Nossa coleção de inverno chega em clima de fantasia e aventura
FILHO ÚNICO, SIM As pequenas famílias estão mudando para melhor
JÁ PAROU PRA PENSAR? As dez coisas mais importantes na vida de uma criança
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EDITORIAL EDIT I ORIAL
Liberdade de escolha V
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ocê já parou para pensar quais são as dez coisas mais importantes da sua vida? Essa foi a pergunta que fizemos a um grupo de crianças para comemorar a décima edição da revista Lilica&Tigor – puxa, parece que ela nasceu ontem! O resultado, que você confere na reportagem “O mundo ao meu redor”, mostra percepções surpreendentes e divertidas da vida como ela é, que vão da aula de tricô ao caldinho de feijão da vovó, passando pela batata frita, pelos games no iPod e pela história antes de dormir. Para nós de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, todas aquelas respostas querem dizer uma coisa só: o importante mesmo é a liberdade de escolha, seja em que idade for. E isso está claro na coleção de inverno que apresentamos em primeira mão neste número, com uma variedade de peças que transitam pelo inverno brasileiro de norte a sul com muito estilo. A liberdade de escolha também dá o tom da reportagem “Sem rei na barriga”, outro destaque desta edição, sobre filhos únicos e famílias que deixaram de encarar o um como o número da solidão. “Não importa se você tem um, dois ou mais filhos”, diz para a gente a promoter Fernanda Barbosa, mãe de Pedro, 11 anos. “O principal é o amor.” A atriz Tania Khalill, estrela da nossa campanha de inverno ao lado do marido, o músico Jair Oliveira, das duas filhas, Isabella e Laura, e do sobrinho Amir, encara da mesma forma. Na reportagem “A vida em harmonia”, ela diz que tudo é uma questão de escolha. “No meu caso, com duas filhas, a vida é muito mais corrida, mas, ao mesmo tempo, muito mais gratificante também.” Atualmente na pele de Ayla, personagem da novela Salve Jorge, Tania foi entrevistada nos bastidores da nossa campanha de inverno, um dos destaques da nova geração dos nossos sites, reunidos agora no portal lilicaetigor.com.br. O vídeo com o making of está lá no meio de um mundo de conteúdo novo, muito mais versátil e dinâmico, como tudo o que se relaciona às nossas marcas. Muito em breve, também os clubes de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre e a nossa página no Facebook vão mudar bastante, na forma e no conteúdo, com muitas novidades para você e as crianças. Afinal, a transformação é a alma do que a gente faz. Espero encontrar vocês por lá. Um beijo, Rafaela Donini e equipe Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre
CAPA Foto Rodrigo Marques, styling Letícia Toniazzo, cabelo e maquiagem Patrick Pontes (Capa MGT), modelo Maria Eduarda Cilto (Dior Kids) Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Presidente Giuliano Donini Diretor Corporativo Gilmar Vegini Coordenação e Consultoria de Relacionamento Rafaela Donini www.lilicaetigor.com Conselho Editorial Giuliano Donini, Rafaela Donini, José Henrique Falbo, Graziela Della Giustina e Andreza Steffens (Marisol); Paulo Lima, Fernando Luna, Carlos Sarli e Ciça Pinheiro (Trip) Editor Paulo Lima Diretor Editorial Fernando Luna Diretora de Criação Ciça Pinheiro Diretora de Criação Adjunta Micheline Alves Diretora de Desenvolvimento de Negócios Adriana Naves Diretor Financeiro Renato B. Zuccari Diretor de Núcleo Tato Coutinho Diretora de Redação Ana Paula Orlandi Diretora de Arte Kiki Saraiva Projeto Gráfico Paula Carvalho Pesquisa de Imagens Coordenação Aldrin Ferraz Bibliotecário Daniel Andrade Pesquisador de Imagem Thiago Giacobelli Assistente de Pesquisa de Imagem Trainee Marina Amalia Estagiárias Nataly Rodrigues e Camila Gomes Revisão Coordenação Ecila Cianni Revisoras Janaína Mello, Adriana Rinaldi e Marcos Visnadi Produção Gráfica Walmir Graciano Produtor Gráfico Júnior Cleber Trida Tratamento de imagens Roberto Longatto e Roberto Oliveira Assistente de Tráfego Comercial Aline Trida Inteligência & Planejamento Monica Yamamoto Assistente Jessica Oseki Departamento Comercial Diretora de Publicidade e Circulação Isabel Borba iborba@trip.com.br Assistente Comercial da Diretoria Bruna Ortega brunaortega@trip.com.br (11) 3898-8227 Supervisora de Projetos Especiais e Planejamento Comercial Ana Carolina Costa Oliveira Diretor de Publicidade Heitor Pontes heitorpontes@ trip.com.br (11) 3898-8235 Gerente de Publicidade Mercado Segmentos Claudia Atala claudiaatala@trip.com.br (11) 3898-8238 Coordenadora Comercial e Atendimento Vanessa Soares vanessa@trip.com.br (11) 3898-8241 Assistente de Marketing Publicitário e Arte Fabiana Cordeiro fabicordeiro@trip.com.br Gerentes de Contas Flavia Marangoni flavia.maragoni@trip.com.br, Paulo Paiva paulo.paiva@trip.com.br e Roberta Rodrigues ro@trip.com.br Executivos de Contas Marcelo Milani milani@trip.com.br, Thais Meneguello t.meneguello@ trip.com.br, Vivian Viviani vivian.viviani@trip.com.br e Gabriela Llovet gabrielal@ trip.com.br Gerente de Contas On-line Marco Guidi marco.guidi@trip.com. br (11) 3898-8342 Executiva de Contas On-line Fernanda Siqueira fernanda. siqueira@trip.com.br Assistente Comercial On-line Sharon Ajzental sharon.aj@ trip.com.br (11) 3898-8340 Para Anunciar publicidade@trip.com.br (11) 3898-8227 Representantes INTERNACIONAL International Sales: Multimedia, Inc. (USA) info@multimediausa.com +1-407-903-5000 ARGENTINA Roberto Rajmilevich rra@ar.inter.net (54 011) 4961-5210 BA Romário Júnior romário@upmidia.info (71) 9105-5155 DF Alaor Machado alaormachado@A2representacao.com.br MG Rodrigo Freitas rodrigobox@me.com (31) 9421-6777 PE Wladmir Andrade wladmir. recife@omegamidia.com.br (81) 3465-4479 PR Raphael Muller raphaelmuller@ consultoriaresultado.com.br (41) 7813-7395 RJ Juliana Rocha juliana.rocha@gsbmidia.com.br (21) 3022-0110 RJ (Trip e Tpm) X² Representação alexandralibero@ gmail.com (21) 3177-1510 RS/SC Ado Henrichs ado@trip.com.br (51) 3028-6511 SE Pedro Amarante pedroamarante@gabinetedemidia.com.br (79) 3246-4139 SP Interior Daniel Paladino dpaladino@ld2comunicacao.com.br (11) 83840008 Coordenadora de Marketing Nancy Minervini Assistente de Arte Danusa de Freitas Planejamento e BTL Priscila Queiroz Projetos Especiais e Eventos Diretora Ana Paula Wehba Coordenação Regina Trama Assistentes Pedro Toledo e Mariana Beulke Editora de Arte Camila Fank Trade e Logística Diretora Daniela Basile Gerente de Circulação Adriano Birello Assistente de Circulação Vanessa Marchetti Coordenadora de Assinaturas Andrea Fernandes Analista de Trade Renata Vilar Assistente de Trade Fabio Pinheiro Novos Negócios Digitais Diretor Jan Cabral jancabral@trip.com.br Gerente Izabella Zuanazzi izabella@trip.com.br Projetos Digitais Diretor de Arte Beto Macedo betomacedo@trip.com.br Editora de Arte Debora Andreucci Colaboraram nesta edição Editor André Viana Editora Assistente Liana Mazer Texto Anna Paula Buchalla, Patricia Cerqueira e Rosane Queiroz Editora de Arte Luciana Soga Arte Diego Maldonado Produtora Executiva Ana Cândida Palanowski Assistentes de Produção Manuella Viscardi e Mariana Morais Stylist Letícia Toniazzo Fotografia Carol Quintanilha, Eduardo Delfim, Marcelo Naddeo, Xico Buny, Nino Andrés, Claus Lehmann, Calé, Rogério Miranda, Douglas Garcia, Debby Gram, Rodrigo Marques, Tavinho Costa e Mario Lalau Ilustração Juliana Russo, Nathalie Mellot e Sérgio Bergocce Tratamento de Imagem Walter Moreno/Factory Retouch Cabelo e Maquiagem Vanessa Barone, Jô Castro, Juliane Oliveira, Flávio Lacerda e Patrick Pontes Produtora de Objetos Paola Abiko Colunistas Benny Novak, Clarice Reichstul, Helio Schwartsman, Juva Batella, Marcello Araújo, Maria Ercilia Galvão Bueno, Odilon Moraes, Ricardo Calil e Taciana Barros LILICA&TIGOR é uma publicação da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Redação e Publicidade: Caixa Postal 11485-5, CEP 05422-970, São Paulo, SP. Tel.: (11) 2244-8786/8797. www.tripeditora.com.br
Impressão Gráfica Plural LILICA&TIGOR é uma publicação da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Redação e publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970, São Paulo, SP. Tel.: (11) 2244-8786/8797. www.tripeditora.com.br
COLABORADORES
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7 1 EDUARDO DELFIM Fotógrafo mineiro, mora em São Paulo. Clicou a abertura dos stills de moda. O que é mais importante na sua vida? “Minha liberdade.”
6 NATHALIE MELOT Ilustradora francesa, vive no Rio de Janeiro. Assina os desenhos dos stills de moda. O que é mais importante na sua vida? “Amar!”
2 ROSANE QUEIROZ Jornalista paranaense, vive em São Paulo. Escreveu a matéria “O mundo ao meu redor”. O que é mais importante na sua vida? “Saúde, amor e minha filha, Anita.”
7 NINO ANDRÉS Fotógrafo argentino, radicado em São Paulo. Registrou as matérias “Não é brincadeira” e “A vida em harmonia”. Que bicho gostaria de ser? “Um daqueles peixes que vivem no fundo do oceano, sem luz.”
3 LIANA MAZER Jornalista curitibana, vive em São Paulo. Escreveu, entre outros textos, a matéria “A vida em harmonia”. Que bicho você gostaria de ser? “Um pássaro que voasse bem alto para ver o mundo lá de cima.”
8 SERGIO BERCOCCE Designer paulista. Ilustrou os títulos do Playground e das matérias de comportamento. O que é mais importante na sua vida? “As pessoas que gosto e meu trabalho.”
4 XICO BUNY Fotógrafo gaúcho, mora em São Paulo. Clicou os stills de moda desta edição. Que bicho gostaria de ser? “O Scooby-Doo.”
9 MARIO LALAU Fotógrafo paulistano. Clicou o editorial “Chá sem cerimônia”. O que é mais importante na sua vida? “Minha família.”
5 CLAUS LEHMANN Fotógrafo paulista. Clicou a matéria “Sem rei na barriga”. O que é mais importante na sua vida? “Liberdade.”
10 CAROL QUINTANILHA Fotógrafa paulistana. Registrou as seções Enquete e Trocador. Que bicho você gostaria de ser? “Urso nadador.”
7
Festa na floresta As ilustrações do paulistano Arthur Gomez Paiva, 4 anos, estão espalhadas por esta edição. “Uma das coisas que mais gosto é quando meus amigos vêm na minha casa e a gente procura o Saci e o Curupira na ‘florestinha’ [jardim do prédio onde mora].”
PRATELEIRA
PLAYGROUND Literatura, cinema, música, arte, museus, mundo digital, moda, gastronomia, viagem, decoração, bichos, cultura de rua, brincadeiras, comportamento, memória. Criança tem assunto que não acaba mais. Nossos colunistas estão de olho em tudo.
Música
por Taciana Barros
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14
Um projeto social de cair o queixo em Salvador
Comida
por Benny Novak
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A importância da rotina na hora de comer
Mundo digital
por Maria Ercília
19
Como um sistema de ensino vem revolucionando as escolas americanas
Cinema
por Ricardo Calil
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As crianças conseguem ver o essencial
Livros
por Odilon Moraes
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A fantasia como instrumento para compreender o real
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Estilo
por Clarice Reichstul
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As reminiscências de um ritual de infância na companhia da avó
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ENQUETE Qual bicho você gostaria de ser?
40
As escolhas de uma turma com criatividade animal
DECORAÇÃO Cenário ideal
8
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A casa do cenógrafo Marcelo Jackow, em São Paulo, é uma espécie de laboratório para os dois filhos pequenos
CONEXÕES Um super-herói entre as princesas
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A afinidade entre um garoto e suas cinco colegas de classe originou uma inseparável turma de mães
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VIAGEM Na onda de Nalu As aventuras pelo mundo da pequena Isabelle Nalu, 5 anos, uma menina pra lá de viajada
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MODA Tendências 26 Trem
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Bebês
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Turma
84
Meninas
94
Meninos
104
64 Descubra com a gente por que toda estação tem a sua moda
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“Não importa se você tem um, dois ou mais filhos. O principal é o amor.”
COMPORTAMENTO Infância O MUNDO AO MEU REDOR Quais as dez coisas mais importantes da sua vida?
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Making-of A VIDA EM HARMONIA Os bastidores da nova campanha de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre com a família do músico Jair Oliveira e da atriz Tania Khalill
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Pais & filhos
Fernanda Barbosa, promoter, na foto abaixo com o filho Pedro
SEM REI NA BARRIGA Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre filhos únicos e pais de filhos únicos
114
Serviço NÃO É BRINCADEIRA Três crianças
114
120
apresentam os jogos que elas mesmo inventaram
COLUNAS Olho mágico A árvore genealógica ideal não tem hierarquia
O pai doméstico
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Nosso colunista antecipa dois bons motivos para a saudade que vai sentir de Portugal
Frase da infância
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Marcelo Médici, ator: “Encontrei o fim do mundo!”
Os meus, os seus e os nossos Razão e emoção na hora de resolver impasses entre pais e filhos
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DIGITAL
ON-LINE
CONHEÇA O
NOVO PORTAL!
A partir de agora todo o conteúdo de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre vai estar reunido no portal www.lilicaetigor.com.br. Lá você vai poder conferir e compartilhar nas redes sociais a nova coleção das duas marcas e os editoriais de moda de cada edição da revista, além de ter acesso ao conteúdo nteúdo extra produzido para nossos sites.
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NOVINHO EM FOLHA Repaginado, o nosso clube ganha, além de jogos, um novo conteúdo desenvolvido especialmente para as crianças, com histórias em vídeo, curiosidades e muita diversão.
A CAMINHO Veja o making of da próxima campanha de inverno de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, fotografada por Jacques Dequeker. Estrelas do ensaio ao lado das duas filhas e do sobrinho, o músico Jair Oliveira e a atriz Tania Khalill falam sobre família e estilo.
COM RIMA OU SEM RIMA Nosso colunista de Livros, Odilon Moraes, elege cinco títulos de poesia para pais e filhos lerem juntos.
Na estrada com Nalu Assista a trechos de algumas das viagens feitas por Isabelle Nalu, 5 anos, ao lado dos pais, o surfista Everaldo Pato e a cinegrafista Fabiana Nigol.
