Ano 1|Edição nº 05|MAR/ABR
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LIFESTYLE TATTOO | ED.5 MAR/ABR
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EDITORIAL Fala pessoal! Mais uma edição de Lifestyle Tattoo pensada com muito carinho e dedicação por toda a equipe da revista. Foi num clima de respeito e descontração que fechamos nossa linha editorial. Como vocês já sabem, nossas publicações acontecem apenas em meses impares. E março tem uma data de forte significado: o Dia Internacional da Mulher. Antes que alguns chatos de plantão apareçam, claro, também achamos que elas merecem admiração todos os dias, mas desta vez queremos que ela possa conhecer outras mulheres tão intensas quanto. Não entendeu muito bem? Nas próximas páginas estão histórias de mulheres loucas por suas profissões e cheias de coisas para soltar aos trombones!
Deborah Benetti Editora Chefe MTB: 64133 deborahcbenetti@gmail.com
Com elas, o papo é reto e direto. Já as mulheres escolhidas para o Editorial de Moda foram clicadas pela nossa querida Ludmila Löwer. O ensaio fotográfico brinca com o lado guerreira das modelos numa mistura de lutas. Tem uma blogueira e culinarista especializada em receitas veganas e vegetarianas, que também é adepta da suspensão corporal. Uma mente pensante e constante! Vale a leitura. O nosso colunista Brian Stecco fez uma reflexão sobre a cultura do estupro e o machismo. Soco na cara! Falando em força e explosão, a voz mais charmosa da Rádio Rock bateu um papo descontraído sobre música, tattoos e muito mais. O Mapa Riscado foi até Budapeste com Tatiana Zaborszky e sua bagagem cultural. Um giro pelo mundo não faz mal a ninguém, não é? E isso é só o começo do que vem por aí. Temos uma edição borbulhante nas profundezas femininas. De uma forma ou de outra, o temido sexo frágil entra em cena. É como eu sempre digo: acomode-se bem, mantenha seus mantimentos por perto e boa leitura! Cheers!
EXPEDIENTE Diretor Comercial: Raphael Rosa Diretor de Criação: José Junior Editora Chefe: Deborah Benetti Direção de Arte: Simone Ferres Jornalistas: Brian Stecco, Mariana Alcântara e Nathalia Abreu Redatores: Diego Martins e Diogo Dias Make Up: Maicon Freitas e Tatiana Záborszky Fotógrafos: Daniel Correa, Fernando Bentes e Ludmila Löwer Fotos do Abre: Zeh Gonçalves, Amanda Tavano, Cesar Bonfim, Mariana Alcântara, Lud Löwer e Vanessa Soares
Fotos de Capa: Fernando Bentes e Lud Löwer
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COLABORADORES
Brian Stecco
Diogo Dias
Diego Martins
Daniel Correa
23 anos, jornalista. Fez sua primeira tattoo aos 18 anos e desde então não parou. Entre seus estilos favoritos está o Old School e as chicanas em preto e cinza. De esquerda, Brian adora política, futebol e uma cervejinha gelada no fim do dia. b.stecco@hotmail.com
É redator, músico e agitador do rock independente. Acha que a música é uma manifestação divina ou extraterrestre, porque coisa coisa boa assim não pode ter vindo do homem. diogodias.tgu@gmail.com
Redator, humorista, publicitário, amante da sétima arte, apaixonado por música, urbano. Acha que ser engraçado, ter bom humor e não se levar muito a sério, são sintomas de inteligência funcional. Afirma que se sua mãe não tivesse lhe negado o peito, seria um ser humano melhor. behance.net/dimartinsbehance
27 anos, fotógrafo free lancer, fã de filmes de terror e suspense, adora assistir e pesquisar os Behind the scenes. Não dispensa um bom e velho rock’n roll, e de vez em quando, arrisca algumas palhetadas para relaxar. fb.com/Daniel.Correa.Fotografo
Ludmila Löwer
Luiz Fernando Bentes
Mariana Alcântara
Nathalia Abreu
Fotógrafa, criativa, bem humorada, encara a fotografia como arte e estilo de vida. Gosta de um bom som, cinema e curtir a vida de casada. Está sempre a procura de uma boa foto, apaixonada por subculturas e tatuagens, fez sua primeira aos 16 anos. ludlower.com.br
Vulgo Mano. Fotógrafo no Studio Luís Crispino. Apaixonado por arte e fotografia. Bom boêmio, nunca nega um convite para uma gelada. Apreciador de um bom som, como rap e rock. Apaixonado por tattoo, fez a primeira aos 20 anos de idade. luizfbentes@gmail.com
Jornalista, 25 anos. Vive em meio ao mundo de tattoos - namorado e padrinho são tatuadores - e nunca para de se encantar com o universo da arte no corpo. Viciada em Friends e Harry Potter, não dispensa shows de rock e está sempre pensando no próximo desenho a ser tatuado. alcantaramarii@gmail.com
24 anos, jornalista, pesquisadora e amante da arte corporal. É coautora do livroreportagem Corpo ao Extremo: A nova face de uma cultura modificada. Nunca dispensa principalmente três coisas: boa comida sem glúten, convites para bares e shows de punk rock. fb.com/LivroCorpoAoExtremo
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ÍNDICE
12 {
CAPA } ESPECIAL MULHERES
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36{
ENTREVISTA }
56{
UNS RIFFS }
lore morato
LIFESTYLE }
VEGAN
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{ LIFESTYLE GIRL } AlessaNdra Schnabel
LUKA
08 { especial } MIcropigmentação 10 { eventos } flash day 20 { portifa } adriana melo 28 { estilo } editorial de moda 41 { point } partisans pub 42 { mapa riscado } budapeste 52 { adornamentos } Luís Garcia 55 { studio } alliance 60 { na agulha } Horace Green 64 { agulhada } cultura do estupro e agulhas 62 { causos e pérolas } tintas proibidas
A micropigmentação e a tattoo, além de tratar de conceitos estéticos, também transpõem barreiras e tornam-se ferramentas de auxílio e recuperação psicológica às pacientes mastectomizadas
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TEXTO Brian Stecco
ue a tatuagem é um artefato utilizado como adornamento corporal em busca de embelezamento não é novidade pra ninguém. Mas nesse meio ela não é a única ferramenta para deixar nosso corpo como queremos. A micropigmentação mais conhecida como maquiagem definitiva vem se firmando e ganhando força comparada as outras opções de tratamento estético disponíveis no mercado. Pelo fato de ser permanente e não precisar de retoques frequentes ela auxilia seus adeptos na correria do dia a dia. Utilizando-se de um procedimento parecido com o da tatuagem, misturas de pigmentação são aplicadas na pele através de agulhas que visa valorizar os traços da face e dar mais expressão ao rosto, para “quem quer avivar a beleza e facilitar o make diário. O procedimento auxilia na harmonia e realça os traços faciais” explica Vânia Mendes,
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especialista em maquiagem definitiva que realiza o procedimento desde mil novecentos e noventa. O processo é usado tanto para embelezar delineando e definindo olhos, lábios e sobrancelhas, por exemplo, como também para camuflar cicatrizes, disfarçar a calvície e até em reconstituição da aréola mamilar em pacientes mastectomizadas. Vânia através de sua experiência nos conta quê “esses procedimentos mudam a vida das pessoas com relação à autoestima, praticidade e juventude. No caso das mamas, mulheres que tiraram em virtude de um câncer ou mesmo devido a uma plástica podem refazer a aréola, melhorando definitivamente a estética”. A mastectomia é um processo que consiste na retirada total da mama. Próteses de silicone podem ser implantadas devolvendo o volume, porém, as cicatrizes permanecem e a aréola não pode ser reimplantada. Assim, um procedimento artístico é uma alternativa para devolver
arquivo pessoal
a autoestima às mulheres. Nesse caso a micropigmentação transcende conceitos estéticos e tornase uma ferramenta de cura psicológica para pessoas que passaram por um câncer por exemplo. Tomando isso como base há cerca de um ano surgiu nos Estados Unidos o projeto P.ink, que reúne tatuadores voluntários a fim de criar desenhos a serem tatuados para cobrir cicatrizes de mulheres que em decorrência de câncer mamário tiveram a mama removida. Segundo Noel Franus, idealizador do projeto em entrevista ao Instituto Arte de Viver Bem: “Nós olhamos para o centro do problema e encontramos uma enorme necessidade não atendida entre as sobreviventes: quase todas têm cicatrizes deixadas pela cirurgia. Então nós criamos o P.ink, para conscientizar que tatuagem pode ser uma opção poderosa para sobreviventes, após a cirurgia”. Cada mulher é um caso. Cada uma tem sua preferência de como disfarçar os danos causados pela mastectomia. E já que a maquiagem definitiva e a tatuagem são processos parecidos, eles geram liberdade de escolha de acordo com o gosto próprio. “Os procedimentos da micropigmentação se assemelham aos da tattoo com relação à higiene, esterilização e aplicação da tinta na pele e se diferenciam por não serem apenas desenhos e sim uma continuidade dos próprios traços naturais de cada um”, pontua Vânia.
