

distinguido com o “Foundation

trabalhos de investigação realizados

for Neurosciences (IZN).

BrainAid IZN Dissertation Award

no âmbito de um consórcio de 59

2022”, atribuído pela BrainAid

laboratórios nas universidades de

74


V ENCONTRO ANUAL DO ABC - “AGING CHALLENGES”.

À semelhança de anos anteriores o

Com um conjunto de temáticas

Garante a tua presença neste evento

evento tem como principais objetivos

associadas aos desafios do

e fica a conhecer o trabalho

a promoção do diálogo entre

envelhecimento, o evento científico

desenvolvido pelo ABC.

investigadores do ABC -RI (Algarve

contará com cinco painéis de

Biomedical Center Research

discussão, por cada uma das áreas

Institute), estudantes da Faculdade

abordadas:

de Medicina e Ciências Biomédicas e

desafios cardiovasculares;

Universidade do Algarve,

desafios neurológicos;

profissionais de saúde do CHUA e

desafios músculo-esqueléticos;

instituições de saúde associadas, e

desafios oncológicos;

parceiros de diversas entidades

desafios societais;

ligadas ao ensino, formação,

oportunidades associadas ao

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve

investigação científica e

envelhecimento.

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Indice

desenvolvimento regional.


INVESTIGADOR ABC-RI NO 5º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INVESTIGAÇÃO EM CANCRO

Os investigadores do ABC-RI

reconhecido pela Acreditar.

posters científicos relativos à

participaram no 5º Congresso da

Investigadores membros da Escola de

oncologia pediátrica estreitando

Associação Portuguesa de

Medicina - Universidade do Minho, do

relações entre os mesmos

Investigação em Cancro, prestando o

ICVS, do ABC-RI e da Universidade

seu importante contributo científico,

do Algarve (UALG), expuseram

Indice

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve

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CONFERÊNCIA AGING WITHOUT BORDERS

O ABC/Algarve Biomedical Center

intitulada "Aging Without Borders", a

da conferencia para consulta: https://

Research Institute (ABC -RI) vai

ser realizada a 6 e 7 de dezembro de

awbfaro2022.wixsite.com/website/

organizar também uma conferência

2022. Já se encontra disponível o site

caixas-de-som

Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve

ABC PROMOVE PRÉMIO CURECSB O laboratório Molecular Neuroscience

Institute (ABC-RI), promove, no

prémio dedicado a projetos de

and Gene Therapy (MNGT), do

âmbito do projeto CureCSB, a

investigação no âmbito da Síndrome

Algarve Biomedical Center Research

atribuição do prémio CureCSB, um

de Cockayne Tipo 2/B.

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Indice

Mourão C, Cartaxo V, Marques N.


– Entrada grátis em webinares formativos a organizar pela APEMERG; – Descontos nos eventos a organizar pela APEMERG; – Participar na Assembleia Geral da APEMERG, nos termos definidos nos estatutos; – Prioridade na participação em projectos educacionais e estudos que a associação vier a promover; – Convites para entrada em eventos de parceiros na área do doente crítico.

Indice

– Descontos em eventos realizados pelos nossos parceiros".

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"O APEMERG Talks é o próximo evento científico levado a cabo pela APEMERG, num formato de maior proximidade, que pretende dar continuação à discussão e contributos em torno da Emergência Médica Pré-Hospitalar. Terá lugar no dia 2 de Dezembro de 2022 no Centro Cultural de Congressos de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.

79

Indice

Contamos consigo!"


