Indice
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FICHA TÉCNICA DIRETOR E EDITOR-CHEFE Bruno Santos CO-EDITOR-CHEFE Pedro Lopes Silva EDITORES ASSOCIADOS MINUTO VMER Isabel Rodrigues
EDITORIAL Caríssimos leitores, Apresentamos-vos a 26ª edição da Revista LIFESAVING, uma edição multitemática, dando lugar a algumas novidades.
PÓSTER CIENTÍFICO Ana Isabel Rodrigues André Abílio Rodrigues Catarina Jorge Solange Mega
Neste número centramos a atenção no tema da nossa capa, e na rubrica Cuidar de nós,
NÓS POR CÁ Catarina Tavares Monique Pais Cabrita
imprescindível cuidar a nossa saúde também, para não termos de ser cuidados.
FÁRMACO REVISITADO Catarina Monteiro
Na rubrica Journal Club apresentamos um comentário ao artigo “Accuracy of Triage
JOURNAL CLUB Ana Rita Clara O QUE FAZER EM CASO DE André Abílio Rodrigues CUIDAR DE NÓS Sílvia Labiza EMERGÊNCIA INTERNACIONAL Eva Motero Rúben Santos ÉTICA E DEONTOLOGIA Teresa Salero LEGISLAÇÃO Ana Agostinho Isa Orge CARTAS AO EDITOR Catarina Jorge Júlio Ricardo Soares TERTÚLIA VMERISTA Nuno Ribeiro MITOS URBANOS Christian Chauvin VOZES DA EMERGÊNCIA Ana Vieira Rita Penisga Solange Mega
em que se aborda a cessação tabágica em profissionais de saúde. Cada vez mais, com os níveis de trabalho e stress a que estamos diariamente sujeitos, torna-se
Systems in Disasters and Mass Casualty Incidents; a Systematic Review”, uma revisão sistemática da literatura sobre a eficácia dos sistemas de triagem em catástrofe. Apresentamos ainda um trabalho sobre transfusão de hemoderivados no pré-hospitalar, na nossa nova rubrica Póster científico. E na rubrica fármaco revisitado relembramos a alteplase, utilizada no tratamento trombolítico. Na nossa tertúlia vmerista, o Enf Nuno Ribeiro convida-nos a explorar os sentimentos após uma PCR recuperada. Sem dúvida um exercício que nos faz lembrar a razão primordial pela qual estamos nesta função de tentar salvar vidas. Mantendo a linha de relembrar aquilo que é básico e fundamental, apresentamos, na rubrica “O que fazer em caso de”, o Algoritmo de Obstrução da via aérea no bebé. Como novidade nesta edição, estreamos a rúbrica, "LIFESAVING - sugestões de leitura". Um espaço para divulgação de artigos científicos de interesse para a comunidade pré-hospitalar.
UM PEDACINHO DE NÓS Ana Rodrigues Teresa Castro
Noticiamos ainda vários Eventos na rubrica “Nós Por Cá”, relembrando, em destaque, o 6º
TESOURINHOS VMERISTAS Pedro Oliveira Silva
regresso às apresentações presenciais, que têm sido impedidas pelos tempos pandémicos.
CONGRESSOS VIRTUAIS Pedro Oliveira Silva INSTANTÂNEOS EM EMERGÊNCIA MÉDICA Solange Mega Teresa Mota BEST SITES Bruno Santos Pedro Rodrigues Silva
aniversário do Projeto LIFESAVING, celebrado na FNAC de Faro, e recheado de emoção pelo
Espero que desfrutem desta edição Bem hajam.
Pedro Lopes Silva
BEST APPS Pedro Lopes Silva
CO-EDITOR-CHEFE Enfermeiro VMER pgsilva@chalgarve.min-saude.pt
SUGESTÕES DE LEITURA André Abílio Rodrigues ILUSTRAÇÕES João Paiva
Momentos de inspiração
FOTOGRAFIA Pedro Rodrigues Silva Maria Luísa Melão Solange Mega
"We need to do a better job of putting ourselves higher on our own 'to-do' list."
AUDIOVISUAL Pedro Lopes Silva
Michelle LaVaughn Robinson Obama
DESIGN Luis Gonçalves (ABC)
Advogada e esposa do 44º Presidente dos EUA
PARCERIAS
Periodicidade Trimestral
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Linguagem Português ISSN 2184-1411 2
Propriedade: CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DO ALGARVE Morada da Sede: Rua Leão Penedo. 8000-386 Faro Telefone: 289 891 100 | NIPC 510 745 997
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4
ÍNDICE JOURNAL CLUB
08
Accuracy of Triage Systems in Disasters and Mass Casualty Incidents; a Systematic Review
18
ALTEPLASE
24
Obstrução da Via Aérea em latentes (idade Pediátrica < 1 ano)
30 34 36 40 44 46
O QUE FAZER EM CASO DE...
CUIDAR DE NÓS
DEIXAR DE FUMAR UMA DECISÃO CONSCIENTE POSTER CIENTÍFICO
TRANSFUSÃO DE HEMODERIVADOS NO PRÉ-HOSPITALAR SALVA VIDAS? NÓS POR CÁ
EVENTO DE ANIVERSARIO NA FNAC DE FARO. SESSÃO À COMUNIDADE: "AGIR EM EMERGÊNCIA" NÓS POR CÁ
UNIDADE MÉDICA DE AGUDOS DE PORTIMÃO NÓS POR CÁ
“ECOGRAFIA CLÍNICA NO PRÉ-HOSPITALAR” FORMAÇÃO CONTÍNUA DAS EQUIPAS DAS VMER DO ALGARVE TERTÚLIA VMERISTA
“QUAL O TEU SENTIMENTO APÓS UMA PCR RECUPERADA?" UM PEDACINHO DE NÓS
Monica Fonseca
50
TESOURINHO VMERISTA
50
CONGRESSOS E CURSOS
51
FRASE MEMORÁVEL
52
SUGESTÕES DE LEITURA
56
BEST SITES
57
BEST APPS
58
PÁGINAS ABC
64
PÁGINAS APEMERG
66
CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO
70
ESTATUTO EDITORIAL
5
Indice
26
FÁRMACO REVISITADO
Indice
6
Indice
7
Indice
8
JOURNAL CLUB
JOURNAL CLUB
Ricardo das Dores1 Enfermeiro / Universidad de Huelva
INTRODUÇÃO
triagem com base na faixa etária, causa
comparação com seu nível real de
A triagem, de origem francesa (Trier),
da lesão, área geográfica e outras
gravidade. Na sobretriagem, a vítima
significa priorização e serve para
características das pessoas afectadas .
recebe um serviço que não precisa,
classificar pessoas afetadas em
Os mais comuns são Simple Triage and
resultando em desperdício de tempo e
emergências e desastres. Essa
Rapid Treatment (START), Modified
recursos verificando-se o oposto na
classificação leva a uma adequação na
Simple Triage Algorithm and Rapid
subtriagem com possível impacto no
gestão dos serviços e optimização dos
Treatment (mSTART), Sort, Assess,
outcome de sobrevida da vítima.
recursos disponíveis . Um sistema de
Lifesaving interventions, Treatment/
A ausência de consenso sobre qual o
triagem é considerado óptimo, quando
Transpor (SALT), SMART, Care Flight,
sistema de triagem mais completo
identifica vítimas de trauma que
Amberg-Schwandorf Algorithm for
permite que, na tentativa de perceber a
necessitam de atendimento imediato e
Primary Triage (ASAV), Modified
eficácia e utilizações adequadas, sejam
permite o acesso a meios de
Physiological Triage Tool (MPTT), Sieve
utilizadas medidas diversas para apurar
diagnóstico e terapêuticas de forma
e Emergency Severity Index (ESI).
e comparar a sensibilidade,
atempada com o objectivo de
Estes sistemas de triagem são
especificidade, valor preditivo positivo e
aumentar a sobrevida .
progressivamente mais utilizados sem
negativo e a capacidade de sobre e
A utilização do sistema de triagem para
que exista consenso na utilização de
subtriagem. A existência de múltiplos
vítimas decorrentes de emergências
um único sistema. Cada país ou região
estudos que comparam apenas alguns
que afectem um grande número de
do mundo utiliza um sistema diferente
dos sistemas de triagem
pessoas é considerada uma medida
de triagem com base nas suas próprias
supramencionados entre si são
necessária através da qual se pode
necessidades e características
sobejamente conhecidos. Contudo,
garantir o atendimento adequado à
específicas.
estes estudos não abarcam a
saúde e a sobrevivência das vitímas.
A sobretriagem categoriza as vítimas
totalidade dos sistemas em utilização.
Actualmente, para priorizar as vítimas,
nas classes mais altas e a subtriagem
Assim, o estudo que abordamos tem
são aplicados diferentes sistemas de
nas classes mais baixas em
como objetivo avaliar e comparar a
1
2,3
4,5
1
9
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1
Figura 1. Sistema de triagem START, adaptado de Bazyar J, et al.7
eficácia dos indicadores de todos os
valores preditivos OR over triage OR
priorização e nas etiquetas atribuídas
sistemas de triagem através de uma
under triage.
aos doentes foi avaliada a
revisão sistemática da literatura.
A qualidade dos artigos foi avaliada
sensibilidade, a especificidade e os
MÉTODOS
por meio da checklist da Newcastle
valores preditivos positivos e
Os autores apresentam uma revisão
Ottawa Scale (NOS). Esta lista de
negativos cujos valores são 80%, 55%,
sistemática da literatura sobre a
verificação inclui 8 itens, cada um
72,4% e 79,2% para a cor verde (lesão
eficácia de todos os sistemas de
variando de 0 a 1. As pontuações entre
ligeira), respectivamente. Cor amarela:
triagem utilizados. Foram incluídos
0 a 5, 6-7 e 8 representam baixa, média
0%, 76,8%, 0% e 93,6%. Cor vermelha:
todos os artigos publicados desde o
e alta qualidade, respectivamente. A
13,8%, 93%, 44,4% e 72,5%; Cor preta
início de 2000 até o final de 2019
pontuação mais baixa aceitável para
(falecido): 50%, 100%, 100% e 96,9%.
após uma pesquisa em diversas
entrar no estudo foi 5 .
Noutro estudo - CA Kahn et al. -
6
incluiram 148 vímitas de acidentes
bases de dados: Medlib, Scopus, Web of Science, PubMed, Cochrane Library,
RESULTADOS
ferroviários. Os autores reportam que
Science Direct e Google scholar.
Foram incluídos 13 artigos publicados
o grau de sensibilidade e
Foram incluídos todos os artigos
entre 2000 e 2021 que avaliavam a
especificidade da triagem foi
relacionados com temática médica
eficácia dos sistemas de triagem.
igualmente de 90%, e a eficácia de priorização dos doentes
Indice
(MeSH) e palavras-chave, incluindo sistemas de triagem, sensibilidade,
A. Sistema de triagem START
traumatizados foi de 44,6%. Além
especificidade, valores preditivos,
No estudo realizado por Mary Colleen
disso, 79 (53%) e 3 (2%) casos foram
sobretriagem, subtriagem, desastres
Bhalla et al. em 100 vítimas dos 17
submetidos à sobretriagem e
e incidentes com vítimas em massa
aos 92 anos, a sensibilidade e
subtriagem, respectivamente. Neste
(MCIs). A pesquisa utilizou a seguinte
especificidade para eficácia da
estudo, com base na prioridade
combinação de termos de pesquisa:
triagem foram de 55% e 85%,
atribuída aos acidentados, a
Triage systems OR desastre OR mass
respectivamente, e o nível de
sensibilidade, especificidade, valor
casualty incidents AND acurácia OR
sobretriagem - 12%; e subtriagem
preditivo positivo e negativo foram
sensibilidade OR especificidade OR
- 33%. Adicionalmente e com base na
45,8%, 89,3%, 94,8% e 27,8% para a
10
JOURNAL CLUB
prioridade verde, 39,1%, 11,9%, 13,2% , e 36,4% para a prioridade amarela e 100%, 77,3%, 9,1% e 100% para a prioridade vermelha. Noutro estudo conduzido por Alan Garner et al. em 1.144 pessoas que sofreram lesões devido a várias causas, incluindo acidentes de trânsito, acidentes industriais, desportivos, queimaduras, etc., a sensibilidade desse método foi de 85% e o nível de especificidade de 86% para o método de triagem START. Wallis et al., relatam para o sistema START uma sensibilidade e especificidade estimadas em 39,2% e 78,7%, respectivamente; já McKee et al. reportam apenas uma taxa de triagem correcta em 36% das vítimas, sobretriagem de 7,2% e subtriagem de 56,8%28. No estudo realizado por France et al., os resultados mostraram que a proporção de doentes corretamente Figura 2. Sistema de triagem mSTART, adaptado de Bazyar J, et al.7
triados pelo START variou de 0,27 a 0,99 com uma eficácia geral de triagem de 0,73 (IC 95%, 0,67 a 0,78). A proporção de sobretriagem foi de 0,14 (IC 95%, 0,11 a 0,17), enquanto a proporção de subtriagem foi de 0,10 (IC 95%, 0,072 a 0,14). B. Sistema de triagem mSTART Em Garner et al., estudo conduzido na Austrália, 1.144 vítimas de incidentes de trânsito, industriais, desportivos, queimaduras, etc., foram abordadas pelo sistema de triagem mSTART, onde a sensibilidade e especificidade foram estimadas em 84% e 91%, respectivamente. O estudo de Philipp Wolf et al. utilizou o sistema de triagem mSTART para priorizar 780 doentes. A sensibilidade e especificidade desse método foram
11
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Figura 3. Sistema de triagem SALT, adaptado de Bazyar J, et al.7
amarela (atrasada), 7,20%, 93%, 54,5% e 74,2% para a cor vermelha (imediata) e 50%, 100%, 100% e 9,96% para a cor preta (falecido). Em Cone DC et al. com 547 vítimas de acidentes de trânsito rodoviário, o sistema de triagem SALT foi utilizado para priorizar as vítimas. Neste estudo, a eficácia geral da triagem foi de 70%. A sobretriagem e a subtriagem foram de 6,8% e 23,2%. O estudo conduzido no Alabama - Jones et al. (2014) - onde os autores investigaram a precisão do sistema de triagem SALT foi apurado que a precisão, sobre-triagem e subtriagem são de 66%, 22% e 10%, Figura 4. Sistema de triagem Smart, adaptado de Bazyar J, et al.7
respectivamente. D. Sistema de triagem Smart Em Cone DC et al., a eficácia do sistema Smart foi de 93%. As taxas de sobretriagem e subtriagem foram de 1,8% e 5,1%, respectivamente. E. Sistema de triagem CareFlight No estudo de Garner et al., para 1.144 vítimas de acidentes de trânsito, industriais, desportivos, queimados, etc, o sistema de triagem Careflight apresentou sensibilidade e especificidade de 82% e 96%.
