Revista Lifestyle Tattoo - Edição 7

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1 ano

Edição nº 07|JUL/AGO

O casal mais comum do mundo

Dia Mundial do Rock

E mais

Victor e Gaby de uma forma jamais vista

Spotify

Vários artistas registraram na pele seu amor pela música

Os artistas que são lendas dentro e fora dos palcos

entrevista

Tico Santa Cruz, o riscado vocalista do Detonautas

LIFESTYLE

Fábio Cristiano nos conta tudo sobre sua carreira no skate

point

Confira a dica irada do Thiago Deejay da Radio Rock


Acesse www.revistalifestyletattoo.com e confira todas as nossas edições

Ano 1|Edição nº 05|MAR/ABR

ENTREVISTA

O body piercer Ronaldo Sampaio, o Snoopy nos conta tudo sobre seu trabalho

OLHO POR OLHO

Ano 1|Edição nº 02|SET/oUT

Ano 1|Edição nº 03|noV/dEZ

Saiba mais sobre o universo da Suspensão Corporal e confira a

ENTREVISTA

Mariana Queiroz

com o expert no assunto

Valnei Santos

Confira ooensaio Confira ensaio cheio de deatitude atitude da Lifestyle LifestyleGirl Girl

PONTILHISMO PONTILHISMO

estilo que, OOestilo deponto pontoem em ponto, ponto, de vaiconquistando conquistando vêm seu espaço. espaço. ooseu Conheça Conheça o trabalho doso dos mestrestrabalho da técnica craques na técnica

Renatha Renatha Pires Pires

Brian Gomes Renato xxx Anselmo Araújo Brian xxx Renato de Souza Anselmo xxx

ARTE NA PONTA DA

Monique Peres

E MAIS: Curiosidades|Estúdios em destaque|Dicas de som|Agenda de eventos

EVENTOS

Tattoo Ink 2013 S.J. dos Campos

POINT

Karooba Café Tattoo

ENTREVISTA

Fernando Schaefer Banda Worst

CAUSOS E PÉROLAS

Nosso novo colunista Sr. Geléia

1

EVENTO

2ºEVENT Guarulhos O Tattoo hos Guarul 2ºFest Fest Tattoo

ENTREVISTA ENTREVISTA

Boni Lucena, , do Lucena Boni do Gelly’s Tattoo Gelly’s Tattoo

LIFESTYLE

RIFFS UNS LIFESTYLE UNSRIFFS artesanais Cervejasartesanais Paulão,, vocal vocaldo Cervejas Paulão Sinnatrah doVelhas VelhasVirgen Virgenss dodoSinnatrah

O Vrummm mais charmoso de SP:

Cherry Rat,

em clima de rockabilly no ensaio da Lifestyle Girl

Estilo

O que não saiu sobre a Copa você vê aqui

Estreia da seção do piercer snoopy, entrevistando o mestre das perfurações

Pegamos a Dutra rumo ao Rio de Janeiro para registrar tudo sobre o

Confira a estreia do Editorial de Moda cheio de atitude

Copa Riscada

ADoRNA mENtos

Não é só sp

A Voz Confira o “Dom” de Paulinho Lima

Brian skellie ENtREVistA

liFEstYlE

T. Angel, conheça o que Levante seu topete e pensa o polêmico tire o broto para dançar. artista performer Conheça o The Clock

stUDio

Conheça a arte do Tatuaria São Paulo, no coração da cidade

SIGA nossOS PERFIS

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Ano 1|Edição nº 06|mai/jun

Doce Potência

no ensaio da Lifestyle Girl

tattoo Week Rio

E MAIS

Elas entendem tudo de agulha, e não é de costura que estamos falando

LIFESTYLE TATTOO | ED.1 JUL/AGO

Confira a entrevista exclusiva com a banda Flicts, falando sobre os sons que dizem muito sobre Sampa

Confira todo estilo da ruiva

E mAis

Agulha

pAulicéiA DE toDAs As coREs

Rock BABY

CORPO SUSPENSO

Confira o ensaio de estreia da Lifestyle Girl

Ano 1|Edição nº 04|JAn/FEV

Dia de

soundcloud.com/revlifestyletattoo twitter.com/rev_lifetattoo youtube.com/revlifestyletattoo

E mais

ANO 1|EDIÇÃO Nº 01|JUL./AGO.

EVENTOS

Confira o que rolou no Tattoo Show RS

LIFESTYLE

Um rolê com os Scooteristas

TÉCNICA REFINADA

A simbologia da Tattoo Maori

TATTOO TERAPIA Estreia do reality que é diferente de tudo o que você já viu


EDITORIAL Enfim chegamos à tão esperada edição de UM ANO da Revista Lifestyle Tattoo! Para comemorar em grande estilo, preparamos grandes matérias e participações mais que especiais. Gostaria de agradecer inicialmente ao Caio Rocato (dono da ideia inicial da Revista) e a todos os colaboradores, os que estão desde a primeira edição, os que chegaram na 6° edição, os que passaram por algumas edições, e dizer que sem o trabalho de cada um, talvez não estaríamos aqui. Isso inclui toda a equipe, sem diferença nenhuma, os fotógrafos, jornalistas, maquiadores, colunistas, diretores de arte, produtores e todos que fazem mais do que podem, que perdem noites de sono e se desdobram para estar aqui - a todos vocês, quero agradecer do fundo do meu coração!

Nessa edição especial temos a participação do Méééééstreeee Thiago DJ: apresentador de muitos programas da Rádio Rock 89 FM Agradeço também à parceiros como Chavo Callejero, Maltese Cross, Karooba Café Tattoo, entre outros. E o agradecimento mais importante: a você, nosso leitor que busca e faz questão de digitar na barra de endereço o site da Lifestyle Tattoo para ler o nosso conteúdo, a vocês que participam da nossa página no Facebook e interagem conosco. O objetivo da revista tem sido atingido – a ideia central é levar arte e cultura no geral a todos os leitores, sem custo nenhum! Basta acessar, se informar, expor sua opinião e interagir. Após esses agradecimentos, espero que todos tenham uma ótima leitura, e que daqui a 1 ano, meu desejo é que vocês estejam com a edição impressa da Lifestyle Tattoo em mãos, além da versão digital.

Raphael Rosa Diretor Comercial contatolifestyletattoo @uol.com.br

EXPEDIENTE Diretor Comercial: Raphael Rosa Diretor de Criação: José Junior Editora Chefe: Deborah Benetti Direção de Arte: Simone Ferres Jornalistas: Brian Stecco, Fernando Szabo, Jéssica Marques, Nathalia Abreu Redator: Diogo Dias Revisão: Maria Clara Paes Style: Ane Francotti Make Up: Maicon Freitas Fotógrafos: Daniel Correa, Fernando Bentes

Foto de Capa: Fernando Bentes

e Renata Pitteri

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COLABORADORES

Brian Stecco

Diogo Dias

Fernando Szabo

Daniel Correa

23 anos, jornalista. Fez sua primeira tattoo aos 18 anos e desde então não parou. Entre seus estilos favoritos está o Old School e as chicanas em preto e cinza. De esquerda, Brian adora política, futebol e uma cervejinha gelada no fim do dia. b.stecco@hotmail.com

É redator, músico e agitador do rock independente. Acha que a música é uma manifestação divina ou extraterrestre, porque coisa coisa boa assim não pode ter vindo do homem. diogodias.tgu@gmail.com

31 vulgo Feu. Agente de atividades culturais e músico. Apaixonado por carros e instrumentos - ambos vintage, fez sua primeira tattoo aos 17 e não parou mais, acredita na música como meio de formação e também de transformação. Toca guitarra e canta na banda Suíteluxo. feuszabo@gmail.com

27 anos, fotógrafo free lancer, fã de filmes de terror e suspense, adora assistir e pesquisar os Behind the scenes. Não dispensa um bom e velho rock’n roll, e de vez em quando, arrisca algumas palhetadas para relaxar. fb.com/Daniel.Correa.Fotografo

Renata Pitteri

Luiz Fernando Bentes

Jéssica Marques

Simone Ferreira

26 anos, é produtora de vídeo e tudo que lhe instiga. Fotógrafa por hobby & job. Conectada a arte e cultura, amante de música, rock n’ roll e apreciadora de artistas independentes. Adora uma boa conversa, bom humor, é piadista, e uma novidade é sempre bem vinda. repitteri@gmail.com

Vulgo Mano. Fotógrafo no Studio Luís Crispino. Apaixonado por arte e fotografia. Bom boêmio, nunca nega um convite para uma gelada. Apreciador de um bom som, como rap e rock. Apaixonado por tattoo, fez a primeira aos 20 anos de idade. luizfbentes@gmail.com

Jornalista, 23 anos. Coleciona bilhetes de cinema e livros de “O Pequeno Príncipe”. Prefere palavras que transmitam sensibilidade. Apaixonada por jornalismo literário e observadora de sorrisos e olhares tímidos, não dispensa a oportunidade de ouvir e contar uma boa história. jessica.mobezerra@gmail.com

Diretora de arte, fã de gatos, de blogs de moda e make, sócia do Mimos da Si e apaixonada por Jesus. Sonhadora constante, é Esse é o mundo da Si. A primeira tatuagem está por vir simoneferres.wix.com/ diretoraart

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22 {

CAPA }

ÍNDICE

lendas do rock

38 {

estilo }

Vertentes do rock

30 {

LIFESTYLE }

skateboard

16

{SPOTIFY } 06 { especial } 4dekmsgraffiti 36 { point } clube outs tico santa cruz scorpions jundiaí tattoo studio eventos } 12 { 37 { } 28 { portifa } fabio gava 48 { entrevista } marinho ponci 63 { adornamentos } Danny Yerna 68 { uns riffs} bombeck 72 { na agulha } huey { LIFESTYLE couple } e pérolas } casal peralta 74 { causos cuidados com tatuagem porra. 76 { agulhada } 11 ano ano! 78 { EVENTOS} TATTOO WEEk sp

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[ ESPECIAL ]

Projeto 4 Kms

O cinza deu lugar à vida, as Projeto artístico preenche 4 quilômetros de muros na Zona Leste de São Paulo com obras incríveis de graffiti

N

os últimos meses quem passou pela Radial Leste entre as estações do Metrô Patriarca e Corinthians-Itaquera não pôde deixar de perceber uma enorme galeria de arte a céu aberto. Com mais de 10.000m², o projeto, que é a maior intervenção de graffiti da América Latina, foi batizado de “Projeto 4 Km” e contou com a presença de mais de setenta graffiteiros de diversos estados do Brasil para sua realização.

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De acordo com a Curadoria da iniciativa, a largada do Projeto 4 KM foi dada pelos curadores Bárbara Goy, Diego Zéfix, Thiago Falgetano e Danilo Roots, em abril, com a pintura dos primeiros 100 metros de identificação do projeto, na estação Patriarca. O projeto 4 KM é uma ação do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e Companhia do Metropolitano de São Paulo. A Nike é apoiadora cultural. O projeto, além de trazer um pouco mais arte para dentro do cotidiano de quem circula pela região, serviu também para abrir espaço para artistas mostrarem seu potencial para turistas de


cores e à arte TEXTO Brian Stecco

todo o mundo que passaram pelo enorme mural durante a realização da Copa do Mundo. Quem passava pelo local não deixava de perder alguns segundos para registrar o trabalho com máquinas fotográficas. Segundo Bárbara Goy “o trabalho desenvolvido no projeto 4 KM ganhou o mundo através da mídia nacional e internacional, mas desde as primeiras intervenções no painel inicial, feito por nós, os quatro curadores, a população da região ou quem utiliza a Radial Leste como via de locomoção já demonstrava carinho pelo projeto. As pessoas vinham conversar, tirar fotos, gritavam de dentro dos carros, buzinavam. Os pedestres

elogiaram a cor no lugar do cinza e ressaltaram um estímulo para a caminhada ou o passeio pela ciclovia. Antes mesmo de o processo terminar, teve até ensaio de moda tendo o muro como cenário”. Com a construção do Estádio de Itaquera estima-se que a Zona Leste de São Paulo receba investimento de diversas áreas do setor público e privado após o Mundial. Além do espaço físico essa foi uma das razões da escolha desse espaço para a concretização do projeto. Bárbara nos conta que “o graffiti sempre foi a cara de São Paulo, a cara da Zona Leste, a região que abriga quase metade da população da metrópole, e que com o advento da Copa do Mundo se tornou um eixo de desenvolvimento ainda maior. O projeto realizado no caminho que leva ao Estádio de Itaquera se tornou a menina dos olhos da população local, que teve sua autoestima elevada”. Diego Zéfix nos diz também que um dos objetivos é “levar arte para Zona Leste que influencie na formação de futuros graffiteiros e artistas em um lugar que precisa. Fugindo um pouco do centro”. Para grafitar toda a extensão do mural foram inscritos 502 trabalhos, de 389 artistas, com cerca de 50 x 2,5 m. cada trabalho. Junto com as fichas de inscrições os artistas enviaram seus portfolios. Dos 389, setenta foram selecionados para a concretização da obra e, assim, modificar a paisagem urbana da maior cidade do país. (Confira ao final da matéria quem foram os artistas participantes). “Foram dois anos e meio pesquisando o formato, o local e a logística do projeto, que desde o início se propunha a ser grandioso e fomentar a cultura, o turismo e a arte do graffiti”, afirma Bárbara. Nos 4 quilômetros da Radial onde o projeto foi desenvolvido encontram-se representações inéditas de temas como a cena urbana da cidade de São Paulo, futebol, torcida e povo brasileiro. Mostra a identidade e miscigenação de uma cidade e um país rico em natureza. Quem quiser conferir de perto a mais nova galeria de arte da cidade basta descer em qualquer estação do metrô entre as estações Patriarca e Corinthians-Itaquera.