Vânia Mendes tatuadora especialista em procedimentos de maquiagem definitiva
Seja através da micropigmentação da aréola ou de tatuagens artísticas é palpável que essas intervenções artísticas não são meramente estéticas, mas buscam recuperar valores emocionais perdidos trazendo bem estar e conforto. A criatividade e a arte se dispõem a melhorar a vida das pessoas em aspectos inimagináveis ao senso comum.
Mais na rede: Vânia Mendes - fb.com/VaniaMendesMadamTattoo P.ink - fb.com/PersonalInk P.ink - pinterest.com/personalink
PROJETO P.ink (PERsonal ink)
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[ EVENTOS ]
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Veja o que rolou no evento em parceria da Lifestyle Tattoo com o Bar Nobre Vagabundo em uma tarde de celebração à arte
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TEXTO Raphael Rosa FOTOS Bruna Ribeiro
o dia 08 de fevereiro, a Revista Lifestyle Tattoo e o Bar Nobre Vagabundo, realizaram o 1º Flash Day, evento no qual é possível tatuar desenhos exclusivos por um preço bem camarada. O evento contou com 4 tatuadores: Eduardo Trigueiro e Anderson Neves, do Tattoo Underground, o Fee Abreu, Marcelo Shin do Introduzindo Corpos Estranhos e 1 body Piercer: o Vinicius Marques, do Peel Art. Os tatuadores trouxeram criações próprias e algumas, os próprios clientes levaram. Para não
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falar que o evento foi um grande sucesso, a única coisa que deu errado e certo ao mesmo tempo, é que haviam mais clientes do que agulhas, e uma galera vai ter que esperar pela 2ª edição. Tivemos tatuagens de bonecos de palitinhos, letterings, aquareladas, que hoje em dia estão bem em evidência, e que tatuadores estão cada vez mais se especializando nesse estilo. Além de tatuagem e piercing, o ambiente do Bar Nobre Vagabundo teve muita música boa, cerveja, roda de amigos, risadas e principalmente arte, muita arte. E que venha o 2º Flash Day Lifestyle!
GALERIA LIFESTYLE
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[ CAPA ]
Dia Internacional da Mulher
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Conheça três histórias de mulheres que seguiram seus instintos ferozes e deram cara à tapa aos tabus da sociedade TEXTO Deborah Benetti FOTOS Zeh Gonçalves e Vanessa Soares
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uando nossa equipe de reportagem decidiu homenagear as mulheres com a matéria de capa, não imaginávamos que encontraríamos personalidades únicas e fortes. É bem sabido que as mulheres alimentam as mais profundas inspirações da Humanidade. Assim como o símbolo de Vênus, a representação feminina vai além da visão da deusa do amor e da beleza. Se neste caso, a Afrodite na mitologia grega carrega o espelho, em nossa realidade, ela carrega o orgulho de ser quem é e mais, representa com força e transparência sua incansável trajetória de paz interior e realização profissional. Aquele ditado “Por trás de um homem existe uma grande mulher” pode até ser verdade, mas com essas ladys tatuadas está mais para “Por trás de uma mulher está outra grande mulher”.
Enquanto uma minoria ainda carrega o clássico discurso contra as mulheres, a maioria da população já abriu seus olhos para a realidade: mulheres invadindo o mercado de trabalho. E engana-se quem acredita que elas não são capazes de se jogarem em áreas desconhecidas e alternativas. A mulher do século 21 dobra, corta, cola e ainda faz uma obra de arte com suas habilidades multifacetas. E nesse pensamento, encontramos três figuras marcadas pelo passado, presente e futuro. Gerações femininas que enfrentaram preconceito, desprezo e dúvidas por onde passaram. E suas vidas não são nenhum conto de fadas. Todas deram cara à tapa aos tabus e toparam contar suas histórias riscadas para nós da Revista Lifetsyle Tattoo. A seguir você conhecerá: Vivi Seixas, DJ da cena eletrônica e filha de Raul Seixas; Lalla Cozaciski, pugilista brasileira e dona de sua academia de boxe; e Mitsue Kobayashi, acompanhante terapêutica e fotógrafa.
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Foi durante uma viagem de 1999 à Austrália que Vivi se encontrou. Depois de 23 horas cansativas dentro do avião, ela decidiu conhecer seu primeiro festival de música eletrônica, chamado “Every Picture Tells a History”. As recordações ainda ficam na memória: “Fiquei encantada com a batida, com as garotas usando asas de borboletas coloridas. Era lindo.” Mas não foi tão simples assim para a bela riscada aceitar seu dom musical. Depois de tentar dois cursos na faculdade, – todos trancados, veio a crise existencial que todo jovem enfrenta. E foi num sonho que seu futuro estava escrito: Vivi sonhou que tocava como DJ e comentou com um amigo da área, que a incentivou a aprender a modalidade e compartilhar seu bom gosto com a galera. Entrar na cena musical tendo o sobrenome Seixas não foi um tabu explícito, por mais promissor que fosse: “Fiz questão de ser boa no que faço. Até aprender a técnica e adquirir experiência no palco, toquei muito de graça em festas de amigos. Como meu pai dizia “O ser humano é o exercício que faz e não quis pular esse degrau” da carreira. Entre curiosos de plantão de olho no seu trabalho e chatos
Vivi Seixas
32 anos Profissão: Deejay ulgação do seu cd Projeto atual: Div s de Raul Seixas ca si ú m as d es ix m de re Luz” (Warner) chamado “Geração
abelhudos prontos para as comparações artísticas, Vivi já deixa seu recado: “Não é fácil ser filha de uma lenda como Raul Seixas. Sempre gostei de música e acabei indo para um estilo totalmente diferente ao meu pai por acaso, e claro que não dá para agradar a todos, mas eu sigo meu caminho fazendo o que eu amo. Não dá para comparar, meu pai era um gênio e eu herdei sua criatividade musical”. Desde jovem Vivi Seixas exibe um visual despojado e tatuagens pelo corpo. No total são 13 riscadas, com a primeira – um gavião brasileiro – feita aos 15 anos no Rio de Janeiro acompanhada da mãe Kika Seixas até o Studio Carlinhos Tattoo. Já aos 18 anos mandou uma pantera old school na costela, seguido de um símbolo Celta chamado “A dança das fadas”. Além dessas, há um trabalho free hand com peixes, flores e água em homenagem à mãe, que adora a natureza. Atualmente, a deejay se encanta com a nova tattoo (o rosto do pai) feita pelo tatuador Leco de Florianópolis: “Sem dúvida é e sempre será a mais especial para mim. Tive muito medo, pois sei que não é qualquer um que manda bem no realismo, mas o Leco arrebentou!”.
fb.com/djviviseixas
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Vanessa Soares
Ao lado: Vivi comandando o som nas pickups e acima: foto de sua tattoo na perna, um trabalho free hand
Não é fácil ser filha de uma lenda como Raul Seixas. Não dá para comparar, meu pai era um gênio e eu herdei sua criatividade musical Vivi Seixas, sobre as inevitáveis comparações ao pai
Tatiana Cozaciski cresceu dentro de uma família machista. Filha de pai russo, sua infância foi marcada pela semelhança ao regime militar: mulheres usam saia e ficam em casa enquanto homens usam calça e trabalham fora de casa. Aos 16 anos, Tati já mostrava sua versão Lalla, ao desafiar a cultura da família e aparecer em casa com uma pequena tatuagem nas costas. O desenho feito por ela mesmo foi o suficiente para o pai entrar em estado de choque e ficar um mês sem falar com ela. Isso não era nada. Aos 18 anos, Lalla foi morar fora do país por três anos. Nesse tempo surgiram novas tatuagens e dois braços encobertos de tattoos. Quando completou 23 anos, sua vida sofreu uma reviravolta e a futura atleta teria que voltar a casa dos pais rígidos. Foi nesse tempo que sua vida sofreu um novo sentido: o boxe. Enquanto curtia um barzinho, um rapaz se aproximou de Lalla e contou sobre uma peneira em um clube de luta para garotas treinarem boxe. Fã incondicional de Mike Tyson desde pequena, ela ficava
Lalla Cozacisk
33 anos a Profissão: Pugilist demia própria Projeto atual: Aca
acordada até 3 horas da manhã para vê-lo derrubar seus adversários no primeiro round. O pai, que nunca gostou de sua paixão, ficou em choque quando sua filha entrou em casa toda roxa e sangrando. Era a hora de quebrar o tabu dentro de casa e encarar os rings da vida. Sua paixão e dedicação lhe renderam os títulos de Campeã Brasileira 2005 e Campeã Paulista 2007, além, do sonho de dar aulas de boxes: “O público feminino me procurava, mas os homens também se interessavam. Hoje, tenho meu próprio negócio e a maioria dos meus alunos são eles, os homens.” Lá, todos costumam brincar dizendo que o “treino hello kitty” é pesado! Já aconteceu de um rapaz encenar uma verdadeira quebra de tabu. Ele não aceitava ser treinado pela professora Lalla e diversas vezes encarou de cima a baixo suas tatuagens e seu sexo feminino. Mal sabia ele, que a primeira adversária de Lalla nos rings pediu para parar no final do 1º round. E ela, como boa mulher que é, gritou muito e até fez dançinha da vitória. fb.com/HelloTank
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ZEH GONÇALVES
curava, o r p e m o in in m O público fe eressavam. t in e s m é b m a t mas os homens e a maioria io c ó g e n io r p ó r p Hoje, tenho meu omens h s o , s le e o ã s s o dos meus alun alunos , sobre seus Lalla Cozaciski
Ao lado: Lalla de punhos cerrados e cara de má no chamado treino “Hello Kitty”.
