Ano 2|Edição nº 08|SET/OUT
radição ILENAR O Tebori afiado de
E MAIS
Massao Nissiuti
EVENTO
Cone Crew em São Paulo
dia do idoso
Conheça o ‘tiozinho’ todo tatuado
UNS RIFFS
Suíteluxo, muito rock´n roll e ska
adornamentos Matias Tafel, piercer argentino
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Ano 1|Edição nº 05|MAR/ABR
ENTREVISTA
O body piercer Ronaldo Sampaio, o Snoopy nos conta tudo sobre seu trabalho
OLHO POR OLHO
Ano 1|Edição nº 02|SET/oUT
Ano 1|Edição nº 03|noV/dEZ
Saiba mais sobre o universo da Suspensão Corporal e confira a
ENTREVISTA
Mariana Queiroz
com o expert no assunto
Valnei Santos
Confira ooensaio Confira ensaio cheio de deatitude atitude da Lifestyle LifestyleGirl Girl
PONTILHISMO PONTILHISMO
estilo que, OOestilo deponto pontoem em ponto, ponto, de vaiconquistando conquistando vêm seu espaço. espaço. ooseu Conheça Conheça o trabalho doso dos mestrestrabalho da técnica craques na técnica
Renatha Renatha Pires Pires
Brian Gomes Renato xxx Anselmo Araújo Brian xxx Renato de Souza Anselmo xxx
ARTE NA PONTA DA
Monique Peres
E MAIS: Curiosidades|Estúdios em destaque|Dicas de som|Agenda de eventos
EVENTOS
Tattoo Ink 2013 S.J. dos Campos
POINT
Karooba Café Tattoo
ENTREVISTA
Fernando Schaefer Banda Worst
CAUSOS E PÉROLAS
Nosso novo colunista Sr. Geléia
1
EVENTO
2ºEVENT Guarulhos O Tattoo hos Guarul 2ºFest Fest Tattoo
ENTREVISTA ENTREVISTA
Boni Lucena, , do Lucena Boni do Gelly’s Tattoo Gelly’s Tattoo
LIFESTYLE
RIFFS UNS LIFESTYLE UNSRIFFS artesanais Cervejasartesanais Paulão,, vocal vocaldo Cervejas Paulão Sinnatrah doVelhas VelhasVirgen Virgenss dodoSinnatrah
O Vrummm mais charmoso de SP:
Cherry Rat,
em clima de rockabilly no ensaio da Lifestyle Girl
Estilo
O que não saiu sobre a Copa você vê aqui
Estreia da seção do piercer snoopy, entrevistando o mestre das perfurações
Pegamos a Dutra rumo ao Rio de Janeiro para registrar tudo sobre o
Confira a estreia do Editorial de Moda cheio de atitude
Copa Riscada
ADoRNA mENtos
Não é só sp
A Voz Confira o “Dom” de Paulinho Lima
Brian skellie ENtREVistA
liFEstYlE
T. Angel, conheça o que Levante seu topete e pensa o polêmico tire o broto para dançar. artista performer Conheça o The Clock
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Conheça a arte do Tatuaria São Paulo, no coração da cidade
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Ano 1|Edição nº 06|mai/jun
Doce Potência
no ensaio da Lifestyle Girl
tattoo Week Rio
E MAIS
Elas entendem tudo de agulha, e não é de costura que estamos falando
LIFESTYLE TATTOO | ED.1 JUL/AGO
Confira a entrevista exclusiva com a banda Flicts, falando sobre os sons que dizem muito sobre Sampa
Confira todo estilo da ruiva
E mAis
Agulha
pAulicéiA DE toDAs As coREs
Rock BABY
CORPO SUSPENSO
Confira o ensaio de estreia da Lifestyle Girl
Ano 1|Edição nº 04|JAn/FEV
Dia de
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E mais
ANO 1|EDIÇÃO Nº 01|JUL./AGO.
EVENTOS
Confira o que rolou no Tattoo Show RS
LIFESTYLE
Um rolê com os Scooteristas
TÉCNICA REFINADA
A simbologia da Tattoo Maori
TATTOO TERAPIA Estreia do reality que é diferente de tudo o que você já viu
EDITORIAL Salve riscados! A nova edição da Revista Lifestyle Tattoo está mais louca do que o costume. Fomos até um estúdio em Londres saber como andam as tendências por lá. A missão ficou com a colaboradora Mariana Vilela, uma apaixonada por viagens. Sabiam que no mês de outubro comemoramos o dia dos avós? Isso mesmo. E advinhem só: encontramos o vovô mais crazy do Brasil. Mais de 80% do corpo fechado com premiadas tatuagens. Irado! Já deu para perceber que chegamos com tudo, né? Tem uma cobertura de responsa produzida pela jornalista Cadidja Stringhini dentro da cena hiphop. A garota sangue bom foi no backstage do
show e bateu um papo reto com o tatuador dos músicos do Cone Crew. Imperdível. A equipe foi além da imaginação na hora de produzir as matérias desta vez. Quem nunca leu uma frase motivacional nas ruas da cidade? Pois bem, vocês vão conhecer um grupo animado que leva palavras de alegria e amor para a população. Inspirador! Agora os nossos colunistas soltaram os cachorros nos textos. Tem crônica reflexiva sobre o ano eleitoral, tem desmistificação do mundo das tattos. Tem mais coisas para ler nas próximas páginas, mas vou manter o suspense. Aproveitem cada linha de conteúdo exclusivo. Boa leitura.