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fb.com/projeto4km

GALERIA LIFESTYLE

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Entrevista Bárbara Goy

Artista plástica e curadora do projeto 4 Km TEXTO Nathalia Abreu FOTOS Léo Pinheiro

LT - Como surgiu a ideia deste projeto? Bárbara Goy - O projeto 4 Km é uma ação que foi estruturada durante dois anos e meio pela Secretaria de Estado de Turismo e desenvolvido pelos curadores com objetivo de colorir um longo caminho, fomentando turismo, cultura e envolvendo a sociedade. O projeto que abriu espaço nobre à arte urbana, mostrou o potencial da cena graffiti aos paulistanos e aos turistas que visitaram a cidade durante a Copa do Mundo. O evento de repercussão mundial deu uma oportunidade perene aos nossos artistas graffiteiros. Eles escreveram com spray um novo capítulo na história da arte na cidade cinza. LT - Quem são os principais curadores? Bárbara Goy - Os curadores do projeto são Bárbara Goy, Danilo Roots, Thiago Falge e Diego Zefix.

LT - Como foi o processo para conseguir apoio de grandes empresas, como é o caso da Nike? Bárbara Goy - O projeto 4 Km é uma iniciativa do Governo do Estado e conseguiu o patrocínio da Nike através do PROAC, que é um Programa de Incentivo à Cultura da Secretaria do Estado. LT - Que importância você acredita que este projeto tem para a cidade de São Paulo, no atual momento? Bárbara Goy - O graffiti sempre foi a cara de São Paulo, a cara da Zona Leste, a região que abriga quase metade da população da metrópole, e que com o advento da Copa do Mundo se tornou um eixo de desenvolvimento ainda maior. O projeto realizado no caminho que leva ao Estádio de Itaquera se tornou a menina dos olhos da população local, que teve sua autoestima elevada,

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e também dos artistas que puderam expor a sua arte ao público do mundo todo, uma galeria de arte a céu aberto, que se tornou a maior galeria de arte ao céu aberto da América Latina. LT - Como os artistas foram escolhidos? Bárbara Goy - Os artistas foram escolhidos num processo de seleção aberto, com edital divulgado pela internet, imprensa, material de divulgação no Metrô e no Diário Oficial, que reuniu 389 inscrições e 502 trabalhos. Além das fichas de inscrição, os artistas deveriam enviar portfólio e a arte que seria desenvolvida no muro em escala de 50 x 2,5 m. Dos 70 selecionados, além de São Paulo, tivemos graffiteiros de Goiânia, do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Camboriú, de Curitiba, Caçapava, Campinas, Embu das Artes e Mogi das Cruzes. LT - Por que esse espaço em específico foi escolhido? Bárbara Goy - Foram dois anos e meio pesquisando o formato, o local e a logística do projeto,

que desde o início se propunha a ser grandioso e fomentar a cultura, o turismo e a arte do graffiti. Inicialmente, queríamos fazer o maior mural a céu aberto do mundo. Mas descobrimos que mesmo com os quatro quilômetros lineares que encontramos nos muros do Metrô na Zona Leste de São Paulo não seriam suficientes. O Muro de Berlim, já tinha entrado para o Guinness. Mas poderíamos ser o maior da América Latina e o Metrô abraçou a ideia. LT - Sobre o seu trabalho, em específico, gostaria que falasse um pouco sobre a arte que ‘estampou’ no muro. Como surgiu sua ideia para colaborar com o projeto, quais referências utilizou e há quanto tempo está trabalhando nisto? Bárbara Goy - O meu painel é uma cena de torcida feminina e que mostra a importância do papel das mulheres no futebol. As Meninas que estampei no mural inicial, na Estação Patriarca do Metrô, são as personagens características das minhas séries. Trabalho com essas figuras em telas há mais de

Bárbara colocando a ‘mão na massa’ no Projeto 4 Km na Radial Leste

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dez anos. O painel, pintado em cima de andaimes, levou quase um mês para ficar pronto. Ao mesmo tempo, também assinei a bandeira do Brasil, que se tornou símbolo do projeto, em parceria com Danilo Roots. Na Estação Artur Alvim, uma nova intervenção foi feita e eu usei os “Carrinhos”, (veículos que ganham rostos ou pessoas que ganham rodas), meus personagens da rua, para representar com arte e num lugar bem oportuno, um pouco da cena urbana de São Paulo, já que a cidade era um dos temas propostos no projeto. LT - Ainda sobre seu trabalho, conte um pouco mais sobre você: como começou no graffiti, como atua na cidade e fale um pouco sobre você como artista, de forma geral. Bárbara Goy - Eu atuo nas artes plásticas há mais de 15 anos. Sou uma artista autodidata que pinta quadros desde a infância. Dia desses, uma tia minha achou uma tela de quando eu tinha 7 anos. O graffiti entrou na minha vida de forma experimental. Eu comecei sozinha, no meu bairro, por curiosidade. Depois conheci uma galera numa Virada Cultural e fui me envolvendo mais com a cena graffiti, na qual atuo há sete anos. Além da minha criação autoral de ateliê, a publicidade abriu portas para o meu trabalho, seja no traço, nas cores e na forma de trabalhar. Costumo me traduzir

como artista prática: o que precisar, eu faço. LT - Como tem sido a aceitação pública do muro? Bárbara Goy - O trabalho desenvolvido no projeto 4 KM ganhou o mundo através da mídia nacional e internacional, mas desde as primeiras intervenções no painel inicial, feito por nós, os quatro curadores, a população da região ou quem utiliza a Radial Leste como via de locomoção já demonstrava carinho pelo projeto. As pessoas vinham conversar, tirar fotos, gritavam de dentro dos carros, buzinavam. Os pedestres elogiaram a cor no lugar do cinza e ressaltaram um estímulo para a caminhada ou o passeio pela ciclovia. Antes mesmo de o processo terminar, teve até ensaio de moda tendo o muro como cenário. LT - De forma geral, como você tem visto a participação da mulher na cena do graffiti no país? Bárbara Goy - Ainda é muito pequena a participação das mulheres na cena graffiti brasileiro, mas está crescendo. No projeto 4 KM, entre os 70 artistas temos seis mulheres. E não falta talento! As mulheres precisam mais, é criar coragem.

Mais na rede: 4km.art.br/ fb.com/projeto4km

artistas que participaram do projeto Alex Hornest, Pankill, Tikka Meszaros, Andy Corte, Coxas, André Mogle, Pato, André (Desp) Firmiano, Mudo, Morbeck, Atsuo, Goy, Bruno Mota, Guiga, Carlos Jr., K.One, Sola, Danone, Roots, Zéh Palito, Boards, DNinja, Evol, Diego Zéfix, Diant, Dédo, Sinhá, Senk, Binho Ribeiro, Biofa, Cazé, Galo, Barba, Xguix, Skola, Nove, Suzue, Bugre, Dogh, Fat, Lucas, Sino Lar, Graphis, Pardal, Teor – Stilo Brasil, Gustando, Santvs, ]QNH, Paulo Auma, Highraff, Fant/ BahHeitz, Renato Ahoop, Reyberto, Kaur), Bieto, Mao, Kolega, Smul, Locones/Ana K Brizzi, Rogério Pedro), Ronah Carraro, Image, Ago Flash G, Bravos, Falge, Oito ou 80, Tito Ferrara, Loucos, Tinho e Sipros.

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[ EVENTOS ]

2º Jundiaí Tattoo Festival

Um brinde

A

bom

TEXTO Raphael Rosa

pós um ano, retornamos na 2° edição do Jundiaí Tattoo Festival. Dessa vez, localizado no Parque da Uva, com uma estrutura fantástica! A segunda edição do evento veio com uma evolução sem igual: o espaço foi pensado para melhor circulação dos visitantes, praça de alimentação separada do ambiente de tattoo, com espaço infantil e exposição de carros e motos clássicas, que agradam e enchem os olhos

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com um

vinho

FOTOS Fernando Bentes

de todas as idades. Nesse ano, acompanhamos de pertinho a visita e o desempenho do casal Peralta com a suspensão corporal - o que tem quebrado barreira e enchendo os olhos dos espectadores de todas as idades. Também contamos com a participação e visita do Coveiro Maldito, um ícone nos eventos nacionais, personagem que interage com o público e torna o evento ainda mais marcante.

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Premiação O concurso de melhor tattoo contou com muita arte de qualidade, podemos afirmar que todas mereciam o primeiro lugar! Pudemos perceber Colorido 1º Léo Trad (Batman) Be Yourself 2º Artista Anderson Ribeiro Anderson Tattoo Piercing Exótico 1º Éder Marques Evolução Body Art 2º Amanda Melo Evolução Body Art Costas 1º Anselmo Anselmo Tattoo 2º Turco Turco Tattoo Pontilhismo 1º Fabio King King Tattoo 2º Pierre Pierre Mazerati Temas brasileiros 1º Paulo Pipoca Pipoca Tattoo 2º Fabio King King Tattoo Comics 1º Murilo Oliveira Murilo Oliveira 2º Pierri Mazerati Pierri Mazerati Portrait 1º Edson (Moska) Moska Tattoo 2º Eduardo Cassis Sanguínea Ink Realismo 1º Júnior Inked Inked Tattoo 2º Francisco Lourenço Mads Tattoo 14

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que os trabalhos foram elaborados por artistas completamente profissionais. Confira o nome dos vencedores e as categorias concorrentes no quadro a seguir: P&B 1º Guilherme Rodrigues Nascimento Be Yourself 2º Gabriel Alexandre Brazilian Steel Piercing Simétrico 1º Talita Evolução Body Art 2º Renan Muza Tattoo Family Oriental 1º Kito Kito Tattoo 2º Massao Horikyu Tattoo Family Tribal 1º Primo Primo Tattoo 2º Fabio King King Tattoo Neo tradicional 1º Léo Trad (Batman) Be yourself 2º Léo Dias Mad’s Tattoo Caligrafia 1º Éric Machado Bolão Tattoo 2º Alan Cartel Tattoo Preto e cinza 1º Moska Moska Tattoo 2º Alan Cartel Tattoo Old School 1º Júlio César Zero 19 2º Caio Rodrigues Abanca Zero11


New School 1º Diego Cavaline Diego Cavaline Trash Art 1º Turco Turco Tattoo Melhor do Evento 1º Tuzinho Tu Tattoo

Aquarela 1º Francisco Lourenço Mads Tattoo Custom 1º Remo - Remo Tattoo

Mais na rede: www.jundiaitattoo.com.br fb.com/jundiaitattoo

Além do tradicional concurso de Tatuagem, o evento também contou com a presença e workshop ministrado pelo Ronaldo Sampaio (Snoopy), que também foi jurado do evento de piercing exótico. Dessa forma, podemos dizer que o evento

foi excelente! Esperamos que o terceiro seja ainda melhor, pois iniciamos a primeira edição da revista junto com o evento de Jundiaí e agora, novamente nesse evento estamos comemorando um ano de revista. Então, esperamos poder cobrir muito mais!

GALERIA LIFESTYLE

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[ curiosidades ]

Spotify Brasil

Músicas que marcam

Ami James, Megan Massacre e Luke Wessman vieram ao Brasil tatuar personalidades durante sessão fechada

J

á pensou no privilégio de ter um desenho exclusivo na sua pele feito por um dos três melhores tatuadores do mundo? Você deve estar pensando: “Ah, isso só vai acontecer quando eu fizer uma viagem internacional...” Até pode ser, mas no mês passado alguns brasileiros tiveram a incrível oportunidade de conhecer Ami James, Luke Wessman e a gata dos cabelos coloridos, Megan Massacre, durante sua estadia no Brasil para promover o site de streaming musical chamado Spotify. A agência de publicidade do serviço online teve a brilhante ideia de reunir um seleto grupo de brasileiros para sessões fechadas e embaladas por músicas que marcaram suas vidas. Para quem ainda não conhece, o Spotify Brasil

Deborah Benetti

funciona como uma plataforma grátis de músicas para os aficionados por novidades. A utilização pode ser através do aplicativo para celular, notebook ou mesmo tablets. Isso explica os mais de 40 milhões de usuários em todo o mundo! Na primeira fase de divulgação, a campanha #músicasquemarcam gerou mais de 1,5 milhão de interações nas redes sociais. A Revista Lifestyle Tattoo reuniu mais de 20 desenhos eternizados que marcaram as vidas dos sortudos participantes das sessões. O encontro dessa turma de peso foi em São Paulo, no estúdio tradicional Led´s Tattoo, ao lado do tatuador Sérgio Leds. E de quebra, entrevistamos o ícone do rock nacional, Tico Santa Cruz que foi tatuado pela Megan Massacre e ainda contou um pouco sobre o universo da tatuagem.

Confira o teaser do Spotify: youtube.com/watch?v=OKn_n61lBl0

LUIZA POSSI

@luizapossigadelha Luke Wessman SEGUIR

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Filha de músicos, a cantora escolheu um desenho fraternal para homenagear os pais e a carreira através de um coração com tarraxas de violão e dentro, um microfone resultando um delicioso encontro de amor e música. Em sua conta do Instagram, Luiza comentou: “Essa tattoo representa o encontro dos meus pais, que aconteceu por causa da música, e eu sou a consequência disso. Logo, filha do amor e da música. É uma forma de agradecer meus pais pela vida, pelos dons e dádivas.”

camilla camargo

@camilla_camargo Ami James SEGUIR

A filha do cantor Zezé, da dupla Zezé di Camargo e Luciano, pegou o maior hit “É o amor” para tatuar na costela. Nas redes sociais ela explicou sua escolha “Essa é a música... Música que transformou a minha vida. Não dava para ser outra! Fora que minha vida é isso, é regida a isso, ao amor!”

edi rock

@edirock70 Luke Wessman SEGUIR

“A lágrima de um homem vai cair/Esse é o seu B.O/ Pra eternidade/Diz que homem não chora/ Tá bom, falou, não vai pra grupo irmão ai/Jesus chorou!”. Neste clima de música, um dos líderes dos Racionais Mc’s, Edi Rock, entregou sua pele para as mãos de Luke Wessman. E o resultado foi esta imagem representando o clássico do Rap nacional, “Jesus Chorou”.