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Fotógrafa há 15 anos especializada em imagens de animais de estimação, Mitsue sempre foi uma pessoa envolvida em ajudar os outros. Ela é do tipo que não precisa pensar muito para falar algo que ache importante e de grande valia na vida. E nesse pensamento, foi que apareceu sua nova profissão: acompanhante terapêutica. Mas como assim? Fácil. Ela explica que em momentos delicados de seus clientes – maioria dependente químico –, como por exemplo, em pós-internação para Dependência Química, uma parte ainda encontra-se medicada, mas muitas precisam aprender a fazer coisas sem o uso de substâncias que alterem o seu humor. É nessa hora que ela surge forte e cheia de gás para ajudar. “Alguns precisam de acompanhante tempo integral, outros só uma parte do dia, mas sempre induzo para a prática de uma vida saudável”, explica. Seu trabalho é ajudar a pessoa em recuperação a cuidar da sua rotina, como por exemplo, ir ao médico ou supermercado. Tratar de assuntos delicados de uma forma humana e amiga foi sem dúvidas um grande tabu superado. Mitsue poderia fazer como muitos por aí, virar o rosto para um
Mitsue Kobayashi
48 anos ante Terapêutica h an p m co A : ão ss gia Profi lização em Psicolo ia ec sp E : al u at to Proje
doente que precisa de atenção. Num mundo cheio de dedos apontados, a terapeuta já foi vítima de preconceito por causa de suas tatuagens. Depois de viajar aos Estados Unidos e Espanha a trabalho, Mitsue resolveu dar uma pequena volta pela Alemanha: “Quando desembarquei corri para ser uma das primeiras da fila da alfândega. O policial olhou minha mão tatuada e simplesmente mandou simplesmente me mandou para uma área próxima e pediu para esperar. Tive que esperar todos os tripulantes do voo embarcar até que ele voltasse a falar comigo. Tive que mostrar meu dinheiro, revirar a minha mala, comprovar endereço e só depois de me ‘analisar’ bastante, fui liberada”, desabafa. Mas não parou por aí. Após sua maternidade, Mitsue convive com muitas mães fora do padrão. Mulheres que torcem o nariz por seu visual e acabam proibindo os amigos do filho da convivência amigável. Mas nada abala sua força e determinação em seguir seu coração e fazer o que tem vontade e não o que os outros gostariam que ela fizesse. Para ela, ‘o maior tabu da sociedade é o EGO. Alguns simplesmente não suportam a ideia do outro ser diferente’.
fb.com/mitsue.kobayashi.7
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ZEH GONร ALVES
Alguns precisam de acompanhante tempo integral, outros sรณ uma parte do dia, mas sempre induzo para a prรกtica de uma vida saudรกvel
Ao lado: as vรกrias tattoos da Mitsue, em sua maioria trabalhos Old School e acima: detalhe das tattoos nas duas pernas
Mitsue Kobayashi, sobre os pacientes que atende
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[ PORTIFA ]
Adriana Melo
DO TIME Saiba como Adriana Melo passou a integrar o time de peso da famosa editora de quadrinhos e claro, conheça os seus incríveis trabalhos
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driana Melo nasceu em São Paulo e desde pequena sempre quis trabalhar com algo relacionado a história em quadrinhos (Turma da Mônica era a primeira opção). Aos dezesseis anos, ainda no Ensino Médio, teve seu primeiro contato com os quadrinhos de super-heróis, graças a um trabalho de artes, onde ela deveria copiar uma página de qualquer super herói que escolhesse. No caso, “A Morte do Superman” foi o escolhido e algo que começou como uma obrigação se tornou meta de profissão, mesmo sem saber como chegar lá. Na mesma época, um artigo de jornal deu a dica em como se fazer essa ponte, quando entrevistou exatamente um brasileiro que trabalhava para a editora Marvel. Isso chamou a atenção de Adriana, que começou a, seguindo dicas dada nessa reportagem, treinar e estudar anatomia. Ela descobriu que essa era a profissão que juntava as duas coisas que a interessavam mais: o estudo da figura humana e histórias em quadrinhos. Quando tinha dezoito anos, ela foi a um evento de quadrinhos que estava ocorrendo em São
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Line of Durin
Paulo, onde dois profissionais ministravam uma palestra e avaliavam portfólios . Levou seus rascunhos a partir de 2 anos de treinamento e alguns trabalhos feitos especialmente para a convenção .
Harry Potter pinup
GALERIA LIFESTYLE
Depois de uma avaliação positiva, foi indicada para uma agência que gerenciava desenhistas brasileiros que queriam trabalhar para o exterior, chamada Art & Comics. Foi assim que, após 6 meses de treinamento diário, a primeira oportunidade apareceu: o Homem de Ferro . Adriana também trabalhou com o Quarteto Fantástico , Surfista Prateado, entre outros, nessa primeira fase da carreira. Após um hiatus, seu primeiro trabalho foi uma edição especial para LucasArts (uma revista em quadrinhos que vinha junto como um extra de um jogo chamado RTX -RED ROCK), logo depois vieram as edições de Star Wars: Empire para a editora Dark Horse, trabalhou em edições especiais e mini-series como Rose & Thorn, Birds of Prey, uma edição especial de Emma Frost, Homem-Aranha, entre outros. Ainda, junto com Ron Marz , ela trabalhou por um período desenhando Witchblade.
Mais na rede: adrianamelo.deviantart.com fb.com/adrianamelo
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[ LIFESTYLE ]
Chubby Vegan
NADA de origem animal
Vegetarianos e veganos restringem carnes e qualquer produto de origem animal TEXTO Nathalia Abreu FOTOS Lud Lรถwer
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e lendo o título desta matéria você logo pensou na “galera que só come alface”, saiba que está absurdamente enganado: foi-se o tempo em que as opções eram escassas. Os vegetarianos e veganos têm hoje inúmeras possibilidades para comer fora, comprar produtos prontos e cozinhar dentro de casa, sem nenhuma preocupação. A alimentação diária destas pessoas pode ser, não apenas muito rica e saudável (se balanceada corretamente), como também deliciosa! Falando mais especificamente sobre o veganismo, o estilo de vida também altera o uso de outros produtos, excluindo tudo que tiver composição de origem animal. Vestimentas, produtos cosméticos ou de limpeza e alguns medicamentos são exemplos disto. Pensando neste mundo restritivo, a culinarista Nathalia Soares, de 21 anos, criou em 2010 o Chubby Vegan, um blog espaço especializado em receitas e informações práticas de utilidade para veganos e vegetarianos. O sonho de compartilhar experiências acabou virando um trabalho sério: hoje ela também vende produtos
de confecção e criação própria por encomenda pela internet, e está prestes a abrir uma cozinha. O sucesso da blogueira está estampado no Facebook: sua fan page já ultrapassa hoje os 20 mil likes. Nathalia já se interessava pela culinária bem novinha, aos 14 anos. Ela conta que, antes de aderir ao veganismo, sua alimentação era muito restrita à base de junkie food, carente de vegetais, legumes e verduras. Motivada tanto por questões ideológicas quanto saúde, foi a partir dos 16 que juntou o útil ao agradável: aos poucos seus interesses combinaram estilo de vida e profissão. “Gosto de mostrar como a arte da culinária vegana é simples, fácil, acessível e é gostosa quando bem feita. O meu nicho de clientes e leitores é bem restrito, não vejo tanta dificuldade em trabalhar com isso. Há outros tipos de pessoas que se atraem na culinária vegana, seja por motivos de saúde, restrição alimentar, curiosidade ou mesmo conhecer melhor a filosofia”, explica. A profissional acredita que, a nova onda de dietas que retiram lactose e glúten da dieta, ajudou no surgimento de novos estabelecimentos na
Nathalia preparando uma de suas especialidades: o risoto de cenoura, ervilha e sementes de abóbora
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capital. “Todo dia sempre tem uma novidade no mercado, isso é incrível! Eu acompanho tudo isso e acho sensacional. Há seis meses quase nada disso existia, agora o público conta com muitos locais novos para conhecer e produtos de alta qualidade (e saborosos, obviamente)”, defende. Tattoos e cozinha Fora da internet, a vegana também chama bastante atenção por onde passa, isso principalmente por causa de seu visual. Nas pernas ela carrega fechamentos que se completam com escritas e desenhos carregados de tinta preta. As tatuagens também fazem parte de seu “lifestyle”. O amor e orgulho ao trabalho e estilo a fizeram estampar ícones para lembrar a vida toda. De acordo com Nathalia, os rabiscos e a culinária andam lado a lado. “Tatuagem é algo bem
comum no meio da cozinha. Conheço muitas pessoas que tem tatuagens ou são quase totalmente lacradas”, conta. Não só é verdade, como alguns dos maiores chefs de cozinha brasileiros também possuem tatuagens visíveis (e não tem a menor intenção de escondê-las) como é o caso do renomado Alex Atala. Também é possível citar os brasileiros Henrique Fogaça, André Mifano e Flavio Giusti, que também trabalha com culinária vegetariana na televisão e possui um canal no Youtube. Além das tatuagens, Nathalia também é adepta da modificação corporal. Ela possui bifurcação de língua, alargador no septo e possui uma escarificação no peito em que dois ganchos formam um coração. O desenho foi feito em homenagem à prática da suspensão corporal, da qual é praticante desde os 18 anos.
