Lilica & Tigor #07

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7 fevereiro | julho 2012

Tons delicados conduzem ao mundo da fantasia

ENQUETE Qual superpoder você gostaria de ter?

ALMANAQUE Ídolos, heróis e manias de ontem e hoje

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EDITORIAL

Tons delicados conduzem ao mundo da fantasia

ENQUETE Qual superpoder você gostaria de ter?

ALMANAQUE Ídolos, heróis e manias de ontem e hoje

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CAPA Foto Daniel Malva, styling Letícia Toniazzo, cenário Roni Hirsch e Paula Condini, make Camila Adi (BLZ), modelos Bernardo Marins (Baby) e Jullya Martins (Mondiale)

Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Diretor presidente Giuliano Donini Diretor de varejo Jair Pasquali Coordenação e consultoria de relacionamento Rafaela Donini www.lilicaetigor.com

O mundo de Lilica e Tigor O 6

universo de Lilica e Tigor é uma aventura. E das mais radicais. Não apenas por lidar com um público com uma energia de altíssima voltagem, daquelas que transformam tudo e nos põem em estado de alerta permanente à espera do novo, mas também por nos fazer transitar entre dois mundos distintos: o real e o da fantasia. Ao acompanhar de perto o dia a dia das crianças em suas relações mais cotidianas somos obrigados a construir pontes entre um e outro. E é dessa viagem entre extremos, guiada pelo rico imaginário infantil, que nasce um sentimento vital para todo mundo aqui: a espontaneidade. Sem esse desejo de viver sem filtro, a favor do vento e contra o óbvio, nossas roupas não fariam sentido e não serviriam para vestir o mundo que aprendemos a compartilhar com você. Inspirados por esse propósito preparamos a edição de Lilica &Tigor que você tem em mãos. Neste número você vai conhecer as coleções que vão aquecer as crianças com mais estilo e bom humor neste inverno. E também histórias de casais que resolveram trocar a cidade grande por outra menor para viver mais perto da natureza e com maior harmonia em família. Ou então descobrir o fio condutor que leva os filhos a seguirem a mesma profissão que aprenderam a admirar em casa – caso do técnico e ex-jogador Bernardinho e seu filho Bruno, craques da nossa seleção de vôlei. E também se divertir com o almanaque que preparamos com uma seleção de ídolos, heróis e manias de ontem e hoje. O real e o imaginário se encontram aqui. Bem-vindo ao nosso mundo!

Um beijo, Rafaela Donini e equipe Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre

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LILICA&TIGOR | Editor Paulo Lima Diretor editorial Fernando Luna Diretora de criação Ciça Pinheiro Diretora de criação adjunta Micheline Alves Diretora de gestão e novos negócios Adriana Naves Diretor financeiro Renato B. Zuccari Diretor de núcleo Tato Coutinho Conselho editorial Giuliano Donini, Jair Pasquali, Rafaela Donini, José Henrique Falbo e Graziela Della Giustina (Marisol); Paulo Lima, Fernando Luna, Carlos Sarli e Ciça Pinheiro (Trip) Diretora de redação Ana Paula Orlandi Projeto gráfico Paula Carvalho e Ciça Pinheiro Direção de arte Paula Carvalho Produtora executiva Renata Campos Pesquisa de imagens Coordenação Aldrin Ferraz Pesquisador Fernando Cambetas Assistente de pesquisa Daniel Andrade Estagiárias Camila Matos e Daniela de Almeida Revisão Coordenação Ecila Cianni Revisoras Cristiane Garcia e Janaína Mello Produção gráfica Walmir Graciano Produtora gráfica Mariana Pinheiro Produtora gráfica júnior Jessica Oseki Assistente de tráfego comercial Carolina Velloso Tratamento de imagens Roberto Oliveira e Roberto Longatto Inteligência & planejamento Monica Yamamoto Departamento comercial Diretora Comercial Isabel Borba Diretor de marketing publicitário e administração de vendas Rogerio Rocha Diretor de publicidade Heitor Pontes Executivos de contas Andrea Ballario, Lilian Ribeiro, Marcelo Simões e Vanessa Soares Analistas de marketing Samara Ramos e Nancy Minervini Assistente de arte Danusa de Freitas Assistente de marketing Priscila Queiroz Estagiária Juliana Verginelli Projetos especiais e eventos Diretora Ana Paula Wheba Assistentes Pedro Toledo Editora de arte Camila Fank Assistente de arte Renata Vieira Trade e logística Diretora Daniela Basile Gerente de logística Adriano Birello Gerente de assinaturas Viviani Rahal Analista de trade Thais Meneghello Assistente de trade Fabio Pinheiro Assistente de circulação Aline Trida Assistente de logística trainee Caio Chagas Projetos digitais Diretor de Projetos Jan Cabral jancabral@trip.com.br Diretor de arte Beto Macedo betomacedo@trip.com.br Colaboraram nesta edição Editor André Viana Editora assistente Liana Mazer Texto Ariane Abdallah, Carla Stagni, João Luiz Vieira, Maria Flor Calil e Renata Carvalho Editora de arte Kiki Saraiva Produtora Amanda Berndt Assistente de produção Bruna Veloso Stylist Letícia Toniazzo Fotografia Chema Llanos, Cristiano Madureira, Daniel Aratangy, Daniel Malva, Debby Gram, Deco Cury, Douglas Garcia, Gabriel Rinaldi, Kiko Ferrite, Marcelo Naddeo, Marcos Vilas Boas, Michel Telsin, Nino Andrés, Ricardo Toscani e Xico Buny Ilustração Carlo Giovani e Kiki Saraiva Tratamento de imagem Regis Panato/ Photouch Cabelo e maquiagem Flávio Lacerda (Capa MGT) Produtora de objetos Paola Abiko Cenografia Daniela Ruiz, Roni Hirsch e Paula Condini Colunistas Benny Novak, Clarice Reichstul, Helio Schwartsman, Juva Batella, Marcello Araújo, Maria Ercilia Galvão Bueno, Odilon Moraes, Ricardo Calil e Taciana Barros

Impressão Gráfica Plural LILICA&TIGOR é uma publicação da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Redação e publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970, São Paulo, SP. Tel.: (11) 2244-8786/8797. www.tripeditora.com.br

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COLABORADORES

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8 1 RENATA CARVALHO Jornalista carioca, mãe de Bernardo, 10 anos, e Dora, 6. Fez a matéria “Ontem e hoje”. Quem era seu ídolo na infância? “Meu avô, que sabia transformar tudo em brincadeira.” 2 CARLA ST AGNI Jornalista paulistana. É dela a matéria “Refazenda”. Qual superpoder você gostaria de ter? “Os poderes da Jeannie, da série Jeannie é um gênio, que com uma simples piscada ia para qualquer parte do planeta, mudava a roupa, o cabelo...” 3 DANIEL MAL VA Artista plástico e fotógrafo paulista. É dele o ensaio “Sonho de papel”. Quem era seu ídolo na infância? “Homem-Aranha.” 4 CARLO GIOVANI Designer gaúcho e pai de Lucas, 4 anos. Ilustrou os stills de moda. Quem era seu ídolo na infância? “Steve Austin, do seriado O homem de seis milhões de dólares.” 5 CRISTIANO MADUREIRA Fotógrafo paulistano, assina o ensaio “O que você quer ser quando crescer?”. Quem era seu ídolo na infância? “Tarzan!”

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6 MARIA FLOR CALIL Jornalista, mãe de Tetê, 5 anos, e Cuca, 3. Escreveu a seção Conexões. Quem era seu ídolo na infância? “A apresentadora Glória Maria.” 7 DEBBY GRAM Fotógrafa paulistana, clicou o ensaio de moda “Os concretistas”. Quem era seu ídolo na infância? “Meu pai, claro!” 8 KIKI SARAIV A Designer paulistana, criou os títulos do Playground e das matérias de comportamento. Qual superpoder você gostaria de ter? “O poder do teletransporte.” 9 DANIEL ARA TANGY Nasceu nos Estados Unidos, mas cresceu em São Paulo. Fotografou o ensaio de moda “Faça aça a coisa certa”. Qual superpoder você gostaria ria de ter? “Parar o tempo.”

De braços abertos Nícolas, 4 anos, nasceu e mora em São Paulo. São dele as ilustrações que enfeitam as páginas desta edição. edi d ção. “Gosto de correr, brincar no pula-pula pouquinho’ pula-p a ula e ver ‘só um p ouquinho’ o de Ben 10 no iPad”, diz.

10 ARIANE ABD ALLAH Repórter da revista Tpm, para nós escreveu a matéria “Como nossos pais”. Quem era seu ídolo na infância? “Xuxa.”

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PRATELEIRA

PLAYGROUND Literatura, cinema, música, arte, museus, mundo digital, moda, gastronomia, viagem, decoração, bichos, cultura de rua, brincadeiras, comportamento, memória. Criança tem assunto que não acaba mais. Nossos colunistas estão de olho em tudo.

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por Taciana Barros

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Música

A música nos salvou naquela manhã. E agora?

por Benny Novak

Comida

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O melhor restaurante ao gosto dos filhos

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Mundo digital

por Maria Ercília

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Entre a infância pé no chão e a realidade sedutora da tecnologia

Cinema

por Ricardo Calil

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Descubra o caráter gregário dos cineclubes

Livros

por Odilon Moraes

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Quando a imagem é parte importante da narrativa

Estilo

por Clarice Reichstul

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Uma mistura inusitada de cores pode fazer a alegria das crianças

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ENQUETE Qual superpoder você gostaria de ter?