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antonia fontenelle

@ladyfontenelle Luke Wessman SEGUIR

A gata Antonia Fontenelle tatuou na costela o nome da música “Stand by me” com o incrível Luke Wessman. Sugestiva ou não, a nova tattoo gerou especulações em sua conta do Instagram, pois os fãs querem saber quem “ficará com ela”. E aí, palpites?

amauri jr.

@oficialamauryjr Luke Wessman SEGUIR

O apresentador foi bem pontual ao escolher a música que embala a sua vida. Nada mais, nada menos do que a trilha sonora da abertura de seu programa, “Keep it coming Love”, do grupo K.C. and The Sunshine Band. Quanto amor!

badauí

@fbadaui Megan Massacre SEGUIR

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O vocalista da banda CPM22 nunca escondeu sua paixão pelo Punk Rock e a prova disso foi o desenho escolhido. Nada mais que o logo da banda Social Distortion estampado em sua panturrilha feito pela Megan Massacre.

eduardo sterblitch

@sterblitch Megan Massacre SEGUIR

O humorista é um completo mistério. Longe dos palcos e das telas, ele se mostra cada vez mais inteligente e ao que tudo indica, apresenta bom gosto para música. A Megan Massacre se divertiu muito com ele enquanto tatuava a capa do álbum “On Letting Go” da banda de Indie Rock, Circa Survive. O desenho original é obra do artista Esao Andrews.

alex poisé

@sumemo011 Luke Wessman SEGUIR

Dono da marca underground Sumemo, Alex Poisé escolheu a caveira da banda Suicidal Tendencies para ter a pele riscada por Luke Wessman. O desenho está em sua perna e ao que indica, ele pretende fechá-la! LIFESTYLE TATTOO | ED.7 JUL/AGO

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tico santa cruz

@ticostacruz Megan Massacre

O vocalista do Detonautas Roque Clube mandou muito bem com a escolha do desenho. “Born to be wild” entrelaçada com uma verdadeira liberdade em ser livre e selvagem. A Megan Massacre pirou em seu desenho e mais ainda, no novo som do Tico Santa Cruz e sua banda. Saca só a entrevista que fizemos com ele:

SEGUIR

LT - Para começar, qual foi o seu primeiro contato com o mundo das tattoos? Tico SC - Desde criança eu adorava colar tatuagem de chiclete na pele. Minha mãe já nos anos 80 ostentava uma tatuagem quando a sociedade associava isso à marginalidade. Eu adorava a tatuagem dela e queria uma também. Sempre comprei nas bancas de jornal aquelas que ficavam temporariamente. LT - Li em uma entrevista sua de 2008 durante sua passagem pelo Rio Ink, que você definiu suas tatuagens como fases de sua vida. Diante desta afirmação, ainda hoje é possível dizer que a arte riscada sobre sua pele reflete seu amadurecimento? Tico SC - Sim, minhas tatuagens estão totalmente associadas as minhas experiências de vida e aos simbolismos que acredito possuírem uma força especial. O corpo é feito de água e a água é maior condutor de energia no universo. Quando colocamos símbolos nos nossos corpos, de alguma maneira as pessoas que veem, decodificam esses símbolos e geram a mesma energia. É o que acredito. Sendo assim, procuro tatuar muito me baseando nos símbolos e nas minhas histórias de vida.

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LT - Como surgiu o convite para o evento Músicas que Marcam, da Spotify Brasil? Durante a passagem do Ami James no Rock in Rio 2013 você chegou a tatuar com ele. Foi daí a amizade ou existe uma história por trás? Tico SC - Me escolheram por razões óbvias, eu acredito! (risos) Sou um dos artistas mais tatuados do Brasil. E fiquei muito feliz em ter no meu corpo uma tatuagem da Megan Massacre que é uma artista ímpar, com traços incríveis e cores sensacionais.


LT - A música “Born to be wild” foi a escolhida né? Pode explicar aos leitores qual significado dela na sua vida? Quanto tempo demorou para ficar pronta? Tico SC - “Nascido para ser selvagem” seria a tradução ao pé da letra, mas o viés que me fez tatuar foi a representatividade de liberdade que essa letra me passa. Esse é meu espírito! Livre, que quer experimentar a vida e conhecer o mundo e suas possibilidades. LT - Uma dúvida: o evento colocava a música escolhida pelos convidados na hora de tatuar? Tico SC - Não, mas eu coloquei várias músicas, inclusive mostrei aos tatuadores estrangeiros nosso disco novo que acabamos de lançar e eles ficaram muito impressionados com o Rock nacional!

LT - Seu corpo já chegou aos 90% preenchido de tatuagens? Tem alguma que se arrependeu e cobriu? Tico SC - Está em 80%. Falta uma perna inteira ainda, mas vou fechar tudo. LT - Em quais estúdios de tattoo você costuma ir? Na hora de começar a riscar a pele, você curte soltar um som ou prefere o clássico som da máquina de tatuar? Tico SC - No início me tatuava com o Thies Tattoo. Tenho tatuagens do Danny Tuty, Kiko Lopes, Palmito. Fiz muitos anos na Banzai com o Lúcio e tenho tatuagens que fiz em outros estados por onde passei para fazer um show ou mesmo viajando. Gosto de ter vários trabalhos de artistas diferentes. Mas hoje meu tatuador oficial é o Palmito. LT - Para fechar, tem algum estilo de tatuagem que você pira riscar? Ou então, algum artista que ainda não teve a chance de fazer uma sessão especial? Tico SC - Não tenho essa relação com algum estilo efetivamente. Gosto de escolher algo que tenha a ver com o que está passando pela minha vida. E agora quando for tatuar as pernas escolhi fazer a esquerda com temas relacionados à minha espiritualidade e a direita com temas profanos.

Mais na rede: instagram.com/spotifybrasil

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[ capa ]

Dia Mundial do Rock

hoje é DIA De

bebê !

As histórias mais duvidosas e emblemáticas em comemoração ao Dia Mundial do Rock O dia 13 de julho é uma data sagrada para os roqueiros do Brasil

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TEXTO Deborah Benetti

á quem pense que o mundo todo compartilhe do clima, afinal, Dia Mundial do Rock não é comemorado sempre. Mas acontece que não é bem assim que funciona: a data foi criada em homenagem ao icônico Live Aid - megaevento de shows simultâneos em várias cidades realizado nesta dia em prol do fim da fome na Etiópia. Londres, Estados Unidos, Filadélfia e Inglaterra uniram-se ao idealizador Bob Geldof para alertar o mundo sobre o sério problema de fome e miséria no continente africano. Astros do rock, como Queen, Black Sabbath, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, Dire Straits, David Bowie e Scorpions, marcaram presença nos televisores do grande público. Durante os concertos as pessoas de casa eram convidadas a contribuir dentre as trezentas linhas telefônicas disponibilizadas para que as doações fossem feitas via cartão de crédito. Um marco na história da música, pois os palcos do

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Live Aid simbolizaram a reunião de talentos do Rock and Roll! Dizem que outros países não chamam o 13 de julho como “Dia Mundial do Rock”, mas aqui no Brasil, nós somos verdadeiros fãs da boa música e boas energias. Por conta disso, nós brasileiros abraçamos carinhosamente a data do evento como simbologia do estilo musical mais aclamado por aí! Mas vocês sabem como é, né? Nem tudo se resume a maré calma quando se trata de rock, bebê! Quando a lua cheia chega com tudo lá no alto do céu, o mar resgata toda a força das profundezas para agitar a imensa quantidade de água - é mais ou menos isso que acontece no cenário roqueiro. Certamente você já ouviu alguma lenda ou situação de tirar o fôlego. Bom, nós já! E como estamos contagiados pelos riffs da playlist especial do Thiago Deejay, da Rádio 89, ícone do Rock and Roll no país, resgatamos do fundo do baú as mais sórdidas histórias e blefes das trevas! Aumente o som, pois hoje é dia de rock, bebê!


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Keith Richards

Em 2007 o guitarrista dos Rolling Stones soltou a seguinte pérola ao jornalista do New Music Express: “A coisa mais estranha que eu já cheirei? Meu pai. Eu cheirei meu pai. Ele foi cremado e eu não resisti a pulverizá-lo com uma assoprada. Papai não teria ligado. Caiu bastante bem, e ainda estou vivo.” Há quem garanta que ele estava brincando, porém, uma biografia intitulada como Life confirma o ato e ainda explica melhor. Vale a leitura: youtube.com/5W1pZias50 (link de teaser sobre o livro)

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Marilyn Manson

Certamente você já ouviu mais de uma lenda sobre o roqueiro. Ele já afirmou que o diabo vive dentro dele, seus shows são baseados em apresentações pesadas e o horror predomina. Uma lenda cultivada pela turma do rock sugere que ele tenha arrancado a costela para facilitar o sexo oral nele mesmo. Mas não para por aí: dizem que quando criança ele atuou no seriado Anos Incríveis, com o papel de Paul Pfeiffer; Tem também a emblemática declaração contando sobre a vez que fumou ossos humanos em Nova Orleans, num cachimbo. Enquanto você reflete acerca das pirações de Manson, curte aí o canal no Youtube só com clipes irados: youtube.com/MarilynManson

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Ozzy Osbourne Durante a turnê “Noite dos Mortos Vivos”, o cantor adorava lançar ao público intestinos de porcos. Um belo dia, um fã jogou um morcego morto no palco. Ozzy mordeu o pescoço do animal por engano, achando que fosse de mentira e ficou conhecido como “Príncipe das Trevas” e devorador de morcegos. O próprio deu uma declaração depois: youtube.com/ waGeuW4Smf9PI

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Alice Cooper

O vovô do Rock and Roll já jogou galinha viva na plateia esperando que ela voasse, foi o pioneiro em horror show, além de levar cobras ao palco. Dizem que ele praticava bruxismo e até dilacerava corpos infantis, mas a pérola maior é sobre a morte de uma senhorinha que viajava ao seu lado num voo: falam que Cooper roubou toda a vivacidade da mulher e ela não aguentou a descarga elétrica. Ainda pairam dúvidas sobre o nome artístico, pois adoram associá-lo a magia negra. Será? Hora de praticar o inglês com esta entrevista onde o próprio conta a verdade: youtube.com/kVYr5rrM9OY

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Iron Maiden “The Number of the beast” não é um simples álbum referência da banda. Nos anos 90, o primeiro produtor Martin Birch, estava dirigindo para Londres e um carro negro bateu nele. O misterioso automóvel estava indo buscar umas freiras e o mais estranho era o valor do conserto do seu carro: exatamente 666 libras. O produtor se recusou a pagar este valor e pagou 668 libras. Coincidências? Escute da boca do próprio nesta relíquia: youtube.com/ iYKuQ1EzNMA

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Gene Simmons O baixista e fundador da banda Kiss tem a língua mais famosa da música. Diz a lenda que ele sofreu um acidente de carro ao atropelar uma vaca e, na ocasião aproveitou para implantar enxertos com a língua do animal em sua boca. Daí a explicação para o tamanho do seu símbolo de carreira. Bizarro! youtube.com/pYEV-PA16xM

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Sex Pistols

Sid Vicious adorava causar. Uma vez, no auge dos seus 18 aninhos, o doido resolveu injetar heroína com água de privada, só para provar que podia ser mais louco e inconsequente que Dee Dee Ramone. Nem precisamos dizer que ele morreu de overdose três anos depois da “loucura”. youtube.com/GBvtvtJv61Q

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Pearl Jam Já pensou em comer uma geleia com alucinógenos? Pois essa é mais uma lenda envolvendo a banda. Circula por aí que o nome Pearl Jam é inspirado em uma geleia preparada com a droga peiote, que a avó do cantor Eddie Vedder fazia durante os primeiros anos de carreira. Enquanto você pensa nisso, se liga no show de 92: youtube.com/PM_VIATPYQc

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Led Zeppelin Olha o bacalhau aí, gente! A banda estava em Seattle, durante sua primeira turnê nos Estados Unidos, com os membros do Vanilla Fudge quando usaram um peixe que haviam pescado para penetrar uma jovem groupie. Mesmo com a declaração contra de Robert Plant, alguns dos outros presentes confirmaram tudo, e ainda colocaram lenha nesta fogueira de dúvida: garantem que algumas esposas assistiram tudo. Mentira ou não, segue uma verdade para vocês, um show incrível dos anos 70: youtube.com/edPEBB6VjRQ

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Toda banda de rock é uma tropa de assalto, um grupo avançado de ataque formado por indivíduos comprometidos com a paixão pela música e empenhados em provocar a reação mais poderosa e transformadora em qualquer um que cruzar o seu caminho. E não há força contrária nesse mundo capaz de resistir. Vamos todos nos render e nos unir a já conquistada legião de fãs. A explosão sonora é desejada e bem vinda! O Tihuana está de volta com um trabalho inédito. Depois de seis anos do último disco. São 15 novas canções com a marca inconfundível de uma banda que conquistou com talento, seu lugar no cenário da música brasileira. O Tihuana tem em sua formação músicos de origens diferentes e inspirações diversas, juntos destilaram uma sonoridade própria e agora ampliam ainda mais seu espectro. São eles, um paulista (Egypcio), um argentino (Román) e dois cariocas (Leo e PG), agora eles estão de volta com um disco solar, alto astral e com muita energia! Referências e vivências que somam e se complementam. Uma banda se parece muito mais com um ser vivo: quanto mais amadurece, mais estrada, história e repertório ela tem, além de adquirir mais caráter e identidade. Além disso, já não responde mais aos seus integrantes separadamente, ela é a soma, o todo e já não é unanimidade nem mesmo entre seus fãs. Cada um de nós tem suas

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preferências, cada um com sua história ligada a uma música, de uma época, de uma fase, um momento na trajetória da banda. Esse fenômeno começa a acontecer com o Tihuana! A banda respira, tem fúria e soa pesada. Tem personalidade e pode gerar uma alegria arrebatadora. Durante um mesmo show podemos experimentar emoções tão intensas quanto diferentes, mas nunca contraditórias. “Tihuana é um organismo vivo! Sedutor, ameaçador, perigoso e irresistível”, por Paulo Miklos. LT - Quais as bandas de rock todo iniciante tem que ouvir? Egypcio - Kiss, AC/DC, Metallica e Led Zeppelin. LT - Se você fosse escalar a banda de rock dos seus sonhos, quem você colocaria? Egypcio - Na Bateria (Neil Peart - Rush), no Baixo (Flea - Red Hot Chili Peppers), na Guitarra (Tom Morello - Rage Against the Machine) e nos Vocais (Serj Tankian - System of a Down). LT - Qual o show memorável que você assistiu? Egypcio - O meu show memorável foi em 2001 no Gigantinho, em Porto Alegre. Assisti Red Hot Chili Peppers na turnê do CD By the Way. Esse show foi foda, porque a banda estava muito bem em todos os sentidos!