DICAS DE SAÚDE PARA VEGANOS por nathalia soares Cálcio e proteínas fazem parte de uma alimentação saudável e são fáceis de serem encontrados em qualquer dieta. Veganos devem consumir: grãos, folhas escuras e castanhas diariamente. Alimentos que são fonte de ferro: castanhas (principalmente de caju ou semente de abóbora), grãos (preferencialmente lentilha e grão de bico), tofu, alguns frutos secos e melado de cana.
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Não há uma "receita especial" para o café da manhã vegan. Entretanto, ele precisa ser completo em qualquer dieta, porque é a refeição mais importante do dia. O individuo deve tentar consumir proteína, carboidrato e lipídeo nesta refeição. Veganos devem tomar 15 minutos de sol por dia para ajudar a sintetizar a vitamina D e absorver o cálcio corretamente. Essa é uma vitamina específica, que não existe em fonte vegetal; portanto, para os vegans, isso é ainda mais importante.
Fotos: Amanda Tavano LIFESTYLE TATTOO | ED.4 JAN/FEV
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Abaixo você confere uma deliciosa receita de risoto, preparado especialmente para nossa equipe, pela Nathalia Soares:
Mais na rede: www.chubbyvegan.net fb.com/chubbyvegan
noura, ervilha Risotto de ce e abóbora e sementes d
finalização Ingredientes: e oliva + para d te ei z a e d (sopa) - 5 colheres *** em brunnoise - 1/2 cebola oise*** nn ru o em b lh a e d te en d - 1 arbóreo de laranja há) de arroz (c ra a íc x seco ou suco 2 o nc - 1 1/ ra b o h (chá) de vin - 3/4 xícara o de legumes - 1L de fund ura ralada (chá) de ceno - 1/4 xícara s sementes) cubos (sem a em te a m to 1 a congelada há) de ervilh (c ra a íc x 2 - 1/ - Sal a gosto gosto - Pimenta a gosto - Orégano a ra finalizar e abóbora pa d s - Semente
. r bem quente e deixe fica ro: a la ep ne pr a pa iv e ol d a e o Mod es em um ) de azeite d undo de legum colheres (sopa 5 s a 1. Coloque o f ne io ic d a panela, a 2. Esquente um a. este fique bem lho e a cebol exa até que m e o g fo e refogue o a o te arroz, aumen 3. Adicione o o arroz quase tura). bem, até que ta r os (t ra e po a nt a ev lh e bri e deix vinho branco ntemente, 4. Adicione o . la a pane exendo consta d m o d es un f um g no le grude fundo de a conch a de as vezes. vilh a. 5. Coloque um ocesso algum pr se es ita mate e a er ep to R o , e. a pr ur m no se ce mas não o adicione a utos de cocçã in m enta. 12 os A 6. , estará com sal e pim re pe m te dente, ou seja l e a te rá en ta m ri es pe o. Ex arroz já centro do grã 18 minutos o o branco no nt cremoso po 7. Entre 16~ ue iq f um e m até qu a e co id te d en or m m a a os or te ig gão a v resisten ch ama do fo e oliva e mex a d d te ra ei z fo a o it ne fe 8. Adicio so deve ser o. Este proces e emulsionad de oliva e ). mais azeite ra tu m a co ec o nt nd a a (m inaliz iatamente, f 9. Servir imed abóbora. ebrem sementes de itando que qu ev rãos, assim oteção nos g pr ia cr o. e id qu m ocesso ção de a * Tostatura: Pr ilia na libera ux a m r o risotto. bé a m on cção. Ta ra e emulsi du or g r a durante a co on adici Consiste em ** Mantecatura: 3mm. x m bos de 3m *** Brunnoise: cu
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[ESTILO ]
GUERREIRAS Força, determinação e talento. Essas características definem perfeitamente o significado do substantivo MULHER, que nesse Editorial é representado pelas batalhadoras Daiane Dumas e Chosa Hori Wa FOTO Lud Löwer MAKE UP Tatiana Zaborszky
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[ ENTREVISTA ]
Lore Morato
alemanha Conexão BRASIL Após dez anos na Europa, Lore Morato volta ao Brasil para mostrar o que aprendeu por lá e seus belíssimos trabalhos no melhor estilo Neo Tradicional
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TEXTO Nathalia Abreu belíssima e inspiradora Lorena Morato - mais conhecida como Lore - levou para fora do Brasil muito talento, e trouxe de volta muitas novidades. Foi na cozinha de sua casa europeia (sem luxo e nem muito material inicialmente), que a artista começou a se aventurar na tatuagem.
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Com persistência, esforço e dicas preciosas da mentora alemã Petra Kempka, a profissional foi aos poucos conhecendo sua arte, e trabalhou com afinco para mostrar sua identidade. Depois de dez anos, Lore está de volta e reforça a cena das mulheres tatuadoras, contribuindo diretamente de seu ateliê para o desenvolvimento do estilo Neo Tradicional no País. Confira a trajetória, as opiniões e influências da tatuadora aqui na Lifestyle Tattoo:
LT - Como você começou na tatuagem e como define seu estilo atualmente? Conte um pouco da sua história. Lore Morato - Comecei em 2007 quando morava na Alemanha. Eu já tinha uma máquina há dois anos, mas nunca começava mesmo a tatuar. Era muito nova, era punk e queria me aventurar (risos)! Comecei na cozinha de casa mesmo, com um péssimo material, mas era isso aí! Com o tempo fui conhecendo meu estilo, principalmente quando tive contato com o tatuador Jüergen Eckel (que morava numa cidade vizinha da minha). Entrei na loja dele e fiquei encantada com o estilo que estava nascendo: o Neo Tradicional (que é atualmente o que eu faço). Desde então me esforcei ao máximo para estudá-lo; fui com tudo e já estava certa sobre qual caminho iria seguir. LT - Além da tatuagem, já trabalhou em outras áreas? Lore Morato - Eu fiz vários bicos na Europa antes de ser tatuadora: bartender, babá, enfim... Só sei fazer tatuagem mesmo e pintar! LT - Quais foram suas principais influências de artistas (tatuadores e/ou pintores)? Lore Morato - Caravaggio, sempre! Não foi tatuador, mas suas obras me inspiram muito e me dão muitas referências pra desenhar. Agora, tatuadores do Neo Tradicional, vamos lá: é claro que Uncle Allan, Chris Conn, Lus Lips, Eckel e Alix G (tatuadora da França). Esses são meus preferidos! Little Swastika é outra inspiração; mesmo não fazendo o mesmo estilo que o meu, mostra com seus projetos gigantes de tatuagem – envolvendo várias pessoas – e pinturas como um tatuador também é um artista. LT - Conte como foi sua experiência na Alemanha! Lore Morato - Foi excelente! Tenho muita sorte. Mesmo sendo tudo difícil nos três primeiros anos, não poderia ser mais grata! Como comecei lá, via o estilo que faço muito de perto. Fiz amigos que
já tatuavam desta maneira e me ajudaram muito. Como o Neo Tradicional é nascido na Europa e eu estava tão perto de tudo, aprendi a amá-lo. Esse estilo é parte da minha trajetória lá; uma parte importantíssima na minha vida. Posso dizer que a Europa é minha segunda casa. Foram dez anos que me influenciaram em tudo, basicamente.