MODA Um vídeo exclusivo registra o ensaio“Castelo mágico”, um dos destaques desta edição.
facebook.com/lilicaetigoroficial
TÍTULO SÉRGIO BERGOCCE
ÁS DE FRALDAS
Casa monstro Desmontável e feita de madeira maciça de reflorestamento, a Casa Halloween vem com 11 personagens das histórias de terror e nove peças de mobiliário. A ideia é do designer Achilles Simioni e da arquiteta Luciana Pagnano, do estúdio Kitopeq, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Custa R$ 219, na Eureka Brinquedos Criativos, em Itajaí (SC), tel. (47) 3398-0106.
Qualquer criança vai se sentir um ás do volante com o Speedster, um carrinho sem pedal feito para minipilotos entre 1 e 3 anos de idade. Com design inspirado nos carros de corrida do começo do século passado, o brinquedo traz detalhes old fashion, como grelha do radiador aparente, capinha do tanque de combustível e coluna reta do volante. Sai por 79 libras (cerca de R$ 270) mais frete no site www.hedgehogshop.co.uk.
*
As frases em destaque nesta edição são do livro Cultura (editora Iluminuras), de Arnaldo Antunes, com ilustrações de Thiago Lopes
Fotos: divulgação
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MELHORES AMIGOS
GRANDE BRINCADEIRA
*“O silêncio é o
começo do papo”
I
dealizada por Lina Bo Bardi (1904-1992) no início da década de 1980, a exposição Mil brinquedos para a criança brasileira ganha uma releitura entre abril e agosto, dentro das comemorações dos 30 anos do Sesc Pompeia, em São Paulo – espaço projetado pela arquiteta ítalobrasileira e inaugurado em 1982. A nova versão da mostra, batizada de Mais de mil brinquedos para a criança brasileira, tem curadoria do pesquisador e artista plástico Gandhy Piorsky, da educadora Renata Meirelles e da diretora de arte e cenógrafa Vera Hamburguer. LILICA&TIGOR conversou com Ilona Hertel, coordenadora de programação do Sesc Pompeia. O que mudou em relação à exposição original? A ideia original de Lina era fazer um panorama da produção artesanal e industrial dos brinquedos brasileiros. Esse conceito permanece, mas agora vamos mostrar também brinquedos fabricados por crianças de todo o país. Do acervo original de 7 mil itens aproveitamos 200 peças; o restante é fruto de uma nova pesquisa, compondo um total de mais de 4 mil objetos. O visitante poderá interagir com a exposição? Crianças e adultos poderão fazer isso em alguns momentos do trajeto. Há, por exemplo, um espaço chamado de “O mínimo e as mãos”, em que os visitantes poderão tocar em miniaturas para investigar a relação com objetos de pequena dimensão.
Exposição Mais de mil brinquedos para a criança brasileira, de abril a agosto, no Sesc Pompeia, rua Clélia, 93, São Paulo, tel. (11) 3871-7700
Foto: divulgação
Foto: Sérgio Tomisaki/Folhapress. Still: Edu Delfim. Cartaz: livro Lina Bo Bardi (Imprensa Oficial – 3ª edição)
“Bichos de estimação estão na memória afetiva das pessoas”, diz a designer paulistana Paola Abiko, que criou uma linha de cachorros e gatos de feltro recheados de areia para funcionarem como item de decoração ou peso de porta. O modelo acima custa R$ 185 na loja It, em São Paulo, tel. (11) 3554-0737.
MULTIFACETADA Ao descobrir que seria pai, o artista gráfico norte-americano Brent Holloman decidiu registrar o crescimento de sua filha, Vie (apelido de Genevieve), 11 meses, de uma forma pouco convencional. Desde o dia em que ela nasceu, Holloman transforma a cada semana a silhueta da menina numa ilustração, reunidas em seu blog www.brentholloman.com/ blog2. Ele falou à LILICA&TIGOR: Como é seu processo de criação? Estou sempre anotando possíveis temas e estilos. Já tenho uma lista enorme à qual recorro sempre que necessário. A maior dificuldade é conseguir traçar a silhueta da Vie. Ela se mexe tanto que tenho de filmá-la e depois escolher um frame para trabalhar em cima. É fantástico ver como nossa silhueta muda de uma semana para outra, principalmente nesse comecinho de vida.
PLAYGROUND
Música TACIANA BARROS, AOS 3 ANOS
A vitrolinha de crochê da designer holandesa Anne-Claire Petit é perfeita para criar uma relação afetiva entre os pequenos e este aparelho de som tão diferente dos tocadores de MP3 com que estão acostumados. Mon Premier Tourne-Disque (meu primeiro toca-discos, em francês) funciona como uma caixinha de música e toca “My Way”, de Frank Sinatra. Custa 119 euros (mais o frete) no site www.littlezebra.com. Outros trabalhos de crochê da designer podem ser vistos em www.anneclairepetit.nl.
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“O camelo é um cavalo sem sede” Gosto eclético Música é uma das paixões da atriz carioca Letícia Pedro, 11 anos, que vive a personagem Mila no seriado Detetives do prédio azul, produção da Conspiração Filmes para o canal pago Gloob. A seguir, Letícia (na foto com seus colegas da série, os atores Cauê Campos, que interpreta Capim, e Caio Manhente, o Tom) elege suas canções favoritas.
1 “NEVER” JUSTIN BIEBER 2 “GAROTO ERRADO” MANU GAVASSI 3 “AMAR NÃO É PECADO” LUAN SANTANA 4 “PRA VOCÊ GUARDEI O AMOR” NANDO REIS E ANA CAÑAS 5 “WHAT MAKES YOU BEAUTIFUL” ONE DIRECTION
Já tinha ouvido falar muito do projeto do Carlinhos Brown no bairro do Candeal, em Salvador, mas só agora tive a chance de conhecer pessoalmente. O objetivo do projeto é implementar um plano de desenvolvimento socioeconômico a partir das aspirações e especificidades da comunidade, promovendo melhoria da qualidade de vida e qualificação profissional para os moradores. Fui lá com meu grupo, o Pequeno Cidadão, porque convidamos Brown e sua turma (coro adulto, galera da Timbalada e, principalmente, as crianças) para participarem de “Abre a nuvem’, faixa do nosso novo CD, Pequeno Cidadão 2, lançado no final de 2012. Chegamos e começamos a montar tudo correndo para o dia render e podermos voltar para Sampa ainda à noite. Meia hora de ajustes no estúdio e chega o Brown com um monte de crianças, todas de uniforme da escola e rindo muito. Era a galerinha da Pracatum Inglês, escola que conta com salas de aula apropriadas, espaço de convivência e biblioteca aberta para todas as crianças da comunidade. Uma coisa maravilhosa, um projeto de guerrilheiro do Carlinhos. Os meninos nunca tinham gravado um CD, mas, como toda criança que entra pela primeira vez num estúdio, acharam aquilo o máximo. Carlinhos ficou de maestro ali na sala, incentivando e ensinando. Foi muito emocionante e espero muito que a molecadinha fique feliz quando ouvir o resultado — quem sabe, um dia, algum deles vire um cantor profissional e Taciana Barros é integrante da banda Pequeno Cidadão em parceria com Edgard Scandurra e Antonio Pinto. É mãe de Daniel, 24 anos, e Luzia, 11
Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação
VIRA O DISCO
A turma do Brown
Foto: Keri Oberly
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Estudantes de Gana, com sua One World Futbol
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SHOW DE BOLA Quando viu na televisão crianças em Darfur, no Sudão, jogando futebol com uma bola feita de lixo amarrado, o norteamericano Tim Jahnigen teve um estalo. E se ele criasse uma bola que não fura nem precisa ser enchida? Jahnigen tirou a ideia do papel depois de uma conversa com o cantor Sting, seu amigo, que rapidamente reuniu interessados em patrocinar a invenção. Hoje a One World Futbol – nome tirado da música “One World (Not Three)”, de Sting – é a principal diversão de comunidades carentes de 143 países, o Brasil incluído. Segundo o porta-voz do projeto, Eric Frothingham, só na África mais de 20 milhões de bolas murchas são substituídas a cada ano pela One World Futbol. A maior parte das doações é financiada por multinacionais. É possível, no entanto, adquirir apenas uma, já que, para cada bola comprada, outra é doada. O valor: US$ 39,50 no www.oneworldfutbol.com.
Fotos: divulgação
ARTE DO ACASO A designer espanhola Marta Altés nunca imaginou que um curso sobre ilustração de livros infantis pudesse mudar sua vida. Hoje morando na Inglaterra, ela acaba de publicar seu quarto livro infantil, My Grandpa (será lançado neste ano no Brasil pela Ciranda Cultural). Marta tem se destacado pela liberdade com que faz experiências artísticas para suas ilustrações. Recentemente criou, por exemplo, lindas figuras com raspas de lápis. “Eu estava trabalhando com lápis coloridos e sem querer a sujeira do apontador caiu sobre a folha”, conta. As ilustrações de Marta estarão à venda em breve em seu site, www.martaltes.com.
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Criatividade de sobra Fundado em 2009 para ser um elo entre o setor empresarial e a sociedade, o Instituto Baraeté, em São Paulo, lançou em 2012 o projeto Criar para Brincar. Nele, estudantes de design e arquitetura são desafiados a inventar brinquedos para crianças de 5 a 7 anos com sobras de material de indústria. As vencedoras da primeira edição do prêmio foram as estudantes de design da Faap Maria Eugenia Collaço e Thais Costa, com o jogo Bola-Bamba (1). Nessa brincadeira, os jogadores arremessam uma bolinha para cima e precisam encaixar as partes da raquete enquanto a bola está no ar. O segundo lugar ficou com o Cubis (2), uma espécie de cubo mágico criado por Giovanna Addis e Nathália Duarte, estudantes de arquitetura da Faculdade Anhembi Morumbi. Inspirado no quebracabeça chinês Tangran, Mandala (3), das estudantes de design da Faap Luciana Abud e Ana Sofia Asseis, ficou com a terceira colocação. Testadas por 30 crianças indicadas por ONGs, as criações foram aprovadas por um órgão ligado ao Inmetro e deverão ser comercializadas ainda em 2013. Para mais informações, www.institutobaraete.org.
PLAYGROUND
No tempo da delicadeza DIÁLOGO E RESPEITO MÚTUO: EIS A FÓRMULA DA APRESENTADORA DE TV JOANA LIMAVERDE E DE SUA FILHA SOPHIA PARA UMA RELAÇÃO TRANQUILA E HARMONIOSA
POR LIANA MAZER RETRATO CALÉ
P
Fotos: divulgação
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assear e andar de bicicleta são algumas das distrações preferidas de Joana Limaverde, apresentadora do programa Show de bebê, do canal pago Bem Simples, ao lado de sua filha Sophia, 7 anos. Acostumadas a passar muito tempo juntas, ambas garantem que a convivência intensa não causa conflitos. “Nós nos mudamos seis vezes em dois anos e meio e Sophia nunca deu trabalho”, Joana conta. “Ela é realmente uma companheira maravilhosa!” As numerosas mudanças de casa e de cidade ocasionadas pelo trabalho da apresentadora parecem, na verdade, ter ajudado mãe e filha a conquistarem uma relação harmoniosa. O segredo, segundo Joana, está no diálogo constante. “Sophia é uma menina doce, amorosa, sensível e não aceita quando falam de forma ríspida com ela”, diz. “Compreender isso foi muito importante para mim: ela me ensinou a resgatar minha delicadeza.” A filha, por sua vez, entendeu a aflição que a mãe tinha com sua mania (nada incomum) de começar várias coisas ao mesmo tempo e não ter paciência para terminar nenhuma. “Mamãe me ensinou que tudo precisa ter começo, meio e fim”, afirma Sophia.
Comida BENNY NOVAK, AOS 5 ANOS
Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação
O valor da rotina Com a mudança nos hábitos familiares, com a rotina cada vez mais corrida, os hábitos alimentares pioraram muito. E isso, sem dúvida, traz um efeito muito negativo para os filhos. Um dos maiores vilões da má alimentação na infância e adolescência, acreditem, pode ser a TV. Crianças que se alimentam na frente da telinha, em sua grande maioria, não prestam atenção no que estão comendo e nem ficam atentas quanto à satisfação com o que está sendo levado à boca. Não mastigam direito os alimentos ingeridos, o que pode causar alguns problemas gástricos e intestinais. Imagino que a falta da rotina das refeições em família também contribua para o problema. Sem dúvida, o mundo, hoje, é muito mais corrido. Ansiedade, trânsito, trabalho sem fim acabam eliminando esse momento que, para mim, sempre foi muito prazeroso na infância. Acho que vale a pena revermos isso. A rotina familiar é muito importante para que os pequenos criem uma relação de limite e segurança. Cedeu uma vez, vai ficando cada vez mais difícil fazê-los voltar à mesa. É comum hoje em dia ver o pai vendo televisão enquanto a mãe come um lanchinho na cozinha e os filhos jogam no iTouch. A presença de todos à mesa – sem TV – fortalece a relação familiar e faz com que os pais prestem atenção na mastigação das crianças e as orientem para uma alimentação mais saudável. Pai de Sofia, 10 anos, Fernando, 8, e dos gêmeos André e Gabriel, 4, o chef Benny Novak é dono do Ici Bistrô e de outros restaurantes em São Paulo
Você já viu esse filme
V
ocê sabia que de cada três crianças brasileiras uma tem problemas de saúde parecidos com os de uma pessoa de 70 anos em consequência de sobrepeso ou obesidade? Essa assustadora epidemia moderna é o tema do documentário Muito além do peso, da cineasta Estela Renner, que pode ser baixado no site www.muitoalemdopeso.com.br. Ela falou com LILICA&TIGOR. O que mais a espantou ao fazer o filme? Crianças tomando refrigerante na mamadeira frequentemente antes do primeiro ano de vida e o fato de só passarem em média três horas na escola enquanto passam cerca de cinco horas em frente à TV. E o que mais a tocou? Crianças desistindo de brincar porque sabem que se correrem vão se cansar. Nada foi mais duro para mim do que ver essa energia vital sendo posta de lado por problemas que deveriam ser exclusivamente de idosos. Ter realizado esse filme fez você mudar algum hábito alimentar dentro de casa? Apesar de eu sempre ter tido cuidado com a alimentação, esse assunto ainda era uma pequena batalha em casa. Depois que meus filhos [11, 9 e 5 anos] assistiram ao filme, eles se transformaram. Agora eles estão do meu lado. Sempre soube que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas me surpreendi em ver isso funcionando na minha casa de modo tão instantâneo.
FINAL INFELIZ O CONSUMO EXCESSIVO DE AÇÚCAR CONTRIBUI PARA A MORTE DE 35 MILHÕES DE PESSOAS POR ANO NO MUNDO. O EQUIVALENTE À POPULAÇÃO DO CANADÁ
NO BRASIL, 56% DOS BEBÊS TOMAM REFRIGERANTE FREQUENTEMENTE ANTES DO PRIMEIRO ANO DE VIDA
POR DIA, AS CRIANÇAS BRASILEIRAS PASSAM EM MÉDIA 3 HORAS NA ESCOLA E 5 HORAS EM FRENTE À TV
NO BRASIL,
33,5%
DAS CRIANÇAS SOFREM DE SOBREPESO OU OBESIDADE
O BRASILEIRO CONSOME CERCA DE 51 KG DE AÇÚCAR POR ANO
PLAYGROUND
TIGRE FLAMEJANTE CARISMÁTICO, DESINIBIDO E VAIDOSO, O ATOR LUIZ FELIPE MELLO, NOVO GAROTOPROPAGANDA DA MARCA TIGOR T. TIGRE, DIZ QUE NÃO SAI DE CASA DESARRUMADO: “SÓ GOSTO DE ROUPA BONITA!” POR LIANA MAZER
C
om apenas 7 anos, o ator carioca Luiz Felipe Mello tem chamado a atenção dos espectadores da novela Salve Jorge, da Rede Globo, na pele de Júnior, filho de Morena, personagem da atriz Nanda Costa. “Na rua todo mundo fica em cima de mim”, conta ele. “De vez em quando fico até envergonhado.” Luiz Felipe começou a atuar aos 4 anos em propagandas de TV. “Mesmo sem saber ler, ele decorava qualquer texto rapidinho”, conta a avó materna, Rosana, sem esconder o orgulho. “A gente lia os diálogos enquanto ele brincava e pronto!” Desde então, Lipe, como é chamado pela família, já participou de inúmeras campanhas publicitárias, o que valeu o convite para se tornar garoto-propaganda da marca Tigor T. Tigre. LILICA&TIGOR conversou com ele. Você gosta de ser ator? Adoro! Mas gosto mais das cenas em que eu tenho falas. É chato ter que ficar parado fazendo nada. Eu também sou músico, sabia?