Deborah Benetti Editora Chefe MTB: 64133 deborahcbenetti @gmail.com
EXPEDIENTE Diretor Comercial: Raphael Rosa Diretor de Criação: José Junior Editora Chefe: Deborah Benetti Direção de Arte: Simone Ferres Jornalistas: Brian Stecco, Cadidja Stringhini, Fernando Szabo, Jéssica Marques e Mariana Vilela Revisão: Maria Clara Paes Fotógrafos: Fernando Bentes e Renata Pitteri Foto de Capa: Renata Pitteri Arte de Capa: Simone Ferres
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COLABORADORES
Renata Pitteri
Luiz Fernando Bentes
Brian Stecco
Fernando Szabo
26 anos, é produtora de vídeo e tudo que lhe instiga. Fotógrafa por hobby & job. Conectada a arte e cultura, amante de música, rock n’ roll e apreciadora de artistas independentes. Adora uma boa conversa, bom humor, é piadista, e uma novidade é sempre bem vinda. repitteri@gmail.com
Vulgo Mano. Fotógrafo no Studio Luís Crispino. Apaixonado por arte e fotografia. Bom boêmio, nunca nega um convite para uma gelada. Apreciador de um bom som, como rap e rock. Apaixonado por tattoo, fez a primeira aos 20 anos de idade. luizfbentes@gmail.com
24 anos, jornalista. Fez sua primeira tattoo aos 18 anos e desde então não parou. Entre seus estilos favoritos está o Old School e as chicanas em preto e cinza. De esquerda, Brian adora política, futebol e uma cervejinha gelada no fim do dia. b.stecco@hotmail.com
31 vulgo Feu. Agente de atividades culturais e músico. Apaixonado por carros e instrumentos - ambos vintage, fez sua primeira tattoo aos 17 e não parou mais, acredita na música como meio de formação e também de transformação. Toca guitarra e canta na banda Suíteluxo. feuszabo@gmail.com
Cadidja Stringhini
Mariana Vilela
Jéssica Marques
Simone Ferreira
Jornalista amante de fotografia, moda e cultura urbana. Não dispenso um bom papo, uma cerveja e uma viagem! Geminiana, paulistana, corinthiana ...eterna sofredora eterna sonhadora! instagram.com/cadidjaa
Jornalista, apaixonada por esportes, principalmente artes marciais e lutas, pratica Boxe, Muay Thai e Jiu Jitsu. Capricorniana, adora moda, comida japonesa, escrever e ler bons livros. Entre os prazeres da vida, os que mais aprecia são viajar, conhecer pessoas e rir muito. mari_dvilela@hotmail.com
Jornalista, 23 anos. Coleciona bilhetes de cinema e livros de “O Pequeno Príncipe”. Prefere palavras que transmitam sensibilidade. Apaixonada por jornalismo literário e observadora de sorrisos e olhares tímidos, não dispensa a oportunidade de ouvir e contar uma boa história. jessica.mobezerra@gmail.com
Diretora de arte, fã de gatos, de blogs de moda e make, sócia do Mimos da Si e apaixonada por Jesus. Sonhadora constante, é Esse é o mundo da Si. A primeira tatuagem está por vir simoneferres.wix.com/ diretoraart
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ÍNDICE
10 {
eventos }
CONE CREW DIRETORIA
14 {
capa }
pelancas coloridas
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06 { especial } questão de etiqueta 18 { portifa } Rodinei Morillas {uns riffs } 26 { mapa riscado } londres suíteluxo 30 { adornamentos } matias tafel 40 { na agulha } body count 42 { causos e pérolas } mitos e bobagens a esquizofrenia agulhada { } 44 paulista 45 { agenda } convenções e exposições
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{ técnica refinada } Massao (tebori)
[ ESPECIAL ]
Questão de Etiqueta
o d n a l o C amor
í a r o p
Projeto distribui etiquetas pela cidade como forma de gentileza
S
TEXTO Jéssica Marques
ão muitas as intervenções urbanas que utilizam a cidade como palco, seja para o trabalho de coletivos artísticos, na arrecadação de fundos que apoiam projetos independentes ou simplesmente para espalhar fineza. O Questão de Etiqueta é um dos projetos que nasceram com a simples missão de distribuir gentileza, e é através de caneta, etiquetas e boas frases que em dois anos de existência já são quase 7 mil curtidas no Fa-
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cebook e muitas etiquetas espalhadas pelos cantos da cidade. Idealizado pela estudante de cinema Renata Braga, é ela que, em boas e simples palavras explica como nasceu a ideia. “Já ouvi de tudo por aí, que não existe amor em SP, que não está faltando amor, mas sim faltando amar.”, diz. Inquieta com todas essas indagações e com um coração do bem, resolveu dar vida a um projeto antigo. “Eu tinha um monte de etiquetas sem uso na mochila e trocava uma ideia com uma amiga sobre possíveis usos pra elas. No começo eu entendia a ideia como uma forma de fazer sorrir, quiçá mudar o dia de alguém e ainda
vejo assim, mas o Questão se tornou também o meu jeito de me comunicar com a cidade, além de intervir, senti que era possível interagir com São Paulo e virou uma grande troca!”, conta. A maioria dos posts e fotos são de sua autoria, mas a ideia é tão contagiante, que amigos de outros estados e até desconhecidos colam etiquetas, fotografam e enviam para a página como uma forma de contribuição e afeto.“Gosto de ver que tem gente por aí contagiada pela ideia e colando etiquetas em algum canto do país”, conta. O projeto caiu no gosto (e no coração) popular, até o rapper Emicida já compartilhou imagens do Questão em suas redes sociais. Das frases usadas algumas são da própria Renata, outras velhas conhecidas da literatura, música, cinema ou autoria desconhecida, uma infinidade que vai de Saramago ao Zé da esquina. No ano passado, um mutirão de amigos conhecidos e desconhecidos se juntaram para colar o maior número de etiquetas pela cidade, e se tudo der certo, a iniciativa voltará a se repetir em dezembro quando o Questão de Etiqueta
completa dois anos de existência sem ter ideia do quanto fez sorrir, mas com a certeza de que “A coisa mais fina do mundo é o sentimento!” – frase de Adélia Prado que estampa etiquetas por aí. Gratidão “A divulgação do Questão sempre foi natural, quem gosta acaba repassando de alguma forma, quase que um boca a boca das redes sociais. E por isso sou grata por cada menção, cada compartilhamento, cada curtida, cada notinha. Tudo me dá muita alegria e força pra seguir tocando o projeto! Há dois anos repito isso, e sempre soa brega, mas realmente faz acreditar que tem sido possível espalhar sorrisos por aí!”, exclama Renata Braga.
Mais na rede: questaodeetiqueta.tumblr.com fb.com/QuestaoDeEtiqueta instagram.com/questaodeetiqueta
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fb.com/QuestaoDeEtiqueta
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divulgação
[ EVENTOS ]
Show Cone Crew
Cone Crew Diretoria lança seu novo álbum em São Paulo Seria mais um sábado frio e chuvoso na capital paulista, mas a chegada do bonde carioca Cone Crew Diretoria mudou um pouco a rotina da cidade que nunca dorme
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TEXTO Cadidja Stringhini FOTOS Thainara Souza ançando seu novo álbum intitulado Bonde da Madrugada parte1, a banda de rap Cone Crew Diretoria fez um show marcante para o público paulistano. Há 8 anos na estrada, o grupo formado pelo beatmaker Papatinho e pelos MCs Cert, Rany Money, Batoré, Ma-
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omé e Ari levou o público presente na casa de show Áudio Club à loucura! A Lifestyle Tattoo pegou carona nesse bonde e o resultado você confere aqui! Os cariocas sabem o peso que carregam e a importância para o rap nacional. Influenciados por bandas como Raimundos, Planet Hemp, Tupac, Notorious B.I.G, Sabotatagem, entre outros,
são considerados uma das bandas independentes mais relevantes do Brasil e seus números impressionam. São mais de 1 milhão de fãs no Facebook, 235 mil no Twitter e mais de 50 milhões de visualizações no Youtube. Com presença nos principais festivais do país, o grupo carioca foi citado por Snoop Dogg como uma das novas revelações do Rap Mundial, a lenda viva musical chegou a gravar um vídeo, exibido no programa Caldeirão do Huck, onde cita a banda como seus sobrinhos do Brasil. “Acordo e me sinto feliz todos os dias por isso!”, ressalta Batoré. Como disponibilizam seu CD na internet, os fãs que são chamados carinhosamente de ‘corleones’ fazem jus à moral da banda. Além de embalarem em uma só voz as músicas que levaram a Cone ao sucesso como: Chama os mulekes, Sem a planta e Calma na alma, todas as músicas já estão na boca da galera mesmo sendo lançamento. O hit que embala esse álbum, a musica Meus Amigos Fazem Rima já tem mais de 1 milhão de acessos no YouTube!