Figura 5. Sistema de triagem Careflight, adaptado de Bazyar J, et al.7
de 88,2% e 93,9%. Adicionalmente a
pelo sistema de triagem SALT
eficácia da priorização dos doentes
apuraram a sensibilidade 65% e
foi de 84,8% e os níveis de
especificidade de 88,3%. Neste
sobretriagem e subtriagem foram de
estudo, a sobretriagem e a
3,8% e 6,8%. Vale salientar que a
subtriagem foram de 5% e 30%,
duração média da triagem foi de 41
respectivamente. Além disso, com
segundos para cada vítima.
base na priorização dos doentes, a
Indice
sensibilidade, a especificidade e os C. Sistema de triagem SALT
valores preditivos positivos e
No estudo de Mary Colleen Bhalla et
negativos foram 91,7%, 47,5%, 72,4%
al. com 100 vítimas de acidentes e
e 79,2% para a cor verde (lesão leve),
emergências que foram avaliados
20%, 93 %, 54,5% e 74,2% para a cor
12
Wallis e Carley, calcularam uma sensibilidade 98,9% e especificidade de 39,2% para o mesmo sistema de triagem. McKee et al, determinaram em 125 vítimas, uma taxa de triagem correcta de 36%, a sobretriagem de 5,6% e a subtriagem de 57,6%. F. Sistema de triagem ASAV Em Philipp Wolf et al., foram priorizadas 780 vítimas utilizando o sistema de triagem ASAV, apresentando uma sensibilidade e especificidade de 87,4% e 91%,
JOURNAL CLUB
respectivamente. Além disso, a eficácica geral da priorização de vítimas foi de 83,9%. As taxas de sobretriagem 4,6% e subtriagem 9,7%. Nesse método, o tempo médio necessário para a triagem de cada acidentado foi de 35,4 segundos. G. Sistema de triagem MPTT Em James Vassallo et al., foi usado o sistema MPTT em 5.654 vítimas maiores de 18 anos. Os níveis de sensibilidade e especificidade do sistema de triagem MPTT foram de 69,9% e 65,3%, respectivamente . H. Sistema de triagem Sieve Em Alan Garner et al. o sistema de triagem Sieve apresentou sensibilidade e especificidade estimadas em 45% e 88%. Em McKee Figura 6. Sistema de triagem ASAV, adaptado de Bazyar J, et al.7
et al., a taxa de triagem correta foi de 36,8%, sobretriagem de 6,4% e subtriagem de 57,6% (28). I. Sistema de triagem de ESI No estudo realizado por Kariman et al., o sistema ESI foi utilizado em 1.050 doentes, apresentando a sensibilidade e especificidade da priorização dos doentes de 100% e 99,8% no nível 1; 53,2% e 97,5% no nível 2; 90,7% e 93,7% no nível 3; 67,1% e 98,3% no nível 4; e 98% e 94% no nível 5. Em Buschhorn BH et al. para 150 doentes, as medidas avaliadas foram a sensibilidade, a especificidade e a precisão geral de priorizar as vítimas. Assim: no nível um - 0%, 97,3% e 94,7%; no nível dois - 57,1%, 84,9% e 69,3%; no nível três - 67,9%, 68,1% , e 68%; no nível 4 - 33,3%, 93,1% e 90,1%. No nível 5, estimou-se apenas o valor de especificidade, que foi igual a 96%. Platts-Mills TF et al. reportaram uma
13
Indice
Figura 7. Sistema de triagem MPTT, adaptado de Bazyar J, et al.7
Outros fatores que afectam o nível de sobretriagem e subtriagem incluem o tipo e a localização do acidente e o tipo de lesão. O mecanismo da lesão, afecta a gravidade das lesões. Quanto ao tipo de lesão, se o acidente causar lesão interna - e.g. hemorragia interna ou ruptura de fígado ou baço aumenta a dificuldade na identificação precoce de tais lesões por meio de achados anatómicos ou fisiológicos. Assim, a vítima poderá ser colocada na categoria errada. O local do evento também afecta a quantidade de sobretriagem e subtriagem. Em locais urbanos, devido à disponibilidade de equipamentos e serviços médicos avançados para detecção de lesões, as taxas de sobre e subtriagem diminuem, enquanto que nas localidades rurais e remotas, existe um aumento das taxas de sobre e subtriagem. Em geral, o tempo e a Figura 8. Sistema de triagem Sieve, adaptado de Bazyar J, et al.7
sensibilidade e especificidade de
do risco de vida e diminuição da
42,3% e 99,2% para 782 vítimas
sobrevida das vítimas são: o grande
avaliadas pelo sistema de triagem
número de vítimas, os recursos
ESI. A eficácia geral da priorização do
físicos e humanos limitados (por
doente foi de 40% em todos os
exemplo, poucos profissionais de
doentes e 85% no primeiro nível.
saúde e equipamentos médicos), a
Os autores apresentaram a eficácia
necessidade urgente de serviços
geral dos sistemas de triagem através
médicos e o atraso no acesso a
da tabela 1.
cuidados e prestação de serviços de
Indice
saúde complexos. DISCUSSÃO
A sobretriagem e a subtriagem são
Em cenários de acidentes multi-
influenciados por outro tipod e
vítimas as variáveis presentes
factores como o conhecimento e/ou
contribuem para o aumento do risco
experiência como um factor
de vida das vítimas e representam um
importante de subtriagem. A
desafio relevante para os
exposição ao stress ambiental e
profissionais de saúde. As variáveis
contextual do cenário é menor para o
que mais contribuem para o aumento
profissional que executa a triagem.
14
quantidade de acesso a equipamentos médicos especializados, principalmente na re-triagem, afectam a sobretriagem e a subtriagem. Quando ocorre um incidente na área urbana, como a vítima entra rapidamente no sistema de emergência especializado e é avaliado de forma célere tende a ser menos afectado pela mudança no nível de triagem. No entanto, quando o doente está longe de um centro especializado pode não receber o tratamento adequado e célere. Por fim, podemos afirmar que um sistema de triagem de qualidade deve apresentar uma elevada eficácia com o menor nível de sobretriagem e subtriagem. Uma possível solução para aumentar a precisão dos
JOURNAL CLUB
sensibilidade indica a classificação precisa da vítima e a especificidade indica a classificação das pessoas saudáveis na categoria correcta ambas intimamente relacionadas com o nível de sobretriagem e subtriagem. Um sistema de triagem adequado possui um nível de eficácia aceitável e consegue priorizar as vítimas na ordem correcta. O tempo de actuação é precioso em caso de cenários multi-vítimas. Outro dos fatores que causa discrepâncias nos indicadores de avaliação dos sistemas é se determinada ferramenta do sistema de triagem foi projetada para condições de desastre/multi-vítimas ou condições de rotina. Na triagem START, o índice de frequência respiratória e cardíaca não têm intervalo, mas na triagem Sieve e Sort, há um intervalo específico a ser equacionado. Além disso, na triagem START, o índice de vítima que deambula não possui classificação e avalia apenas a capacidade de andar ou não andar enquanto que na ferramenta Sieve esse indicador
sistemas de triagem é aumentar o
através dos seguintes indicadores:
número de etapas de retriagem. Este
sensibilidade, especificidade, valores
aumento de estações de retriagem
preditivos positivos e negativos,
pode reduzir a sobretriagem e,
eficácia global, sobretriagem e
subsequentemente, aumentar a
subtriagem. Sempre que os sistemas
precisão da triagem.
de triagem estiverem a funcionar
Os sistemas de triagem em diferentes
adequadamente as taxas de
condições não utilizam os mesmos
sobretriagem e subtriagem são
padrões de unidade, o que leva à
tendencialmente mais baixas; no
obtenção de diferentes niveís de
entanto, algumas referências
eficácia.
mencionaram que até 50% de
A determinação da eficácia dos
sobretriagem é aceitável e a
sistemas de triagem é realizada
subtriagem deve ser inferior a 5%. A
possui três faixas. LIMITAÇÕES Algumas limitações foram determinadas na realização desta pesquisa: 1.
Os estudos foram conduzidos em anos diferentes.
2.
Não são homogéneos, pois avaliaram populações com diferentes faixas etárias.
3.
Foram realizados em vítimas expostas a variados incidentes.
4.
Nem todos os sistemas de triagem são avaliados através de
15
Indice
Figura 9. Sistema de triagem ESI, adaptado de Bazyar J, et al.7
Indice
16
JOURNAL CLUB
Tabela 1. Eficácia geral dos diferentes sistemas de triagem, adaptado de Bazyar J, et al.8
5.
6.
7.
uma única metodologia.
entre por forma a evitar o desperdício
Os estudos não compararam
de recursos humanos e físicos com
Systems in Mass Casualty Incidents and
todos os indicadores de eficácia
consequente impacto na sobrevida
Disasters: A Review Study with A Worldwide
com todos os sistemas.
das vítimas
Approach. Open Access Maced J Med Sci. Feb
Não conseguiram realizar
Bazyar J, Farrokhi M, Khankeh H. (2019) Triage
12;7(3):482-494. doi: 10.3889/oamjms.2019.119.
estudos em situações reais de
BIBLIOGRAFIA
desastres.
1.
Bazyar, J., Farrokhi, M. & Khankeh, H. Triage (2019)
PMID: 30834023; PMCID: PMC6390156. 8.
Bazyar J, Farrokhi M, Salari A, Safarpour H,
Apesar de 9 sistemas de triagem
SystemsinMass Casualty Incidents and Disasters:
Khankeh HR. (2022) Accuracy of Triage Systems
diferentes terem sido incluídos
A Review Study with A Worldwide Approach. Open
in Disasters and Mass Casualty Incidents; a
no estudo, poucos estudos foram
Access Maced J Med Sci. 7(3):482-94.
Systematic Review. Arch Acad Emerg Med. Apr
Cao, H., & Huang. S. (2012) Principles of scarce
30;10(1):e32. doi: 10.22037/aaem.v10i1.1526.
cada sistema de forma isolada.
medical resource allocation in natural disaster
PMID: 35573710; PMCID: PMC9078064.
Foco apenas em artigos
relief: a simulation approach. Med Decis Making.
publicados em inglês tendo sido
32(3):470-6.
encontrados relacionados com 8.
7.
excluídas publicações em
2.
3.
diferente idiomas.
Sacco, WJ., Navin, DM., & Waddell RK, 2nd, Fiedler KE, Long WB, Buckman RF, Jr. (2007) A new resource-constrained triage method applied to
CONCLUSÃO
victims of penetrating injury. The Journal of
De acordo com os resultados na
trauma. 63(2):316-25. 4.
Montan KL, Khorram-Manesh A, Ortenwall P,
desempenho dos sistemas de
Lennquist S. (2011) Comparative study of
triagem existentes e incluídos
physiological and anatomical triage in major
apresentam diversos niveís de
incidents using a new simulation model. Am J
qualidade que, quando comparados
Disaster Med. 6(5):289-98.
entre si, apresentam uma dificuldade
5.
Abbasi Dolat Abadi Z, seyedin SH, Hosseini SMR,
de apuramento qual o mais indicado
Atighechian G, Pour-Sheikhian M, Delkhosh M.
dada a discrepância na sua avaliação.
(2013) Triage in Disaster. Cardiovascular Nursing
Portanto, por forma a melhorar o
Journal. 2(2):58- 68.
desempenho e aumentar a precisão
6.
EDITORA
Stang A. (2010) Critical evaluation of the
dos sistemas de triagem, os autores
Newcastle-Ottawa scale for the assessment of the
recomendam que os sistemas de
quality of nonran- domized studies in meta-
triagem sejam revistos e analisados
analyses. Eur J Epidemiol. 25(9):603-5.
ANA RITA CLARA Médica de Medicina Intensiva - CHLC, Médica SHEM-SUL
17
Indice
abordada revisão sistemática o
Indice
18
FÁRMACO REVISITADO
ALTEPLASE
Constança Penedos 1,2,3 Médica Interna de Formação Específica em Anestesiologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto; Médica Emergencista no Centro Hospitalar e Universitário do Porto; 3 Médica na Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Santo António, Porto.
1
2
INTRODUÇÃO
FARMACOCINÉTICA
O alteplase, um ativador do
•
Para a quantidade residual
Absorção: escassamente
restante num compartimento
plasminogénio tecidular humano
absorvida após injeção
profundo, foi determinada uma
recombinante, uma glicoproteína que
subcutânea. Se administrada por
semivida de cerca 40 minutos.
ativa o plasminogénio diretamente
via oral, é destruída pelo trato
em plasmina. Quando administrado
gastrointestinal. A via de eleição
inativos, pequena quantidade
por via intravenosa (IV), o alteplase
é intravenosa.
como fármaco não alterado).
•
sistema circulatório. Uma vez ligado à
Excreção: Urina (metabolitos
Início de ação (intravenosa): Steady state em 5 minutos.
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Duração de ação (intravenosa): 1
CONSTANTES DO RCM
conversão do plasminogénio em
a 2 min após interrupção da
•
plasmina, conduzindo à dissolução de
perfusão.
fibrina, é ativado, induzindo a
coágulos de fibrina. Devido à sua
•
•
Distribuição: Volume de
Tratamento trombolítico no enfarte agudo do miocárdio;
•
Tratamento trombolítico na
fibrino-especificidade, o alteplase
distribuição 8.8 L. Distribui-se
embolia pulmonar aguda maciça
numa dose de 100 mg conduz a uma
sobretudo pelo sistema nervoso
com instabilidade hemodinâmica;
ligeira redução dos níveis de
simpático. Atravessa a placenta,
fibrinogénio circulante para cerca de
mas não a barreira
acidente vascular cerebral
60% às 4 horas, o que é revertido para
hematoencefálica.
isquémico agudo;
mais de 80% após 24 horas. O
•
Ligação a proteinas: 25%,
•
•
Tratamento fibrinolítico no
Tratamento trombolítico na
plasminogénio e a alfa-2-antiplasmina
principalmente albumina, menor
oclusão de dispositivos de
reduzem para cerca de 20 e 35%,
ligação a pré-albumina e
acesso venoso central, incluindo
respetivamente, após 4 horas e
glicoproteína alfa-1.
os utilizados para hemodiálise.
passam para mais de 80% às 24
•
Metabolismo: Metabolização
horas. Uma redução prolongada e
hepática via catecol-orto-
FORMAS DE APRESENTAÇÃO E
marcada dos níveis de fibrinogénio
metiltransferase e mono-amino-
POSOLOGIA
circulante foi verificada numa minoria
oxidase. Os metabolitos são
de doentes.
inativos. Depuração plasmática
Substância ativa: A solução
550-680ml/min.
reconstituída contém 1 mg alteplase/
Semivida plasmática de
ml ou 2 mg alteplase/ml.
aproximadamente 4-5 minutos.