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Voar, ficar invisível, controlar o fogo... Cada um imagina ser o herói que quiser

DECORA ÇÃO 8

Tudo se transforma

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Graças ao projeto arquitetônico, uma casa se adaptou à chegada dos filhos de um casal paulistano e hoje é palco de animados encontros de família

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VIAGEM

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Agendinha carioca Três famílias traçam um roteiro para quem quiser descobrir uma cidade maravilhosa para todas as idades

CONEXÕES Do berço ao playground

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Uma turma de mães que ficaram amigas no prédio onde moram por causa da amizade dos filhos

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100 MODA Tendências

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Turma

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Profissões

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Bebês

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Papel

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Meninos

116 Nosso inverno chega assim, com delicadeza e muita diversão

“ No dia em que alguém apontar para mim e falar: ‘Aquele ali é o pai do Quico’, vou ficar muito feliz”

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COMPORT AMENTO Família TÃO LONGE, TÃO PERTO Histórias de quem trocou a cidade grande por uma menor

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Verde REFAZENDA Aprenda a fazer com

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os filhos um arranjo de flores ou uma horta em casa

Almanaque ONTEM E HOJE Ídolos, heróis e manias

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que caíram no gosto das crianças no passado e no presente

FERNANDO MEIRELLES, CINEASTA

Pais e filhos COMO NOSSOS PAIS Filhos que levaram

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adiante a profissão que começaram a admirar em casa

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COLUNAS Olho mágico Ler junto com os filhos antes de dormir é viver uma aventura a cada noite

O pai doméstico

130 Frase da infância Tulipa Ruiz: “Mãe, põe no balé!”

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Dormir é preciso: como ensinar nossos bebês a cair no sono

Os meus, os seus e os nossos

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Solucionar impasses cotidianos pode ser muito complicado

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Foto: divulgação

FOTOS STILL XICO BUNNY TÍTULO KIKI SARAIVA

ESTAMPA EXCLUSIVA 10

Um dos destaques da linha Fun de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre são as camisetas que podem ser customizadas. Os modelos de manga curta ou longa vêm com um kit com três canetinhas para a criança desenhar sobre a peça. A tinta sai com água e depois de cada lavada a diversão recomeça. A partir de R$ 74,90 em franquias e multimarcas.

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Decolagem autorizada A Torre de Lançamento Discovery, da marca alemã Educo, reproduz uma base espacial com direito a dormitório, área de treinamento e pesquisa. Feita de madeira certificada e tinta atóxica, é indicada para crianças a partir de 3 anos. Custa R$ 560, sem o frete, na loja Tuktuk Mamamuk (www. tuktukmamamuk.com.br), de Florianópolis, que entrega em todo o Brasil.

As frases em destaque neste Playground são do livro Zoo (editora Hedra), de Fabrício Corsaletti, com ilustrações de Mariana Zanetti

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Que a força esteja com você! ENGAJAMENTO EM BLOCO O brinquedo em si já é muito bacana: blocos de madeira imantados que permitem criar formas incríveis. A brincadeira fica bem melhor quando se descobre que, para cada cubo produzido, duas árvores são plantadas – e que uma fatia do lucro da empresa ajuda a tirar crianças de um lixão em Tegucigalpa, capital de Honduras, e levá-las para a escola. O Tegu, como o brinquedo foi batizado, é a resposta a um pedido feito por um amigo hondurenho aos irmãos neozelandeses Chris e Will Haughey (acima): criar um negócio sustentável, mas que tivesse impacto social positivo num país pobre como Honduras. O Tegu pode ser comprado pelo site www.tegu.com ou na loja Amoreira, em São Paulo, www.amoreira.com.br – lá o conjunto com oito peças e um estojo sai por R$ 128. A seguir, Will responde a algumas perguntas de LILICA&TIGOR:

A cultuada saga cinematográfica Guerra nas estrelas, do diretor norte-americano George Lucas, ganhou uma homenagem da marca italiana de cadernos Moleskine. São quatro modelos: dois homenageiam o herói Luke Skywalker e a Aliança Rebelde e outros dois celebram o lado negro da força. Cada um traz uma cópia do pôster original do filme de 1977. À venda na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br), a partir de R$ 60.

*“A beleza da leoa

é ser rainha e não andar de coroa”

Como funciona o processo para retirar as crianças do lixão em Tegucigalpa? Doamos parte do dinheiro arrecadado pela venda dos Tegus para a escola Amor, Fe y Esperanza, [afehonduras.org], que educa mais de 150 crianças. A própria escola cuida do acesso.

Fotos: divulgação

Como vocês criaram o Tegu? A pesquisa foi iniciada com base na ideia de que brincadeiras livres são o conduíte ideal para o aprendizado. Desenvolvemos esses blocos imantados depois de observar metodicamente crianças brincando no jardim de infância. Vocês foram muito corajosos em deixar suas carreiras no mercado financeiro e montar a empresa. Como se sentem a respeito? As recompensas valem os desafios. Nossa fábrica em Tegucigalpa emprega hoje 50 funcionários em tempo integral. Eles recebem salários decentes e um treinamento de desenvolvimento de carreira. Os lucros da empresa já ajudaram a plantar mais de 18 mil árvores e a pagar mais de 1.800 dias de aula na AFE. Tem sido uma jornada incrível!

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EDIÇÃO LIMITADA Não falta bom humor às barracas de camping da marca inglesa Field Candy, cujos motivos são assinados por um time de designers convidados. É o caso de A day in the Country (acima), criação de Joanna Boyle, que acomoda dois adultos com folga, segundo o fabricante. Vale 650 libras esterlinas (sem o frete) no site www.fieldcandy.com, que entrega no Brasil.

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PLAYGROUND

Fotos: divulgação

Música Ao perceber que as compilações de sua gravadora, a Putumayo Records, especializada em world music, faziam o maior sucesso entre as crianças, o norte-americano Dan Storper (acima) decidiu fazer uma série só para elas. World Playground saiu em 1999 e se tornou o primeiro lançamento da Putumayo Kids – World Music Adventures, que se propõe não apenas a mostrar às crianças a enorme variedade de ritmos e sons que existe no mundo, mas introduzi-las a outras culturas através da música. O selo também oferece guias para professores usarem na sala de aula, com atividades que associam geografia e arte às músicas dos discos. Alguns estão disponíveis para download no site www.putumayokids.com. Dan conversou com LILICA&TIGOR. O que tinha em mente quando decidiu fazer o primeiro CD de world music para crianças? Procuramos músicas que tanto os pequenos como seus pais pudessem gostar. Também nos certificamos de que as letras eram apropriadas. Isso nos levou a uma mistura de músicas infantis com canções como “Bongo Bong”, do cantor francês Manu Chao, e “Fatou Yo”, do senegalês Touré Kunda, que foram criadas para adultos, mas eram boas para crianças.

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Vocês colaboram no processo de criação de alguma música? Originalmente, nossos álbuns de criança eram compostos só de músicas já gravadas. Mas em álbuns recentes, como o Jazz Playground, pedimos para vários músicos gravarem especialmente para nós. Essa mistura é sempre interessante!

Ópera mirim A nova temporada da série Aprendiz de maestro – Quem canta seus males espanta começa em março. Os espetáculos de música erudita voltados para criança acontecem mensalmente na Sala São Paulo, na capital paulista, com renda voltada para o Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). Saiba mais em www.tucca.org.br.

“Eu achei muito legal. A Bela é bonita como no filme. O maestro interrompia a história para falar coisas para a gente. No fim, ele nos ensinou uns passos de balé, foi muito engraçado!” Anna Cândida Xavier, 7 anos, viu no ano passado o espetáculo Os acordes da Bela Adormecida

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TACIANA BARROS , AOS 3 ANOS

Garantia de sanidade Há um mês fui com Edgard Scandurra tocar no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil, que atende jovens e crianças viciados em tíner. Quando a gente chegou o clima era um pouco hostil, de desconfiança. Segundo os profissionais de lá, alguns chegam quebrando o elevador e o que veem pela frente. Sentei ao lado do mais bravo, porque de cara fui com a cara dele, que devia ter uns 16 pra 17 anos. Conversamos e prometi pra ele que iríamos sim tocar rock e também o intimei a participar. Ele ficou meio deitado no chão, comendo um sanduba, não me olhava nos olhos... Foi chegando mais criança, a sala ficou bem cheia. Violão em punho, olhei pro Edgard e falei: e se a gente começar por um Hendrix, deixar as do Pequeno Cidadão pra depois? Como que pedindo bênção abrimos com “Little Wing”, com um solo lindo de guitarra. Daí em diante a molecada foi entrando, batendo palma. Chegou um que tem uma história muito punk de família. Criado num manicômio, o único contato que ele teve com o mundo real foi através do seu radinho de pilha. Assim aprendeu tudo do Tim Maia e do Roberto Carlos. Ele veio cantar no microfone “Me dê motivo”. O garoto arrasou muito. Na hora do “Sou feliz Agoooora...”, todos cantando juntos, as crianças na maior torcida por ele... chorei. Tava feliz de verdade. A música nos uniu e nos salvou naquela manhã. E agora? Taciana Barros é integrante da banda Pequeno Cidadão em parceria com Edgard Scandurra e Antonio Pinto. É mãe de Daniel, 23 anos, e Luzia, 11

Retrato colunista: arquivo pessoal Foto: arquivo pessoal

DIVERSIDADE MUSICAL

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Os aventureiros Kit de quatro máscaras de papel da Djeco, por R$ 69, no site www.supersoniko.com.