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Foto: divulgação
Ah é? Que instrumentos você toca? Sou flautista, baterista e pianista. Piano, eu aprendi a tocar sozinho. Falta eu aprender trompete, trombone… Quero aprender a tocar todos os instrumentos! Mas você vai ser músico ou ator quando crescer? Acho que nem um nem outro. Quero ser detetive! Você pratica esportes? Só de brincadeira. Gosto de jogar vôlei e futebol. Sou Flamengo! O que mais você gosta de fazer? Gosto de jogar videogame, brincar na rua com meus amigos e ir ao cinema. Acabei de ver [o filme] Detona Ralph, achei muito legal!
“Adoro me arrumar!
Já faço tudo sozinho”
E como é sua rotina? Você vai à escola todos os dias? Só não vou quando tenho que gravar o dia inteiro. Mas eu não gosto de faltar, não, adoro ir para a escola e brincar com meu amigo Davi. É você que escolhe as suas roupas quando vai sair? Agora com 7 anos eu já sei fazer tudo sozinho. Tomo banho sozinho, me arrumo sozinho… Adoro me arrumar! Que tipo de roupa você gosta de vestir? Eu só gosto de roupa bonita. Calça jeans, camiseta. Gosto de usar óculos escuros, boné e meu anel. Você deixa sua mãe e sua avó ajudarem nas produções, ouve a opinião delas? Claro! Elas é que me ensinaram tudo sobre moda!
Mundo digital MARIA ERCÍLIA, AOS 7 ANOS
Retrato colunista: arquivo pessoal. Fotos: divulgação
Foguete da educação Toda vez que se discute educação, as pessoas se polarizam entre aqueles que dizem que essa geração cresceu jogando games e precisa de um ensino mais digital e os que acham que o contato com o professor é fundamental e que nem tudo pode ser transformado em game. Ao ler sobre o Rocketship Education, um sistema de ensino para escolas de baixa renda na Califórnia, fiquei empolgada com a fusão de tecnologia e contato humano que está sendo promovida por ele. Aprendizado de leitura e matemática através de games e desafios que ajustam a dificuldade conforme as respostas do aluno são inovações que convivem com uma rotina escolar muito voltada para experiências com professores, que passam 25% mais tempo na escola que outros professores nos Estados Unidos. Outra inovação que soa maravilhosa: a escola pede que os pais doem 30 horas por ano como voluntários da escola. Imagine o efeito benéfico disso em comunidades carentes, como as que são alvo desse programa. Como os estudantes passam um quarto do tempo no laboratório, a escola emprega menos professores – mas os salários são mais altos, e há programas de especialização para eles. São belas premissas não só para a educação, mas para esse mundo conectado que estamos criando. Precisamos deixar a tecnologia fazer o trabalho pesado e requalificar o contato humano, sem nos esconder um do outro atrás de telinhas. Maria Ercília Galvão Bueno passou a infância com o nariz nos livros, os 20 enfiada num jornal e depois dos 30 se afundou na internet. É mãe de Theodoro, 6 anos
REFORÇO ANTICHOQUE Por mais que iPads e iPhones sejam uma boa fonte de distração para crianças em viagens e restaurantes, os pais não deixam de sofrer quando os aparelhos caem no chão ou tomam um banho de suco. O iGuy, capa para iPad da marca Speck (US$ 39,95 no site www.speckproducts.com), é feito de EVA, que absorve o impacto de batidas. Disponível nas cores verde, azul ou laranja, possui ainda “pernas”, que deixam o tablet em pé.
VIDEOGAME TAMBÉM É ARTE A aquisição de 14 jogos de videogame pelo prestigiado MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York, finalmente confere status de arte a criações que fizeram a cabeça de gerações de aficionados. Segundo Paola Antonelli, curadora sênior do Departamento de Arquitetura e Design do museu, a seleção levou em conta “uma combinação de relevância cultural e histórica, expressão estética, profundidade estrutural e funcional, inovação em tecnologia e comportamento, além de uma bem-sucedida síntese de técnica e materiais”. Entre os games adquiridos pelo MoMA estão Pac-Man (1980), Tetris (1984) e SimCity 2000 (1994). Já estão na lista das próximas aquisições: Space Invaders (1978), Super Mario Bros. (1985) e The Legend of Zelda (1986). Mais informações no blog do museu: www.moma.org/explore/inside_out.
PLAYGROUND
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Cinema RICARDO CALIL, AOS 2 ANOS
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Still: Edu Delfim
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COISA DE MÁGICO O livro O mágico de Oz, do escritor americano L. Frank Baum, serve novamente de inspiração para o cinema. Em março deve chegar às telas brasileiras o filme Oz: Mágico e poderoso, do diretor Sam Raimi. Na onda do lançamento do longa, que traz o ator James Franco no papel do mágico, LILICA&TIGOR pinçou vários itens inspirados no clássico infantil de 1900. 1 | Boneca Figura Pop! Dorothy & Toto – Mágico de Oz. Custa R$ 69,90 no site www.lojamundogeek.com.br 2 | Gravura Dorothy (20 cm x 25 cm), da artista inglesa Zoey Hardwick. Vale US$ 20 no site www.society6.com/cutandpastlady 3 | Fantasia Homem de Lata, da Paçoca. Custa R$ 136 (sem o valor do frete) no site www.apacoca.com.br, que entrega em todo o Brasil 4 | Marcador de livro Wicked Witch Bookmark. Por US$ 21 no site http://kiranichols.etsy.com 5 | Livro O mágico de Oz, adaptado para pop-up por Robert Sabuda. Editora Publifolha. Vale R$ 69,90 na Livraria da Vila (www.livrariadavila.com.br)
Da primeira vez que assisti a Onde vivem os monstros, há três anos, eu sabia que se tratava de uma adaptação do clássico infantil de Maurice Sendak. Sabia que a história gira em torno de Max, um menino que briga com a mãe e, em sua imaginação, viaja até uma ilha onde se encontra com monstros que o declaram rei. Sabia ainda que a produção havia sido longa e tumultuada, que a crítica tinha se dividido, que o filme tinha dado prejuízo e que boa parte do público havia achado a versão um tanto triste. E acho que a minha visão – pouco entusiasmada – do filme acabou sendo influenciada por isso que escrevi acima. A segunda vez que vi Onde vivem os monstros, agora em DVD, foi outro dia com minhas filhas, Teresa e Julieta. Elas já conheciam o livro de Sendak e, na verdade, não davam muita bola para ele. Mas se conectaram imediatamente ao filme. Teresa, 6 anos, passou o tempo todo perguntando se Max ia fazer as pazes com a mãe (e foi buscar o livro para garantir que isso ia acontecer), se os monstros eram reais ou um sonho do menino. Ao final, ela decretou: “Eu gostei do filme, porque ele é de verdade”. Esquecido de questões desimportantes de produção, de crítica e de mercado, e aberto para a emoção do filme, ficou fácil perceber que Teresa tinha razão. Muitas pessoas defendem que olhemos para o mundo com olhos de crianças, para recuperarmos a inocência. Eu acredito que a visão delas é extremamente sofisticada – porque se atém àquilo que é essencial. Pai de Teresa, 6 anos, e Julieta, 4, Ricardo Calil é diretor de núcleo da Trip Editora e crítico de cinema da Folha de S.Paulo
Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação
Olhar maduro
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Foto Heitor F. Mello: arquivo pessoal Foto do livro: Xico Bunny
Vá de lambreta SELVA DE PEDRA Tudo começou quando, ainda criança, enxergou num guindaste uma girafa de ferro. Anos mais tarde, quando seus filhos, Francisco e Isabel, eram pequenos, o poeta Heitor Ferraz Mello escreveu para eles o poema “Girafa de obra” (“A girafa de ferro/ Brinca na construção:/ Pega tijolos e baldes/ Quando ergue seu pescoço/ Em haste”). Depois veio “Hélices de besouro”, sobre helicópteros. Pouco a pouco, ele começou a procurar outros bichos escondidos na cidade. Assim surgiu o livro de poemas Bichos da cidade (editora SM), que Heitor acaba de lançar em parceria com a ilustradora Beá Meira.
Que triciclo que nada! Que tal uma Scooter estilo anos 60, com todos os detalhes do modelo original? Além do charme, a réplica de brinquedo lançada pela empresa britânica Kiddimoto não tem pedais ou rodas extras, ideal para crianças de 2 a 6 anos aprenderem a se equilibrar sobre duas rodas. Sai por 120 libras esterlinas (cerca de R$ 400) mais frete e taxas no site www.kiddimoto.co.uk/scooters.
“O bigode é a antena do gato”
Quanto tempo levou para escrever os poemas do livro? O escritor mineiro Aníbal Machado tinha a teoria do “ponto de vista”. Um dia, você acorda com o “ponto de vista” da gravata. Sai na rua e só vê gravatas. Outro dia, é sapato, e assim vai. Eu entrei no ponto de vista dos bichos escondidos nas coisas da cidade. Foram bem uns dois anos fazendo uma espécie de zoologia do asfalto. Posso dizer que sou um bicho urbano, que cresci na cidade [Heitor Ferraz nasceu na França e mora há muitos anos em São Paulo]. Até hoje ainda me pego procurando outros bichos.
FOTO CASEIRA Cidade Invertida, projeto comandado pelo fotógrafo paulistano Ricardo Hantzchel, oferece desde 2006 oficinas sobre fotografia artesanal para crianças e adultos Brasil afora. Um trailer que funciona como laboratório fotográfico garante o caráter itinerante da proposta. Saiba mais no site www.cidadeinvertida.com.br.
Fotos: divulgação
Qual o melhor e o pior de uma cidade? Tenho uma queda pelos guarda-chuvas, esses morcegos que esquecemos num canto quando o temporal já passou. Também curto os grilos, aquela buzininha alucinada dos motobóis pela cidade. Não gosto mais de ver muitos guindastes e betoneiras. Eles não têm culpa do que fazem com eles, é claro. São usados nas construções de novos e mais novos prédios gigantescos, numa cidade sem projeto de urbanização nem de moradia para os que de fato precisam. São Paulo hoje é uma aberração arquitetônica. Acho que o livro é uma forma de ver a cidade, mas também de enfrentar os bichos da cidade, que nem sempre são bonzinhos e às vezes dão um tanto de medo.
PLAYGROUND
A gente tem a força! A NOVA COLEÇÃO DE LILICA RIPILICA E TIGOR T. TIGRE JÁ CHEGOU ÀS LOJA LOJAS. VEJA O QUE ESTÁ FAZENDO SUCESSO NOS TROCADORES
Gabriel Piazzi, 7 anos, camisa (R$ 139,90), camiseta (R$ 69,90), calça (R$ 139,90) e tênis (R$ 169,90)
Bruna Bragagnolo, 5 anos, vestido (R$ 269,90) e sapatilha (R$ 159,90)
Thomas Piazzi, 4 anos, calça (R$ 149,90), camiseta (R$ 54,90), colete (R$ 179,90) e tênis (R$ 179,90)
Gabriela Sgroi, 9 anos, blusa (R$ 89,90), bolero (R$ 99,90), saia (R$ 269,90, conjunto com blusa) e sapatilha (R$ 129,90)
Maria Luiza Birtozzi, 5 anos, bolero (R$ 79,90), blusa (R$ 44,90), saia (R$ 239,90, conjunto com duas blusas), meia-calça (R$ 44,90) e sapatilha (R$ 179,90)
Nina Guzzi Diament, 7 anos, blusa (R$ 149,90), short (R$ 159,90), meia-calça (R$ 49,90) e bota (R$ 269,90)
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Agradecimento: Loja Lilica & Tigor shopping Pátio Higienópolis (tel.: 11 3823-3737)
FOTOS CAROL QUINTANILHA
Livros ODILON MORAES, AOS 8 ANOS
Retratos colunista e Catarina: arquivo pessoal Fotos: divulgação
Mundo real Francisco, 3 anos, ao observar o movimento do vento batendo na grama diz ao irmão mais velho: “Grama parece cabelo”. João, do alto de sua experiência de menino de 7 anos, retruca com ar quase blasé: “Sim, Chico, a grama é o cabelo da natureza”. Dizem que as crianças habitam o mundo da fantasia. Discordo. Quem lida no dia a dia com fantasia e abstrações são os adultos. Dinheiro é uma fantasia. Um pedaço de papel que fingimos ter valor. Bancos brincam de apostar nessas coisas que não existem. Crianças, ao contrário, vivem imersas no real e criam, a partir do real, as suas interpretações do mundo. Assim inauguram o conhecimento sobre si mesmas e sobre as coisas que as rodeiam. Manoel de Barros escreveu que os poetas, assim como as crianças, trabalham com a semente das palavras. Eu acrescentaria que trabalham na semente de tudo o que é: todas as coisas à sua frente abrem possibilidade de conhecimento. Longe de buscarem a fantasia, usam a fantasia como instrumento para compreender o real. Dessa maneira nascem pérolas de humor como: “Avestruz é uma girafa, só que tem que é passarinho”. Ou de poesia, como: “Morrer é ver a flor pela raiz” (retiradas do livro Criança diz cada uma, de Pedro Bloch). Reflexões como essas, vindas de crianças, revelam uma grande abertura poética para a percepção dos fenômenos e das coisas. Odilon Moraes, 44 anos, é escritor e ilustrador de títulos como A princesinha medrosa (2002). É pai de João, 7 anos, Francisco, 3, e Luísa, 1
Estante animal Animais selvagens inspiram a linha de estantes do estúdio ActaDesign, de São Paulo. Os móveis, feitos de MDF revestido com folhas de madeira, têm formas de urso, girafa e rinoceronte (foto acima). À venda na loja Esther Giobbi, em São Paulo, tel. (11) 3034-0884, com preço sob consulta.
“O desejo é o começo do corpo” CLARICE PARA CRIANÇAS A vida íntima de Laura, de Clarice Lispector (foto abaixo), ilustrações de Odilon Moraes, editora Rocco. Por R$ 39,50 na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br)
“O livro é bem legal! Primeiro porque é de animais e eu gosto de animais. Conta a história de uma galinha que tinha um pescoço horrível. Mas ela era a mais penteada e limpa do grupo. Eu também gostei do livro porque ele tem muita ação: até aparece um carinha que veio de Júpiter e conversa com a Laura e a protege.” Catarina Prado Leite, 8 anos
PLAYGROUND
Estilo CLARICE REICHSTUL, AOS 5 ANOS
PEQUENAS NOTÁVEIS Sucesso nos Estados Unidos e no Japão, as Sonny Angels já podem ser encontradas no Brasil desde o final do ano passado. Lançadas em 2005, as bonecas japonesas de 10 centímetros de altura vêm em caixas lacradas (as chamadas “blind boxes”) e são divididas em sete linhas, como frutas, vegetais e animais marinhos. Valem R$ 64 (sem o valor de frete) no site www.supersoniko.com.br, que entrega em todo o Brasil.
