LIFE SAVING NEWSLETTER DAS VMER DE FARO E ALBUFEIRA
NÚMERO 1 / AGOSTO 2016 [TRIMESTRAL] Fotografia: Pedro Rodrigues Silva (ENFERMEIRO VMER)
FICHA TÉCNICA
NESTE NÚMERO... [Clique para abrir]
EDITOR CHEFE Bruno Santos EDITORES Ana Agostinho André Abílio Rodrigues André Villareal Antonino Costa Catarina Tavares João Cláudio Guiomar João Paiva Nuno Ribeiro Pedro Oliveira e Silva Pedro Rodrigues Silva Pedro Tiago Silva
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Via Verde Sépsis CPAP Boussignac
HOT TOPIC | Ácido tranexâmico NÓS POR CÁ Estatística “Dor torácica” Formações em Serviço
TERTÚLIA VMERISTA | VMER de Faro e Albufeira, reunificação e agora? MINUTO VMER | Utilização das sirenes
RUBRICA PEDIÁTRICA | Afogamento JOURNAL CLUB | Colar cervical, um aliado ou um inimigo disfarçado?
ILUSTRAÇÕES: João Paiva
NÓS E OS OUTROS | Intervenientes na Orla Marítima LEGISLAÇÃO | Transporte Regional do Doente Crítico (TRDC)
DESIGN GRÁFICO: João Paiva Pedro Miguel Silva Pedro Rodrigues Silva Pedro Tiago Silva
O QUE FAZER EM CASO DE … | Chamada 112 TESOURINHOS VMERISTAS| CONGRESSOS NACIONAIS INTERNACIONAIS
COLABORADORES NESTE NÚMERO Álvaro Gomes Júnior Célio Figueira Daniel Nunez Isabel Rodrigues Silvia Labiza
EVENTOS DE EMERGÊNCIA NO ALGARVE
BEST LINKS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR BEST APPS DE EMERGÊNCIA FRASES MEMORÁVEIS
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LIFE SAVING
EDITORIAL
NEWSLETTER DAS VMER DE FARO E ALBUFEIRA
É para mim um privilégio apresentar este projeto inovador empreendido pela Equipa de Médicos e Enfermeiros das VMER de Faro e de Albufeira, e que nasceu originalmente da intenção de complementar a estratégia de formação contínua do nosso Grupo. A criação de uma Newsletter, compilada e difundida com periodicidade trimestral, com conteúdos e rubricas de elevada relevância científica e técnica no domínio da emergência pré-hospitalar, foi a solução encontrada para facilitar a partilha das ideias e conhecimentos, dando uso às ferramentas informáticas dos tempos modernos. A nossa Newsletter foi batizada de "Lifesaving"- uma designação bem conhecida por todos os profissionais que desempenham missão na área da emergência médica, pretendendo ser amplamente dirigida a quem manifeste interesse na atualização e discussão de conhecimentos nessa área. Queremos que todos se habituem à publicação periódica de uma seleção de materiais científicos atualizados, não esquecendo outros conteúdos de âmbito mais técnico, relacionados com as vivências das Equipas de Emergência no dia-a-dia. Terá ainda presença obrigatória em cada número a divulgação dos principais eventos regionais nessa área, bem como de outros eventos nacionais e internacionais relacionados. Haverá ainda lugar para a divulgação de legislação importante, de links para páginas e artigos on-line no domínio da emergência médica, e de algumas aplicações para smartphone úteis na nossa atividade. Estou convicto sobre os objetivos que traçámos, certo de que a sua concretização plena emergirá simplesmente do trabalho em Equipa, do pequeno contributo de todos, e afinal do somatório de todo o potencial científico, técnico, crítico e criativo, já bem patente neste primeiro número, e que será garantido seguramente nas edições futuras, em nome da nossa missão “lifesaving”.
[Bruno Santos] COORDENADOR MÉDICO das VMER de Faro e Albufeira
bsantos@chalgarve.min-saude.pt
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MOMENTOS DE INSPIRAÇÃO
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"A diferença entre o que fazemos e o que somos capazes de fazer seria suficiente para resolver a maioria dos problemas do mundo." Mahatma Gandhi FORMADO EM DIREITO. POLÍTICO E LÍDER NO MOVIMENTO DE INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA
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QUEM SOMOS...
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As Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Faro e Albufeira, pertencentes ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) , desempenham a sua missão de assistência préhospitalar em todo o Algarve Central e Sotavento.
CENTRO DE SAÚDE DE ALBUFEIRA
Sob a alçada do Centro Hospitalar do Algarve, estão sediadas no Hospital de Faro e Centro de Saúde de Albufeira, respetivamente.
HOSPITAL DE FARO
A VMER de Faro é o meio mais antigo, tendo entrado em funcionamento em 2000, e a VMER de Albufeira iniciou atividade em 2004.
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André Abílio Rodrigues ENFERMEIRO VMER
Pedro Oliveira e Silva MÉDICO VMER
MÉDICO VMER
TESOURINHOS VMERISTAS Pedro Oliveira e Silva MÉDICO VMER
Pedro Oliveira e Silva ENFERMEIRA VMER
Ana Agostinho
CONGRESSOS NACIONAIS INTERNACIONAIS
LEGISLAÇÃO
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Nuno Ribeiro
O QUE FAZER EM CASO DE …
João Paiva
PERGUNTAS E RESPOSTAS
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ILUSTRAÇÕES
TERTÚLIA VMERISTA
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BEST LINKS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
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HOT TOPIC
Nuno Ribeiro
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NÓS POR CÁ André Abílio Rodrigues
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APRESENTAÇÃO DOS EDITORES
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VIA VERDE
SEPSIS [PRÉ-HOSPITALAR]
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Perguntas e respostas “SOBREVIVER À SÉPSIS FORA DO HOSPITAL” O que é sépsis ?
tes na primeira hora desde que foi efetuado o diagnóstico nos doentes com sépsis ou Um diagnóstico precoce de sépsis e choque séptico reduz a mortalidade 4. um tratamento precoce reduz a mortalidade. Os hospitais que se basearam nestas A implementação das recomenda- recomendações desde há 2 a 3 anos apresenções da Surviving Sepsis Campaign (SCC) na tam uma diminuição da mortalidade nos última atualização de 2012, demonstram doentes com sépsis com significado estatístiuma diminuição da mortalidade absoluta de co 5. 15.9% nos doentes com sépsis grave e choEm Portugal, a DGS Recomenda a que séptico aos 28 dias. implementação da Via Verde Sépsis (VVS) A administração de 30 ml/kg de solu- através da Circular Normativa Nº: 01/DQS/ ção cristalóide em situações de hiperlactaci- DQCO de 06/01/2010, com o objetivo de demia (lactatos séricos > 4 mmol/l) e hipo- reduzir a mortalidade neste grupo de doentensão arterial (PAS < 90 mm Hg) tem forte tes. No Departamento de Emergência, Urimpacto na redução da mortalidade em dogência e Cuidados Intensivos (DEUCI) da entes com sépsis 3. Unidade de Faro do Centro Hospitalar do Obter colheitas de culturas antes da Algarve a VVS foi implementada a 21 de abril administração de antibióticos e o inicio des- de 2014, de acordo com um protocolo desenvolvido localmente e que integra as recomendações mencionadas.