Salt & Pepper Os kits de canudos de papel da Piperoid viram robôs. Por R$ 71, na loja Amoreira (www.amoreira.com.br), em São Paulo.

Paris de papel A cidade de Joel Henriques

Mon Petit Quebra-cabeça em 3-D com 37 triângulos de papelão. Vale R$ 198, na Benedixt (www.benedixt.com.br), em São Paulo.

QUE PAPELÃO! Pai de um casal de gêmeos de 5 anos e de uma mocinha de 7 meses, o artista e designer norte-americano Joel Henriques, 38 anos, começou a desenhar pessoas em miniatura para se distrair durante uma viagem de trem. Chegando em casa, recortou os bonequinhos e os colocou de pé para as crianças brincarem. Achou que faltava algo ali e então desenhou alguns cenários para seus bonequinhos. Assim nasceu o projeto Paper City [Cidade de Papel]. Há alguns meses, Joel fez uma votação em

sua página do Facebook para saber que cidade seus seguidores gostariam de ver desenhada. “Paris ganhou disparado com mais de 800 votos”, conta Joel, que levou dois meses para finalizar sua primeira cidade de papel. “Eu fico em casa com as crianças enquanto minha mulher vai trabalhar, por isso demorei tanto”, justifica. O melhor de tudo é que qualquer um pode ter em casa a obra de Joel – é só acessar o site madebyjoel.com, imprimir, colorir e recortar. Veja acima outros itens bacanas de papel.

“ De noite, a zebra dorme, metade dela some”

Fotos: divulgação

Mãos à obra

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Se seu filho gosta de massinha de modelar, que tal introduzi-lo no universo da argila? Em Belo Horizonte, a ceramista Fernanda Nicácio (ao lado), do Ateliê do Barro, oferece uma oficina do gênero para crianças. Lá, entre outras coisas, ela ensina a abrir a massa com um rolo e a moldar folhas para fazer carimbos. As aulas acontecem aos sábados, das 10 às 11 da manhã e custam R$ 180 por mês. Os alunos devem ter mais de 5 anos. Inscrições pelo telefone: (31) 3372-7996 ou pelo e-mail hateliedobarro@hotmail.com. Quem quiser conhecer o trabalho de Fernanda, é só acessar ateliedobarromg.blogspot.com.

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PLAYGROUND

ESTILO É SER SIMPLES ESTA É A LIÇÃO DE MODA QUE A ESTILISTA CRISTIANE ROSENBAUM DIVIDE COM SEUS FILHOS, BERTHA E IAN, ESTRELAS DA NOVA CAMPANHA DE LILICA RIPILICA E TIGOR T. TIGRE POR LIANA MAZER

Quando a moda entrou na sua vida? Quando era criança, eu brincava muito com as camisolas da minha avó e fazia os lenços dela de peruca. Sempre gostei de me fantasiar e brincar com roupas. Quando cresci, fui ser vendedora da Forum numa época em que todos queriam trabalhar lá. Percebi que gostava muito de roupa e moda e comecei a ir atrás desse meu gosto. Como seus filhos se relacionam com o tema? A Bertha gosta de moda e é vaidosa. Ela adora uma roupa legal. Se não gostar, seguramente não vai usar! O Ian também sabe bem o que quer vestir. Quem escolhe a roupa que eles vão vestir? Eu. Mas, se estiverem junto comigo, eles também escolhem. Não mandam em tudo, mas escuto o que querem. Acho engraçado eles já terem opinião sobre moda.

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“ Sempre gostei de me fantasiar e brincar com roupas”

Foto: Bob Wolfenson/divulgação

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Foto: Marcos Vllas Boas

P

or pouco a paulistana Cristiane Rosenbaum não se enveredou pelo mundo do direito. A atração que mantém pela moda desde pequena, no entanto, falou mais alto e a levou até Londres para se aprofundar no assunto. Depois de trocar a carreira de advogada pela de estilista, Cristiane trabalhou para uma série de marcas conhecidas, como Arezzo, Side Walk e Siberian. Aos 43 anos, ela atualmente participa de vários projetos criativos ao lado do marido, o designer Marcelo Rosenbaum. Um deles é a linha de bolsas e acessórios desenvolvida em parceria com um grupo de mães da ONG Casa do Zezinho. “Esse trabalho é resultado do projeto A Gente Transforma, que o Marcelo idealizou”, ela conta. “Eu desenvolvo o estilo e as mães produzem. É muito legal!” Estilo, aliás, não lhe falta. Com alguns acessórios, Cristiane transforma a roupa mais simples numa produção para lá de cool. Seus filhos, Bertha, 8 anos, e Ian, 5, também já demonstram ter opinião sobre o assunto. Os três são as estrelas da nova campanha de Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre. A seguir, Cris fala sobre a relação entre a família Rosenbaum e a moda.

É possível ter mais de um estilo? Sim. Dependendo do seu humor, você pode estar a fim de vestir algo diferente do seu estilo em determinado dia. Não acho isso falta de personalidade. Você pode estar de caftan num dia e no outro de jeans e camiseta. E tudo bem. Do que você não abre mão na hora de se vestir? Acessórios! Colar, anel e um bom sapato ou bolsa. Podemos estar simples, mas um bom sapato pode mudar toda a produção. Não abro mão de vestidos e colares que trago de viagens. Acho que é esse o meu estilo. Quais são seus ícones fashion? Chanel, Marc Jacobs, Galliano. Também adoro a Kate Moss e seu estilo e bom gosto para se vestir. Como morei em Londres, sempre gostei de Vivienne Westwood, um ícone dos anos 1980. E eu estava lá!

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Comida 4

BENNY NO VAK, AOS 5 ANOS

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: divulgação

O restaurante perfeito Como pai de quatro filhos, uma das minhas atividades prediletas é sair para comer com eles. Fazemos um revezamento e os mais velhos podem escolher a cada fim de semana aonde gostariam de ir. A comida é quase sempre a prioridade na hora da escolha, mas não é só isso que conta na disputa. Decoração agradável, ambiente descontraído e boa trilha sonora são requisitos bastante importantes. Nunca optamos por aqueles lugares “inspirados” em crianças, com menu infantil e animadores que enchem bexigas. Nada contra, mas Sofia e Fernando gostam mesmo é de lugares onde podem ouvir boa música; entre rock e comidas de “adultos”, como mariscos, steak tartar ou uma boa massa com molho de tomate fresco e até levemente condimentado. Outro ponto importante é que eles sejam habitués dos restaurantes que escolhem. Eles adoram conhecer os garçons e sentem-se felizes por nem precisarem olhar o cardápio, pois já sabem todos os pratos de memória. O resultado é que temos em nossa lista alguns lugares top 10, sempre escolhidos por algum de meus filhos. E você? Pai de Sofia, 8 anos, Fernando, 6, e dos gêmeos André e Gabriel, 2 anos, o chef Benny Novak é dono do Ici Bistrô e de outros restaurantes em São Paulo

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Sem monotonia nia Fundada na década de 1920, a marca italiana Alessi atravessou vários estilos, mas ficou conhecida graças aos acessórios lúdicos de cozinha. O presidente da grife, Alberto Alessi, conversou com LILICA&TIGOR de Milão, onde acabou de abrir uma loja-conceito e cuida do lançamento da nova coleção com itens desenhados por oito arquitetos chineses. Quando vocês começaram a criar itens para cozinha com essa pegada lúdica? Foi em 1991, quando começamos o projeto Family Follows Fiction para revelar jovens designers italianos. Desde então, a ideia cresceu junto com nosso desejo de criar objetos que atendam às necessidades humanas de uma forma sensorial e divertida. São itens capazes de quebrar a monotonia do dia a dia, que funcionam como uma ponte para o mundo da imaginação. Quais são as fontes de inspiração? Os estudos de Donald Winnicott, terapeuta inglês que aproximou a sessão de psicanálise à noção do brincar, e de Franco Fornari, psicanalista italiano que investigou códigos emocionais. E o contato com crianças também inspira? Não necessariamente. Sou daqueles que acreditam que ninguém se torna 100% adulto ao longo da vida.

1 | Abridor de garrafa Diabolix (R$ 69) 2 | Suporte para papel toalha Bunny & Carrot (R$ 260) 3 | Saca-rolha Alessandro M (R$ 160) 4 | Tampas para garrafa Carlo Ghost (a dupla por R$ 45). Tudo na loja virtual da Benedixt (www.benedixt.com.br), sem o valor do frete

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PLA AYGROUND YGROU O ND D

Mundo digital MARIA ERCÍLIA , AOS 7 ANOS

Vida de inseto O Hexbug é uma criaturinha de 5 centímetros de largura por 7 de comprimento que reage ao toque e a sons da mesma maneira que um inseto. Ao captar um obstáculo ou barulho através de seu sensor, ele muda de direção e foge rapidinho. Todas as versões são transparentes, deixando à mostra seu mecanismo. O Hexbug está disponível em cinco formatos e cores diferentes e custa US$ 10,99 (mais o valor do frete) no site www.hexbug.com.