“O pescoço é a
barriga da cobra”
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TERRA À VISTA! A cada 15 dias a marca carioca Le Petit Pirate lança uma nova coleção de tatuagens temporárias desenhadas por artistas de várias partes do mundo. Indicadas para crianças a partir de 3 anos, as tattoos duram em média cinco dias, são atóxicas e podem ser removidas com álcool. Cada cartela vale R$ 10 no site www.lepetitpirate.com, que entrega em todo o Brasil.
Quando eu era criança, em São Paulo, ia sempre na rua 25 de Março com a minha avó comprar tecido para fazer roupas de festa. Ela achava que, se me levasse nos bar mitzvah dos netos de suas amigas, iria encontrar um bom marido judeu para mim. Eu devia ter 10 anos, não estava muito interessada em nenhum marido, quanto mais bom ou judeu.Mas adorava o ritual das visitas à 25 de Março e suas lojas de tecido, seguidas das indefectíveis idas à costureira, a dona Idalina. Ela era um pouco chata e ranzinza, vivia implicando com o gosto da minha avó. Entre o gosto das duas, eu ficava com o meu, mas sempre perdia para o lado mais forte (o que variava de acordo com o humor da minha avó e da costureira). Passear em loja de tecidos até hoje é uma diversão sem igual para mim. Começa pelo cheiro de pano, goma, um cheiro de coisa antiga que continua mesmo em lugares novos e com a luz branca e feia. Depois vêm as milhares de cores que insistem em chamar a atenção do olhar, arco-íris de estampas miúdas, graúdas, xadrez, listras e bolinhas. Cada corte de tecido guarda a promessa de uma roupa linda, feita com carinho e apuro, cheiro de futuras festas e diversão.
Clarice Reichstul é colunista do jornal Folha de S.Paulo e mãe de Benjamim, 5 anos
Retrato colunista: arquivo pessoal. Fotos: divulgação
Promessa de felicidade
Charme em cena O SEGREDO DA ATRIZ PAULA PICARELLI PARA INCREMENTAR SEU LOOK BÁSICO ESTÁ NA ESCOLHA DOS ACESSÓRIOS CHEIOS DE ESTILO POR LIANA MAZER RETRATO CLAUS LEHMANN
E
ntre os cuidados com a filha, Sofia, 1 ano e 2 meses, e a vida de atriz não sobra muito tempo para a paulistana Paula Picarelli, 34. “Por isso minhas roupas combinam muito entre si. Na maioria das vezes opto por cores mais neutras”, conta ela, que ganhou destaque interpretando o par romântico da atriz Alinne Moraes na novela Mulheres apaixonadas, da Rede Globo. Hoje, Paula se dedica ao teatro, além de apresentar o boletim Terceiro sinal, na Rádio Cultura, e o programa de música Clássicos, na TV Cultura. “Para dar conta de tudo preciso ser prática.” Nem por isso, entretanto, ela abre mão de um visual descolado, como você confere a seguir.
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“Adoro chapéus! Meu preferido é um modelo preto que era do avô do meu marido.” “Uso muito este vestido para sair à noite. Comprei quando estava grávida, mas só passei a vestir depois que a Sofia nasceu.” “Gosto muito de estampa de zebra. Comecei com um tênis Vans, passei para este par de peep toes e agora tenho até telefone zebrado.” “Trouxe esta blusa de Berlim, onde apresentei um espetáculo, no final do ano passado. Ela traduz muito bem meu estilo: básico com charme.” “Uma das viagens mais legais da minha vida foi para o sudeste asiático. Este vestido florido encontrei em Bangcoc, na Tailândia, em uma rua sensacional para compras, a Khao San Road.”
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MODA |
RETRATOS EDUARDO DELFIM STILL XICO BUNY ILUSTRAÇÃO NATHALIE MELLOT
MEU ESTILO É ASSIM!
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NOSSOS CONVIDADOS ELEGEM AS PEÇAS FAVORITAS DA COLEÇÃO DE INVERNO
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Não me venham com babados! ALICE MARCONDES CRISCI, 7 ANOS
Alice só quer saber de roupas confortáveis e sem extravagâncias, que combinem com seu jeito moleca. “Gosto de subir no trepa-trepa, faço aulas de teatro e de circo, por isso prefiro roupas molinhas e alegres”, diz.
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1 CA CAMISETA “Ela é simples e bonita, do jeito que eu gosto. Amei a cor!” (R$ 59,90) 2 CA CASACO “Prefiro casacos leves, e este é feito de um tecido bem macio.” (R$ 129,90) 3 SH SHORT “Gosto muito de short jeans porque combina com tudo.” (R$ 149,90) 4 TÊ TÊNIS “Eu adoro estampas com flores. Quando vi este tênis, não tive dúvida!” (R$ 119,90) 26
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Adoro roupas diferentes NICOLAS CRUZ, 6 ANOS
A ideia de andar por aí com o mesmo look que os outros meninos não agrada muito Nicolas, que adora cantar e não se acanha com plateia. “Gosto de vestir roupas com desenhos diferentes e também de acessórios, como um relógio”, revela.
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1 CAMISA “Adorei o tecido desta camisa! É macio, gostoso de passar a mão.” (R$ 129,90) 2 CAMISETA “Curti o desenho. Tem um pouco de vermelho, cor que eu adoro.” (R$ 184,90)
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3 CALÇA “Escolhi esta calça porque azul-escuro é bonito e combina com a camiseta.” (R$ 266,90, conjunto com moletom)
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Assistente de fotografia: Fábio Moraes e Hair & Make up: Jô Castro
4 TTÊNIS “O verde meio azul deste tênis é bem legal.” (R$ 179,90)
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MODA | INSPIRAÇÃO
STILL XICO BUNY
Tiara R$ 59,90
Blusa R$ 59,90 Jaqueta R$ 219,90
Saia R$ 159,90
Bota R$ 269,90
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Princesa pop Romântica e descolada, ela encara o frio sem perder o charme
Foto: Everett Collection/Grupo Keystone
Cena do filme Quem é essa garota?
lilicaripilica.com.br
MODA | INSPIRAÇÃO SPIRAÇÃO
Jaqueta R$ 189,90
Cena do filme filme Moonrise Kingdom
Muito natural Colete jeans R$ 159,90 Camisa xadrez R$ 132,90
Foto: divulgação
Prepare-se para viver com estilo aventuras na cidade e no campo
Tênis R$ 189,90
Calça (conjunto com moletom) R$ 249,90 30
tigorttigre.com.br
MODA | INSPIRAÇÃO
Coroa (conjunto com pente) R$ 129,90
Bolero R$ 159,90
Blusa R$ 59,90
Sapatilha bebê R$ 149,90
Cardigã R$ 129,90
Foto: divulgação
Presilha R$ 34,90
Bota bebê R$ 229,90
Cena do filme Maria Antonieta
Joias da rainha O dourado reina soberano nos itens da próxima estação
Calça R$ 199,90
Blusa (conjunto com calça) R$ 239,90
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Pulseira (conjunto com cinto) R$ 79,90
Bolsa R$ 99,90
Bota bebê R$ 179,90
bcscomunicacao.com.br
MODA MODA | INSPIRAÇÃO
Camiseta R$ 69,90 Blusão (conjunto com calça) R$ 269,90 Jardineira bebê R$ 159,90 Tênis bebê R$ 179,90
Tênis bebê R$ 139,90
Cena do filme A invenção de Hugo Cabret
Acerte no tom
Camiseta R$ 89,90
Uma seleção de cores e estampas para aquecer a temporada
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Camiseta R$ 79,90
Tênis bebê R$ 169,90
Camisa R$ 132,90
Foto: divulgação
Calça (conjunto com jaqueta de moletom) R$ 256,90
tigorttigre.com.br
MODA
TRÊS EM UM:
JAQUETA FLORIDA Quem disse que o inverno não gosta de uma estampa vibrante? A ESCOLHIDA Jaqueta R$ 159,90
Tiara R$ 39,90 Presilha R$ 18,90
Blusa R$ 109,90
Blusa R$ 79,90
Camisa R$ 149,90
Saia R$ 139,90
Saia (conjunto com duas blusas) R$ 239,90
Sapatilha R$ 159,90
Calça R$ 149,90
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Tênis R$ 199,90
Sapatilha R$ 179,90
MODA
TRÊS EM UM:
BLUSÃO DE TRICÔ A peça de trama esperta exibe aqui toda sua versatilidade
O ESCOLHIDO Blusão R$ 149,90
Gorro R$ 59,90
Jaqueta R$ 189,90
Camisa R$ 139,90
Camiseta R$ 49,90
Camiseta R$ 49,90
Bermuda (conjunto com camiseta) R$ 199,90
Boné R$ 69,90 Calça R$ 179,90
Calça R$ 154,90
Sapato R$ 199,90
Tênis R$ 169,90
Tênis R$ 149,90 38
70102
70101
70100
70004
70005
SAC 0800 770 1615 • www.LEGObrasil.com.br
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LEGO e o logo LEGO são marcas registradas do Grupo LEGO. ©2013 The LEGO Group.
ENQUETE
Qual bicho você gostaria de ser? ESTA TURMA TEM UMA CRIATIVIDADE ANIMAL! POR LIANA MAZER FOTOS CAROL QUINTANILHA
João de São Pedro Carciofi, 9 anos “Eu queria ser um gato para pular bem alto e enxergar no escuro.”
Lorena Bauducco, 5 anos 40
“Um pônei colorido com um rabo bem comprido.”
João Pedro Sandin, 10 anos
Agradecimento: Teatro Alfa (www.teatroalfa.com.br)
“Queria ser uma fênix, a ave de fogo.”
Eduarda Ometto, 3 anos “Um cachorrinho que voa!”
Matheus Bovo Ribeiro, 7 anos “Um gavião com quatro olhos e pernas de sapo.”
Júlia Oliveira Ferreira, 4 anos “Queria ser um rato para poder entrar em todos os cantinhos.”
DECORAÇÃO
CENÁRIO IDEAL O CENÓGRAFO PAULISTANO MARCELO JACKOW TRANSFORMOU A CASA ONDE VIVE EM UM LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO PARA DIVERTIR OS FILHOS, ANTÔNIO E RAVI POR LIANA MAZER FOTOS DOUGLAS GARCIA
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anter a televisão desligada e os filhos entretidos em atividades que estimulem mente e corpo sempre foi uma preocupação do cenógrafo paulistano Marcelo Jackow, 41 anos. Não por acaso algumas das brincadeiras que inventa para Antônio, 5 anos, e Ravi, 4, se tornaram parte da decoração de sua casa no bairro Vila Beatriz, em São Paulo. O andaime utilizado para fazer um reparo no telhado, por exemplo, foi incorporado à sala quando ele percebeu que as crianças o haviam transformado num trepa-trepa. “Depois acoplei um escorregador na estrutura para completar a diversão”, diz o pai. Mais tarde, Marcelo amarrou pedaços de tecidos, sobras de um cenário que
produziu, nas vigas de madeira do telhado para servirem de balanços. A casa é cenário ideal para invenções, já que ela própria também é fruto da imaginação de Jackow. “Quando comprei este imóvel, há cerca de sete anos, havia apenas uma piscina enorme e dois pequenos cômodos no lote”, lembra. “Na época, o lugar era uma espécie de clube particular criado por uma avó para seus netos se divertirem.” Em seis meses, Jackow ergueu ali uma construção de dois pavimentos. “Escondi a piscina com um tablado de madeira para fazer o piso da sala de estar”, conta. “E o tanque acabou se transformando em porão e esconderijo secreto dos meninos.”
Os irmãos Ravi (camiseta verde) e Antônio adoram brincar com o pai, Marcelo Jackow, no andaime e nos tecidos da sala de estar. Na outra página, o painel é criação do artista e grafiteiro Speto
DECORAÇÃO
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1 Os desenhos das crianças enfeitam a pare-
de da cozinha, que é integrada à sala de estar. No quintal fica um minhocário para reciclar o lixo orgânico da casa
2 Relicários, imagens e símbolos de várias religiões transformam o lavabo em uma espécie de oratório. “Quando viajam, meus amigos sempre trazem algum item de presente para engrossar a coleção”, diz Marcelo
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3 O mural de fotos reúne momentos da vida de
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Marcelo e nunca está terminado: os meninos adoram editar as imagens
4 O artista e grafiteiro Ciro Shu, amigo de Marcelo, fez esta obra com estêncil a partir de uma foto de Antônio e Ravi 5 Como os filhos adoram super-heróis, Marcelo preparou uma surpresa: “Pintei as paredes do quarto deles com tinta de lousa e passei a madrugada desenhando os personagens”, conta. “Imagine a cara dos dois quando acordaram!” 6 A casa tem uma parede de escalada: fica no segundo andar, na sala de jogos, que também abriga uma mesa de pingue-pongue
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5 “
“EU ME SINTO O HOMEM-ARANHA QUANDO BRINCO NESTA PAREDE DE ESCALADA” RAVI
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CONEXÕES
Um super-herói entre as princesas DA SINTONIA ENTRE THEO E SUAS CINCO COLEGAS DE CLASSE NASCEU UMA INSEPARÁVEL TURMA DE MÃES POR ANA PAULA ORLANDI FOTOS MARCELO NADDEO
THEO, 3 ANOS
“Verde é minha cor predileta”
ROBERTA, RO R OBE BER BERT RT TA, 3 ANOS
“A Adoro doro do ro u usar ssa sar ar fantasias”
OLÍVIA, 3 ANOS
“O baile de Carnaval das princesas foi o tema da minha festa de aniversário”
RELAÇÕES
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Já viajaram juntos Têm irmão mais novo Vivem no mesmo prédio Frequentam a mesma clínica pediátrica Já dormiram na mesma cama
RAFAELA, 3 ANOS
“Acho os cavalos lindos!”
SOFIA, 3 ANOS
CATHERINA, 3 ANOS
“Gosto de ouvir o CD Os Saltimbancos”
“Meu prato favorito é alcachofra”
AFINIDADES São fãs da dupla Palavra Cantada Gostam de usar vestido Já andaram de avião Praticam natação Preferem calor a frio
Não têm bicho de estimação Curtem comida japonesa Amam brincar com água Sabem andar de bicicleta Adoram pular na cama elástica
A história da amizade de Theo, Roberta, Olívia, Sofia, Catherina e Rafaela, todos com 3 anos de idade, começa em 2011, quando eles se encontraram na mesma turma de uma escola bilíngue, em São Paulo. De lá para cá, os seis colegas já fizeram vários passeios juntos, como viajar no fim de semana para um haras no interior de São Paulo. Ou então curtir uma sessão de cinema no shopping e depois esticar em uma livraria ou lanchonete. No caso, é fácil organizar esses programas coletivos porque todos moram bem perto, no bairro Alto de Pinheiros, na zona oeste paulistana. A última a se mudar para lá foi Sofia, que em setembro do ano passado foi viver no prédio de Olívia, sua melhor amiga. No início deste ano, entretanto, Olívia trocou de endereço e agora é vizinha de condomínio de Rafaela. Mas isso não representou problema para as meninas, que continuam se encontrando com frequência para colocar em prática a brincadeira favorita: se fantasiar de princesa. Fã dos super-heróis, Theo não se aperta nessas ocasiões. “É que também adoro ser o príncipe”, ele confessa .