Sabemos que …
The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3) em 2016 definiu a sépsis como "…Disfunção de órgão provocada por uma reação inadequada do hospedeiro a uma infeção envolvendo risco de vida…"1
A incidência de sépsis grave em adultos é superior a 300 casos por 100.000 habitantes ano 2 . A incidência de choque séptico é de 56-91 casos por 100.000 habitantes por ano. São diagnosticados perto de 27 milhões de casos de sépsis por ano em todo o mundo. Estimados cerca de 8 milhões de mortes por sépsis por ano. A cada 3 segundos morre no mundo uma pessoa por sépsis.
Que podemos fazer no pré-hospitalar?
Como fazer? a) Determinação precoce dos níveis de ácido láctico arterial; b) Obtenção de hemoculturas antes do inicio de antibioterapia sem atrasar esta mais de 45 minutos;
CRITERIOS DE EXCLUSÃO Gravidez ICC descompensada (ie. EAP) SCA Doença Cerebrovascular aguda Estado de mal asmático HDA activa Politraumatizados / grandes queimados Doente terminal ou totalmente dependente
c) Administração de antibiótico até a primeira hora desde o diagnóstico de sépsis grave/choque séptico; d) Administração de forma precoce de 30 ml/kg de cristaloide se hipotensão (PAS < 90 mm Hg) ou lactatos > 2 mmol/l. (Fluid challenge).
Daniel Nunez MÉDICO VMER 2 VARIÁVEIS INESPECÍFICAS DE SEPSIS + UM CRITÉRIO DE INCLUSÃO
quicodaneil@hotmail.com
VMER MÉDICO VMER
IDENTIFICAR SÉPSIS / CHOQUE SÉPTICO
CHECK-LIST + PAS < 90 mm Hg
CANALIZAR 2 VEIAS COM 14-16 G INICIAR “FLUID CHALLENGE” SE INDICAÇÃO AMINAS CONTACTAR HOSPITAL
(SR)
INICIAR TRANSPORTE
BIBLIOGRAFIA: 1- Singer M, Deutschman CS, Seymour C, et al. (2016) The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA.;315(8):801-810. 2. Gaieski DF, Edwards M, Kallan MJ et al (2013) Benchmarking the incidence and mortality of severe sepsisin the Unites States. Crit Care Med 41:1167–1174DF, 3. Wan-Jie Gu, Fei Wang, Jan Bakker, Lu Tang, Jing-Chen Liu (2014) The effect of goal-directed therapy on mortality in patients with sepsis - earlier is better: a meta-analysis of randomized controlled trials Crit Care. 2014; 18(5): 570. 4. Levy MM, Dellinger RP, Townsend SR et al (2010) The Surviving Sepsis Campaign: results of an international guideline-based performance improvement program targeting severe sepsis. Intensiv Care Med 36(2):222–231 5. Dellinger RP, Levy MM, Rhodes A et al (2013) Surviving sepsis campaign: international Guidelines for management of severe sepsis and septic shock. 2012. Intensiv Care Med 39(2):165–228
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CPAP BOUSSIGNAC
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Perguntas e respostas Introdução: A insuficiência respiratória aguda hipoxémica é uma causa frequente de ativação das equipas de emergência pré-hospitalar. Além do tratamento médico farmacológico convencional, a evidência científica demonstrou benefício na utilização da pressão positiva contínua na via aérea (Continuous positive airway pressure—CPAP) . O CPAP Boussignac é um dos dispositivos disponíveis, sendo atualmente o mais utilizado nas viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do nosso país.
” O que é um CPAP Boussignac, e como funciona?”
”Quais são as suas vantagens?”
- É um dispositivo de suporte ventilatório, composto por uma interface facial, um manómetro de pressão e uma válvula “virtual”.
- Não necessita de eletricidade para funcionar;
”Quais as indicações principais?” - Descompensação da Insuficiência cardíaca; - Asma e DPOC agudizadas;
- É leve, de fácil montagem, eficaz, confortável e rentável; - A evidência científica mostra redução da necessidade de intubação orotraqueal e das complicações associadas, bem como do nº e duração das admissões em Unidades de Cuidados Intensivos.
Fotografias superiores: Bruno Santos (Médico VMER)
- A válvula “virtual” no CPAP Boussignac é um conceito muito simples, baseado no princípio de Bernouli, em que a aceleração do fluxo de ar através de pequenos orifícios convergentes, gera uma turbulência capaz de criar resistência à passagem do ar. Esta pressão positiva constante, exercida ao longo de todo o ciclo respiratório (inspiração e expiração), produz recrutamento alveolar adicional, com melhoria nas trocas gasosas.
”Quais as contraindicações para o CPAP?” - Impossibilidade de proteger a via aérea: coma, agitação, PCR,...; - Instabilidade hemodinâmica; arritmia não controlada;
”Que outras indicações se conhecem?”
- Esgotamento e fadiga muscular importantes;
- Lesões causadas por inalações de tóxicos;
- Impossibilidade de controlar secreções;
- Intoxicação por monóxido de carbono;
- Hemoptise/epistaxis não controladas;
- Intoxicação por organofosforados;
- Traumatismo facial importante;
- Traumatismo torácico (sem pneumotórax); - Pré-afogamento.
Fotografias inferiores: apresentadas em Formação em Serviço (2009)– “CPAP Boussignac “(PPT).
”Quando iniciar o CPAP Boussignac?”
- Dispneia em grau moderado/grave, com sinais de esforço ventilatório (uso de músculos acessórios e respiração paradoxal abdominal); - SpO2 < a 90%;
- Hipertensão intracraneana;
- Cirurgia gastrointestinal ou da via aérea superior recente; vómitos não controlados; hemorragia digestiva alta ativa;
- Frequência respiratória > 30 rpm.