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“Absurdo, absurdo é andar num cavalo com soluço”

LEGOMUTAÇÃO A mundialmente famosa marca dinamarquesa de blocos de montar lançou um aplicativo para iPhone, iPad e iPod Touch que atende a um desejo comum entre seus fãs: transformar o mundo numa imensa obra de Lego. Com o Lego Photo é possível fazer qualquer imagem virar um mosaico de pecinhas de plástico. Além de permitir tirar a foto na hora ou modificar uma já existente, este app também dá algumas possibilidades de combinação de cores. Disponível gratuitamente através da loja virtual iTunes.

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Hoje de manhã meu filho botou a cabeça na porta do quarto e disse do nada: “Mamãe, games deixam as crianças mais criativas”. Claro que ele só estava querendo jogar mais um pouquinho de Wii, objeto de negociação infinita na minha casa, mas o argumento era novo... Ouviu em algum lugar e já entende que esse pode ser um bom motivo para deixarmos que ele jogue mais um pouquinho. Fiquei pensando nos estereótipos que vamos pendurando nas nossas invenções. TV é do mal, cinema é do bem. Game é bom só de vez em quando. Ou nunca. Ler é sempre muito bom, abre a cabeça, forma o caráter. Meu filho, se não sabe o que fazer com o seu tempo, vá ler um livro... E, no entanto, quando os gregos começaram a escrever, Platão olhou para a escrita como uma tecnologia que corromperia a memória e as lembranças. Disse dela o que dizemos hoje do computador, da internet... Será uma questão de tempo então? De nos acostumarmos o suficiente com uma tecnologia, a ponto de não percebermos como seríamos sem ela, para que deixemos de demonizá-la? Esse assunto sempre me fascinou, mas após essas negociações com meu filho, ele adquiriu um significado novo. Comecei a me ver fazendo escolhas, de certa forma, morais sobre o que ele ia ver ou ler. A gente tenta um equilíbrio entre o nosso ideal de infância de pé no chão e quintal e a realidade que se multiplica em telas tão sedutoras dos games, DVDs, Wiis e DS... Maria Ercília Galvão Bueno passou a infância com o nariz nos livros, os 20 enfiada num jornal e depois dos 30 se afundou na internet. É mãe de Theodoro, 5 anos

Retrato colunista: arquivo pessoal. Fotos: arquivo pessoal e divulgação

Meu bem, meu mal

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A arte do equilíbrio UM POUCO DE RIGIDEZ E OUTRO TANTO DE LIBERDADE FAZEM PARTE DO APRENDIZADO DA ARTISTA PLÁSTICA ISABELLE TUCHBAND E DE SEU FILHO, MAX POR LIANA MAZER RETRATO MARCOS VILLAS BOAS

Fotos: divulgação

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intensidade da artista plástica Isabelle Tuchband transparece em suas obras, em sua maneira de falar e, como não poderia deixar de ser, em sua relação com o filho, Max, 6 anos. “Quando ele nasceu, lembro de pensar: ‘Então a felicidade existe realmente!’”, ela conta. “Senti que estava completa.” Isabelle encarou a maternidade com muita naturalidade, sem planejar muito, mas logo se deparou com sua própria rigidez. Aos poucos, com a ajuda do filho, compreendeu que o caminho são o diálogo e a coerência. “Eu me transformei ao perceber que sou o exemplo”, Isabelle explica. “Max é muito observador e muito perspicaz. Se eu falo uma coisa e faço outra, ele cobra.” Mas a mãe tenta ser firme para impor alguns limites e lhe passar boas maneiras. E o garoto não só entende como aprende: “Sei que não devo mexer nas coisas dela e aprendi a segurar o garfo direito na hora das refeições”, ele diz. Se por um lado a artista é linha-dura nas tarefas do dia a dia, por outro ajuda seu filho a se libertar através da arte: “Ela me ensinou a pintar e a soltar minha imaginação”, conta Max.

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PLAYGROUND

A invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorcese, 2011 (Paramount) – Em Paris, no período entre guerras, um garoto órfão resolve tentar consertar um protótipo de robô deixado por seu pai.

O mágico inesquecível, de Sidney Lumet, 1978 (Universal Pictures) – Este musical é uma adaptação de um musical da Broadway que reconta a história de O mágico de Oz pelo ponto de vista da cultura afro-americana.

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Popeye, de Robert Altman, 1980 (Paramount) – A adaptação de Altman para a tira dos anos 1930 criada por E. C. Segar recebeu tanto críticas negativas como elogios na época. Mas até hoje conserva muitos fãs.

NASCE UMA ESTRELA Quem assistiu ao filme O palhaço (2011), sucesso dirigido por Selton Mello, provavelmente se encantou com a atriz paranaense Larissa Manoela, 11 anos. No longa, ela interpreta Guilhermina, a filha de um mágico que é amiga do palhaço Pangaré, vivido por Selton. Descoberta aos 5 anos, a garota fez três musicais, dois filmes, uma minissérie, duas séries e mais de 20 comerciais. Agora, ela vai viver a vilã Maria Joaquina, na novela Carrossel, do SBT.

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Cinema RICARDO CALIL , AOS 2 ANOS

Bem-vindo ao clube Os cineclubes foram essenciais para a formação da maioria dos amantes de cinema acima dos 30, 40 anos. Eles não apenas ofereciam filmes raros, que não podiam ser encontrados no circuito comercial, como davam a seus frequentadores um sentido de comunidade, como se um laço invisível os unisse a seus iguais. Aqui em São Paulo, na minha adolescência, havia o Oscarito, o Bijou, o Elétrico, o Veneza...Com o tempo, os cineclubes foram fechando por várias razões, e os cinéfilos tiverem que encontrar outras formas de satisfazer sua paixão: os festivais, os DVDs, os filmes baixados da internet – todos com suas vantagens, mas raramente com aquele caráter gregário. Por isso, foi um barato descobrir o Cineclubinho no Cinesesc aqui de São Paulo, com sessões gratuitas e atividades relacionadas aos filmes, todos os domingos, a partir das 10 horas. Eles exibem filmes infantis hollywoodianos que saíram de cartaz há pouco tempo, mas também produções mais antigas e de procedências mais incomuns, além de curtas-metragens brasileiros. Porém, mais importante que a programação é o espírito de clube, a ideia de voltar toda semana para o mesmo lugar e compartilhar uma paixão em comum com conhecidos e desconhecidos – não muito diferente de uma missa, mas bem mais divertido. Pai de Teresa, 5 anos, e Julieta, 3, Ricardo Calil é diretor de redação da revista Trip e crítico de cinema da Folha de S.Paulo

Retrato colunista: arquivo pessoal Fotos: arquivo pessoal e divulgação

Até os mais renomados cineastas do mundo já se aventuraram pelo universo infantil. O mais recente foi o diretor norte-americano Martin Scorcese. Seu novo filme, A invenção de Hugo Cabret, adaptação do clásico livro infantil homônimo de Brian Selznick, estreou no Brasil em fevereiro. Saiba mais sobre esse e outros longas para crianças feitos por mestres do cinema:

Fotos: A invenção de Hugo Cabret The Picture Desk / AFP, O mágico inesquecível EVERETT COLLECTION / GRUPO KEYSTON e Popeye EVERETT COLLECTION / GRUPO KEYSTONE

CINEMINHA DE ARTE

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MODOS DE APRENDER

SÃO PAULO, BRASIL

“Fundado em 1975, propõe um ‘retorno’ à experiência do quintal como ambiente por excelência da criança. Através do contato com a natureza, da espontaneidade na condução das atividades e da ausência de turmas, estimula uma convivência simples, humana e multicultural.” De 0 a 6 anos.

Foto: ELIZABETH FLORES KRT/Newscom

Foto: Lucas Buitoni / Ed. Ágora / Divulgação

Clic! (Centro Lúdico de Interação e Cultura)

Sistema Educacional de Reggio Emilia

BELO HORIZONTE, BRASIL

Egalia ESTOCOLMO, SUÉCIA

“Também conhecida como a ‘escola das crianças sem gênero’. A base é a luta contra a discriminação sexual. As crianças são chamadas indistintamente de friend, e no lugar de ‘ele’ ou ‘ela’ usa-se o pronome neutro ‘hen’, inexistente no vocabulário sueco, mas usado nos circuitos feministas e homossexuais.” De 0 a 5 anos.

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REGGIO EMILIA, ITÁLIA

Foto: Juarez Rodrigues / EM/D.A Press

“Fundamentada no tripé diversão-cultura-interação, fica em uma casa simples e aconchegante, com uma imensa área externa. As aulas partem sempre da pergunta: “Como se pode brincar com...” a arte, a música, o corpo, a matemática, a literatura etc. O currículo é articulado em oficinas e existe uma ênfase em cima da cultura popular.” De 0 a 6 anos.

“É uma escola que privilegia a expressão artística. As crianças são estimuladas a pintar, produzir textos literários, fazer teatro. Um detalhe que chama a atenção é o constante registro das ações pedagógicas, importante para a reflexão dos educadores.” De 0 a 6 anos.

Foto: Fredrik Sandberg, Scanpix Sweden/AP / Glowimages

Claudia Souza é uma escritora e psicóloga mineira que mora em Milão há cinco anos. Em 2011, ela e duas arquitetas italianas inauguraram em Cavenago di Brianza o parque Arcobaleno, repleto de brinquedos educativos. Em parceria com a filósofa Cibbele Carvalho, mantém o blog quintarola.blogspot. com. A seguir, ela lista escolas do mundo com modelos de educação que vão muito além do quadro-negro e do caderno de pauta simples.

