Lilica & Tigor #11

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11 agosto | outubro 2013

A primavera vem aí! Hora de sair toda estampada, colorida e delicada

SONHO MEU As incríveis histórias que a gente inventa quando dorme

EM NOME DOS FILHOS Os pais que vão para a rua mudar a praça, o bairro – e o mundo

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EXPEDIÇÃO AMAZÔNIA

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EDITORIAL

A primavera vem aí! Hora de sair toda estampada, colorida, e delicada

SONHO MEU As incríveis histórias que a gente inventa quando dorme

EM NOME DOS FILHOS Os pais que vão para a rua mudar a praça, o bairro – e o mundo

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CAPA Foto Tavinho Costa, styling Letícia Toniazzo, cabelo e maquiagem Flávio Lacerda (Capa MGT), modelos Lila Guidoni (Vogue) e Nicole Brasil (Vogue)

Admirável mundo novo gente tem sorte. Viver tão de perto o universo das crianças nos coloca no lugar que se convencionou chamar de “fora da zona de conforto”. Não falo das noites maldormidas, dos desafios sem fim à nossa paciência e flexibilidade, da repetição eterna de um filme ou da música preferida – quem disse que é fácil? Estava pensando mais em como, nesse dia a dia que você conhece muito bem, invariavelmente nos vemos desprotegidos, no melhor sentido da palavra. Sim, porque estar desprotegido é estar em alerta, de olhos e ouvidos atentos, aberto ao novo e ao inesperado. Conviver com esses pequenos desbravadores do mundo é viver um pouco como eles. Não há respostas prontas para as questões que aparecem quando somos absorvidos pela curiosidade, pela imaginação, pelo espírito aventureiro cotidiano de uma criança. Por uma questão de sobrevivência – não só delas, em um nível mais básico, mas também nossa, como pais, tios, avós, padrinhos etc. —, somos obrigados a ser criativos. Não fosse por essa inquietação permanente, fruto dos intermináveis “por ques”, talvez já tivéssemos sido engolidos pelo desconhecido. As novas coleções de verão de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre têm muito a ver com isso. Em parte porque nossa inspiração se deixou levar pelo imaginário dos exploradores e pelo fascínio despertado pela imensidão de nossas florestas, mas principalmente porque a gente entende a moda como um equipamento básico para ajudar as crianças a afirmar sua individualidade e a desbravar o mundo com segurança. Aproveito para agradecer aqui a colaboração de um companheiro fiel ao longo desses quatro anos de aventura. O chef Benny Novak, pai de Sofia, Fernando, André e Gabriel – e do Ici Bistrô, que ganhou recentemente a “irmã” Ici Brasserie, em São Paulo —, se despede nesta edição da coluna que assinava sobre a nem sempre tranquila relação entre as crianças e a comida saudável. Muito obrigada, Benny. Aprendemos muito com você.

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Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Presidente Giuliano Donini Diretor Corporativo de marcas Marcos Ribeiro Gomes Coordenação e Consultoria de Relacionamento Rafaela Donini www.lilicaetigor.com Editor Paulo Lima Diretor Editorial Fernando Luna Diretora de Criação Ciça Pinheiro Diretor Financeiro Agenor S. Santos Diretor de Núcleo Tato Coutinho Conselho Editorial Giuliano Donini, Rafaela Donini, José Henrique Falbo, Graziela Della Giustina e Andreza Steffens (Marisol); Paulo Lima, Fernando Luna, Carlos Sarli e Ciça Pinheiro (Trip) Diretora de Redação Ana Paula Orlandi Diretora de Arte Kiki Saraiva Projeto Gráfico Paula Carvalho Produtora Executiva Mayra Ometto Pesquisa de Imagens Coordenação Aldrin Ferraz Bibliotecário Daniel Andrade Estagiárias Nataly Rodrigues e Gabriela Lie Revisão Coordenação Ecila Cianni Revisoras Janaína Mello, Adriana Rinaldi e Marcos Visnadi Produção Gráfica Walmir Graciano Produtor Gráfico Júnior Cleber Trida Pré-impressão Roberto Longatto e Roberto Oliveira Assistente de Tráfego Comercial Aline Trida Inteligência & Planejamento Assistente Jessica Oseki Departamento Comercial Diretora de Publicidade e Circulação Isabel Borba iborba@trip.com.br Assistente Comercial da Diretoria Gabriela Trentin gabi.t@trip.com.br (11) 3898-8227 Supervisora de Projetos Especiais e Planejamento Comercial Ana Carolina Costa Oliveira Assistente de Marketing Publicitário e Arte Fabiana Cordeiro fabicordeiro@trip.com.br Gerentes de Contas Flavia Marangoni flavia.maragoni@trip.com.br, Paulo Paiva paulo. paiva@trip.com.br e Roberta Rodrigues ro@trip.com.br Executivos de Contas Marcelo Milani milani@trip.com.br Gerente de Contas On-line Marco Guidi marco.guidi@trip.com.br (11) 3898-8342 Executiva de Contas On-line Fernanda Siqueira fernanda.siqueira@trip.com.br Para Anunciar publicidade@ trip.com.br (11) 3898-8227 Representantes INTERNACIONAL International Sales: Multimedia, Inc. (USA) info@multimediausa.com +1-407-903-5000 ARGENTINA Roberto Rajmilevich rra@ar.inter.net (54 011) 4961-5210 BA Romário Júnior romário@upmidia.info (71) 9105-5155 DF Alaor Machado alaormachado@A2representacao.com.br MG Rodrigo Freitas rodrigobox@me.com (31) 9421-6777 PE Wladmir Andrade wladmir.recife@omegamidia.com.br (81) 3465-4479 PR Raphael Muller raphaelmuller@consultoriaresultado.com.br (41) 7813-7395 RJ Juliana Rocha juliana.rocha@gsbmidia.com.br (21) 3022-0110 RJ (Trip e Tpm) X² Representação alexandralibero@gmail.com (21) 3177-1510 RS/SC Ado Henrichs ado@trip.com.br (51) 3028-6511 SE Pedro Amarante pedroamarante@gabinetedemidia.com.br (79) 3246-4139 SP Interior Daniel Paladino dpaladino@ld2comunicacao.com.br (11) 83840008 Coordenadora de Marketing Nancy Minervini Assistente de Arte Natalia Coelho Projetos Especiais e Eventos Diretora Ana Paula Wehba Coordenação Regina Trama Assistentes Pedro Toledo e Mariana Beulke Editora de Arte Ana Luiza Pereira Trade e Logística Diretora Daniela Basile Gerente de Circulação Adriano Birello Coordenadora de Assinaturas Andrea Fernandes Estagiária de Assinaturas Amanda Augusto Assistente de Circulação Vanessa Marchetti Coordenadora de Assinaturas Andrea Fernandes Analista de Trade Renata Vilar Novos Negócios Digitais Gerente Izabella Zuanazzi izabella@trip.com. br Projetos Digitais Diretor de Arte Beto Macedo betomacedo@trip.com. br Editores de Arte Debora Andreucci e Diego Maldonado Assistente de Arte Julia Vargas Colaboraram nesta edição Editora Teté Martinho Editora Assistente Liana Mazer Texto Camila Alam, Greice Costa, Heloísa Vianna e Lígia Nogueira Editora de Arte Luciana Soga Assistentes de Produção Erick Heidan Stylist Letícia Toniazzo Fotografia André Klotz, Anna Fischer, Carol Quintanilha, Claus Lehmann, Daniel Aratangy, Eduardo Delfim, Erika Verginelli, Ilana Bessler, Kiko Ferrite, Nino Andrés, Paula Brandão, Renata Ursaia, Tavinho Costa e Xico Buny Ilustração Rodrigo Visca e Kiki Saraiva Tratamento de Imagem Regis Panato (Photouch) Cabelo e Maquiagem Vanessa Barone, Juliane Oliveira, Flávio Lacerda e Patrick Pontes Produtora de Objetos Paola Abiko Colunistas Benny Novak, Clarice Reichstul, Helio Schwartsman, Juva Batella, Marcello Araújo, Maria Ercília Galvão Bueno, Odilon Moraes, Ricardo Calil e Taciana Barros LILICA&TIGOR é uma publicação da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Redação e Publicidade: Caixa Postal 11485-5, CEP 05422-970, São Paulo, SP. Tel.: (11) 2244-8786/8797. www.tripeditora.com.br

Um beijo, Rafaela Donini e equipe Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre Impressão Log&Print Gráfica e Logística S.A. LILICA&TIGOR é uma publicação da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Redação e publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970, São Paulo, SP. Tel.: (11) 2244-8786/8797. www.tripeditora.com.br

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COLABORADORES

6 3 1 4 9

2 7 5 1 LÍGIA NOGUEIRA Jornalista paulistana, fez a matéria “Tudo nosso”. Qual o sonho mais maluco que você já teve? “Viajar de foguete e conhecer outras galáxias.”

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7 ANNA FISCHER Estudou publicidade, mas gosta é de fotografar. Fez as fotos de “Lição de casa”. Quem é seu melhor amigo? “Meus irmãos Eduarda e Alexandre.”

3 PAULA BRANDÃO Nasceu em São Paulo e trabalha como fotógrafa. Fez as imagens das matérias “Conquista do espaço” e “Melhores amigos”. Qual o sonho mais maluco que você já teve? “Quando criança, sonhava voar.”

8 CAMILA ALAM É jornalista e nasceu em Rio Branco (Acre). Escreveu “Os superamigos”. Quem é seu melhor amigo? “A companhia de todas as horas é Lennon, meu cachorro maltês.”

4 GREICE COSTA Jornalista, nasceu em São Paulo e tem um filho, João, 4 anos. É dela a matéria “Lennon & McCartney”. Quem são seus melhores amigos? “Nina, Duda, Jorge, Maria, Theo, Dora, Valen, Fê.”

9 ANDRÉ KLOTZ Nasceu em São Paulo. São dele as fotos da matéria “Tudo nosso”. Quem é seu melhor amigo? “Meu irmão mais velho, Jorge (mentira, ele é mais novo!).”

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7

6 ERIKA VERGINELLI É fotógrafa e nasceu no Rio. Assina as imagens de “Sem GPS”. Quem é seu melhor amigo? “Meu marido, meus filhos, meus pais, minha irmã, meus sogros e minha cunhada.”

2 RENATA URSAIA É fotógrafa e nasceu em São Paulo. Fez fotos para “Em nome dos filhos”. Qual o sonho mais maluco que você já teve? “Eu morava numa cidade pendurada. Só se andava de trapézio de circo.”

5 RODRIGO VISCA É ilustrador e artista plástico. Ilustrou os stills de moda. Quem é seu melhor amigo? “Tenho três: minha mulher e minhas duas filhas.”

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Perigo! Dinossauros! Os desenhos espalhados por esta edição são do Bernardo Macieira Machado. Ele tem 6 anos e estuda na escola Ipê Amarelo, em Lagoa Santa ((MG).) No sonho mais maluco que já teve (dos que ele se lembra, claro), encontrou um monte de dinossauros no parque.

10 HELÔ VIANNA É formada em letras e trabalha com comunicação. Escreveu “Em nome dos filhos”. Qual o sonho mais maluco que você já teve? “Eu pulava sobre os fios dos postes como se fosse uma cama elástica.”

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PRATELEIRA

ON-LINE Conheça os destaques e as novidades do portal www.lilicaetigor.com.br, como o lançamento do Clube Lilica&Tigor, feito sob medida para crianças

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PLAYGROUND Casas voadoras, bichos com roupa de gente, acampamento para roqueiras, a luminária que tem pernas, a família que mora numa Kombi, a máquina de fazer cinema: o que há de novo e divertido para ver, ouvir e fazer com as crianças

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Música

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por Taciana Barros

Quando o mundo ficar barulhento, ouça o silêncio

Comida

por Benny Novak

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Em vez de brigar, vamos dar opções às crianças?

Mundo digital

por Maria Ercília

19

Por que a tecnologia é demais para a cabeça da mãe?

Cinema

por Ricardo Calil

20

Os pais mudaram, mas o cinema não acompanhou

Livros L

por Odilon Moraes

23

Por que a literatura infantil envelhece mal

Estilo E

12

por Clarice Reichstul

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Por uma roupa que estique junto com as crianças

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ENQUETE Qual o sonho mais maluco que você já teve?

DECORAÇÃO 8

42

As incríveis histórias que a cabeça da gente inventa quando dormimos

Conquista do espaço

44

Um casal com filhos troca seu apartamento por uma casa e descobre que a vida ficou mais divertida

CONEXÕES Os superamigos

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Por causa de sete crianças que não se desgrudam, seis mães descobrem assuntos e interesses comuns

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VIAGEM Férias para todos

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Resorts e hotéis-fazenda podem ser uma ótima ideia para quem viaja com os filhos, mas não quer saber de férias padronizadas

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62 MODA Tendências 28 Meninas

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Turma

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Bebês

90

Meninos

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Tropicália

114 A primavera chegou e as flores estão em todos os lugares, até subindo pelas paredes

“Achei que ia ficar esquisito deixar os carrinhos trancados. Então liberei uma parte. Brinquedo é pra brincar mesmo. Quebrar faz parte.” Rodrigo Leão, 40 anos

COMPORTAMENTO Pais & filhos É TUDO NOSSO Pais que colecionam

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brinquedos contam que compartilhar seus tesouros com as crianças vale muito a pena

Vivendo e aprendendo

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PERMISSÃO PARA BAGUNÇA Três ideias

de cabaninhas para transformar a casa ou o jardim no cenário de uma aventura

Infância LENNON & MCCARTNEY Seis crianças contam

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quem são, como conheceram e por que gostam tanto de seus melhores amigos

84

Comunidade

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EM NOME DOS FILHOS Histórias de pais que se inspiraram nas crianças para batalhar por melhoras em seu bairro ou cidade

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COLUNAS O pai doméstico

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Como o “iscáipe” salvou um pai e uma filha de uma saudade dolorida

Os meus, os seus e os nossos

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Matar bichos para comer sua carne é legal? E usar a poupança das crianças?

Frase da infância

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A atriz Maria Ribeiro conta como tentou dar um perdido nos irmãos

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Quer que eu desenhe?

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Sonhos, monstros que comem sonhos e desculpas para não dormir

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DIGITAL

ON-LINE

FIQUE LIGADO!

A página da Lilica&Tigor no Facebook já tem mais de 50 mil fãs! Acesse para compartilhar nossas novidades! www.facebook.com/LilicaeTigorBR E você já sabe: para encontrar todo o conteúdo de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre – a nova coleção ç das duas marcas, editoriais de moda, além de conteúdo www.lilicaetigor.com.br do extra – visite o nosso portal www.lil

O clube Lilica&Tigor acaba de ser lançado e está repleto de novidades! São jogos, vídeos e brincadeiras inéditas para as crianças. Basta acessar o site e seguir as instruções para o cadastro: www.lilicaetigor.com/clube.

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SOM NA CAIXA Vem aí um concurso de dança criado sob medida para crianças. Além de se divertir, o pequeno bailarino que você tem em casa poderá conquistar prêmios como kits de roupas e acessórios Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, um iPod e até mesmo um iPad 3. Mais informações em breve.

SALVADORES DA PÁTRIA Os aplicativos para crianças estão cada vez mais criativos e evoluídos. Conheça boas opções para iPad e smartphones.

Vivendo na Kombi Como criar um filho de 7 anos viajando por estradas mundo afora? Saiba de cinco curiosidades dessa família que escolheu um estilo de vida nada convencional.