” Qual é o Protocolo de adaptação do CPAP Boussignac?” - Monitorização completa (frequência cardíaca e respiratória, TAS, SpO2, capnografia e ECG); - Elevação da cabeceira (>45°);
- Necrose cutânea nas áreas de pressão devido à máscara;
- Acalmar o doente e explicar o procedimento para obter a melhor colaboração; - Montagem do CPAP Boussignac: conectar debitómetro de alto débito e manómetro à válvula de CPAP, e esta à mascara facial; - Ajuste inicial da máscara à face do doente, e só depois apertar o arnês; - Iniciar ventilação com o débito de O2 necessário para pressão mínima de 5 cmH2O, e aumentar progressivamente até ao valor alvo, entre 7 e 12 cmH2O; - Nos doentes com suspeita de hipercapnia, adaptar ao CPAP a peça reguladora de FiO2 (titular)para obter o valor mínimo que consiga manter SpO2 entre 90 a 92%; - Se possível utilizar sistema de humidificação acoplado; - Se o uso de broncodilatadores for indicado, deverá acoplar-se o copo de nebulização. BIBLIOGRAFIA: - Spijker, E. E. et al.(2013) Practical use, effects and complications of prehospital treatment of acute cardiogenic pulmonary edema using the Boussignac CPAP system. International Journal of Emergency Medicine, 6:8. - Dieperink, W., et al, (2007) Boussignac continuous positive airway pressure for the management of acute cardiogenic pulmonary edema: prospective study with a retrospective control group, BMC Cardiovascular Disorders, 7:40. - Brusasco C. et al. (2015) CPAP Devices for Emergency Prehospital Use: A Bench Study. Respiratory Care December 1,vol. 60, n. 12: 1777-1785.
- Mal, S. et al. (2014) Effect of out-of-hospital noninvasive positive-pressure support ventilation in adult patients with severe respiratory distress: a systematic review and meta-analysis. Ann Emerg Med,63:600–7. - Cheskes, S., Turner, L., Thomson, S. & Aljerian, N. (2013) The Impact of Prehospital Continuous Positive Airway Pressure on the Rate of Intubation and Mortality from Acute Out-of-hospital Respiratory Emergencies. Prehospital Emergency Care, Vol. 17(4):435-41.
Quais as limitações e complicações?”
- Distensão gástrica e risco de aspiração;
- Secura da boca e dos olhos.
Bruno Santos COORDENADOR MÉDICO VMER
bsantos@chalgarve.min-saude.pt
- Perales, J. & Giménez, A. (2009) Manual de manejo de CPAP de Boussignac de Vygon para el tratamiento de la insuficiência respiratória aguda. Grupo de trabalho de ventilação mecânica não invasiva do Hospital General Universitário de Alicante. Valencia: Vygon. - Wesley, K., Mattera, C., Richards, M. & Wayne, M. (2011) CPAP: The push for rapid relief . Elsevier: JEMS Editorial supplement, January.
- Goodacre S. et al. (2014) Prehospital Noninvasive Ventilation for Acute Respiratory Failure: Systematic Review, Network Meta-analysis, and Individual Patient Data Meta-analysis. Academic Emergency Medicine, 21:960–970.
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HOT TOPIC
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Ácido tranexâmico O que é o ácido tranexâmico? O Ácido Tranexamico é um antifibrínolítico que inibe a ativação do plasminogénio e a atividade da plasmina. Previne assim a destruição de um coágulo ao invés de promover a formação de um novo coágulo, e como tal promove a hemóstase.
Quais são as vantagens da administração em vítimas de trauma? Após a análise de vários estudos, concluiu-se que existe uma redução na mortalidade das vitimas de trauma a quem foi administrado ácido tranexâmico precocemente, assim como uma redução na necessidade de transfusões sanguíneas durante intervenções cirúrgicas posteriores ao trauma. Os estudos mostraram também que são raros os eventos tromboembólicos secundários em vitimas de trauma após a administração de ácido tranexâmico.
Quais as limitações e contraindicações?
FONTE: Modified from Dunn CJ, Goa KL. Tranexamic acid: a review of its use in surgery and other indications. Drugs. 1999;57(6):1005–1032
Quais as suas indicações ?
Como se administra ?
O ácido tranexâmico é utilizado no controlo de hemorragias. Inicialmente foi utlizado em procedimentos dentários nos doentes hemofílicos, e depois também na redução do fluxo menstrual. Posteriormente, a sua utilização foi alargada às cirurgias de bypass cardiopulmonar, de transplante hepático associado a hiperfibrinólise, e artroplastias eletivas da anca e do joelho, associado a redução da hemorragia e de necessidade de transfusões sanguíneas, sem o aumento de eventos trombóticos.
O ácido tranexâmico é uma droga de administração endovenosa, com apresentação em ampolas de 1000mg/10ml de água.
Actualmente é utilizado em vítimas de trauma, em ambientes pré e intra-hospitalar.
Todos os doentes de trauma, com pelo menos 16 anos de idade, com hemorragia significativa (e TAS<90mmHg e/ou FC >110 bpm), ou em risco de hemorragia significativa, que estão dentro de uma janela de 3 horas desde o trauma.
Contraindicações relativas: evidência de coagulação intravascular disseminada, história de evento trombótico [ex: tromboembolismo pulmonar (TEP), trombose venosa profunda (TVP)], e trombofilia.
- Dose de carga – 1g / 100ml de NaCl 0,9% EV, durante 10 minutos.
O ácido tranexâmico está indicado em outras situações além das vítimas de trauma?
- Dose de manutenção- 1g / 500ml NaCl 0,9%, em perfusão EV durante 8 horas (60ml/h).
Sim, em hemorragias pós-parto > 500ml em parto eutócico e > 1000ml em parto por cesariana.
DOSAGEM EM ADULTOS:
DOSAGEM EM CRIANÇAS:
Utilização em ambiente préhospitalar:
O ácido tranexâmico é metabolizado no rim, e como tal deverá ser feito ajuste terapêutico de acordo com a função renal, apesar de não ter havido registo de agravamento da função renal com a dosagem. Indicada. Não é necessário ajuste em relação à função hepática.
- Dose de carga - 15 mg/kg (máximo 1g) EV durante 10 min
Deve ser administrada a dose de 1g /100 mL de NaCl, em bolus EV, durante 10 min, e uma segunda dose semelhante, se houver nova hemorragia num intervalo de 30 minutos ou 24h após o primeiro sangramento.
- Dose de manutenção- 2 mg/kg/h em perfusão EV durante 8 horas, ou até a hemorragia parar. (A dosagem em crianças com 12 anos ou mais é igual à do adulto).
Isabel Rodrigues MÉDICA VMER
isabel.v.rodrigues@gmail.com
Bibliografia: - Cong, L. M. (2012) Draft protocol for use of tranexamic - Cap, A. P., et al.(2011) Tranexamic Acid for Trauma Patiacid in trauma patients in the prehospital setting. Royal ents: A Critical Review of the Literature. The Journal of Flying Doctor Service Queensland, V.1.1. trauma Injury, Infection, and Critical Care, V.71, N.1, 9-14. - Shakur, H., et al.(2010) The WOMAN Trial (World Mater- Napolitano, L., et al. (2013)Tranexamic acid in trauma: nal Antifibrinolytic Trial): tranexamic acid for the treatment How should we use it?. J Trauma Acute Care Surg, V.74, of postpartum haemorrhage: an international randomised, N.6, 1575-1586. double blind placebo controlled trial. Trials, V.16, 11:40.