“O resultado é gradativo, quanto mais a gente trabalha, mais fãs temos. É muito bom ver nosso trabalho sendo reconhecido cada vez por mais pessoas, e o público de São Paulo é muito fiel e sempre tá com a gente.”, conta Papatinho. A maturidade sonora da banda é notada nesse álbum novo, e agora aqueles, antes vistos, como bagunceiros que queriam só fumar maconha provam que são mais que isso. Faixas como Pronto Pra tomar o poder e Reflexo dão o tom político que, talvez, tenha faltado no álbum anterior. A cena de rap nacional cresceu bastante nos últimos anos e a regionalidade está ficando para trás. ”Hoje em dia acho que ‘geral’ tá falando a mesma parada, as diferenças socioeconômicas não são tão grandes e as letras falam também sobre vida pessoal e relacionamentos, antigamente era algo mais criminal.”, comenta Batoré. Sondados pelas principais gravadoras do país, o grupo prefere continuar independente, “A liberdade de falar o que quiser, quando quiser e no prazo que quiser faz a gente feliz no momento, não sei no futuro, mas agora usamos nossa loja
Da esq. para dir.: MPAC 13, tatuador dos caras, Batoré (Mc) e Papatinho (Dj) da banda
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oficial para vendas de produtos e também do CD.”, explica Papatinho. A influência dos músicos não fica restrita às letras de suas composições, o estilo street dos rappers também conta na hora da apresentação e as tatuagens compõem o visual. Com tatuagens que haviam feito antes do show pelo tatuador Marcos Costa, conhecido como MPAC 13 do estúdio Black Pride Social Club, Batoré e Maomé exibiam os desenhos, ambos nos braços.”O D2 e o filho dele o (também rapper, Saint) me falaram do trabalho do
MPAC13, eu fui atrás e agora ele entrou para família também, vou sequestrar ele pro Rio!”, brinca Batoré. Confira ao lado entrevista exclusiva com o tatuador paulista Marcos Costa, o MPAC13, que conta mais sobre sua carreira e as tatuagens que fez para o pessoal do rap:
Mais na rede: Cone Crew - www.conecrew.com Cone Crew - fb.com/ConeCrewDiretoriaOficial MPAC 13 - instagram.com/mpac13
Destaque para as tattoos dos integrantes da banda
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LIFESTYLE TATTOO | ED.8 SET/OUT
LT - Como começou sua carreira? MPAC 13 - Eu tatuo há sete anos. Comecei no interior de São Paulo, mas logo vim para a Capital, tive uma ótima escola, que me fez aprender muito. Já tatuei em Jaguariuna, Curitiba e hoje ando entre São Paulo e Rio de Janeiro. LT - Tem algum estilo de tatuagem que prefira? MPAC 13 - Gosto muito do Black and Grey (preto e cinza), pontilhismo e uso muita hachura. LT - Quais artistas você já tatuou? MPAC 13 - O Maomé e o Batoré da Cone, o MarceloD2 e o Stephan, que foram as pessoas que abriram as portas para eu tatuar outros músicos, como o Shock e o Faruck do StartRap, banda na qual o Stephan também faz parte, Akira Presidente, Fernandinho BeatBox, Pedro Ratão e MC Alandim (um dos filhos do Mr. Catra) além do Thor Moraes (guitarrista da banda Malta) que já é meu cliente e amigo há tempos. Tatuei também os outros integrantes da banda Malta (vencedores do SuperStar). LT - Há alguma diferença entre as tatuagens que pessoas famosas e as não famosas fazem? MPAC 13 - Existe a diferença sim, o MarceloD2 é um ótimo exemplo disso. A primeira tatuagem que fiz nele, além de ser nos dedos, foram retratos de ícones revolucionários, como o Sub-Comadante Marcos, JDilla, Lampião e Bart Simpson. Geralmente as pessoas partem para homenagens e isso é indiferente dentro do mundo dos famosos e das pessoas comuns, hoje as pessoas estão mais cultas e suas tatuagens são reflexos disso. LT - Como você vê o tatuador e o tatuado atualmente? MPAC 13 - Vejo que a profissão de tatuador evoluiu muito, hoje a grande maioria não é só tatuador. Somos artistas, conseguimos e gostamos de fazer arte em qualquer aspecto, decoração de ambientes, telas, roupas e acessórios em geral. Acho que a maior mudança foi a aceitação da sociedade, hoje podemos dizer que grande parte da população é tatuada, independente de ser uma estrelinha ou o corpo inteiro. O preconceito também melhorou muito, mas ainda existe.
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[ CAPA ]
Dia do Idoso
pelancas coloridaS O vov么 mais tatuado do Brasil como voc锚 nunca viu!
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TEXTO Deborah Benetti FOTOS Renata Pitteri e Fernando Bentes
N
o dia 1 de outubro é comemorado o Dia do Idoso, mas muita gente nem dá bola para isso! Quem ainda tem seus avós vivos prestam homenagens a aqueles que limparam sua bunda, que deram sopinha na boca e ensinaram muito do que são hoje. Afinal, nada como guardar na memória a imagem do bom velhinho. Opa, pode parar por aí! Quando se trata do vovô Roberto Matrigani, 65, isso fica fora de conversa. Com o corpo todo coberto por tatuagens premiadas em convenções pelo país afora, ele já adianta: “Corpinho de 65, mas cabeça, no máximo, de homem de 40 anos!”. O senhor Roberto é daquelas pessoas que acompanharam de perto o surgimento das tattoos em solo brasileiro nos anos 70. Naquele período de improvisos, sua primeira tatuagem foi feita com um palito e três agulhas amarradas, ao comando do profissional, que entornava uns goles entre as limpadas na pele com algodão e álcool. Sorte que não teve contaminação no desenho, até então um escorpião, que veio a ser coberto por uma carpa na década seguinte. Mas o mundo da arte ficou escondido por muitos anos, enquanto trabalhou como chefe de segurança. No emprego, ele mesmo diz que foi “implantado o preconceito das tattoos” e, por isso, escondeu seu escorpião até a aposentadoria. Mas, depois disso, libertou toda sua vontade de deixar o corpo mais embelezado e assim, chegar à terceira idade com estilo! Pai de dois filhos e avô de cinco netos, Roberto decidiu testar em si mesmo esse tal de preconceito com desenhos marcados e de lá pra cá deixou apenas os pés e antebraços como tela branca para futuras obras de arte. Em 2008, venceu duas categorias na 2ª Convenção de Tatuagem Rio 40. Ficou em 1º lugar
na categoria de melhor colorido na perna (oriental) e 1º lugar na categoria de melhor desenho na perna (fundo do mar), com o tatuador Rafael Fernando na praia do Botafogo. Ano passado venceu a categoria Tattoo Senior na Novena Convencion Tatuajes Internacional Santiago, no Chile. Neste ano, ele foi homenageado na 1ª Expo Tattoo da Estância Turística de São Roque de 2014.
Detalhe dos fechamentos nas pernas do Sr. Roberto
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Afinal, cada um faz o que bem entender!”. Certa vez, sua esposa pediu para que ele parasse de fazer tatuagens e ele disse que pararia se ela largasse o vício do cigarro. Ela continuou a fumar e ele tatuou toda a bunda, do lado direito um tigre e do lado esquerdo uma onça. Aliás, cada parte do seu corpo é temática! Não é difícil reconhecê-lo! Basta procurar um senhor de tanga e chinelo desfilando seu corpo coberto de estilos diferentes de arte, como o Oldschool. O assedio é tanto que ele veste roupas quando precisa atravessar os eventos para ir ao banheiro. Já em sua cidade, tenta ser o mais discreto possível: “Eu não sou um cara de mostrar para todo mundo meu corpo, mas acho que existem lugares certos pra isso, tipo a praia ou convenções. No mercado, por exemplo, vou com regatas e a minha mulher faz as compras enquanto eu fico tirando fotos e dando entrevistas (risos)”. arquivo pessoal
Frequentador assíduo de convenções e eventos, Matrigani não vê mais aquela qualidade e comprometimento por parte dos organizadores: “Eu acho que caiu o nível. Agora não acontece uma vez por ano para as pessoas se prepararem. Hoje são muitas datas e quem organiza faz às pressas. Sem contar que ficou muito banal o intuito das convenções. Nos primórdios, o público era maior e mais interessado em trazer conteúdo e qualidade.” A animação deste senhor prestes a completar 66 anos é para nenhum jovem botar defeito! Ele assume com bom humor que frequenta a sede dos idosos de sua cidade para jogar truco, mas que ao contrário de muitos amigos de lá, ele será um velho bonito: “Pelanca colorida, mas jamais um velho feio enrugado!”. E para quem se pergunta o motivo de não ter tattoos no pescoço e rosto, ele já avisa: “Não acho legal em mim, mas também não discrimino quem faz.