Espaço Te-arte

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PLAYGROUND

Do seu jeito ESCOLHA UM LOOK DA NOVA COLEÇÃO DE INVERNO EM CARTAZ NAS LOJAS LILICA&TIGOR E DESFILE POR AÍ COM MUITO ESTILO

Agradecimento: Loja Lilica & Tigor shopping Higienópolis (tel.: 11 3823-3737)

FOTOS DECO CURY

Jessica Seuger, 6 anos, tiara (R$ 44,90), vestido (R$ 189,90) e sapatilha (R$ 129,90)

Priscila Seuger, 8 anos, tiara (R$ 34,90), camisa polo (R$ 99,90), saia (R$ 154,90) e bolsa (R$ 99,90)

Arthur Dutra, 5 anos, boné (R$ 64,90), camiseta (R$ 209,90, conjunto com bermuda), bermuda (R$ 199,90, conjunto com camiseta) e tênis (R$ 159,90)

Olivia Vieira, 2 anos, blusa (R$ 74,90), bermuda (R$ 149,90) e sandália (R$ 94,90)

Eduardo Fares, 7 anos, camiseta (R$ 219,90, conjunto com bermuda) e bermuda (R$ 169,90)

Lucas de Moraes, 8 anos, jaqueta (R$ 264,90, conjunto com calça), camiseta (R$ 79,90), bermuda (R$ 219,90, conjunto com camiseta) e tênis (R$ 174,90)

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Livros ODILON MORAES, AOS 8 ANOS

Retrato colunista: arquivo pessoal Foto: divulgação

Olhos abertos Existem livros com ilustrações que, se você fechar os olhos e alguém lhe contar a história em voz alta, você conseguirá entender tudo o que se passa. Ao vermos as imagens depois até nos surpreendemos por serem tão diferentes das que imaginamos. É curioso ver que cada um de nós tem o poder e uma maneira de construir uma imagem diferentes para cada história lida. O que o ilustrador faz nesses livros é traduzir essa imaginação para o papel. Seu privilégio é ter sua imaginação impressa junto com o texto. A beleza desse tipo de trabalho está na maneira pessoal com que o artista representa sua leitura. Outros livros ilustrados, no entanto, são como cinema. Se você fechar os olhos e só ouvir as palavras certamente vai perder grande parte da história. Pode até conseguir construir alguma a partir somente das palavras, mas dificilmente a proposta pelo autor-ilustrador contida no encontro da imagem com a palavra. Nesse tipo de livro parte importante da narrativa é conduzida pela imagem. Ao trabalharem casadas, palavras e imagens exigem também uma leitura conjunta para que a história apareça. Para alguns críticos de literatura esse tipo de livro configuraria um diferente gênero literário. Para nós, leitores, o que importa, independente de ser ou não outro gênero, é que esse é um livro feito para ler (ou escutar) de olhos bem abertos. Odilon Moraes, 44 anos, é escritor e ilustrador de títulos como A princesinha medrosa (2002). É pai de João, 4 anos, e Francisco, 1

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A SENHORA DO ANEL Ele é grande, tem uma armação antiga e um brilhante no centro rodeado de outros brilhantinhos. É assim o anel que a pintora modernista Tarsila do Amaral deixou de herança para sua sobrinha-neta homônima ao morrer, em 1973. Tarsilinha tinha então 5 anos (como na foto ao lado). A menina cresceu, formou-se em direito, virou professora de hipismo, zeladora dos direitos autorais de sua tia-avó famosa, além de escritora. Autora em 2004 da biografia familiar Tarsila por Tarsila (editora Celebris), ela agora se aventura no universo infantil com O anel mágico de tia Tarsila (Companhia das Letrinhas) e conversa com LILICA&TIGOR: Como surgiu a ideia do livro? Eu tinha pensado numa história infantil em que eu “entrasse” nas obras de minha tia-avó e ficasse amiga de personagens seus como o Abaporu, a Cuca. São figuras que as crianças adoram e estudam desde pequenas na escola. Depois fui desenvolvendo a narrativa, sempre usando elementos da vida e da obra de Tarsila, como a fazenda de Mombuca [próximo a Capivari, no interior paulista, onde a pintora nasceu, em 1886], que pertence ao meu pai e foi onde passei minha infância. Se você fosse pintar um retrato de sua tia-avó como seria a cena desse quadro? Nunca tinha pensado nisso. Primeiro eu ia pintá-la muito linda, como ela era. E o fundo seria uma das paisagens rurais da fase pau-brasil de sua obra. Teria muita cor e alegria.

CONDUZIDOS PELA IMAGEM Abaixo, nosso colunista Odilon Moraes elege dois livros que ilustram a coluna ao lado.

O anjo da guarda do vovô, de Jutta Bauer (Cosac Naify). Enquanto a história em palavras é narrada pelo avô, o que se passa nas imagens apresenta outro ponto de vista, que transforma toda a leitura.

O Oscar levou a culpa, de Tony Ross (Martins Fontes). O Oscar narra sua versão da história em que o amigo Billy é responsável pelas travessuras, mas nunca aparece nas ilustrações. Por que será?

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PLAYGROUND

Estilo CLARICE REICHSTUL , AOS 5 ANOS

À moda da vovó Misto de loja de fios e escola de crochê, bordados e afins, a Novelaria, em São Paulo, tem atraído muitas meninas – e meninos – que querem aprender a tricotar. “As crianças adoram as lãs coloridas e se sentem muito orgulhosas quando conseguem terminar seu primeiro cachecol”, conta Priscila Bueno, sócia do espaço com Lica Isak. Em um ambiente charmoso e aconchegante, as aulas para crianças (a partir de 6 anos) acontecem aos sábados, das 14h às 16h, e custam R$ 60 cada uma. Mais informações no site www.novelaria.com.br.

“ O tigre só anda listrado. Se a moda muda ele está ferrado” 22

BONECA FASHION Qual menina não sonha em vestir sua boneca com as roupas da Lilica Ripilica? Pensando nisso, a equipe de estilo da marca desenhou sete looks, com itens como vestido, casaco e acessórios, para a linha Belle Collection. Cada kit custa R$ 39,90 nas franquias e multimarcas.

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– Quero as duas! – Como assim, Benjamim? A vermelha ou a azul? – Vermelha e azul! – Assim não dá. A gente ou bem compra um par de botas vermelhas ou um par de botas azuis. Não tinha muito jeito. Estávamos numa lojinha de sapatos infantis para comprar botas novas, e eu, espertinha, tinha colocado no meu filho um pé de bota de cada cor, para poder escolher melhor. E ele encasquetou que queria daquele jeito. Benjamim corria pela loja com as botas coloridas, e devo confessar que o resultado ficou bem legal. As botas não eram assim tão caras: não era loucura comprar as duas, mas eu é que não ia levar dois pares de bota só por capricho do meu filho. E o que eu faria com o par extra? Dois pares de galochas de borracha é demais até para uma Imelda Marcos infantil. Acabamos sendo salvos pelo aniversário de um amigo no dia seguinte, meu dilema estava resolvido, um par de botas coloridas para o Benja e o outro para o Jorgeco. Deu certo e ainda está dando. Nenhuma das duas crianças tira as botas do pé! Clarice Reichstul é produtora de programas para TV, participa do blog Minas de Ouro e é mãe de Benjamim, 3 anos

Retrato colunista: arquivo pessoal. Fotos: Ricardo Toscani e divulgação

Foto: Ricardo Toscani

Mundo colorido

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Repertório próprio CAMISETAS E CAMISAS REINAM NO GUARDAROUPA DA CANTORA TIÊ. NA HORA DE TEMPERAR O LOOK, ENTRA EM CENA O ACERVO VINTAGE POR LIANA MAZER RETRATO CHEMA LLANOS

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Tiê com a filha Liz, 2 anos: “Prezo o conforto”

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á alguns anos a paulistana Tiê Gasparinetti Biral, 31, assumiu a camiseta como estilo e passou a investir em variações da peça. “Prezo muito o conforto e, principalmente depois da gravidez, é o que eu mais uso”, diz a cantora, fã das peças da marca paulistana A Fine Mess, a exemplo do camisão tigrado (4) que ela usa “em qualquer ocasião”. “Sempre curti esse jeito de vestir, tanto que quando vi a coleção de camisetas do Leandro (HBL, cineasta) casei com ele!”, brinca Tiê. A cantora também é dona de um grande acervo vintage, do qual faz parte um colar Gucci que era de sua avó, Vida Alves, atriz que protagonizou o primeiro beijo da TV brasileira. Outros hits são os maiôs dos anos 1980 (3), que comprou no Rags A GoGo, seu brechó preferido em Nova York, e a carteira (1) que guardou como recordação do Café-Brechó, loja que manteve em São Paulo no passado. Brilho e salto alto surgem apenas nos figurinos dos shows, que produz em parceria com a estilista Rita Wainer: “Ela me ajuda a escolher algumas peças-chave. A que eu mais uso é a jaqueta de couro (2) que compramos para a turnê do meu primeiro disco (Sweet jardim, de 2009)”, conta.