LT - Você teve algum mentor, que te ensinou (aqui no Brasil e/ou fora)? Quem foi e como foi este aprendizado? Lore Morato - Quando morava na Alemanha, tentei encontrar um estúdio que me ensinasse, porém fui negada em todas as tentativas (risos). Para falar a verdade, quando se começa sozinha tudo é mais lento e complicado, infelizmente. Mesmo correndo atrás, tentando e não conseguindo, não desisti do sonho tão fácil. Mãos a obra! A oportunidade sempre virá em alguma hora quando se acredita. Depois de um ano e meio tatuando em casa, finalmente conheci uma tatuadora, a Petra Kempka (em Essen, Alemanha) que me acolheu na loja dela. Ela foi minha mentora de aí em diante. Artista fantástica! Sou muito agradecida! LT - Você trabalha também com outros estilos (fora a sua especialidade)? Lore Morato - Não, tatuo apenas Neo Tradicional. Eu acho importante que um tatuador se dedique a apenas um estilo se quer criar uma identidade. Ao meu ver, a tatuagem é arte. Você não vê um Monet pintando Surrealismo como Salvador Dalí, por exemplo. LT - Como mulher, você sentiu alguma dificuldade (ou ainda sente) quando entrou no mundo da tatuagem? Sofreu com algum tipo de preconceito? Lore Morato - Várias dificuldades e muito preconceito por parte de alguns colegas homens. Acho que não somente no mundo da tattoo. Ainda é um pouco difícil para nós, mulheres, sermos notadas; porém, tenho esperança. Já existem revistas e ótimos projetos voltados para artistas mulheres no meio da tatuagem. O companheirismo também
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ajuda a acabar com esse tipo de preconceito! Nós somos sagradas, temos que nos dar conta de como somos poderosas, de como nossa criatividade vai ficar cada vez mais forte, e de como podemos apoiar umas às outras. Mulheres unidas!
LT - Como você acredita que é vista a mulher tatuadora hoje no Brasil? O campo de trabalho é amplo e as tatuadoras tem a mesma visibilidade que os homens? Acredito que seja importante saber se há respeito por parte dos tatuadores. Lore Morato - Como não faz tempo que cheguei, não posso opinar muito; pelo que conheço, aqui ainda existem mais homens no ramo. Alcançar a mesma visibilidade que os homens eu acho meio difícil. Muitas vezes temos que ser melhores do que eles para que nos notem. Triste! Até mesmo na Europa, com excelentes tatuadoras, nós ainda temos dificuldades em divulgação pelas revistas.
Na maioria das grandes revistas (pelo menos lá) raramente há matérias sobre artistas femininas. É uma pena, mas não podemos negar que vivemos em um mundo ainda bem sexista, onde mulheres em outros empregos ainda ganham menos pelo simples fato de serem mulheres. É lamentável. Não que a coisa não tenha evoluído para o nosso lado ultimamente... Eu vejo mulheres sendo notadas mais e mais no mundo da tatuagem... Mesmo assim, acredito que ainda faltam mais vitórias. Para isso, devemos trabalhar juntas, e não umas contra as outras.
LT - Você participa de convenções de tatuagem para divulgar seus trabalhos? O que acha destes eventos? Lore Morato - Sim, adoro convenções. No momento as que participo anualmente são as de Londres e Estocolmo na Europa; minhas preferidas.
Alguns trabalhos da Lore
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arquivo pessoal
Eu acho importante que um tatuador se dedique a apenas um estilo se quer criar uma identidade. Tatuagem, ao meu ver, é arte. Você não vê um Monet pintando Surrealismo como Salvador Dalí, por exemplo Lore Morato, sobre o estilo adotado em seu trabalho
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Também já estou de olho em algumas convenções locais. Acho importante. Convenções me ajudaram a adquirir conhecimento, trocar ideias com outros artistas, e principalmente me inspiraram; você aprende muito nelas! Por outro lado, acredito que convenções demais durante o ano podem te tirar o foco. Acho que três por ano é uma quantia boa. Para quem está começando já é diferente; ter contato com outros artistas ajuda muito no progresso.
LT - Quais são seus objetivos e perspectivas de trabalho para o futuro? Lore Morato - Viajar e viajar! Adoro. Inspirar e ser inspirada sempre e fazer com que a cena Neo Tradicional cresça aqui no Brasil. Também quero ajudar com que as pessoas sejam educadas na tatuagem, mostrar pra elas que tatuagem é arte e que deve ser tratada assim. É um ritual, e o artista deve ter liberdade pra criar do jeito dele. As pessoas deveriam entender essa questão da identidade.
Onde você trabalha atualmente? Lore Morato - Voltamos para o Brasil (meu namorado e eu) e decidimos abrir um ateliê em Belo Horizonte (MG). É um espaço criativo. Todo mês teremos um artista expondo algum trabalho. Não está aberto para o público, apenas para quem tem visita marcada. A ideia é tatuar apenas um cliente por dia, para que a pessoa se sinta em casa. Tatuagem, para nós, é um ritual, e o espaço deve ser bem preparado. A atmosfera do lugar deve estar em harmonia e as ideias entre o cliente e o artista devem estar em sintonia. Fazemos o agendamento apenas por email: goldentimestattoo@gmail.com.
Mais na rede: Lore - fb.com/loremorato Lore - instagram.com/loremorato Ateliê Golden Times - fb.com/goldentimestattoo
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[ POINT ]
Ao lado: Marcos Abreu, um dos proprietários da casa
pub – mais que o Parlamento ou a Monarquia – é a instituição que melhor representa a cultura da velha Bretanha. E essa ligação, que faz dele algo tão tradicional por lá, por aqui faz a coisa toda parecer um pouco cenográfica. Diante disso, o Partisans Pub é peculiar porque não força a barra com purismos desnecessários. Com uma fachada pequena e discreta, o pub possui mesas fixas com sofás (estilo Booth), além de bistrôs e banquetas. As paredes são decoradas com dezenas de quadros que fazem referência a música, cinema, esportes e é claro, cerveja. Por falar em cerveja, o pub possui uma carta de mais de 40 rótulos que vai desde a popular Heineken até as clássicas Fullers e Duvel. Além de whiskys da família Jack Daniels (N.07, Single Barrel e Gentleman Jack). Para comer, o pub trabalha com um bom número de porções tradicionais e originais, saladas e hambúrgueres (também em opções vegetarianas). Nos alto-falantes do Partisans, seus clientes podem curtir uma seleção musical voltada para
o Rock e suas vertentes, porém com grandes nomes do Pop, American Funk, Blues, Ska e Irish Music, etc. Além disso, três televisores bem localizados estão sempre sintonizados nos melhores jogos, lutas e shows.
Partisans Pub Rua Cônego Eugênio Leite, 944 - Pinheiros São Paulo/SP (11) 2361-6457 www.partisans.com.br fb.com/PartisansPub mateus mondini
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FOTO Fernando Bentes
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[ MAPA RISCADO ]
DÜRER KERT O jardim da boa música na mágica capital húngara TEXTO Tatiana Zaborszky
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udapeste é um lugar mágico. Dividido pelo Rio Danúbio, possui características dúbias em uma mesma cidade. Um terço do território da capital húngara fica em Buda, cuja fama é de grandes casarões, e pouco comércio. Podemos encontrar também grandes colinas e bons lugares para se tirar fotos panorâmicas. Alguns lugares turísticos também dão charme a esse lugar misterioso da cidade. O Memorial da Batalha contra a antiga União Soviética é um exemplo disso. Conhecido como Citadella, os turistas podem desfrutar de museus e da melhor vista completa da cidade, além de tomarem ótimos sorvetes italianos. Budai Vár também é lugar de prestigio pelos locais e turistas, recheado de museus e festivais, que vão desde vinho, cerveja até o folclore. Mas falaremos de um lugar que se situa em Pest – e pelo próprio nome, não poderia ser diferente: Pest é fervo, possui subúrbios com gran-
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des contingentes de chineses, turcos, ciganos e africanos, e dispõe de uma vida noturna intensa, com baixo custo de entrada e destinada à todos os gostos. Apartamentos da época da União Soviética tomaram os lugares dos casarões de Buda e trazem um nível de vida mais simples, complementado pelos grandes comércios e centro histórico. Lugares como Rua Andrássy, Hosök tere (Praça dos Heróis), Parlament e Rua Váci, trazem toda a história vivida pela Hungria
Prato típico da culinária húngara, o Lángos
Atração de peso: No próximo dia 25/04 DK traz a banda punk The Casualties
à tona, com grandes comércios à céu aberto e comidas exóticas, como o delicioso Lángos ,feito de massa frita de batata que se assemelha com a massa do pão francês. Os recheios típicos são: alho, queijo e Tejfö (ingrediente muito usado na culinária húngara, que lembra o Sourcream da comida mexicana). Dürer Kert Você já imaginou ir a um lugar alternativo de muita gente tatuada e desconhecido entre turistas, que receba grandes atrações internacionais, por preços muito mais agradáveis do que no Brasil? Em húngaro, Kert significa Jardim, sendo assim, em shows nacionais e de menores portes, o local conta com um belíssimo jar-
dim e telões para fanáticos por futebol, constituído por um clima quase que praiano, no verão, esquece-se que a capital chega a suportar -13 graus durante o inverno. Além do local externo, o Dürer Kert se assemelha a uma casa com diversas salas onde pessoas conversam sobre mesas de família, ou, jogam o disputado pebolim (totó). A casa, sempre aberta, tem uma grande pista com bares laterais e discotecagem. Quando bandas de grande público tocam no lugar, abre-se um grande galpão com bares ainda mais extensos e um bom espaço para se jogar no mosh e dançar. O Dürer Kert, como se não bastasse, ainda possui uma divulgação altamente inovadora, feita por um bar acoplado em uma grande bicicleta que fica circulando pela cidade. Para desfrutar de uma hora de passeio, a bicicleta é locada por R$ 120, e cada cerveja custa cerca de R$ 8 o litro. Tem melhor forma pra botar o papo em dia com os amigos, conhecer Budapeste e ainda tomar umas geladas?!