Algumas das aparições do Sr. Roberto em convenções de tatuagem
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Hoje são muitas datas e quem organiza faz às pressas. Sem contar que ficou muito banal o intuito das convenções. Nos primórdios, o público era maior e mais interessado em trazer conteúdo e qualidade.
Roberto Matrigani, sobre as convenções de tatuagem
[ PORTIFA ]
Rodinei Morillas
suas camisetas NUNCA mais serão
as mesmas
Rodinei Morillas dá uma nova cara as velhas t-shirts com suas belas artes
P
aulistano, publicitário e artista plástico, Rodinei formou-se em Publicidade e Propaganda na Fmu/Fiam. Atuou em diversas agências de publicidade atendendo importantes clientes como Sadia, Danone, Vivo, Telefônica, Coca-Cola, GM, Toyota, Adidas, Itaú, Santander, Unilever, entre outros. Sempre teve uma grande obsessão pelas cores e quando tinha apenas 12 anos começou a pintar camisetas de bandas de rock para amigos. A partir daí, esse dom virou vício e ele não conseguiu mais parar de pintar.
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Suas influências vem do rock’n roll, cultura gótica e dos quadrinhos. Desenvolve desenhos exclusivos e dá uma nova cara as básicas t-shirts. Em meados de abril de 2012, teve a idéia de construir uma página no Facebook e continuar vendendo seus trabalhos para amigos, foi quando criou a Handmade (Pintura à mão). Confira ao lado os belos trabalhos do artista.
Mais na rede: fb.com/handmadecamisetas rodineimorillas.wix.com/handmade
arquivo pessoal
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técnica refinada
Feu
Fernando Szabo é produtor de eventos e atividades culturais, apaixonado por música, carros e instrumentos estilo vintage. É guitarrista e vocalista da banda de Rock/Ska Suíteluxo. A cada duas edições nos mostrará tatuadores com suas técnicas refinadas. fb.com/suiteluxo
A dA N
arte e esculpir n pele
ós, apaixonados por essa arte de riscar a pele chamada tatuagem, muito já lemos sobre as técnicas, estilos e tipos de desenhos. Essa matéria é especial, pois ela fala do início de tudo, o Tebori. O Tebori é uma técnica de tatuagem milenar no Japão, vem da época dos Samurais. Acredita-se ser que é princípio da tatuagem e consiste num método totalmente artesanal onde as agulhas são presas a uma ferramenta de bambu
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Massao Nissiuti e seus belos trabalhos orientais feitos com o uso de técnica Tebori FOTOS Renata Pitteri
flexível e o processo de introduzir a tinta na pele é totalmente manual sem nenhum contato com a energia elétrica. Não poderia haver alguém melhor no Brasil para esta entrevista do que o Massao Nissiuti. O cara começou a tatuar no Brasil, mas se profissionalizou no Japão onde foi iniciado pelo seu mestre Horikyu, Massao, tem mais de vinte anos de estrada e já tatuou até os caras da Yakuza. Confira tudo o que rolou nesse bate papo com o mestre Massao:
Fomos até Bragança Paulista, no Horikyu Tattoo by Massao, estúdio de tatuagem do Massao Nissiuti, e chegamos em boa hora, logo na chegada podemos ver o cara em ação trabalhando num clássico Irezumi (fechamento corporal estilo oriental tradicional). Massao estava tatuando o Felipe Luques (23), natural de São Paulo. Felipe sempre quis fazer um fechamento desses no estilo oriental, mas esperou bastante, pois fez questão que fosse com o Massao.
FEU - Massao, você tatua com a maquininha elétrica e com o Tebori? Massao - Sim, tatuo nos dois estilos. Comecei na maquininha e depois passei para o Tebori. FEU - Qual a principal diferença entre as duas técnicas? Massao - São várias as diferenças, o Tebori é um processo totalmente artesanal desde a preparação da ferramenta, o Take (vara de bambu utilizada na técnica). Eu mesmo faço a ferramenta, corto, afio e envernizo até ficar exatamente como preciso. A preparação do Take é especial, pois passa pelo ritual do fogo onde acendemos uma fogueira utilizada para forjar a ferramenta até ficar com a flexibilidade exata para tatuar. Depois de pronta a parte de madeira, eu prendo as agulhas na ponta. Há todo um ritual envolvendo a tattoo Tebori! A técnica com a maquininha elétrica é a técnica convencional já conhecida. Além disso, me encantei com o Tebori logo quando comecei. Uma tattoo com a técnica do Tebori dói bem menos do que uma tattoo convencional com a máquina, tenho vários clientes que dormem durante a tattoo (risos). Há toda uma cultura e história por traz da técnica. Tebori significa “esculpir com as mãos”. FEU - Você mistura as duas técnicas, máquina e Tebori, numa mesma tattoo? Massao - Sim nesta tattoo mesmo (o fechamento de costas do Felipe Luques) eu risquei todos os
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traços com a maquininha e entro com o Tebori nos preenchimentos.
FEU - Esta divisão das técnicas tem um porque específico? Massao - Sim, fazendo desta forma eu demoro uns 45 dias para um fechamento como estes, se fosse fazer toda em Tebori levaria uns 2 anos para terminar a tattoo. Tem a questão do tempo envolvida. FEU - Você consegue diminuir ou aumentar a quantidade de agulhas? É possível tatuar com cores e fazer o degradê tradicional feito a maquina? Massao - Sim, eu posso aumentar ou diminuir a quantidade de agulhas de acordo com o tamanho do preenchimento que eu preciso, é possível tatuar tanto em preto quanto utilizando cores e o degradê e sombreado também, é tudo uma questão de técnica. FEU - Massao, me fale sobre o seu início na tattoo, como foi? Massao - Eu comecei a tatuar no Brasil com uns 12 ou 13 anos com uma maquina caseira, tudo que rodava na época nos fazíamos uma maquininha (risos). Tatuava alguns amigos, mas era algo bem descompromissado, parei na época do quartel. Mais tarde fui para o Japão para trabalhar, e lá encontrei um toca fitas de carro jogado no lixo, então resolvi fazer uma maquininha e voltar a tatuar. Com o tempo fui aceito numa família de tatuadores do Japão, a coisa aconteceu com o tempo e com a convivência com eles. Sempre tive curiosidade sobre o Tebori, sempre que meu mestre ia tatuar eu ficava perto olhando, um dia ele perguntou se eu queria aprender e eu disse que sim. Ele viu que eu levava jeito para a coisa e assim foi acontecendo. FEU - Você tatuou os caras da Yakuza no Japão? Me conta como foi isso? Massao - Sim, eu tatuei. No inicio meus pais ficaram com receio, mas eu fui bem orientado.
Massao repassando seus conhecimentos à filha e mantendo a tradição da técnica Tebori muito viva
Meu mestre o Horikyu (que significa tatuador Yakuza) me mandava fazer as tattoos, ele passava a história e eu fazia a arte e o desenho de acordo com a pessoa. No inicio meu mestre ficava junto, mas depois me deixava sozinho e era tranquilo. A Yakuza é bem organizada e eles trabalham mais para o bem do que para o mal da sociedade. Lá vale muito a sua palavra, se prometer você tem que cumprir. Eles fazem apenas Irezumi (fechamento corporal estilo oriental tradicional).
FEU - Quais as principais diferenças da tattoo no Japão e no Brasil? Massao - No Japão se faz muito as tattoos tradicionais orientais e os fechamentos, mas lá também se faz muitas tattoos de todos os estilos, tamanhos e formatos, assim como aqui. Gostam do new school, o old school, o chicano, tribal,
etc. Lá tem muitos estúdios com a porta para a rua, assim como no Brasil.