SEM GPS Que criança não gosta de aventura? Nosso editorial de moda é baseado nos desbravadores mirins, que, munidos de binóculos, cordas e lanternas, vão em busca de grandes descobertas. Assista ao making of.

facebook.com/lilicaetigoroficial

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Fotos: divulgação e Carol Quintanilha/divulgação (Mamusca)

TÍTULO KIKI SARAIVA

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QUERIDA CLEMENTINE O jeito de vestir da filha Clementine, 11 anos, é o tema predileto da ilustradora nova-iorquina Jennifer Williams, que posta seus lindos desenhos diariamente no blog What my daughter wore (whatmydaughterwore.blogspot.com.br). “Amo crianças, amo desenhar e, como Clementine, amo roupas!”, explica. Mãe em tempo integral desde o nascimento de Whit, 13 anos (ela tem também Paco, 21), Jennifer vive com o marido e os filhos mais novos no Brooklyn e trabalha com lápis de cor a partir de fotos. “Desenho as crianças desde que nasceram”, conta. “Todos são lindos, mas Whit só usa jeans e camiseta e Paco é músico e antimaterialista: só tem duas calças e três camisas.”

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MULTIDIVERTIDO O Mamusca, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, é um espaço divertido e multiúso para pais e filhos. Grandes e pequenos podem curtir juntos salas cheias de livros e brinquedos; as crianças podem participar de oficinas de música ou culinária enquanto os adultos almoçam, tomam café ou checam seus e-mails, usando a rede wi-fi; e mães e pais podem fazer aulas de ioga, flamenco e outras coisas enquanto brincadores divertem as crianças. Os preços são cobrados por período e a programação muda toda semana. Para saber mais: www.mamusca.com.br.

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Moda animal Como se vestiriam uma arara ou um elefante, se fossem humanos? O artista espanhol Yago Partal responde com os Zooportraits, inusitados retratos de animais vestidos com roupas estilosas. “Estou surpreso e feliz com o sucesso das gravuras. Elas despertam a curiosidade das pessoas”, diz Partal, que já trabalhou com Pedro Almodóvar. As gravuras podem ser compradas no site www.zooportraits.com.

*“Só bicho esquisito. Golefante, zumbra, melesquito”

Fotos: divulgação Foto do livro: Xico Buny

MUNDO DE PAPEL

Se minha casa voasse Em um de seus inúmeros passeios pelo subúrbio de Paris, o fotógrafo francês Laurent Chehere teve um lampejo. “Queria destacar a beleza escondida de algumas daquelas construções que via pelo caminho”, conta. Com o processo de fotomontagem, Chehere levou-as ao céu, criando curiosas imagens que podem ser vistas em seu site www.laurentchehere.com. “Tentei tirá-las do anonimato das ruas e ajudá-las a contar suas histórias, reais ou imaginárias, tristes ou engraçadas”, tenta explicar. As imagens das Flying Houses (casas voadoras, em português) têm sido expostas em vários países e vão virar livro em breve.

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Um dos designers mais importantes do século 20, Irving Harper criou móveis e eletrodomésticos que se tornaram ícones da estética retrô-futurista dos anos 1950. Quando voltava para casa, Harper se dedicava a criar incríveis esculturas de papel. O livro Irving Harper: Works In Paper (à venda no site www.livrariacultura. com.br, com preço sob consulta) reúne exemplos dessa vistosa produção, que inclui animais, máscaras e outros objetos.

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Os poemas em destaque nesta edição são do livro Luas (editora Global), com texto e desenhos de Eva Furnari.

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PLAYGROUND

Música TACIANA BARROS, AOS 3 ANOS

ACAMPAMENTO MUSICAL Criado nos Estados Unidos, o acampamento diurno Girls Rock Camp aposta no rock como instrumento para estimular cidadania e criatividade entre meninas. A primeira edição brasileira aconteceu em janeiro passado em Campinas (SP) e reuniu 60 meninas de 7 a 17 anos para cinco dias de imersão musical: além de aulas de instrumento, voz e “atitude” roqueira, elas formaram bandas e se apresentaram umas para as outras. “Fiquei nervosa pra caramba, mas na hora foi muito legal”, conta Rebeca, 11 anos, que participou com a irmã Abigail, 7 – ambas são filhas da produtora Alexandra Briganti. Para se informar sobre a próxima edição, que acontece em 2014 (data a definir), acesse o site www.girlsrockcampbrasil.org. 14

“Gente aluada carrega na mala noite estrelada” Dois em um Especializada em recriar brinquedos clássicos com uma pegada moderna, a empresa sueca Acne Jr. teve uma ótima sacada: criou este lindo tambor de metal que é também uma lata para guardar coisas. A Trumma custa US$ 35,59 e vem com duas baquetas de bambu. Está disponível em três opções de cor no site www.acnejr.com.

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Vivemos num tempo barulhento. Vai chegando o fim de semana e os decibéis aumentam. No sábado à noite parece que as pessoas gritam para se comunicar, fora o barulho dos carros e a poluição sonora da cidade grande. As variações na intensidade do som são o que deixa um show ao vivo mais bonito. E, falando em música, só João Gilberto, quando canta, produz mais silêncio do que o silêncio em si. Quando meus filhos eram pequenos, além de contar histórias e cantar pra eles no escurinho do quarto, desenvolvi uma brincadeira calmante: ficar ouvindo o som da noite. Uma moto que passa, o caminhão do lixo, um cachorro latindo, grilos, risadas, uma música láááááá longe, as folhas no vento, passos, nossa respiração. Ouvir um CD e falar dos instrumentos, reproduzir com a boca o som do baixo, da bateria, ajudam a criança a entrar na música. Mas claro que não na hora de dormir! A audição a gente desenvolve. Já contei pra eles minha técnica: quando estou no meio de gente que fala alto, procuro uma frequência mais baixa, que ninguém esteja usando, e falo por ali. Assim me escutam melhor. Quem grita no celular esquece que pode se ouvir pelo outro ouvido, e não pelo sonzinho do celular na orelha, porque nessa orelha tem a voz misturada com os outros sons que o celular capta. Se alguém fala comigo tão alto que me incomoda, respondo mais baixo, para entrarmos em outra frequência. Porque som demais também cansa.

Taciana Barros é integrante da banda Pequeno Cidadão, com Edgard Scandurra e Antonio Pinto. É mãe de Daniel, 25 anos, e Luzia, 12

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação

Ouça o silêncio

Rebecca (de camiseta dos Rolling Stones) com sua banda, Summer Paradise, no Rock Camp

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Fotos: divulgação Fotos dos livros e origami: Xico Buny

NOTAS DELICADAS Tudo começou há dez anos, quando o norte-americano Shawn James Seymor resolveu fazer experimentações sonoras de madrugada, no pequeno apartamento que dividia com a então namorada (hoje esposa), Yoshimi Tomida, em Nagoya, no Japão. Para não acordá-la, Shawn procurou fazer sons mais suaves, usando como referência o álbum Soothing Sounds for Baby (1964), de Raymond Scott, considerado um pioneiro da música eletrônica. A inspiração funcionou tão bem que o propósito de ninar a namorada foi logo por água abaixo. “Fiquei tão animado com o resultado que acordei Yoshimi logo na primeira noite”, conta o músico. Hoje, o casal, pai de Niko, 4 anos, e Nina, 6 meses, forma a dupla Lullatone (o nome vem da palavra lullabie, canção de ninar, em português). Já lançaram 11 discos e preparam quatro novos EPs, um para cada estação do ano. “O EP de verão está ficando bem legal”, diz Shawn. “Gravamos vários sons de pessoas pulando na piscina!”

DOBRANDO PAPEL Quando era criança em Santos (SP), na década de 1930, o engenheiro Paulo Palma viu seu primeiro origami. Desde então vem se dedicando à milenar arte japonesa de fazer dobraduras. Com essa cancha, Paulo acaba de lançar pela editora Artliber o livro O be-a-bá do origami, com apresentação da artista plástica Tomie Ohtake e do estilista Jum Nakao. O livro ensina aos iniciantes como fazer mais de 60 figuras. Custa R$ 120 no site da rede Livrarias Curitiba (www.livrariascuritiba.com.br).

UM RIO PARA OS PAIS Para futuros roqueiros “Esse moço é um dos cantores mais incríveis que o rock já conheceu. Ele tem olhos de duas cores, um é castanho e o outro é azul. Ou seja, ser diferente também é muito legal! E devemos respeitar as diferenças.” O texto se refere a David Bowie e revela a pegada do livro Rock para pequenos (edições Ideal), que pretende apresentar roqueiros ilustres para as crianças, sempre com dicas educativas. Escrito pela blogueira paulista Laura D. Macoriello (na foto, com a filha Olívia, 3 anos) e ilustrado pelo mineiro Lucas Dutra, custa R$ 39,90, na livraria Martins Fontes, tel. (11) 2167-9900, em São Paulo.

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A Agendinha carioca, de Antonia Leite Barbosa, é um guia descolado de endereços e serviços bacanas para quem está começando uma família na cidade – como ela própria. Lista desde professores de ioga para gestantes até fotógrafos que produzem ensaios especiais com bebês, de brechós infantis a psicólogos e festeiros. Custa R$ 79,90 no site www.editorasenacsp.com.br.

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PLAYGROUND

DIA dos

PAIS

De igual para igual

PARA O SURFISTA CARLOS BURLE, PAI TEM DE SER AMIGO. COM O FILHO RENO KAI, ELE APRENDEU A IMPORTÂNCIA DE COMPREENDER O MUNDO DO PONTO DE VISTA DA CRIANÇA

POR LIANA MAZER RETRATO ANNA FISCHER

os 45 anos, Carlos Burle é um dos mais renomados surfistas de ondas gigantes do mundo. O big rider sua a camisa para acompanhar o pique do filho Reno Kai, 3 anos. “Ele tem muita energia. Toda hora quer brincar de lutinha, correr, nadar, pedalar. Precisa ter saúde!”, diverte-se. “Mas vale a pena. Quero que ele lembre desses momentos. É quando realmente nos conectamos.” Pai e filho convivem bastante, mesmo com as viagens frequentes de Burle e as gravações do programa Desejar profundo, que mostra sua rotina de treinos e competições no canal pago Off. Os dois tomam café da manhã juntos (adoram suco de cenoura com maçã), o pai leva o filho para a escola de bicicleta, e os dois voltam a se reunir no jantar. “Para educar uma criança, você tem de ser amigo”, diz o surfista. “Tem que dar limite, bons exemplos, claro. Mas, para fazer a criança te entender, precisa mostrar que você entende o mundo dela. Aprendo isso todo dia com o Reno.” O garoto também acompanha o pai em suas temporadas anuais de ondas no Havaí. O que aprendeu lá? “Aloha”, conta Reno. A saudação também expressa afeto e compaixão.

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Carlos Burle e o filho Reno, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

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Comida BENNY NOVAK, AOS 5 ANOS

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação

Na mesa, sem estresse Um sonho de consumo dos pais é ver os filhos comerem direito. Ou seja: de forma saudável, com mais legumes, verduras e frutas do que refrigerantes, doces, frituras e outras tentações deliciosas. Mas um monstro se esconde nesse “comer bem”: o estresse que ameaça pais e filhos na hora das refeições. De um lado do ringue, a criança fazendo bico, jogando a comida no chão, dando escândalo; do outro, cansados de um dia cheio de pepinos de trabalho, os pais. Sua preocupação demonstra amor, mas pode gerar discussões e sentimentos de rejeição. Com vasta experiência no assunto, percebi que a minha angústia por achar que meus filhos não comeriam direito deixava-os mais ansiosos. Então adotei a política do respeito. Quando eles não querem comer, eu respeito, mostro que acredito. Ofereço coisas diferentes, e deixo que escolham, dentro dessa variedade, o que querem colocar no prato. Deixo que montem seu prato, que interajam com a comida e com o momento. Também tento e faço de tudo para que todos comam juntos, porque acho que a hora da refeição é extremamente delicada e importante na relação entre pais e filhos. Cuidar da alimentação deles sem estresse e com respeito foi a fórmula que me levou ao sucesso nessa batalha.

Pai da Sofia, 10 anos, do Fernando, 8, e dos gêmeos André e Gabriel, 4, o chef Benny Novak é dono do Ici Bistrô e de outros restaurantes em São Paulo

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As águas vão rolar Robôs, bichos, monstros e extraterrestres estampam a linha de moringas da marca paulistana Jödja. Feitas de porcelana, elas têm ajuste para as mãos e bico desenvolvido para não deixar que a água escorra. Cada peça custa R$ 99 na loja virtual www.jodja.com.br.

“Barriga com semente dá pé de gente?” FOME DE APRENDER Usar aulas de culinária para ensinar um pouco de história e cultura brasileiras a crianças e adolescentes – e aproveitar para estimulá-los a fazer escolhas saudáveis na mesa. Essas são as propostas do projeto Caçarola (www.minhacacarola.com.br), que realiza oficinas de culinária em escolas, festas infantis e até em encontros de família. A iniciativa é da chef Adriana Vasconcelos Mac Dowell.

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PLAYGROUND

FAÇA ARTE

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De cores vibrantes e formas geométricas variadas, as 122 cartas de papel e os 50 conectores do jogo de montar Paolo permitem criar seres, objetos, prédios malucos e cidades inteiras que parecem obras de arte. Da marca alemã Remember, o jogo é sucesso em lojas de museu no mundo inteiro. Custa R$ 359, sem o frete, na loja virtual O Segredo do Vitorio (www.osegredodovitorio. com), que entrega em todo o Brasil.

Crianças de Vitória (ES) brincam de gangorra com tronco de árvore

MAPA DO BRINCAR

PELO BRASIL

Item de estimação Materiais naturais e bom humor definem as criações do estúdio de design tailandês Pana Objects. É o caso da Frank, uma luminária de madeira que mais parece um cachorro. “Nossa inspiração veio do prazer de ter um bichinho de estimação brincando ao seu redor”, diz Thitirat Sae Lim, porta-voz do grupo. A peça custa US$ 95 (sem o frete) no site (www.pana-objects.com), que entrega no Brasil.

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NA FESTA DAS CARETAS DE BORRACHA EM ACUPE, NO RECÔNCAVO BAIANO, AS CRIANÇAS CUSTOMIZAM MÁSCARAS DE CARNAVAL

EM SÃO PAULO E NAS CIDADES GRANDES, AS CRIANÇAS BRINCAM PRINCIPALMENTE DENTRO DO QUARTO, COM BRINQUEDOS INDUSTRIALIZADOS, COMO LEGO

NO INTERIOR DO BRASIL, OS MENINOS AINDA CAÇAM PASSARINHO COM ESTILINGUE E ARAPUCA

AS CRIANÇAS DA TRIBO INDÍGENA PANARÁ, NO XINGU, BRINCAM COM TUDO: DO FOGO A BICHOS MORTOS

Fotos: divulgação

“Quem tem pés de coração detesta pisar o duro do chão”

Em abril de 2012, a educadora paulista Renata Meirelles e o marido, o documentarista David Reeks, deram partida no projeto Território do Brincar, um trabalho de pesquisa sobre a cultura da infância e sua expressão mais genuína. Na companhia dos filhos Sebastião, 5 anos, e Constantin, 4, o casal embarcou em uma viagem de dois anos pelo Brasil para pesquisar e registrar – com filmes, fotos e textos – o cotidiano e as brincadeiras de crianças de diferentes comunidades. Desde então, a família, radicada em São Paulo, já passou por Maranhão, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pará. “A criança brasileira ainda brinca bastante, mas as formas de brincar são as mais diversas possíveis pelo Brasil”, diz Renata. “As brincadeiras das crianças paulistanas são muito verbalizadas, talvez reflexo do grande acesso à informação. No interior, as brincadeiras são mais gestuais e físicas.” Apoiado pelo Instituto Alana, o projeto chega ao fim em fevereiro de 2014 com uma extensa programação, incluindo exposição itinerante e longa-metragem.