Indice

80


CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO

CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO – Novembro de 2021

A Revista LIFESAVING (LF) é um órgão de publicação pertencente ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e dedica-se à promoção da ciência médica pré-hospitalar, através de uma edição trimestral. A LF adopta a definição de liberdade editorial descrita pela World Association of Medical Editors, que entrega ao editorchefe completa autoridade sobre o conteúdo editorial da revista. O CHUA, enquanto proprietário intelectual da LF, não interfere no processo de avaliação, selecção, programação ou edição de qualquer manuscrito, atribuindo ao editor-chefe total independência editorial. A LF rege-se pelas normas de edição biomédica elaboradas pela International Commitee of Medical Journal Editors e do Comittee on Publication Ethics.

respectivos autores. A LF reserva-se o direito de publicar ou não os artigos submetidos, sem necessidade de justificação adicional. A LF reserva-se o direito de escolher o local de publicação na revista, de acordo com o interesse da mesma, sem necessidade de justificação adicional. A LF é uma revista gratuita, de livre acesso, disponível em https://issuu.com/lifesaving. Não pode ser comercializada, sejam edições impressas ou virtuais, na parte ou no todo, sem autorização prévia do editor-chefe.

3. Direitos Editoriais Os artigos aceites para publicação ficarão propriedade intelectual da LF, que passa a detentora dos direitos, não podendo ser reproduzidos, em parte ou no todo, sem autorização do editor-chefe.

2. Informação Geral A LF não considera material que já foi publicado ou que se encontra a aguardar publicação em outras revistas. As opiniões expressas e a exatidão científica dos artigos são da responsabilidade dos

4. Critérios de Publicação 4.1 Critérios de publicação nas rúbricas

originais em qualquer das categorias em que se desdobra, de acordo com os seguintes critérios de publicação: Nós Por Cá - Âmbito: Dar a conhecer a realidade de actuação das várias equipas de acção pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Dimensão: 250 palavras. Tertúlia VMERISTA - Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante. Dimensão: 250 palavras. Minuto VMER - Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos. Dimensão: 1000 palavras Fármaco Revisitado - Âmbito: Revisão breve de um fármaco usado em emergência pré-hospitalar ou que poderia ser uma mais valia a sua implementação na carga VMER. Dimensão: 500 palavras

A LF convida a comunidade científica à publicação de artigos

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Indice

1. Objectivo e âmbito


Journal Club - Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. Dimensão: 500 palavras

Cuidar de Nós - Âmbito: Diferentes temáticas, desde psicologia, emocional, metabólico, físico, laser, sempre a pensar no auto cuidado e bem estar do profissional. Dimensão: 500 palavras.

Nós e os Outros - Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a actuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas. Dimensão: 1000 palavras

Pedacinho de Nós - Âmbito: Dar a conhecer os profissionais das equipas de emergência pré-hospitalar. Dimensão: 400 palavras.

Ética e Deontologia - Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. Dimensão: 1000 palavras Legislação - Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica. Dimensão: 500 palavras O que fazer em caso de... - Âmbito: Informação resumida mas de elevada qualidade para leigos em questões de emergência. Dimensão: 500 palavras.

Indice

Mitos Urbanos - Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. Dimensão: 1000 palavras.

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Tesourinhos VMERISTAS - Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da nossa experiência enquanto VMERistas. Dimensão: 250 palavras Congressos Nacionais e Internacionais - Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica. Di-mensão: 250 palavras. Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar - Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica préhospitalar -Dimensão: 250 palavras Cartas ao Editor - Objetivo: comentário/exposição referente a um artigo publicado nas últimas 4 edições da revista promovendo a discussão e visão crítica. Poderão ainda ser enviados observações, casuísticas particularmente interessantes de temáticas atuais que os autores desejem apresentar aos leitores de forma concisa.

- Instruções para os autores: 1. O corpo do artigo não deve ser subdividido; sem necessidade de resumo ou palavras-chave. 2. Deve contemplar entre 500 a 1000 palavras, excluindo referências, tabelas e figuras. 3. Apenas será aceite 1 figura e/ou 1 tabela. 4. Não serão aceites mais de 5 referências bibliográficas. Devendo cumprir as normas instituídas para revista. 5. Número máximo de autores são 4. Instantâneos em Emergência Médica - Âmbito: Fotografias em contexto pré-hospitalar, contextualizadas nas diversas áreas da Emergência. - Formato: Título; Autores – (primeiro nome, último nome, título, categoria profissional opcional); imagem em formato JPEG com resolução original); Legenda explicativa com breve enquadramento ou breve comentário acerca do sentido da imagem para o Autor. – máx. 100 palavras. É de a responsabilidade dos autores respeitar a POLITICA DE PRIVACIDADE, De acordo com o art. º13.º do Regulamento Europeu de Proteção de Dados Pessoais Reg. UE 201/679. Os Autores são responsáveis por respeitar e obter o consentimento de imagem, quando necessário ( n.º 1 do artigo 79.º do C.C).


CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO

Posters em Emergência Médica - Âmbito: Apresentação sumária de Póster científico original, sobre a temática da Emergência pré e intra-hospitalar, e do doente crítico. Dimensão: 800 a 1000 palavras. Limite de tabelas e imagens: 6

5. Referências Os autores são responsáveis pelo rigor das suas referências bibliográficas e pela sua correta citação no texto. Deverão ser sempre citadas as fontes originais publicadas. A citação deve ser registada empregando a Norma de Vancouver

4.2 Critérios gerais de publicação

83

Indice

O trabalho a publicar deverá ter no máximo 120 referências. Deverá ter no máximo 6 tabelas/ figuras devidamente legendadas e referenciadas. O trabalho a publicar deve ser acompanhado de no máximo 10 palavras-chave representativas. No que concerne a tabelas/ figuras já publicadas é necessário a autorização de publicação por parte do detentor do copyright (autor ou editor). Os ficheiros deverão ser submetidos em alta resolução, 800 dpi mínimo para gráficos e 300 dpi mínimo para fotografias em formato JPEG (.Jpg), PDF (.pdf). As tabelas/figuras devem ser numeradas na ordem em que ocorrem no texto e enumeradas em numeração árabe e identificação. No que concerne a trabalhos científicos que usem bases de dados de doentes de instituições é necessário fazer acompanhar o material a publicar do consentimento da comissão de ética da respectiva instituição. As submissões deverão ser encaminhadas para o e-mail: revistalifesaving@gmail.com


Estatuto Editorial

Indice

A Revista LIFESAVING é uma publicação científica e técnica, na área da emergência médica, difundida em formato digital, com periodicidade trimestral. Trata-se de um projeto inovador empreendido pela Equipa de Médicos e Enfermeiros das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Faro e de Albufeira, pertencentes ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e que resultou da intenção estratégica de complementar o Plano de formação contínua da Equipa. A designação “Lifesaving”, que identifica a publicação, é bem conhecida por todos os profissionais que trabalham na área da emergência médica, e literalmente traduz o desígnio da nobre missão que todos desempenham junto de quem precisa de socorro – “salvar vidas”. Esta Publicação inovadora, compromete-se a abraçar um domínio editorial pouco explorado no nosso país, com conteúdos amplamente dirigidos a todos os profissionais que manifestam interesse na área da emergência médica. Através de um verdadeiro trabalho de Equipa dos vários Editores da LIFESAVING, e

84

aproveitando a sua larga experiência em Emergência Médica, foi estabelecido o compromisso de apresentar em cada número publicado, conteúdos e rubricas de elevada relevância cientifica e técnica no domínio da emergência médica. Por outro lado, este valioso instrumento de comunicação promoverá a partilha das ideias e conhecimentos, de forma completa, rigorosa e assertiva. Proprietário: Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E.P.E. NIPC: 510 745 997 Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro N.º de registo na ERC: 127037 Diretor: Dr. Bruno Santos Editor-Chefe: Dr. Bruno Santos Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro Sede da redação: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro Periodicidade: trimestral

TIPO DE CONTEÚDOS Esta publicação periódica pretende ser uma compilação completa de uma seleção de matérias científicas e técnicas atualizadas, incluídas em grande diversidade de Rubricas, incluindo: – “Nós Por Cá” – Âmbito: Dar a conhecer a realidade de atuação das várias equipas de ação pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Poderá incluir também a descrição sumária de atividades, práticas ou procedimentos desenvolvidos localmente, na área da emergência médica – Dimensão: 500 palavras; – “Tertúlia VMERISTA” – Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante – Dimensão: 250 palavras;