FEU - Como você vê a questão da facilidade ao acesso a máquinas, tintas e a facilidade de se tornar um tatuador nos dias de hoje? Massao - Hoje em dia é muito fácil comprar equipamentos, maquina e tinta. Ano passado eu estava nos EUA e lá há uma lei que você precisa de uma licença de tatuador para poder trabalhar com isso. Eles não vendem material para qualquer pessoa, acho que deveria ter isso aqui no Brasil também. Muita gente tatua sem procedimento nem nada, tatuagem não só pegar e fazer, precisa haver a conscientização. FEU - O que é tatuar para você e o que você faria se não fosse tatuador?
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Massao em ação, em um trabalho que mescla a técnica Tebori e o uso da tradicional maquininha elétrica
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Massao - A tatuagem é tudo para mim, eu adoro tatuar. Às vezes, quando estou com algum problema eu vou tatuar, esqueço e fico melhor. Eu sou mecânico de avião e de moto e também professor de Judô. A arte marcial tem muito a ver com a tattoo: ambas são tem a questão da disciplina e da cultura. Meu pai era faixa preta em Judô e eu virei faixa preta no Japão. Judô significa “caminho suave”. FEU - Recentemente, entrevistei dois grandes tatuadores: o Pablo Azevedo e o Wagner Maximus e ambos me disseram que estão saindo do formato do estúdio tradicional para tatuar num formato mais “fechado”, algo como
um ateliê de arte, com os estilos que gostam e se especializaram. Você acha que isso é uma tendência? Massao - Sim, eu acho. Eu também pretendo sair do estúdio para tatuar numa outra sala na minha casa, numa sala toda estilo oriental onde vou trabalhar apenas com Irezumi e Tebori. Estudei muitos anos da minha vida e continuo estudando. Acho que esta é a tendência da verdadeira arte, tenho alguns amigos que são grandes tatuadores e estão seguindo para um caminho mais fechado, buscando tranquilidade e valorizando a verdadeira arte. Mais na rede: Horikyu Tattoo - fb.com/Hori-kyu-tattoo-family
arquivo pessoal
alguns trabalhos do MASSAO
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[ MAPA RISCADO ]
conheça londres
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TEXTO Mariana Vilela
ma das maiores cidades do mundo, com fortes tradições e capital do Reino Unido. Londres é uma metrópole cosmopolita com cerca de 7,4 milhões de residentes. A cidade de maior influência política e econômica nos séculos 18 e 19 foi duramente bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, permanece como um dos maiores centros políticos, comerciais, econômicos e culturais do mundo. As atrações culturais da capital britânica são incontáveis. A vida noturna é bem agitada, com muitos pubs, restaurantes, teatros, salas de cinema e danceterias. A cidade praticamente ‘fecha’ às 23 horas, exceto pelos clubes noturnos. Em Londres, a história vai de encontro à arte, à moda, à culinária e à boa cerveja inglesa. Cada um tem uma definição para um dia perfeito.
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Os amantes da cultura devem conhecer o Tate Modern e a Royal Opera House. Os interessados em moda vão babar com as lojas da Oxford Street. Para os gourmets, tomar um chá com creme no Harrod’s ou provar o peixe crocante representam o clássico sabor londrino. Os amantes de música e livros vão enlouquecer na Abbey Road e no Museu de Sherlock Holmes. Aos turistas assíduos e loucos pela cultura local, uma visita ao Big Ben e à London Eye não pode ficar de fora. Esses são os principais pontos turísticos da cidade, além da encantadora Abadia de Westminster, a famosa Trafalgar Square, a Tower Bridge o Palácio de Buckingham e um dos mais belos e famosos parques da Europa, o Hyde Park. Ao andar pelas ruas da cidade, pode-se notar claramente a diversidade de povos e culturas miscigenadas. Desde o comércio indiano, fortemente encontrado em todos os cantos da cidade, até as barracas de comidas típicas em Camden Town, o famoso Camden Market. A cultura brasileira está fortemente enraizada na terra dos britânicos. Os brasileiros estão
por todo canto da cidade mostrando um pouco da nossa cultura, principalmente, na boa música brasileira apreciada em pubs e bares e na culinária brazuca. O bar Made In Brasil é referência em Londres entre os brasileiros e estrangeiros e existe há dez anos no coração do bairro Camden Town. Ele tem como objetivo trazer o melhor da cultura brasileira e latina através da comida, da bebida e da música. O interior vibrante do Made In Brasil capta o espírito de uma festa na praia brasileira, com cores quentes naturais, decoração típica, mesas e cadeiras de troncos inacabados. O projeto surgiu em 2004 e o idealizador foi o brasileiro Rafael de Araújo, que comanda o bar até hoje. Uma das principais atrações são as diversas variações de caipirinhas encontradas por lá, como por exemplo, a típica caipirinha de limão, caipirinha de maracujá, Chilli Raspberry e a mais inusitada caipirinha de açaí. A lista extravagante de mais de 200 tipos diferentes de cachaça de todo Brasil adorna o bar. Alguns sabores são exclusivos do Made In Brasil, como as edições limitadas de cachaças caseiras produzidas no estado de Minas Gerais.
Bar Made In Brasil, a cultura tupiniquim na capital do Reino Unido
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A arte brasileira na pele dos londrinos Em Londres tem brazuca por todo canto e no mundo da arte não poderia ser diferente. No meio de tantos estúdios famosos na cidade mais cosmopolita do Reino Unido, como Into You, Frith Street Tattoo, Good Times e Skunk Tatto, está o Forevermore Tattoo. E o que mais chama a atenção nele? É um estúdio originalmente fundado por um brasileiro. Na atividade há oito anos, o Forevermore Tattoo é dirigido até hoje pelo brasileiro Xico Melo, que encontrou uma maneira de combinar sua paixão pela música e por tatuagens. Xico desenvolveu um amor pela arte da tatuagem tradicional e japonês-americana, que ele coloca em bom uso na FMT com influência dos velhos mestres da arte da tatuagem. Ele está sempre em busca de alcançar o mais puro resultado tradicional em suas tatuagens japonesas e ocidentais, e inovar com conhecimento, respeito e criatividade. Como um ‘artista da velha escola’, ele é muito versátil e pode trabalhar com a maioria dos estilos, quando solicitado. Localizado em Shepher-
ds Bush, oeste de Londres, o estúdio oferece tatuagens personalizadas de alta qualidade feitas por artistas muito habilidosos em um ambiente único. Segundo Xico Melo, o objetivo de toda a equipe envolvida é tornar sua experiência mais confortável e única possível, para que você possa sair com a tatuagem perfeita “Ao entrar em nosso estúdio, você encontrará uma recepção confortável e bonita que vai fazer com que se sinta em casa. Todas as nossas três salas de tatuagem e a sala de body piercing são privadas.” O FMT é um estúdio de customer tattoo, ou seja, que trabalha com desenhos específicos. “Criamos tudo para o cliente e temos tatuadores especializados em diversas áreas. Esse é nosso diferencial, não trabalhamos com catálogo.” – Explica Xico.
Mais na rede: Made In Brasil - madeinbrasil.co.uk Forevermore Tattoo - forevermoretattoo.co.uk
Detalhes do FMT Tattoo & Piercing (Forevermore Tattoo, comandado pelo brasileiro Xico Melo)
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ADORNAMENTOS
Snoopy
Ronaldo Sampaio, mais conhecido pela alcunha de Snoopy, é piercer profissional desde 1998. É o Diretor Fundador da ATPB - Associação dos Tatuadores e Perfuradores do Brasil. Juntou-se a nós para desbravar o universo da perfuração. piercer-snoopy.blogspot.com.br
Do Perfurador para os Perfuradores A coluna Adornanentos desse mês entrevista Matias Tafel, piercer argentino e referência latino americana na arte corporal RS - Primeiramente, é uma alegria entrevistá-lo, pois nos conhecemos anos atrás e tivemos o prazer de trabalhar juntos em alguns projetos aqui no Brasil. Gostaria que se apresentasse formalmente aos leitores da LST, Matias. Matias Tafel - Meu nome é Matias Tafel, conhecido como Rata. Atuo como Piercer e Modificador Corporal na Argentina. Sou Membro da Associação Profissional Piercers - EUA e Membro da Associação Latino Americana de Body Piercing
- LBP. RS - Poderia falar um pouco do que anda fazendo no nível técnico e tecnológico? Matias Tafel - Atualmente ando trabalhando sobre novos moldes das peças de silicone que produzo e criando, junto com Designers de joalheria, novos modelos em Ouro 14k. Paralelo à isso, também venho dividindo conhecimento com os interessados no meu trabalho por toda America Latina.