Dürer Kert XIV. Kerület Ajtósi Dürer Sor 19-21 - Budapest/Hungria (Saindo da estação internacional Keleti Pályaudvar, pegue o ônibus 230 e desça após três paradas.) +3670/451-7832 www.durerkert.com DIVULGAÇÃO
Algumas bandas que já passaram por lá: Pennywise, Madball, Deez Nuts, Death before dishonor, Lee Stratch Perry, Ignite, Wu tang clan, Quimby, Bring me the Horizon.
Acima: Dürer Bike, o serviço de divulgação da casa, que ainda permite tomar umas geladas a bordo dessa grande bike
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[ LIFESTYLE GIRL ]
Alessandra Schnabel
Bentes FOTOS Fernando ol Curti TRATAMENTO Car Freitas MAKE-UP Maicon
ADORNAMENTOS
Snoopy
Ronaldo Sampaio, mais conhecido pela alcunha de Snoopy, é piercer profissional desde 1998. É o Diretor Fundador da ATPB - Associação dos Tatuadores e Perfuradores do Brasil. Juntou-se a nós para desbravar o universo da perfuração. piercer-snoopy.blogspot.com.br
UNIÃO, ÉTICA E RESPEITO ! Ronaldo Sampaio entrevistou Luís Garcia, um dos maiores profissionais body piercers do mundo Membro da Associação de Profissionais Piercers desde 1999, Luís Garcia é o entrevistado da vez. Hoje em dia, dá aulas em vários segmentos da perfuração do corpo e trampa no NoKaOi Tiki Tattoo e Piercing na Filadélfia. Muito aberto ao tema, ele contou um pouco sobre sua carreira e o que sabe sobre procedimentos inovadores. Confira a entrevista abaixo:
RS - Como surgiu o seu interesse em ser um Piercer Profissional? Luís Garcia - Eu sempre gostei de ver as Perfurações publicadas na Revista National Geografic, principalmente as Antropológicas me encantavam quando eu era jovem. Quando completei 10 anos, eu perfurei meu mamilo e depois comecei a perfurar os meus amigos. RS - Quais foram os seus primeiros Mentores – Coordenadores Técnicos? Luís Garcia - Meus mentores físicos foram: Andrew Lewis e Onabe Tashi. Ambos trabalhavam
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em uma loja especializada que eu estive em Washington D.C. Durante algum tempo trabalhei para eles e tive a oportunidade de aprender com outros perfuradores que vieram trabalhar no espaço, como Dan Natkiel, Jon Cobb e David Shaw.
RS - Durante estes 23 anos trabalhando como Piercer Profissional tem ideia de quantas perfurações já fez? Luís Garcia - Realmente não tenho ideia! O último controle numérico que eu tinha, estava em aproximadamente 67.000. Isso há dez anos atrás. RS - Existem algumas técnicas que você prefere aplicar? Quais são? Luís Garcia - Isto depende da Perfuração! Eu uso diferentes técnicas dependendo do local. Eu trabalho bastante à mão livre com exceção do septo nasal. Ao meu ver, o importante é que o cliente tenha uma boa experiência, tranquila, rápida e para que a mesma saia perfeita como deve ser. RS - Em quantas lojas desse segmento você já trabalhou? Luís Garcia - Uncle Sams em Miami, Perforations em Washington D.C, Industrial Body Piercing em Washington D.C, Infinite Body Piercing na Filadélfia, y NoKaOi na Filadélfia, Body Work Productions em Cleveland, Piercology em Columbus, Body Factory em Trieste (Itália) e Indastria em Padua (Itália). RS - Como você enxerga a aproximação das grandes indústrias que confeccionam jóias juntos aos Perfuradores Profissionais? Luís Garcia - Eu confecciono algumas jóias para o meu uso e não industrializo! Se as empresas não trabalharem com Perfuradores, eles não serão capazes de alterar os seus produtos para serem cada vez melhores aos nossos clientes.
RS - Sabemos que é importante para um Perfurador Iniciante obter informações sólidas sobre este universo, considerando a banalização global dessas práticas por alguns aproveitadores que sem nenhum controle comercializam cursos e vendem DVD’S. Qual a mensagem que você deixaria aos interessados? Luís Garcia - Para um profissional piercer ser Coordenador desse segmento ele deve ter no mínimo 5 anos ininterruptos prestando serviço e uma boa convivência com outros colegas dessa atividade a qual, o coloque nessa posição. Deve estar atualizando-se constantemente para que estas informações sejam absorvidas e aplicadas aos seus pupilos ou participantes. Se este for responsável pela publicação de um vídeo não vejo problema algum! Fóruns relacionados a nossa prática também ajudam aqueles que procuram por informações. Lembrando que, nada na internet é cem por cento seguro! O importante é ter contato com outros Profissionais para colher opiniões diferenciadas antes de levar qualquer procedimento para o campo prático. RS - Qual o seu ponto de vista com relação a exposição técnica no canal do You Tube? Luís Garcia - O problema com vídeos no You Tube é que quase todos os exemplos são ruins. Eu tenho medo de ver esses vídeos! Eu entendo que os clientes colocam os vídeos que eles gostam e também alguns perfuradores. Mas eu não acho que eles entendam o que estão fazendo de ruim para a nossa indústria. Por exemplo, há alguns anos aqui nos EUA, tivemos um problema em relação a alguns legisladores ao assistirem os vídeos no You Tube. Eles viram que as pessoas estavam usando punch de biopsia para fazer a punção dérmica, e pretendiam colocar uma proibição de microdermais em várias cidades, porque aqui nos Estados Unidos, não se utiliza este dispositivo de punção. Legalmente, é de uso restrito. Tudo porque alguns “idiotas“colocaram vídeos no YouTube.
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RS - Quão importante é para você ser um membro da Association Professional Piercers? O que aprendeu nessa instituição e que lhe serviu de bagagem para sua carreira? Luís Garcia - É muito importante para mim ser um membro de APP. Tanto para suportar a nossa indústria ao nível global quanto, colaborar no sentido da segura educação dos nossos membros. Mesmo porque esta é a nossa missão como perfuradores profissionais. Eu aprendi e aprendo muitas coisas com os membros da entidade.Anualmente temos uma Conferência, já mencionada por Brian Skellie e dessa troca de experiência, consigo melhorar a minha pratica diária no local
onde presto serviço. Com isto, eu me mantenho numa posição privilegiada, com informações seguras e adequadas voltadas à este universo.
RS - Gostaria que deixasse aos Profissionais Piercers brasileiros uma mensagem. Luís Garcia - Que sigam aprendendo! Buscando Seminários Educativos para aprimoramento das técnicas novas, e principalmente, seguras. Mais na rede: fb.com/luis.garcia luisgpiercing.tumblr.com instagram.com/luisgpiercing
alguns trabalhos do LUÍS GARCIA
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[ STUDIO ]
Alliance Tattoo Shop
Compromisso com o cliente TEXTO E FOTOS Mariana Alcântara
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ecém inaugurado, o Alliance Tattoo Shop surgiu com a vontade da tatuadora Nina Bogo de ter o próprio espaço, facilitando a liberdade para suas criações e buscando novos desafios. A empreitada trouxe a tatuadora Brenda Gabriella, que junto com Nina compõe a equipe do um dos estúdios comandados apenas por mulheres na capital catarinense. De acordo com Nina, o nome Alliance veio do sentimento da tatuadora quando firma um compromisso com o cliente. Apesar de gostar muito de arte, foi apenas há dois anos atrás que Nina levou a sério a ideia de tatuar depois de uma amiga notar o quanto a tatuadora estava descontente com a faculdade que cursava. Depois de comprar um kit para dar os primeiros passos, Nina foi aprendendo aos poucos e identificou-se com o pontilhismo, que é a arte que trouxe o destaque para a tatuadora. “Também estou estudando bastante aquarela no papel pra aplicar na tatuagem”, conta. Já Brenda começou a tatuar por sempre ter sido encantada pelo universo da tattoo. “Após ter a oportunidade de fazer a primeira tatuagem, me joguei de vez nesse mundo. Busco conhecimento em todos os estilos até encontrar um que me identifique mais ou desenvolver meu próprio”, diz a tatuadora.