- Um frasco para injetáveis com 467
Isto significa que após 20
mg de liofilizado contém 10 mg
minutos, menos de 10% do valor
alteplase ou um frasco para injetáveis
inicial está presente no plasma.
com 933 mg de liofilizado contém: 20
•
19
Indice
permanece relativamente inativo no
•
mg alteplase ou um frasco para
1. Enfarte agudo do miocárdio
c) Esquema de dosagem com
injetáveis com 2333 mg de liofilizado
a) Regime de dosagem de 90 minutos
duração de 3h, para doentes a serem
contém: 50 mg alteplase
(acelerado) em doentes com enfarte
tratados entre as primeiras 6 e 12
do miocárdio, nos quais o tratamento
horas após o início dos sintomas é:
Forma farmacêutica: Pó e solvente
se possa iniciar nas primeiras 6 horas
para solução injetável e perfusão.
após o início dos sintomas: Concen- Concen-
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
tração
tração
de
de
1mg/ml
2mg/ml
15 mg sob a forma de bólus EV
15ml
7.5ml
1. Perfusão contínua 50mg durante 30 minutos +
50ml
25ml
2. Perfusão contínua de 35mg durante 1 hora, até à (dose máxima 100mg)
35ml
17.5ml
Alteplase deve ser administrado tão cedo quanto possível após o aparecimento dos sintomas. Aplicam-se as seguintes instruções de dosagem: - Para a obtenção de uma concentração final de 1 mg de alteplase/ml ou 2 mg de alteplase/ml, dissolver de acordo com a tabela seguinte:
Frascos para injetáveis
10mg 20mg 50mg
de Alteplase Volume de água para injetáveis a
b) Em doentes com um peso inferior a
alteplase/
50
ml (ml) (b) 2 mg de alteplase/
5
10
25
ml (ml)
- A solução reconstituída deve ser administrada por via IV. Pode ser ainda posteriormente diluída em soro fisiológico estéril (0,9%), até uma
Indice
concentração mínima de 0,2 mg/ml.
20
tração de
1mg/ml
2mg/ml
10 mg sob a forma de bólus EV
10ml
5ml
1. Perfusão contínua 50mg durante primeira hora +
50ml
25ml
2. Perfusão contínua de 10mg durante 30 minutos, até à dose máxima 100mg durante 3 horas
10ml
5ml
A dose máxima de alteplase permitida é de 100 mg.
seguinte:
(a) 1 mg 20
tração de
peso de acordo com a tabela
Concentração final:
10
Concen-
65 kg, a dose deve ser ajustada ao
adicionar ao liofilizado:
de
Concen-
15 mg sob a forma de bólus EV 1. Perfusão contínua 0.75mg/kg durante 30 minutos (dose máxima 50mg) + 2. Perfusão contínua de 0.5mg/kg durante 1 horas (dose máxima 35mg)
Concen-
Concen-
tração de
tração de
1mg/ml
2mg/ml
15ml
7.5ml
2. Embolismo pulmonar A dose total de 100 mg de alteplase deverá ser administrada em 2 horas. A maior experiência disponível é com o seguinte esquema de dosagem:
Concen0.75ml/
0.375ml/
kg
kg
0.5ml/kg
0.25ml/ kg
Concen-
tração de tração de 1mg/ml
2mg/ml
10 mg sob a forma de bólus EV administrado em 1 a 2 minutos +
10ml
5ml
Perfusão contínua 90mg durante 2 horas
90ml
45ml
FÁRMACO REVISITADO
Em doentes com um peso inferior a
traumática recente (menos de 10
acidente vascular cerebral;
65 kg, a dose total não deve exceder
dias), parto, punção recente de
- Evidência de hemorragia
1,5 mg/kg.
um vaso sanguíneo não
intracraniana (HIC) na TAC;
compressível (p. ex. punção da
- Sintomas sugestivos de hemorragia
veia subclávia ou jugular);
subaracnoideia, mesmo com TAC
Hipertensão arterial grave não
normal
controlável;
- Administração de heparina nas
Endocardite bacteriana,
últimas 48 horas e tempo de
pericardite;
tromboplastina acima do limite
3. Acidente vascular isquémico agudo • O tratamento deve ser efetuado por •
cuidados neurológicos. A dose recomendada é 0,9 mg/Kg de
•
Pancreatite aguda;
superior do normal (nos valores
peso corporal (máximo de 90 mg) em
•
Úlcera gastrointestinal nos
laboratoriais);
perfusão contínua durante 60
últimos três meses, varizes
- Doentes com história anterior de
minutos, sendo 10% da dose total
esofágicas, aneurismas arteriais,
acidente vascular cerebral e diabetes
administrada como bólus IV inicial.
malformações arteriais /
concomitante;
O tratamento com alteplase deve ser
venosas;
- Acidente vascular cerebral anterior
Neoplasia com risco aumentado
nos últimos 3 meses;
de hemorragia;
- Contagem plaquetária inferior a
Doença hepática grave, incluindo
100,000 / mm3;
CONTRA-INDICAÇÕES
insuficiência hepática, cirrose,
- Pressão arterial sistólica > 185 ou
Como todos os outros medicamentos
hipertensão portal (varizes
pressão arterial diastólica > 110 mm
com acção trombolítica, o alteplase
esofágicas) e hepatite activa;
Hg, ou necessidade de recorrer a
Grande cirurgia ou traumatismo
medidas severas (medicação
significativo nos últimos 3 meses.
intravenosa) para diminuir a pressão
iniciado nas 3 horas subsequentes ao
•
início da sintomatologia. •
não deve ser usado em casos com alto risco hemorrágico, tais como:
•
arterial para estes limites;
•
Diátese hemorrágica conhecida;
•
Doentes submetidos a
Contra-indicações adicionais no
terapêutica com anticoagulantes
enfarte agudo do miocárdio e
orais, p. ex. varfarina sódica;
embolismo pulmonar agudo:
O alteplase não está indicado no
Hemorragia grave ou
Qualquer história de acidente
tratamento de acidente vascular
potencialmente fatal, manifesta
vascular cerebral.
cerebral agudo em crianças de idade
•
inferior a 18 anos ou adultos com
ou recente; • •
•
•
•
- Glicemia capilar < 50 ou > 400 mg/dl.
mais de 80 anos.
Evidência ou suspeita de história
Contra-indicações adicionais no
de hemorragia intracraniana;
acidente vascular cerebral
Suspeita de hemorragia
isquémico agudo:
Advertências e precauções especiais
subaracnoideia ou hemorragia
- Sintomas com início há mais de 3
de utilização
subaracnoideia resultante de
horas antes do início da perfusão, ou
- Uma dose superior a 100 mg de
aneurisma;
quando se desconhece o momento
alteplase está associada a aumento
História de lesões do sistema
de início dos sintomas;
de hemorragia intracraniana, estando
nervoso central (i.e. neoplasia,
- Défice neurológico minor, ou
contra-indicada.
aneurisma, cirurgia intracraniana
melhoria rápida dos sintomas antes
- O risco de hemorragia intracraniana
ou espinal);
do início da perfusão, acidente
está aumentado em doentes idosos,
Retinopatia hemorrágica, p. ex.
vascular cerebral grave, avaliado
pelo que nestes doentes a avaliação
diabética (perturbações da visão
clinicamente (ex. NIHSS>25) e/ou
benefício-risco deve ser
podem indicar retinopatia
através de técnicas de imagiologia
cuidadosamente efetuada e até ao
hemorrágica);
adequadas;
momento, a experiência na população
Massagem cardíaca externa
- Crise convulsiva no início do
pediátrica é muito limitada.
21
Indice
um médico especializado em
- Tal como com todos os agentes
obter uma evolução desfavorável,
e gengivorragia foram observadas
trombolíticos, o benefício terapêutico
incluindo hemorragia grave e morte.
com frequência, mas normalmente
esperado deve ser avaliado
- A reperfusão da área de isquemia
não necessitaram de nenhuma ação
cuidadosamente, especialmente em
pode induzir um edema cerebral na
específica.
doentes com traumatismos minor e
zona enfartada. Não se deve iniciar o
- Se ocorrer hemorragia
recentes, tais como biópsias, punção
tratamento com inibidores da
potencialmente fatal, em particular a
de grandes vasos, injeções
agregação plaquetária nas primeiras
hemorragia cerebral, a terapêutica
intramusculares, massagem cardíaca
24 horas após a trombólise com
fibrinolítica deve ser interrompida. A
para reanimação ou em outras
alteplase, devido a um aumento do
maioria dos doentes com hemorragia,
condições com aumento de risco de
risco hemorrágico.
pode ser tratada com a interrupção da terapêutica trombolítica e
hemorrágico. - No caso de anafilaxia, a perfusão
Interações medicamentosas e outras
anticoagulante, sendo corrigida a
deve ser interrompida e iniciado
O risco de hemorragia é aumentado
volémia. A administração de
tratamento de suporte apropriado.
se forem administrados derivados
protamina deve ser considerada se a
cumarínicos, anticoagulantes orais,
heparina tiver sido administrada nas
Advertências e precauções especiais
antiagregantes plaquetários, heparina
primeiras 4 horas após o início da
de utilização adicionais no acidente
não-fracionada ou heparina de baixo
hemorragia. Nos doentes que não
vascular cerebral isquémico agudo:
peso molecular ou outros agentes
responderem favoravelmente a
- Em comparação com as outras
inibidores da coagulação (antes,
medidas conservadoras, pode ser
indicações, os doentes com acidente
durante ou nas primeiras 24 horas
justificado o uso criterioso de plasma
vascular cerebral isquémico agudo
após o tratamento com alteplase).
fresco congelado, plaquetas e fibrinogénio (1g/L é o valor de
tratados com alteplase têm um risco marcadamente aumentado de
Gravidez e aleitamento
doseamento desejável). Agentes
hemorragia intracraniana, na medida
- Experiência muito limitada com o
anti-fibrinolíticos podem ser também
em que a hemorragia ocorre
uso de alteplase durante a gravidez
usados como última alternativa.
predominantemente na área
ou aleitamento. Nos casos
- Em casos raros, pode haver
enfartada.
potencialmente fatais deve ser
embolização de cristais de colesterol
- O tratamento dos doentes não deve
avaliado risco-benefício.
ou embolização trombótica, náuseas, vómitos, hipotensão e crises
Indice
ser iniciado após as 3 horas subsequentes ao início dos sintomas
Efeitos adversos
convulsivas, muitas vezes associados
devido a uma relação benefício-risco
- A reacção adversa mais frequente é
a efeitos cerebrovasculares
desfavorável, principalmente baseado
a hemorragia.
isquémicos ou hemorrágicos, como
no facto dos efeitos favoráveis do
- A hemorragia intracerebral
ocorrem com outros trombolíticos;
tratamento decrescerem ao longo do
sintomática é o principal efeito
- Foram também observadas, em
tempo, as taxas de mortalidade e o
adverso no tratamento do acidente
casos raros, reações anafiláticas .
risco de hemorragias sintomáticas
vascular cerebral isquémico agudo
- Em doentes com enfarte agudo do
aumentarem, particularmente nos
(até 10% dos doentes). No tratamento
miocárdio, a reperfusão bem-
doentes que efetuaram um
do enfarte agudo do miocárdio e do
sucedida é muitas vezes
tratamento anterior com ácido
embolismo pulmonar agudo, a
acompanhada de arritmias. Estas
acetilsalicílico.
hemorragia intracraniana foi
podem necessitar de terapêutica
- O benefício terapêutico é reduzido
raramente observada (menos de 1%).
convencional.
nos doentes que já tenham sofrido
- Ocasionalmente ocorrem
um acidente vascular cerebral anterior
hemorragias significativas gastro-
e os doentes com grandes enfartes
intestinais, uro-genitais e
apresentam um risco superior de
retroperitoneais. Equimoses, epistaxis
22
FÁRMACO REVISITADO
TAKE HOME MESSAGES
BIBLIOGRAFIA
•
1.
O alteplase é um ativador do plasminogénio tecidular humano
ACTILYSE CATHFLO. Aprovado em 29/06/2011.
recombinante, que uma vez
INFARMED. https://www.infarmed.pt/
ligado à fibrina, é ativado e induz
documents/15786/1424140/ParecerNet_Actilyse.
a conversão do plasminogénio
pdf/106b99e0-0880-4ad3-aabe-f3a9b17b54aa .
em plasmina, levando à
Acedido a 06/08/2022.
dissolução de coágulos de •
Resumo das Características do Medicamento
2.
Resumo das Características do Medicamento
fibrina.
ACTILYSE ALTEPLASE. Boehringer Ingelheim.
É utilizado como tratamento
https://www.boehringer-ingelheim.com.br/sites/
trombolítico no enfarte agudo do
br/files/actilyse_bula_profissional.pdf . Acedido a
miocárdio, na embolia pulmonar
08/08/2022.
aguda maciça com instabilidade
3.
https://www.ema.europa.eu/documents/referral/
hemodinâmica, no acidente
summary-information-referral-opinion-following-
vascular cerebral isquémico
arbitration-pursuant-article-29-directive-2001/83/
agudo e na oclusão de
ec-actilyse-international-non-proprietary-name-inn-
dispositivos de acesso venoso
alteplase-background-information-annex-i_en.pdf
central, incluindo os utilizados para hemodiálise. •
O modo de administração é por via IV e consiste em bólus inicial, seguido de perfusão contínua, com esquemas específicos de acordo com a situação clínica.