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NÓS POR CÁ
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Estatística DOR TORÁCICA
...Como é sobejamente conhecido, a dor Torácica é uma das principais causas de ativação no Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal… e “nós por cá ?…”
| Qual será a percentagem de ativações para dor torácica da VMER de Faro e Albufeira? Num universo de 1872 eventos decorrentes entre 1 de novembro 2015 e 31 de maio de 2016, estes dois meios foram ativados 336 vezes para “dor torácica”, correspondendo desta forma a 18% do total das ativações.
| Será que todas as ativações para dor torácica têm como causa subjacente a origem cardíaca? Das 336 ocorrências 60 % foram de origem não cardíaca e 40% de origem cardíaca. Por sua vez, cerca de 14% das ocorrências de etiologia cardíaca tiveram como diagnóstico Enfarte Agudo do Miocárdio com Supra de ST (EAM com SupraST), que resultaram na ativação da Via Verde Coronária (VV Coronária). A restante percentagem de causas de origem cardíaca tem como diagnósticos: Enfarte Agudo do Miocárdio sem Supra de ST, crise hipertensiva, disritmia, insuficiência cardíaca, angor estável e instável. [Os gráficos a seguir ilustrados representam isso mesmo].
“Nós por cá…” Podemos então concluir, que a Dor Torácica, também é uma das principais causas de ativação das VMER de Faro e Albufeira. Das ativações registadas, cerca de 40%, são efetivamente de origem cardíaca, e estão frequentemente associadas a morbilidade e mortalidade. Das ativações de origem cardíaca, 14% geraram VV Coronárias com diagnóstico de EAM com SupraST, sendo acompanhadas e referenciadas à Unidade Hospitalar, poupando desta forma, tempo precioso, pois “Tempo é Miocárdio” André Abílio Rodrigues ENFERMEIRO VMER
andre.abilio44@gmail.com
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NÓS POR CÁ
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As Nossas Formações em Serviço “A Formação em Serviço é a oportunidade para que as equipas de trabalho consigam refletir e aprender de forma coletiva, … o garante de que as boas práticas podem ser refletidas, disseminadas e reajustadas com base no conhecimento efetivo da evidência científica. A perspetiva da aprendizagem ao longo da vida na formação de adultos, deve ser assim um ícone na formação profissional das organizações, garantindo a qualidade e competência. A Formação em Serviço é ainda, específica e particular, considera a avaliação das motivações, expectativas e interesses dos profissionais, devendo ser centrada em metodologias próprias e inovadoras”. É neste sentido que os profissionais das VMER de Faro e Albufeira dispõem de um Plano de Formação em Serviço Anual, que contempla temáticas do maior interesse para a equipa, identificadas por serem relevantes e atuais, e muitas vezes escolhidas pelas dificuldades que suscitam.
Neste ano de 2016, foram realizadas até ao momento duas sessões formativas.
1ª FORMAÇÃO
“Riscos - a arquitetura da eletrocardiografia” — José Pina Amado (Médico VMER)
19/05/2016
“Análise estatística dos eventos de trauma” — Pedro Rodrigues Silva (Enfermeiro VMER)
“Revisão do preenchimento da checklist do politraumatizado grave” — Barbancho Molina
Fotografia: Viktor Osukh (Médico VMER)
(Coordenador da Sala de Reanimação do SU do CHAlgarve).
2 ª FORMAÇÃO
“Reflexões sobre novos fármacos em emergência médica”.
14/07/2016
“Octeótrido e Terlipressina” — Patrícia Queirós (Médica Interna de Gastrenterologia do CHAlgarve) “Rocurónio e Succinilcolina” — André Villa Real (Médico VMER).
Fotografias: Catarina Tavares (Enfª VMER)
“Ácido tranexâmico” — Isabel Rodrigues (Médica VMER)
Catarina Tavares ENFERMEIRA VMER
catgtavares@gmail.com
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TERTÚLIA VMERISTA
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VMER de Faro e Albufeira, reunificação e agora?
“ Penso que não haverá dúvidas que só seremos mais fortes se trabalharmos em conjunto, se procurarmos maior convergência do ponto de vista operacional, com uniformização progressiva da nossa organização e procedimentos. Penso que os nossos avanços futuros e os sucessos esperados, só poderão necessariamente resultar da verdadeira simbiose do trabalho das duas VMER, gerada pela solidariedade e cooperação, pela partilha de ideias e opiniões, como se de uma Equipa única se tratasse. (…) A criação da Newsletter "Lifesaving" é já uma manifestação clara do trabalho de uma Equipa coesa e com objetivos bem traçados”. Bruno Santos COOERDENADOR MÉDICO DAS VMER DE FARO E ALBUFEIRA
“Evidentemente que é importante para os cuidados pré-hospitalares e socorro a interação entre as diversas equipas, do ponto de vista técnico e científico. Formação em conjunto; troca de experiências; áreas de atuação diversificadas. Bem como e de forma notável o beneficio para a gestão, que assim aumenta o campo de recursos humanos, inviabilizando a potencial ocorrência de INOPs”. Célio Figueira COOERDENADOR DE ENFERMAGEM DA VMER DE FARO
“A VMER de Faro e Albufeira passaram a funcionar nos mesmos moldes e com equidade a partir de 1 de Junho 2016, significando também que se colocam novos desafios. Desafios esses que implicam todos, de forma que cada com o seu contributo e experiencia possa opinar no sentido de melhorar a nossa organização e por essa via melhorar a qualidade do serviço que prestamos. Um obrigado a todos pelo empenho que permitiu ultrapassar a situação de desigualdade que existia”. Álvaro Gomes Júnior COOERDENADOR DE ENFERMAGEM DA VMER DE ALBUFEIRA
“A União faz a força! É desta forma que encaro esta nova fase, partilha de opiniões, de conhecimentos, crítica construtiva, construção de um melhor futuro! Se conseguirmos melhores condições de trabalho, com estabelecimentos de regras e exigência, vamos conseguir ter uma melhor equipa faremos um trabalho com mais rigor e profissionalismo, com benefício para os utentes. Para que haja resultados tem de haver respeito, dedicação, profissionalismo”. Sílvia Labiza ENFERMEIRA VMER
“A recente solicitação de colaboração na escala desta VMER por parte da equipa de Enfermagem da VMER de Faro, a pronta resposta da mesma e em consequência a passagem a um regular funcionamento do contexto pré-hospitalar, assente em disponibilidade imediata e constante de toda a equipa, repôs a justiça e a "normalidade" na ação desta viatura médica. Ganhamos ainda diversidade de experiências pessoais e profissionais, pois a tipologia de trabalho desta viatura médica é bastante diversa da atualidade de Faro - a VMER de Albufeira tem uma área de influência sem ambulâncias SIV, o que diversifica o tipo de saídas e a maior distância das mesmas, estamos também mais distantes dos dois hospitais de referência, acrescentando exigência no acompanhamento das pessoas que assistimos”. Catarina Tavares ENFERMEIRA VMER
Nuno Ribeiro ENFERMEIRO VMER
nuno.ucinp@gmail.com PÁGINA
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MINUTO VMER
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Utilização das Sirenes
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UTILIZAÇÃO DAS SIRENES Já se questionaram porque é que os veículos de emergência emitem variados tipos de sons? Sabem para que servem?