CONEXÕES
ROSA, mãe de Olívia
KARINA, mãe de Theo
VANESSA, mãe de Roberta Hair & Make up: Vanessa Barone
RELAÇÕES
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Moram no mesmo bairro São amigas no Facebook Dividem a mesma arquiteta Já saíram para jantar Frequentam o mesmo massagista
“SOMOS INSEPARÁVEIS” A psicanalista Camila Paiva Petean Danesi Rossi, a advogada Marina Herszkowicz Cimerman, a publicitária Rosa Araújo e a arquiteta Vanessa Féres se encontra-
CAMILA, mãe de Sofia
ram pela primeira vez no período de adaptação dos filhos na escola, quando se aproximaram da estilista Graciana Arnús Koelle e da professora de educação física Karina
Zerbini Helal de Albuquerque Tuono, que já se
GRACIANA, mãe de Catherina
MARINA, mãe da de Rafaela
AFINIDADES Já leram 50 tons de cinza Moraram fora do Brasil Curtem os filmes de Fernando Meirelles São fãs do U2 Adoram dançar
Gostam de salto alto O prato favorito é massa Torcem para o Corinthians Costumam ler histórias para o filho Bahia é o destino de férias predileto
conheciam por conta da amizade dos maridos. “Aquela semana foi uma festa para nós, ali a gente já sentiu que havia uma grande sintonia no grupo”, lembra Karina. “Todas éramos mães de primeira viagem dividindo as mesmas dúvidas e inquietações, nunca faltava assunto”, completa Graciana. A experiência foi tão boa que para comemorar o encontro elas foram tomar café da manhã juntas logo no fim de semana seguinte. Hoje se encontram pelo menos uma vez por mês para almoçar e também passaram a comemorar seus aniversários com um evento que batizaram de Champanhe da Tarde. “É uma delícia porque mães e filhos curtem a festa juntos: enquanto a gente conversa, eles brincam”, diz Vanessa, que agora está comandando a reforma dos apartamentos de Rosa e Marina. “Somos inseparáveis!”
VIAGEM
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C
Na onda de Nalu DESDE 2009, ELA É PROTAGONISTA DE UM REALITY-SHOW QUE REGISTRA SUAS ANDANÇAS E DESCOBERTAS PELO MUNDO NA COMPANHIA DOS PAIS. HOJE COM 5 ANOS DE IDADE, A PEQUENA ISABELLE NALU JÁ PODE DIZER QUE É UMA MENINA PARA LÁ DE VIAJADA POR LIANA MAZER
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hina, Indonésia, Austrália, Papua Nova Guiné, Caribe, Chile, Brasil — são tantos os destinos já visitados que fica difícil contabilizar. Há três anos, Nalu (onda em havaiano) e seus pais dividem as viagens que fazem ao redor do planeta na série Nalu pelo mundo, no canal pago Multishow. No programa, o pai de Nalu, o surfista catarinense Everaldo Pato, segue a trilha das ondas gigantes enquanto a mãe, a cinegrafista paulistana Fabiana Nigol, registra as manobras do marido no mar — e os passeios da família em terra. Nos instantes dedicados ao surf, Bellinha, como é chamada, brinca na areia, faz amizades e aprende a surfar olhando o pai. “Não tem como pedir para alguém ajudar, então procuro criar um ambiente legal para ela com joguinhos, livros, coisas para desenhar, DVDs...”, conta Fabiana. “Explico que é nosso trabalho, que ela precisa ajudar, e ela entende porque sabe que vai ter o dia dela.” Mas também há os momentos em que os pais de Nalu deixam o mar de lado para se dedicar às descobertas locais com a pequena. “Sempre procuramos fazer coisas que interessem aos três”, conta Pato. “Somos bem parceiros, todo mundo tem que estar feliz.” Eles passam quase cinco meses por ano viajando e ainda dividem o tempo restante entre Brasil e Havaí. Mas, segundo o casal, Nalu herdou o espírito aventureiro e curte pra valer o estilo de vida que tem. “Ela adora novidades, já entrou nessa loucura nossa de viagem”, afirma Fabiana. Confira a seguir alguns dos destinos que ganharam lugar cativo no coração de Nalu.
2 2 Enquanto Fabiana registra as manobras do marido, Isabelle brinca. “Procuro criar um ambiente legal para ela com jogos, livros e DVDs”, diz a mãe
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Da Joaquina a Pipeline FLORIANÓPOLIS E HAVAÍ Apesar de passar períodos curtos no Brasil (três meses por ano, no máximo), Nalu não tem dúvidas: “Eu moro em Florianópolis (2) — é onde tenho meu quarto, meus brinquedos e meus amigos”. Quando está “em casa”, seus programas preferidos são brincar nas dunas e surfar com o pai na praia da Joaquina. Acontece que, para ela, “em casa” também quer dizer na ilha de Oahu, no Havaí (1), onde nasceu e onde passa cerca de quatro meses por ano. “Quando estamos lá, andamos de bicicleta, patins, skate, curtimos muito a vida ao ar livre”, conta Fabiana. Em Oahu, enquanto o pai dropa as ondas de Pipeline, Nalu gosta de brincar com Keone e Maitê, filhos de amigos dos pais. Em 2012, ela também começou a frequentar a escola. “É uma experiência nova para toda a família, com rotina e compromisso com horários”, diz Fabiana, que até então aproveitava as viagens para educá-la por meio de livros, cadernos de atividades e brincadeiras. “Isabelle é muito curiosa e interessada, aprende muito em todos os lugares que visitamos. Já fala até inglês e espanhol”, orgulha-se a mãe.
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VIAGEM
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“Ela adora novidades. Já entrou nessa loucura nossa de viagem” Fabiana Nigol
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Boa companhia CHINA, DOMINICA, PAPUA NOVA GUINÉ E INDONÉSIA
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Pato e Fabi já tinham o pé na estrada muito antes de Isabelle nascer, em 2007. Foi um filme de surf que realizaram juntos, Nalu (2008), que levou um diretor do Multishow a propor que fizessem o programa. “Bellinha tinha 2 anos e exigia dedicação total, mas era uma oportunidade única e decidimos encarar”, diz Fabiana. Uma das primeiras aventuras em família foi em Lombok (1), ilha vizinha a Bali, na Indonésia. Os três ficaram hospedados numa vila muito simples, com direito a dormidas em colchão no chão e banho de balde entre galinhas e cachorros. Nalu gostou tanto da experiência que foi embora chorando de saudade. Outro lugar marcante foi a China (2), onde Pato surfou uma onda de rio conhecida como Silver Dragon. “Provamos escorpião e coisas que nem sabíamos o que eram”, ele conta. “A comunicação era bem difícil, mas o país é lindo. Bella sempre lembra de nosso passeio até a Muralha da China e de um tobogã que descemos lá.” Entre as viagens inusitadas da família constam ainda 15 dias de barco em Papua Nova Guiné (3), na Oceania, onde Nalu foi paparicada pelos locais por acharem-na exótica, e Dominica (4), no Caribe, onde mergulharam nas águas borbulhentas da Champagne Beach, uma praia localizada em uma área de atividade vulcânica. “Bellinha é muito companheira: come de tudo e se adapta superbem aos lugares que visitamos”, afirma a mãe.
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“Fui de barco para uma escola que ficava no meio da floresta [Amazônica]. Foi muito legal!” Isabelle Nalu
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Nalu no Brasil AMAPÁ, FORTALEZA, ALAGOAS E FERNANDO DE NORONHA Como acontece com toda criança, a lista dos lugares preferidos que Nalu já visitou muda a todo instante. No momento, uma comunidade à beira do rio Araguari, no Amapá (1), ocupa o primeiro lugar nas suas preferências. Além de surfar a pororoca (como é conhecido na Amazônia o encontro do rio com o mar, fenômeno que provoca ondas apreciadas por surfistas do mundo inteiro), a garota curtiu o dia a dia com as amiguinhas que fez por lá. “Fui de barco para uma escola que ficava no meio da floresta”, conta, empolgada. “Foi muito legal!” Fabiana diz que nunca havia visto a filha tão feliz como nos quatro dias que passaram lá. “Ela comeu jacaré, correu atrás de patos, subiu em porcos, andou a cavalo. Teve muita liberdade o tempo inteiro”, a mãe relata. A visita ao Amapá foi o pontapé inicial da sexta temporada do Nalu pelo mundo — a primeira dedicada ao Brasil. “Tínhamos muita vontade de conhecer nosso país”, revela Pato. “Foi incrível!” Nalu que o diga. Em Fortaleza (4), a pequena se esbaldou no Beach Park, segundo ela, “o melhor parque aquático do mundo”. Em Fernando de Noronha (3), mergulhou pela primeira vez com cilindro e nadou entre arraias e tartarugas. Na pequena cidade de Piranhas (2), na divisa de Alagoas com Sergipe, fez até rapel sobre o rio São Francisco. “O Brasil é tão grande que parece vários países”, resume a pequena viajante.
4
1
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PAIS & FILHOS INFÂNCIA
A música “Yellow Submarine”, dos Beatles
1 O super-herói ULTRAMAN 2
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Fazer bagunça
Tio Pedro e tia Paula
8 Ovo mexido e pipoca doce
IR À PRAIA
3
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O CD
BAMBAS DOIS, do meu pai
O PRIMO NICO
10
O CORINTHIANS
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FAZER NATAÇÃO
BAGUNÇA AO SOM DOS BEATLES Tom Sardenberg Bidlovski, 3 anos
A BONECA, A PRAIA, O IPOD, A SOPA OPA OP AD DA VOVÓ, OS AMIGOS, A MAMÃE... PARA COMEMORAR A EDIÇÃO 10 DA REVISTA LILICA&TIGOR, PERGUNTAMOS A SEIS CRIANÇAS QUAIS SÃO, PARA ELAS, AS DEZ COISAS MAIS IMPORTANTES DA VIDA. VOCÊ SABE QUAIS SÃO AS SUAS? 54
POR ROSANE QUEIROZ FOTOS ROGÉRIO MIRANDA
Quando perguntam a Tom o que ele mais gosta de fazer, a resposta é rápida: “Bagunça!”. De preferência com seu primo e melhor amigo, Nico, 5 anos, com quem já viajou para Ilhabela, SP. “A gente lutou contra as ondas e brincou de tubarão!”, conta, empolgado. “Adoro ir para a praia!” Os tios Pedro e Paula, pais de Nico, também são pessoas importantes para Tom. Foi através do tio Pedro, por exemplo, que ele conheceu o desenho Ultraman, que adora e não perde por nada. Na hora de comer, se ovo é o prato preferido, a sobremesa também é certeira: “Pipoca doce”. Na TV, quando tem jogo do seu time, Tom gosta de gritar “Vai, Corinthians!”. Louco por música, basta ouvir “Yellow Submarine”, dos Beatles, para começar a tocar uma guitarra invisível. O CD Bambas dois, do seu pai, o produtor musical Bid, é outro favorito para dançar e fazer muita, muita bagunça!
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1 TRICOTAR 2 O GATO TÉO
Viajar para 3 Minas Gerais
4 Brigadeiro COM morango
5 A AMIGA SABRINA
6 A AULA DE CIÊNCIAS
7 O livro Píppi Meialonga
8 Estudar violino
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O seriado Detetives do prédio azul
10 O CD MÚSICA
DE BRINQUEDO
DO TRICÔ AO BRIGADEIRO COM MORANGO Beatriz Mourão Delfim, a Bibi, 7 anos Bibi é uma menina com muitos interesses. “Eu amo tricotar”, exemplifica. Por influência de uma amiga, ela entrou na aula de tricô e já fez até um cachecol para o irmão Gabriel, 3 anos. Sua descoberta mais recente é o violino. “O som é muito bonito”, diz. Sabrina, a melhor amiga, é quase uma irmã. “Ela nasceu dois dias antes de mim, no mesmo hospital”, conta Bibi. Na escola, ela não perde uma aula de ciências. “No deserto do Saara tem escorpião, lagarto e um bichinho que fica pulando nas rochas para não queimar as patinhas”, ensina. Também é da maior importância para Bibi brincar com seu gato, Téo, e ler as histórias de Píppi Meialonga, uma menina órfã que mora sozinha e vive mil aventuras. Outro programa divertido é visitar Minas Gerais, onde moram as famílias dos pais. “Gosto de passear no Instituto Inhotim, um lugar cheio de obras de arte que fica perto de Belo Horizonte”, ela dá a dica. A partir da esquerda, Antonio, Maria Alice e Tomé: melhor que o esperado
PAIS & FILHOS INFÂNCIA
1 JOGAR FUTEBOL 3
2
Aprender VIOLÃO
O videogame
5
4
Os CINCO cachorros
A irmã BEBÊ 6
Viajar para A PRAIA
7
8 A história
Andar de
antes de
BICICLETA
DORMIR
9 Os amigos Pedro, Caio, Anita e
Juliana
10 A MÃE E O PAI 56 94
BICHOS, AMIGOS E JOGOS Gabriel Juvêncio Frizzarini, 8 anos Na lista das dez coisas mais importantes para Gabriel estão cinco cães: os vira-latas Lolita, Billy, Romeu e Pepita e a schnauzer Vicky. Lolita vive com Gabriel e a mãe. Os outros se dividem entre as casas do pai — uma em São Paulo e outra em Juquehy, no litoral norte paulista. Ele também anda encantado com a irmãzinha por parte de pai, Elisa, que acabou de nascer. Com a mãe, os programas preferidos de Gabriel são andar de bicicleta no parque Villa-Lobos e ler uma história juntos, antes de dormir. “É um momento importante para nós dois”, diz a mãe, a professora de sociologia Goreti Juvêncio Sobrinho. O último livro que leram foi Meus contos africanos, tema que Gabriel vem estudando na escola. Em casa, os jogos de videogame do Batman, Stars Wars e Mario Bros. tomam a atenção do menino de forma compulsiva; segundo a mãe, que limitou a brincadeira a duas horas. “Se deixar, jogo o dia inteiro”, admite Gabriel.
1 UM LÁPIS NA MÃO E UMA IDEIA NA CABEÇA Anita Queiroz da Costa Miguel, 9 anos Desde pequena, Anita adora desenhar. Gatos, flores e reproduções de cenas reais são temas recorrentes. “Desenho o que vem à cabeça”, diz. Anita é apaixonada por sua escola, onde estuda desde os 2 anos de idade. Ela chega a chorar quando falta às aulas por alguma razão. É lá que encontra suas melhores amigas. “Não quero falar os nomes, porque se esquecer alguma ela vai ficar chateada”, justifica. É comum as amigas dormirem uma na casa da outra para brincar de Polly, jogar games no iPod ou assistir a programas como Hora de aventura, no Cartoon Network, Os feiticeiros de Waverly Place, no canal Disney, ou a novela Carrossel, que virou febre entre a turma. A família também é destaque na lista de Anita, especialmente os avós que moram no interior de São Paulo. “Lá tem pé de pitanga e de amora”, conta. Com a mãe, é comum passar horas na seção infantil das livrarias ou ver filmes em 3-D. “Adorei Hotel Transilvânia”, diz ela, arrumando os cabelos, que insiste em manter longos.