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MODA

O bicho vai pegar! MERGULHE COM A GENTE EM UM MUNDO CHEIO DE CHARME E DIVERSÃO FOTO KIKO FERRITE ILUSTRAÇÃO CARLO GIOVANNI

Tênis R$ 119,90 Meia R$ 19,90

Casaco R$ 199,90 Camisa R$ 144,90

Saia R$ 119,90

Colete R$ 144,90

Sapatilha R$ 129,90

Camisa R$ 124,90

Tênis R$ 159,90

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Luva R$ 34,90

Meia R$ 19,90

Luva R$ 54,90

Modelos: Agatha Fernandes (Vogue) e Enzo Almeida (FiďŹ kids)

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MODA

ILUSTRAÇÃO CARLO GIOVANNI FOTOS XICO BUNNY

Sapatilha Sa bebê be R$ 139,90

Vestido R$ 189,90

Bolsa R$ 89,90

Casaco bebê R$ 179,90

Tiara R$ 44,90

Vestido R$ 139,90

Jaqueta R$ 199,90

Charme discreto Um palpite para qualquer hora? Aposte no roxo e no lilás como as cores da elegância

Casaco bebê ê R$ 199,90

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l i l i car ip il ica.co m.br


MODA

Bela estreia Linhas batizado e maternidade e bodies para a turminha iniciar a vida como deve

Body bebê R$ 59,90

Conjunto bebê (acompanha manta) R$ 189,90

Vestido (conjunto com calcinha) R$ 219,90

Macacão (acompanha manta) R$ 189,90

Body (conjunto com calça) R$ 79,90

Macacão bebê R$ 224,90

Macacão bebê R$ 139,90

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MOD MOD A A

Calça Ca R$ 174,90

Calça R$ 154,90

Calça R$ 64,90 0

Calça R$ 169,90

Calça C R$ 99,90

Calça R$ 109,90 9,90

Calça R$ 154,90

Em boa companhia As calças são itens obrigatórios no guarda-roupa de inverno das meninas

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MODA

Colete R$ 144,90

Jaqueta R$ 184,90

Casaco (conjunto com calça) R$ 209,90

Casaco R$ 189,90

Jaqueta bebê R$ 159,90

Jaqueta R$ 169,90

Meia R$ 19,90 Bota R$ 169,90

Mistura fina Clássico que nunca sai da moda, o cinza vai bem com todas as cores e garante looks cheios de bossa

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Sem tĂ­tulo-1 1

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MODA MODA

Vestido R$ 249,90

Tricô R$ 199,90

Tricô R$ 154,90

Tricô R$ 139,90

Trama esperta

Tricô bebê R$ 139,90

Vestido R$ 219,90

Linhas e tricôs conferem charme caloroso à estação do frio

Tricô R$ 174,90

Tricô R$ 199,90 Tric

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tig o rttig re.co m.br


MOD MOD A A

Cueca (kit com trĂŞs) R$ 69,90

Calcinha (conjunto com top) R$ 64,90

Calcinha R$ 39,90

Cueca R$ 32,90

Calcinha R$ 34,90

Cueca R$ 34,90

Calcinha (conjunto com top) R$ 64,90

Ponto de partida Na hora de compor o visual escolha um underwear bem bacana

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ENQUETE

Qual

superpoder

você

gostaria

de ter?

NA TERRA, NA ÁGUA OU NO AR, CADA UM IMAGINA SER O HERÓI QUE QUISER POR LIANA MAZER FOTOS RICARDO TOSCANI

Albert Cunha, 5 anos “O poder do fogo.”

Chantal Gellerenty, nty y, 6 a anos nos 38

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“Eu queria voar.”

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Thomas Chen, 8 anos “O poder de ficar invisível.”

Emílio Gamo, 6 anos

Agradecimento: Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br)

“Queria ser muito bom em mexer em coisas mecânicas.”

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Nicole Bedushi, 4 anos “Eu queria patinar superbem. Voar com os patins!”

Ana Luiza Neves Silva, 6 anos “Conseguir controlar a água.”

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DECORA ÇÃO

Tudo se E transforma NEM PARECE QUE ESTE SOBRADO NASCEU ANTES DA CHEGADA DOS FILHOS DE CAROLINA E GUILHERME. GRAÇAS AO PROJETO ARQUITETÔNICO, A CASA SE ADAPTOU AOS NOVOS TEMPOS: HOJE FACILITA O CONVÍVIO DOS PAIS COM AS CRIANÇAS E É PALCO DE ANIMADOS ENCONTROS DE FAMÍLIA POR LIANA MAZER FOTOS DOUGLAS GARCIA

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m 2004, quando a ar quiteta Carolina Neuding e o músico Guilherme compr aram a casa onde moram, em São Paulo, os planos para a chegada dos filhos ainda eram parte de um futuro algo distante. Tanto é que o único item projetado que levava em conta a presença de crianças no sobrado er a o guar da-corpo do mezanino e das escadas , protegido por uma tela de palha sintética. N o entanto, quem conhece a casa hoje , habitada por M arina, 3 anos, e H enrique, 1, não consegue imaginá-la sem eles. Agora, os brinquedos e livr os dos irmãos compõem a decoração ao lado de obras de arte, antiguidades e objetos de design dos pais. “Eles passam a maior parte do tempo na sala de estar e no jar dim, mas, na verdade, a casa é toda deles”, diverte-se a mãe. A e xceção é a edícula, onde f unciona o escritó rio de ar quitetura de Car olina, único lugar aonde os fi lhos não podem ir a qualquer momento . “ Mas sempre estou de olho neles”, diz Car olina. Afi nal, a arquitetura da casa fa vorece essa integração: quando as amplas janelas de vidro do térreo, por exemplo, se abrem completamente é possível enx ergar toda a extensão do terr eno. “Adoramos os momentos em família”, conta Guilherme, que trabalha perto e almoça em casa todos os dias . E Car olina completa: “No primeiro aniversário de Marina coloquei todo mundo para recortar cartolinas em forma de peixinhos para a decoração da festa, que aconteceu aqui. Foi uma delícia!”.

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Nesta página: brinquedos compõem a decoração da sala de estar e o guarda-corpo de palha sintética garante a segurança das crianças na escada. Ao lado, Marina e Henrique com a mãe

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DECORA ÇÃO

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O jardim ocupa o espaço que seria da garagem, mas o casal não se arrepende nem um pouco

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O quarto das crianças, que fica no terceiro andar da casa, foi decorado com aquarelas pintadas pelo artista plástico Emídio Dias Carvalho, avô de Carolina

3 2

1 A sala de jantar é integrada à cozinha e ao terraço. A máquina fotográfica fica sempre à mão para o casal não perder os bons momentos das crianças 2 O móvel, que originalmente era um bar, virou estante para os brinquedos de Marina e Henrique na sala de estar 3 Guilherme guarda os instrumentos no mezanino. Henrique é fascinado pelo piano e Marina gosta de ouvir o pai tocar saxofone. Seu tema preferido é o da Pantera Cor-de-Rosa 4 42

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4 “AS CRIANÇAS ADORAM REGAR AS PLANTAS E ACHO IMPORTANTE QUE TENHAM CONTATO COM A NATUREZA” CAROL

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VIAGEM

AGENDINHA CARIOCA O RIO É AINDA MAIS MARAVILHOSO DO PONTO DE VISTA DE UMA CRIANÇA – QUER APOSTAR? POR LIANA MAZER

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Fotos: arquivo pessoal

A

pesar de ser um dos destinos mais pr ocurados do mundo, o Rio de J aneiro curiosamente não fi gura entr e as primeiras opções par a os pais levarem seus fi lhos nas f érias . M as, quando isso acontece , é batata: to dos amam e r etornam. U ma vez por ano pelo menos , Sofia Carvalho Faro, que tem 4 anos e mor a em Corumbá, no M ato Gr osso do S ul, vai lá com seus pais par a visitar o padrinho. “Nós amamos o Rio ”, declara Camila Faro, mãe de Sofia. “As possibilidades de passeio em família são muitas , independentemente do clima.” O publicitário mineir o Maurilo Andr eas concor da. “H á muitos parques e praças legais”, ele diz. Nas duas vezes em que visitar am a cidade, ele , a mulher , a administr adora de empr esas Fernanda Comelli, e a filha, Sophia Comelli, 6 anos (na foto ao lado), fizeram passeios diferentes. “Só r epetimos a pr aia, que ador amos!”, conta F ernanda. A publicitária paulistana Renata Gomes Barbosa, seu marido , o economista Edgar Barbosa, e o fi lho Eduar do, 6 anos , também f or am à cidade visitar primos e tiver am uma ótima surpr esa. “É muito f ácil par a uma criança se divertir no Rio”, ela resume. Confira a seguir os lugares que Dudu, Sophia e a xará mais gostaram na cidade.