RS - Sobre suspensão corporal, poderia falar sobre suas experiências boas e ruins? Se houveram e como conseguiu reverter? Matias Tafel - As boas experiências são ver a liberação do corpo no ar e as ruins atualmente não têm existido. Eu trato de prevenir todo tipo de acidente e sou a favor de não deixar nada por conta do azar. Supervisiono tudo, desde o inicio até o final de cada apresentação. RS - Tenho a impressão, Matias, que antes da globalização da internet tínhamos uma comunicação melhor do que nos dias de hoje. Falo isto por, em tempos atuais, observar em redes sociais uma disputa de likes entre pessoas sem a mínima destreza técnica e com muita disposição para invadir um corpo com insumos impróprios para tais finalidades. Como enxerga isso ao nível latino americano? Matias Tafel - Antes, nós artistas corporais, nos comunicávamos por necessidade de aprender e melhorar o nosso trabalho. Hoje em dia, as redes sociais desvirtua-
Suspensão Corporal realizada por Matias Tafel
ram um pouco as coisas e as informações são distorcidas para aqueles que buscam em vídeos do Youtube ou sites relacionados, algo que lembra mais cartilha mal resumida do que qualquer outra coisa. Parece que os likes são mais importantes do que as críticas
dos colegas intencionados em ajudar. Isso é triste!
RS - Quais os riscos dessas peças maciças de PTFE, considerando a pressão continua entre as camadas da pele e musculatura? Foram muito utilizadas
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na década de 90 até meados de 2007 e que, gradativamente, foram trocadas por peças de silicone com complacência cirúrgica, macias, maleáveis e com menos probabilidade de fadiga em longo prazo. Matias Tafel - A utilização de peças maciças de PTFE – Politetrafluoretileno, causam, em longo prazo, tendinites, podendo chegar a um quadro de trepanação por erosão óssea. Atualmente, trabalho com silicone grau implante que, por ser um material flexível, não deixa cicatrizes extensas como observávamos há alguns anos em peças antigas, implantadas com técnicas ultrapassadas e extremamente agressivas ao local implantado. RS - Este é o segundo ano que você participará das classes no México como palestrante. O 2º Congresso para Perfuradores Profissionais tem, indiscutivelmente, a missão de difundir técnicas seguras e adequadas que envolvem o Body Piercing. Parece que os perfuradores profissionais estão agrupados de modo sensato, discutindo técnicas e tecnologias. O que esta ação de Danny Yerna e outros colegas envolvidos oferecem aos participantes? Matias Tafel - A LBP receberá de braços abertos todos os profissionais que tenham vontade de aprender sobre perfurações, bem como debater assuntos de extrema importância relacionadas à este universo cheio de formas, tendo principalmente como foco os profissionais latinos americanos para dar a esta nova geração a possibilidade de iniciar nessa atividade com toda a segurança que devemos ter a cada prestação de serviço. RS - Admiro bastante o seu trabalho na técnica de Escarificação. Poderia falar sobre onde busca a sua inspiração para criação desses trabalhos? Matias Tafel - Eu gosto muito dos padrões geométricos e simbologias sagradas. E só faço aquilo que realmente gosto! RS - Sobre biocompatibilidade e joalheria correta, depois de longos anos buscando informa-
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ções, hoje conseguimos despertar este interesse nos perfuradores profissionais ao nível latino americano. Qual a sua visão nesse sentido? Matias Tafel - Há muitos anos sabemos que o melhor metal para prática do Body Piercing é o titânio complacente ao ISO 5832-3 - TI6AI4V ELI - ASTM F 136. Na América Latina, o custo está bem acessível e podemos dizer que todos têm acesso a esse metal, que é usado na confecção de joias com rosca interna, por ser menos agressiva e gerar menos risco de infecção, principalmente no ato da troca. RS - Matias, de perfurador para perfurador, quais os perfuros cortantes legalizados na Argentina para perfuradores profissionais? Tenho conhecimento sobre as legislações em relação a isso e, conversando com outros entrevistados anteriormente, concordamos sobre as vantagens e desvantagens. Com exceção dos colegas Americanos, que não podem utilizar alguns dispositivos que ainda são usados aqui com frequência. Matias Tafel - A lei de 1897 sobre Tatuagem e Body Piercing, da cidade Autônoma de Buenos Aires, não proíbe o uso das Agulhas Hipodérmicas - Blade - Técnica Americana as quais eu prefiro utilizar. Sabemos que 90% de toda América Latina ainda utiliza cateter, porém um bom profissional deve utilizar com destreza todo e qualquer perfuro cortante. RS - Para encerrar, gostaria que deixasse uma mensagem aos colegas que admiram o seu trabalho no Brasil. Matias Tafel - A todos os amantes da Body Art, aconselho que utilizem práticas seguras e que não exponham seus clientes a riscos de saúde por falta de conhecimento técnico ou tecnológico. Viva a arte corporal! Mais na rede: fb.com/matiasrata.tafel instagram.com/ratabodyart
alguns trabalhos do Matias Tafel
Escarificações, Implantes, aplicações de piercings e suspensão corporal, mostram toda a versatilidade do body piercer argentino
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[ UNS RIFFS ]
Suíteluxo
SUITELUXO Comemorando seis anos de estrada, a banda Suíteluxo mostra-nos seu Rock com influência de Ska TEXTO Fernando Szabo FOTOS Renata Pitteri s caras já se apresentaram em grandes festivais, vivem o lifestyle da tattoo e batem um papo com a Lifestyle Tattoo sobre influências musicais, shows e claro, tattoo!
Conheça mais sobre essa promissora banda de SP que teve o nome inspirado num ticket de motel e hoje tem até fãs com frases de suas canções tatuadas na pele. Confira na integra o papo com os caras da Suíteluxo:
LT - De onde surgiu o nome Suíteluxo? Suíteluxo - De um ticket de desconto de motel. A banda ficou bastante tempo sem nome, um dia enquanto discutíamos sobre o nome da banda, eu estava com esse tal ticket nas mãos e então quando perguntado por um dos integrantes “E aí,
vamos continuar sem nome, qual vai ser o nome da banda?”, eu respondi “Sei lá... Suíteluxo!”. Nós rimos muito na hora e achamos um absurdo, depois fomos nos acostumando com o nome e passamos a gostar dele. Combina com a gente!