•
A sua utilização está contraindicada em todas as situações associadas a alto risco hemorrágico e deve ser ponderada relação riscobenefício em idosos com idade superior a 80 anos, na população pediátrica e durante a gravidez. O principal efeito adverso é a hemorragia, estando o risco aumentado principalmente aquando da co-administração de outros fármacos anti-agregantes plaquetários e/ou anticoagulantes
EDITORA
CATARINA MONTEIRO Médica VMER
23
Indice
•
O QUE FAZER EM CASO DE...
Na presente edição da LIFESAVING vamos abordar o tema da Obstrução da Via Aérea (OVA) em idade pediátrica inferior a 1 ano de idade (latentes).
Obstrução da Via Aérea em latentes (idade Pediátrica < 1 ano)
A Obstrução da Via Aérea ocorre quando um corpo estranho entra na via aérea e a obstrui parcial ou totalmente. São exemplos de corpos estranhos: brinquedos, moedas, comida, leite ou expetoração. Na maioria dos casos, a OVA acontece quando os latentes se encontram a brincar com objetos pequenos, ou a comer, pelo que se deve suspeitar dessa entidade se ocorrer subitamente dificuldade respiratória e/ou tosse, ou até inconsciência, nessas circunstâncias.
André Abílio Rodrigues 1 1
Enfermeiro VMER, SIV
Trata-se de uma emergência médica com elevada carga emocional, em que a sua rápida identificação e atuação fará toda a diferença.
EDITOR BIBLIOGRAFIA 1. 2.
European Resuscitation Council Guidelines 2021: 3. Paediatric Life Support, VOLUME 161, P327-387; DOI:https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2021.02.015 4. Suporte Avançado de Vida Pediátrico Europeu, European Resuscitation Council (ERC 2015), p.85-91
Manual de Suporte Básico de Vida Pediátrico - INEMversão 3.0 - 1ª Edição 2017, p.12-16 Programa de edição de fotos: Painnt®
Indice
ANDRÉ ABÍLIO RODRIGUES Enfermeiro SIV/VMER
24
Indice
25
Indice
26
CUIDAR DE NÓS
CUIDAR DE NÓS
DEIXAR DE FUMAR UMA DECISÃO CONSCIENTE Rita Neves1,2, Isabel Ruivo1,3,5, Fernanda Nascimento1,4,5 Serviço de Pneumologia do CHUA – Unidade de Faro 2 Médica Interna de Formação Específica em Pneumologia 3 Médica Assistente Graduada de Pneumologia 4 Médica Chefe de Serviço de Pneumologia 5 Consulta de desabituação tabágica
1
“Fumar mata”, “fumar prejudica
verifica-se uma diminuição do
Se os parágrafos anteriores ainda não
gravemente a sua saúde e a dos que
risco de enfarte agudo do
foram suficientes para o convencer,
o rodeiam”, “fumar causa
miocárdio e o aumento da função
veja por si próprio. Para ajudar na
impotência”, entre outras. Estamos
pulmonar, bem como uma
decisão, pode começar por fazer um
habituados a ver este tipo de frases
melhoria do olfato e do paladar;
balanço entre os prós e os contras,
Após 1 a 9 meses, há diminuição
enumerando o que poderá ganhar e
mensagem transmitida em escolas e
da tosse e dispneia, sintomas
perder com este gesto.
usada entre amigos e familiares.
que causam significativo
Se chegar à conclusão que quer parar,
Ainda assim, segundo o Instituto
impacto na vida diária e que são
pode consultar o guia “15 Passos
Nacional de Estatística, em 2019,
frequentemente ignorados;
para deixar de fumar” elaborado pela
Ao final de 1 ano, continuam a
Direção Geral de Saúde, que reúne um
Portugal era fumadora. A verdade é
manifestar-se vários benefícios
conjunto de orientações para que
que somos bombardeados com
como diminuição do risco de
alcance o sucesso.
informação relativa aos perigos do
doença coronária, acidente
Se o fizer sozinho, perfeito! Mas é
consumo de tabaco, mas uma grande
vascular cerebral e doença
improvável que o consiga. Apenas 3%
fatia da população ignora ainda estes
vascular periférica. Ocorre
a 5% dos fumadores que param sem
alertas, mesmo que todos os dias os
também redução do risco de
ajuda continuam sem fumar ao fim de
leia quando agarra o próximo cigarro.
infertilidade, de desenvolver
1 ano. Isto acontece porque o
Neste artigo, gostaria de tentar uma
DPOC, neoplasia do pulmão ou
tabagismo não se trata apenas de um
abordagem mais otimista ao tema da
de outras localizações;
gesto ou hábito, mas de uma
A longo prazo, aumenta a
dependência quer fisiológica e
contrário, os benefícios decorrentes
esperança de vida
psicológica, quer comportamental.
da cessação do consumo de tabaco:
comparativamente aos indivíduos
Esta última encontra-se ligada a
•
que continuam a fumar.
rituais de acender e manusear o
17,0% da população residente em
desabituação tabágica e difundir, pelo
O primeiro efeito é quase
•
•
•
tabaco e a hábitos sociais e
imediato, decorre cerca de 20
•
•
minutos depois de fumar o último
Aos ganhos na saúde individual,
individuais.
cigarro: há uma diminuição da
juntam-se ainda comprovados
O caminho da cessação tabágica não
pressão arterial e da frequência
benefícios económicos, sensoriais,
precisa de ser percorrido sozinho.
cardíaca;
estéticos e a melhoria da auto-estima.
O seu médico ou outros elementos da
Ao fim de 12 horas, o nível de
Tudo isto pode ser conseguido
equipa de saúde, farão durante uma
monóxido de carbono no sangue
independentemente da idade em que
consulta ou contacto, uma
volta a normalizar;
se parou de fumar, o que significa que,
intervenção breve. Esta assenta
Entre 2 semanas a 3 meses,
de facto, nunca é tarde para deixar.
numa abordagem de curta duração de
27
Indice
escritas nos maços de tabaco e esta
ACES, ULS, CH/H
Identificação do serviço prestador da CAICT
Horário da consulta
Frequência
Morada
Contato telefónico
Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Unidade de Faro, Serviço de Pneumologia
2ª e 4ª F 14h-18h
Bisemanal
R.Leão Penedo 800-386 - Faro
Centro de Saúde de Lagos
5ªF 17h-20h
Semanal
UCSP Silves
14h-16h
Centro Saúde Olhão
Forma de acesso/ referenciação
Sistema de marcação
289891099
Iniciativa dos profissinais de saúde * Apenas para utentes da Unidade
Presencial e telefónica
Estrada Nacional 125 - Centro de Saúde de Lagos 8600-296 Lagos
282780000
Marcação pelo utente e/ou equipa de saúde
Presencial e telefónica
Semanal
Rua Cruz de Portugal – Centro de Saúde de Silves 8300-167 Silves
282440020
5ª F 14h-17:30h
Semanal
R. de Antero Nobre, 8700-240 Olhão
289700260 Fax: 289700269
ctabagica-olh@ arsalgarve. min-saude.pt
Médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde
Presencia, telefónica, via e-mail, fax e carta
USF Esteva
2ª e 4ª F 14h-15h
Semanal
Avenida Duarte Pacheco 8900-211 VRSA
281530273
usf-esteva@ arsalgarve. min-saude.pt
Referenciação interna
Presencial, telefónica e via e-mail
USF Levante
5ª F 08h-10h
Semanal
Avenida Duarte Pacheco 8900-211 VRSA
281530274
usflevante@ arsalgarve. min-saude.pt
Referenciação interna MGF ou a pedido do utente
Presencial, telefónica e via e-mail
281530100
baesuris-ctm@ arsalgarve. min-saude.pt
Referenciação interna
Telefónica
Referenciação interna * Utentes em acompanhamento na ETET por outros CAD
Presencial e telefónica
Referenciação interna * Utentes em acompanhamento na ETET por outros CAD
Presencial e telefónica
ACES Barlavento
ACES Central
ACES Sotavento
Com a administrativa
USF Baesuris
4ª F 15h-17h
Semanal
Bairro Social Cercado do Poço da Ordem, Lote 42, 8950-219 Castro Marim
CRI Algarve - ETET Barlavento
09-15h
Bisemanal
Rua Poeta António Aleixo nº3 8501- 856 Portimão
282002160
sec_etet_ barlavento@ arsalgarve. min-saude.pt
CRI Algarve - ETET Sotavento
09-17h
Diária
Rua de Olivença 8700-414 Olhão
289002170
etetsotavento@ arsalgarve. min-saude.pt
DICAD
Tabela 1. Rede de Consultas de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica na Administração Regional de Saúde do Algarve (Adaptada de ARS Algarve) Para mais informação, consulte http://www.arsalgarve.min-saude.pt
Indice
ACES - Agrupamento de Centros de Saúde; ETET - Equipas Técnicas Especializadas de Tratamento; CAD - Centros de Aconselhamento e Deteção; CRI - Centro de Responsabilidade Integrado; DICAD - Divisão Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências ; UCSP - Unidade de Cuidados Saúde Personalizados; USF - Unidades de Saúde Familiar.
até 10 minutos, que inclui a avaliação
intervenção de vários profissionais
prévia apoiada por intervenção breve
do consumo de tabaco e da
(médico, enfermeiro, e eventualmente
ou aqueles que apresentam elevada
motivação para a cessação, bem
nutricionista, psicólogo….).O tempo
dependência de nicotina.
como a delimitação de estratégias
de intervenção é significativamente
Se teve uma recaída, não desista.
que promovem mudanças
maior, o que se traduz num aumento
Todo o processo de mudança inclui
comportamentais. Este tipo de
da taxa de sucesso. São utilizadas
avanços e recuos. É expectável que
intervenção deve ser realizada por
abordagens de natureza
um fumador apresente várias
qualquer profissional de saúde e
comportamental e medicamentosa
recaídas antes de conseguir parar
repetida nos vários contactos.
baseadas na compreensão global do
com sucesso. Em cada recaída deve
O Serviço Nacional de Saúde
fumador, do seu contexto pessoal,
procurar perceber por que tal
disponibiliza várias ofertas para os
familiar e profissional, assim como
aconteceu, de modo a evitá-lo no
fumadores que querem deixar de
das motivações e barreiras
futuro. O fundamental é aprender de
fumar , como são as consultas de
encontradas durante o processo de
cada experiência e continuar com o
apoio intensivo à cessação tabágica,
cessação. A esta tipologia de
seu processo de mudança
também disponíveis no Algarve (vide
consulta devem ser referenciados os
comportamental, rumo a um futuro
tabela 1).
fumadores que estejam motivados
sem tabaco!
Este tipo de abordagem é realizada
para parar de fumar, os que não
ao longo de meses e pressupõe a
cessaram o consumo após tentativa
28
CUIDAR DE NÓS
BIBLIOGRAFIA 1.
NUNES, Emília. et al. Cessação Tabágica: Programa-tipo de actuação. 1ª Edição. Lisboa: Gradiva-Publicações, S.A, Abril de 2008.
2.
GOMES, Maria João. et.al. Tabagismo: 25 Perguntas Frequentes em Pneumologia. Lisboa: Permanyer Portugal, 2002.
3.
Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo. Direção-Geral da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.dgs.pt/programanacional-para-a-prevencao-e-controlo-do-tabagismo. aspx. Acesso em: 20 de Setembro de 2022.
4.
15 Passos para deixar de fumar – Lisboa -
EDITORA
Direção-Geral da Saúde – 2021 – Páginas 1 a 11. Inquérito Nacional de Saúde, 2019: Há menos fumadores, mas aumentou o consumo arriscado de bebidas alcóolicas - Instituto Nacional de Estatística – 2020 - Páginas 5 e 6.
SILVIA LABIZA Enfermeira VMER Heli INEM
29
Indice
5.
Indice
30
POSTER CIENTÍFICO
POSTER CIENTÍFICO
TRANSFUSÃO DE HEMODERIVADOS NO PRÉ-HOSPITALAR SALVA VIDAS? Ana Rita Martins1,2, Ana Sofia Correia1,2, Bárbara Lourenço1,2, Eunice Martins1,2 e Ricardo Nunes2,3 1 .Mestre e Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica: a Pessoa em Situação Crítica. 2.Centro Hospitalar Universitário do Algarve. 3.Estudante de Mestrado em Enfermagem na área de especialização de Enfermagem Médico-Cirúrgica: a Pessoa em Situação Crítica.
INTRODUÇÃO
sendo cada vez mais adotado pela
RESULTADOS
O trauma é uma das principais causas
comunidade pré-hospitalar civil.
Da análise dos artigos, verificou-se
de incapacidade e mortalidade, sendo
Apesar da transfusão em contexto
que 2 se focavam na administração
que nas primeiras 24 horas a
pré-hospitalar impor desafios logísticos
de unidades de concentrado de
hemorragia é identificada como a
e operacionais, esta é considerada uma
eritrócitos e os 2 restantes na
causa predominante de morte nas
prática segura e viável(1,4), no entanto,
administração de unidades de
vítimas de trauma, tratando-se portanto,
constata-se que em muitos países da
plasma, todos eles desenvolvidos em
de uma situação potencialmente
união europeia esta prática ainda não
contexto pré-hospitalar. Os grupos
evitável(1,2). A sobrevivência a uma
se encontra implementada e os
transfundidos com concentrado de
hemorragia traumática é determinada
protocolos de utilização apresentam-se
eritrócitos no atendimento pré-
por fatores como o atendimento
pouco desenvolvidos, sem motivo
hospitalar apresentam menores taxas
pré-hospitalar em tempo útil e as
evidente.
de mortalidade a curto e longo prazo,
diretrizes atuais, que enfatizam a
quando comparados com os grupos
transfusão de hemoderivados como
OBJETIVO
de controlo, apesar da diferença não
uma medida precoce na reposição
Averiguar se a utilização da transfusão
ser estatisticamente significativa(1,5).
volémica e controlo hemorrágico em
de hemoderivados no pré-hospitalar,
No que respeita à transfusão pré-
vítimas de trauma, prevenindo a
reduz a mortalidade do adulto com
hospitalar de plasma, foram obtidos
evolução para choque hipovolémico(2,3).
choque hemorrágico, vítima de trauma.
resultados contraditórios e,
A transfusão de hemoderivados no
igualmente, com diferença estatística
cenário pré-hospitalar surgiu em
MATERIAIS E MÉTODOS
não significativa(6,7). Estes achados
contexto militar, tendo os profissionais
Foi realizada uma revisão sistemática
sugerem que a utilização de plasma
de saúde desse meio sido pioneiros no
da literatura de publicações entre 2018
no pré-hospitalar está associada a um
desenvolvimento de estudos sobre os
e 2021, com recurso à pesquisa na
benefício de sobrevida quando os
benefícios da instituição precoce desta
plataforma b-on, tendo sido utilizados
tempos de transporte são superiores
prática na sobrevivência imediata de
como descritores em ciências da
a 20 minutos(6,7).
vítimas de trauma.
saúde “blood component transfusion”,
Na última década, este método de
“trauma”, “prehospital care” e
DISCUSSÃO
ressuscitação volémica tem vindo a
“mortality”. Foram selecionados e
•
ganhar um papel importante e
analisados 4 de 83 artigos científicos
benefício da transfusão pré-
desafiante na inovação à abordagem
identificados, após aplicação de
hospitalar de hemoderivados na
precoce da pessoa vítima de trauma,
critérios de exclusão.
mortalidade das vítimas de
31
Indice
Três estudos demonstraram
Indice
32
POSTER CIENTÍFICO
trauma(1,5,7). Estes achados vão
BIBLIOGRAFIA
ao encontro da literatura já
1.