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Mundo digital TRAÇO MÁGICO MARIA ERCÍLIA, AOS 7 ANOS

Com a ajuda dos aplicativos abaixo, para smartphones e tablets, fica fácil desenhar com a ponta dos dedos. Diversão garantida para filhos e (por que não?) pais!

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação

Cérebro de mãe Virei oficialmente uma mãe, daquelas que nunca sabem como usar direito o controle remoto e pedem ajuda ao filho para decifrar as traquitanas domésticas. Juro! Eu, que sempre fui a fuçadora-mor de casa, do trabalho e de qualquer lugar, a que sempre descobria primeiro como as coisas funcionavam. Hoje tenho preguiça... Por exemplo, compramos uma TV nova, e foi o Theo que descobriu como desligar sem usar o controle e como gravar os filmes da TV para assistir depois. Mas a natureza é sábia, e estou super à vontade nesse novo território dos preguiçosos que pegam carona na esperteza alheia. Posso relaxar e curtir as descobertas do pequeno, que por seu lado está se identificando como uma pessoinha que gosta muito de “tecnologia” (é assim mesmo que ele fala). Outro dia morri de rir: ele trouxe pra casa um robô de brinquedo quebrado que o amigo tinha dado para consertar, justamente porque comentou que gosta muito de “tecnologia”. E agora a ideia era que o pai sentasse e desse um jeito no coitado, rompido na cintura e todo desarticulado. Agora mesmo, enquanto escrevo, estão os dois a montar outro robô, complicado, articulado, incrível. Eu resisto aos convites pra participar, só quero ver o bicho pronto, meu cérebro gastou. Minha mãe é assim. E eu nunca tinha entendido. Até hoje.

Drawnimal combina iPhone e papel para ensinar a desenhar bichos – e tem animações que divertem quem brinca. Dá para baixar de graça na App Store.

Com a Doodle Budy, dá para fazer pintura virtual a dedo e desenhar com um amigo on-line. Disponível de graça na App Store.

Com o app Paint My Wings (por US$ 2,99 na App Store), você pinta as asas de uma borboleta no iPhone e ela fala, em inglês, o nome das cores usadas.

A Crayola está expandindo a linha de “lápis de cera eletrônicos” com um kit que inclui um app com imagens para colorir e óculos para desenhar em 3-D no iPad. À venda na Amazon, por US$ 15,99 (mais o preço do frete).

Maria Ercília Galvão Bueno passou a infância com o nariz nos livros, os 20 enfiada num jornal e depois dos 30 se afundou na internet. É mãe de Theodoro, 7 anos

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PLAYGROUND

Cinema

“No céu de um vestido, chover não faz sentido”

A marca Fanny&Alexa Fanny&Alexander, criaargentina Delda pela designer arge Aguiar, é conhecida fina Aguiar conhecid pelos brinquedos com pegada nostálgica que dispensam bateria e são feitos com matéria-prima sustentável. Tudo para estimular a imaginação das crianças, de acordo com a grife. É o caso desta filmadora super-8 de madeira, que custa R$ 292 (sem o frete) no site www.galerianacional. com.br. Entrega em todo o Brasil.

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Sessão nostalgia Criado em 1877 pelo francês Émile Reynaud, o praxinoscópio é o ancestral dos projetores de filmes que conhecemos hoje. Agora, a traquitana inspira o brinquedo montável Animation Praxinoscope, da marca 4M, que traz discos com filmes prontos e outros em branco, onde é possível desenhar as próprias animações. Indicado para crianças acima de 8 anos, custa R$ 85 (sem o frete) na loja Tuktuk Mamamuk, tel. (48) 3334-0303, de Florianópolis, que entrega em todo o Brasil.

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RICARDO CALIL, AOS 2 ANOS

Mal na fita O alarme soou pela primeira vez ao ver com minhas filhas um DVD de Peppa Pig, uma simpática e (supostamente) inofensiva animação britânica. A família de porcos vai à praia, os porquinhos enterram o pai na areia – e, na hora de ir embora, eles simplesmente esquecem o coitado lá. Para qualquer pai presente e dedicado, é uma cena quase tão chocante quanto a morte da mãe do Bambi. Aos poucos, percebi que esta é a regra nos desenhos animados. Pais são quase sempre retratados como ineptos e néscios, em contraposição às mães, sensatas e serenas – numa linhagem que vai de Os Flintstones a Os incríveis. Em casos extremos, eles podem ser ainda amorais e obesos – como Homer Simpson. Ainda bem que há honrosas exceções, como o Marlin de Procurando Nemo, peixe que enfrenta tubarões, águas-vivas e, sobretudo, o próprio medo para salvar o filho sequestrado por humanos. Tudo bem que nós, pais, podemos ser às vezes um pouco desleixados e distraídos. Mas a verdade é que evoluímos bastante nos últimos anos, e as animações não acompanharam nosso ritmo. Deveríamos aproveitar o Dia dos Pais para criar uma campanha por um melhor tratamento da figura paterna nos desenhos animados. Porque, do jeito que a coisa anda, nossa fama ainda vai ficar pior do que a das madrastas. Pai de Teresa, 6 anos, e Julieta, 4, Ricardo Calil é diretor de núcleo da Trip Editora e crítico de cinema da Folha de S.Paulo

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação

COMO ANTIGAMENTE

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Fotos: divulgação (ilustração) e arquivo pessoal (família) Foto do livro: Xico Buny

O homem do traço de ouro

LAR SOBRE RODAS Em 2009, o engenheiro espacial norte-americano Jason Rehm resolveu trocar a vida confortável em Alameda, Califórnia, pela adrenalina de viver na estrada com a mulher, Angela, e o filho, Bode, hoje com 7 anos. “Queríamos dar um tempo do estilo de vida consumista americano e ficar mais perto do nosso filho”, conta Jason, 41 anos. Desde então, rodaram cerca de 90 mil quilômetros por 18 países, a bordo de uma Kombi Westfalia 1971 restaurada, com cama de casal que vira banco e cozinha, cama extra para Bode e geladeira elétrica alimentada por placas solares no capô. Jason conversou com LILICA&TIGOR durante a passagem de seis meses que a família fez este ano pelo Brasil, viajando do Chuí (RS) a Manaus (AM).

Talvez você nunca tenha ouvido falar do designer norteamericano Saul Bass (1920-1996), mas com certeza já viu algumas das aberturas que ele fez para filmes como O homem com o braço de ouro (1955), de Otto Preminger, e também os cartazes de clássicos como Vertigo (1958) , de Alfred Hitchcock, e de O iluminado (1980), de Stanley Kubrick. Em meio à carreira no cinema, Bass ilustrou um único livro infantil, Henri vai a Paris, escrito por Leonore Klein em 1962. O livro acaba de ser lançado no Brasil pela editora GG e custa R$ 49 na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br).

Como é viver tanto tempo na estrada? JASON – Cada dia é um pouco diferente. Em geral acordamos cedo, tomamos café juntos, eu trabalho e Angela e Bode estudam. Aproveitamos as tardes para conhecer o local onde estamos e as noites para falar de onde ir em seguida. Como entretém uma criança de 7 anos em uma Kombi? ANGELA – Bode estuda, lê ou vê um filme no computador. Viajamos em um ritmo lento e paramos bastante, então acabamos não passando tanto tempo dirigindo. Bode não sente falta de amigos e da escola? ANGELA – Sim, claro, ele sente falta da família e dos amigos, mas eles vêm nos visitar, e também vamos aos EUA em julho para ele ver todo mundo. Bode estava na pré-escola antes da viagem e frequentou escolas no Chile e em outros lugares. Ele sabe que podemos parar de viajar para ele frequentar uma escolar normal quando quiser, mas não está interessado nisso. Ele aprende muito com esta experiência. Qual foi a situação mais desafiadora ao longo da viagem? JASON – Quando o motor da Kombi estourou em Portland [oeste dos EUA] foi um balde de água fria. Mas vimos que as pessoas podem ser solidárias. Como vocês sobrevivem? ANGELA – Antes da viagem economizamos uma quantia razoável e vendemos tudo o que tínhamos. Além disso, o patrão de Jason [em uma empresa de TI] propôs que ele continuasse a trabalhar como consultor on-line.

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VIDA SIMPLES É fácil entender por que as ilustrações do norte-americano Matte Stephens, que já assinou trabalhos para marcas como Tiffany & Co., são tão singelas e divertidas. “Quando crio, tento pensar nas coisas simples que me faziam feliz quando eu era criança, como ir ao zoológico ou viajar de ônibus”, conta o artista. Outra grande inspiração para ele é o cinema. “Passei a infância assistindo a filmes antigos”, explica Stephens, autor da pintura The Film Maker (o cineasta), feita em guache sobre papel. A obra custa US$ 35 (sem o frete) no site www.etsy. com/shop/matteart, que entrega no Brasil.

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PLAYGROUND

Faz uma pose! A ESTAMPA AJUDA. AS CORES FORTES TAMBÉM. MAS, NO RESTO, É O ESTILO DA TURMA QUE FAZ A NOVA COLEÇÃO DE LILICA RIPILICA E TIGOR T. TIGRE ACONTECER FOTOS CAROL QUINTANILHA

Roberta Dignola, 7 anos, colete (R$ 159,90), blusa (R$ 229,90, conjunto com short), short (R$ 139,90) e sandália (R$ 179,90)

Chloe Rizzo, 4 anos, blusa e saia (R$ 239,90) e sandália (R$ 139,90)

David Hacham, 5 anos, camiseta (R$ 229,90, conjunto com bermuda), bermuda (R$ 249,90, conjunto com polo) e sapatênis (R$ 159,90)

Elie Hacham, 6 anos, camiseta (R$ 69,90), bermuda (R$ 219,90, conjunto com camiseta) e alpargata (R$ 119,90)

Lola Benitez, 5 anos, blusa (R$ 59,90), saia (R$ 139,90) e sandália (R$ 149,90)

Isabela Yassuda, 5 anos, blusa (R$ 219,90, conjunto com saia), short (R$ 199,90, conjunto com blusa) e sandália (R$ 119,90)

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Agradecimento: Loja Lilica & Tigor shopping Pátio Higienópolis (tel.: 11 3823-3737)

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Livros ODILON MORAES, AOS 8 ANOS

Retratos colunista e André: arquivo pessoal Fotos dos livros: Xico Buny

Prazo de validade Quando pesa sobre a avaliação de uma obra de literatura infantil o olhar seletivo da pedagogia, é inevitável que o tempo de vida da obra seja curto. Sabemos que algo aceitável em uma época pode ser impensável em outra. Basta lembrar da polêmica em torno da obra de Monteiro Lobato. Livros muito atrelados aos costumes e pensamentos de uma época certamente terão algum elemento considerado nocivo à criança em outra; em sua ingenuidade, ela tomaria por correto algo já distante de nossa cultura. Por essa razão, quase nenhuma obra para crianças do século 19, ou mesmo do início do século 20, segue sendo editada. Carlo Collodi, autor de Pinóquio, é conservador no sentido pedagógico. Ninguém mais acha que virar bonzinho, sem graça e obediente sejam a intenção da formação do indivíduo. Já vi comentários sobre Pinóquio que questionam a obediência como sinônimo de amadurecimento. Mas Pinóquio é, independentemente da mensagem (amadurecimento social ou reconstrução do selvagem que mora dentro de nós), grande literatura, que permite olhares distintos de apreciação. O mesmo não ocorre com a literatura adulta, na qual convivem ideias contemporâneas que se tornarão velhas e ideias velhas que foram um dia contemporâneas – e que têm, como uma de suas belezas, nos mostrar o que já não é. Pertencem a outro tempo e, por isso, mesmo que choquem, também nos ensinam sobre o homem e a vida.

Odilon Moraes, 44 anos, é escritor e ilustrador de títulos como A princesinha medrosa (2002). É pai de João, 7 anos, Francisco, 3, e Luísa, 1

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CRIATURAS DE WARHOL Bichos, seres e cenas divertidos criados pelo artista norte-americano Andy Warhol esperam para ser coloridos por crianças de todas as idades no Livro de colorir – Desenhos de Andy Warhol. Lançado pela DBA, o álbum foi criado pelo pai da pop art para ser um brinde de fim de ano para os filhos dos clientes da Fleming-Jofe, empresa que tingia couro de cobra, jacaré e lagarto, nos anos 1960. Daí os personagens do livro incluírem animais como o Bode Alegre, a Piton Reticulada, o Búfalo Asiático e o Lagarto de Calcutá.

“Colo comprido acolhe filho, amigo, gato, cachorro, avó, marido” UM MENINO DIFERENTE

Tom, texto e ilustração de André Neves, editora Projeto. Por R$ 39 no site da Livraria Travessa (www.travessa.com.br)

“Gostei muito do livro. O texto é bonito e os desenhos também. Tom é um menino diferente das outras pessoas, vive quieto e não brinca. Dá pra perceber isso, até pelo jeito que desenham o olhar dele no livro. Ninguém sabia o que ele sonhava. Até que um dia ele soltou a imaginação, quando viu e ouviu o canto de muitos pássaros. E ele e o irmão dele conseguiram brincar juntos pela primeira vez.” André Gândara Vilela, 8 anos

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PLAYGROUND

Estilo CLARICE REICHSTUL, AOS 5 ANOS

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“No nariz empinado, a natureza, sem pudor, plantou uma flor”

TRANSFORMAÇÃO INSTANTÂNEA 24

É fácil se transformar em super-herói com o kit da marca norteamericana Restoration Hardware, que vem com máscara, capa e munhequeira. A fantasia tem tamanho único, indicada para crianças acima de 3 anos. Custa US$ 29 (sem o frete) no site www.thefancy.com. Para quem preferir virar bicho, a OMY francesa tem fantasias (2) de leão ou pantera de papelão pintado com tintas atóxicas. Para crianças de 3 a 8 anos, têm um buraco para a cabeça e dois para os braços. Custam 16,50 euros, sem frete, no site da marca (www.omy.fr).