Passamos a explicar:
Existem 3 tipos de sons básicos nos veículos de emergência, que podem ser diferentes mas com o mesmo propósito: - Um som de longo alcance, como o WAIL, que se utiliza em estrada aberta, em que a propagação do som é essencial para se ouvir à distância. - Um som de curta distância como o YELP, utilizado na aproximação a cruzamentos ou maior afluência de trafego e que dá a sensação de maior proximidade da viatura de emergência. - Um Som de Perigo, como o HORN, equivalente à buzina do carro que serve para uma chamada de atenção adicional.
É importante que os profissionais responsáveis pela utilização das sirenes as utilizem de forma criteriosa para que a população possa antecipar a chegada do veículo de emergência, abrindo caminho em segurança. Apesar de ouvirmos muitas vezes só o som do Horn já em cima dos cruzamentos, ou da fila de trânsito, esta não é a forma mais correta de utilizar as sirenes, provocando susto aos condutores que têm reações de desvio muitas das vezes pouco próprias à nossa trajetória. Os condutores devem saber que estamos a chegar perto deles.
Pedro Tiago Silva ENFERMEIRO VMER
pedrolopessilva@gmail.com
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RUBRICA PEDIÁTRICA
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Afogamento
O afogamento é uma das 10 principais causas de morte em pessoas entre os 1 e 24 anos em todas as regiões do mundo, ocupando o terceiro lugar no número de mortes de crianças abaixo dos 15 anos. Em todo o mundo os afogamentos, segundo dados da OMS, são a causa de 372 000 mortes por ano. O afogamento tem uma prevalência superior no sexo masculino (duas vezes mais comparativamente ao sexo feminino). Em Portugal, em 2013, perderam a vida por afogamento 110 pessoas, e destas 14% tinham até 24 anos. De realçar que até esta idade os afogamentos representam a segunda causa de morte a seguir aos acidentes rodoviários. Em 2012, até aos 4 anos metade das mortes em crianças, em Portugal, são por afogamento e 80% destes afogamentos ocorreram em piscinas, tanques e poços segundo a APSI (Associação para a Promoção de Segurança Infantil).
As mortes por afogamento podem ser evitadas, e sua prevenção é essencial, quer seja em praias, rios, ribeiras, lagoas, tanques, poços ou piscinas. A prevenção é assim o primeiro elo da cadeia de sobrevivência pediátrica.
Sempre que uma VMER é ativada para uma vítima de afogamento em contexto de reanimação, e obedecendo ao manual do INEM, dever-se-á abordar a vítima de igual modo seja para água doce ou salgada;
Ter em atenção sempre às condições de segurança;
A vítima deve ser retirada da água sempre com proteção cervical, exceto quando é estritamente necessário iniciar o SBV;
A abordagem da via aérea será com proteção cervical;
Ter em atenção que em cerca de 10% dos casos não há aspiração de fluidos, devido a laringospasmo.
Proceder à EOT o mais precocemente possível e ventilar com O2 a 100%, considerando a ventilação com CPAP/ PEEP, dado o risco de edema pulmonar.
Ter em atenção na palpação de pulso, que deve ser mais prolongada devido à possível hipotermia.
No SBV as compressões são condicionadas pela rigidez torácica;
Dever-se-á avaliar a temperatura central, com monitorização e tratamento de disritmias segundo protocolos standard.
A administração de fluidoterapia precoce é essencial devido à ausência de pressão hidrostática.
BIBLIOGRAFIA: INEM (2011). Manual de Suporte Avançado de Vida, Profissionais de Saúde. Lisboa: Direção dos Serviços de Formação https://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/ferias/afogamento.aspx, acedido 7 julho 2016, às 18h
Nuno Ribeiro ENFERMEIRO VMER
nuno.ucinp@gmail.com
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Colar cervical, um aliado ou um inimigo disfarçado? As lesões medulares por diversos tipos de trauma ocorrem em todo o mundo, sendo muitas vezes lesões ameaçadoras de vida, ou com impactos devastadores a longo prazo na independência, saúde e qualidade de vida. Desta forma a imobilização da coluna é, desde há décadas, estruturante no protocolo de abordagem à vítima de trauma, nos ambientes hospitalar e pré-hospitalar. Esta medida impera até aos dias de hoje pela premissa de que a imobilização previne uma futura deterioração neurológica na vítima já com suspeita de lesão vertebro-medular.
Fotografia: Bruno Santos (Médico VMER)
Nesta 1ª edição do JOURNAL CLUB, quisemos lançar uma questão algo polémica:
“Será que devemos imobilizar todas as vítimas com suspeita de lesão da medula espinhal?” Após uma pequena pesquisa de artigos científicos de referência nesta área, percebemos que a premissa: “É trauma, é para imobilizar!” está longe de ser a mais benéfica e adequada para todas as vitimas de trauma.
Hood e Considine (2015), numa revisão sistemática da literatura, com o objetivo de perceber os outcomes da abordagem convencional à vítima de trauma, referem que num total de 47 estudos, 15 apoiam a imobilização da coluna na abordagem a estes doentes, 13 são de conclusões neutras no que diz respeito aos outcomes neurológicos da imobilização e 19 opõem-se conclusivamente à imobilização sistemática e protocolada em todas as vitimas com suspeita de trauma medular. Os mesmos autores concluem ainda que a imobilização da coluna vertebral poderá causar complicações tais como: compromisso respiratório, aumento da pressão intracraniana e lesões por pressão, recomendando assim uma análise detalhada dos riscos versus benefícios da imobilização. Oteir et al (2015), também numa revisão sistemática, referem que a colocação do colar cervical poderá estar na origem do aumento das taxas de mortalidade no trauma, na dissimulação de lesões do pescoço, no aumento do tempo de permanência no local, é responsável pela deterioração neurológica e que a colocação deste dispositivo terá mínimo ou nenhum benefício no trauma penetrante. Ainda no mesmo estudo, os autores reportam, que à imobilização cervical, estão associadas maiores taxas de risco de necessidade de ressuscitação cardiorrespiratória à chegada ao serviço de urgência. Este facto é explicado pelos sinais clínicos escondidos ou mascarados pela colocação do colar, acesso bloqueado aos locais de lesões importantes e intubação traqueal dificultada. Cornah (2014), afirma que a prática corrente da imobilização da coluna vertebral parece basear-se predominantemente na prática histórica ao invés da evidência científica. Estas evidências mostram que é prática comum a imobilização de vitimas de trauma, apesar dos estudos demonstrarem que este benefício é limitado. A autora critica a decisão tomada pelo profissional para imobilizar a vitima, já que esta é baseada no medo de represálias, receio e prática ritualizada em vez de uma avaliação clínica detalhada ou em critérios definitivos. Critérios esses ainda por serem devidamente estabelecidos como por exemplo os critérios: Canada C-Spine rule (Cornah, 2014). Todos os artigos analisados são unânimes na sua conclusão: existe uma aparente falta de pesquisa rigorosa, tais como ensaios clínicos em grande escala, que mostre o efeito exato da imobilização pré-hospitalar da coluna vertebral sobre a mortalidade e lesão neurológica. As evidências examinadas nestas revisões não produzem uma descoberta conclusiva das melhores práticas. A prática de imobilização da coluna vertebral permanece controversa em relação aos seus possíveis benefícios ou prejuízos, em pacientes de trauma fechado.