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Fotos: Zé Pedro Russo / Sambaphoto / Getty Images

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Sophia viu animais e se encantou pelo céu

1 Parque Lage

UM PALÁCIO NA MATA

2

Além do bondinho, do Pão de Açúcar, outro passeio que Sophia adora é o Parque Lage, que, localizado ao lado do Jardim Botânico, merece ser visitado sem pressa. “Tem uma gruta com aquários incrustados, um castelinho, trilhas, lagos, parquinhos, muito verde e muitos bichos”, indica Maurilo, o pai de Sophia. “É passeio para se cansar bastante e depois relaxar com um lanche bem gostoso no café do casarão.” www.eavparquelage.rj.gov.br

2 Planetário da Gávea Foto: divulgação

ENCANTOS DO UNIVERSO

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Uma dica para dias de chuva é o planetário da Gávea, principalmente para crianças maiores de 6 anos. “Além de assistir às sessões do planetário, vale uma visita ao Museu do Universo”, diz Maurilo. Segundo ele, neste espaço interativo, as crianças aprendem sobre o sistema solar, descobrem quanto pesariam se estivessem na Lua e de que forma ela influencia as marés. Tel.: (21) 2274-0046. www.planetariodorio.com.br

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VIAGEM

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Dudu curtiu programas na água

1 Pedalinho na lagoa PROGRAMA COMPLETO

Cultural da 2 Espaço Marinha AL MARE

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“Qual criança não gostaria de entrar num submarino?”, pergunta Renata. No Espaço Cultural da Marinha, além do submarino Riachuelo, é possível visitar uma embarcação construída em 1808 e um navio que participou da Segunda Guerra Mundial. De lá, segundo Renata, também dá para fazer passeios de barco pela baía de Guanabara. www.mar.mil.br/dphdm/ecm/ecm.htm

1 2 Fotos: António Gaudério / Folhapress (submarino) e arquivo pessoal

A lagoa Rodrigo de Freitas é uma ótima opção para um dia mais preguiçoso, pois oferece várias atividades num mesmo lugar. “Tem parquinho, dá para alugar bicicletas de vários tipos e tamanhos e até andar de pedalinho. O Dudu adorou!”, conta Renata, a mãe. “A vista que se tem do Corcovado é linda e ainda há ótimos restaurantes”, ela completa. “Dá para prolongar o passeio e jantar por lá mesmo.”

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Sofia conheceu lugares com história

1 Zoológico da cidade BICHARADA

“Sempre que estamos na cidade, vamos ao zoológico do Rio”, conta a mãe Camila. “Sofia se encanta com um animal diferente a cada vez.” Mais antigo zoológico do Brasil, o RioZoo abriga mais de 2 mil animais. Lá se reproduzem espécies em extinção, como o urubu-rei e a ararajuba. Criança com até 1 metro de altura não paga entrada. Tel.: (21) 3878-4200. www.rio.rj.gov.br/riozoo

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2 Forte de Copacabana ÉCLAIR HISTÓRICO

Fotos: Mauricio Simonetti / Pulsar Imagens (Forte) e arquivo pessoal

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UM RIO DE QUEM CONHECE

FRIO NA BARRIGA

Seleção dos endereços mais descolados do Rio, o guia Agenda carioca se prepara para ganhar uma versão mirim. Mãe de primeira viagem de Felipe, 4 meses, a jornalista Antonia Leite Barbosa, autora da publicação, prepara para julho o lançamento do Agendinha carioca (editora Senac Rio). Para nós, ela selecionou três dicas de passeios bacanas na cidade.

“O circuito de aventura instalado no parque da Catacumba oferece quatro atividades promovidas pela empresa Lagoa Aventuras: arvorismo, tirolesa, rapel e muro de escalada. A tirolesa, a 75 metros de altura, é emocionante e proporciona um visual único da lagoa. Já o arvorismo é ainda mais acessível, com versão para adultos (a 6 metros do chão) e crianças (a 1 metro).” Tel.: (21) 4105-0079.

JÁ PARA A ÁGUA!

PEQUENOS GOURMETS

“Não tem esporte que tenha mais a cara do Rio do que o surf. Na praia de Ipanema, em frente ao hotel Ceasar Park, e no Arpoador funciona a escolinha do professor Paulo Dolabella, que há dez anos ensina muita gente a pegar onda. Ele fornece o equipamento, como pranchas e roupas de borracha. A partir dos 3 anos, se cair na água, para ele é peixe!” Tel.: (21) 9814-9702. paulodolabella@gmail.com

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Para Camila, um bom programa de fim de tarde é lanchar na filial da centenária confeitaria Colombo, no Forte de Copacabana. “O lugar é lindo, ótimo para tirar fotos. E o éclair de chocolate da Colombo é o melhor do mundo”, indica a mãe de Sofia. Vale checar a programação no site do Forte. Há atividades diferentes todos os meses, de apresentações musicais a troca da Guarda Histórica. www.fortedecopacabana.com

“Um lugar que transforma a nossa percepção sobre culinária, reinventa o prazer de comer e resgata a arte de cozinhar. No Ateliê das Ideias, projeto das sócias Fabiana Figueiredo e Roberta Furtado, as crianças aprendem da história dos alimentos, passando por visitas a feiras e supermercados, até a execução de um prato. Aulas avulsas às sextas-feiras por R$ 65.” Tel.: (21) 2535-6181. www.ateliedasideias.com.br

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CONEXÕES

LUCAS, 6 ANOS

“Eu gosto de cuidar dos meus peixes”

ROSA, 7 ANOS

JOÃO, 6 ANOS

GIOVANNA, 6 ANOS

“Eu quero muito ter uma gatinha”

“Futebol é meu esporte preferido”

“Adoro nadar na piscina e tomar água de coco”

RELAÇÕES

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Já tomaram banho juntos Já fizeram pão juntos Moram no mesmo bloco de apartamentos Viajaram para o sítio da Carol Tiveram o mesmo pediatra

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DO O

BERÇO AO PLAYGROUND

MIGUEL, 7 ANOS,

“Eu me divirto no Clube Penguin”

POR MARIA FLOR CALIL FOTOS MARCELO NADDEO

CAROL, 7 ANOS

ISABELLA, 7 ANOS

“Amo andar de patins”

“Sou fã do Justin Bieber”

Eles se encontram para jogar futebol duas vezes por semana, aprenderam a nadar na mesma escolinha e sempre almoçam juntos aos domingos. No ritmo agitado de São Paulo, tudo isso só é possível porque Giovanna, Carol, Miguel, Lucas, Isabella e os irmãos Rosa e João moram no mesmo prédio. Apesar da pouca idade, essa turma já coleciona histórias. Miguel e Isabella se conheceram quando passeavam em seus carrinhos de bebê na área comum do condomínio. Rosa chegou ao prédio com 1 ano e João, na barriga da mãe. E Giovanna nem sabia andar. Filha única, ela logo fez amizade com Carol e Lucas, e a turma foi se formando. Também, o condomínio parece um clube: tem piscina, playground, salão de festas e lanchonete. E nem quando as mães chamam as crianças para subir elas se separam. Vão para os apartamentos uns dos outros, tomam banho juntos, jogam Wii e podem até ficar para dormir. “Eu adoro morar nesse prédio porque tenho muito espaço para brincar”, comemora Rosa.

AFINIDADES Jogam Beyblade Estão banguelas Treinam futebol no condomínio São fãs de Harry Potter Gostam de Star Wars

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Fazem sapateado Jogam Wii na casa do Lucas Torcem para o Corinthians Têm uma cachorra chamada Nina Não gostam de cortar o cabelo

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CONEXÕES

REDE DE AMIGAS Quem é mãe sabe: a maternidade nos torna muito mais sociáveis. Que o digam a professora Ana Elisa Castro e a farmacêutica Patrícia Franzini. As duas já moravam no mesmo prédio, mas só se enturmaram depois que os filhos nasceram. “Eu não conhecia ninguém aqui, falava um ‘oi’ no elevador e pronto. Depois que Isabella nasceu fiz muitas amizades”, conta Ana. Completam o time de mães a administradora Priscila Pezato, a jornalista Helvânia Ferreira, a pediatra Maria Aparecida Pecego e a advogada Alessandra Percequillo, todas moradoras do condomínio há pelo menos cinco anos. O grupo é tão organizado que tem até mailing, em que troca mensagens que servem para produzir as festinhas de aniversário, passar dicas de viagem e também de programas para os adultos. Afinal, se a amizade começou com os filhos, hoje tem vida própria. As mães viajam juntas, batem ponto na piscina e recentemente foram a uma festa à fantasia organizada por Patrícia. “Em todas as datas comemorativas fazemos uma festa. As crianças ajudam a produzir os enfeites e distribuir convites, todos participam”, diz Priscila.

PATRÍCIA, mãe de Lucas

PRISCILA, mãe de Rosa e Pedro

ALESSANDRA, mãe de Giovanna

RELAÇÕES

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Têm a mesma faxineira São amigas no Facebook Foram à festa à fantasia de Patrícia Viajaram para o sítio de Maria Aparecida Visitaram o Pantanal com as crianças

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HELVÂNIA, mãe de Miguel

ANA ELISA, mãe de Isabella

MARIA APARECIDA, mãe de Carol

AFINIDADES Curtem organizar festas Praticam ginástica Gostam de ir ao cinema São chocólatras Adoram tomar sol

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São adeptas da carona solidária Andavam de patins São fãs de Zeca Baleiro Vão de metrô para o trabalho Trocam dicas e roteiros de viagem

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FAMÍLIA

DO TRABALHO? DOS FILHOS? DA NATUREZA? O QUE VALE MAIS A PENA? É NO QUE PENSARAM AS FAMÍLIAS AO LADO E NAS PÁGINAS A SEGUIR QUANDO TROCARAM A CIDADE GRANDE POR UMA MENOR POR JOÃO LUIZ VIEIRA FOTOS GABRIEL RINALDI

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A

ilustradora Graziella Mattar tinha 35 anos e morava no bairro de Higienópolis, em São Paulo, quando engravidou de Raul, hoje com 2 anos. Mesmo fã da variedade de serviços oferecida pela região, além do fato de viver perto dos amigos, ela começou a rever seus conceitos sobre a vida na metrópole com a chegada da maternidade. “Na pracinha aonde eu ia brincar com meu filho nunca havia mães, apenas babás acompanhando as crianças”, ela conta. “Esse não é um problema apenas de Higienópolis, claro, mas das grandes cidades, onde parece que ninguém tem mais tempo para curtir os pequenos prazeres da vida.” De comum acordo com seu marido, o sociólogo Leandro Benetti, Graziella tomou uma decisão que hoje está se tornando cada vez mais comum, sobretudo para quem vive numa metrópole: mudar para um lugar onde seja possível criar os filhos com ar puro e perto do verde. No caso de Graziela, o endereço escolhido foi um condomínio de oito casas em Carapicuíba, a 25 quilômetros do centro de São Paulo. O projeto das casas, de madeira e vidro, favorece a convivência entre as famílias. Ali, passa-se o dia praticamente com as portas abertas e as crianças brincam pelas áreas comuns entre pássaros, preás e macacos. “Desfrutamos de uma sensação grande de liberdade”, diz a dinamarquesa Mille Bojer, consultora para projetos de sustentabilidade e vizinha de Graziella no condomínio. “Os pais se tornaram amigos e as crianças brincam juntas”, completa a fisioterapeuta paulistana Karin Fromm.