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Tudo de novo Todo inverno é a mesma coisa: compra calça (as de casa estão totalmente pula-brejo), cuecas, meias e japona nova. É impressionante como, em apenas um ano, a roupa acaba e o que não acabou não cabe mais. O que era azul-marinho fica um misto de cinza com cor de burro quando foge, o que era vermelho não se decide entre o rosa e o laranja apagado, e o branco vira cinza (no único processo inverso da transformação das cores das roupas). O que era comprido fica curto, às vezes, um pouco largo na barra. Já viu camiseta godê? Acontece! As malhas se enchem de bolinhas que não saem nem com a gilete mais afiada. A bota de borracha que ontem mesmo cabia tão bem agora não cabe mais, assim como o gorro que no ano passado estava grande mas hoje não cobre nem as orelhas... A jaqueta de motociclista já era, assim como a de tigre, tão bonita e tão laranja, que eu não me canso de ver o Benjamim usar. Deviam inventar uma roupa que cresce com as crianças, que lentamente solta um compartimento secreto de tecido extra em cada costura, uns elásticos a mais nas cinturas e munhecas que se ajustam às circunferências variantes da evolução da idade... Afff! Mas paciência, lá vamos nós mais uma vez refazer o enxoval. Lá vem o inverno, renovando o guarda-roupa da garotada! Clarice Reichstul é colunista do jornal Folha de S.Paulo e mãe de Benjamim, 5 anos

Retrato colunista: arquivo pessoal. Fotos: divulgação

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Conforto é tudo

DIA dos

PAIS

O GUARDA-ROUPA CONFORTÁVEL DO CHEF RODRIGO OLIVEIRA, DO RESTAURANTE MOCOTÓ, COMBINA COM SEU JEITO DISCRETO

POR LIANA MAZER FOTOS CLAUS LEHMANN

entro ou fora da cozinha, o chef paulistano Rodrigo Oliveira, 32 anos, diz que sua preocupação em relação às roupas é só uma: conforto. “É a palavra que traduz meu estilo”, conta. Dono do restaurante Mocotó, que é sucesso em São Paulo, prefere combinações de jeans e camiseta em quase qualquer ocasião. “Não me sinto à vontade com roupas sociais. Visto raramente, em situações de solenidade”, explica. Com a agenda cheia, principalmente depois da abertura de sua segunda casa, o Esquina Mocotó, há alguns meses, também tem pouco tempo para abastecer o guarda-roupa. “Muita coisa quem compra sou eu”, conta sua mulher, Lígia. Casual ou não, o visual de Rodrigo está aprovado pelas filhas, Maria Flor, 3 anos, e Nina, 4, que dá a palavra final: “Ele está sempre bonito”. Para um pai, o que mais importa?

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“Este foi o primeiro dólmã que tive com o meu nome.” “Esta camiseta foi feita por meus amigos da Hamburgueria Burger Map, em Santo André [SP], que mapearam os hambúrgueres mais famosos dos EUA. Fui a San Antonio dar aula no CIA, maior escola de culinária no mundo.” “Fui ao restaurante French Laundry, na Califórnia, do meu ídolo culinário Thomas Keller. Tiramos uma foto juntos e ele me ofereceu um almoço em outro restaurante dele. No caminho, r me dei conta de que estava totalmente co descabelado. Foi quando vi esta boina descab numa vitrine. Me salvou.” “Adoro estas botas. Comprei na Itália. Estava com meu All Star num frio It abaixo de zero quando as vi.” “Fora as calças de cozinha, não tenho nenhuma que não seja jeans.”

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FRASE DA INFÂNCIA

“Acordei com inveja!” Maria Ribeiro, atriz

Foto: arquivo pessoal

POR LIANA MAZER

Aos 4 anos, a carioca Maria Ribeiro pegou a família de surpresa ao acordar e declarar: “Eu hoje acordei com inveja!”. Com a frase, ela esperava desencorajar os três irmãos mais velhos a fazer o que faziam todo santo dia: encher ela de beijos e abraços logo pela manhã. Caçula e temporã (os irmãos são 9, 10 e 13 anos mais velhos), Maria era o xodó da turma e não gostava nem um pouco daquele ritual. “Minha mãe conta que eu era do tipo bravinha, e ficava irritada com aquela mania deles”, fala a atriz, 37 anos, titular do sofá do programa Saia justa, no canal pago 26

GNT. “Acho que a frase foi o jeito que encontrei de dizer: ‘Estou mal-humorada, não quero beijo!’.” Na verdade, de tentar dizer... “O tiro saiu pela culatra”, se diverte ela. Todos acharam a confusão e o tom da frase fofíssimos, deram muito mais beijos na menina e nem a corrigiram. Tanto que o tropeço virou piada interna da família. Ela mesma a usa para brincar com seus filhos, João, 10 anos, e Bento, 3, quando eles acordam de cara feia. “O Bento parece comigo naquela época. Também não gosta que fiquem pegando e beijando muito.”

Maria brincando de boneca, aos 5 anos, em Angra dos Reis

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MODA

| RETRATOS EDUARDO DELFIM STILL XICO BUNY ILUSTRAÇÃO RODRIGO VISCA

MEU ESTILO É ASSIM! NOSSOS CONVIDADOS ELEGEM AS PEÇAS FAVORITAS DA COLEÇÃO DE VERÃO

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“Adoro roupas lindas e confortáveis” ISABELLA BORGES DE SIQUEIRA, 8 ANOS

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Vaidosa e ligada em moda, Isabella gosta de estar sempre bem-vestida, mesmo para ir às aulas de tênis e balé. E é ela mesma quem escolhe as peças e monta o visual: “Já sei que, se quero usar uma roupa colorida ou estampada, é melhor combinar com outra lisa”, diz.

1 CA CAMISA “Eu me apaixonei por esta camisa jeans. É confortável e vai com tudo.” (R$ 149,90) 2 SH SHORT “Adorei a estampa deste short, com flores e borboletas. É bem bonito.” (R$ 164,90) 3

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SANDÁLIA SA “A sandália eu gostei porque refresca o pé. E é linda esta cor. É salmão?” (R$ 139,90)

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“Gosto de parecer mais velho” FRANCISCO TONON MACEDO, 6 ANOS

Em geral, Francisco não se preocupa com roupa, principalmente quando está no sítio do avô, aonde vai toda semana. Mas, quando resolve se arrumar, não falta estilo. “Gosto de polo, sapato, roupa de homenzinho. Acho bonito”, diz.

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1 POLO “Escolhi esta camiseta porque eu adoro listrado. Também acho bonito este tipo de gola.” (R$ 89,90) 2 BERMUDA “Gostei desta bermuda por causa dos bolsos e porque é muito confortável.” (R$ 129,90) 3 SSAPATO “Eu não gosto de tênis. Se for para tirar a sandália, prefiro usar sapato. Este é bem legal!” (R$ 159,90)

Assistente de fotografia: Fábio Moraes e Cabelo e Maquiagem: Juliane Oliveira (CAPA MGT)

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MODA | INSPIRAÇÃO

STILL XICO BUNY

Blusa R$ 99,90

Ilustração do livro Brasileirinhos

Voa, voa, borboleta Toda fresquinha e florida, mas pronta para o que der e vier

Macaquinho R$ 199,90

Sandália R$ 139,90

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Os bichos da coleção Brasileirinhos (Cosac Naify) dão o tom da seleção de peças das próximas páginas. São quatro livros com poesias e ilustrações, de Lalau e Laurabeatriz, lembrando as espécies da fauna brasileira que correm risco de extinção. Cada título traz uma surpresa. Leia mais sobre eles no site lilicaetigor.com/blog.

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EXPEDIÇÃO AMAZÔNIA

VERÃO 2014

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MODA | INSPIRAÇÃO

Vestido R$ 259,90

Blusa R$ 79,90

Blusa (conjunto com saia) R$ 239,90

Nécessaire R$ 79,90

Chapéu R$ 79,90

Sandália R$ 149,90

Ilustração do livro Bem brasileirinhos

Só para ferinhas Tudo rosa, muito dourado, chapéu de palha, babado, estampa de bicho: haja estilo!

Blusa R$ 69,90

Bolsa R$ 79,90 Tênis R$ 169,90 32

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Vestido bebê R$ 239,90

Short R$ 159,90

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EXPEDIÇÃO AMAZÔNIA

VERÃO 2014

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MODA | INSPIRAÇÃO

Ilustração do livro Mais brasileirinhos Polo R$ 109,90

Passeio completo Jeans com listras: é clássico, mas tem estilo, com todo o conforto do mundo

Bermuda (conjunto com polo) R$ 249,90 Alpargata R$ 119,90

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MODA | INSPIRAÇÃO

Camiseta bebê R$ 59,90

Camiseta R$ 59,90

Regata (conjunto com bermuda) R$ 139,90

Sapato R$ 149,90

Ilustração do livro Novos brasileirinhos Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 229,90

Tudo azul, verde, cinza…

Regata (conjunto com bermuda) R$ 149,90 Sapato R$ 179,90

Misturar cores e estampas pode ser uma arte

Tênis R$ 159,90 36

Regata R$ 79,90

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Bermuda bebê R$ 69,90

Camiseta R$ 99,90

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VERÃO 2014

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MODA | TRÊS EM UM

TRÊS EM UM:

SHORT DE RENDA Short (conjunto com blusa) R$ 209,90

Uma cor aqui, uma estampa ali, um listrado acolá para deixar o look fofo, prático ou casual Tiara R$ 59,90

Colete R$ 159,90

Blusa (conjunto com short) R$ 209,90

Blusa R$ 59,90

Bolsa R$ 169,90

Blusa R$ 149,90

Bolsa R$ 169,90

Sandália R$ 119,90 Sandália R$ 179,90 38

Sandália R$ 139,90

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MODA | TRÊS EM UM

TRÊS EM UM:

CAMISA LISTRADA Conforme a companhia, a polo clássica fica mais despojada, mais divertida ou bem-arrumada Polo R$ 94,90

Boné R$ 59,90

Camiseta R$ 99,90

Bermuda R$ 139,90

Chapéu R$ 69,90

Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 249,90

Bolsa R$ 199,90 Calça R$ 189,90

Tênis R$ 149,90 Sapato R$ 159,90 40

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Sapato R$ 159,90

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ENQUETE

Qual o sonho mais maluco que você já teve? QUANDO A GENTE DORME A IMAGINAÇÃO VAI AINDA MAIS LONGE POR LIANA MAZER FOTOS CAROL QUINTANILHA

Sofia Grandinetti Sampaio, 6 anos “Sonhei que eu tinha um skate voador.”

Vitor Pires de Noronha, 6 anos “No meu sonho mais maluco eu estava num trem e um cara me perguntou o que eu estava fazendo lá. Ele ia para onde eu não ia e aí começou a chutar o comandante do trem. ‘Por que você está me chutando?’, o comandante perguntou. ‘Porque você me mandou para o lugar errado!’, ele disse.” 42

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Joana Rocha Santos, 9 anos

Agradecimento: Teatro Alfa (www.teatroalfa.com.br)

“Sonhei que fiz xixi numa abelha e ela picou meu bumbum.”

Helena Perez Gesteira, 4 anos “Sonhei com um gato muito peludo de unha muito comprida que não queria cortar a unha de jeito nenhum. É porque ele queria pegar o rato.”

Rodrigo Santos de Salles, 5 anos “Sonhei que a Gadu, minha cachorrinha, estava voando!”

Pedro Henrique Brandão, 4 anos “Sonhei que um palhaço falou que eu era bonito.”

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DECORAÇÃO

ideia de morar em uma casa nem passava pela cabeça da publicitária Biba Werdeshein e do administrador de empresas Marcelo Marzola. Até o dia em que uma simpática parede de tijolinhos chamou a atenção do casal, que olhava fotos no site de uma imobiliária paulistana, há quatro anos. “Nos apaixonamos na primeira visita. Saímos daqui e já fizemos uma proposta”, lembra Biba. Além do charme da construção, de espaços amplos e pé-direito alto, o que conquistou o casal foi a combinação rara de liberdade e segurança. “Temos uma área gostosa ao ar livre, com bastante privacidade, e, ao mesmo tempo, com toda a segurança de um condomínio.” Segurança e liberdade tornaram-se ainda mais importantes depois do nascimento da filha do casal, Laura, que hoje está com quase 2 anos. “Ela adora brincar com água e com tinta, então curtimos bastante o jardim e o terraço. Nós e os nossos cachorros”, diz Biba. Lola e Zoom, um casal de filhotes da raça buldogue francês, contribuem para manter o ambiente bem descontraído, do jeito que o casal gosta. “A gente tem um estilo despojado e acho que nossa casa reflete bem isso. Laura tem passe livre em todos os ambientes da casa”, resume.

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CONQUISTA DO ESPAÇO COM A VINDA DE LAURA, 2 ANOS, BIBA WERDESHEIN E MARCELO MARZOLA TIVERAM AINDA MAIS CERTEZA DE TER ENCONTRADO O LAR IDEAL PARA SUA FAMÍLIA POR LIANA MAZER FOTOS PAULA BRANDÃO

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Aberta para o jardim, a sala tem obras de arte e móveis com design assinado. “O quadro da Nati Canto foi nossa aquisição mais recente”, conta Biba

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DECORAÇÃO

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“ NÃO FICO NEURÓTICA COM AS ESCADAS. ANTES DE ANDAR, LAURA JÁ SABIA DES DESCER ‘DE BUNDINHA’” BIB BIBA

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1 O pé-direito alto, criado pelo desnível entre os ambientes, e as luminárias pendentes dão charme à sala de jantar. A tela é do artista Geraldo Marcolini 2 “Estes quadrinhos com fotos Polaroid é da fotógrafa Paula Brandão. Compramos em uma exposição há uns três anos, e por acaso ficou perfeito no quarto da Laura”, conta Biba

3 O terraço abriga churrascos com amigos e brincadeiras de Laura com água: “Enchemos a piscininha aqui e ela ama. Faz a maior bagunça”

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4 O quarto da menina foi decorado sem pressa. A mesinha da loja Bododo é a mais nova adição. “Laura adora pintar e desenhar”, diz a mãe 5 O macaquinho que o casal trouxe de Nova York e a corujinha que ganharam de uma amiga enfeitam a janela do quarto de Laura

6 A plaquinha, feita por uma amiga de Biba, foi transferida da porta da maternidade para a do quarto de Laura

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CONEXÕES

OS SUPER AMIGOS

OTTO, 5 ANOS

“Meu personagem favorito é o Relâmpago McQueen, do desenho Carros”

POR CONTA DOS FILHOS QUE NÃO SE DESGRUDAM NA ESCOLA NEM FORA DELA, SEIS MÃES DESCOBREM AFINIDADES E COMPARTILHAM PROJETOS POR CAMILA ALAM FOTOS KIKO FERRITE

SOFIA, 5 ANOS

“Adoro a Mulher Maravilha” ANNA, 5 ANOS

“Adoro desenhar”

RELAÇÕES

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Já foram ao teatro juntos Moram no mesmo bairro São do signo de Escorpião Vão ao mesmo pediatra Estudaram juntos na pré-escola

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Raphael, Anna, Max, Otto, Sofia e as gêmeas Laura e Rachel, todos com 5

MAX, 5 ANOS

“O tema do meu último aniversário foi Piratas do Caribe”

RAPHAEL, 5 ANOS

“Quero ser artista quando crescer”

LAURA, 5 ANOS RACHEL, 5 ANOS

“O jogo mais legal é Banco Imobiliário”

anos, se conheceram no colégio bilíngue Saint Paul’s, em São Paulo, há dois anos. De lá pra cá, o convívio diário na escola se estendeu a passeios de bicicleta, idas ao cinema e até viagens, além de atividades como balé e futebol. A rodinha é tão estreita que aproximou as mães. Quando os pequenos se encontram fora da escola, geralmente na casa de um deles, elas aproveitam para colocar o papo em dia. Algumas coincidências facilitam tanta proximidade: Laura e Rachel, por exemplo, moram no bairro de Raphael, que, por sua vez, é amigo de Anna desde pequeno. Os gostos compartilhados pelos sete incluem natação e macarrão. O seu passatempo preferido é se fantasiar. As meninas, de princesa; os meninos, de heróis com superpoderes, especialmente o Homem Aranha (já viram os filmes várias vezes). Decididamente, estão nessa fase: “Quando crescer quero ser super-herói”, resume Max.