– “Minuto VMER” – Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos, ou de aspetos práticos relacionados com Equipamentos utlizados no dia-à-dia. Dimensão: 1000 palavras; – “Fármaco Revisitado” – Âmbito: Revisão breve de um fármaco usado em emergência pré-hospitalar, ou que poderia ser uma mais valia a sua implementação na carga VMER. – Dimensão: 500 palavras; – “Journal Club” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. -Dimensão: 500 palavras; – “Nós e os Outros” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a atuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas. -Dimensão: 1000 palavras; – “Ética e Deontologia” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. -Dimensão: 500 palavras; – “Legislação” – Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica. – Dimensão: 500 palavras; – “O que fazer em caso de…” – Âmbito: Informação resumida, mas de elevada qualidade, para leitores não ligados à área da saúde, ou da emergência médica -Dimensão: 500 palavras; – “Mitos Urbanos” – Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. -Dimensão: 1000 palavras;


ESTATUTO EDITORIAL

PREVISÃO DO NÚMERO DE PÁGINAS: 50; TIRAGEM: – não aplicável para a publicação eletrónica, não impressa em papel.

ONDE PODERÁ SER CONSULTADA: Pode ser consultada no site do CHUAlgarve, no setor “Comunicação”, no domínio http:// www.chualgarve.min-saude.pt/ lifesaving/, e adquirida gratuitamente por subscrição nesse mesmo site. Não dispomos ainda de um site oficial para organização dos nossos conteúdos, de modo que atualmente todas as Edições estão a ser arquivadas no Repositório Internacional ISSUU, onde poderão ser consultadas gratuitamente (https://issuu.com/lifesaving). Marcamos presença ainda noutras plataformas de divulgação (Facebook, Instagram, Twiter e Youtube).

N.º 1 do art.º 17.º da Lei de Imprensa: Garanta de liberdade de imprensa: 1 - É garantida a liberdade de imprensa, nos termos da Constituição e da lei. 2 - A liberdade de imprensa abrange o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações. 3 - O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura

DIVULGAÇÃO DA LIFESAVING: A LIFESAVING será difundida no site do Centro Hospitalar do Algarve (no setor média e imagem), e sua Intranet, com possibilidade da sua subscrição para receção trimestral via e-mail. Inserida on-line no repositório de publicações ISSUU, adquirindo um aspeto gráfico otimizado para tornar a leitura ainda mais agradável. Será também difundida na página de Facebook da VMER de Faro, página própria com o nome LIFESAVING.

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– “Cuidar de Nós” – Âmbito: Discussão de diferentes temáticas, de caráter psicológico, emocional, metabólico, físico, recreativo, centradas no autocuidado e bem estar do profissional da emergência. -Dimensão: 500 palavras; – “Pedacinho de Nós” – Âmbito: Dar a conhecer, em modo de entrevista, os profissionais da Equipa das VMER de Faro e Albufeira ou outros Elementos colaboradores editoriais da LIFESAVING. – Dimensão: 500 palavras; – “Vozes da Emergência” – Âmbito: Apresentar as Equipas Nacionais que desenvolvem trabalho na Emergência Médica, dando relevância a especificidade locais e revelando diferentes realidades. – Dimensão 500 palavras; – “Emergência Global” – Âmbito: publicação de artigos de autores internacionais, que poderão ser artigos científicos originais, artigos de opinião, casos clínicos ou entrevistas, pretendendo-se divulgar experiências enriquecedoras, além fronteiras; – “Tesourinhos VMERISTAS” – Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da experiência dos Profissionais da VMER. – Dimensão: 250 palavras; – “Congressos Nacionais e Internacionais” – Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica – Dimensão: 250 palavras; palavras; – “Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar” – Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica pré-hospitalar -Dimensão: 250 palavras


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