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LT - O nome combina com vocês, como é que é isso? Suíteluxo - É combina, a Suíteluxo geralmente é a suíte mais barata e fuleira de qualquer motel, mas no fim das contas ela te oferece tudo o que você precisa (risos). Não somos Superluxo, Hiperluxo, Hidro nem nada disso, somos apenas a Suíteluxo. LT - O som da banda é diversificado e flerta com outros estilos musicais, mas tem a marca do rock muito presente, quais são as principais influências da banda? Suíteluxo - As influências são abrangentes, quando falamos de rock falamos desde o classic rock até o rock alternativo, o hard core e o punk rock. Quando falamos de ska, falamos desde o clássico ska jamaicano de bandas como os Skatalites ou dos ingleses do The Specials, até as bandas que algumas gerações depois se influenciaram por este estilo, como o Sublime e o Rancid. Ouvimos jazz que também é sempre uma grande escola, o reggae, e com o groove é a mesma coisa, a velha escola do funk. Funk de verdade, cara”! (risos). Como o James Brown, o Funkadelic ou o funk/rock do Red Hot Chili Peppers, enfim ouvimos muita coisa e gostamos das fusões entre esses estilos, entende? Gostamos de boa música, música de verdade. LT - Grandes influências! Você disse “música de verdade”, como é que é isso? Suíteluxo - Sim, música de verdade, música de atitude, com conteúdo e com uma verdade ou mensagem a ser passada. Hoje em dia, tem muita
gente falando muito e dizendo nada, ou pior, dizendo bobagem. Cantando música vazia sem essência, sem raiz. Música é coisa séria, não é o cabelo, a roupa ou as superproduções que fazem o som ser bom. Vejo muita coisa ruim se proliferando e cantando valores que nem sempre são positivos, mas enfim, sempre temos a opção de escolher o que colocar para dentro.
LT - Vocês só tem influências das bandas da gringa? Suíteluxo - Não, a gente ouve muitas bandas e artistas do Brasil, algumas das principais influências são os Paralamas do Sucesso, o Los
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Hermanos, o Skank e a Nação Zumbi, que manteve um trabalho muito bom mesmo pós Chico Science. Mas ouvimos desde a Legião Urbana, Roberto Carlos, Cartola, Tim Maia, Chico Buarque enfim, mas sempre buscamos a nossa identidade, a identidade da Suíteluxo. Tem muita gente boa no nosso país, ainda tem gente boa no nosso país! (risos).
LT - Vocês tocam de terno e gravata. Por que a banda escolheu esse visual? Suíteluxo - Nos inspiramos nas bandas de ska da década de 70 e nas bandas de rock da mesma época, como os Beatles. Tem a ver com o lance do respeito à música, de estar bem apresentado para apresentar melhor as canções no show, enfim. A primeira vez que usamos terno foi na gravação do DVD da banda em 2011/2012, chamado “Take 2” e gostamos do visual, nos identificamos. LT - E quanto às tattoos, vocês gostam de tattoo, Como é isso na banda? Suíteluxo - Bom, metade da banda tem tattoo e a outra metade não. (risos). Como somos um quarteto, dois de nós são rabiscados, e os temas são basicamente música e espiritualidade. LT - Música e espiritualidade, interessante. Me fale sobre a relação de vocês com o lifestyle da tattoo. Suíteluxo - Temos tattoos de caveiras mexicanas, e até a clássica caveira do Elvis, uma das tattoos é uma frase do Bob Marley e mandalas, enfim tem bastante rabisco. Gostamos de tattoo e do lifestyle que está muito ligado com a música e com o skate de modo geral. Tem algumas pessoas que já tatuaram frases das nossas próprias canções e isso é uma grande honra para nós. Ficamos realmente felizes com esse fato, tem gente que gosta do nosso som a ponto de marcá-lo na pele e isso é muito louco! LT - Quais foram as principais apresentações da banda e/ou shows que vocês mais gostaram? Suíteluxo - A banda existe desde 2008, então nestes seis anos de estrada tivemos a oportunidade de tocar em lugares legais e ao lado de grandes
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bandas. Tocamos no Ton Ton Jazz, tradicional casa de Jazz de SP, nós flertamos com o jazz (risos). Tocamos na Outs Club, clássico do rock paulista e uma vez tocamos com o Henry Paul Trio, que é um trio de rockabilly muito bom. Tocamos em grandes teatros e em festas punk que também gostamos muito. Um show especial foi na Praça Vitor Civita que é realmente muito linda, em algumas cidades do interior paulista como Sorocaba, Itapetininga e São Miguel Paulista fomos muito bem recebidos em todas elas. No ano passado, fomos uma das bandas vencedoras da eliminatória para o festival Osasco Rock Fest e abrimos o show do Matanza e do Velhas Virgens num festival incrível para mais de 15000 pessoas, o que mostra toda a força do rock de Osasco e da ZO, saímos até na capa da revista oficial do festival, foi bem especial para nós! Enfim, gostamos muito de estar no palco, compor é legal, gravar e tudo, mas tocar ao vivo é realmente diferente, seja em qual formato for. Também tivemos a nossa música chamada “Engano Seu” rolando na principal rádio rock de SP, num concurso de bandas novas e fomos a banda mais votada no site da rádio neste dia.
LT - Quais são os formatos dos shows da Suíteluxo? Suíteluxo - Nos apresentamos em dois formatos: no formato plugado e barulhento (risos), com guitarras, baixo e batera. E também no formato acústico, com violões e baixolão, o que também tem sido uma experiência muito positiva. É uma reciclagem do som, entende? Uma readaptação das canções e do formato da banda ao vivo, sabe? Optamos em ter os dois formatos para melhor se adaptar às diferentes situações e também objetivando um crescimento musical de cada um de nós e da banda. Mas a gente gosta dos dois formato. Gostamos mesmo é de tocar! Mais na rede: youtube.com/suiteluxo soundcloud.com/suiteluxo fb.com/suiteluxo
NA AGULHA
Leandro Faria
Leandro Faria é estudante de Design, ama a vida urbana, a arte e as subculturas. No tempo livre gosta de apreciar futebol, cerveja e Punk Rock. leandrofaria@outlook.com
Body Count’s in The House
A lendária banda crossover Body Count está de volta. Formada nos anos 90 em Los Angeles, a banda é liderada por ninguém menos que o Rapper Ice T. A banda se tornou umas das mais polêmicas da história da música, quando lançaram em 1992, o sucesso Cop Killer. Pouco antes dos distúrbios raciais em Los Angeles, a música foi uma eficiente forma de protestar contra a brutalidade da polícia local na época. O que causou muitas reações negativas de autoridades politicas como, por exemplo, o então Presidente George H. W. Bush. Ice T tem muitos títulos, entre eles, o primeiro carimbo de censura no meio musical ao ter estampado, pela primeira vez na história, o selo Parental
Advisory na capa de um álbum, ele também foi o primeiro artista a transformar em gíria a palavra nigga. Body Count conta com 3 álbuns oficiais, sendo 2 de estúdio e 1 ao vivo. Porém, o que mais marcou nesses anos foi seu álbum de estreia, Homônimo. A banda sempre participou de apresentações antológicas quando esteve na ativa, mas teve sua fase sombria com o falecimento de quase toda sua formação original. O primeiro que se despediu da banda foi o baterista Beatmaster V, que morreu de leucemia. Em seguida foi o baixista Mooseman, assassinado durante um tiroteio no South Central em Los Angeles e por último, foi o guitarrista D-Roc, vitima de um linfoma. Da formação original restou o Ice T e o guitarrista e compositor Ernie C. A boa notícia é que a banda está de volta e lançou recentemente o álbum Manslaughter. Vale a pena conferir o som da banda que continua brutal e polêmica! E para quem não conhece, essa é a discografia da Body Count: Cop Killer (1992 - clássico) Body Count’s in The House (1992 - clássico) Talk Shit, Get Shot (novo álbum)
Para ouvir: bodycountband.com fb.com/bodycountofficial
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CAUSOS E PÉROLAS
Sr. Geléia
Cesar Vaz ou simplesmente Sr. Geléia, é proprietário e tatuador do Studio Gelly’s Tattoo. Divide seu tempo no vocal da banda Trovadores de Bordel. A cada edição nos contará um causo ou peróla do que viveu nos stúdios. gellystatoo@gmail.com
Mitos e bobagens
do Mundo da Tatuagem
Não é de hoje que a tatuagem, por conta de sua origem no submundo, carrega várias histórias absurdas, lendas urbanas, mitos e bobagens. São histórias que surgem, às vezes, só para ter o que conversar sobre tatuagens com os amigos, ou até para ter assunto para ter perguntar ao tatuador. Uma das lendas mais clássicas é a simpatia de ter tatuagens de número par, como se uma quantidade ímpar pudesse dar azar ou algo parecido. Não dá para entender a origem disso, se alguém inventou para ter mais tatuagens ou para justificar o porquê de não fazer mais. Esse é um tipo de competição boboca ou justificativa infantil que surge do nada.