DESENHAR 2
3
Assistir aos canais Cartoon Network, Disney e à novela Carrossel
As AMIGAS
4 A ESCOLA
5 Ir à LIVRARIA
6 CINEMA 3-D
7 Jogar games
NO IPOD
8 Macarrão com molho DE TOMATE
9
A família 10 OS CABELOS
LONGOS
PAIS & FILHOS
1
O BALANÇO 2
3
A IRMÃ SOFIA
Batata frita 4
A cachorra BELA
5
6
O SÍTIO DO PICA- PAU AMARELO
Brincar de LEGO
7 Ir ao clube 8
A BONECA
que fala
9
O ARCO-ÍRIS
10
A cor LARANJA
58 94
MUNDO COLORIDO Helena Rebelo Correa Ribeiro, 4 anos Um dia perfeito na vida de Helena começa no clube Pinheiros, em São Paulo. Ela ama o balanço e a batata frita da lanchonete de lá. Em casa, ainda tem muito o que fazer: criar prédios de Lego, andar de patinete e brincar com sua boneca que fala, a Little Mommy. Helena é alucinada por bonecas falantes. “A Emília [do Sítio do pica-pau amarelo] foi no meu aniversário!”, conta. Ela também deita e rola com sua minicachorra Bela, da raça griffon de Bruxelas, sob medida para as peripécias de Helena e de sua irmã Sofia, 9 anos. Quando as duas se juntam, costumam brincar de Barbie, mamãe e filhinha e pega-pega. “Sofia é o ídolo dela”, diz a mãe, a professora de educação física Silvia Regina Costa Rebelo. No seu mundo colorido, o tom favorito é o laranja. E, se o dia terminar com um arco-íris no céu, Helena vai dormir feliz.
1 2
Ficar “grudadinho”
COM A MAMÃE E O PAPAI SER DO BEM 3 Se sentir
PROTEGIDO
Assistir a
10
OS VINGADORES
9 FICAR EM CASA
ENTRE DINOSSAUROS E SUPER-HERÓIS
4
OS AMIGOS DA ESCOLA
5
O caldinho de feijão DA VOVÓ
6 Aprender sobre DINOSSAUROS
7 Cuidar da NATUREZA
8 O TIO
CESCO, 9 anos
Gabriel Calabria Martinelli, 5 anos Um dos grandes prazeres de Gabriel é ficar em casa. “Na nossa rotina, saímos cedo e voltamos tarde todos os dias da semana, e ele sempre vai e volta dormindo”, conta a mãe, a professora Ângela Calábria. “Quando estamos em casa, é difícil convencêlo a sair.” Filho único, é assim que Gabriel se sente protegido, “grudadinho com a mamãe e o papai”, ouvindo uma história ou pesquisando seu assunto predileto: dinossauros. “O tiranossauro rex é carnívoro”, diz Gabriel, emendando na conversa mais nomes difíceis como triceratope e pterodáctilo. Fã do desenho Os Vingadores, ele se empolga ao falar de Hulk e Thor, sempre empenhados em salvar o planeta. Vem daí, talvez, sua preocupação em cuidar da natureza e “ser do bem”. A vovó Ivete, mãe de Ângela, é quem prepara a sopa que Gabriel mais gosta. Ele até enche a boca para falar de seu prato preferido: “O caldinho de feijão da vovó!”.
MAKING OF
MÚSICA E DIVERSÃO EMBALAM O DIA A DIA DO CANTOR E COMPOSITOR JAIR OLIVEIRA E DA ATRIZ TANIA KHALILL. FOI NESSE CLIMA DESCONTRAÍDO QUE O CASAL POSOU COM AS DUAS FILHAS E O SOBRINHO PARA A NOVA CAMPANHA DE INVERNO DAS MARCAS LILICA RIPILICA E TIGOR T. TIGRE POR LIANA MAZER FOTOS NINO ANDRÉS
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ma grande brincadeira. Assim pode ser definido o clima dos bastidores da nova campanha de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, fotografada no final do ano passado na casa do cantor Jair Rodrigues, em Cotia, nos arredores de São Paulo. A escolha da locação não foi por acaso: Jair é pai do músico Jair Oliveira, que estrela ao lado da mulher, a atriz Tania Khalill, das filhas, Isabella, 5 anos, e Laura, 2, e do sobrinho Amir, 3 anos, o lançamento da coleção de inverno das duas marcas. “Trabalhar em família deixa tudo mais divertido”, observa Jairzinho, como é conhecido. Dono de um pique invejável, Jair embalou o ensaio, fotografado por Jacques Dequeker, cantando e tocando as músicas que vem compondo ao longo de quase 20 anos de carreira. Boa parte do repertório trazia canções do projeto Grandes pequeninos, que ele desenvolveu com Tania a partir do nascimento da primogênita, Isabella. A ideia rendeu um livro-CD, lançado em 2009, com participações dos amigos Seu Jorge, Max de Castro e João Suplicy, que foi indicado ao Grammy Latino de melhor disco infantil, e também um espetáculo apresentado em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. “Agora, estamos prepa-
rando uma segunda edição do projeto”, avisa, para acrescentar: “Minhas filhas me inspiram muito”. “Jair tem muita conexão com o universo infantil”, constata Tania na sala de maquiagem instalada especialmente para o ensaio em um dos quartos da casa do sogro. Atualmente na pele de Ayla, personagem da novela Salve Jorge, da Rede Globo, ela também faz questão de acompanhar de perto o crescimento das crianças. “Acho que toda mulher contemporânea que decide ser mãe, profissional e investir num casamento precisa ser também malabarista para dar conta de tudo”, brinca. “É corrido, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante.” Além de estar junto das filhas, outra coisa de que o casal não abre mão é curtir seus hobbies. “Adoramos moda”, conta Jair. “Acho que a roupa que vestimos revela muito sobre nossa personalidade.” Tania confirma: “Ele ama comprar roupas para as meninas e escolhe peças muito estilosas”, elogia. “Nossa caçula, Laura, sempre que veste uma roupa, fala toda orgulhosa: ‘Foi papai que deu’. E muitas vezes nem foi ele!”, completa a mãe às gargalhadas, bem no clima descontraído dos bastidores da campanha. Confira com a gente nas páginas a seguir.
“Trabalhar em família é muito divertido”, diz Jair Oliveira, com a filha Isabella e o sobrinho Amir no colo, ao lado da mulher, Tania Khalill, e da caçula, Laura
MAKING OF
NO BALANÇO DAS HORAS Acompanhe os melhores momentos do ensaio que começou pela manhã e avançou pela tarde
10h20
11h10
Antes do início do ensaio, Tania pula com Laura na cama elástica para relaxar
O fotógrafo Jacques Dequeker e sua equipe levam Amir, sobrinho de Tania, para o local de sua primeira foto
11h30
Laura retoca a maquiagem para a foto das meninas
11h40
Tania brinca com as filhas enquanto a equipe dribla o sol forte
12h00
12h10
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11h50 Enquanto Isabella se prepara para a foto, os modelos esperam pela hora da maquiagem
12h10
12h45 13h00
12h20
Com novo look, Isabella caminha com os pais para mais um clique
Ao violão, Jair dedica música inédita para a mulher, Tania
14h45
13h15 14h20
14h20 Todos cantam juntos o repertório de Jair
14h35 Isabella relaxa na cama elástica antes da última foto. Tania conta para as crianças uma história sobre príncipes e princesas
MODA
Nos trilhos O APITO SOOU, HORA DE PARTIR! ACOMODE SUAS MALAS E DESCUBRA POR QUE TODA ESTAÇÃO TEM A SUA MODA
FOTOS RODRIGO MARQUES STYLING LETÍCIA TONIAZZO 64
A partir da esquerda: Jaqueta R$ 199,90 Camisa R$ 139,90 Calรงa R$ 199,90 Sapato R$ 199,90 Casaco (conjunto com calรงa) R$ 249,90 Saia R$ 149,90 Meia-calรงa R$ 49,90 Bota R$ 299,90 Tiara R$ 39,90
MODA
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A partir da esquerda: Camisa R$ 169,90 Saia R$ 129,90 Casaco R$ 219,90 Tiara R$ 39,90 Meia-calรงa R$ 49,90 Bota R$ 299,90 Camisa R$ 149,90 Vestido (conjunto com blusa) R$ 229,90 Meia-calรงa R$ 49,90
MODA
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Casaco R$ 229,90 Camisa R$ 149,90 Gola (conjunto com jaqueta) R$ 219,90
MODA
A partir da esquerda: Camisa polo R$ 64,90 Blusão R$ 149,90 Calça R$ 154,90 Sapato R$ 199,90 Jaqueta R$ 219,90 Saia R$ 149,90 Meia-calça R$ 59,90 Sapatilha R$ 179,90 Vestido R$ 199,90 Meia-calça R$ 49,90 110 R$ 269,90 Bota
Maiô R$ 129,90
Camiseta R$ 79,90 Camiseta R$ 49,90 Bermuda (conjunto com camisa polo) R$ 219,90 Chinelo R$ 59,90
MODA
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Menina: Casaco R$ 249,90 Meia-calรงa R$ 49,90 Bota R$ 269,90 Bolsa R$ 99,90 Menino: Camisa R$ 139,90 Colete R$ 169,90 Calรงa R$ 149,90
MODA
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ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: DANILO SANCHEZ E GABRIELA PACHECO, CABELO E MAQUIAGEM: PATRICK PONTES (CAPA MGT), MODELOS: GUILHERME PRADO (VOGUE), MARIA EDUARDA LAGUNA (VOGUE) E MARIA EDUARDA CILTO (DIOR KIDS), AGRADECIMENTOS: MARIA CHAPร U (WWW.MARIACHAPEU.COM.BR)
Vestido R$ 149,90 Meia-calรงa R$ 49,90 Sapatilha R$ 179,90 Gola (conjunto com jaqueta) R$ 219,90
MODA
EMBARQUE IMEDIATO A ÚNICA COISA QUE UM VIAJANTE NÃO PODE ESQUECER DE LEVAR NA BAGAGEM É ESTILO PRÓPRIO
FOTOS RODRIGO MARQUES STYLING LETÍCIA TONIAZZO
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A partir da esquerda: Camisa R$ 99,90 Calça R$ 149,90 Tênis R$ 129,90 Vestido R$ 189,90 Sapatilha R$ 149,90
MODA
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Ao lado: Body R$ 99,90 Casaco R$ 142,90 Calça R$ 132,90 Tênis R$ 129,90 Nesta página: Vestido R$ 199,90
MODA
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ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: TIAGO MANICARDI, HAIR & MAKE UP: JÔ CASTRO MGT), Ao(CAPA lado: MODELOS: PEDRO POSSI Macacão R$ 139,90 (TOTEN), ISABELLA CAVALETE (AQUARELA) E ANGELINA Nesta página: PIGNATON (VOGUE)
Macacão R$ 149,90
MODA
Nesta página: Bolero (conjunto com macacão) R$ 149,90 Body (conjunto com saia) R$ 149,90 Sapatilha R$ 109,90 Tiara R$ 59,90 Ao lado: Jaqueta R$ 179,90 Jardineira R$ 159,90 Tênis R$ 129,90
Nesta página: Camisa R$ 99,90 Calça R$ 119,90 Tênis R$ 119,90 Na página ao lado: Macaquinho (conjunto com blusa) R$ 169,90 Sapato R$ 109,90
ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: DANILO SANCHEZ E GABRIELA PACHECO, CABELO E MAQUIAGEM: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), MODELOS: RAFAELA ESTER (DIOR KIDS), AMANDA SCLAFFANI (FIFI KIDS) E ARTHUR FERNANDES (DIOR KIDS), AGRADECIMENTOS: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVAÇÃO FERROVIÁRIA (WWW.ABPFSP.COM.BR), LITTLE LAND (WWW.LITTLELAND.COM.BR), OBJETOS DE CENA (WWW.OBJETOSDECENA.COM.BR), MMARTAN (WWW.MMARTAN.COM.BR), FIFI MANTAS E SANTA PACIÊNCIA (WWW.SANTAPACIENCIA.COM.BR)
MODA
Castelo mágico SENHORAS E SENHORES, VAI COMEÇAR O ESPETÁCULO! PALMAS PARA OS ARTISTAS! FOTOS DEBBY GRAM STYLING LETÍCIA TONIAZZO
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Na outra página: Camisa polo R$ 129,90 Bemuda R$ 159,90 Tênis R$ 169,90 Nesta página: Camisa polo R$ 99,90 Calça R$ 139,90 Tênis R$ 149,90 Blusa R$ 89,90 Vestido R$ 139,90
MODA
Vestido R$ 169,90 Bota R$ 269,90
Jaqueta R$ 169,90 Camisa R$ 139,90 Calça R$ 159,90 Tênis R$ 179,90 Jaqueta R$ 219,90 Blusa R$ 59,90 Saia (conjunto com blusa) R$ 199,90 Sapatilha R$ 129,90
MODA
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Na outra página, no alto, a partir da esquerda: Camiseta R$ 69,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 149,90
Nesta página: Camisa R$ 54,90 Camiseta R$ 49,90 Bermuda R$ 139,90 Na outra página: Blusa R$ 69,90
Jaqueta R$ 299,90 Camisa R$ 139,90 Calça R$ 179,90 Bota R$ 269,90 Nesta página: Camisa R$ 149,90 Bermuda R$ 129,90 Tênis R$ 169,90
MODA
Nesta página: Jaqueta R$ 189,90 Camisa R$ 139,90 Calça R$ 149,90 Tênis R$ 149,90 Na outra página, a partir da esquerda: Camisa R$ 149,90 Calça R$ 179,90 Cinto (conjunto com pulseira) R$ 66,90 Sapatilha R$ 179,90 Blusa R$ 89,90 Vestido (conjunto com blusa e cinto) R$ 229,90 Bota R$ 269,90 Camisa R$ 139,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 266,90 Sapato R$ 199,90
MODA
Nesta página, a partir da esquerda: Cardigã R$ 159,90 Blusa R$ 79,90 Saia R$ 159,90 Bota R$ 269,90
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Camisa R$ 149,90 Saia R$ 159,90 Tênis R$ 119,90
À esquerda: Jaqueta R$ 199,90 Camiseta R$ 89,90 Calça R$ 169,90 Tênis R$ 149,90
ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: VICTOR JULIANO E FÁBIO AMARO, ASSISTENTE DE STYLING: JULIANA BILENKY, CABELO E MAQUIAGEM: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), PRODUTORA DE OBJETOS: PAOLA ABIKO, MODELOS: CLARA GUIMARÃES (DIOR KIDS), ANTONELLA MILANI (DIOR KIDS), JULIANA RIBEIRO, PEDRO XAVIER (VOGUE) E ENRICO DAMARO (BABY), AGRADECIMENTOS: OBJETOS DE CENA (WWW.OBJETOSDECENA.COM.BR), A PAÇOCA (WWW.APACOCA.COM.BR), VERMILION (WWW.VERMILION.COM.BR), FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO (WWW.FUNDACAOOSCARAMERICANO.ORG.BR) E PRALANA (WWW.PRALANA.COM.BR)
ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: CAIO PORTO, HAIR & MAKE UP: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), MODELOS: JÚLIA NOGUEIRA (ARTE BAMBINI), ISABELLA ARAGÃO (VOGUE), JULIANA AKEMI (VOGUE), PEDRO HENRICKE CARDOSO (FIFI KIDS) E GUSTAVO SANCHES (AQUARELA), PRODUTORA DE OBJETOS: PAOLA ABIKO, AGRADECIMENTO: DOM MASCATE (WWW. DOMMASCATE.COM.BR)
MODA
Chá sem cerimônia HOJE ELAS TÊM ENCONTRO MARCADO PARA UMA DELICIOSA TARDE ENTRE AMIGAS — E O CHARME É PARTE CERTA DO PROGRAMA
FOTOS MARIO LALAU/MAMASTUDIO STYLING LETÍCIA TONIAZZO 94
A partir da esquerda: Camisa R$ 159,90 Saia (conjunto com blusa) R$ 209,90 Tiara R$ 29,90 Sapatilha R$ 159,90 Cardig達 R$ 129,90 Blusa R$ 149,90 Saia R$ 159,90 Presilha R$ 18,90 Sapatilha R$ 159,90
MODA
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Nesta pรกgina: Casaco R$ 259,90 Blusa R$ 109,90 Saia R$ 159,90 Tiara R$ 49,90 Ao lado: Vestido R$ 269,90 Presilha R$ 18,90
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Colete R$ 139,90 Vestido R$ 199,90 Sapatilha R$ 129,90 Tiara R$ 39,90
Cardig達 R$ 179,90 Blusa R$ 109,90 Saia R$ 159,90 Sapatilha R$ 159,90
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Nesta pĂĄgina: CardigĂŁ R$ 129,90 Blusa R$ 149,90 Saia R$ 159,90 Presilha R$ 18,90 Sapatilha R$ 159,90 Ao lado: Vestido R$ 149,90 Tiara R$ 54,90