[ PORTIFA ]

Fabio Gava

Art e qu e a n o i t s e qu Sentimentos inquietos e o desejo por cores compõem as obras do artista plástico Fabio Gava TEXTO Jéssica Marques

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sujo, o caótico, o grotesco, o agressivo e muita cor: um paradoxo que se faz presente nas obras do artista plástico Fabio Gava. Através das cores e da incontestável expressão vista nos olhos de seus personagens, o artista cria universos que despertam o autoquestionamento. São olhares tristes, angustiados e solitários que contrastam com uma infinidade de elementos criados à base de tinta acrílica e giz de cera. Fabio também produz zines e já colaborou com algumas publicações internacionais.

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Recentemente participou do projeto “Hands On” da Converse All Star e personalizou um modelo Chucks Taylors com tradicionais pinceladas resultando numa originalidade extraordinária: Fabio transformou o modelo num par de vasos repletos de plantas suculentas, sua espécie preferida! O projeto com a Converse não foi o único envolvimento com grandes marcas, ele já colaborou com a Triton, Glass e MCD. Sendo que nesta última iniciou seus primeiros trabalhos profissionais após convite de um professor para desenhar estampas. Fabio ainda divide seu tempo com trabalhos paralelos - um deles é o projeto Avesso, criado para ser a ponte entre o artista e o interessado em arte.


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Além do site, promove bazares com a participação de diversos artistas, onde é comercializado todo o tipo de material independente: telas, prints, camisetas, bottons, zines, livros, esculturas, stickers, entre outros. As duas primeiras edições ocorreram no Clube Vintage e este ano será realizada no ateliê do artista, localizado no bairro da Liberdade em São Paulo. O próximo projeto é um site e-commerce, que será um novo meio para a divulgação e venda de trabalhos artísticos independentes.

Fabio Gava expôs diversas vezes com outros artistas, mas teve liberdade em fazer a montagem de “Repulsa”, sua primeira exposição solo que aconteceu no Hotel Tee’s em São Paulo. Quer saber mais sobre o artista? Acessa aí:

Mais na rede: fb.com/gavacreation rlxbase.tumblr.com instagram.com/fabio_gava avessoart.com.br

Fabio Gava em suas pinturas exclusivas para a marca Converse All Star, feitas diretamente nos tênis

arquivo pessoal

GALERIA LIFESTYLE

Clique nas imagens para ver mais trabalhos

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[ LIFESTYLE ]

Skateboard

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skate surgiu no Brasil em meados dos anos 60/70 e a cada década ganhou mais adeptos, estilos, manobras e admiradores. O Brasil é berço de skatistas campeões e sempre fomos bem representados com grandes nomes, tanto aqui quanto na ‘gringa’. Atualmente em São Paulo é um dos esportes mais praticados e, por conta disso tudo é com grande honra que, nesta edição especial de um ano da revista Lifestyle Tattoo, entrevistamos o skatista Fábio Cristiano.

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dos

Szabo o d n Ferna todio s u C TEXTO o Renat FOTOS

Com um arsenal de manobras no pé e uma série de artigos de skate com o seu nome como shapes, rodas e trucks, Fábio Cristiano, 37, mora em São Paulo e é um monstro do esporte. Skatista profissional com mais de 20 anos em cima do carrinho, já viu e viveu muita coisa! Ouve muito som bom e até já tomou café da manhã com os caras do Suicidal Tendencies. Confira na íntegra a entrevista com esse grande nome do skate nacional que rolou no cenário mais urbano possível e que tem a cara do skate: a Avenida Paulista.


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LT - Como foi o seu começo no skate, porque começou a praticar? Fábio Cristiano - Quando eu era moleque, andava de skate para fugir porque eu não gostava de falar com ninguém. O ser humano era uma ameaça pra mim! Toda essa raiva e tudo isso que eu tinha era descontado no skate. No começo, o skate foi uma fuga. Cada pessoa tem uma relação com o skate: algumas andam só quando estão felizes, outras passaram um ‘perrengue’ em cima do skate, enfim: o skate faz parte da pessoa, depende de onde você veio e quem você é. LT - Quais são seus lugares favoritos para andar de skate? Fábio Cristiano - Não tenho um lugar favorito. Eu gosto de andar de skate, então ando em qualquer lugar. Em São Paulo eu escolheria alguns lugares onde não se pode andar. (risos)

Os lugares acabam virando ponto de encontro da galera, sabe? Mas gosto do Pátio do Colégio, Ibirapuera, Vale do Anhangabaú, aqui na Paulista, Praça Roosevelt, Praça do Morumbi, quadra do Real Parque, etc. São muitos lugares, mas ao mesmo tempo não tem um específico.

LT - E fora do Brasil? Fábio Cristiano - Em Copenhagen, Dinamarca, Barcelona, Ucrânia e China – é tudo muito grande lá. LT - Como é o cenário do skate na China? Fábio Cristiano - Tem muito skatista agora, antes era meio estranho e não tinha muito. A religião deles influencia muito! Quando você vai andar num lugar que é proibido andar, até o segurança vir falar com contigo você já andou pra caramba, é bem diferente daqui! (risos).

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LT - Você já andou na Mega Rampa, me fale sobre essa experiência. Fábio Cristiano - Quando cheguei lá e observei o tamanho dela, me dei conta de que ela estava toda amarrada com barris gigantescos de água para o vento não mexer, entendi que ali rolava uma ‘parada’ muito séria. A quantidade de madeira, o tamanho e o trabalho que os caras tiveram para fazer, a Mega Rampa é um monumento mesmo! Desses que você não vê toda hora. Fui lá numa data especial:era comemorado o Dia do Planeta Terra, tinha ‘mó’ galera andando. Até sonhei com a rampa, foi ela que me trouxe de volta ao vertical,a fim de me preparar para o quarter dela, que é bem grande! É muito difícil andar lá, é imenso! Desproporcional ao tamanho, dá a impressão que você vai descer e vai parar num canto e não vai conseguir sair e, para piorar, a rampa tem as marcações de segurança - se você passar as tais

marcações,você não pode sair de cima do skate. Se sair é ‘caixão’! A volta, o quarter, o vento, enfim a Mega Rampa foi a parada mais séria do skate que eu já vi. Mas é ‘de boa’ também, já está na minha mente, eu já sei como fazer para chegar lá, projetar para pular o primeiro buraco e depois o backside.

LT - O que você está treinando no momento, se dedicando atualmente e tal? Fábio Cristiano - Estou treinando no vertical esse ano: borda, bastante borda e muito aéreo. Voar, voar que é bem diferente do vertical que precisa fechar os braços, né? Os treinos com intensidade fazem parte da minha rotina desde 2011, antes não treinava direito, só me destruía. Andava de skate, tinha um comprometimento com os patrocinadores dentro da medida em que os acontecimentos do skate rolavam aqui no Brasil, numa velocidade não tão rápida. Estava faltando algo,entende?

Não subestime seu pensamento, porque ele pode te levar a lugares que você achava que não existiam, mas existem!

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LT - O skate e a música sempre tiveram uma ligação muito íntima. Você ouve música no dia a dia e para treinar e competir? O que você ouve? Fábio Cristiano - Ouço sim, mas não pesquiso tanto quanto já pesquisei. Sou influenciado por alguns amigos que tem banda e tocam, mas nunca fui o cara da música ‘da banca’. Ouço bastante Hard Core, Metallica, Hip Hop, mas já ouvi muito Joe Satriani, Pixies, Janes Adiction. Uma vez tomei café da manhã com os caras do Suicidal Tendencies, a música está presente na minha vida! Sem uma trilha sonora sua vida fica menos incrementada, é fundamental ter novas inspirações para permanecer vivo! Agora, música para andar ou competir é uma incógnita. Eu sempre penso sobre isso: quando você anda de skate sem ouvir música é um tipo de skate, quando você ouve um som é outro! Quando você está cansado, num dia que não está muito a fim de andar, é fundamental ter a música, porque você tira inspiração do som - entra no seu campo secreto para andar de skate e vai. Quando você está forte e anda sem musica, percebe que ela influencia até certo ponto, dali em diante é você e você, só se lembra da música quando para pra respirar. LT - A música tem o poder de mudar a vida das pessoas, você acredita nisso? Fábio Cristiano - Sim, a música abre portais, os mantras fazem isso: levam você a caminhos distintos. LT - Você se considera uma pessoa espiritualizada? Fábio Cristiano - Eu me considero uma pessoa conectada! Estamos num outro momento do planeta. Todos, um dia, já se questionaram de onde veio e o que esta fazendo aqui, sabe? Porque gente é feliz, por que é triste, etc. Somos uma consciência multidimensional infinita, vivendo uma experiência muito além do que apenas uma experiência terrena. Estamos viven-

do uma época em que está acontecendo algo no planeta que nunca aconteceu antes no universo. Antes, as pessoas que passaram pelo planeta, ascensionaram e conseguiram elevar suas frequências de consciência e energia vibracional a um ponto que elas conseguiram ver a realidade por completo e não apenas um holograma da realidade. Hoje o que está acontecendo é que o planeta está vivendo isso. Então, hoje vivemos numa realidade bem mais expandida: se você se permitir encontrar realidades maiores, o caminho é infinito. Estou sendo beneficiado por isso como qualquer outra pessoa.

LT - Qual a relação dessa conexão e do momento atual do planeta na sua vida e no todo? Fábio Cristiano - Eu sou um ser multidimensional, todos somos! Posso acessar memórias de onde eu quiser. Todo mundo é uma coisa só, temos de nos permitir mudar, deixar para trás o que fazíamos e fazer alguma coisa diferente. Não subestime seu pensamento, porque ele pode te levar a lugares que você achava que não existiam, mas existem! Vivemos num lugar onde não falta nada pra gente, só é mal organizado. Temos de entender que o nosso pensamento é o lugar onde a gente vive: se você pensar um pouco negativo a sua realidade vai se transformar em negatividade. LT - Você tem alguma tattoo, gosta de tatuagem? Fábio Cristiano - Não tenho nenhuma tattoo. Não fiz nem na Ucrânia quando fiquei na casa de uns tatuadores. Num primeiro momento me soava como algo que precisa ser afirmado ou provado, algum sentimento ou sofrimento, etc. Todo esse meu lado, descontei no skate e nunca fui para o lado da arte - sempre fui um cara muito fechado, a última coisa que queria na minha vida era provar algo para alguém. Faria uma tattoo de um símbolo ou alguma combinação que me fosse necessária em certo momento e eu descobrisse.

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LT - O que é o skate para você? Fábio Cristiano - Costumo dizer que o skate é o brinquedo dos deuses. É como as pirâmides do Egito: quando você olha vê apenas pedras, mas não são apenas pedras! Daqui a duzentos anos, se você for até uma tribo e jogar um skate na frente deles, eles vão olhar e mexer e, talvez, vejam a energia do skate, mas não verão as probabilidades dele. O skate pode te levar para outra dimensão, assim como as pirâmides. LT - Qual a mensagem que você deixa pra ‘geral’? E para a molecada do skate? Fábio Cristiano - A mensagem principal que tenho é de abortar análises negativas do que quer que seja. Por trás de tudo, até do que você acha ser negativo, existe um celestial muito foda para aquilo existir. Quando você estiver, por um segundo feliz, pensa em mandar essa felicidade para o planeta e você vai começar a entender melhor o mecanismo da vida. Para a molecada nova, pensem em positividade: se alguém for negativo do lado de vocês, tentem modificar o pensamento negativo – transmutar. Tentem ver em algo negativo uma experiência boa,esse é o único exercício que faço todos os dias. A gente é mega poderoso e temos de ter consciência disso. Não podemos deixar ninguém, nenhum governo ou quem quer que seja nos dizer que não somos seres de luz,uma benção! Tudo que está vivo ao nosso redor também é. Eu ando de skate só para dizer isso às pessoas. Todo o resto, eu sei que vai acontecer pra mim - vivo num mundo de abundância e o pouco que sei, já faz muita diferença. Fiquem longe das coisas que não fazem vocês felizes! Mais na rede: fb.com/fabiocristianoskateboard twitter.com/fkc7 youtube.com/watch?v=9vVYf1HPKo..