Griggs, J. et al. Mortality of civilian patients with
existente, que enaltece esta
suspected traumatic haemorrhage receiving
prática, particularmente em
pre-hospital transfusion of packed red blood cells
transportes de longa duração,
compared to pre-hospital crystalloid. Scand J
verificando-se aumento da
Trauma Resusc Emerg Med. 2018;26(1):1–9.
sobrevivência das vítimas até aos
2.
van Turenhout, E. et al. Pre-hospital transfusion of
centros hospitalares(6). Esta
red blood cells. Part 1: A scoping review of current
trata-se de uma prática segura,
practice and transfusion triggers. Transfusion
com raras reações adversas
Medicine. 2020;30(2):86–105.
registadas, exequível e com
3.
Pusateri, A. et al. Association of Prehospital
insignificante desperdício, desde
Plasma Transfusion with Survival in Trauma
que eficientemente gerida(1,8,10).
Patients with Hemorrhagic Shock When Transport Times Are Longer Than 20 Minutes: A Post Hoc
CONCLUSÃO
Analysis of the PAMPer and COMBAT Clinical
A transfusão pré-hospitalar de
Trials. JAMA Surg. 2020;155(2). 4.
Doughty, H. & Naumann D. Pre-hospital
mortalidade das vítimas de trauma,
transfusion: Trials and tribulations. Transfusion
contudo um dos estudos analisados
Medicine. 2020;30(2):81–3.
revelou um resultado antagónico aos
5.
Rehn, M., et al. Effect of pre-hospital red blood cell
restantes. É de ressalvar que as
transfusion on mortality and time of death in
diferenças encontradas não são
civilian trauma patients. Shock Society. 2018;
estatisticamente significativas e, por
6.
Moore, H. et al. Plasma-first resuscitation to treat
isso, fica clara a necessidade de
haemorrhagic shock during emergency ground
desenvolver mais estudos primários
transportation in an urban area: a randomised trial.
com grande robustez, que
The Lancet [Internet]. 2018;392(10144):283–91.
possibilitem uma maior evidência
Available from: http://dx.doi.org/10.1016/
sobre esta prática. Esta será uma
S0140-6736(18)31553-8
temática que valerá a pena explorar e
7.
Sperry, J. et al. Prehospital Plasma during Air
lança a discussão no seio da
Medical Transport in Trauma Patients at Risk for
comunidade de trauma sobre
Hemorrhagic Shock. New England Journal of
estratégias ideais a estabelecer na
Medicine. 2018;379(4):315–26.
reposição da volémia em ambiente
8.
Rehn, M. et al. Pre-hospital transfusion of red
pré-hospitalar, em pessoas vítimas de
blood cells in civilian trauma patients. Transfusion
hemorragia traumática
Medicine. 2017;28(4):277–83. 9.
EDITOR
Cassignol, A. et al. Civilian prehospital transfusion ANDRÉ ABÍLIO RODRIGUES Enfermeiro SIV/VMER
– experiences from a French region. Vox Sang. 2020;115(8):745–55. 10.
Chen, J. et al. Prehospital blood transfusion during
EDITORA
aeromedical evacuation of trauma patients in israel: The IDF CSAR experience. Mil Med. 2017;182:47–52.
CATARINA JORGE Médica VMER
33
Indice
hemoderivados parece diminuir a
Indice
34
NÓS POR CÁ
NÓS POR CÁ
EVENTO DE ANIVERSARIO NA FNAC DE FARO. SESSÃO À COMUNIDADE: "AGIR EM EMERGÊNCIA" Mónica Fonseca1 Médica VMER/ CODU
1
Ao fim de 2 anos de reclusão imposta
aproximar e esclarecer o público de
pela pandemia tivemos a
questões que pensamos serem
oportunidade de finalmente regressar
pertinentes para conhecimento geral.
ao espaço que sempre nos acolheu
O tema em destaque foi a relação da
de forma calorosa permitindo a
Emergência Pré-hospitalar com a
aproximação com o público
população onde se abordaram
mostrando um pouco do que é o
questões como o contacto com o
nosso trabalho enquanto equipa de
112, a interação com veículos em
emergência pré-hospitalar e,
marcha de emergência e interação
simultaneamente, o trabalho “de
com as equipas de emergência nos
bastidores” efetuado no âmbito da
locais das ocorrências. A referida
Revista Lifesaving.
sessão contou com a participação de três elementos da equipa da VMER,
No dia 5 de Agosto 2022, a loja Fnac
com a duração de cerca de 30
do Fórum Algarve em Faro foi anfitriã
minutos e teve a sua apresentação
da comemoração do 6º aniversário da
transmitida em direto nas redes
Revista onde, mais uma vez, foi
sociais, estando disponível em
reservado um espaço destinado à exposição de elementos alusivos à
https://fb.watch/fUdBOPgLzL/
VMER e à Revista associada. O espaço teve o privilégio de ser enriquecido com imagens exclusivas da autoria do Enfermeiro João Paiva elemento da equipa da VMER de Faro. Em complemento e, como em edições
EDITORA
anteriores, foi elaborada uma sessão de apresentação à comunidade que tem como principais objetivos
35
Indice
CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM
Indice
36
NÓS POR CÁ
NÓS POR CÁ
UNIDADE MÉDICA DE AGUDOS DE PORTIMÃO
Maria Inês Simões1,2 Coordenadora da Unidade Média de Agudos - CHUA, Unidade de Portimão. Coordenadora da VMER de Portimão
1 2
No dia 15 de Maio de 2022 foi
diferenciados, integrada no Serviço de
disponibilidade praticamente imediata
inaugurada a Unidade Médica de
Medicina 3 e, por isso, no
do médico de urgência interna para
Agudos (UMA), integrada no Serviço
Departamento Médico, para dar
avaliação de doentes nas
de Medicina 3, dirigido pela Dra. Luísa
resposta prioritariamente a doentes
enfermarias, reduzindo assim a taxa
Arez. Localiza-se no piso 3 da
internados nos vários setores da
de complicações e conseguindo
Unidade Hospitalar de Portimão, no
Medicina 3 e Lagos e às
compensar os doentes em tempo útil.
Sector C (Medicina 3C), chefiado pelo
especialidades médicas
A importância de uma unidade de
Dr. Nuno Vieira e sob a minha
(Pneumologia e Gastroenterologia) da
cuidados intermédios e a urgência
coordenação.
Unidade Hospitalar de Portimão.
interna pertencentes aos serviços de
Estes critérios não são estanques e
Medicina é tanta que o Regimento do
Apresentei este projeto ainda em
temos admitido alguns doentes
Colégio de Medicina Interna preconiza
2020 com o objetivo de obter maior
provenientes diretamente do Serviço
a sua existência para todos os
diferenciação, qualidade assistencial
de Urgência que não foram
hospitais com mais de 200 camas até
e valorização do Serviço Medicina 3,
considerados candidatos a admissão
ao final de 2022 sob pena de se
mas com a situação pandémica e a
na Unidade de Internamento de
perder a idoneidade formativa em
necessidade de camas de Medicina
Doentes Agudos (UIDA) ou na
medicina interna.
Interna, a sua abertura foi sendo
Unidade de Cuidados Intensivos (UCI),
protelada até agora. Idealizada para 6
ambas pertencentes ao Serviço de
Além de uma melhoria da atividade
camas, neste momento conta apenas
Medicina Intensiva (SMI 2) e
assistencial, também a formação dos
com 3, limitada pelos rácios de
integradas no Departamento de
internos é valorizada, porque
enfermagem requeridos para uma
Urgência e Emergência. Também
começam a contactar com doentes
unidade de cuidados intermédios.
pretende garantir um step-down de
mais graves em alturas mais
Ainda assim, a qualquer momento
cuidados de doentes internados na
precoces do internato, com as
esta capacidade pode ser expandida
UCI para otimização de recursos.
vantagens que isso traduz na prática e, penso eu, melhor aproveitamento
de acordo com as necessidades, pois aquando das obras de reestruturação
Ainda a funcionar com algumas
deste espaço, foram logo criadas as 6
limitações de recursos, uma das
unidades individuais.
grandes vantagens da abertura da
A equipa médica da UMA é formada
UMA foi a criação de uma escala de
pelos médicos da Medicina 3C e, para
A UMA, foi idealizada para ser uma
urgência interna que, além de retirar a
já, apenas os internos deste sector
unidade para cuidados médicos mais
sobrecarga de trabalho às equipas de
têm participado na escala rotativa da
do estágio de Cuidados intensivos.
37
Indice
urgência externa, também garante a
Enfarte agudo do miocárdio (Ala
masculino, com idade média de 60
internos de medicina interna possam
Manolachi, Vitor Manco e Ricardo
anos (média 59.7 anos), pelo menos
fazer, ao longo do seu internato, no
Serrão)
metade com idade inferior a 62 anos
Acidente vascular cerebral
(correspondente à mediana) e idades
UMA. O previsto é que todos os
mínimo 3 meses de estágio, integrado no âmbito da formação obrigatória em Medicina Interna (mínimo 42
•
•
(Frederico Silva e Ana Agostinho) •
crónica agudizada (Cátia Saraiva,
meses). Nos dias úteis, o horário normal é assegurado pelos médicos do serviço das 8-16h e pela urgência
Sérgio Antunes e Vitor Manco) •
urgência interna observar os doentes da UMA. Para a escala de urgência
Manco) • •
interna, contamos ainda com a colaboração da Dra. Cátia Saraiva
•
(Pneumologista). • Quanto à equipa de enfermagem, esta pertence ao serviço de Medicina 3C (chefiada pela Enf. Suzel Poucochinho) e é composta por enfermeiros com especialidade em enfermagem médico-cirúrgica e enfermeiros a aguardar ingresso na especialidade com interesse na área e que fizeram previamente estágios observacionais na UIDA/UCI. Todos os elementos que trabalham na UMA realizaram o Curso de Suporte Básico de Vida e Suporte Avançado de Vida, bem como uma
Ventilação não invasiva (Cátia Saraiva, Sérgio Antunes e Vitor
interna a partir das 16h. Aos fins de semana e feriados cabe ao médico de
Insuficiência respiratória aguda /
•
Crises convulsivas (Maria Inês
(após trombectomia por AVC).
Sépsis (Joana Nascimento e Patrícia Cunha)
A média de dias de internamento foi
Síndrome hépato-renal (Cláudia
de 5,7 dias (moda 3 dias, mediana 3
Queirós)
dias), com número mínimo de 0 dias
Falência hepática aguda
(doente transferido no próprio dia
Hemorragia digestiva aguda Urgências endócrinas (Marta Urgências oncológicas (Joana Moutinho e Dário Reis)
Desde a abertura da UMA até ao dia 31 de Julho, tivemos 30 internamentos (correspondendo a 29 doentes), com 16 pertencentes ao sexo feminino e 14 ao sexo
enfermeiros, com os seguintes temas: Procedimentos e técnicas (Ana Rita Luz e Vera Gonçalves) Ecografia (Maria Inês Simões)
•
Insuficiência Cardíaca Aguda (Alexandra Ávila, Vitor Manco e Ricardo Serrão)
•
Disritmias + Interpretação traçados ECG (Inês Simões, Vitor Manco e Ricardo Serrão)
Indice
Gráfico 1: Distribuição por classe etária
38
Medicina 3 B, 2 da Medicina 3 C, 1 da
Simões)
ministrada por médicos e
•
de Urgência, 4 da UIDA/UCI, 2 da
da Urologia e 1 de Outro Hospital
formação conjunta de 3 dias,
•
do Internamento Geral, 7 do Serviço
Intoxicações agudas (Maria Inês
Duarte) •
Dos 30 internamentos, 11 provieram
Medicina 3 A, 1 da Medicina/Lagos, 1
(João Aurélio e Patrícia Cunha) •
respetivamente.
Simões)
(Margarida Rosado) •
mínima e máxima, 20 e 91 anos,
para a UCI) e máximo de 33 dias. Relativamente ao destino dos internamentos, 16 foram transferidos para enfermarias (Medicina: 10; Pneumologia: 2; Gastroenterologia: 2; COVID-A: 1; Cardiologia: 1), 2 para a UCI, 1 doente transferido para o Hospital de Santa Maria, 8 tiveram alta referenciados a consulta externa de Medicina Interna e 1 ao centro de saúde e verificou-se o óbito em dois
NÓS POR CÁ
doentes. Quanto à mortalidade aos
Quanto a técnicas e procedimentos, e
30 dias após a alta, nos 20
ainda limitados pela falta de recursos
internamentos em que é possível
materiais, em 4 dos internamentos foi
fazer essa análise à presente dada,
colocado cateter venoso central, 1
verificou-se o óbito em 3 deles,
dreno torácico, 3 estiveram com
relacionado com o mesmo motivo
suporte aminérgico, 5 sob ventilação
pelo qual foram previamente
não invasiva e 2 com oxigenoterapia
admitidos na UMA (hepatite aguda: 1;
de alto fluxo. Em praticamente todos
insuficiência cardíaca: 2).
os doentes foi realizada ecografia à cabeceira (POCUS).