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A partir da esquerda: Vestido R$ 199,90 Tiara R$ 49,90
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Vestido R$ 239,90 Presilha R$ 18,90
ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: ANGÉLICA MÖLLER, ASSISTENTE DE ILUMINAÇÃO: CAIO TOLEDO, CABELO E MAQUIAGEM: FLÁVIO LACERDA (CAPA MGT), PRODUTORA DE OBJETOS: PAOLA ABIKO, MODELOS: GABRIELA DEZIDERIO (DIOR KIDS), BRUNA REIS (DIOR KIDS) E SOPHIA PENTEADO (DIOR KIDS), AGRADECIMENTOS: CORPORAÇÃO DE OFÍCIOS (WWW.CORPORACAODEOFICIOS-LOJA.BLOGSPOT.COM.BR), COISAS DE DORIS (WWW.COISASDEDORIS.COM.BR) E MESA LINHO (WWW.MESALINHO.COM.BR)
MODA
Hoje é dia de rock, bebê! E A GENTE VAI BOTAR PARA QUEBRAR PARA MANTER NOSSO ESTILO SEMPRE EM ALTA
FOTOS TAVINHO COSTA STYLING LETÍCIA TONIAZZO 104
A partir da esquerda: Camisa (manga curta) R$ 129,90 Camisa R$ 139,90 Calça (conjunto com blusão) R$ 269,90 Tênis R$ 169,90 Camiseta R$ 79,90 Blusão (conjunto com calça) R$ 269,90 Calça R$ 169,90 Tênis R$ 169,90
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Nesta página: Camisa R$ 129,90 Calça R$ 154,90
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Na página ao lado: Jaqueta R$ 159,90 Camiseta R$ 79,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 279,90 Tênis R$ 169,90
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Nesta página: Camisa R$ 139,90 Camiseta R$ 69,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 279,90 Tênis R$ 179,90 Ao lado: Casaco R$ 249,90 Camiseta R$ 69,90 Calça (conjunto com blusão) R$ 269,90 Tênis R$ 169,90
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A partir da esquerda: Camisa polo R$ 64,90 Colete R$ 179,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 249,90 Tênis R$ 169,90
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Camisa R$ 159,90 Camiseta R$ 59,90 Calça R$ 199,90 Tênis R$ 179,90
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Nesta página: Camiseta R$ 49,90 Camisa R$ 139,90 Jaqueta R$ 199,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 266,90
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Ao lado: Camiseta R$ 49,90 Camisa R$ 149,90 Tênis R$ 169,90 Calça R$ 199,90
ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: BRUNO LAZZAROTTI E BRUNO BRALPFERR, CABELO E MAQUIAGEM: JULIANE OLIVEIRA (CAPA MGT), MODELOS: VICTOR BELTRAME (DIOR KIDS), CAUÃ GONÇALVES (ARTE BAMBINI), E CAIO CESAR (DIOR KIDS); AGRADECIMENTOS: LOJA TEO (WWW.LOJATEO.COM.BR) E ESTÚDIO PRODUSSOM (WWW. ESTUDIOPRODUSSOM.COM.BR)
PAIS & FILHOS
ESQUEÇA TUDO O QUE VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE FILHOS ÚNICOS E PAIS DE FILHOS ÚNICOS. AS PEQUENAS FAMÍLIAS ESTÃO MUDANDO. E PARA MELHOR
POR ANNA PAULA BUCHALLA FOTOS CLAUS LEHMANN
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A promoter Fernanda Barbosa e seu filho, Pedro, 11 anos: retrato de uma nova geração de mães que deixaram de encarar o um como o número da solidão
PAIS & FILHOS
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O casal de designers Christian e Tânia Ullmann, pais de Tomás, 9 anos, trabalha em casa para ficar mais perto do filho: “Fazemos tudo juntos”
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promoter Fernanda Barbosa já se acostumou com as perguntas: “Você só tem o Pedro? Não pensa em ter outro?”. É o que ela mais ouve quando apresenta seu único filho, de 11 anos, a algum conhecido. “As pessoas ainda cobram muito se você vai ter ou não mais um filho, mas na minha profissão, com eventos e compromissos quase todos os dias, isso não foi uma opção, e sim uma necessidade”, diz Fernanda. “O engraçado é que, se de um lado existe essa cobrança, de outro, Pedro é absolutamente bem resolvido com o fato de ser filho único”, afirma ela, que se diz igualmente plena em seu desejo de ser mãe. Fernanda é o retrato de uma geração de mães que deixaram de encarar o um como o número da solidão. Elas se preocupam mais com a qualidade da vida que proporcionarão a seus filhos, seja em termos financeiros ou emocionais, do que com o tamanho da família. “Não importa se você tem um, dois ou mais filhos”, conclui Fernanda. “O principal é o amor. Aprendi isso com a minha família e é o que tento passar ao Pedro.” A opção pelo filho único, hoje em dia, está amparada numa relação de causa e efeito: porque trabalham fora, muitas mulheres acabam protelando a maternidade. Mais maduras e sem perspectivas de diminuir o ritmo de trabalho, a conclusão mais razoável é ficar num filho só. Em geral, a decisão de ter um segundo filho sempre passa pela teoria de que é preciso uma companhia para o primeiro. Mas qual seria, efetivamente, o peso de ter ou não irmãos na formação de uma pessoa? “Nenhum”, explica à Lilica&Tigor por e-mail uma das principais estudiosas do tema, a psicóloga norte-americana Susan Newman, da Rutgers University, em Nova Jersey. “Isso não passa de um mito que se originou em 1896, quando o psicólogo G. Stanley Hall fez um pequeno estudo, sem base científica, e concluiu que ser filho único era praticamente uma doença em si.” SOCIALIZAÇÃO PRECOCE Segundo estudos recentes, é cada vez menor o número de pais que, para compensar a falta de irmãos, cobrem os filhos únicos de mimos, exageram na pro-
teção e perdem o limite saudável udável da dedicação aos seus rebentos. Algo novo começa a se d desenhar h nas famílias brasileiras, e a mudança passa justamente pela preocupação do que não dar ou não fazer pelos filhos para que eles cresçam sem a sombra do egoísmo e da superproteção sobre suas cabeças. Parece haver pelo menos três motivos por trás desse novo comportamento. 1. Os filhos únicos não são mais minoria. Há 50 anos, eles representavam apenas 10% de todas as crianças com menos de 18 anos. Em 2007, famílias com um único filho já atingiam a casa dos 30%. E a taxa de fecundidade segue caindo. “Por ser essa a configuração da nova família tradicional em muitos países, aquela velha culpa carregada pelos pais de um filho só já não se justifica nem preocupa mais ninguém”, diz Susan Newman. 2. A experiência acumulada mostra que o zelo excessivo dos pais e a realização plena dos desejos dos filhos não garantem felicidade. Apesar de todo o aporte financeiro e emocional que os filhos únicos de gerações anteriores tiveram, muitos se tornaram jovens desinteressados pela vida — um provável efeito colateral do fato de ter tudo muito fácil desde pequeno. 3. A socialização precoce na escola é benéfica, apesar da culpa. Se antes as crianças começavam a estudar aos 6 anos, hoje, em consequência da vida profissional atribulada dos pais, é comum elas irem para o berçário ainda de fralda e chupeta. Aprendem, assim, desde cedo, a dividir o espaço, a atenção dos professores e os brinquedos com seus companheiros. “NÃO SINTO FALTA” O único porém de toda essa história é que filhos únicos de qualquer época e lugar não dividem e jamais dividirão a atenção dos pais. “Essa é a minha maior preocupação com relação ao Tomás”, diz a designer Tânia Ullmann. “Cresci numa família grande e sei o quanto a convivência com outras crianças é im-
HÁ 50 ANOS, OS FILHOS ÚNICOS ERAM MINORIA NO BRASIL — REPRESENTAVAM APENAS 10% DE TODAS AS CRIANÇAS COM MENOS DE 18 ANOS. EM 2007, FAMÍLIAS COM UM ÚNICO FILHO JÁ ATINGIAM A CASA DOS 30%
PAIS & FILHOS
PARA OS ESPECIALISTAS, O QUE MAIS IMPORTA PARA UMA INFÂNCIA SAUDÁVEL — COM OU SEM IRMÃOS — NÃO ESTÁ MUITO LONGE DO QUE O SENSO COMUM JÁ SABIA: FAMÍLIA UNIDA
portante na formação de uma pessoa”, afirma. Os pequenos únicos, no entanto, parecem não se importar muito com isso. O teste é simples. Pergunte a algum deles com mais de 6 anos se gostaria de ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. Muito provavelmente, a resposta será não. “O irmão mais novo chateia quando quer brincar, e o mais velho vai acabar te deixando sozinho porque vai sair antes de casa”, diz Tomás Ullmann, 9 anos, felicíssimo com sua condição de filho único. “Amigo às vezes é mais legal do que irmão”, completa. Pedro, o filho de Fernanda Barbosa, tem uma opinião parecida com a de Tomás. Tanto dentro como fora da escola, ele vive cercado de amigos. “Há pouco tempo, trouxe seis coleguinhas para dormir com ele em casa. Foi uma festa”, conta Fernanda. “Me viro em 1 milhão, mas não deixo de dedicar tempo ao meu filho. Com mais de um talvez fosse mais difícil.” FAMÍLIA UNIDA Apesar das mudanças em andamento, a culpa por não estar presente o tempo todo na vida dos filhos ainda existe entre muitas famílias. Segundo a psicanalista Diana Corso, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, essa não é uma questão nova. “As mães de antigamente, que criavam uma dezena de filhos, também não tinham tempo para cada um deles”, afirma. “Mas, como não eram culposas, ninguém sentia que elas ficavam devendo alguma coisa.” Pouco a pouco, contudo, as mulheres contemporâneas estão aprendendo a não se julgar péssimas mães por causa da ausência compulsória. Muitas, aliás, já entenderam que essa é uma ótima oportunidade de ensinar a criança a aceitar que a vida dos pais tem outras prioridades além dos filhos. É o caso de Luciana Barbosa Silveira Iannone, executiva de um grande banco. Luciana não trabalha menos do que 12 horas por dia. “A Isabella já sabe que minha rotina de trabalho é puxada e que, quanto 118
Mãe de Isabella, 8 anos, a executiva Luciana Iannone trabalha em média 12 horas por dia, mas nem por isso se sente culpada pela ausência compulsória: “Qualidade vale mais do que quantidade”, afirma
a isso, não há negociação”, afirma ela, que é separada do pai da menina. “No começo, eu até tentava compensar a minha ausência fazendo as vontades da minha filha. Hoje entendo que não é porque estou fora durante o dia que ela tem direito a ter mais do que deve ou merece. Qualidade vale muito mais do que quantidade nesse caso”, afirma. A filha, 8 anos, parece entender a mãe: “Não sinto falta de um irmão ou uma irmã, tenho meus primos e meus amigos que sempre vêm em casa”, conta. Pouco mais de um século depois das teorias de G. Stanley Hall, a conclusão mais frequente dos estu-
dos recentes sobre filhos únicos é que, justamente por não precisarem competir pela atenção dos pais, eles crescem mais felizes e seguros. É o que mostra uma das mais abrangentes pesquisas já feitas sobre o assunto. Conduzida pela Universidade de Essex, na Inglaterra, envolvendo mais de 100 mil pessoas em 40 mil famílias, revelou que não existem diferenças significativas no desenvolvimento emocional dos filhos criados sozinhos em relação aos educados com irmãos. Para os especialistas, o que mais importa para ter uma infância saudável — com ou sem irmãos — não está muito longe do que o senso comum já sabia: família unida.
Na casa dos Ullmann, por exemplo, ninguém fica sozinho. Tânia e Christian, pais de Tomás, trabalham em casa. Até pouco tempo atrás, a sala tinha duas televisões: uma para o menino jogar, enquanto seus pais assistiam a programas de TV na outra. “Procuramos fazer tudo junto, em casa tudo é muito coletivo”, diz Tânia. “Pode ser que no futuro Tomás se ressinta de uma família maior, como eu e o pai dele tivemos, mas hoje isso não é um problema para ele.” Para Christian, “a geração do século 21 tem outra cabeça e aprendeu a lidar bem com as diferenças”. Únicas ou não, as crianças mudaram — e as famílias também.
SERVIÇO
BÔNUS, DESAFIO DO ARANHA, PEGA-PEGA PRINCESA. TRÊS CRIANÇAS APRESENTAM OS JOGOS QUE ELAS MESMAS INVENTARAM E MOSTRAM QUE BRINCAR CONTINUA SENDO O JEITO MAIS DIVERTIDO DE MEXER O CORPO E A CABEÇA POR PATRÍCIA CERQUEIRA RETRATOS NINO ANDRÉS ILUSTRAÇÕES JULIANA RUSSO
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TE CUIDA, SUPER MARIO! Joaquim Bolaffi Pires, 6 anos
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asta Joaquim (na foto ao lado) andar a pé ou de bicicleta pelas calçadas do bairro paulistano de Pinheiros, onde mora, para inventar brincadeiras. À sua preferida, ele deu o nome de Bônus. “Você tem de correr, pular e pisar, antes do seu adversário, com os dois pés sobre as tampas de metal que ficam pela calçada”, explica. “Só valem essas.” Sim, aquelas tampas que ficam no meio da rua, como as da Companhia de Água e Esgoto, ou as de bueiro, na lateral da calçada, estão fora do jogo.Essa foi uma
das regras pensadas pela mãe, a atriz e diretora de teatro Cuca Bolaffi, para garantir a segurança do garoto. “Quando Joaquim se afasta muito de mim, eu grito ‘congela!’, e assim ele para”, explica Cuca, que completa: “Pareço uma louca gritando pela rua, mas gosto dessa brincadeira porque assim chegamos mais rápido ao destino”. A combinação entre mãe e filho funciona. Joaquim nunca se machucou, sempre segue as regras e ganha todas as vezes. “Até mesmo da Aurora [a irmã mais velha, que tem 11 anos]”, comemora o menino.
“QUANDO JOAQUIM SE AFASTA MUITO, EU GRITO ‘CONGELA!’, E ASSIM ELE PARA” CUCA
Bônus
Chegar antes do adversário e pisar com os dois pés nas tampas de metal da calçada. As tampas vermelhas, que fazem barulho, dão bônus extra. As pequenas, minibônus. REGRAS
1 Ganha quem pisar no maior número de tampas de metal das calçadas. As que ficam no meio da rua e as de bueiro não valem pontos. 2 Não seguir as regras de congelar quando o adulto mandar, atravessar a rua sem a companhia de um adulto ou pisar em bueiro são consideradas faltas graves e acabam com a brincadeira.