“Minha brincadeira favorita é maquiar bonecas”

AFINIDADES Fazem balé Já viajaram de avião Preferem sorvete de chocolate Praticam natação Amam se fantasiar de princesa

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Andam de bicicleta com rodinhas Nasceram em São Paulo Preferem pizza a pão de queijo Lembram mais a mãe O prato preferido é macarrão

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CONEXÕES

ELLEN, mãe de Otto

DANIELA, mãe de Sofia

DEBORA, mãe de Anna

Hair & Make up: Vanessa Barone

RELAÇÕES

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São amigas no Facebook Já viajaram juntas Moraram fora do país Conheceram-se antes de os filhos ficarem amigos Vão à mesma endocrinologista

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ÉRAMOS SEIS

MILENA, mãe de Raphael

MARIA TERESA, mãe de Max

MARI MARI MA RINA RINA NA, A, mãe da mã da Raf afae ae aela ea LUCIA, mãe de Rachel e Laura

Conciliar a agenda de seis mães que trabalham, e muito, não é fácil; mas, com jeitinho, esta turma sempre arruma tempo para jantar junta, de preferência durante a semana. Foram os filhos que aproximaram de vez a administradora Milena Strasser, a economista Debora Sapoznik, a psicóloga Maria Teresa Zgouridi, a designer Ellen Kiss, a empresária Daniela Carramaschi e a jornalista Lucia Gurney. Desde que eles ficaram amigos, elas já viajaram juntas, trocaram indicações de consultórios e dividiram programas em família. “Nem sempre conseguimos juntar todas, mas uma acaba sempre encontrando com a outra”, conta Debora; mãe de Anna, ela já conhecia Milena da escola onde suas crianças estudaram antes. Mulheres de personalidades diferentes, as seis encontraram na convivência dos filhos um ponto de convergência. Seus assuntos são os mais variados: trocam impressões sobre a escola, comentam restaurantes que descobriram, fazem planos. O projeto do momento? Reunir a turma toda para uma aula de maquiagem com uma especialista no assunto.

AFINIDADES Praticam caminhada Adoram suco de caju São fãs de Elton John Preferem rasteirinha no dia a dia Usam esmalte vermelho

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Torcem para o São Paulo Frequentam concertos Amam a França Adoram vinho tinto Fazem pilates

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VIAGEM

FÉRIAS PARA TODOS HOSPEDAR-SE EM UM BOM HOTEL-FAZENDA OU RESORT PODE AJUDAR OS PAIS A RELAXAR MAIS E SE PREOCUPAR MENOS. E ISSO NÃO SIGNIFICA FAZER UMA VIAGEM PADRONIZADA. TRÊS FAMÍLIAS MOSTRAM MANEIRAS DIFERENTES DE APROVEITAR AS FACILIDADES QUE ESSE TIPO DE HOTEL OFERECE POR LIANA MAZER

érias com as crianças é sempre o maior agito, e geralmente há poucas oportunidades para os adultos relaxarem. Mas, como muita gente já descobriu, há uma boa maneira de equilibrar o descanso dos pais e o divertimento dos filhos: hospedar-se nos chamados resorts que se dedicam ao lazer familiar. Para a analista de sistemas Glaucia Monticelli e seu marido, o gerente de operações logísticas Gerson Monticelli, a estrutura oferecida por esses hotéis faz diferença. “Facilita muito não ter de carregar banheirinha, carrinho, berço... E não falta entretenimento para as crianças”, diz a mãe de Pedro, 4 anos, e Bernardo, 10 meses. Apesar de não terem o costume de frequentar resorts, o empresário Paulo Lima e a publicitária Jéssica Desilva, pais de Julia, 7 anos, e Theo, 2, concordam que sua programação infantil beneficia crianças e adultos. “As crianças têm autonomia, não precisam fazer programa de adulto. E os pais podem aproveitar também”, resume Paulo. E não é preciso ficar refém do hotel. “Gostamos

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de passear pela região em família, conhecer um pouco da cultura local”, diz. Essa é também a prioridade para a publicitária Nicole Andrez João e seu marido quando planejam viajar com os filhos, Lucas, 4 anos, e Beatriz, 11 meses. “Procuramos destinos que sejam adequados para crianças, mas que possamos aproveitar juntos”, diz ela. A seguir, leia as aventuras de três famílias muito diferentes, mas com uma coisa em comum: em sua maneira de viver e viajar, os filhos têm sempre um papel especial.

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“Lucas se encantou de ver os bichos soltos. Estava sempre animado para andar no jipe aberto” Nicole Andrez João

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Na savana africana 3 3

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LEEUWENBOSCH COUNTRY HOUSE, PORT ELIZABETH, ÁFRICA DO SUL “Se é para sair de casa, vamos com estilo!”, divertese a publicitária Nicole Andrez João, mãe de Lucas, 4 anos, e Beatriz, 11 meses. Ela e o marido, o empresário Ricardo Andrez João, amam viajar e acreditam que vale a pena levar as crianças junto 2 . O importante, dizem, é escolher lugares que garantam o bem- estar e a diversão da família inteira – mesmo que tenham que atravessar um oceano. Sua melhor viagem, nesse sentido, foi para a África do Sul, a 8 horas de voo, no final de 2011. Nicole estava grávida de quatro meses. “O clima lá nessa época do ano é muito agradável, e não são tantas horas de voo”, diz. A família visitou a Cidade do Cabo e também Knysna, mas curtiu especialmente os dias que passou no hotel-reserva Leeuwenbosch, perto de Port Elizabeth, voltado para o safári. “O Lucas estava sempre animado para andar no jipe aberto 1 , mesmo de madrugada. Ele adorou ver os animais de perto, sem jaulas, e achou a vegetação incrível”, conta a mãe 3 . “Tanto que, quando perguntei qual animal ele gostaria de ver de novo, ele respondeu: ‘O cacto!’.” Além dos safáris, a família também adorou as instalações e o serviço do hotel. “É um casarão familiar, cuidado pelos donos, com apenas seis quartos e funcionários superpreparados para receber crianças. E a comida é deliciosa!” www.amakhala.co.za/lodges/5-leeuwenbosch

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VIAGEM

“A Juju amou mergulhar com o snorkel e ver cavalos-marinhos!”

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Jéssica Desilva

No litoral do Nordeste NANNAI RESORT & SPA, PORTO DE GALINHAS, PE

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A ideia de férias num resort não estava exatamente entre as preferências do editor Paulo Lima (fundador da Trip Editora, que publica LILICA&TIGOR) e sua esposa, a jornalista Jéssica Desilva, pais de Julia, 7 anos 1 , e Theo, 2 2 . Até conhecerem o Nannai Resort, em Porto de Galinhas, PE. “O que eu e a Jéssica mais gostamos nesse lugar é que eles entenderam que é um terrível erro colocar música alta ou animadores pulando e gritando para que as pessoas se sintam bem na praia. O ambiente é tranquilo e o serviço, impecável”, diz Paulo. Para ter mais privacidade, a família se hospedou em um dos bangalôs do hotel, que têm uma pequena piscina particular e ficam de frente para a praia 3 . “O mar ali é muito calmo, perfeito para as crianças”, conta ele. Brincar na água ou nas várias piscinas do hotel era o programa das crianças, inclusive à noite. “Muitas vezes eles até almoçavam dentro da piscina”, conta Jéssica. “A Juju também amou mergulhar com snorkel e ver cavalos-marinhos no manguezal!” Quando estavam fora d’água, Julia e Theo também aproveitaram o clube infantil, com monitores muito bem treinados. Enquanto isso, Paulo e Jéssica aproveitavam para experimentar a academia e o Spa L’Occitane ou simplesmente para ver e ouvir o mar. Mas a família não ficou só entre os muros do resort. Fizeram questão de passear pela região, ir até Porto de Galinhas e alguns vilarejos vizinhos e interagir um pouco com a comunidade local, que Paulo conhecia de suas viagens para surfar nos anos 70. “Se, por um lado, o Nannai é muito acima da média e a infraestrutura para o turismo parece bem desenvolvida, fica claro que os governos poderiam assistir melhor a população local”, avisa. www.nannai.com.br

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No interior de São Paulo HOTEL-FAZENDA MAZZAROPI, TAUBATÉ, SP Passear a cavalo ou de charrete, jogar futebol, andar de pedalinho, alimentar os coelhos, fazer bagunça na piscina, andar de bicicleta, brincar com os monitores, ver apresentações de teatro, colher verduras na horta. Assim é a rotina no HotelFazenda Mazzaropi 1 , que fica em Taubaté (SP), a 150 quilômetros de São Paulo, e é o destino de férias predileto dos paulistanos Glaucia e Gerson Monticelli. “É impossível uma criança não se divertir lá”, diz a analista de sistemas, que já esteve no hotel cinco vezes com o marido e os filhos, Pedro, 4 anos 3 4 , e Bernardo, 10 meses 2 . “Eles têm uma estrutura fantástica para famílias. As instalações, o treinamento dos funcionários, tudo é feito para facilitar a vida dos pais e agradar as crianças”, diz. Segundo ela, foi o cuidado dos funcionários do hotel que a conquistou. “A comida é muito boa, os quartos são confortáveis, a paisagem é linda. Mas são as delicadezas que me fazem voltar”, conta. “Já vi isso em muitas situações, como o garçom se oferecer para buscar uma almofada para meu filho ou o monitor não deixá-lo fora de uma brincadeira por ser menor que as outras crianças.” Por último, mas também importante: enquanto as crianças estão com os monitores, os pais não ficam entediados. “Principalmente no verão, há uma programação bem legal para os adultos também, com caminhadas e aulas de pintura”, diz Glaucia. www.mazzaropi.com.br

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“É impossível uma criança não se divertir no Mazzaropi” Glaucia Monticelli

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PAIS & FILHOS

AS COLEÇÕES DE BRINQUEDO DOS PAIS GANHAM NOVO SIGNIFICADO QUANDO CHEGAM OS FILHOS. MAS E SE SUMIR UM CARRINHO OU CAIR A CABEÇA DE UMA BONECA? AS EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS VALEM O RISCO

POR LÍGIA NOGUEIRA FOTOS ANDRÉ KLOTZ

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O PAI GUARDA PARTE DOS CARRINHOS E LIBERA OS OUTROS PARA OS MENINOS. “BRINQUEDO É PARA BRINCAR”, DIZ. “QUEBRAR FAZ PARTE”

TREINANDO O DESAPEGO Rodrigo Leão, pai de Frederico, 5 anos, e Martim, 2

Rodrigo e os dois filhos brincam juntos na casa da família: carrinhos fazem parte de uma coleção iniciada há 20 anos

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O ilustrador Rodrigo Leão, 40 anos, já perdeu a conta de quantos carrinhos tem a coleção que guarda em casa, na Granja Viana, São Paulo. Começou a juntá-los quando saiu da casa dos pais, aos 20 e poucos anos. “Acabei levando carrinhos da minha infância e outros mais antigos, do tempo do meu pai”, conta. Sua primeira filha, Alice, 11 anos, até arriscou brincar com a coleção, mas esporadicamente. Rodrigo só aprenderia a exercitar o desapego em relação aos carrinhos, mesmo, com o

segundo filho, Frederico, hoje com 5 anos. “Quando veio o primeiro menino, a coisa começou a pegar”, diz. Boa parte dos carrinhos de Rodrigo – que, depois de adulto, passou a mexer com carros de verdade, reformando fuscas – incorporou-se naturalmente aos brinquedos de Frederico e, mais tarde, de seu irmão mais novo, Martim, com quase 2 anos. “Achei que ia ficar esquisito deixar os carrinhos trancados”, conta o ilustrador. “Então decidi negociar. Liberei uma parte e a outra fica fechada em um armarinho, e eles só brincam de vez em quando. Mas tem uma coisa subversiva aí, porque eles mexem quando eu não estou em casa.” Rodrigo conta que, no início, se sentia mal quando um carrinho quebrava. “Ao mesmo tempo, eu não queria dar bronca. Quando ficava muito bravo, tentava me segurar. Brinquedo é pra brincar mesmo. Quebrar faz parte”, diz. Quando acontece, pai e filhos se reúnem para tentar consertar o estrago. “Assim eles também aprendem que as coisas não são descartáveis.” Manter uma parte dos carrinhos guardada, segundo Rodrigo, ajuda a conservar a mística da coleção; assim, acredita, ele ensina as crianças a dar valor às coisas. “Hoje eles têm muito mais acesso aos brinquedos do que eu tinha na infância. Ficou mais fácil, mais barato. Toda hora pedem algo novo, porque perdem o interesse rápido”, diz. Mas os carrinhos continuam no centro das atenções: ficam na sala, na caixa de brinquedos, para quando der vontade de acelerar.

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PAIS & FILHOS

MENINO NÃO ENTRA Sheila Ometto, mãe de Giovanna, 7 anos, e Maria Luiza, 6

Sheila Alves Ometto, 28 anos, nem sonhava com o mundo das bonecas colecionáveis até topar, em uma joalheria, com um exemplar assinado pela estilista Carolina Herrera, há nove anos. “Foi paixão à primeira vista”, conta a estudante de design de interiores. No mesmo momento, começou uma coleção. Pouco depois, descobria as bonecas articuladas asiáticas, ou BJDs (ball-jointed dolls). Com corpo de resina de poliuretano, elas custam de US$ 500 a US$ 1.000, em média, e são totalmente customizáveis: dá para escolher e trocar seu cabelo, olhos, roupas e maquiagem. Foi essa brincadeira que atraiu a curiosidade das duas filhas de Sheila: Giovanna, 7 anos, e Maria Luiza, 6. “Assim que autorizei as duas a brincar com as bonecas, elas queriam levá-las a todos os lugares: para a praia, a casa da avó”, ela conta. “Hoje, estão mais tranquilas.” A maior

aventura foi quando deixou que as duas levassem as bonecas para a escola no dia do brinquedo. “Fizeram tanto sucesso que a mãe de uma coleguinha me ligou pra saber onde comprar.” Giovanna e Maria Luiza são fãs das bonecas maiores, que têm entre 40 e 60 centímetros. Gostam de criar looks para elas e depois fotografá-las em lugares diferentes da casa. “Elas escolhem as roupinhas de frio ou de calor e me perguntam se ficou bom”, diz Sheila, que atualmente tem sete exemplares de BJDs, sem contar as bonecas convencionais. Se as meninas ficaram mais tranquilas em relação à coleção da mãe, não foi diferente com ela. “No início, eu ficava pedindo o tempo todo para elas tomarem cuidado com as bonecas”, lembra Sheila. Agora, a farra é oficial. Uma vez por semana ela estende um lençol no chão do seu escritório, no apartamento da família no bairro do Panamby, em São Paulo, e senta com as filhas para brincar de boneca. “É um tempo que reservamos só para a gente. Eu entro no mundinho delas”, conta. “Meu marido acha engraçado, mas não brinca junto de jeito nenhum.”