Relativamente aos diagnósticos: n
Insuficiência respiratória aguda
5
Enfarte agudo do miocárdio
5
Insuficiência cardíaca
3
AVC isquémico
3
Doença de Cushing
2
Púrpura trombocitopénica imune
1
Polineuropatia motora + sensitiva
1
Pericardite aguda
1
Miocardite aguda
1
Meningoencefalite
1
Hepatite aguda alcoólica
1
Hemorragia intra-alveolar
1
FA com resposta ventricular lenta
1
Desidratação hipernatrémica
1
U Choque séptico
1
Cetoacidose diabética
1
Anemia grave
1
Com a humildade em reconhecer que ainda há um longo caminho a percorrer e com a certeza de que se cresce sempre de dentro para fora, enche-me de orgulho saber que com a abertura da UMA conseguimos valorizar o nosso serviço, a Medicina Interna de Portimão, a formação dos nossos internos e alunos da Universidade do Algarve (Medicina e Enfermagem) e, mais importante que tudo, os cuidados aos nossos doentes
EDITORA
CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM
EDITORA
MONIQUE PAIS CABRITA Enfermeira VMER
39
Indice
DIAGNÓSTICO
Indice
40
NÓS POR CÁ
NÓS POR CÁ
“ECOGRAFIA CLÍNICA NO PRÉ-HOSPITALAR” FORMAÇÃO CONTÍNUA DAS EQUIPAS DAS VMER DO ALGARVE Monique Pais1,2 Enfermeira VMER de Portimão; Membro da Euipa da Formação das VMER do Algarve
1 2
As equipas das VMER lidam
O segundo tema escolhido pelo grupo
A formação aconteceu ao longo de 3
diariamente com um variadíssimo
de trabalho foi “Ecografia Clínica no
módulos de formação que
número de situações clínicas, num
pré-hospitalar”.
decorreram no Centro de Formação
ambiente extra-hospitalar muitas vezes
A técnica de ecografia clínica é um
de Faro e no Centro de formação de
pouco ou mesmo não controlado, onde
instrumento fundamental na
Portimão das 8: 30 às 15: 30 nas
existem inúmeros fatores extrínsecos à
abordagem do doente crítico com
seguintes datas:
situação que poderão influenciar
melhoria reconhecida da qualidade de
negativamente a gestão da mesma.
resposta, onde quer que aconteça a
ECOGRAFIA CLÍNICA
Pela sua diferenciação e necessidade
sua realização, quer seja realizada
NO PRÉ-HOSPITALAR
constante de atualização e renovação
pelas equipas médicas de emergência
de conhecimentos, a formação
intra-hospitalar ou extra-hospitalar.
MÓDULO 1
contínua destaca-se como um
As Equipas das VMER de Faro,
18.02.2022 - Faro
importante pilar na manutenção e
Albufeira e Portimão, na sequência da
23.02.2022 - Portimão
contínua melhoria da atuação dos
aquisição dos ecógrafos portáteis
profissionais das VMER.
Philips Lumify, sentiram necessidade
MÓDULO 2
Assim, as três equipas de VMER do
de adquirir formação contínua,
Protocolo Blue, princípios físicos,
Algarve (Albufeira, Faro e Portimão)
específica nessa área.
registo de dados
continuam a reunir esforços no
Assim, o objetivo geral da realização
16.03.2022 - Faro
sentindo de promover atividades
desta formação foi dar conhecimento
23.03.2022 - Portimão
formativas, com o intuito de realizar
às equipas dos Princípios Básicos da
formações conjuntas e partilhado
Ecografia na atividade Pré-Hospitalar
MÓDULO 3
competências adquiridas pelos três
utilizando o Ecógrafo Philips Lumify.
Protocolo Rush e Venux, princípios
meios e uniformizando o socorro na
Os objetivos específicos da formação
físicos, registo de dados
região algarvia.
são que os formandos no final do
21.10.2022 - Portimão
Na sequência do Plano de Formação
curso tenham capacidade para
26.10.2022 - Faro
conjunto para as três VMER do CHUA,
conhecer as indicações para a
foi constituída uma Equipa de Trabalho
realização da técnica; conhecer as
MÓDULO 4
que tem conjugado esforços para criar
limitações à realização da técnica e
A agendar
um plano de atividades com formações
conhecer os protocolos mais
regulares dos mais diversos temas da
determinantes na qualidade
MÓDULO 5
emergência pré-hospitalar, transversais
assistencial.
A agendar
41
Indice
aos três meios.
Indice
Centro de formação de Portimão
42
NÓS POR CÁ
O módulo 1 consistiu na apresentação dos seguintes conceitos bed side, roll in/roll out; na exposição dos Princípios Físico e na apresentação do Protocolo Efast. No módulo 2 foi apresentado o protocolo Blue, expostos os princípios físicos. O módulo 3 consistiu na apresentação do Protocolo Rush e Venux, e exposição dos princípios físicos. Serão agendados e realizados posteriormente mais 2 módulos que serão de teor prático, mas de propósito avaliativo de redefinição e afilamento do trabalho desenvolvido. Os formadores foram: •
Narciso Barbancho Molina, Médico de Medicina Geral e Formador de ecografia de emergência do Grupo de Trabalho de Ecografia;
•
Sergio Miravent, Licenciatura em Radiologia, Mestre em Técnicas e Tecnologias de Imagem Médica com Especialização em Ecografia de Urgência e Especialista em Ecografia de Urgência
EDITORA
CATARINA TAVARES Enfermeira VMER Heli INEM
43
Indice
Centro de formação de Faro
TERTÚLIA VMERISTA
“QUAL O TEU SENTIMENTO APÓS UMA PCR RECUPERADA?"
ro que a primei “Sem dúvida er ev é "d que ocorre to um sentimen cumprido"... rcorrer pe r po , io ív de al e tervenções algoritmo, in ao fim com ar eg ch e ações, is ingido. Depo o objetivo at ntar.... se as a lin da adrena às dá-se início .. es pós-PCR. preocupaçõ ... as el qu se presença de os ter conseguim uipa to como eq en m ni er sc di r até o ua in nt co em / clinicamente . te aceitável.. humanamen
Indice
“Costu m especia o dizer que a li m Dentro dade é a rua inha .( d Sobrev a Cadeia de …). iv todos ência já vive os elo nciei s,( como Civil, B …) esteja eu ombeir como oo En colabo fermeiro. Já u re para o i em todos o R s Circula CE (Retorno elos da çã Com re o espontân ea s pesso ultado, algum )(…) as aca as b a falece ram po r, o r Cuidad utras estão em o andam s Paliativos, o n nas su a rua indepe utras as ativ n idades dentes de vida .
44
depois entã o ve ....o que deví m os "debriefings" amos ter fe ito....o que poderia ter sido mel hor... Penso, que sobretudo es tes momentos de debriefin g, deviam acontecer ob rigatoriamen te, em contexto fo rmal e em eq uipa multidiscipl inar.” Mónica Bota “O sentimen to muitas ve zes é de desespero. Explico o po rquê. Para começ ar as vítimas pós PCR carecem cu idados que a maioria dos hospita is não dispõe m. (…)
ocolos ltura nem prot Não há nem cu jam se s doente quando estes ada forma centraliz desviados de lares com ita sp ho s ro nt para os ce nóstico uados. O prog cuidados adeq e nd pe de s te destes doen te de sorte e da Já exclusivamen ) do acidente. (… geolocalização pré do as uip eq e qu para não falar s dias perdem que hospitalar todo lizados, sendo cia pe es s ico méd do olo oc ot pr o enas cumprindo ap , mas cuperar o pulso SAV podem re ente.” do o m ra pe não recu Denis Pizhin
os e o s investim Muitas veze e trabalho o rç nosso esfo é ma equipa integrado nu vezes as tr ou , io ór ingl nas os sucesso . conseguim animação re de s ra manob é importante (…)o mais cia que ên ci ns co termos nosso melhor ao fizemos o do in pr m alcance, cu indo em , ag algoritmos numa integrados segurança, mpre se do en nd fe equipa, de deia de ca da to en o cumprim e os cia, pelo qu sobrevivên arecem, ap s do lta resu
TERTÚLIA VMERISTA
João Guiom
ar
r ue vai te ? Será q “E agora de vida???” e qualidad stinho Ana Ago PCR de uma eração s "A recup ia muitas veze e de desenca s antagónicos nto ,a sentime . Tantas vezes ais paradox SAV, ainda que do o, missão atisfaçã ela p a com s cumprid 2º a legis artis mpre da executa VMER , nem se . da dida Equipa em suce rdade, b é, na ve abemos que o s (...) Bem
sucesso na reanimação , medido pela sobrev ivência e qu al de vida do recuperado idade , será sempre inve rsamente proporcion al ao tempo que dista do momen to em que ocorre a PCR até à recuperaçã o do seu pulso, e es tabilidade conseguida com os cu idados pós-reanimação ... ".
EDITOR
Bruno Sant os
NUNO RIBEIRO Enfermeiro VMER TIP
45
Indice
podem crer . Te que o tempo ndo em mente de resposta também é fundamen tal, pois tempo é cé rebro. O sucesso muitas veze s não é só sorte, m as sim frut o do nosso traq uejo e expe riencias adquiridas (…) O sentim ento de dever cum prido e ter sido importante na vida de alguém, sem olhar a quem, é que nos dá motivação para contin uar a trabalhar e saber que ainda podemos co ntinuar a aj udar .(…)
NOTA DO EDITOR As respostas obtidas à questão colocada na Tertúlia VMERista são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes no "inquérito", e que são opiniões estritamente pessoais, das quais a LIFESAVING necessariamente se demarca...
Indice
46
“UM PEDACINHO DE NÓS”
UM PEDACINHO DE NÓS Ana Rodrigues1, Teresa Castro 2 2
Enfermeira das VMER de Faro e Albufeira, Enfermeira da VMER de Albufeira
Hoje vamos falar um pouco com a
Saúde. Iniciou a sua carreira em
entre as quais: CODU,VMER, e Balcão
Monica Fonseca, desvendar quem é
Enfermagem no Hospital de
de Urgência, em mais do que um
esta pessoa por detrás de uma farda.
Portimão, primeiro na Consulta
hospital. Fez uma pós-graduação em
Nascida em Portimão, é filha de mãe
externa e depois no Serviço de
Medicina legal e Ciências Forenses,
Algarvia e de pai Lisboeta, o qual
Obstetrícia. Em 2009 iniciou
área onde já esteve a trabalhar, e
apesar de nascido em Lisboa tem
funções na VMER Barlavento ainda
conta em breve voltar ao Gabinete da
origens em Cabo verde, na cidade do
como Enfermeira.
Medicina Legal.
Cabo. Conheceram-se na faculdade,
Após 12 anos de carreira na profissão
A medicina foi uma questão de
apaixonaram-se, casaram e vieram
de Enfermagem, inicia o Mestrado
oportunidade, gostava muito da
viver para o Algarve.
integrado em Medicina também em
profissão de Enfermagem, mas
Mónica viveu em Lagoa até aos 18
Faro, terminado em 2016. Entrou,
estava um pouco revoltada e
anos, depois foi para Silves. Fez a
entretanto, para a especialidade de
cansada da desvalorização da
Escola Secundária em Lagoa e
Medicina Geral e Familiar, que não
profissão, e do que fazia, e sentiu
depois rumou a Faro, onde fez o
terminou, e dedicou-se
necessidade de mudança. Surgiu
primeiro curso de Licenciatura em
principalmente á Emergência Médica,
este curso de Medicina na
Enfermagem, na Escola Superior de
desempenhando diversas funções,
Universidade do Algarve, candidatou-
47
Indice
1
Indice
48
“UM PEDACINHO DE NÓS”
-se e entrou, e como continuava na
complicadas falando sobre elas,
preferencialmente do Algarve.
área da Saúde, acabou por dar um
fazendo debrifing com a equipa.
Adora viver e trabalhar no Algarve,
passo numa outra direção, mas numa
Considera muito importante,… por
embora também trabalhe fora, faz
área relacionada. Continua a gostar
vezes fica dois a três dias a pensar
algumas maratonas para o Alentejo e
muito da Enfermagem. A VMER
no assunto e naquilo que poderia ter
para Lisboa, mas para já o Algarve
sempre foi um gosto: “desde miúda,
feito de diferente, no entanto também
dá-lhe tranquilidade, gosta das
quando via uma ambulância sentia-me
é muito objetiva tentado afastar-se
pessoas e do ambiente de trabalho,
entusiasmada ao ouvir as sirenes, e na
emocionalmente das situações. Tem
gosta muito de viver em Silves, que é
altura em que fiz o 9ºano, nas
empatia na ocorrência perante a
uma zona muito tranquila, e para já
disciplinas de noções básicas de
situação e os familiares, mas depois
não pensa mudar.
saúde e socorrismo, tive um professor
tenta desligar.
No futuro não pretende fazer
que era enfermeiro e que trabalhava
Neste momento a nível profissional
especialidade de Medicina, quer
nas ambulâncias, … acho que foi aí a
as duas áreas que mais lhe
experimentar a vertente da Medicina
minha decisão”. Mais tarde, já como
interessam são a Emergência e a
Legal e Ciências Forenses, tem um ou
enfermeira via a Viatura Médica
Medicina Legal.
outro projeto mas fora da Emergência
como um objetivo inatingível, e
Em termos familiares é separada, mãe
para daqui a uns anos... Não
admirava muito quem lá estava a
de dois adolescentes, um jovem
pretende vincular-se a nenhuma
trabalhar. Quando surgiu a
adulto com 19 anos e outra
instituição, quer-se reformar
oportunidade de trabalhar no
adolescente com 17. Ele estuda fora,
relativamente cedo, não pretende
pré-hospitalar, agarrou-a e desde aí ,
iniciou este ano o curso de Engenharia
andar “nesta vida” por muitos anos.
não mais a largou!!!