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Tem também o mito de tatuagens de bandido. Sim, antigamente existiam tatuagens feitas em cadeia por pessoas mais agressivas que tatuavam desde demônios a facas, punições para estupradores, marcas de gangues etc. Com o problema social brasileiro nos anos 90, isso perdeu o controle, pois nos bairros mais humildes mesmo quem não era bandido, começou a ter esse tipo de pessoa como herói por conta do bem suceder do crime e seus lucros. Assim, a juventude passou a imitar em volume estrondoso as tatuagens que caracterizavam a bandidagem da época. Passaram a tatuar palhaços monstros, palhaços com armas, citações a penalidades criminais, a imagem da morte, entre outros.
Naquela época, a polícia tentava decorar os padrões de tatuagens criminosas, mas hoje essa prática já não tem sentido, pois o bandido pesado não vai se tatuar porque é óbvio que ele não quer ser preso, e quem se tatua com essa ideologia acaba sendo o paga pau de bandido. Hoje a criminalidade tenta transformar Carpas, Yng Yang, que já são símbolos antigos e se tornaram tradicionais em tattoo, como símbolos de facções criminais ou representação de tipos de crimes. Vai entender isso! Um dos mais recentes é o da Tattoo 3D que, na verdade, é um título errado dado a um estilo de ilustração que parece estar encravado na pele, a tatuagem fazendo uma ilustração perfeita em realismo, que parece estar cravado na pele, marcado a ferro ou imitando cortes, muito comum na execução de logotipos, nomes e outros temas. Na verdade uma imagem 3D, é em 3 dimensões, como se fosse um objeto real, como uma
revistinha 3D daquelas antigas que parece que salta da revista, que tem profundidade, bem como nos filmes como todos estamos acostumados. Na tatuagem em vez de ser 3D é uma ilustração que imita um buraco para dentro, uma ilustração em duas dimensões imitando uma imagem 3D. Mas enfim, já pegou o nome e é assim que vai ser vendido nos estúdios daqui pra frente. São tantos mitos e lendas que à medida que escrevo outros vão aparecendo: tatuagem fluorescente, tatuar só com tinta branca, a Yakusa (máfia japonesa) comprando cabeças tatuadas no Brasil, ressonância magnética arranca a tatuagem da pele, tatuar códigos de barras para ler com os leitores de supermercados, tatuagens de 3 pontos de assassinos, tatuagens no anus. São muitas, tantas que voltaremos a abordar o assunto em outras edições, matando mitos, destruindo lendas e se conformando com algumas que nunca vão deixar de existir.
www.gellys.porextenso.com www.facebook.com/gellystatoo
AGULHADA
Brian Stecco
A esquizofrenia paulista Sobreviver no inferno, a obsessão é alternativa e eu quero o lado certo. Viver em São Paulo não é uma das coisas mais fáceis que existem. É uma realidade caótica, estressante, maçante, nociva e sem espaço para o ser humano. Porém, como muitas vezes a vida prova, nada é tão ruim que não possa piorar. Falta d´água em uma proporção nunca antes vista; USP na maior crise financeira da história; desvio de mais de R$ 74 milhões da verba destinada à Santa Casa; sensação de insegurança e ao mesmo tempo violência e abusos cometidos pela PM; Fundação Casa abarrotada; denúncias e mais denúncias de esquemas de corrupção – cartel do Metrô e o propinoduto, Alstom/Siemens, Sabesp. Também pudera. Dando uma breve analisada nesses problemas que assolam a população paulista só podemos constatar que eles se derivam de anos de má gestão, nesse caso: vinte anos de PSDB no governo do Estado. Welcome to Tucanistão! O Estado de São Paulo é o que teve a menor alternância de poder dentre os 27 da federação. Nosso amigo Geraldão entre idas e vindas está em seu 9º ano ocupando o Palácio dos Bandeirantes. Só não enxerga quem não quer que o governador Geraldo Alckmin é de fato, um dos principais responsáveis por todos esses problemas citados que são, ainda assim, uma pequena fatia da “pizza”. Longe de mim – com as eleições se aproximando – querer promover as candidaturas de Padilha (PT) ou do Skaf (PMDB), que na minha
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opinião compõem o mesmo cesto de maçãs podres que o nosso atual gestor, mas é claro que é hora de mudança. Verdade seja dita: Alckmin NÃO enfiou São Paulo na lama, porque para que haja lama é necessário água e isso não tem mais. Alckmin governa SIM para a minoria, para a minoria rica, a elite paulista. Porque para as verdadeiras minorias, movimentos sociais, coletivos ou trabalhadores grevistas a solução do tucano é uma só: Choque, borrachada, bala perdida e coronhada. Falta água mas não falta gás (lacrimogêneo). Nosso governador investe a verba destinada pelo governo federal para saúde. Não na Santa Casa e nem em outro hospital público. Onde ele investe é um mistério. Alckmin dá atenção especial aos estudantes da USP. Após quase levar à falência uma das maiores universidade do país, Geraldo dá uma verdadeira aula de repressão àquele que quer exercer o papel de universitário e conseguir seu diploma. Transporte público é com ele mesmo. Maior esquema de corrupção da história do nosso país. Envolvendo multinacionais, empreiteiras, empresas de transporte... é tanta falcatrua que não vai caber nesse espaço limitado do meu texto. Deixo aqui um link pra quem quiser se aprofundar um pouco no assunto: www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/metro-sp-a-grande-quadrilha Sejamos sinceros que a culpa não é toda do Geraldo Alckmin ou do PSDB. É injustiça falar
uma barbaridade dessas. Grande culpado é o povo paulista ou sua doença mental quase esquizofrênica de eleger e reeleger a tucanada pra governar o estado. Segundo pesquisa do Datafolha no final de julho: a gestão de Geraldo Alckmin é aprovada por 46% da população, e suas intenções de voto chegam a 54% o que o elegeria no primeiro turno. Vai além de burrice coletiva ou falta de informação. Isso pra mim é masoquismo.
AGENDA
Com barulho de maquininha ou não. As dicas para você curtir o melhor rolê!
CONVENÇÕES DE TATTOO
EXPOSIçÕes
3º Rio das Ostras Tattoo Fest
31ª BIENAL DE arte de são paulo
26, 27 e 28 de setembro Rua Pedro Freire, s/n° Rio das Ostras (RJ) fb.com/Rio-das-Ostras-Tattoo-Fest
De 06 de setembro à 07 de dezembro. A ideia da curadoria é de trazer conflitos do mundo atual e artistas que retratem isso. A mostra traz instalações, fotos, pinturas e filmes. Esta edição da Bienal não evita assuntos polêmicos como religião, sexualidade e feminismo. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Pq. do Ibirapuera São Paulo (SP) (11) 5576-7600 bienal.org.br
14ª Convenção Internacional de Tatuagem
10, 11 e 12 de outubro Rua Tagipuru, s/n° São Paulo (SP) fb.com/convencaoledstattoo Guarulhos Fest Tattoo Internacional 2014
07 a 10 de novembro Rua João Cavalari, 133 Guarulhos (SP) fb.com/guarulhosfesttattoo 3ª Convenção de Tatuagem de Joinville
14, 15 e 16 de novembro Av. José Vieira, 315 Joinville (SC) fb.com/tattoojoinville
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