A FARRA É OFICIAL: UMA VEZ POR SEMANA, MÃE E FILHAS ESTENDEM UM LENÇOL NA SALA E PASSAM HORAS BRINCANDO DE BONECA

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Sheila, Giovanna, Maria Luiza e as bonecas articuladas: no começo, a mãe vivia pedindo cuidado às meninas; hoje, se diz mais tranquila

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PAIS & FILHOS

Francisco, Roberto e os robôs: quando o pai dá workshops de criação do brinquedo, o filho vai junto e se diverte bancando o assistente mirim 60

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TER UM APRENDIZ DE INVENTOR EM CASA ÀS VEZES DÁ CONFUSÃO: “JÁ ACONTECEU DE DAR CURTO-CIRCUITO NO APARTAMENTO INTEIRO”

FILHO DE PEIXE Roberto Stelzer, pai de Francisco, 11

O pai de Francisco Ribeiro Stelzer, 11 anos, não poderia ter escolhido profissão melhor: designer de brinquedos. Desde que nasceu, o filho mais novo convive com os robôs criados por Roberto Stelzer, 46 anos, dono da Troy Art. “Ele sempre gostou de desmontar coisas, como rádios, e depois montar de novo”, conta o pai, que também escreve histórias infantis e desenvolveu livros com peças destacáveis que viram robôs de acrílico. “Comecei a criar robôs para interagir com as crianças, mais do que para comercializar”, conta Roberto. “Pessoas de todas as idades gostam de robôs. Eram uma coisa do

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futuro, agora o futuro chegou e eles ainda não chegaram.” Por conta do trabalho, o designer recebe convites para dar workshops em centros culturais, como o Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Francisco o acompanha como seu ajudante. “Ele já montou vários robôs. Sempre que vou dar alguma aula, ele vai junto e ajuda a molecada”, conta o pai. “Ele se sente importante como o assistente do professor.” Ter um aprendiz de inventor em casa às vezes dá confusão. “Francisco está na fase de mexer com eletricidade. Já aconteceu de dar curto na casa inteira”, diz Roberto, se divertindo. “Explico para ele que não é preciso mexer na rede elétrica. Vamos juntos ao Centro e compramos luzinhas, motorzinhos e pilhas.” Até alguns meses atrás, Roberto tinha um ateliê, onde os dois passavam boa parte do tempo montando coisas juntos. Agora, vivendo em um apartamento em Pinheiros, ele recebe a visita do filho, que mora com a mãe, algumas vezes por semana. “Abro um plástico em cima da mesa da sala para podermos brincar”, conta Roberto. “Depois guardamos tudo num baú para a próxima temporada.” Francisco, que tem um livro publicado pela Dash Editora, intitulado O peixe-pintor, já sabe o que quer ser quando crescer: biólogo ou cientista. Alguém duvida da influência do pai?

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MODA

Subindo pelas paredes COM A PRIMAVERA, O TEMPO ESQUENTA E AS FLORES SE ABREM POR TODO LUGAR. HORA DE SAIR TODA ESTAMPADA, DELICADA E COLORIDA. QUEM VAI FICAR DE FORA DA FESTA?

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FOTOS TAVINHO COSTA STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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A partir da esquerda: Vestido R$ 299,90 Sandรกlia R$ 139,90 Macaquinho R$ 189,90 Sandรกlia R$ 139,90

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MODA

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Na pรกgina ao lado, a partir da esquerda: Vestido R$ 399,90 Sandรกlia R$ 139,90 Blusa e saia (conjunto) R$ 279,90 Sapatilha R$ 169,90 Nesta pรกgina: Vestido R$ 299,90

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Na pรกgina ao lado: Blusa (conjunto com short) R$ 199,90 Short R$ 149,90 Sandรกlia R$ 139,90 Nesta pรกgina: Vestido R$ 349,90 Sandรกlia R$ 139,90

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Na pรกgina ao lado: Blusa (conjunto com short) R$ 289,90 Saia (conjunto com blusa) R$ 269,90 Sandรกlia R$ 139,90 Vestido R$ 299,90 Sandรกlia R$ 139,90 Nesta pรกgina: Vestido R$ 299,90 Sandรกlia R$ 139,90

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Blusa R$ 159,90 Saia R$ 159,90 Sandรกlia R$ 139,90

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Vestido R$ 299,90

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ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: BRUNO LAZZAROTTI E EDSON OKANI, CABELO E MAQUIAGEM: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), ASSISTENTE DE STYLING: ÉRICA FOLLONI, MODELOS: JULIA MAIA, LILA GUIDONI (VOGUE) E NICOLE BRASIL (VOGUE), AGRADECIMENTO: K&G DISTRIBUIDORA DE PAPÉIS DE PAREDE

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MODA

A partir da esquerda: Blusa R$ 149,90 Short (conjunto com blusa) R$ 229,90 Sandรกlia R$ 139,90 Camisa R$ 149,90 Short R$ 169,90 Sapato R$ 119,90 Polo R$ 109,90 Bermuda R$ 184,90 Colete R$ 169,90 Camiseta R$ 94,90 Bermuda R$ 139,90 Macaquinho R$ 169,90 Sandรกlia R$ 179,90 72

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Sem GPS CANTIL, MOCHILA, BINÓCULO, CORDA... TODO MUNDO PRONTO? AGORA É SÓ LIGAR A IMAGINAÇÃO, VIRAR A ESQUINA E COMEÇAR A AVENTURA

FOTOS ERIKA VERGINELLI STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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MODA

Nesta página, a partir da esquerda: Colete R$ 169,90 Camiseta R$ 49,90 Calça R$ 169,90 Tênis R$ 139,90 Blusa R$ 149,90 Short R$ 154,90 Sapatilha R$ 119,90 Na página ao lado: Polo R$ 119,90 Bermuda (conjunto com polo) R$ 249,90 74

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MODA

A partir da esquerda: Vestido R$ 269,90 Sapato R$ 119,90 Blusa R$ 129,90 Short R$ 139,90 Sandรกlia R$ 139,90 Vestido R$ 159,90 Sandรกlia R$ 119,90 76

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A partir da esquerda: Camiseta R$ 84,90 Bermuda (conjunto com polo) R$ 249,90 Sapato R$ 119,90 Camiseta R$ 49,90 Calรงa R$ 169,90 Sapato R$ 139,90

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Nesta página: Jardineira R$ 199,90 Sapatilha R$ 119,90 Na página ao lado, a partir da esquerda: Camiseta (conjunto com bermuda) R$ 224,90 Bermuda R$ 139,90 Sapato R$ 119,90 Camiseta R$ 79,90 Calça R$ 189,90 Tênis R$ 139,90

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A partir da esquerda: Vestido R$ 199,90 Sapatilha R$ 119,90 Vestido R$ 179,90 Sandália R$ 139,90 Blusa R$ 129,90 Short R$ 149,90 Sandália R$ 139,90 Camiseta R$ 89,90 Calça R$ 159,90 Tênis R$ 139,90 Camiseta R$ 59,90 Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 219,90 Sapato R$ 119,90

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MODA

A partir da esquerda: Blusa R$ 149,90 Short R$ 119,90 Sandรกlia R$ 179,90 Vestido R$ 139,90 Sandรกlia R$ 129,90

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ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: PATRร CIA CORVO, CABELO E MAQUIAGEM: JULIANE OLIVEIRA (CAPA MGT), PRODUTORA DE OBJETOS: PAOLA ABIKO, MODELOS: DONATA CARVALHO (VOGUE), GIOVANNA SANCHES (VOGUE), JULIE KEY (VOGUE), THEO BASSETTO (NINI CASTING) E VINICIUS DUARTE (NINI CASTING)

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Vestido R$ 259,90 Sandรกlia R$ 119,90

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VIVENDO E APRENDENDO

NÃO É PRECISO MUITO PARA MONTAR UMA CABANINHA E TRANSFORMAR A SALA EM UMA FLORESTA, EM UM DESERTO, EM UM REINO DISTANTE. COM UM POUCO DE CRIATIVIDADE, OBJETOS DO DIA A DIA VIRAM ÓTIMOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 94 84

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POR LIANA MAZER RETRATOS ILANA BESSLER

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UM POUCO DE CHARME

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Joana Figueiredo, diretora de arte, mãe de Angelina, 3 anos

ilha de uma artista plástica e de um arquiteto, a diretora de arte e cenógrafa paulistana Joana Figueiredo traz de sua infância o gosto por transformar objetos e ambientes. “Brincávamos muito de cabaninha com meu pai”, lembra Joana. “Ele cobria a mesa com um edredom bem pesado, que parecia uma parede. Eu e minha irmã passávamos o dia lá embaixo.” As lembranças da época servem de inspiração para suas brincadeiras com a filha, Angelina, 3 anos. Com uma diferença: Joana dá um toque de charme em tudo, inclusive nas cabaninhas. “Eu tenho uma série de panos, luzinhas e fitas guardados. Sempre encontro maneiras de usar esses elementos”, conta. “Acho que, de um jeito bem lúdico, bem natural, eu e meu marido, que também é designer, contribuímos para a formação estética da Lila [como chamam a filha]”, diz. A menina adora, e já aplica o que aprende nas brincadeiras que ela própria inventa. Uma de suas preferidas atualmente é organizar festas. “Angelina se empolgou com os preparativos para a festa junina da escola, no ano passado. Se deixarmos, ela pendura fios e fitas pela casa toda. Volta e meia também temos um aniversário de faz de conta aqui”, conta a mãe.

Esta amarração é perfeita para suspender o pano e amarrar a tenda

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A tenda da Angelina MATERIAIS

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Panos coloridos/estampados grandes o suficiente para criar o teto e as paredes da cabaninha. Fitilho ou barbante. Alfinetes de fralda grandes e médios. Cordões de luzinhas. Escada, estante ou outro móvel onde dê para prender os panos. DICAS DE MONTAGEM 1 Para fixar os panos da cabaninha, amarre fitilhos em alfinetes de fralda e prenda os alfinetes nos cantos dos panos. Depois, é só amarrar os fitilhos no corrimão da escada, na estante ou em outro móvel. 2 Evite fixar as luzinhas nos panos, para que seu peso não deforme a cabaninha – a menos que elas sejam bem leves. Use alfinetes e fitilhos para fixá-las diretamente em uma estante ou corrimão. 3 Outra forma de amarração para suspender a tenda: faça um chuca-chuca no tecido e o amarre bem forte com fitilho.

Forre o chão com um pano colorido também.

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VIVENDO E APRENDENDO

O tamanho das almofadas usadas no teto vai determinar a distância entre as cadeiras

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FAZ DE CONTA EM FAMÍLIA Luccia Ghisalberti, educadora, mãe de Emilia, 9 anos, e Noé, 4

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ogos e brincadeiras são ferramentas de trabalho para a psicóloga e educadora paulistana Luccia Ghisalberti. Uma das donas do Familiarte, espaço recreativo que procura incentivar os pais a brincar mais com seus filhos, ela defende que esses momentos são mais importantes do que muitos imaginam. “É quando você conhece melhor o seu filho, quando há uma interação gostosa, mais verdadeira, que não é por causa da lição, de escovar os dentes ou outra função”, explica. Mãe de Emilia, 9 anos, e de Noé, 4, Luccia diz usar com os filhos muito do que aprende – mas boa parte do que inventa com eles não vem de suas pesquisas, e sim de sua infância. “Minha mãe sempre nos envolvia em atividades manuais e promovia muito o nosso contato com a natureza. Meu pai gostava de jogos de tabuleiro, como o gamão”, conta. As brincadeiras de faz de conta (as que mais agradam seus filhos) vêm das que fazia em companhia da prima Joyce. “Fazíamos muitas cabaninhas na casa dos nossos avós, fonte de inspiração para esta aqui”, diz a mãe, que ainda gosta muito da brincadeira. “Adoro contar histórias, e uma cabaninha com uma lanterna é o cenário perfeito.”

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A cabaninha da Emilia e do Noé MATERIAIS

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Quatro cadeiras iguais. Almofadas grandes e firmes. Panos compridos. Saco de dormir. DICAS DE MONTAGEM 1 Para criar a estrutura da cabaninha, junte as cadeiras em dois pares, com uma de costas para a outra. Cubra com as almofadas para fazer o teto – o tamanho delas é a medida para ajustar a distância entre as cadeiras. 2 Use panos para criar uma cortina ou porta de entrada. 3 Para deixar a cabaninha mais aconchegante, use o saco de dormir como chão.

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VIVENDO E APRENDENDO

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Recorte na linha tracejada. Salve as sobras de papelão para reforçar as emendas

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LIBERDADE PARA CRIAR

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Antonio Rosa, publicitário, pai de Miguel, 7 anos, e Valentina, 3

ontar cabaninhas não é novidade para o publicitário catarinense Antonio Rosa, sócio da agência B2X Comunicação. Era uma das atividades preferidas dele e de seus irmãos quando eram pequenos. Há alguns anos, voltou a fazer parte de sua rotina. Como ele, seus filhos, Miguel, 7, e Valentina, 3, amam transformar os espaços da casa em esconderijos e criar brincadeiras. “A preferida do momento é a história dos três porquinhos e o lobo mau”, conta Antonio. “Inventamos várias versões. Para nós os três porquinhos já moraram até na Lua”, diverte-se. O formato e os materiais das cabaninhas também variam. Muitas são feitas de improviso, com almofadas e lençóis. Outras, de papelão, são bem elaboradas. “Temos um kit de conectores de plástico chamado Makedo que facilita muito a montagem de estruturas de papelão. Vem até com dobradiças”, conta Antonio. “Mas dá para fazer com fita-crepe e conectores improvisados”, ele diz. A cabaninha foi planejada a partir de um desenho de Miguel. “Na verdade, ela é um foguete”, conta o garoto. “Fiz um volante e vou fazer um controle remoto para ele decolar.” Antonio se esforça para deixar os filhos imaginarem o que quiserem e interferir o menos possível em suas criações. “Sou muito ligado nas cores e formas. Muitas vezes tenho que segurar a minha mania de dirigir. O exercício é respeitar a criatividade e a iniciativa deles.”

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O foguete do Miguel e da Valentina MATERIAIS Caixas de papelão grandes (como a embalagem de um fogão). Estilete. Kit básico de conectores de plástico Makedo (https://mymakedo.com/) ou cola quente e fita adesiva. Tintas e pincéis para colorir.

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DICAS DE MONTAGEM 1 Use uma caixa para fazer a base da casinha – ops, do foguete. Em uma das faces, corte a porta. Em outra, a janela. 2 Use outra caixa para fazer o telhado – “A ponta do foguete”, diz Miguel. Marque triângulos compridos em cada uma das faces. Recorte. 3 Una as laterais dos triângulos recortados com fitacrepe, formando uma pirâmide. 4 Ajuste a ponta à base do foguete, unindo as partes com fita-crepe. Se precisar, use as sobras do papelão para reforçar por dentro as emendas.

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MODA

QUE BICHO É ESTE? QUE BICHO É ESTE DE NARIZ COMPRIDO? E AQUELE, COM PESCOÇO GIGANTE? E PRA QUE SERVE UM RABO TÃO GRANDE? PARA DESCOBRIR, SÓ ROLANDO COM ELES POR AÍ FOTOS TAVINHO COSTA STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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Na página ao lado: Camisa (conjunto com bermuda) R$ 229,90 Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 149,90 Tênis R$ 99,90 Nesta página: Vestido R$ 199,90 Sandália R$ 89,90

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MODA

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Na página ao lado: Vestido R$ 229,90 Sandália R$ 94,90 Nesta página: Camisa R$ 129,90 Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 179,90 Tênis R$ 99,90

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MODA

Nesta pรกgina: Camisa (conjunto com bermuda) R$ 219,90 Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 149,90 Sapato R$ 99,90

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Na pรกgina ao lado: Vestido R$ 149,90

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MODA

Nesta página: Vestido R$ 159,90 Sandália R$ 94,90 Na página ao lado: Vestido R$ 209,90 Sandália R$ 89,90

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ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: BRUNO LAZZAROTTI E EDSON OKANI, CABELO E MAQUIAGEM: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), ASSISTENTE DE STYLING: ÉRICA FOLLONI, MODELOS: DIANA CRESTANA (TOTEM), FERNANDO FAGGI (ARTE BAMBINI) E GIULIA CARNEIRO DE AGUIAR (FASHION KIDS)

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INFÂNCIA

GOIABADA COM QUEIJO. POSITIVO E NEGATIVO. COM CERTOS AMIGOS, A LIGA É MAIS FORTE, A ATRAÇÃO, INEVITÁVEL E A GENTE NEM SABE DIREITO POR QUÊ. MAS PRECISA EXPLICAR?