Eletrotécnica e Computadores, tendo
Os filhos já estão a sair do ninho e o
Situações mais complicadas lembra
como principais interesses a
futuro não lhe dá grandes
muitas, mas principalmente as que
matemática, as ciências e a língua
preocupações!
envolvem crianças são as mais
Japonesa. A filha encontra-se a
Quer continuar a ser feliz a nível familiar
stressantes, bem como tudo o que
frequentar o 12º ano, e pretende
e profissional e o resto logo se vê...
envolve situações críticas com
seguir a área de Direito.
pessoas jovens, que são das poucas
A gestão familiar face ao stress e ao
“O meu lema é estar tranquila
coisas que lhe tiram o sono.
trabalho por turnos foi mais difícil,
e ser feliz”
Engraçadas também há muitas
mas neste momento “os miúdos” já
situações, mas uma em especial
estão mais crescidos, mais
nunca irá esquecer:… foi na VMER de
responsáveis, e conta-nos que tem o
Portimão, ainda como enfermeira,
apoio do seu pai, irmã e cunhada que
tiveram uma saída para uma rapariga
vivem perto. É tudo uma questão de
inglesa que caiu de uma falésia na
organização de tempo, e com
praia da rocha, mas não caiu até ao
tranquilidade tudo se faz...
areal, ficou a meio, tiveram de subir,
Nos tempos livres gosta de ler, de
avaliar e tratar a vítima. A única
uma boa esplanada com uma música
hipótese para avaliar, canalizar veia
ao vivo, de preferência á beira mar,
era de cabeça para baixo em
mas “não essencial”. Gosta muito de
decúbito ventral e com a luz de uma
estar em casa, talvez porque passa
lanterna, “foi engraçado às 4 da
muito tempo fora, devido á sua
manhã estar ali pendurada de cabeça
atividade profissional. Tem como
para baixo, mas até acabou por correr
refeição preferida bacalhau com
tudo muito bem…”
natas e adora salada de alface e
Gere o stress das situações mais
coentros, frutas e sumo de laranja,
EDITORA
ANA RODRIGUES Enfermeira VMER Heli INEM
EDITORA
49
Indice
TERESA CASTRO Enfermeira VMER
TESOURINHO VMERISTA
Pedro Oliveira Silva 1 1
Médico VMER
Caros leitores, este tesourinho é um pouco diferente, …é em si um relato da informação de uma ocorrência, para que saibam a importância de uma correta passagem de dados de todas as entidades envolvidas, começando pelo contactante inicial.
Ativação original: saída para paragem cardiorrespiratória de bebé de 16
meses, em Almancil - conseguem imaginar as emoções da equipa??. Já tinham saído da base, a realizar as contas das doses, com o maior alvoroço na estrada, quando recebem outra chamada do CODU em que a vítima afinal teria 16 anos. Uma criança ainda, mas com uma possível abordagem completamente diferente. Contas já não são necessárias (peso semelhante a um adulto) mas buzinas e luzes pela
Congressos e Cursos
XXIV CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA | 10 e 11 de novembro de 2022 | VIP Executive Art`s Hotel, Lisboa
Então comecemos…
estrada fora. Dois minutos, chamada do CODU, afinal o jovem estava consciente, apenas embriagado e poderíamos passar a disponível Este carrossel de emoções é apenas um pequeno exemplo, das informações iniciais à atualização final, pela qual muitas vezes a VMER vai, como diz o Zé Povinho, com fogo na região glútea e no momento a seguir desliga tudo e tal carro amarelo segue igual aos demais
EDITOR
CURSO DE VIA AÉREA DIFÍCIL PARA NÃO ANESTESISTAS – 1ª E 2ª EDIÇÃO | 25 e 26 de novembro 2022 | Centro Biomédico de Simulação CHP-ICBAS
Indice
PEDRO OLIVEIRA SILVA Médico VMER CODU
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FRASE MEMORÁVEL
FRASE MEMORÁVEL
"Desde julho aumentámos as taxas em 200 pontos base, o maior aumento na história do euro. Mas ainda não terminámos."
Afirmação de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), numa entrevista publicada pelo BCE, após a sua última reunião de política monetária, na quinta-feira 27/10/2022 do Conselho do BCE Visto em: https://www.dn.pt/dinheiro/bce-confirma-que-subida-da-taxa-de-juro-vai-continuar-para-convergir-inflacao-para-2-15308639.html
EDITOR
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Indice
PEDRO RODRIGUES SILVA Enfermeiro VMER/TIP
Indice
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SUGESTÕES DE LEITURA
SUGESTÕES DE LEITURA
2022 American Society of Anesthesiologists Practice Guidelines for Management of the Difficult Airway https://pubs.asahq.org/anesthesiology/article/136/1/31/117915/2022-American-Society-of-Anesthesiologis
Jeffrey L. Apfelbaum, Carin A. Hagberg, Richard T. Connis, Basem B. Abdelmalak, Madhulika Agarkar, Richard P. Dutton, John E. Fiadjoe, Robert Greif, P. Allan Klock, David Mercier, Sheila N. Myatra, Ellen P. O’Sullivan, William H. Rosenblatt, Massimiliano Sorbello, Avery Tung; 2022 American Society of Anesthesiologists Practice Guidelines for Management of the Difficult Airway. Anesthesiology 2022; 136:31–81 doi: https://doi.org/10.1097/ALN.0000000000004002
Obstetric Anaesthetists' Association and Difficult Airway Society guidelines for the management of difficult and failed tracheal intubation in obstetrics† https://associationofanaesthetists-publications.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/anae.13260
Mushambi, M.C., Kinsella, S.M., Popat, M., Swales, H., Ramaswamy, K.K., Winton, A.L. and Quinn, A.C. (2015), Obstetric Anaesthetists' Association and Difficult Airway Society guidelines for the management of difficult and failed tracheal intubation in obstetrics.
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Anaesthesia, 70: 1286-1306. https://doi.org/10.1111/anae.13260
SUGESTÕES DE LEITURA
Airway management in pre-hospital critical care: a review of the evidence for a ‘top five’ research priority https://rdcu.be/cYHlT
Crewdson, K., Rehn, M. & Lockey, D. (2018), Airway management in pre-hospital critical care: a review of the evidence for a ‘top five’ research priority. Scand J Trauma Resusc Emerg Med, 26: 89. https://doi.org/10.1186/s13049-018-0556-4
Prehospital Airway Management: A Systematic Review https://doi.org/10.1080/10903127.2021.1940400
Nancy Carney, Annette M. Totten, Tamara Cheney, Rebecca Jungbauer, Matthew R. Neth, Chandler Weeks, Cynthia Davis-O'Reilly, Rongwei Fu, Yun Yu, Roger Chou & Mohamud Daya (2022) Prehospital Airway Management: A Systematic Review, Prehospital Emergency Care, 26:5,
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716-727, DOI: 10.1080/10903127.2021.1940400
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SUGESTÕES DE LEITURA
SUGESTÕES DE LEITURA
Prehospital Trauma Airway Management: An NAEMSP Position Statement and Resource Document https://doi.org/10.1080/10903127.2021.1994069
Daniel P. Davis, Nichole Bosson, Francis X. Guyette, Allen Wolfe, Bentley J. Bobrow, David Olvera, Robert G. Walker, Michael Levy. (2022) Optimizing Physiology During Prehospital Airway Management: An NAEMSP Position Statement and Resource Document. Prehospital Emergency Care 26:sup1, pages 72-79. DOI: 10.1080/10903127.2021.1994069
EDITOR
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Indice
ANDRÉ ABÍLIO RODRIGUES Enfermeiro SIV/VMER
BEST SITES
CDC > POXVIRUS > MONKEYPOX Recorrendo uma vez mais ao CDC (Centers for Disease Control and Prevention), no seu website, encontramos informação valiosa acerca desta doença, assim como da
actuação dos profissionais de saúde perante um caso suspeito, provável ou confirmado, diagnóstico, tratamento, controlo da dor, vacinação, etc
https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/clinicians/case-definition.html
POCUS.org E porque continuamos a falar de ecografia no pré-hospitalar, divulgamos mais um website com inúmeros conteúdos que poderão
ajudar na técnica de POCUS (Point-ofCare-Ultrasound), com artigos, tutoriais, casos clínicos, blogues e ‘webinars’ gratuitos
EDITOR
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PEDRO RODRIGUES SILVA Enfermeiro VMER/TIP
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https://www.pocus.org/resources/
BEST APPS
BEST APPS Seguindo a tendência de apresentar aplicações relacionadas com temas abordados na revista, apresento-vos neste número duas aplicações que primam pela simplicidade de conteúdo e utilização. A primeira é um simples
metrónomo, ou marca-passo, para ajudar em ritmos de compressão eficazes, que nos aproximem da eficiência dos compressores mecânicos. A segunda, uma App informativa, que explica de forma sucinta e de fácil pesquisa, o que é o Monkeypox.
CPR METRONOME Este é um metrônomo que desempenha o tato certo para realizar RCP em um adulto. (110 BPM) https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cpr.pelz
MONKEYPOX Informações sobre sinais, sintomas, forma de transmissão e epidemiologia https://play.google.com/store/apps/details?id=com.monkeypox.devbilal
EDITOR
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PEDRO LOPES SILVA Enfermeiro VMER Heli INEM
Indice
Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve 58
ABC DAYS - V ENCONTRO ANUAL DO ALGARVE BIOMEDICAL CENTER
Realizou-se nos dias 12, 13 e 14 de
de saúde associadas, e parceiros de
Honors’, a Catarina Resende de Oliveira
Encontro Anual do ABC, este ano
formação, investigação científica e
(Câmara Municipal de Moura), pela sua
subordinado ao tema “Aging
desenvolvimento regional.
distinção na ligação entre o centro
Challenges”.
As áreas temáticas em discussão
académico e a comunidade.
Durante 3 dias decorreu uma partilha
foram os desafios cardiovasculares;
Do evento resultaram várias
de conhecimentos entre investigadores
desafios neurológicos; desafios
abordagens aos problemas já
do ABC -RI (Algarve Biomedical Center
músculo-esqueléticos; desafios
existentes e ao futuro do
Research Institute), estudantes da
oncológicos; desafios societais; bem
envelhecimento em Portugal e em
Faculdade de Medicina e Ciências
como uma sessão dedicada às
cada região, contribuindo para a
Biomédicas e Universidade do Algarve,
oportunidades associadas ao
inovação e o avanço científico nas
profissionais de saúde do CHUA e do
envelhecimento.
temáticas em estudo, com o
Hospital Garcia de Orta e instituições
Foram entregues os prémios ‘ABC
contributo do ABC.
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Centro de Investigação e Formação Biomédica do Algarve outubro, em Sagres, o ABC Days – VAcadémico diversas entidades ligadas ao ensino, (presidente AICIB) e Álvaro Azedo
PROJETO DO ABC PARA PREVENÇÃO DA COVID-19 DISTINGUIDO A NÍVEL EUROPEU O projeto do ABC “Formação de curta
Idosos (ERPI) com competências
pandemia pelo Ministério do Trabalho
duração de capacitação para trabalho
técnicas e psicossociais essenciais
Solidariedade e Segurança Social
em estruturas residenciais para
ao desempenho das funções,
(MTSSS), em parceria com o Instituto
idosos em contexto de pandemia”
inclusive a interação com residentes
Nacional de Emergência Médica
acaba de ser reconhecido como “boa
infetados. As formações decorreram
(INEM) e o Instituto de Emprego e
prática” nos prémios The European
em todo o país, com a realização de
Formação Profissional (IEFP).
Innovation Partnership on Active and
72 cursos e foram abrangidos quase
Este projeto integrou um conjunto de
Healthy Ageing.
1300 profissionais.
medidas que permitiram tornar
O projeto teve como objetivo
Estas ações de formação foram parte
Portugal no país europeu com menor
capacitar os trabalhadores dos
integrante das medidas
mortalidade por Covid-19 entre os
Estabelecimentos Residenciais para
implementadas em resposta a
mais idosos residentes em ERPI.
CAMINHADA E CORRIDA SOLIDÁRIA - MAMA EM MOVIMENTO
Indice
Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve Na passada manhã de domingo dia
a presença de 155 participantes que
Lurdes Santos Pereira.
23 de outubro, decorreu a primeira
tornaram a manhã de domingo uma
O nosso sincero agradecimento a
edição da Caminhada e Corrida
manhã cheia de energia e boa
todos os apoios e patrocínios,
solidária - Mama em Movimento.
disposição em prol da sensibilização
nomeadamente, a Universidade do
O evento foi uma iniciativa do ABC
e prevenção do cancro da mama!
Algarve (UAlg), Gymnasium Faro,
-Algarve Biomedical Center, e
O valor da inscrição bem como os
Apolónia Supermercados, Huxia
organizado em parceria com a
donativos angariados no dia do
Sport, Mais Mu, Município de Faro,
Algarviana Team e a Associação
evento serão doados à AOA. O evento
bem como a todos os participantes e
Oncológica Do Algarve (AOA). Este
também contou com a presença da
voluntários!!! Contamos consigo para
evento de cariz solidário contou com
presidente da AOA, a Dra. Maria de
a próxima edição!
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ALGARVE - CENTRO DE REFERÊNCIA PARA O ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL
O Algarve foi novamente distinguido
das melhores respostas a nível
criativas e viáveis que melhoram a
pela Comissão Europeia como um
nacional e que muitas das boas
qualidade de vida e a saúde das
Envelhecimento Ativo e Saudável,
contra a pandemia fossem replicadas
O papel que o ABC teve na criação
agora com classificação máxima
por outras regiões.
dum site para o centro de referência
de 4 estrelas.
Em 2019 a região do Algarve é
(https://www.algarveactiveageing.pt),
O trabalho desenvolvido pelo ABC no
reconhecida pela Parceria Europeia
a criação da REPENSA - Rede
apoio ao envelhecimento ativo e
para a Inovação no Envelhecimento
Portuguesa de Envelhecimento
saudável foi fundamental na
Ativo e Saudável (EIP – AHA) da
Saudável e Ativo (https://repensa.pt)
avaliação para a obtenção da
Comissão Europeia, como uma das 77
e o Observatório Nacional para o
classificação máxima.
Regiões Europeias de Referência para
Envelhecimento contribuíram em
Os contributos do ABC no âmbito do
o Envelhecimento Ativo e Saudável.
larga escala para a obtenção deste
combate à Covid-19, que permitiram
O Algarve Active Ageing é um
reconhecimento e classificação.
que a região do Algarve tivesse uma
ecossistema que oferece soluções
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Centro de Referência paraCentro o práticas implementadas na luta pessoas idosas. Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve
ABC PARTICIPA NO 6º ENCONTRO DE MÉDICOS DE FAMÍLIA DO ALGARVE
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Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve
O 6º Encontro de Médicos de Família
Básico de Vida com Desfibrilhação
conhecimentos e novas
do Algarve decorreu no Hotel D.