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por: ocinado r t a p é rd , ristiano Fábio C gacê Skateboa ,A uport Nike SB e Lixa S s k c u r t il Cra

o time anos com is o d á h duzido pas: a das e rou boads, pro ro te a e k d S a ê ri c próp n, e o da Aga criou sua ight Sessio I.VERSUS te N n N e o U , m e s k te c lm n fi do 2015. CrailTru s. Rece Participou nçado em ela marca de shape p la a k rá rc c a e u s tr m e e a u pri filme q odelos d da sua pró ão de um m dois m ç e u .T d s ro rd p a o a teb ando n KOHE Ska stá trabalh e , o s is d lém 11:11 e a


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[ POINT ]

Clube Outs

TEXTO Thiago Deejay* FOTOS Helena Marçal/Alex Steiner

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alando em Dia Mundial do Rock, o local mais apropriado é o Clube Outs. Conheci a casa no início dos anos 2000 - um amigo insistia que eu deveria ir, porque lá era a FunHouse (A Famosa Casa dos Stooges tão comentada no Livro “Mate-me Por Favor” que conta os primórdios do Punk Rock). Fui e fiquei maluco com o lugar: dois ambientes, banda embaixo, DJ em cima, colagens de bandas e quadrinhos nas paredes - virei frequentador! Toquei com a minha banda (CPL2) algumas vezes, discotequei e assisti a ótimos shows de bandas que sou muito fã, como o Presto, Garage Fuzz, Tolerância Zero, entre outras. Ano passado voltei a tocar na casa a convite do Valentin. Junto com a Luka, minha eterna parceira, iniciamos a Festa dos Perdidos que rolava uma vez por mês, mas o sucesso foi tão grande que passamos para uma periodicidade quinzenal e, atual-

mente semanal - estamos lá todos os sábados. A festa é Open Bar, mas como eu não bebo, fico na água e no suco mesmo. A fila para entrar é imensa e tem gente que chega extremamente cedo para não ficar de fora. O legal no Outs é que o público é jovem, mas é uma galera que não faz média, sabe? Todos gostam de Rock nas suas mais variadas vertentes, pedem para tocar de Arctic Monkeys à Megadeth se jogam na pista. Parece um grande show de Rock com rodas e, às vezes, tem até moshs. Só para constar: no Outs todo dia é Dia Mundial do Rock, apareçam!

Clube Outs Rua Augusta, 486 - São Paulo/SP (11) 3237-4940 clubeouts.com.br fb.com/Clube-Outs

Thiago Deejay, 35 anos. Locutor da 89 FM (a Radio Rock de São Paulo), atua como produtor, diretor musical e é claro DJ, mostrando o que conhece de som nos mais variados estilos musicais. Confira algumas playlists do méééstre ao longo desta edição. *

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[ STUDIO ]

Scorpions Tattoo

DESDE 1980 fazendo arte com

equipe de tatuadores está qualificada a realizar qualquer estilo de tatuagem, desenvolvendo desenhos exclusivos, além dos milhares de desenhos disponíveis em nossos catálogos. Fazem parte: Nani, Anna Moraes, Rubia, Claudio, Marcio, Gilliano, Rafael Grilo, Daniel Ferrari, Carlinhos, Igor e Mary. Os profissionais da perfuração corporal (body piercing) estão qualificados a realizar as perfurações de acordo com a anatomia de cada indivíduo. A extensa variedade de joias para o corpo é o diferencial que faz com que cada cliente tenha a opção ideal para o local do corpo escolhido para perfurar. As joias são adquiridas com certificados de garantia e confeccionadas com materiais antialérgicos e compatíveis ao corpo humano, entre eles: Aço Cirúrgico, Titânio, Ouro e Bioplástico. Lá, a filosofia de trabalho é sempre estarem atualizados em termos de técnicas em termos de técnicas, equipamentos e biossegurança, para garantir a qualidade dos serviços prestados e a satisfação. Na recepção existem 50 mil desenhos de diferentes estilos de tatuagem, além das criações exclusivas, conforme a necessidade de cada cliente. O espaço dispõe de cinco salas de tatuagem, uma sala de piercing, uma sala de clareamento a laser, uma mini lan house e uma Central de Esterilização onde todo o instrumental é higienizado e esterilizado através de duas Autoclaves. O operador responsável pela Central de Esterilização tem qualificação em Biossegurança, Esterilização e Controle de Infecção, assim como todos os tatuadores e piercers.

Scorpions Tattoo

Da esq. para dir: trabalhos de Claudio Primo, Marcio Lima e Gilliano

Rua Vergueiro, 2507 - São Paulo/SP (11) 5084-0056 scorpionstattoo.com.br fb.com/scorpionstattoostudio

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Rock na Cidade Conheça um pouco mais dos estilos Punk e Gótico no editorial de moda que a revista Lifestyle Tattoo preparou em comemoção ao dia mundial do Rock. FOTO Daniel Correa MAKE UP Maicon Freitas style Ane Francotti


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1. Placa de identificação 13 Profecias R$ 20,00


4. Coleira Ferro Velho Shop R$ 33,00

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5. Regata tela feminina 13 Profecias R$ 45,00

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6. Cinto Ferro Velho Shop R$ 25,00

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Onde encontrar: 13 Profecias - www.13profecias.com.br Ferro Velho Shop - fb.com/ferrovelhoshop

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[ ENTREVISTA ]

Marinho Ponci

guitarras

pimenta

Marinho Ponci nos fala um pouco sobre suas paixões: a música, a Chilli Beans e claro, suas tattoos

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TEXTO Fernando Szabo FOTOS Renata Pitteri

arinho Ponci, 46, alto empresário da Chilli Beans e músico de alma e essência. Tipicamente paulistano, nascido num dos maiores cartões postais da cidade: a Avenida Paulista. Marinho é um apaixonado por design, guitarras elétricas e, claro: tattoos. Fez sua primeira tatuagem aos 12 anos de idade, com uma maquininha caseira - numa época em que a coisa era vista de forma bem diferente.

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Fundador de uma das bandas mais conceituadas da Soul Music do cenário atual, o Reverendo Franklin. Já viveu altos e baixos como empresário e é óbvio que já marcou muita coisa na pele. Inclusive seu rabisco mais recente, feito com um dos tatuadores entrevistados na nossa última edição, Wagner Maximus: http://goo.gl/16Ie38. Dono de uma incrível coleção de guitarras clássicas, Marinho abre as portas e recebe a equipe da Lifestyle Tattoo para um papo super agradável na sua ‘BatCaverna’. Confira o resultado deste encontro no decorrer da matéria:


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LT - Qual a sua relação com o universo da tattoo? Marinho Ponci - Sempre gostei de tattoo, elas tem uma relação direta com os momentos da vida e marcam pontos importantes da minha história. Acredito que elas devem ter um sentido sabe? Um porque de existir,caso contrário fica vazio e sem alma. LT - Como foi o início desta história, das primeiras tattoos? Marinho Ponci - Fiz minha primeira tattoo aos 12 anos de idade, numa época em que ninguém fazia tattoo,a coisa era bem diferente do que é hoje em dia. O cara era um amigo chileno que tinha uma maquininha caseira feita com motor de autorama, fiz um duende muito tosco (risos) e claro, depois de algum tempo, cobri. A segunda foi um mago, fiz num momento muito difícil da minha vida:prestes a ser pai e estava sem grana - escolhi o mago com uma bola de cristal na mão que simbolizada a vida,representava o nascimento da minha filha e a magia de ser pai, pois era algo que eu sempre quis. LT - A Chilli Beans é uma empresa super despojada e conectada. Como você vê hoje em dia a tattoo entre os empresários e empresas, digamos, mais tradicionais? Marinho Ponci - Antigamente existia um preconceito muito forte em relação àtattoo: quem tem tattoo é isso, é aquilo e tal.A minha geração passou por coisas como o Woodstock, o Power of Flower, O poder da mulher, enfim - coisas que mudaram a maneira de ver isso tudo. Foi uma geração de rompimento de amarras /abertura de algemas. A tatuagem é uma arte! Hoje em dia muita gente é tatuada, o cara pode estar de terno e gravata, mas não quer dizer que ele seja um careta. As empresas que ainda tem esse preconceito são mal vistas e deixam de ser antenadas. O preconceito ficou medíocre hoje em dia.

O cara pode estar de terno e gravata, mas não quer dizer que ele seja um careta. As empresas que ainda tem esse preconceito são mal vistas e deixam de ser antenadas. O preconceito ficou medíocre hoje em dia. sobre como a tatuagem é vista nas empresas

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LT - Você, além de músico é um cara que tem o lifestyle da tattoo no DNA. Qual a relação entre esse lado e o lado empresário? Marinho Ponci - É difícil dividir quando o foco é um ser humano, a mesma irreverência que tenho na banda num arranjo ou música, eu tenho na empresa. É preciso ter a mesma criatividade nos dois lados - a Chilli Beans pensa fora da caixa, nós saímos da mesmice, do óbvio e é isso que um músico precisa fazer. Então é onde o meu lado executivo se mistura com a música: nós descontruímos a forma de vender óculos, seria medíocre ir para o shopping e atender sóos ‘Mauricinhos e Patricinhas’. A Chilli trouxe o gueto para o shopping sem perder o seu DNA que é do gueto. Está tudo relacionado, sabe? Estou nesta empresa há 14 anos e cheguei lá por conta da música (risos). LT - Chegou na Chilli Beans através da música? Como foi isso? Marinho Ponci - Na época, eu tocava numa banda e uma amiga estava me enchendo o saco para que eu trocasse meus óculos e comprasse algo mais moderno, pois teríamos um show de despedida da banda. Depois de muita insistência, acabei indo com ela até uma loja da Chilli Beans na galeria Ouro Fino. Na loja encontrei um amigo,

o Caíto - estudamos e tocamos juntos há muito tempo. Papo vai, papo vem, comecei a trabalhar com ele em 2001.

LT - A música está muito presente na sua vida. Fala como é isso para você? Marinho Ponci - Toco há muitos anos, mas fiquei um longo período sem tocar - 7 anos, para ser exato. Estava muito mal, sem grana e deprimido. Foi quando a música me salvou, ela me arrancou da fase mais difícil da minha vida, e desse momento em diante, prometi a mim mesmo que nunca mais iria parar de tocar, pois estaria fugindo de quem eu sou. LT - Há uma forte relação entre a sua banda e a sua mais recente tattoo, feita com o Maximus, me conta essa história? Marinho Ponci - Sim. Quando estava montando a banda, fui atrás de um conceito, algo que fosse além do Classic Rock, que eu também gosto e já tocava, mas queria algo que fosse lá atrás, sabe? Na raíz do negócio, então fui com um amigo ao Heritage Jazz Festival em New Orleans, foi uma verdadeira overdose musical e no final do dia,os músicos iam para os bares continuar tocando e rolavam as jamsessions mais incríveis do mundo – eu nem dormia! (risos).

Da esq. para dir.: Detalhe da tattoo feita por Wagner Maximus retratando músicos tocando nas ruas de New Orleans e de um mago trazendo as iniciais da partitura da música My Way

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Assisti a shows dos maiores artistas do Rock, do Jazz, do Soul, etc. e percebi que no palco do Blues as pessoas não paravam de cantar um segundo, quando questionei as pessoas que lá estavam, ouvi a seguinte resposta: “eles cantam a minha verdade eu vivi isso, o meu avô trabalhava na plantação de algodão é a minha história”. No palco da Soul Music, as pessoas choravam de emoção, então me dei conta de que era isso: temos que cantar a nossa história, coisas que fazem sentido, vamos pegar tudo isso e trazer para a Soul Music. Precisa ter emoção na coisa, daí nasceu a minha banda,o Reverendo Franklin. Nesta mesma viagem,tive inspiração para a minha mais recente tattoo (no braço - músicos tocando nas ruas de New Orleans, tipo pintura a óleo). Foi um longo processo até chegarmos nesse conceito, eu não queria nada realista, queria algo que retratasse a minha verdade, sabe? Eu sou roots, sou vintage. Meu guitarrista é o negão da rua, aquele músico de rua mesmo que toca com o dedo a corda meio desafinada do violão tosco, e ele tira o som e ponto. Essa tattoo mostra quem eu sou.

LT - Você tem uma coleção incrível de guitarras e um estúdio de referência em qualidade dentro de casa. Fale um pouco sobre isso. Marinho Ponci - São as minhas filhas (apontando para as guitarras) e mostrando o estúdio construído no subsolo da sua casa em São Paulo. Comecei a entender que a grana não era o fim, mas o meio para eu conseguir ser o que sou. Estamos no estúdio que consegui construir trabalhando como empresário e sou realizado profissionalmente, mas isso aqui (se referindo ao estúdio e as guitarras) é a minha emoção, é a minha vida! LT - Também adoro guitarras, estou feito criança num parque de diversão aqui. Fale sobre as raridades e as pérolas da sua coleção. Marinho Ponci - Bom,eu tenho uma Gibson 335 vermelha - Eric Clapton, foram feitas 100 no mundo todo. Ela é autografada pelo Clapton e é uma réplica exata da guitarra que ele usava, inclusive

o selinho Hare Krishnaque ele ganhou do George Harrison. A segunda é uma Fender Stratocaster preta 1955 - a lendária Stratocaster preta doYngwie Malmsteen, comprei diretamente dele. A terceira é uma Gibson 335 sunburst, autografada pelo BB King após um show dele no Bourbon Street. Até tentei falar com ele, mas eu tremia pra cacete! (risos). E, por último, esse violão Del Vecchio 1960 todo surrado que era da minha família. Foi onde tudo começou: já que ninguém da família tocava, ele ficava num canto e foi meu primeiro contato com um instrumento de corda esse aqui tem história.