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POR GREICE COSTA RETRATOS PAULA BRANDÃO

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O que vocês mais gostam de fazer juntos?

Tóti: A GENTE BRINCA DE BANDA. Jorge: Não, a gente toca mesmo! A gente brinca é de Lego. Gostamos de Lego City, Vingadores, monstro… Tóti: E de skate.

Vocês têm alguma outra brincadeira legal?

Jorge: Na casa do Tóti, a gente faz uma cabana nas árvores e brinca de caçador. Tóti: Mas são animais imaginários. Só tem caça porque a gente precisa sobreviver. Jorge: TAMBÉM BRINCAMOS DE VAMPIRO. Tóti: É. Um dia tinha milhares, mas acabamos com todos. Jorge: ACABAMOS COM OS CAPANGAS! Eu dei um chute no rei e ele foi parar no Japão.

Os dois gostam de coisas parecidas?

Tóti: Eu gosto mais de COMIDA JAPONESA e o Jorge, mais de PIZZA. Tóti: De montar um palco de LEGO na casa do Jorge. E de MACARRÃO! Jorge: BATATA FRITA, BANANA E SORVETE.

Que tipo de música vocês ouvem juntos?

Por que vocês são tão amigos?

Jorge: AC/DC, Nação Zumbi. Tóti: Pequeno Cidadão. E um dia vimos o vídeo novo do Psy, mas era muito feio!

Jorge e Tóti O SOM E A FÚRIA

Já brigaram? Jorge Brandão e Antonio Villares, o Tóti, têm 7 anos e estudam no colégio Equipe, em São Paulo. Mas são amigos desde a pré-escola, que frequentaram antes. A amizade cresceu numa oficina de música, e até hoje a brincadeira preferida deles é banda. A paixão por som vem de antes: Rodrigo Brandão, pai de Jorge, é criador de projetos musicais como Zulumbi e Mamelo Sound System; Beto Villares, pai de Tóti, cria trilhas e produz álbuns de artistas como Céu, Zélia Duncan e Siba. No embalo familiar, as ideias dos amigos não param aí. Aliás, voam.

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E de coisas diferentes?

Jorge: Muito pouco. Tipo: “Eu quero ser esse boneco”, “Não, eu já sou esse!”. Tóti: Ou tipo: “Eu vou pegar esse brinquedo”, “Não, é meu!”.

Jorge: Um dia um menino do quinto ano começou a correr atrás da gente, e eu protegi o Tóti gritando: “EI, SAI DAQUI!”. E ele também me ajuda. Tóti: Quando ele não sabe o que é uma coisa, eu explico. E ele divide as coisas comigo, os brinquedos.

Como fazem as pazes? Jorge: A gente pede desculpas. Tóti: Eu chamo a minha mãe e ela ajuda

a gente a pedir desculpa. Logo continuamos a brincar.

Vocês têm um sonho? Tóti: VOAR JUNTO COM OS AMIGOS. Jorge: A gente vai formar uma banda quando crescer.

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INFÂNCIA

Quais são suas brincadeiras preferidas?

Bibi: Pega-pega e brincar na areia, né, Vi? Fazemos buracos, ovinhos de Páscoa, castelos… Vivi: E AMAMOS BONECAS! A gente brinca que os bonecos Patati e Patatá são nossos filhos. E de mamãe e filhinha. Eu sou mais filhinha e a Bibi é mamãe. Ela gosta mais de cuidar e eu gosto mais de ficar engatinhando, de ser bebê. Bibi: A gente também gosta da boneca American Girl. Pode comprar roupinha, armário, um monte de coisas.

Gostam de coisas parecidas?

Como vocês duas ficaram amigas? Vivi: American Girl, cor-de-rosa, tomate, arroz, feijão e a cocada que tem na escola.

Vocês têm um sonho?

Bibi: Acho que queremos viajar juntas quando formos grandes.

Bibi: A gente gosta de conversar sobre a novela Carrossel até hoje. Quando uma perdia o capítulo, a outra passava o que acontecia. Vivi: A gente faz isso com a lição da classe também.

Vivi: Logo que a gente se viu na escola. Bibi: A gente ficou com um pouquinho de vergonha, aí foi falando, se gostando… VIRAMOS AS PRIMEIRAS AMIGAS.

Por que vocês são tão amigas?

Vivi: EU GOSTO DE TUDO NELA. Bibi: Gosto porque a gente se defende.

O que vocês mais gostam de fazer juntas?

E de coisas diferentes?

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Bibi: Eu não gosto de chuchu nem de leite, e a Vivi gosta.

Já brigaram?

Vivi: NUNCA. NUNQUINHA! Bibi: Não, só teve uma briga com uma amiga que sempre fala mentira na escola, e eu defendi a Vivi. Vivi: Eu defendo a Bibi também. Digo que quem não for amiga dela não é minha amiga.

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Vivi e Bibi MUITO AMOR Até os apelidos de Maria Victoria Sacchi e Gabriela Ribeiro, 7 anos, são parecidos. Vivi e Bibi estudam juntas na escola bilíngue See Saw, em São Paulo, desde os 2 anos e fazem balé na academia Reebok desde os 3. A amizade aproximou as famílias, que já viajaram juntas, e, como as meninas fazem aniversário em datas próximas, dividiram uma festa em um bufê. Os planos em conjunto estão só começando: “Queremos ir para a Disney. Será que a gente consegue?”, pergunta a psicopedagoga Daniela Ribeiro, mãe de Bibi. “Claro, logo mais!”, diz a engenheira Flávia Fronterotta Sacchi, mãe de Vivi.

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INFÂNCIA

Eva e Benja MUNDO À PARTE Benjamim Siqueira e Eva Guedes, 5 anos, convivem desde antes de nascer. Clarice Reichstul, colunista da LILICA&TIGOR e mãe de Benja, e Ilana Tzirulnik, consultora de arte e mãe de Eva, são amigas. “Desde pequenininhos, o que mais dá certo é deixá-los brincando, sem interferir. Eles têm um mundo à parte”, conta Ilana. Apesar de as famílias já terem viajado juntas, Clarice observa que os dois ficam bem juntos mesmo quando estão em casa, sem programas especiais ou grandes recursos. “Não precisar de novidade nenhuma para se divertir é muito legal”, ela diz. Os encontros acontecem nos fins de semana, já que os amigos estudam em escolas e horários diferentes: Benja estuda de manhã, na Alecrim, e Eva, à tarde, na Jacarandá.

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Como era a amizade de vocês no início? Qual foi a maior aventura de vocês? Eva: A GENTE É AMIGO DESDE A BARRIGA. Quando a gente começou a brincar mesmo, nem sabia andar, só ficava engatinhando, eu só ficava maluca querendo pegar os brinquedos do Benja. Ele arrastava as coisas e fugia de mim. Benja: Naquela época eu era muito legal, carequinha, zoiudinho e conseguia fazer muitas coisas. Agora eu já sei dar cambalhota. Eva: E eu sei dar estrela.

Benja: A gente já viajou para a fazenda, na Bocaina [SP], e no barco do avô da Eva, no Saco do Mananguá [RJ]. Eu vi um caranguejo lá. E SEMPRE QUIS VER UM GOLFINHO… Eva: A gente subiu nas pedras, nadou no mar.

Por que vocês são tão amigos? Benja: ELA BRINCA COMIGO, FAZ UM TIPO DE PIADA QUE EU GOSTO. Eva: Eu gosto que ele tem um skate.

O que vocês mais gostam de fazer juntos?

Benja: Brincar de escondeesconde, de pega-pega e de se pendurar na esteira da mamãe [nas barras de apoio]. A gente fica lá como macacos.

Benja: Eu tinha medo de trovão, me escondia embaixo da cama. Eva: EU QUE TINHA MEDO DE TROVÃO. Nessas horas a gente não se ajuda.

Eva: Uma vez o Benja brigou comigo porque fiz uma bagunçona no quarto dele, quase me bateu com um bichinho de pelúcia. Benja: É… MAS NÃO BATI!

O que vocês mais gostam de comer juntos?

Vocês têm medo de alguma coisa?

Vocês brigam?

Como fazem as pazes?

Benja: A GENTE DÁ UM TEMPO. Eva: Arroz e feijão, coalhada seca… Benja: Sushi, sashimi e tekamaki.

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MODA

A partir da esquerda: Camisa R$ 129,90 104

Camiseta R$ 79,90

Library of Congress

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Tarde animal! O DIA MAIS LEGAL DO MUNDO TEM MACACO, ELEFANTE, GIRAFA, PICOLÉ, MUITO VERDE – E ROUPA QUE DEIXA A GENTE LIVRE PARA CURTIR FOTOS DANIEL ARATANGY STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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Camiseta R$ 94,90 Calça R$ 189,90 Tênis R$ 139,90

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MODA

Nesta página: Camisa R$ 149,90 Bermuda (conjunto com polo) R$ 249,90 Tênis R$ 139,90 Na página ao lado: Camiseta R$ 84,90 Calça R$ 189,90 Sapato R$ 159,90

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Cortesia da Library of the YIVO Institute for Jewish Research


Library of Congress (King Emperor’s Hunt in India)

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Camiseta R$ 64,90 Bermuda R$ 149,90 TĂŞnis R$ 139,90

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MODA

Nesta página: Camisa R$ 149,90 Bermuda R$ 139,90 Sapato R$ 159,90

Cornell University Library

Na página ao lado, a partir da esquerda: Camisa R$ 159,90 Camiseta R$ 64,90 Bermuda R$ 184,90 Tênis R$ 154,90

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ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: FERNANDO FUCHIGAMI, CABELO E MAQUIAGEM: JULIANE OLIVEIRA (CAPA MGT), MODELOS: CAIO CÉSAR (DIOR KIDS), ERICK LEAL (VOGUE) E PEDRO AUGUSTO (NINI CASTING)

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Ilustração: Dorling Kindersley / Getty Images

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TEM UMA ONÇA NA SALA! O MACACO QUER BANANA! OLHA A SAMAMBAIA! NESTA FESTA, O JARDIM INVADE A CASA E OS BICHOS ENTRAM NA DANÇA

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FOTOS DANIEL ARATANGY STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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Na pรกgina ao lado: Vestido R$ 299,90 Sandรกlia R$ 139,90 Nesta pรกgina, Vestidos com cinto R$ 229,90 e Sandรกlia R$ 139,90

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Ilustração: Latinstock/© National Geographic Society/Corbis/Corbis (DC) (jacaré) e Latinstock/© Stapleton Collection/Corbis/Corbis (DC) (tucano)

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Colete R$ 199,90 Bolero R$ 79,90 Short R$ 164,90 Sapatilha R$ 119,90

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A partir da esquerda: Camiseta R$ 94,90 Bermuda R$ 99,90 Sapato R$ 119,90 Vestido R$ 219,90 Sandรกlia R$ 119,90

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Ilustração: Latinstock/© National Geographic Society/Corbis/Corbis (DC)

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Nesta página, a partir da esquerda: Vestido R$ 149,90 Sapatilha R$ 139,90 Bolero R$ 119,90 Blusa R$ 59,90 Saia R$ 159,90 Sandália R$ 139,90 Polo R$ 74,90 Calça R$ 189,90 Tênis R$ 159,90 Na página ao lado: Bolero R$ 119,90 Blusa R$ 69,90 118 Calça R$ 189,90

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Ilustrações: Latinstock/© National Geographic Society/Corbis/Corbis (DC)

MODA

Nesta página, Polo (conjunto com bermuda) R$ 234,90 Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 229,90 Sapato R$ 119,90 Na página ao lado: Colete R$ 199,90 Blusa (conjunto com calça) R$ 139,90 Saia R$ 189,90 Sandália R$ 179,90 120

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ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: FERNANDO FUCHIGAMI CABELO E MAQUIAGEM: PATRICK PONTES (CAPA MGT) MODELOS: JANNIK (NINI CASTING), HALYRIA DAFFRÉ (ARTE BAMBINI) E LIVIA URBANJOS (VOGUE KIDS)

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COMUNIDADE

Plantar hortas comunitárias, abrir espaço para os ciclistas no trânsito, ajudar a cuidar das áreas públicas. Na vida destes pais, os filhos foram o empurrão que faltava para sair da inércia e ajudar a construir um mundo melhor – inclusive para eles POR HELOISA VIANNA FOTOS RENATA URSAIA E NINO ANDRÉS

er filhos costuma mudar nossas perspectivas. É comum que pais e mães se peguem pensando sobre o mundo que as crianças vão herdar – e até imaginando o que poderiam fazer para torná-lo um pouco mais justo e humano. Em meio ao cotidiano tenso das grandes cidades, mais e mais pais vêm encontrando nos filhos inspiração para criar iniciativas destinadas a melhorar a vida de suas famílias, bairros e comunidades. Alguns contam que as crianças foram um estímulo importante para passarem da teoria à ação; outros, que tiveram ideias transformadoras por causa delas. É o caso do Movimento Boa Praça, que há cinco anos mobiliza os moradores da Vila Anglo, zona oeste de São Paulo, para cuidar de três praças no bairro. O projeto nasceu do desejo de Alice, então com 4 anos. “No caminho para a escola, passávamos por uma praça abandonada, mas que mesmo assim era especial para ela”, lembra a administradora de empresas Cecilia Lotufo, 38, mãe da menina e idealizadora do projeto. “Perto de um aniversário dela, perguntei o que queria de presente. Ela pediu uma festa na praça.”

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Vá de Bike Parece pouco... Usar a bicicleta como transporte e ensinar o filho a pedalar junto

... mas faz diferença Mostrar para ele que poluição e trânsito não são culpa dos carros, mas de quem decidiu dirigi-los – ou deixá-los em casa

A fotógrafa Rachel Schein pedala pelo Alto de Pinheiros, em São Paulo, com o filho Gabriel, de 9 anos: “Hoje, ele vê a cidade com outros olhos”.

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COMUNIDADE

Acostumada a abraçar grandes causas – Cecilia foi uma das primeiras jovens a pedir o impeachment do ex-presidente Fernando Collor pintando o rosto de verde e amarelo, e ficou conhecida na adolescência como a musa dos caras-pintadas –, ela decidiu que Alice ganharia, mais do que isso, uma praça nova. Com a participação da filha, mobilizou família, amigos e vizinhança para recuperar a área verde e fazer um aniversário comunitário no local. Bateu de porta em porta, entrou em contato com a subprefeitura e com comerciantes das redondezas, buscou apoio e conseguiu reformar a praça a tempo de produzir uma festa linda. Mesmo com o empenho de tantos, Cecilia viu que em poucas semanas a pracinha voltava a se deteriorar. Inconformada, convocou a comunidade para pensar soluções definitivas. “Percebemos que não bastavam melhorias pontuais. Era preciso recuperar a função social da praça como espaço de convívio”, conta. A partir da ideia de promover piqueniques comunitários mensais na praça, começou a tomar forma o Movimento Boa Praça, que hoje – cinco anos e 44 piqueniques depois – promove mutirões de recuperação de brinquedos, gincanas de mapeamento de árvores, de festivais de música e cinema ao ar livre, tudo para manter vivas suas praças. As crianças participam ativamente de tudo, o que equivale a uma lição, Cecilia acredita. “Para Alice e Antonio, meu filho mais novo, vejo que a participação colabora para construir a noção de cidadania, de coletivo, de pertencer à comunidade. Com essas experiências, eles se apropriam concretamente do espaço público, veem que sempre há o que fazer e aprendem a conviver e a lidar com diferenças e realidades com as quais não teriam contato na escola ou em casa”, afirma.