Mesmo com a pouca idade, Nina tem 21 e Brenda 19 anos, a dupla não se deixa intimidar pelo possível preconceito por serem mulheres tatuando e até enxergam uma vantagem neste aspecto. “Não faz muito tempo que a tatuagem deixou de ser marginalizada e passou a ser vista como arte, então as mulheres ainda estão conquistando seu espaço. As pessoas ainda esperam entrar num estúdio e ver homens barbudos ouvindo música pesada, num clima meio caverna. Por outro lado, é comum os clientes comentarem que “tenho mão leve”, provavelmente só pelo fato de ser mulher. Outro ponto positivo pra nós é que em tatuagens em locais próximos a partes íntimas femininas não há constrangimento”, explica Nina. Além das tattoos, o estúdio vende um kit aftercare, para maior comodidade do cliente. Além da pomada para os cuidados após a tatuagem, o pacote inclui tudo o que é necessário para higienizar a tatuagem e fazer o curativo até a cicatrização.
Alliance Tattoo Shop Rua Tenente Silveira, Ed. Apolo 199, sala 606 Centro (Florianópolis/SC) (48) 3012-3188 fb.com/AllianceTattooShop
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[ UNS RIFFS ]
Luka 89 FM
A Primeira dama do Rock
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TEXTO Diogo Dias FOTOS Lud Löwer uem costuma sintonizar a 89 FM em São Paulo, possivelmente já ouviu a voz da locutora Luciana Salomão, a Luka.
LT - Então Luka, conta como foi o seu primeiro contato com o rock... Luka - O meu primeiro contato com rock foi bem cedo. Eu ouvia muito som com minha avó. Ela tocava piano e eu comecei a estudar órgão e pirava em Jerry Lee Lewis, Booker T. & the M.G.’s. Foi um pulo para chegar a Chuck Berry, Little Richard. Depois dos meus 11 anos, eu já tava pirando nas linhas do Angus Young! Minha vida se dividiu entre antes do AC e pós DC (risos).
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A voz mais conhecida da Rádio Rock conversou com a Revista Lifestyle Tattoo sobre música, tatuagens, redes sociais, e claro, a sua maior paixão: o rádio.
LT - Como você fazia pra ouvir e descobrir novas bandas? Existia uma rádio de rock ou era tudo na raça mesmo, pegando disco com os amigos? Luka - Teve uma época que era tudo na raça, correndo atrás de vinil! Tem uma amiga minha, a Cris, que tem várias cartas minha da época em que eu morava na Praia Grande. Em todas elas, eu sempre citava algum disco que tinha descolado, sempre era alguma coisa de metal. Tanto que meu apelido nessa época era Lu Heavy!.
Mas eu lembro muito bem de que, quando entrou a Rádio Rock eu ficava pirando ouvindo aos domingos a noite o Comando Metal com o Walcir Chalas - fundador da Woodstock Discos, que se tornaria meu ponto preferido de São Paulo!
LT - Quando você pensou em se tatuar pela primeira vez? Foi “culpa” do rock? Luka - Eu sempre quis fazer 18 anos para morar sozinha e também poder fazer uma tattoo! Desde sempre quis fazer minha primeira, segunda, terceira, quarta e eterna para sempre todas tattoos pra sempre hehehe! LT - Quantas tatuagens você já tem? Já parou ou pensa em tatuar mais? Luka - Nunca contei quantas tattoos eu tenho. Péra...vou contar. São duas meia-mangas fechadas em cada braço, uma na perna e a das costas, que vai até pra baixo da bunda. Essa fiz com o Mario que tatua lá na Tattoo You. É isso, tenho só 4. Tá vendo? Preciso fazer mais! (risos). LT - Alguma de suas tattoos tem a ver com música? Luka - Tattoo tem a ver com esse universo, mas nenhuma em particular tem alguma associação direta com alguma banda. LT - O público te associa automaticamente com a rádio 89 FM. As pessoas reconhecem a sua voz quando você vai comprar pão, por exemplo? Luka - É muito louco isso, né? (risos). Se a pessoa é ouvinte, ela se liga! É muito legal! Uns falam na hora, outros acham que me conhecem de algum lugar e só depois percebem que na real conhecem a minha voz! Quando rola esse reconhecimento eu acho legal bagarai!
Detalhe do fechamento nas costas da locutora
LT - Você ficou bastante tempo fora do rádio. Com sua experiência e esse período olhando de fora, acha que a audiência se renovou? Luka - Rolou o pacote completo! Tem desde o ouvinte old school, até aquele que está chegando agora. Não importa se o cara ou a mina é ouvinte vintage ou faixa branca; só de ser alguém que curte o som e o trampo que a gente desenrola, eu já acho sensacional!
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LT - O que mudou em fazer rádio na era da internet? Luka - A aproximação e a resposta. É tudo muito mais rápido. Eu acho muito mais legal! Sou “A viciada” com A maiúsculo em redes sociais. Tô sempre de olho nos comentários da geral no Facebook, Instagram, Twitter e o que vier. Essa comunicação é de extrema importância. Eu sou total ouvinte dos ouvintes! LT - Você trabalhou com o Rick Bonadio enquanto a 89 FM esteve em hiato. Como foi estar do outro lado do mercado da música? Luka - Foi extremamente legal, útil, inesquecível, único e divertido! Um conhecimento inigualável. Trabalho duro, difícil, mas também muito gratificante e com pessoas que são até hoje de extrema importância na minha vida. Só tenho a agradecer.
LT - Quais seus maiores ídolos no rock? O que gosta de ouvir? Luka - Piro em AC/DC, Megadeth, Infectious Grooves, Skindred, Suicidal Tendencies, Buddy Holly, Buzzcocks, The Boys, Cypress Hill, The Who, Van Halen... LT - Pra encerrar: Tem planos para o futuro? Está pensando em projetos paralelos à rádio? Luka - Não! Tô mega focada na rádio! Se depender de mim fico aqui pra sempre (risos)!. Mais na rede: Luka - fb.com/lukasalomao Luka - instagram.com/lukalk 89 FM - www.radiorock.com.br
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LIFESTYLE TATTOO | ED.2 SET/OUT
LUKA EM AÇÃO NA
Da esq. para dir.: fotos da Luka gostôôôsa e do meeestre Thiago Deejay, no programa Ramona da Radio Rock. Juntos, fazem a locução de três programas na emissora paulistana
www.gellys.porextenso.com www.facebook.com/gellystatoo LIFESTYLE TATTOO | ED.5 MAR/ABR
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NA AGULHA
Diogo Dias
Diogo Dias é vocalista da banda Vapor e amante de boa música. A cada edição indicará uma banda que vale a pena ser ouvida. www.fb.com/vapor.sp.rock
Horace Green Mantendo o hardcore vivo e alto
Wander Willian
Depois da epidemia colorida do final dos anos 2000 empurrada pela goela pela indústria musical, muita gente ficou descrente no que o hardcore brasileiro poderia produzir. Com receio de dar um play em bandas novas, boa parte do público debandou. Mas no fim do ano passado ouvi o EP Sempre Melhor, o primeiro trabalho do Horace Green, e vi que os velhos fãs do hardcore true, podem voltar a ter esperanças. O Horace Green é formado por amigos que rodaram por importantes bandas do cenário nacional, como Paura, Fim do Silêncio, Galo Darve, entre outras. Depois de algumas mudanças na formação, decidindo entre uma ou duas guitarras, com integrante viajando pra gringa, e outros perrengues, os caras fecharam no clássico quarteto vocal, guitarra, baixo e batera e foram pra cima, gravando o já citado EP Sempre Melhor (2013) em vinil 7” pelos selos HeartsBleedBlue e Balboa Discos.
A novidade é que eles acabaram de lançar o segundo EP que chama-se Madeira, disponível digitalmente e também em CD. O disco que retoma a parceria com a Hearts Bleed Blue, também conta com a distribuição da SpiderMerch e do O Homem Coletivo. Uma turma que tem feito um trabalho bem bacana no cenário independente. Madeira é um compilado de 6 músicas que busca na velha tradição hardcore a levada agressiva, o vocal gritado, a ideia lançada pelas letras. Só que não soa como mais do mesmo. A timbragem do EP está impecável e é possível sacar que os caras tem uma identidade própria, um frescor necessário para empolgar aqueles que ainda tinham dúvida sobre a qualidade da nova produção hardcore do Brasil. Levanta a cabeça cara, o hardcore voltou!