Referências Bibliográficas: Cornah, J. (2014). What makes clinicians decide to use spinal immobilization - A review of the Literature. Journal of Paramedic Practice, 6(4), 174-178
Hood, N., & Considine, J. (2015) Spinal immobilisation in pre-hospital and emergency care: A systematic review of the literature. Australian Emergency Nursing Journal, 18, 118-137. (ISSN 1574-6267) Montgomery, N. & Goode, D. (2014) Managing patients with cervical spine Injury. Emergency Nurse, 22(2), 18 -22. Oteir, A. O., Smith, K., Stoelwinder, J. U., Middleton, J. & Jennings, P. A. (2015). Should suspected cervical spinal cord injury be immobilised?: A systematic review. Injury, 46, 528-535. (ISSN 0020-1383) Oto, B., Corey, D. J., Oswald, J., Sifford, D. & Walsh, B. (2015). Early Secondary Neurologic Deterioration After Blunt Spinal Trauma: A Review of the Literature. Official Journal of the Society for Academic Emergency Medicine, 22(10). (ISSN 1069-6563) Pedro Rodrigues Silva ENFERMEIRO VMER
pedro.mar.silva@gmail.com
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NÓS E OS OUTROS
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INTERVENIENTES N A ORLA MARÍTIMA
Fonte: www.pescamsintra.com
de julho, constitui a Autoridade Marítima (AM) como agente de proteção civil, sendo esta função exercida pela estrutura operacional da DireçãoGeral da Autoridade Marítima (DGAM) nos termos da lei, principalmente nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, incluindo a faixa litoral e suas lagoas, e alguns espaços interiores de Domínio Publico Hídrico.
De acordo com a Diretiva Operacional Nacional nº 1, de 5 de janeiro de 2010, da Autoridade Nacional de Proteção civil (ANPC), o Capitão do Porto, no âmbito das competências que a lei lhe confere, assume as funções de Comandante das Operações de Socorro (COS) em articulação estreita com os Comandantes Distritais de Operações de Socorro (CDOS), nos Distritos onde se insere a respetiva Capitania do Porto. Nesta função, o Capitão do Porto alberga ao mesmo tempo o papel de Comandante da Policia Marítima e Delegado do ISN (Instituto de Socorros a Náufragos) na aérea de jurisdição da respetiva Capitania e ainda coordena os vários agentes de proteção civil em operação de jurisdição Marítima, nomeadamente em situações de inundações, sinistros marítimos ou acidentes ambientais. O DecretoLei nº44/2002;Artigo 13º descreve as competências do Capitão de Porto.
espaços integrantes do Domínio Publico Marítimo, áreas portuárias, espaços balneares, águas interiores sob jurisdição da AM e demais espaços marítimos. Intervêm dando cumprimento às missões policiais e de proteção e socorro, em situação de emergência, dando de imediato conhecimento ao Capitão de Porto da área do sinistro. O agente da Policia Marítima no Teatro de Operações (TO) faz o ponto da situação inicial, monitoriza o desenrolar das operações para o respetivo Capitão de Porto que valida o acionamento de meios adequados. Paralelamente a PM pode cumprir um circuito judicial com intervenção se necessário das suas equipas de mergulho-forense. O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) é um organismo integrado na estrutura da DGAM com atribuições de direção técnica para as aéreas de salvamento marítimos, socorro a náufragos e assistência a banhistas. O dispositivo de salvamento marítimo nomeadamente no Algarve é constituído por estações de Salva-Vidas, embarcações cabinadas, semirrígidas, vários bodes e motas de água de salvamento marítimo distribuídas pelas várias estações.
salvamento pertencentes aos postos de praia que os concessionários devem instalar nas zonas de apoio balnear (artº8 da Lei nº44/2004 de 19 de agosto). Material e equipamentos complementares do posto de praia são adquiridos pelos concessionários: embarcações, motas de água, motas 4x4. Fonte: www.amn.pt
A Lei nº27/2006, Lei de Bases da Proteção Civil, de 3
A viatura SEAMASTER (4x4) tripulada por elementos sob a responsabilidade do ISN, devidamente equipadas com material de salvamento, é empregue em praias não vigiadas durante época balnear. Um Corpo de Bombeiros é uma unidade operacional tecnicamente organizada e preparada para o exercício de várias missões de socorro às populações em caso de: incêndios, desabamentos, abalroamentos, e, em todos os acidentes, catástrofes ou calamidade e o socorro a náufragos e buscas suba-
Os Nadadores Salvadores (NS) dão assistência aos banhistas e colaboram com a respetiva Capitania, com o ISN e com os agentes de Fonte:João Cláudio Guimar (pesquisa Google) Fonte:João Cláudio Guimar (pesquisa Google) autoridade ou outras entiquáticas. Como tal, colaboram nos salvamentos na dades, em acidentes no meio aquático. orla marítima com equipas específicas de SalvaSegundo a Lei nº68/2014 de 29 de agosto, nadador salva- mentos em Grande Ângulo, equipas específicas dor é a pessoa singular habilitada com o curso NS certifica- para atuação com embarcações pneumáticas, sedo ou reconhecido pelo ISN, para além dos conteúdos mirrígidas, motas de água e equipas de mergulhatécnicos profissionais específicos, informar, prevenir, socordores. rer e prestar suporte básico de vida em qualquer circuns-
Fonte: João Cláudio Guiomar
Fonte: www.jornaldascaldas.com
Em suma, a DGAM, através dos órgãos e serviços tância nas praias de banho, e, áreas concessionadas, em sob a sua dependência, contribui para a prevenção piscinas e outros locais que os concorde ocorrem práticas e resposta, em caso de necessidade, no que respei- aquáticas com obrigatoriedade de vigilância. ta a proteção civil, na qualidade de agente da proQuanto à abordagem das vítimas e avaliação teção civil, exercendo funções nos domínios do da situação, o primeiro passo em todas as aviso, do alerta, da intervenção, apoio e socorro. situações de prestação de cuidados de saúde é Fonte: oportodagraciosa.blogspt.com avaliar e assegurar as condições de segurança. Só depois se deverá iniciar os salvamentos.