LT - Esse estúdio é mais uma metáfora na sua vida envolvendo a música. O estúdio está embaixo de tudo como se fosse a base, o alicerce de tudo? Marinho Ponci - Sim é como se fosse o alicerce da casa e da vida, é a minha ‘BatCaverna’ (risos). Estou construindo com muito carinho, isso aqui tem o meu cheiro, tem o meu DNA. LT - Para finalizar, você tem outros desenhos em mente para tatuar? E as suas filhas, gostam de tattoo? Marinho Ponci - Sim, ainda vou mexer nessa aqui (um mago tatuado no braço), pois ela é muito importante para mim - ela traz as iniciais da partitura da música My Way, do Sinatra. Se eu largar a música,estarei largando de mim, da minha vida. A música me salvou da depressão, deu força para arranjar um trampo e correr atrás. Ainda tenho coisas que vão marcar meu corpo:serão na linha das conquistas, realizações e magias que acontecerão na minha vida. Quanto às minhas filhas, a mais velha tem 16 anos e já é tatuada (com a minha autorização direta no estúdio) usa piercing, tem o cabelo azul. (risos) A mais nova parece um anjinho e é muito nova, mas se um dia quiser fazer uma tattoo, vou apoiar sim, e direi para ela fazer algo que tenha a ver com a verdade dela, algo que tenha orgulho e não algo por modinha, sabe? Assim como fiz com a mais velha.

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[ lifestyle COUPLE ]

Casal Peralta

Tomar o café da manhã juntinhos, assistir um filminho e dormir de conchinha agarradinhos. A Revista Lifestyle Tattoo traz para você o doce lado do Casal Peralta. Depois desse ensaio, você vai achar seu relacionamento o mais inusitado do Mundo! FOTO Fernando Bentes tratamento Carol Curti style Ane Francotti Make up Maicon Freitas


para ler ouvindo playlist by Thiago Deejay (89 Fm) Clique aqui









ADORNAMENTOS

Snoopy

Ronaldo Sampaio, mais conhecido pela alcunha de Snoopy, é piercer profissional desde 1998. É o Diretor Fundador da ATPB - Associação dos Tatuadores e Perfuradores do Brasil. Juntou-se a nós para desbravar o universo da perfuração. piercer-snoopy.blogspot.com.br

Do Perfurador para os Perfuradores Conheçam Danny Yerna, pioneiro na prática do Body Piercing no México Danny Yerna começou no mundo da arte no corpo em 1980, quando foi tatuado e perfurado pela primeira vez. Em 1994 abriu as portas para a primeira loja piercing no México, Wakantanka e a partir daí se envolveu completamente com arte corporal, tornou-se co-organizador da primeira Convenção de Tatuagem na Cidade do México. Em 2000 publicou o livro Body Piercing, Arte, Moda, Tradição e Dor, em 2001 foi editor de Tattoos & Piercings e entre 2002-2012 foi o editor de uma tatuagem na pele. Desde 2002 tem participado de seminários de APP nos Estados Unidos e desde 2006 organiza seminários de uma mesma associação no México. Danny também foi o primeiro no membro da Associação dos Profissionais Piercers (APP) no México e passou três anos como diretor dos assuntos Internacionais dessa entidade. Em 2010 foi premiado com o Prêmio do Presidente da APP por sua contribuição à indústria de perfuração do corpo.

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Em 2013 fundou e foi eleito Presidente da Associação Latino Americana de Body Piercing (LBP). Com a formação dessa categoria representativa, Danny já estava trabalhando no 2º Congresso Internacional dos Profissionais Piercers no México.

Hoje Danny quase não perfura, pois tem muitos projetos: um novo livro, oficinas de perfurações, mantém sua loja e se dedica a LBP. Além de encontrar a paz espiritual na prática de yoga e meditação. Danny disse que com a chegada de seu filho Yoshi, sua vida deu um giro de 360 º.

RS - Como surgiu a vontade de trabalhar como Perfurador Corporal? Danny Yerna - Não foi planejado, tudo começou na década de 80, eu sou da Bélgica, tinha 16 anos e vivi o Punk Rock no início: a rebelião, a necessidade de mostrar a dissidência - inicialmente me perfurando, tatuando, pintando. Mantive meus cabelos para mostrar a minha raiva, minha frustração contra o sistema, contra o meu pais e trabalho - eu já tinha a minha orelha e nariz perfurados nessa época, os rebeldes estavam indo para clubes, concertos e manifestações. Eu me perfurava cada vez mais...

informação em livros, revistas e na internet. É preciso pesquisar, olhar para aqueles que já têm um pouco mais de experiência profissional.

RS - Quais foram os seus mentores físicos na pratica do Body Piercing? Danny Yerna - Realmente comecei por minha conta nos anos 80. Cheguei ao México em 1985 com meus amigos, tinha mais de 20 piercings visíveis e as pessoas pensavam que eu sabia sobre perfuração, por isso os interessados me procuravam e ​​ eu dizia: “Traga-me um brinco e agulha, colocá-lo para você “ - e foi durante anos, atrás do balcão de um bar ou no porão de uma loja de discos. Já na 93 ouvi The Gauntlet em San Francisco e tive a chance de ir e comprar peças, revistas (PFIQ) e vídeos (Pierce With Pro I e II), em 1994 abri a minha loja. Eventualmente comecei a conhecer pessoas como Jim Ward, Fakir, Elayne Angel, Paul King, Nick Wolak, Jim Weber, Alicia Cárdenas, Bethra Sumski. Eric Dakota e, obviamente, muitos Perfuradores. Hoje lembro com grande força e entusiasmo, alguns têm mais influência sobre mim e a minha formação, muitos começaram como nós, com grandes erros e anti-higiênico. Hoje em dia não tem desculpa para este tipo de coisa, há muita

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RS - Há quantos anos faz parte da APP? Danny Yerna - Tenho cartas de 1997, foi o início do contato com eles. Em 2002 fui pela primeira vez para conhecer e fiquei impactado com a quantidade de pessoas, das classes e da organização. No ano seguinte participei de todas as classes possíveis, em seguida fui apoio voluntário em APP Conference & Expo, foi um ano de muito aprendizado! Em 2005 me tornei membro, de 2007 a 2010 fui Coordenador Internacional, durante esses anos quase todos os folhetos foram traduzidos para o espanhol e começou com o Congresso no México. RS - Paralelo as obrigações com a sua loja, existe algum hobby ou outra atividade que gosta de fazer? Soube que tem uma historia bem interessante com a música. Poderia falar sobre? Danny Yerna - Sim! A música sempre fez parte da minha vida. Em 1985 cheguei ao México, onde vivi Rock in Roll, ouvia DJing no templo subterrâneo Tutti Frutti - foi um espaço ideal para os lotes de bandas como Caifanes, Maldita Vizinhança Bon e inimigos do Silêncio, Café Tacuba Slaughter 68 Atoxxico e tinha algumas bandas internacionais que tocavam em solo mexicano, como Ultra 5, Tommyknockers, Monomen, Hellbilly de vinis, rolava som em clubes e concertos com bandas como The Cramps, The Fuzztones, Motorhead e Sisters of Mercy com intensas rajadas. Numa pesquisa, escolheram as 13 pessoas mais influentes, a minha contribuição para o cenário musical


na década de 80 é esta imagem e está no mural La Vieja Guardia, México Trevas. Até hoje ainda gosto muito dele, e eu não consigo passar um dia sem a música do Social Distortion, Iggy Pop, cientistas, Bad Religion, The Nomads, The Cramps e Dead Moon. Por outro lado, sou apegado ao meu filho a ponto de mudar meus horários da loja para estar ao lado dele, brincando, lendo, aprendendo - sendo um pai presente..

RS - Quanto ao Livro “Perforaciones Corporales, Ritos, Tradición, Moda y Dolor” Qual foi a sua inspiração em escrevê-lo? Teve ajuda de alguns colegas para criá-lo? Danny Yerna - No final dos anos 90, muitas pessoas queriam ter perfurações e não havia nenhuma informação - tudo vinha dos EUA, em inglês e muito caro, por isso eu e Karem Martinez decidimos escrever um livro. Levamos um ano pesquisando e colhendo informações. Tivemos apoio de Eric Dakota, Nick Wolak, Dr. Enriquez e Dr. Milosh, além de visitas a muitas embaixadas e a vários fotógrafos. Contamos com muitos clientes que, gentilmente, permitiram ser fotografados. Acredito que foi o primeiro livro em espanhol sobre piercing. O livro foi publicado em 2000 e até hoje

temos procura dos interessados.

RS - Paralelo as suas atividades Danny, soube que trabalhou nas revistas “Tatuajes y Perforaciones” e “TatuARTE en la Piel”, pode nos falar sobre isso? Danny Yerna - Bem, pela mesma razão que o livro: observando a carência que tínhamos de publicação em espanhol sobre tatuagens e arte corporal em geral. Trabalhei para 5 números na revista Tattoos & Piercings. Por alguns mal-entendidos deixei a revista e comecei uma nova revista TatuARTE en la Piel que perpetuou-se durante 10 anos - 120 exemplares, onde entrevistamos Tatuadores e Piercers em edições mensais. Entrevistávamos os artistas, cobríamos as melhores exposições desse segmento no México, EUA e Europa. Contávamos com fotos, artigos relacionados à saúde e higiene, além das galerias com obras de mais de 50 artistas. Foi um grande projeto, acredito que nós colaboramos e muito para dar outra cara para a arte da tatuagem e piercing. RS - Qual a missão da Associação Latino Americana de Body Piercing (LBP)? Danny Yerna - Nossa missão é unir os Perfuradores

Algumas das publicações em que o artista participou, seja como colaborador/dono ou entrevistado

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Corporais da língua espanhola, elevar os padrões de Body Piercing, unificar práticas respeitando nossas diferenças e ser um elo entre a comunidade de Perfuradores Latinos Americanos para o resto do mundo num ambiente relaxado e tranquilo A visão da Associação Latino Americana de Body Piercing (LBP) é comunicar, educar e informar as pessoas em geral sobre as técnicas, materiais, segurança e higiene em termos referentes a perfuração do corpo.

RS - Quanto ao 2º Congressso Internacional para Perfuradores Profissionais, pode nos falar o que tem em mente para este ano? Danny Yerna - Será um ano fantástico e com grandes mudanças! Por enquanto vamos deixar o Distrito Federal do México para irmos a Metepec, um local perto de Puebla. Lá há grandes salões, opções de hotéis, restaurantes, piscinas, espaço para fogueiras e reuniões à noite para suspensões etc. Temos também oradores consagrados na indústria: Roland Loomis/ Fakir Musafar, Paul King, Brian Skellie (Novo Presidente APP) Matias Tafel/ Rata, Negra Argentina, Fingazz e Mauricio Torres Chile, Beto Rea - Alemanha, Sala - Noruega, além de Abel Frias, Edmundo Caro, Arte, Ana Paula Escalante e outros. Promoveremos um jantar de gala, com performances de La Negra e La Princesa , além de sorteios com prêmios emocionantes e menções de novos membros etc. Contamos com o salão Exposição, onde mais de 15 empresas farão a apresentação e venda das novidades técnicas e tecnológicas voltadas a este segmento ao nível de joalherias, displays e instrumentais. A intenção é apresentar um evento nunca antes visto na América Latina! Na edição de 2013 tivemos 20 turmas, mesas redondas, oficinas e recebemos os participantes de 22 estados diferentes da República Mexicana, Estados Unidos, Argentina, Chile , Venezuela, Costa Rica, Espanha, Itália, Suécia, Uruguai e Equador. Esse ano pretendemos nos superar! RS - Visando esse impasse dentro da indústria

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com relação aos Cateteres e Agulhas Ocas Blade, sabemos das suas vantagens e desvantagens. Como direciona os seus membros? Mesmo porque, aqui no Brasil Agulhas Blades Oca não tem registros pelos órgãos responsáveis pela regulamentação, sendo considerado ilegal o seu uso. Opinião de cunho pessoal: Eu vejo um Perfurador Experiente utilizando o perfuro cortante que acha melhor para cada local específico do corpo. Pode falar sobre? Danny Yerna - Aqui no México, temos o mesmo problema. Sem autorização oficial para importar agulhas Blades Oca, usamos cateteres e agulhas ocas de forma ilegal, temos trabalhado durante algum tempo com Cofepris (Órgão de Saúde do México) para discutir vários pontos em relação, fizemos algumas mudanças em termos de certas regras e burocracia. Temos muito trabalho pela frente, mas esperamos ter uma nova diretoria o quanto antes para conseguirmos trabalhar mais em conjunto com a saúde para o benefício de todos. Como LBP não tem estatuto sobre o uso de agulhas diferentes, trabalhamos com clips ou sem grampos. Eu, Danny, estou certo que um bom Perfurador deve saber puncionar o corpo com diferentes técnicas, ferramentas e materiais. RS - Gostaria que deixasse uma mensagem para os colegas brasileiros que tem vontade de fazer parte do Congresso, tudo bem? Danny Yerna - Claro que sim! Estamos aqui os esperando, todos tem mais do que portas abertas no México e no 2 º Congresso Internacional dos Profissionais Piercers. Então, espere para ver caras novas esse ano, garantimos que serão mais do que bem-vindos. Com certeza vocês terão muita informação, novas amizades e boas lembranças. Todas as informações e/ou dúvidas serão esclarecidas no site da LBP. Mais na rede: twitter.com/dymex fb.com/lbp.asociacion



[ UNS RIFFS ]

Bombeck

Dance and have

fun all night!