Para ouvir: horacegreen.bandcamp.com/album/madeira fb.com/horacegreen
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CAUSOS E PÉROLAS
Sr. Geléia
Cesar Vaz ou simplesmente Sr. Geléia, é proprietário e tatuador do Studio Gelly’s Tattoo. Divide seu tempo no vocal da banda Trovadores de Bordel. A cada edição nos contará um causo ou peróla do que viveu nos stúdios. gellystatoo@gmail.com
Vamos falar de tintas e agulhas
proibidas
Vamos falar desta vez de algo mais burocrático, mas que interessa a todos. Hoje em dia, a profissionalização da tatuagem por meio da aprovação e controle dos materiais tem causado um tumulto nos pequenos, médios e grandes estúdios da cidade. Estabelecimentos de aplicação e venda de material do ramo são regularmente visitados por agentes da ANVISA e Secretaria de Saúde (Policia Civil) e existem proprietários sendo presos ou indiciados. O lado bom disso é que quanto mais controlado o material e com aprovação da ANVISA, cada vez mais consumidores se sentem seguros para fazer sua primeira tatuagem com toda esterilização e cuidado para evitar contaminações ou infecções. Assim como foi feito anos atrás com as instalações dos Estúdios de tatuagem: mesmo com a falta de manual oficial de procedimento em algumas cidades, a maioria dos profissionais elevaram as instalações e processos de esterilização e coleta dos materiais com as visitas de agentes da ANVISA. E também, leis que começaram a regulamentar o ramo, tornando nossos estúdios os mais controlados e profissionais do mundo nesse requisito.
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O lado triste disso é que controlam a segurança do material e recolhem imposto sobre ele, controlam a segurança de nossas instalações e recolhem imposto das empresas, mas, o mais importante que é reconhecer a profissão de tatuador e controlar os profissionais por trás de tudo isso, não é feito. Assim, nossas empresas são tudo de lojas de bijuterias a estabelecimentos de beleza, menos estúdios de tatuagem. Os profissionais sentem dificuldade com contas no banco, imposto de renda e benefícios. Receber informações oficiais referentes ao ramo é um problema sem um sindicato, bem como os direitos dos funcionários. Não existe um controle da formação mínima de um profissional para trabalhar ou abrir uma loja. Então seguindo a lei e pagando imposto qualquer um pode tatuar. O lado óbvio disso é que com todo esse controle e aumento do custo do material é para manter as instalações de acordo. Os preços de tatuagem vão aumentar mais ainda, se tornando um artigo de luxo para os clientes. Vários estabelecimentos vão fechar por conta dessa pressão fazendo só sobreviver os que tiverem mais estrutura ou que trabalhem escondidos, que vão
cobrar mais caro ainda pelo risco. E os que sobreviverem mesmo com esse aumento de preço, terão agendas infladas; que encarece o preço; ou fábricas de tatuadores;que diminui a qualidade; para atender a demanda que cada vez aumenta de pessoas querendo se tatuar. O lado sujo disso é que existe uma guerra em pleno curso de empresários fabricantes de materiais, jogando na mídia informações duvidosas de fontes de suspeitas, criando mais um pânico na cabeça dos clientes do que ajudando a melhorar a qualidade dos materiais. Jogando mais mitos num ramo cheio deles. Desde cores que dão doenças; a tintas que causam câncer; as agulhas proibidas como dano a saúde pública, que usam o mesmo material e processo de
esterilização das agulhas que recolhem imposto. Então paralelo a essa briga empresarial e toda preocupação de saúde, talvez também exista a intenção do governo em recolher mais imposto controlando a entrada de produtos estrangeiros, ou até taxando mais eles em beneficio de empresas nacionais. Bom, mas nesse assunto prefiro nem mexer. Não interessa a quem faz tatuagem. O que interessa a quem quer ficar na profissão a partir dessas mudanças é seguir as Leis, seja lá de onde conseguirem as informações do que é controlado ou como se deve fazer, mas devemos continuar a melhorar os processos e instalações em benefício do cliente, do reconhecimento e crescimento do ramo da tatuagem.
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AGULHADA
Brian Stecco
A cultura do
estupro Aqui estou mais um dia sob o olhar sanguinário do vigia, você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira dos fascistas. Mas nada impede de lutar e seguir em frente. Como estamos no mês de março e o que marca esse mês é o dia das mulheres, nada mais justo do que botar uma parcela do meu pensamento feminista no papel e tentar combater um pouco o domínio cultural machista no qual nossa sociedade é embasada. Achar que o machismo não é um dos pilares que sustentam o sistema é no mínimo fechar os olhos para o que acontece. Sustento meu argumento acima com um simples dado que constou no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2012: o índice de estupros no Brasil (sil sil) é maior que o índice de homicídios dolosos, 26,1 por 100 mil habitantes. Se estuprar não é a maior forma de machismo que existe e uma sociedade onde isso acontece não é machista, dois e dois deixaram de ser quatro. Isso por si só já é abominável. Pior fica quando a responsabilidade do ocorrido é transferida para a vítima. É a cultura do estupro. Segundo o dicionário Astolfo, pai dos reaças: Cultura do estupro: def.: expressão que categoriza o ato de responsabilizar a mulher que sofreu violência sexual jogando a culpa nas roupas que a mesma vestia ou no lugar que ela estava, ao invés de se educar o povo e procurar e punir o homem opressor que realizou tal ato. Mulheres tem o total de direito de se vestirem como quiserem e de ir aonde tem vontade à qualquer horário sem correrem o risco de serem violentadas. E na boa, essa discussão nem deveria existir. Essa realidade não deveria existir.
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Há um tempo, o governo do Estado de São Paulo tinha um projeto de lançar uma cartilha de medidas anti-estupro. Nela, ao invés de mostrar que o estupro é inaceitável e que estupradores devem ser severamente punidos, essa dizia que a responsável para evitar o abuso era, pasmem, a vítima. O Estado se omite, a polícia, bem, é a polícia e a sociedade aceita e propaga discursos midiáticos que tratam o abuso sexual dessa forma. E ainda assim tem gente que fala que feminismo é igual ao machismo. Eu nunca soube de nenhuma morte, nenhuma agressão, nenhuma violência causada por ideologias feministas. O que acontece é que quando uma pessoa é feminista, isso tá bem claro em sua cabeça e suas atitudes são embasadas nisso, já o machismo às vezes passa despercebido pelo “praticante”. Existem pessoas extremamente machistas que não se consideram como tal e acham que nada disso de fato existe. E pra você que diz que as feministas são um bando de mal comidas, conta aí pra gente quem foi que te comeu tão bem pra você ser tão machista?
Clique Aqui para acessar o vídeo Oppressed Majority - youtube.com/V4UWxlVvT1A
AGENDA
Com barulho de maquininha ou não. As dicas para você curtir o melhor rolê! EXPOSIçÕes MAXI COHEN
CONVENÇÕES DE TATTOO 1º RP Tattoo Fest
11, 12 e 13 de abril Avenida Alberto Andaló, 2769 São José do Rio Preto (SP) fb.com/1º-RP-Tattoo-FEST 2ª ExpoTattoo Caruaru LADIES ROOM AROUND THE WORLD - MAXI COHEN
A fotógrafa americana Maxi Cohen traz fotos do interior de toaletes femininos ao redor do mundo. As imagens foram registradas entre 1978 e 2011 e há 19 delas na exposição. De segunda à sexta das 10:00 às 20:00 e aos sábados das 11:00 às 14:00 . De 26/02 a 26/04. Rua Joaquim Floriano, 711 - 2º andar Itaim Bibi - São Paulo (SP) (11) 3704-6268 www.galerialume.com.br
Tattoo Show RS 2014
ARTES PELOS DIREITOS ANIMAIS
12 e 13 de abril Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 301 Porto Alegre (RS) www.netotattoo.com
O Espaço Surya, que é o único spa vegano do País, traz 25 obras de 15 artistas do Brasil e do mundo que buscam sensibilizar quanto à importância dos direitos dos animais. De terça à sábado das 10:00 às 18:00. De 31/01 a 31/03. Rua Doutor Fabrício Vampré, 232 Vila Mariana - São Paulo (SP) (11) 5084-2591 fb.com/EspacoSurya
BH Tattoo International Convention
25, 26 e 27 de abril Rua Guajajáras, 1022 Belo Horizonte (MG) fb.com/bhtattoo Oeste Fest Tattoo 2014
03 e 04 de maio Rua Francisco Real, 365 Rio de Janeiro (RJ) fb.com/Oeste-Fest-Tattoo
LIFESTYLE TATTOO | ED.5 MAR/ABR
ANNICK HUBBER
12 e 13 de abril Av. Agamenon Magalháes, 444 Caruaru (PE) fb.com/events/3605...
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