Automática Externa. Os médicos
aprendizagens. O evento foi
Pedro em Vilamoura e contou com a
participantes no curso, vieram de
organizado pela Delegação Distrital
presença dos formadores do ABC
norte a sul do país, e foi um momento
de Faro da Associação Portuguesa de
para ministrar um curso de Suporte
enriquecedor de partilha de
Medicina Geral e Familiar (APMGF).
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PRÉMIOS DE EXCELÊNCIA LÍDIA JORGE No dia 19 de outubro, em Loulé, decorreu a ‘Gala de atribuição dos Prémios de Excelência Lídia Jorge', apoiado pelo ABC -Algarve Biomedical Center, um evento que distinguiu Joana Roseira, como a melhor estudante do Doutoramento em Investigação Clínica e Medicina Translacional da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas, da Universidade do Algarve. O reconhecimento ao talento, esforço e excelência dos estudantes no âmbito da investigação clínica na região é parte integrante dos projetos dos quais o ABC participa.
O principal objetivo das I Jornadas é abordar as principais patologias músculo-esqueléticas no âmbito da prática clínica em Medicina Geral e Familiar através de revisões
Centro teóricas, evidencia científica e Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve workshops práticos. A organização do evento é da responsabilidade do ABC. Vem participar no evento!
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Mourão C, Cartaxo V, Marques N.
– Entrada grátis em webinares formativos a organizar pela APEMERG; – Descontos nos eventos a organizar pela APEMERG; – Participar na Assembleia Geral da APEMERG, nos termos definidos nos estatutos; – Prioridade na participação em projectos educacionais e estudos que a associação vier a promover; – Convites para entrada em eventos de parceiros na área do doente crítico.
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– Descontos em eventos realizados pelos nossos parceiros".
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CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO
CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO – Novembro de 2021
A Revista LIFESAVING (LF) é um órgão de publicação pertencente ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e dedica-se à promoção da ciência médica pré-hospitalar, através de uma edição trimestral. A LF adopta a definição de liberdade editorial descrita pela World Association of Medical Editors, que entrega ao editorchefe completa autoridade sobre o conteúdo editorial da revista. O CHUA, enquanto proprietário intelectual da LF, não interfere no processo de avaliação, selecção, programação ou edição de qualquer manuscrito, atribuindo ao editor-chefe total independência editorial. A LF rege-se pelas normas de edição biomédica elaboradas pela International Commitee of Medical Journal Editors e do Comittee on Publication Ethics.
respectivos autores. A LF reserva-se o direito de publicar ou não os artigos submetidos, sem necessidade de justificação adicional. A LF reserva-se o direito de escolher o local de publicação na revista, de acordo com o interesse da mesma, sem necessidade de justificação adicional. A LF é uma revista gratuita, de livre acesso, disponível em https://issuu.com/lifesaving. Não pode ser comercializada, sejam edições impressas ou virtuais, na parte ou no todo, sem autorização prévia do editor-chefe.
3. Direitos Editoriais Os artigos aceites para publicação ficarão propriedade intelectual da LF, que passa a detentora dos direitos, não podendo ser reproduzidos, em parte ou no todo, sem autorização do editor-chefe.
2. Informação Geral A LF não considera material que já foi publicado ou que se encontra a aguardar publicação em outras revistas. As opiniões expressas e a exatidão científica dos artigos são da responsabilidade dos
4. Critérios de Publicação 4.1 Critérios de publicação nas rúbricas
originais em qualquer das categorias em que se desdobra, de acordo com os seguintes critérios de publicação: Nós Por Cá - Âmbito: Dar a conhecer a realidade de actuação das várias equipas de acção pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Dimensão: 250 palavras. Tertúlia VMERISTA - Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante. Dimensão: 250 palavras. Minuto VMER - Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos. Dimensão: 1000 palavras Fármaco Revisitado - Âmbito: Revisão breve de um fármaco usado em emergência pré-hospitalar ou que poderia ser uma mais valia a sua implementação na carga VMER. Dimensão: 500 palavras
A LF convida a comunidade científica à publicação de artigos
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1. Objectivo e âmbito
Journal Club - Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. Dimensão: 500 palavras
Cuidar de Nós - Âmbito: Diferentes temáticas, desde psicologia, emocional, metabólico, físico, laser, sempre a pensar no auto cuidado e bem estar do profissional. Dimensão: 500 palavras.
Nós e os Outros - Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a actuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas. Dimensão: 1000 palavras
Pedacinho de Nós - Âmbito: Dar a conhecer os profissionais das equipas de emergência pré-hospitalar. Dimensão: 400 palavras.
Ética e Deontologia - Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. Dimensão: 1000 palavras Legislação - Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica. Dimensão: 500 palavras O que fazer em caso de... - Âmbito: Informação resumida mas de elevada qualidade para leigos em questões de emergência. Dimensão: 500 palavras.
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Mitos Urbanos - Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. Dimensão: 1000 palavras.
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Tesourinhos VMERISTAS - Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da nossa experiência enquanto VMERistas. Dimensão: 250 palavras Congressos Nacionais e Internacionais - Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica. Di-mensão: 250 palavras. Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar - Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica préhospitalar -Dimensão: 250 palavras Cartas ao Editor - Objetivo: comentário/exposição referente a um artigo publicado nas últimas 4 edições da revista promovendo a discussão e visão crítica. Poderão ainda ser enviados observações, casuísticas particularmente interessantes de temáticas atuais que os autores desejem apresentar aos leitores de forma concisa.
- Instruções para os autores: 1. O corpo do artigo não deve ser subdividido; sem necessidade de resumo ou palavras-chave. 2. Deve contemplar entre 500 a 1000 palavras, excluindo referências, tabelas e figuras. 3. Apenas será aceite 1 figura e/ou 1 tabela. 4. Não serão aceites mais de 5 referências bibliográficas. Devendo cumprir as normas instituídas para revista. 5. Número máximo de autores são 4. Instantâneos em Emergência Médica - Âmbito: Fotografias em contexto pré-hospitalar, contextualizadas nas diversas áreas da Emergência. - Formato: Título; Autores – (primeiro nome, último nome, título, categoria profissional opcional); imagem em formato JPEG com resolução original); Legenda explicativa com breve enquadramento ou breve comentário acerca do sentido da imagem para o Autor. – máx. 100 palavras. É de a responsabilidade dos autores respeitar a POLITICA DE PRIVACIDADE, De acordo com o art. º13.º do Regulamento Europeu de Proteção de Dados Pessoais Reg. UE 201/679. Os Autores são responsáveis por respeitar e obter o consentimento de imagem, quando necessário ( n.º 1 do artigo 79.º do C.C).
CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO
Posters em Emergência Médica - Âmbito: Apresentação sumária de Póster científico original, sobre a temática da Emergência pré e intra-hospitalar, e do doente crítico. Dimensão: 800 a 1000 palavras. Limite de tabelas e imagens: 6 Intoxicações no pré-hospitalar - Âmbito: Revisão geral sobre determinada substância (tóxico), consequências de sobredosagem ou contacto/ consumo inadvertido ou intencional e qual a abordagem em contexto de Emergência Médica Pré-hospitalar. Formato: Título; Autores; palavra (s)-chave; 1 ou 2 imagens (podendo incluir gráficos e/ou tabelas devidamente legendados); 500 a 1000 palavras; Agradecimentos; Referências bibliográficas
formato JPEG (.Jpg), PDF (.pdf). As tabelas/figuras devem ser numeradas na ordem em que ocorrem no texto e enumeradas em numeração árabe e identificação. No que concerne a trabalhos científicos que usem bases de dados de doentes de instituições é necessário fazer acompanhar o material a publicar do consentimento da comissão de ética da respectiva instituição. As submissões deverão ser encaminhadas para o e-mail: revistalifesaving@gmail.com
5. Referências Os autores são responsáveis pelo rigor das suas referências bibliográficas e pela sua correta citação no texto. Deverão ser sempre citadas as fontes originais publicadas. A citação deve ser registada empregando a Norma de Vancouver
4.2 Critérios gerais de publicação
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O trabalho a publicar deverá ter no máximo 120 referências. Deverá ter no máximo 6 tabelas/ figuras devidamente legendadas e referenciadas. O trabalho a publicar deve ser acompanhado de no máximo 10 palavras-chave representativas. No que concerne a tabelas/ figuras já publicadas é necessário a autorização de publicação por parte do detentor do copyright (autor ou editor). Os ficheiros deverão ser submetidos em alta resolução, 800 dpi mínimo para gráficos e 300 dpi mínimo para fotografias em
Estatuto Editorial
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A Revista LIFESAVING é uma publicação científica e técnica, na área da emergência médica, difundida em formato digital, com periodicidade trimestral. Trata-se de um projeto inovador empreendido pela Equipa de Médicos e Enfermeiros das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Faro e de Albufeira, pertencentes ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e que resultou da intenção estratégica de complementar o Plano de formação contínua da Equipa. A designação “Lifesaving”, que identifica a publicação, é bem conhecida por todos os profissionais que trabalham na área da emergência médica, e literalmente traduz o desígnio da nobre missão que todos desempenham junto de quem precisa de socorro – “salvar vidas”. Esta Publicação inovadora, compromete-se a abraçar um domínio editorial pouco explorado no nosso país, com conteúdos amplamente dirigidos a todos os profissionais que manifestam interesse na área da emergência médica. Através de um verdadeiro trabalho de Equipa dos vários Editores da LIFESAVING, e
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aproveitando a sua larga experiência em Emergência Médica, foi estabelecido o compromisso de apresentar em cada número publicado, conteúdos e rubricas de elevada relevância cientifica e técnica no domínio da emergência médica. Por outro lado, este valioso instrumento de comunicação promoverá a partilha das ideias e conhecimentos, de forma completa, rigorosa e assertiva. Proprietário: Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E.P.E. NIPC: 510 745 997 Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro N.º de registo na ERC: 127037 Diretor: Dr. Bruno Santos Editor-Chefe: Dr. Bruno Santos Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro Sede da redação: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro Periodicidade: trimestral
TIPO DE CONTEÚDOS Esta publicação periódica pretende ser uma compilação completa de uma seleção de matérias científicas e técnicas atualizadas, incluídas em grande diversidade de Rubricas, incluindo: – “Nós Por Cá” – Âmbito: Dar a conhecer a realidade de atuação das várias equipas de ação pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Poderá incluir também a descrição sumária de atividades, práticas ou procedimentos desenvolvidos localmente, na área da emergência médica – Dimensão: 500 palavras; – “Tertúlia VMERISTA” – Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante – Dimensão: 250 palavras;
– “Minuto VMER” – Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos, ou de aspetos práticos relacionados com Equipamentos utlizados no dia-à-dia. Dimensão: 1000 palavras; – “Fármaco Revisitado” – Âmbito: Revisão breve de um fármaco usado em emergência pré-hospitalar, ou que poderia ser uma mais valia a sua implementação na carga VMER. – Dimensão: 500 palavras; – “Journal Club” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. -Dimensão: 500 palavras; – “Nós e os Outros” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a atuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas. -Dimensão: 1000 palavras; – “Ética e Deontologia” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. -Dimensão: 500 palavras; – “Legislação” – Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica. – Dimensão: 500 palavras; – “O que fazer em caso de…” – Âmbito: Informação resumida, mas de elevada qualidade, para leitores não ligados à área da saúde, ou da emergência médica -Dimensão: 500 palavras; – “Mitos Urbanos” – Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. -Dimensão: 1000 palavras;
ESTATUTO EDITORIAL
PREVISÃO DO NÚMERO DE PÁGINAS: 50; TIRAGEM: – não aplicável para a publicação eletrónica, não impressa em papel.
ONDE PODERÁ SER CONSULTADA: Pode ser consultada no site do CHUAlgarve, no setor “Comunicação”, no domínio http:// www.chualgarve.min-saude.pt/ lifesaving/, e adquirida gratuitamente por subscrição nesse mesmo site. Não dispomos ainda de um site oficial para organização dos nossos conteúdos, de modo que atualmente todas as Edições estão a ser arquivadas no Repositório Internacional ISSUU, onde poderão ser consultadas gratuitamente (https://issuu.com/lifesaving). Marcamos presença ainda noutras plataformas de divulgação (Facebook, Instagram, Twiter e Youtube).
N.º 1 do art.º 17.º da Lei de Imprensa: Garanta de liberdade de imprensa: 1 - É garantida a liberdade de imprensa, nos termos da Constituição e da lei. 2 - A liberdade de imprensa abrange o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações. 3 - O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura
DIVULGAÇÃO DA LIFESAVING: A LIFESAVING será difundida no site do Centro Hospitalar do Algarve (no setor média e imagem), e sua Intranet, com possibilidade da sua subscrição para receção trimestral via e-mail. Inserida on-line no repositório de publicações ISSUU, adquirindo um aspeto gráfico otimizado para tornar a leitura ainda mais agradável. Será também difundida na página de Facebook da VMER de Faro, página própria com o nome LIFESAVING.
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Indice
– “Cuidar de Nós” – Âmbito: Discussão de diferentes temáticas, de caráter psicológico, emocional, metabólico, físico, recreativo, centradas no autocuidado e bem estar do profissional da emergência. -Dimensão: 500 palavras; – “Pedacinho de Nós” – Âmbito: Dar a conhecer, em modo de entrevista, os profissionais da Equipa das VMER de Faro e Albufeira ou outros Elementos colaboradores editoriais da LIFESAVING. – Dimensão: 500 palavras; – “Vozes da Emergência” – Âmbito: Apresentar as Equipas Nacionais que desenvolvem trabalho na Emergência Médica, dando relevância a especificidade locais e revelando diferentes realidades. – Dimensão 500 palavras; – “Emergência Global” – Âmbito: publicação de artigos de autores internacionais, que poderão ser artigos científicos originais, artigos de opinião, casos clínicos ou entrevistas, pretendendo-se divulgar experiências enriquecedoras, além fronteiras; – “Tesourinhos VMERISTAS” – Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da experiência dos Profissionais da VMER. – Dimensão: 250 palavras; – “Congressos Nacionais e Internacionais” – Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica – Dimensão: 250 palavras; palavras; – “Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar” – Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica pré-hospitalar -Dimensão: 250 palavras
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