Caso seja necessário, a colaboração da Autoridade Marítima Nacional é efetuada através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (Maritime Rescue Coordenation Center MRCC) que possibilita a ativação de meios aéreos ou marítimos para respetivos salvamentos no mar. Localmente é o Capitão de Porto que ativa os meios dentro da sua área de jurisdição e dá conhecimento ao MRCC. Fonte: Lusa/Carlos Barrosa
Fonte: António Cotrim/Lusa
O resgate efetuado pelo NS é dirigido para uma zona segura, onde posteriormente as vítimas são colocadas em condições de segurança, para o cumprimento de todos os elos da cadeia de sobrevivência em conjunto com vários intervenientes (Policia Marítima, GNR, Bombeiros e equipas pré-hospitalares, entre outros…). Em complemento, os nadadores salvadores podem aumentar as suas valências e capacidade de atuação utilizando motas de salvamento, embarcações e motas 4x4, frequentando formação adicional.
A Policia Marítima (PM) é o órgão que garante e Postos de praia e composição: é competência do fiscaliza o cumprimento das leis e regulamentos nos ISN definir as especificações técnicas do material de
Todo o equipamento de salvamento requer por parte de cada operador de qualquer agente de proteção civil um constante treino e uma utilização coerente e sustentada. A frequente realização de simulacros envolvendo varias entidades em diferentes locais no Algarve aumenta a capacidade de resposta numa região cada vez mais procurada. Perante o perigo iminente de um incidente e/ou acidentes, a avaliação da ocorrência, bem como um entendimento circunstancial da mesma, é essencial para o sucesso das operações de salvamento, assim como um plano de comunicações eficaz no TO. Devem em todas as circunstâncias os operacionais de salvamento e o coordenador, ter sempre presentes os riscos dos processos envolvidos. Desta forma o individuo responsável pelas operações de salvamento (Capitão de Porto) deve considerar todos os equipamentos (métodos), operados pelas equipas de salvamento disponíveis (Nadadores-salvadores, estação salva-vidas, Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM, Marinha, Força Aérea Portuguesa, ente outros) de uma forma racional e sustentada do custo, considerando a eficiência e a eficácia das operações de todas as partes envolvidas, primando pela qualidade do salvamento, na área de jurisdição da respetiva capitania.
João Cláudio Guiomar – ENFERMEIRO VMER joao.guiomar@chalgarve.min-saude.pt
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LEGISLAÇÃO
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Transporte regional do Doente Crítico (TrDC)
Fonte: http://www.tecnologia.com.pt/wp-content/uploads/2012/06/diario-da-republica.jpg
Despacho n.º 5058-D/2016 Em 2014, através do Despacho n.º 10109 o INEM, I. P., assume a responsabilidade do Transporte regional do Doente Crítico (TrDC), nomeadamente por recurso à utilização das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e das Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV). Volvidos quase dois anos da publicação do referido Despacho sem que tenha sido operacionalizado o TrDC, resolveu o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde refletir sobre a adequação de uma resposta integrada de prestação de cuidados neste âmbito e assim determinou que:
1 - O transporte integrado de doente crítico é assegurado no âmbito do SIEM, pelos meios já existentes nos estabelecimentos hospitalares ou com recurso aos meios de emergência médica do INEM, I.P. em articulação com os estabelecimentos hospitalares, sob coordenação dos CODU. 2 - O transporte integrado de doente crítico tem como objetivo assegurar o transporte inter-hospitalar destes doentes, apoiando os estabelecimentos hospitalares do SNS, em complementaridade e articulação, com os Serviços de Urgência e Unidades de Cuidados Intensivos. 3 - Para efeitos do referido em 1, e sempre que clinicamente necessário, o estabelecimento hospitalar deve disponibilizar uma equipa clínica (médico e enfermeiro) da sua unidade para acompanhar os meios do INEM, I.P., no transporte.
4 - Em situações excecionais devidamente fundamentadas, por superior interesse do doente, e em que o recurso a uma VMER não comprometa a assistência pré-hospitalar diferenciada, designadamente por existirem alternativas na área, pode o transporte referido em 1 ser acompanhado por uma VMER, por decisão do CODU. Diário da República, 2.ª série - N.º 72 13 de abril de 2016, pg 12164
Da leitura deste despacho se depreende que a ativação de uma VMER para o transporte inter-hospitalar deverá ser a exceção e não a regra.
Ana Agostinho ENFERMEIRA VMER
aiagostinho@chalgarve.min-saude.pt
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O QUE FAZER EM CASO DE...
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CHAMADA 112 Imagine que se depara com uma situação de uma ou mais vítimas de doença súbita ou de trauma?
Qual é o número que me permite ativar os serviços de emergência? Éo
112
* Número Europeu de Emergência. GRÁTIS e funciona mesmo sem rede.
Após este circuito e de fornecer todas as informações detalhadas ao operador do CODU (INEM), chega a vez de ajudar a VIATURA MÉDICA DE EMERGÊNCIA E REANIMAÇÃO (VMER) e/ou outras Equipa de emergência pré-hospitalar…
André Abílio Rodrigues ENFERMEIRO VMER
andre.abilio44@gmail.com Pedro Oliveira e Silva MÉDICO VMER
pedmsilva@gmail.com
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TESOURINHO
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VMERISTA
Era uma tarde como qualquer
À chegada, novos esclarecimentos
outra, até que chegou o sinal
sobre a situação foram conhecidos,
sonoro, informando de saída e com
o jovem estaria com a companheira
ele o alerta de jovem masculino
e sofreria um trauma provocado
com alteração de estado de
pela mesma inadvertidamente. Esse
consciência.
mesmo trauma provocou a
Em marcha de emergência, a
hemorragia, o que resultou numa
equipa dirigiu-se ao local,
síncope como reação vagal.
recebendo, antecipadamente
Um final feliz e como o diagnóstico
informações adicionais que o jovem
de:
sofreria de hemorragia não
Hemorragia peniana por mordedura!
controlável e que seria esse o motivo pelo seu estado de saúde. Pedro Oliveira e Silva Médico VMER pedmsilva@gmail.com
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CONGRESSOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
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AGOSTO A OUTUBRO DE 2016
CONGRESO INTERNACIONAL DE HEMOSTASIA Y TROMBOSIS 11 a 13 de agosto de 2016 Cancun, México
II CONGRESSO NACIONAL DE URGÊNCIA 1 e 2 de outubro Braga, Portugal
2016 EUROPEAN CONGRESS ON EMERGENCY MEDICINE 1 a 5 de outubro de 2016 Vienna, Austria
XI CONGRESO NACIONAL DE ANESTESIA Y REANIMACIÓN PEDIÁTRICA 20 a 22 de outubro de 2016
Madrid, Espanha
STATUS 5 | TRAUMA, EMERGÊNCIA, REANIMAÇÃO – O ESTADO DA ARTE! 28 a 29 de outubro de 2016 Faculdade de Medicina Dentária, Lisboa, Portugal
Pedro Oliveira e Silva Médico VMER pedmsilva@gmail.com
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NOTÍCIAS DA EMERGÊNCIA NO ALGARVE
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MAIO, JUNHO E JULHO
II JORNADAS DE EMERGÊNCIA DO ALGARVE No dia 7 de Maio de 2016 decorreram em Portimão as II Jornadas de Emergência do Algarve, que trouxeram algumas perspetivas recentes na emergência pré – hospitalar. Foram abordados múltiplos temas, com destaque para as vias verdes de trauma, sépsis e coronária e as novas guidelines (2015) do SBV e SAV.