A

TEXTO Deborah Benetti FOTOS Luiz Trezeta

banda paulistana Bombeck surgiu em 2014 por dois amigos de muitos anos na música: Rafa (voz e baixo) e Guilherme Steiner (guitarra). Os dois compositores, que já tocavam há muitos anos em outras bandas, começaram a trabalhar em alguns riffs e letras, então surgiu a ideia de assumir um novo compromisso e começar esse trabalho com o único ideal: fazer música com amor e diversão. As músicas mostram grande influência dos anos 90 e são tocadas de maneira orgânica que misturam Funk, Rock, Reggae com pitadas de muito Groove, guitarras bem elaboradas, baixo

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marcante e vozes que soam como arranjos nas músicas, o que traz uma sensação nostálgica e agradável. Os temas abordados nas letras são variados que fazem parte do nosso dia a dia: amores, política, espiritualidade, sexo e muita diversão. O seu primeiro trabalho intitulado “JAI GURU DEVA” contém 11 faixas e conta com a participação de Fabiano Paz (bateria), Mario Camelo (teclados e sintetizadores) e Vini Chagas (sax). A produção musical ficou por conta de Michel Kuaker. A música é apenas o reflexo daquilo o que buscam: simplicidade e liberdade! Dance and have fun all night! Confira o bate papo com a banda:


LT - Quando rolou o primeiro contato com a música? Guilherme Steiner - Desde criança. Foi por intuição e não escolha, rs. Minha mãe diz que aos 4 anos eu já brincava com um piano que tinha em casa, lembro que gostava de ficar cantarolando as músicas que ouvia do Michael Jackson. Um pouco mais tarde ganhei uma bateria e fiquei mais certo de que o meu negócio era música mesmo! Aos 10 anos era um fã devoto do Nirvana e comecei a tocar algumas músicas no violão. Foi então que percebi que meu negócio era guitarra mesmo. Rafa - Aos 12 anos eu morava num prédio e tinha uma senhora que dava aula de piano. Minha mãe tinha vontade que eu aprendesse,porque achava bonito e tal. Então comecei a fazer aulas, mas não foi pra frente, porque eu queria Rock. Comecei estudando guitarra aos 14 anos e fiz dois módulos, meu irmão estudava baixo, foi então que me apaixonei pelo instrumento e deixei a guitarra de lado para estudar o instrumento e desse tempo pra cá não parei mais de tocar e estudar. LT - Vocês tocaram com outras bandas, certo? Quais eram? E como era o ritmo de estrada? Guilherme Steiner - Minha primeira banda foi composta pelos amigos de colégio, eu tinha 13 anos. Minha primeira banda com o Rafa foi o "La Raza" em 2006, mas não chegamos a fazer muita coisa. Em 2009 nós entramos no Fungos Funk que era uma banda com 10 anos de estrada e já tinha uma agenda estável. Era uma média de dois shows por semana, tocamos pelo país inteiro e em todos grandes festivais de bandas independentes. O ritmo na estrada é pesadíssimo, roubadas que não acabam mais! Tem que gostar muito da coisa para aguentar o tranco (risos). Rafa - Com 16 anos entrei numa banda de uma cidade do interior, Cajuru banda bola 8, uma galera que eu me reunia nas férias e eles sempre tinham festas e bailes para tocar - era muito divertido. Na época, fiquei uns 4 anos tocando com eles no interior de SP, depois entrei no La Raza, a banda que conheci o Gui. Em 2010 entrei na Ban-

da Coração de Herói e gravei um disco, fizemos bastantes shows, estou nessa banda até hoje e pretendemos lançar mais um disco. OBombeck é consequência da minha amizade e intimidade musical com o Gui: nós sempre fizemos som por diversão, então rolou totalmente natural.

LT - Quais as grandes influências de bandas dos anos 90 que você agrega ao som do Bombeck? Guilherme Steiner - Minhas principais influências são o Red Hot Chilli Peppers e o 311. Gosto muito de compor coisas que tenham muita guitarra pesada e preenchida, mas que ao mesmo tempo dê uma sensação de paz e tranquilidade, talvez por isso, misturamos influências de reggae nas músicas. Mas isso é relativo - durante a mixagem do disco, o Kuaker que foi o produtor musical associou nosso som com o Jane'sAddiction, que também é uma ótima influência. Rafa - Acho que bandas onde o baixo se destaca. Eu sempre me inspirei nas bandas que o baixo é ousado e se destaca do resto da banda, mas minha escola vai longe, gosto muito de Metal, Blues e Reggae. LT - Se fosse destacar duas músicas do álbum, quais seriam e por quê? Guilherme Steiner - Te Prometo - esse som, além de ter muita influência de Funk dos anos 70, quando tocamos é como se estivéssemos brincando de fazer música, tanto musicalmente como a letra. Essa música se enquadra perfeitamente na tag que usamos "Groove4fun". Acho que é a música que define melhor o som do Bombeck. Temos pra Onde Ir - foi uma letra que escrevi numa fase em que estava cheio de confusões mentais e desacreditado na vida. Quando escrevi essa letra achei, todas as respostas que precisava dentro de mim mesmo, sem querer foi um divisor de águas. Fez-me refletir e enxergar a vida de outra forma. É uma música muito pessoal. É brega dizer tudo isso, mas é verdade (risos). Rafa - "Te prometo" é uma música que define bem o style da banda, é bem humorada tem um

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Confira o teaser da gravação do primeiro álbum da banda Clicando Aqui

groove marcante, quem é amante desse estilo de som vai pirar. E "Sensação" é uma das minhas preferidas, é um som fino, o baixo desse som é lindo e mostra nosso lado mais maduro.

LT - Fale um pouco sobre as parcerias existentes no álbum. Guilherme Steiner - Esse álbum foi gravado todo em ‘família’ (risos). Além do Rafa e de mim, também tem o Fabiano Paz (batera). A principio ele só gravaria as baterias do disco, mas acabou que ele gostou da coisa e naturalmente abraçou a causa. Foi um cara essencial, pois assimilou o som com muita facilidade. Em poucos ensaios pegou tudo, foi bem rápido! Chamei o Mario Camelo, que é tecladista da Fresno e um grande amigo. Foi o cara que colocou a ‘cereja do bolo’ nas músicas que tem mais influências de Reggae/ Ska e nos Funk's. Os teclados dele estão finos! rs.Também tem nosso outro amigo,Vini Chagas e foi quem gravou o sax na música "Sensação".

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A produção musical ficou por conta do nosso outro amigo, Michel Kuaker. Já havíamos gravado com ele antes, e foi um cara que sacou exatamente onde queríamos chegar. Ele foi importante para o disco sair do jeito que queríamos.

LT - Quantas tatuagens você tem? Onde costuma tatuar? Guilherme Steiner - Que pergunta difícil! Quando me perguntam isso, prefiro responder que tenho uma só, já que estou praticamente com o corpo inteiro fechado. Nem vou parar pra contar senão me perco, rs. Não existe exatamente significado, gosto de tudo que envolve arte e tatuagem, é uma coisa que também tenho atração desde criança.Tenho muitos amigos tatuadores, e assim como na música, acho que a tatuagem também tem que ter a personalidade do tatuador. Tudo que envolve arte não da pra ser sob encomenda, então quando eu gosto do trabalho de alguém, dou o tema (oriental, PB, oldschool, etc)


e deixo o cara livre para fazer o trampo dele. Alguns tatuadores que fiquei bem satisfeito com o resultado realizado em mim foram o Alex Marques (Led'sTattoo), Mauro Landim (Mundo Cão Tattoo) e Mexinha (Mad Max Tattoo). Rafa - Tenho um braço fechado com tema de fundo do mar - tubarões, polvo, cavalo marinho, etc, escolhi esse tema porque o mar me transmite tranquilidade e paz, é um dos lugares que mais gosto de estar. Quando olho a tattoo, sinto que estou num lugar melhor! Tenho o nome da minha filha tatuado no peito, e pretendo fechar o outro braço.

LT - O que gosta de fazer nas horas livres? Guilherme Steiner - Pegar o Ipod, colocar o fone e sair andando sem rumo. Faço isso todo dia de madrugada, ando durante umas duas horas. Faz um bem danado! (risos). Rafa - Gosto de estudar o baixo umas 3 horas por dia, é tipo um vicio mesmo! Malhar pesado todo

dia, caminhar nos parques, sair com os amigos, tomar cerveja e ficar com minha filha, que é a melhor pessoa do mundo para estar.

LT - Quando será o lançamento oficial da banda? Guilherme Steiner - Nosso disco intitulado "JAI GURU DEVA" tem 11 músicas já esta em processo final de mixagem. A arte do disco também já esta toda pronta. Acredito que no final de Agosto vamos colocar o Bombeck para rodar. Também estamos resolvendo o clipe. Com certeza o disco da Revista Lifestyle Tattoo já esta reservado! Rafa - Estou muito empolgado com todo o processo, posso dizer que o Bombeck é uma realização pessoal. Não vejo a hora de estar na estrada com a banda! Mais na rede: fb.com/bombeckmusic soundcloud.com/bombeck

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NA AGULHA

Diogo Dias

Diogo Dias é vocalista da banda Vapor e amante de boa música. A cada edição indicará uma banda que vale a pena ser ouvida. fb.com/vapor.sp.rock

os instrumentos que

cantam

pelo Metal, Stoner e até o Clássico (isso na minha humilde opinião). Os caras acabaram de lançar o primeiro álbum full, gravado na Califórnia e produzido por Aaron Harris (ISIS/Palms). O disco se chama ACE e contém 7 faixas inéditas gravadas ao vivo. E não poderia ser de outra forma, a energia das músicas pedia a fluidez do ao vivo. O resultado foi um disco muito foda, representando não só o Rock Instrumental nacional, bem como todo o gênero! Ouça o som do Huey e descubra que nem sempre é preciso voz para dizer alguma coisa.

Para ouvir: hueyband.com fb.com/hueyband alisson louback

É muito comum encontrar bandas que tentem, com muita dificuldade, se encontrar quando a questão é a voz. Surge dúvida sobre a língua das composições, o que dizer nas letras, a construção de melodias vocais, além do desafio em encontrar um timbre original que se encaixe na musicalidade da banda. E é esse último item que nos leva ao Huey. Pelo que fiquei sabendo, a banda que nasceu em 2010 em São Paulo, até que tentou, mas a música deles não queria, ou não precisava de uma voz. Os instrumentos acabavam por roubar a cena. Eles cantavam e diziam tudo o que os caras queriam transmitir! Essa linguagem instrumental é onde o Huey passeia com maestria. São 3 guitarras, 1 baixo e 1 bateria que conversam entre si, mergulhados num universo de sons pesados, que passam

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CAUSOS E PÉROLAS

Sr. Geléia

Cesar Vaz ou simplesmente Sr. Geléia, é proprietário e tatuador do Studio Gelly’s Tattoo. Divide seu tempo no vocal da banda Trovadores de Bordel. A cada edição nos contará um causo ou peróla do que viveu nos stúdios. gellystatoo@gmail.com

Cuidados com tatuagem: Plástico? Vaselina? Cremes?

Os cuidados após a aplicação da tatuagem variam muito de tempos em tempos e de profissional para profissional. Isso ocorre por falta de formação padrão para todos profissionais e pela variação do tipo de aplicação: ora mais pesada, ora mais suave e, com isso, os profissionais podem pedir de 3 a 5 dias de plástico ou até mesmo nem usar. Nos primórdios dos anos 70 e 80, era muito comum o profissional pedir para ficar com bandagem nas primeiras horas afim de pararo sangramento e depois só lavar ou passar vaselina. A vaselina, em alguns casos, gerava espinhas ou encravava os pêlos retirados, era permitido queimar ao Sol, e a indicação de cremes para cicatrizar começava a ser indicado. A partir dos anos 90 introduziram o uso de Nebacetin: uma pomada cicatrizante excelente, mas é um antibiótico e, na verdade, nós não poderíamos receitar. Além disso, a bula tem efeitos colaterais pesados em uso sistemático. Mas no caso de feridas profundas por maus cuidados com a tatuagem ou feridas causadas por tatuadores inexperientes, ainda hoje, é o último recurso antes de recomendar uma visita ao dermatologista.