“Gabriel anda na sua própria bike, sempre comigo. Ele ficou um menino mais observador: nota o comportamento das pessoas no trânsito e critica quem desobedece as regras” Rachel Schein SAÚDE E DIVERSÃO Envolvido com a criação e a manutenção de uma horta orgânica comunitária na Vila Beatriz, a Horta das Corujas, o designer gráfico Vinícius Marson, 36 anos, pai de Dora, 2, pensa da mesma maneira. “Para nossa geração, ainda é um esforço mobilizar as pessoas”, diz. “Mas para minha filha e outras crianças que veem os pais envolvidos em projetos como este, espero que seja mais fácil. Talvez essa influência faça com que a próxima geração saiba se mobilizar coletivamente de forma mais natural”, opina. Embora sua intimidade com a terra venha da infância – os avós tinham horta e talento para a coisa –, foi só depois que a filha nasceu que se aprofundou no assunto. “Ela me fez realizar o sonho de plantar e colher. Não queria ser aquele pai frustrado, que só planeja e nunca faz o que dá prazer”, reflete. Fez, primeiro, uma horta em casa, da qual hoje Dora come todos os dias pelo menos um vegetal orgânico. “Ela usufrui e participa. Ajuda a regar plantas, cresceu brincando na terra. Chega em casa e vai direto para a horta”, ele conta. A prática acabou se expandindo para além de casa. Em uma temporada em Nova York, Vinícius viu as hortas comunitárias despontarem como tendência na revitalização de áreas deterioradas e passou a imaginar se o mesmo não poderia acontecer em São Paulo. Conversando com uma amiga, descobriu um grupo que se mobilizava para implantar uma horta comunitária experimental na praça das Corujas – por coincidência,

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Horta comunitária das Corujas Parece pouco... Ver os filhos comendo o que foi plantado em casa

... mas faz diferença Mostrar para as crianças que é possível mobilizar os amigos para construir um projeto coletivo

O casal de designers O designer Vinícius Christian e Tânia Marson a filha, Ullmann,e pais de Dora, Tomás,2 9anos, anos,natrabalha horta comunitária em casa para ficardas Corujas: “Ela fez mais perto dome filho: realizar o sonho de “Fazemos tudo juntos” plantar e colher”

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COMUNIDADE

Movimento Boa Praça Parece pouco... Promover piqueniques comunitários mensais na praça

... mas faz diferença Mostrar para as crianças que o espaço público é como a casa da gente – é preciso cuidar

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Cecilia Lotufo (no fundo) com os companheiros de Boa Praça: os amigos Carolina Tarrio, Ricardo Ferraz e Alexandre Leichsenring e as crianças Alice, Ana Luiza, Antonio e André

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bem perto de onde mora. Ele foi a uma reunião, colocou-se à disposição do projeto e logo assumiu tarefas na criação da infraestrutura, captação de água e adubação. Tocada pela comunidade, em mutirões de plantio e colheita abertos a toda a vizinhança, a horta hoje produz hortaliças, legumes e flores, que são repartidos entre quem trabalha e, eventualmente, doados. Como as iniciativas semelhantes que surgem aos poucos em São Paulo – na Vila Pompeia, na praça do Cliclista da avenida Paulista, no topo do Centro Cultural São Paulo e do shopping Eldorado –, a horta tornou-se exemplo de núcleo de agricultura urbana. Algo que transcende o ecologicamente correto: além de fornecer alimento, ampliar espaços verdes e permeabilizar o solo, estimula o cuidado com o espaço público e promove o convívio entre vizinhos. UM METRO E MEIO Há dois anos, Rachel Schein, 39 anos, fotógrafa e mãe de Gabriel, 9, teve de vender seu carro. Depois de algum tempo andando a pé ou de transporte público, resolveu experimentar a bicicleta. Pesquisou na internet, frequentou passeios noturnos e bicicletadas. Acabou aderindo às duas rodas com paixão: além de meio de transporte, a bicicleta virou causa e assunto. Hoje, escreve para o site Vá de Bike e produz vídeos sobre mobilidade e cidadania no trânsito. O filho acompanhou todo o processo. “No começo, eu o levava na cadeirinha, depois, na garupa. Agora ele já anda na sua própria bike, sempre junto comigo”, ela conta. Usar a bicicleta como meio de

“Para meus filhos, participar de um movimento como o Boa Praça colabora para construir a noção de cidadania, de coletivo, de pertencer a uma comunidade” Cecilia Lotufo

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transporte em São Paulo exige cuidado constante. A mãe conta que Gabriel se tornou um menino mais observador, que vê a cidade com outros olhos. “Ele nota a poluição e o comportamento das pessoas no trânsito, critica quem desobedece as regras”, diz. Outro dia, passando em frente a uma manifestação, ele se pôs a explicar a um amiguinho do que se tratava. “Manifestação é quando a gente sai na rua pedindo um metro e meio”, disse, referindo-se a uma reivindicação constante dos ciclistas: a distância mínima que um carro deve manter da bicicleta, ao ultrapassá-la. Para pais que se engajam em causas como essas, criar pequenos cidadãos é mais natural. “Não é uma regra, mas, pelo que costumo observar, ter um pai ativo e participativo na comunidade aumenta bastante as chances de a criança ter mais noção de sua própria cidadania, de seus direitos e deveres”, constata a canadense naturalizada brasileira Kim Cober, 48 anos. Ela levou isso em consideração ao matricular os filhos Caíque, 13, e Tarsila, 11, na escola municipal Amorim Lima, no Butantã. A escola, que tem como projeto a educação democrática, demanda a participação dos pais intensamente no dia a dia, em projetos de melhorias do espaço escolar e na organização de eventos. Há alguns anos, pais e educadores realizaram uma força-tarefa para manter a biblioteca da escola funcionando. Para Kim, não havia outra escolha. “A cultura canadense tem esse sentido de coletividade. Passar isso para meus filhos é fundamental para mim”, afirma ela, que faz o possível para levar adiante esse jeito de ver o mundo.

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O PAI DOMÉSTICO | POR JUVA BATELLA*

A dona Saudade, a srta. Rima e o dr. Iscáipe QUANDO A REALIDADE É DESMEDIDA E A SAUDADE NÃO PARA DE APERTAR, UM POUCO DE TECNOLOGIA PODE VIR A CALHAR

im, a dona Saudade não brinca em serviço, e vez por outra aparece de surpresa, geralmente de modo súbito, pungente e esquisito. Posso estar a tomar banho, depois de uma chuvada de tempestade nas ruas do Rio, e quando dou por mim já sinto, em meio à água da ducha gelada, um certo gosto de água salgada, e já estou eu a pensar na Alice e na Clarinha lá longe, em Lisboa, no frio, numa quase geada, e encerro de uma vez a chuveirada. Agora a chorar em pleno banho, pá? Posso estar a me arrastar com um carro no meio dum engarrafamento, a ouvir Caetano, Gil, ou apenas um jazz em baixo andamento, e de repente tudo fica embaçado e cheio de gotas, e eu penso, num lamento: “Mas está lá fora um sol de rachar...”. E quando dou por

S

“COMO ASSIM, PAPÁ? O QUE QUERES DIZER COM ISTO? DISSESTE QUE VAIS PASSAR MAIS TEMPO NO BRASIL DO QUE EM PORTUGAL. É ISSO?” – PERGUNTA A MAIS VELHA mim são os óculos de sol embaçados e engotejados, e eu a fungar... Agora a chorar no trânsito, pá? Posso estar a beber uns copos pelo Rio de Janeiro, posso estar a nadar, lépido e fagueiro, a tomar um sorvete, a chupar uma manga ou a subir num coqueiro, a comer sushi ou feijão-tropeiro, que olho para o lado e lá vejo a dona Saudade, olhando pra mim (ela está ainda mais gorda?), um arzinho zombeteiro... e choro, simplesmente choro, um choro discreto, é claro, mas longo e verdadeiro. Agora a chorar por tudo, pá? Mas deixemos as salgadas águas da senhorita Rima de lado, porque a realidade é desmedida, desafinada e seu ritmo, amalucado. E conto aqui uma façanha da mãe, em sociedade com o doutor Iscáipe. Dia 19 de março é Dia dos Pais em Portugal, e nesse dia

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19 último houve então a festa dos pais na escola da Clarinha. Estão a perceber toda a cena, pois não? “A nossa Clarinha está muito, muito triste. Chorou imenso ontem à noite porque se deu conta de que tu não estarás presente na festa de depois de amanhã. Todos os demais pais lá estarão, a realizar uma atividade em conjunto com os miúdos, menos tu... Pena, né? A nossa pequena piolha está desconsolada...” Nem consegui continuar a conversa. Dormi em sono leve e fiquei todo o dia 18 a flutuar na tristeza, sem pensar numa solução de peso. E na noite anterior ao evento lá vem a mãe ao telefone com uma feliz ideia cochichada para mim: “Amanhã acordas às seis da manhã no horário aí do Rio, põete na frente do Skype, e eu, com o iPad e lá na salinha de aulas da escola, que tem wi-fi, exatamente às nove no horário daqui, faço-te virtualmente presente na festa! Só não poderás comer os pastéis de nata...”. Nem acreditei, e à noite, ao doutor Iscáipe brindei, e com Nossa Senhora do Uái-Fái sonhei... Dormi pontualmente e acordei no ponto, ou mais para o bem passado: asseado, cheiroso, barbeado e dente escovado. E me plantei à frente da tela do computador, microfone testado, áudio em bom som, vídeo ativado. E esperei pela chamada lisboeta. E qual não foi o contentamento da minha portuguesinha, olhos de repente arregalados, mão na boca a conter um berrinho... Olha a saltar pela sala uma genuína alfacinha! “O papá está no Iscáipe! Professora! Olha o meu pai no écran do Aipédi da mãe! O papá veio à minha festa! Isto é muito giro, mamã!” E amontoaram-se as coleguinhas de 6 anos para ver o pai da Clarinha, lá do Brasil, e bem aqui, no Aipédi da mãe. “Mas, um momento... Olha o écran. Ele está com uma carinha...” Mas agora choras pelo wi-fi, pá?

* Doutor em literatura brasileira, o carioca Juva Batella acaba de voltar de Lisboa, onde viveu muitos anos. É autor de Confissões de um pai doméstico (Planeta, 2003), entre outros livros. Pai de Alice, 10 anos, e Clara, 6

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QUER QUE EU DESENHE? | POR MARCELLO ARAÚJO*

O MARCELLO CANSOU DA OUTRA COLUNA. E ARRANJOU UMA PARCEIRA PARA FAZER ESTA AQUI: A FILHA LAURA. A CADA EDIÇÃO, ELES VÃO DESENHAR, EXPLICAR E COMENTAR UM ASSUNTO

O sono

Isto é um rato! Nenhuma dúvida, certo?

20 h 2h 8h Olha a estampa! Pra dormir sem água na boca: tem pizza, bolinho, salada, sorvete, melancia, suco... Humm!!

O papai me desenhou. Olha os dedos do meu pé!

O TAMANHO DO SONO Aqui, cada um está do tamanho das horas que dorme.

PULAR ATÉ... Truque de um casal de amigos na hora de ir para a cama: eles pedem para os filhos pularem e darem cambalhotas até ficarem cansados e... CAÍREM DUROS

Poing, poing!

O PIJAMA MÁGICO Laura acredita que certas estampas fazem a gente sonhar com aquilo que está nelas.

EEste é o Baku. É, o Baku. Não sabe o que é, não?

Olha quanta banana!

DICA D DA LAURA PARA QUEM TEM PESADELO O Baku é uma lenda japonesa que come pesadelos. Construa seu Baku, a Laura explica como fazer.

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Você vai precisar de

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TRÊS DESCULPAS CAMPEÃS para levantar da cama na hora de dormir:

1 “Ih, acho que tem um monstro no ármario!” 2 “Tô com sede…” 3 “Só mais um beijo.” 130 3

Uma caixa (vazia!) de cereal, uma tesoura, um pincel e tintas. Passo a passo

Pegue um papel e desenhe ou escreva seus pesadelos nele. Abra um buraco na caixa e coloque o papel lá dentro. O Baku então comerá seus pesadelos. É bem legal!

O PIOR PESADELO

Estar em uma panela quente cheia de bananas ou ser esmagada por uma pedra gigante.

*Marcello é autor de livros como o Psiu!. Laura, 9 anos, é filha do Marcello e da Andréa e irmã da Carolina, 20. Ela adora cantar e andar de bicicleta

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OS MEUS, OS SEUS E OS NOSSOS | POR HÉLIO SCHWARTSMAN*

Perguntas difíceis IDEIAS PARA QUEM TEM DE EXPLICAR ÀS CRIANÇAS POR QUE MATAMOS ANIMAIS PARA COMER – E OUTRAS DÚVIDAS ESPINHOSAS

INCENTIVO OU SUBORNO?

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

Hélio, a professora da minha filha de 8 anos prometeu dar um chocolate às crianças que passassem a gostar de matemática. Diz a professora que a estratégia deu certo, mas me pergunto se isso não seria suborno. O que acha? Marta, dentista

Recentemente passei por um aperto financeiro e saquei o dinheiro da poupança da minha filha de 6 anos, sem o conhecimento dela, para pagar uma dívida. Alimento essa conta desde que ela nasceu e retirei o valor com a meta de depositá-lo de volta em breve. Agi certo? Sônia, professora

Definitivamente, é um suborno. Mas nem todo suborno é ruim. O importante aqui é saber se a estratégia funciona e se não tem efeitos colaterais adversos. Num estudo de 2010, o economista Roland Fryer testou diferentes políticas de “suborno educacional” aplicadas a 38 mil alunos nos EUA. Algumas têm efeito zero; outras, notadamente aquelas que foram mantidas de forma consistente ao longo de todo o ano letivo, registraram resultado bastante positivo. Não é impossível que a prática de pagar por boas notas acabe transmitindo os valores errados para o jovem. É por isso que muitos educadores e pais torcem o nariz para a ideia. Mas, até o momento, ninguém mostrou evidências concretas disso. Vale lembrar que tudo é uma questão de enquadramento. Dependendo de como descrevemos a situação, até salários e incentivos verbais comuns no mundo dos adultos podem ser classificados como suborno.

Não faria sentido exigir um grande esforço financeiro da família para saldar a obrigação, quando essa poupança estava disponível, e rendendo muito menos do que os juros que você teria pagado na dívida. Mas só poderemos dizer que você agiu bem depois que conseguir repor a soma, acrescida dos juros da poupança. É isso que vai definir se o ato foi empréstimo ou expropriação.

A CARNE É FRACA Meu filho de 10 anos me perguntou recentemente se é certo matar animais como galinha e boi para comer sua carne. Qual seria sua resposta? Marcelo, designer Sim, é certo. A natureza é cruel. Ela posicionou diferentes seres vivos em diferentes níveis da cadeia alimentar, de modo que, com exceção dos organismos autotróficos (tipicamente, plantas), todos estão condenados a devorar os outros para sobreviver. O homem, por ser o único bicho que é também um agente moral, está numa situação diferenciada, já que pode escolher renunciar a alimentar-se de outros animais, restringindo sua dieta a vegetais. É importante, porém, frisar que é difícil sustentar a obrigação de negar um atributo essencial de nossa natureza, que é a fome de carne. O que talvez esteja mais perto de constituir um dever é zelar para que a criação e o abate dos animais que consumimos sejam tão isentos de sofrimento quanto possível.

*Bacharel em filosofia, Hélio Schwartsman é articulista da Folha de S.Paulo e pai dos gêmeos Ian e David, 11 anos

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