IV CAMPEONATO NACIONAL DE SALVAMENTO E DESENCARCERAMENTO
FOTO: Antonino Costa (Enfermeiro VMER)
Realizou-se em São Brás de Alportel entre os dias 09 e 12 de Junho 2016, o IV Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarceramento, evento promovido pela Associação Nacional de Salvamento e Desencarceramento (ANSD) com o apoio da Associação e Corpo de Bombeiros Voluntários São Brás de Alportel, Câmara Municipal e Junta de Freguesia de São Brás de Alportel. Participaram no Campeonato 14 equipas oriundas de Corpos de Bombeiros de todo o país.
Classificação final: 1º Classificado - Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa; 2º Classificado - Bombeiros Municipais da Figueira da Foz; 3º Classificado - Bombeiros Voluntários de Cacilhas; 4º Classificado - Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel.
Todas as equipas realizaram 2 tipos de provas distintas: a MANOBRA STANDARD que consiste no resgate de uma (1) vítima no período de 20 minutos, e MANOBRA COMPLEXA que consiste no resgate de duas (2) vítimas no período de 30 minutos. * Em ambas as provas têm de ser cumpridos todos os protocolos de atuação em vigor. As quatro primeiras equipas representarão Portugal no World Rescue Challenge 2016, que se realiza no próximo mês de Outubro, na cidade Curitiba, no Brasil.
FORMAÇÃO SIOS/SGO
FOTO: Antonino Costa (Enfermeiro VMER)
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro realizou no dia 12 de julho uma ação de formação, no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Socorro e respetivo Sistema de Gestão de Operações, dirigida aos Capitães de Porto e 2.ºs Comandantes da Policia Marítima do Departamento Marítimo do Sul. A ação de formação teve uma parte teórica, a qual decorreu nas instalações do Comando da Zona Marítima do Sul, em Faro, e uma componente prática que decorreu no edifício de apoio à Base de Helicópteros em Serviço Permanente (BHSP), em Loulé. Antonino Costa ENFERMEIRO VMER
antonino-costa@hotmail.com
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LINK´S
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SITES DE EMERGÊNCIA
PREHOSPITAL EMERGENCY CARE http://naemsp.org/Pages/pecjournal.aspx O link permite acesso ao jornal do site oficial da Academia Americana de Médicos de Emergência, resultante da produção científica de várias associações nacionais de profissionais da emergência. Apresenta em arquivo o conteúdo de todas as revistas publicadas, com acesso a todos os resumos, e permitindo também o acesso gratuíto à versão completa de alguns artigos.
TRAUMA .ORG http://trauma.org/ É um site inglês que fornece informação muito relevante na área do trauma e ambiente crítico. Os materiais educativos são apresentados em vários formatos, tanto no domínio teórico, com uma listagem de temas para consulta, incluindo artigos científicos e casos clínicos, mas também no domínio prático, com possibilidade de simulação de casos clínicos ("moulage").
RESUS.ME - RESUSCITATION MEDICINE EDUCATION http://resus.me/ É um blog que reúne uma incrível coleção de artigos e vídeos atualizados na área da medicina de emergência, emergência pré-hospitalar, cuidados intensivos e ressuscitação.
EUROPEAN JOURNAL OF TRAUMA AND EMERGENCY SURGERY http://link.springer.com/journal/68 Este link dá acesso à Publicação oficial da Sociedade Europeia do Trauma e Cirurgia de Emergência. Permite o acesso a material de grande relevância científica na área da Traumatologia, com alguns conteúdos gratuitos, incluindo estudos científicos e documentos originais no domínio diagnóstico e terapêutico.
Bruno Santos COORDENADOR MÉDICO das VMER
bsantos@chalgarve.min-saude.pt
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BEST APPS
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APLICAÇÕES DE EMERGÊ NCIA
GPAC—Geertshuis Calculator Anestesia Pediátrica GPAC facilita os cálculos em situações pediátricas, quer nas drogas e fluidos, quer nos adjuvantes de suporte avançado de vida (SAV) como a carga de desfibrilhação, numero de TET e profundidade do mesmo. * A Calculadora Pediatric Anesthesia simples não se destina para uso com recém-nascidos). Os cálculos são medidos utilizando o sistema métrico e baseiam-se no peso, que é calculado ou inputed em quilogramas. [ A função de conversão Libras por kg a função está disponível na tela de entrada].
BHF — British Heart Foundation PocketCPR É uma aplicação que ensina e explica como reanimar em tempo real, auxiliando o leigo a efetuar reanimação corretamente, caso se depare com uma paragem cardio-respiratória (PCR). A Calculadora da British Heart Foundation— PocketCPR, fornece feedback e instruções em TEMPO REAL (on Hands-only CPR) que habilita qualquer um a aprender e praticar reanimação cardio-respiratória, para que possam estar prontos quando os segundos realmente contam.
Pedro Tiago Silva ENFERMEIRO VMER pedrolopessilva@gmail.com
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FRASES MEMORÁVEIS
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In Diário de Notícias on-line, a 20 de Junho de 2016:
"Já avisei a minha família de que só volto no dia 11 (de Julho) e serei recebido em festa." Fernando Santos EURO 2016 (FRANÇA)
SELECCIONADOR NACIONAL DE FUTEBOL
"ATÉ AO PRÓXIMO NÚMERO..."
“ Na próxima edição da Newsletter LifeSaving mais temas serão refletidos, surgirão novos desafios para os Editores... e contaremos com o imprescindível contributo dos Colaboradores selecionados.
Lançamos igualmente um desafio aos nossos leitores, para que nos enviem todos os comentários e sugestões sobre os conteúdos apresentados neste número da Newsletter, bem como de outras temáticas que julguem relevantes para discussão em edições futuras. Valorizaremos todo o espírito crítico e criativo, que sabemos estar muitas vezes latente e aguardando oportunidade de expressão. Toda a Equipa de Editores fica também disponível para dúvidas e esclarecimentos adicionais, que deverão ser remetidos para os respectivos endereços email disponibilizados. * As cartas ao Editor poderão mesmo vir a ser seleccionadas para publicação, caso se considere pertinente a sua difusão. Saudações VMERistas”.
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