SERVIÇO
JOÃO MONTOU NO QUINTAL UM CIRCUITO COM COISAS QUE ENCONTROU PELA CASA
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FÔLEGO DE SUPER-HERÓI João Camargo Lourenço, 7 anos
S
e há uma coisa que João (na foto ao lado) não consegue fazer quando está em casa é ficar muito tempo parado. Um dos passatempos prediletos do garoto paulistano, segundo a mãe, a tradutora June Camargo, é criar brincadeiras, como a de circuitos que exigem muitos saltos e fôlego de super-herói. “Um dia comprei cones e fitas sinalizadoras para colocar em frente à minha garagem e evitar que estacionassem na guia rebaixada”, lembra June. “Deixei tudo num canto da casa e, quando voltei, João tinha montado um circuito
incrível no quintal com o material.” Nascia assim o Desafio do Aranha, como João batizou a criação. “Dei esse nome porque quando a gente passa por baixo da fita tem de fazer o mesmo movimento que o Homem-Aranha faz com as mãos quando vai soltar a teia.” Para incrementar o trajeto, o garoto acrescentou outros objetos que encontrou pela casa, como bola, cestos e garrafas PET com água, além do balanço que já estava na área externa. “Tudo saiu da minha cabeça”, afirma João, sem esconder o orgulho.
Desafio do Aranha Vence quem completar todo o percurso em menos tempo e derrubar a bola que fica no cesto das revistas. REGRAS 1 Saída. 2 Passar entre garrafas PET com água sem derrubá-las. 3 Pular a fita entre as garrafas PET. 4 Passar por baixo da fita fazendo o sinal de mão inspirado no movimento do Homem-Aranha. 5 Pular a fita.
6 Pular a fita. 7 Ficar em pé em um dos bancos
do balanço, segurar as cordas com as duas mãos e ficar pendurado para conseguir bater um pé no outro no ar. 8 e 9 Entrar no balde e arremessar a bola para acertar o alvo, que é uma outra bola dentro de uma cesta.
SERVIÇO
“É UMA BRINCADEIRA QUE PRECISA DE MENINOS E MENINAS PARA FUNCIONAR” MANUELA
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CLÁSSICO REVISITADO Manuela Duarte Garcia, 5 anos
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o dia a dia Manuela tem a companhia constante dos irmãos gêmeos Pedro e Joaquim, 4 anos. Tanto em casa quanto nos finais de semana na praia ou na fazenda, os três adoram correr e estão sempre bolando novas brincadeiras ou regras adicionais para aquelas que são clássicas. Foi assim que Manu, como é conhecida, criou o Pega-pega Princesa. “É uma brincadeira que precisa de meninos e meninas para funcionar porque tem dragão, príncipe
e, claro, princesas”, avisa Manu. Ela costuma aperfeiçoar a criação no playground do prédio onde mora, no bairro do Morumbi, em São Paulo, ou então no recreio da escola com os colegas de classe. Para reforçar o clima, os irmãos gostam de usar fantasias enquanto brincam: a menina, claro, vai de princesa e Pedro e Joaquim estão sempre de capa e espada de príncipe. “Mas negociamos sem brigas quem vai ser o dragão”, garantem os meninos.
Pega-pega princesa Quando o dragão (no caso, o pegador) encosta na princesa, ela tem de cair no chão e esperar o príncipe salvá-la com um beijo ou um abraço antes que o dragão chegue. REGRAS
1 A brincadeira começa com o dragão (pegador) “preso” em algum lugar, pode ser até encostado na parede, e todos fugindo dele.
2 Para mudar de pegador e de salvador, o dragão tem de pegar todas as princesas pelo menos uma vez, mas não precisa ser todas de uma vez. Ou então quando o pegador cansar de ser o vilão da história.
OLHO MÁGICO | POR MARCELLO ARAÚJO*
Questão de matemática NA ÁRVORE GENEALÓGICA IDEAL, TODOS SERÍAMOS GALHOS SAÍDOS DO MESMO TRONCO, SEM HIERARQUIAS — INCLUINDO AS AMIZADES
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aurinha senta do meu lado e me mostra o livro que fez na escola. “Eu e as mudanças não nos damos muito bem”, ela escreveu, descrevendo sua resistência à troca de turma, na verdade de prédio, pois no ano que vem irá para um espaço maior, no qual estudam as crianças mais velhas. A primeira mudança de escola, há três anos, foi mais difícil para nós, pais e mães, do que para nossos filhos e filhas. No dia da festa de fim de ano, todo mundo chorava junto, cantando a letra de “O trenzinho do caipira” e enxugando as lágrimas: “Lá vai o trem com o menino, lá vai a vida a rodar...”. As festas e as reuniões de pais se transformaram em amizades duradouras. E, depois da mudança, embora a vida a rodar tivesse espalhado o grupo por quatro escolas diferentes, continuamos nos encontrando. Já faz quase quatro anos que viajamos juntos, pelo menos duas vezes por ano: uma viagem com as crianças e outra somente dos pais. A viagem com os filhos é sempre de carro ou ônibus. Vamos para uma casa alugada na praia ou para um hotel-fazenda. Cada um que chega é recebido com um carinhoso “Olha quem chegou!”. Um marco da passagem do tempo foi na viagem para a praia do ano que passou: a pelada que jogamos, pais e filhos misturados em dois times. “Passa, pô! Você é fominha, não passa a bola!”, grita para mim o João, colega da Laurinha e pontaesquerda que conheci quando ele dava os primeiros passos na escola. O jogo, que durou horas, acabou empatado em 9 a 9. Para mim durou um pouco mais, pois estou mancando até hoje. Na viagem dos pais, o encontro no aeroporto acontece em um clima de excursão de escola. Vamos contando piadas no avião, mesmo nas horas de tur-
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bulência, e, depois, cantando na van. Todo mundo tem uma história: “Aquele Chevette era uma belezinha...”, “Pitágoras era vegetariano, o cara era muito louco...”, “Meu pai cantou no Chacrinha...”, “A gente pegava a prancha, colocava no ônibus e passava o verão em Ubatuba...” e por aí vaí. Resumindo: pode-se dizer que as crianças organizaram esse encontro para os adultos brincarem e fazerem novos amigos.
PERGUNTO SE NÃO TERIA QUE SER DIFERENTE, COM OS PAIS MAIS ACIMA E AS FILHAS, O CACHORRO E O PEIXE MAIS PARA BAIXO. “AH, PAI! NÃO TEM MATEMÁTICA NESSA ÁRVORE...”, ELA ME RESPONDE, E SAI ANDANDO. De volta para o livro da escola. Olhamos juntos o que minha filha imagina para seu futuro, próximo e distante. Laurinha me mostra a página em que aparece com uma roupa branca, uma cruz vermelha no chapéu e cercada de peixes e cachorros. Na legenda ela conta que vai ser veterinária — e feliz. Além de uma árvore genealógica oficial e completa, Laura desenha uma menor, na qual estamos nós, os pais, Carolina, a irmã mais velha, o cachorro Juba e seu finado peixe Zezinho, vítima “da doença dos olhos grandes”. Nessa árvore, todos somos galhos saídos do mesmo tronco, sem hierarquia. Pergunto se não teria que ser diferente, com os pais mais acima e as filhas, o cachorro e o peixe mais para baixo. “Ah, pai! Não tem matemática nessa árvore...”, ela me responde, e sai andando.
* Pai de Laura, 8 anos, e Carolina, 20, o ilustrador Marcello Araújo é autor das coleções “O saco” e “1, 2, 3 e já!” e acaba de lançar o livro Psiu!
O PAI DOMÉSTICO | POR JUVA BATELLA*
Dona saudade Q
PRESTES A VOLTAR AO BRASIL, NOSSO COLUNISTA LUSOCARIOCA BRAVAMENTE ANTECIPA DOIS BONS MOTIVOS PARA A SAUDADE QUE IRÁ SENTIR DE PORTUGAL
uando terminar de escrever isto, terei escrito sobre o futuro e, escrevendo sobre este meu futuro próximo, estarei já inundado de saudade – uma saudade que bravamente antecipo, sentindo-a como se já a sentisse há muito tempo. E creio que morar em Portugal por oito anos tem a ver com isto, fazendo de mim o que já sou pela metade, um português, ao menos nas questões principais da existência: a saudade, a forma de se defender da saudade e a alegria à mesa diante de peixe e vinho barato. Não falarei aqui da alegria à mesa diante de peixe e vinho barato, mas da saudade e da forma de se defender da saudade. E é por isso que já começo a sentir saudade das minhas duas piolhas – Alice e Clara – antes mesmo de estar longe delas; antes mesmo de pegar o avião, sair de Portugal e voltar a morar no Brasil depois de oito anos em Lisboa. Como bom brasileiro que sou, e ótimo carioca, transformo-me em
“COMO ASSIM, PAPÁ? O QUE QUERES DIZER COM ISTO? DISSESTE QUE VAIS PASSAR MAIS TEMPO NO BRASIL DO QUE EM PORTUGAL. É ISSO?” – PERGUNTA A MAIS VELHA português e sofro duas vezes mais e alguns meses antes – sofro antes do instante em que começarei de fato a sofrer. De saudade. E, assim, já tendo sofrido tanto e convencido de que não será possível sofrer mais, enfrentarei a saudade real preparado e fortalecido pelo duplo sofrimento anterior, como se o cara – digo, o gajo – já conhecesse de tempos idos essa senhora de ares melancólicos e olhos sempre um pouco úmidos e que atende pelo nome de Saudade.
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O português já nasce sentindo saudade, ou melhor, a sentir saudade, e não sabe bem de que, e atravessa o mar da vida à procura da razão de sua saudade. Se morre de morte morrida (e não “de susto, de bala ou vício”), é porque, bem investigada a causa mortis, morreu, pois, de saudade. — Como assim, papá? O que queres dizer com isto? Disseste que vais passar mais tempo no Brasil do que em Portugal. É isso? – pergunta a mais velha. — Pois é, minha linda. Portugal está num momento difícil, e o papai não arranja trabalho aqui, e por isso vou arranjar uns trabalhos lá, e… — Então vais trabalhar no Brasil? — Sim, de certo modo, digamos… É como se… bom, é como disse a vocês duas… E a mais novinha ali, parada, com um pastel de nata a ocupar toda a boca. — ... como disse a vocês duas: vou passar mais tempo no Brasil do que em Portugal. Vou trabalhar no Brasil. — Isso quer dizer que… E nós?... E a mais miudinha, conseguindo finalmente engolir o pastel de nata, diz: — … quer dizer, mana, que o papá vai morar no Brasil, mas só para trabalhar, porque à noite, toda noite, ele vem morar em Portugal pra nos dar um beijinho na testa, contar uma história da vaca amarela que deu um pum e acabou-se a história, e dormir ao pé de nós, não é, papá? Não soube responder. Vou perguntar àquela senhora, a dona Saudade. — Quem deu o pum – corrigiu a mais velha, impaciente, salvando a pátria – foi a vaca Vitória. E assim acabou-se a história.
* Doutor em literatura brasileira, o carioca Juva Batella é autor de, entre outros livros, Confissões de um pai doméstico (Planeta, 2003). Pai de Alice, 10 anos, e Clara, 6
OS MEUS, OS SEUS E OS NOSSOS | POR HÉLIO SCHWARTSMAN*
Razão e emoção COMO ELAS SÃO IMPORTANTES NA HORA DE RESOLVER OS IMPASSES COTIDIANOS ENTRE PAIS E FILHOS
BOM MOTIVO
Hélio, minha filha de 7 anos veio dizer que quem fuma morre. Eu sei disso, não me orgulho de fumar, mas não consigo parar. O que dizer pra ela? Marcela, publicitária Marcela, experimente dizer exatamente o que me disse, que fumar é mesmo um péssimo hábito, mas que você sofre de uma doença, a dependência, que faz com que seja muito difícil abandonar. Seria interessante, porém, que você mobilizasse as emoções suscitadas pela abordagem de sua filha para tentar parar. No plano racional, todo fumante sabe que o vício pode custar-lhe a vida, mas, paradoxalmente, isso não é o bastante para demovê-lo. Uma motivação mais efetiva depende de trazer as emoções para o processo. É essa a chance que sua filha está lhe dando. E ainda há também, é claro, a questão do fumo passivo, cujos efeitos não são desprezíveis.
O FIM DA PICADA
Hélio, durante uma reunião de escola, uma das mães de um colega de classe do meu filho de 4 anos declarou que não vacina a criança. A atitude dessa mãe é ética? Janice, economista Janice, é uma atitude burra, mas não me parece que seja antiética em relação à comunidade escolar. É burra porque, sem nenhuma evidência confiável, essa mãe está privando o filho de uma das mais eficazes tecnologias humanas para reduzir o fardo das doenças e prolongar a vida. Mas não chega a ser antiética porque, se todas as outras crianças foram de fato vacinadas, são bastante remotas as chances de que esse garoto transmita para elas uma moléstia para a qual estão imunizadas. A pergunta cabível é se pais que recusam vacinas estão sendo éticos em relação a seus próprios filhos, mas essa é outra história.
SINUCA DE BICO
Tenho uma filha de 10 anos do meu primeiro casamento. Quando me casei novamente, minha filha e minha segunda mulher não se deram muito bem. Sempre que minha filha passa um tempo na minha casa o clima é tenso, e suspeito que a mãe dela seja um pouco responsável por essa birra com minha atual mulher. O que fazer? Rogério, empresário Você deveria conversar separadamente com sua filha, mulher e ex-mulher para tentar descobrir com mais precisão o que está acontecendo. Se é só um ciúme natural da filha em relação ao pai, a situação deve melhorar à medida que ela crescer. Se há um dedo da ex, ele pode ser tanto voluntário quanto involuntário. Na primeira hipótese, é improvável que você consiga demovê-la de lançar seu veneninho. Na segunda, você pode conseguir que ela se policie para não transferir para a menina seus ressentimentos pessoais. Sua filha e sua atual mulher não precisam se amar, mas é do interesse de todos os envolvidos que possam conviver bem.
* Bacharel em filosofia, Hélio Schwartsman é articulista da Folha de S.Paulo e pai dos gêmeos Ian e David, 9 anos
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FRASE DA INFÂNCIA
“Encontrei o fim do mundo!” Marcelo Médici, ator
Foto: arquivo pessoal
POR LIANA MAZER
Os fãs do ator e humorista paulistano Marcelo Médici, 41 anos, e de seus hilariantes personagens provavelmente vão pensar que a frase acima foi dita em tom de piada. Qual nada! “Eu realmente achava que tinha encontrado o fim do mundo”, diverte-se Marcelo, ao relembrar a história. A situação aconteceu quando ele tinha 5 anos e passava a tarde na casa de dona Francisca, a babá — algo frequente nos dias em que sua mãe, Henriqueta, tinha de trabalhar. Sentado no meio-fio, na frente da casa, Marcelo observava o horizonte quando teve o insight. “Fiquei com medo porque achava que, se 130
Acima, Marcelo, aos 4 anos, com seus brinquedos favoritos
continuasse andando por mais uns dez minutos, chegaria lá.” Depois de um momento de contemplação e terror, Marcelo foi correndo contar a descoberta para dona Francisca. “Ela morava num bairro afastado do centro de São Paulo, com poucas casas, ruas de terra, era uma vista inóspita mesmo”, diz. “Alguém devia ter dito que ela morava ‘no fim do mundo’, e fiquei com aquilo na cabeça.” Apesar disso — ou justamente por isso — o ator afirma que as tardes na casa de dona Francisca ficaram guardadas na memória como alguns dos melhores momentos de sua feliz infância.
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