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No meio dos anos 90, alguns tatuadores já começaram a recomendar o uso de plástico PVC durante 3 dias em média, para evitar a formação da casca mais grossa que se formava. Lembrando que nessa época, o tribal, um dos estilos de pintura mais pesada estava se desenvolvendo e virando moda no mundo todo. Existem muitos profissionais que ainda são contra o plástico, mas a técnica vem dos cuidados usados para pessoas queimadas, que cobrem e usam cremes para evitar as cascas iniciais que se formam nos primeiros dias e deixam marcas. Dessa forma, o plástico evita a entrada de ar que endurece a secreção, permitindo que seja lavada e acicatrização sem a casca pesada que gruda na ferida. Vale lembrar que essa casca tinha utilidade quando éramos primitivose vivíamos num mundo mais sujo: ela nos protegia de infecções, entretanto, essa mesma casca demora de 1 a 2 meses para desaparecer por inteiro em casos de feridas mais sérias e profundas. O uso do plástico por, no mínimo, 3 dias evita a formação da primeira casca e a pele continua a cicatrizar normalmente sendo hidratada. Em


casos de formação da casca grossa, a chance da cicatrizar mal ou até não acontecer formando queloides é muito grande. Na virada dos anos 2000 começaram a usar muito a pomada Bepantol: também uma pomada oleosa que, no inicio era excelente e de característica fina, além disso, ajudava a cicatrizar muito bem a tatuagem, mas começou a engrossar com o tempo, por conta da alteração de fórmula causando reações adversas. Desde entãocriaram versões com quantidade de óleo variada e também a base de água. No final da década de 2000 apareceram cremes dermatológicos específicos para tatuagem, na sua maioria todas muito boas abase de água e sem reações adversas. Todos aprovados pela ANVISA e com permissão para que nós pudéssemos indicá-los. Durante os primeiros dias até o primeiro mês de tatuagem existem outros cuidados que variam mais ainda. Os profissionais de saúde consideram um mito a ideia de que a ingestão de carne suína ou frutos do mar possam causar qualquer reação, mas vários profissionais do ramo ainda recomendam anão ingestão desses alimentos. Sol, mar e piscina no entendimento popular podem clarear a tatuagem no primeiro mês ou até mesmo inflamar a região e em casos mais graves, gerar infecção.

Há reações alérgicas raras ao plástico, às pomadas e até alguns pigmentos de origem metálica como a cor branca e vermelha, e quando usados em grande quantidade em pessoas alérgicas ou sensíveis a exposição ao metal (perceba que existem pessoas que não podem usar bijuterias nas orelhas e outras têm intolerância aos cintos e anéis, imagine metais dentro da pele!) podem causar feridas ou falhas repetidas nas tatuagens. Mas cada profissional, com uma experiência adquirida, sabe como é a aplicação e qual a maneira correta para cuidar de seus trabalhos. O melhor que os clientes fazem é ignorar a experiência pessoal e ouvir o artista escolhido, pois às vezes você tem várias tattoos, mas muda de estilo e de profissional, com isso, a cicatrização pode ser mais pesada ou até mais leve. Trabalhos ou sessões só de traço, por exemplo, são bem mais simples de cuidar, ao contrário das sessões de pintura chapadas que podem causar até febre, tamanha agressão na pele. Ouça seu tatuador! Cuide do seu trabalho que, além de ficar mais bonito, evita muitas vezes que tenha de voltar ao estúdio para fazer retoque por maus cuidados, ou até que cause falhas irreparáveis durante a cicatrização. Afinal tattoo custa caro, dá trabalho, dói e é pra sempre!

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AGULHADA

Brian Stecco

ano,

porra. Há um ano estava ‘vagabundeando’ pela rede social do titio Zuckerberg e vi uma publicação divulgando o surgimento de uma revista de tatuagem. Na época estava prestes a me formar em jornalismo, entrei em contato na hora com quem estava idealizando a revista, o Raphael que hoje é ‘parceirasso’. Mandei uma mensagem falando que tinha vontade de me juntar nesse barco e ver qual que era - recebi o positivo no mesmo minuto! Enfim, passou um tempo, começamos a programar tudo para a primeira edição da revista. Eu já tinha mandado uns textos, tudo nos ‘trink’: fomos cobrir o 1º Jundiaí Tattoo Fest e, obviamente, o primeiro evento de tatuagem que nós cobrimos. Pra falar a real, eu mais fiquei tomando cerveja do lado de fora do que dentro da convenção, mas uma hora o trabalho veio! Comecei entrevistando um japonês ‘figuraça’, o Massao que faz uns ‘trampos irados’ no tebori: uma técnica de tatuagem oriental que ao invés de máquina elétrica, utiliza uma vareta de bambu para gravar a tinta na pele. E pra minha surpresa, quando terminei a entrevista percebi que o gravador não tinha gravado nada. Baita erro juvenil de um pseudo-jornalista iniciante! É a primeira vez que conto isso pro pessoal da revista, minha editora vai querer arrancar minhas tripas. ‘Mal’, Deborah! Continuei entrevistando uma galera super ‘sangue bom’. O Primo que, além de um ‘baita’ tatuador é um cara gente boníssima.

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ano

Aí fui entrevistar o Snoopy que é um dos caras mais atuantes no cenário para conscientização e profissionalização dos profissionais de body modification. Tentei mandar umas perguntas capciosas, mas esse peixe pequeno aqui que vos escreve não conseguiu ser páreo pra esse GIGANTE que é o Snoopy, sem ‘rasgação de seda’! Hoje o cara é um dos colunistas aqui da Lifestyle e segue mandando’ benzasso’. Fechamos a primeira edição, puta trampo bem feito de todas as partes! Mas a gente sentia que ainda faltava um certo profissionalismo. Éramos bebês dando os primeiros passos. Começamos então com nossas reuniões de pauta. Aaaahhhh nossas reuniões! Nunca consegui sair de nenhuma delas andando em linha reta: quinze minutos discutindo pauta, uma hora e meia enchendo a lata. Mas se engana quem pensa que não somos construtivos! hehehe. Começou a chegar mais gente para compor nossa equipe. O que antes era um time de futebol de salão, virou um elenco completo de futebol de campo: fotógrafos, diagramadores, maquiadores, três ou quatro jornalistas, colunistas etc. Nem acredito o quanto crescemos! Fui folgado e ditei minha coluna aqui que, pra falar a verdade, só a minha mãe deve ler. Beijo mãe! Falando sério, galera: o conteúdo dessa revista fica a cada edição mais aprimorado, mais elaborado, e melhor em todos os sentidos!


Modéstia à parte a Lifestyle é a melhor revista do segmento e foda-se! Ponto final. Com tantas incertezas que esse meio nos provém, uma coisa é certa: ainda vou continuar destilando meu veneno, metendo o pau no que eu não concordo e afirmando com fervor minhas convicções. Hoje é uma data comemorativa e queria de coração agradecer todos que fazem ou fizeram parte desse sonho que está se concretizando

e quem venham mais dez, vinte, trinta anos de jornalismo, arte, cultura e música em nossas vidas. Parabéns pra nós! Ah e aos meus leitores (mãe), prometo que na próxima edição venho com mais uma ‘agulhada’. “Minha palavra vale um tiro e eu tenho muita munição” (MC´s, Racionais. Capítulo 4 versículo 3. 1997) Beijo no coração de todos!

AGENDA

Com barulho de maquininha ou não. As dicas para você curtir o melhor rolê!

CONVENÇÕES DE TATTOO

EXPOSIçÕes

3ª Expo Tattoo Limeira

Zezão + Fernanda Valadares

01, 02 e 03 de agosto Centro Municipal de Eventos Limeira (SP) fb.com/events/1496541290559489

A Zipper Galeria, localizada em São Paulo, recebe exposição com trabalhos do graffiteiro Zezão e da artista plástica Fernanda Valadares. Zezão De 16 de junho à 09 de agosto traz obras feitas com materiais e objetos encontrados em esgotos, rios e córregos da cidade, que ganham sobrevida e conquistam uma nova identidade. Já Fernanda utiliza o espaço para falar de tempo. Rua Estados Unidos, 1.494 Jardins - São Paulo (SP) (11) 4306-4306

1ª Expo Tattoo Floripa

08, 09 e 10 de agosto Avenida Governador Gustavo Richard, s/n Florianópolis (SC) fb.com/expotattoofloripa Tattoo Ink International

29, 30 e 31 de agosto Av. Andromeda, 200 São José dos Campos (SP) fb.com/tattooink 4ª Expo Tattoo Taboão da Serra

19, 20 e 21 de setembro Cemur Praça Nicola Vivilechio Taboão da Serra (SP) fb.com/events/429343487168771

Acima: trabalho realizado por Zezão e ao lado: obra de Fernanda Valadares

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[ EVENTOS ]

Tattoo Week SP

A maior Confira o que rolou no último dia da tão esperada convenção de tatuagem que reúne os maiores nomes do mundo TEXTO Fernando Szabo FOTOS Renata Pitteri edição deste ano da Tattoo Week São Paulo (18, 19 e 20 de Julho) foi marcada por diversos artistas do Brasil e do mundo. Países como Itália, Espanha, Portugal, Áustria, Estados Unidos, Austrália, Argentina, Uruguai e Japão estiveram presentes e em plena atividade. O dia 20 de Julho, último dia do evento, foi uma data especial, pois foi realizado o tradicional concurso

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Miss Tattoo Week, além é claro de ser comemorado o “Dia do Tatuador”. O evento contou com mais de 300 expositores e teve presença de figuras carimbadas do mundo da tattoo como o tatuador Amy James do Miami Ink e NY Ink, do casal Peralta esbanjando simpatia e sagacidade na suspensão corporal, do Coveiro Maldito performer bizarro, do Fernando Caveira, 90% do corpo tatuado entre outros. Confira agora como foi o último dia da Tattoo Week São Paulo:


América Latina Fomos surpreendidos por um coloridíssimo body sweet (fechamento corporal) ao estilo oriental feito por Robson Tebori (Robson Tebori Tattoo) nas costas do jovem Gabriel Bandin (20). Encontramos o Coveiro Maldito (25), fechado de rabiscos, trajando saia longa estilo kilt escocês, máscara de gás, botas à lá Marilyn Manson e uma corrente nas mãos andando pelos stands e tirando foto com a galera. Outra figura que esbarramos foi o Sr. Roberto Matrigani (66) de Sorocaba, coroa gente fina fechado de tattoos. Matrigani fez sua primeira tatuagem na década de 70 e pelo visto gostou da coisa, pois no período de 2007 a 2009 fechou o corpo. No mesmo corredor conhecemos o Sr. Carlos Muller (59), que trabalha com conserto de elevadores. Detalhe para a perna direita fechada com temas do

Corinthians - seu time do coração. No badalado stand da MCD vimos um dos tatuadores mais famosos do mundo em ação, Amy James do Miami Ink e NY Ink. Ele estava tatuando um tigre no peito de um sortudo, que certamente foi para casa com um trampo muito bacana. No stand Ouka Rat – Skill / Horihige Luckdrops do Japão uma verdadeira obra de arte sendo feita com técnica Tebori, nada de maquininha elétrica aqui a coisa é Old School. Desenho de um dragão vermelho sendo feito como nos primórdios da arte da tatuagem. Falando de modificações corporais falamos com Henrique Ribeiro (26) auxiliar administrativo de SP e Ana Diabolick (30) tatuadora do Diabolick Tattoo Curitiba, ambos com boa parte do corpo fechada incluindo os olhos pintados de preto. João

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Da esq. para dir.: Txanadash Beija Flor, índio Shaman do stand Aldeia de Shiva e o artista japonês Ouka Rat-skill, mandando um dragão vermelho com uso da técnica tebori

Ochetski (22) também de Curitiba fechou o rosto e vive o lifestyle da tattoo com modificações corporais e piercings por todo o rosto. O destaque fica para Fernando Caveira (37) de Tatuí SP, é tatuador no Caveira Tattoo. Fernando tem 99% do corpo tatuado, incluindo os olhos. A parte sem tinta do corpo fica na sola dos pés, que ele já tentou tatuar, mas com o tempo, a tinta acabou saindo. Outro stand que chamou a atenção foi “Aldeia de Shiva”, que tinha um autêntico índio Shaman da Amazônia (de cocar e rosto pintado). Seu nome é Txanadash Beija Flor (27), primo da tatuadora Sionay também presente no stand. O estúdio desenvolve trabalhos juntamente com a tribo que mantém as tradições ancestrais dos índios, inclusive os trabalhos ritualísticos de pintura corporal, e também trabalhos espirituais com a Ayahuasca em Juquitiba SP. O dia 20 de Julho contou com o tradicional concurso Miss Tattoo Week, e claro nós falamos com as gatas vencedoras: Bruna Barros (24) de SP foi a Miss Tattoo Week deste ano e a eleita Miss Simpatia foi Natalia Freitas (21) também de SP. Um momento que atraiu todos os olhares foi a suspensão corporal do Casal Peralta. Victor Hugo Peralta iniciou a sessão e instigou o público que foi ao êxtase. Na sequência Gaby Peralta não fez por menos e também foi suspensa.

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Coveiro Maldito, performer de 25 anos e seu visual com máscara de gás e corrente nas mãos


Destaque para este casal que entrou para o Guinness Book — Livro dos Recordes com o título de casal mais modificado do mundo. O evento contou com o tradicional concurso de tatuagem e body piercing, que este ano premiou as categorias New School, Oriental, Temas Brasileiros, Costas, Realismo, Melhor do dia e Melhor do evento. Destaque para o stand do Ministério da Saúde que realizou exames de Hepatite e Sífilis durante todo o evento para quem se interessasse. Além dos tradicionais stands de tattoo, o evento contou com ampla praça de alimentação

para manter a galera em pé, stands de equipamentos e assessórios para os tatuadores, como, máquinas de todos os tipos, tamanhos e cores, tintas especiais, biqueiras, agulhas , entre outros. Os stands de roupas e assessórios também tinham espaço garantido e grande fluxo e procura por parte do público presente.

Mais na rede: sp.tattooweek.com.br fb.com/tattooweek

GALERIA LIFESTYLE

Da esq. para dir.: Ami James, o famoso tatuador em ação no Studio da marca MCD; Bruna Barros (24), eleita Miss Tattoo Week e Natalia Freitas (21), eleita Miss Simpatia; Fernando Caveira (37), tem 99% do corpo tatuado; Carlos Muller (59), detalhe para a perna direita toda com temas do Corinthians, seu time de coração; Roberto Matrigani (66), exibindo suas diversas tatuagens.

Para ver mais fotos Clique Aqui LIFESTYLE TATTOO | ED.7 JUL/AGO

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