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Graziella Mattar (de bege) com os vizinhos do condomínio em Carapicuíba: tempo e espaço para curtir os pequenos prazeres da vida

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FAMÍLIA

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As casas de madeira e vidro favorecem a convivência no condomínio em Carapicuíba. No alto, Graziella e o filho Raul, 2 anos. Acima, Mille e o marido, Maikel, com Emil, 8 meses, e Felix, 5 anos

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“NÃO DESEJO OUTRA VIDA POR ENQUANTO. QUERO QUE MEU FILHO BRINQUE DE GUERRA DE BARRO E OBSERVE A NATUREZA” GRAZIELLA MATTAR, ILUSTRADORA

Moradora do condomínio desde junho do ano passado, Gra, como é chamada pelos amigos, não sentiu nenhum impacto significativo em sua rotina profissional com a mudança de endereço. Afinal, ela sempre trabalhou em casa produzindo ilustrações para livros e revistas. Com Leandro a história é um pouco diferente. Diretor de um centro cultural da prefeitura paulistana localizado na região norte da cidade, todo dia ele precisa encarar cerca de 80 quilômetros de deslocamento entre casa e trabalho. “Mas não me arrependo, é muito bom dormir e acordar aqui todos os dias”, ele diz. Até mesmo encontrar uma escola para o filho, questão que preocupava Graziella e Leandro, foi resolvido do jeito mais apropriado. Hoje, Raul e as outras crianças vizinhas frequentam um centro de estudos perto do condomínio onde não há divisão de turmas. “Não desejo outra vida por enquanto. Quero que Raul brinque de guerra de barro, tome chuva no verão, observe a lua mudando de fase e as plantas crescendo”, afirma Graziella. “A desvantagem é que dependemos de carro para sair do condomínio. Para quem é fã de filmes de arte como eu, o cinema mais próximo fica num shopping center, que oferece apenas uma programação comercial.” “As opções culturais, de fato, ficam mais escassas longe dos grandes centros, mas não ligo”, diz Karina Yamamoto, 35 anos. Nascida em São José dos Campos, ela foi morar em São Paulo na década de 1990 para estudar administração de empresas e acabou se radicando na cidade. Lá, conheceu o marido, o executivo José Carlos da Silva, 37. Juntos, tiveram Matheus, hoje com 5 anos. Filha do ex-vicepresidente da Kodak, Karina trilhou um caminho de sucesso na indústria cosmética. Foi executiva

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durante dez anos na Nivea (com uma passagem pela matriz alemã) antes de trabalhar na Clinique e na Avon. Um dia, Karina cansou de tudo. Segundo ela, São Paulo é uma cidade muito tentadora e envolvente para quem vive para trabalhar e construir uma carreira –, mas, depois que seu filho nasceu, os objetivos de vida mudaram. “Primeiro porque aquela paixão que eu tinha pelo meu trabalho e carreira diminuiu bastante, e a paixão por curtir a família só aumentou”, ela explica. “Cheguei a ponto de torcer para não precisar viajar a Nova York a trabalho e tentar mandar outra pessoa no meu lugar”, lembra. SEM OLHAR PARA TRÁS No princípio, Karina e José Carlos tentaram amenizar as pressões do cotidiano construindo um refúgio no interior de São Paulo para ir aos fins de semana. Foi assim que ergueram, há três anos, uma casa em Araçoiaba da Serra, a 10 quilômetros de Sorocaba. Não demorou para que a casa de campo se tornasse a moradia definitiva da família. “Teve uma fase que eu passei a sentir falta de poder estar mais presente nos momentos especiais do Matheus. A primeira apresentação de natação, por exemplo, eu perdi porque estava a trabalho na Alemanha”, lembra Karina. “Foi então que resolvi largar tudo. Vendemos nosso apartamento de São Paulo e mudamos para cá sem olhar para trás.” Com a experiência adquirida em seus tempos de executiva, Karina traçou um plano de negócio e abriu recentemente uma loja de roupas e acessórios em parceria com a irmã em Sorocaba, cidade vizinha. “Quando tomei a decisão de mudar de cidade sabia que seria muito difícil voltar para o

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FAMÍLIA

“É A LIBERDADE DE PODER SER CRIANÇA SEM AMARRAS. ISSO SIGNIFICA VIVER A INFÂNCIA DE FATO” BRUNO KNOR, CINEASTA

SKATE E PRAIA Abdicar do frenesi de uma metrópole em nome da qualidade de vida também foi a opção do diretor de cinema Bruno Knor, 33 anos. Há um ano, ele e a designer Nicole Morali trocaram São Paulo por Florianópolis. Tudo para que seus filhos, Lucca, 6, e Lara, 3, crescessem mais próximos da natureza. “Nossa vontade era criar as crianças de um jeito parecido com a infância que tivemos no interior paulista”, explica Bruno. Os filhos, segundo ele, foram receptivos à mudança, sobretudo o mais velho, que já entendia mais o que estava acontecendo. “Criança se adapta mais fácil. Percebemos isso assim que chegamos em Floripa”, festeja o orgulhoso pai. Ele e Nicole ficaram receosos de como os pequenos reagiriam, já que eles haviam trocado não só de cidade, mas de casa, quarto, babá, escola e amigos. “Felizmente, eles tiraram de letra, foram mais mutantes do que imaginávamos”, Bruno lembra. A configuração da nova escola, imersa em uma mata, ajudou na adaptação. “No quintal tem cachoeira, forno onde as crianças assam peixes, horta, casas em árvores, além das aulas de culinária, música,

artes, ioga, massagem em dupla. Imagina como foi difícil!”, brinca. “Eles também praticam natação e Lucca ainda faz aulas de tênis gratuitas, num projeto muito bacana que o Guga [o tenista Gustavo Kuerten] ajudou a criar na comunidade da Lagoa da Conceição, onde moramos.” Bruno, no entanto, confessa ainda sentir falta do apartamento onde a família morava, no bairro de Pinheiros, que tinha o dobro do espaço do apê de Florianópolis. “Estar distante da família e dos amigos é outro aspecto negativo da experiência, mas o Skype ameniza um pouco e nos engana virtualmente”, ele diz. “Aqui a gente vive a natureza. Vemos macacos, tucanos, andamos de skate e vamos à praia depois do almoço sempre que dá.” Para Bruno, é uma felicidade diária ver os filhos brincando na Lagoa com o cachorro, a caçula pedindo “paia” [praia] e o mais velho já criando confiança para ir sozinho à casa de um vizinho. “É a liberdade de poder ser criança sem amarras. Isso significa viver a infância de fato”, resume.

Foto: Michel Téo Sin

mundo competitivo das corporações”, ela diz. De quebra, seu marido também conseguiu ser transferido para a região. “Apesar de ser um risco, estou confiante na decisão que tomei”, afirma Karina. “Precisamos ter sonhos e correr atrás deles. Estamos fazendo isso e não me arrependo.”

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Bruno e Nicole com os filhos, Lucca e Lara, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis

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MODA

Vestido R$ 199,90 Bota R$ 239,90

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OS CONCRETISTAS SEMPRE HAVERÁ COR, BELEZA E ALEGRIA PARA RIMAR COM A POESIA DA CIDADE CINZA

FOTOS DEBBY GRAM STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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MODA

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A partir da esquerda: Camiseta R$ 74,90 Calça R$ 169,90 Bota R$ 184,90 Gorro R$ 59,90 Vestido R$ 219,90 Meia-calça R$ 29,90 Bota R$ 169,90 Casaco R$ 249,90 Meia-calça R$ 49,90 Bota R$ 289,90 Vestido R$ 229,90 Meia R$ 29,90 Bota R$ 219,90

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Jaqueta R$ 179,90 Calça R$ 149,90 Tênis R$ 169,90

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MODA

Jaqueta R$ 169,90 Camisa R$ 159,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 264,90 Tênis R$ 159,90

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Vestido R$ 249,90

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Na outra página: Gorro R$ 59,90 Tricô R$ 199,90 Calça R$ 189,90 Nesta página: Vestido R$ 184,90 Jaqueta (conjunto com calça) R$ 274,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 169,90

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MODA

Nesta pรกgina: Camisa (conjunto com saia) R$ 269,90 Calรงa R$ 159,90 Bota R$ 209,90

Na outra pรกgina: Camisa R$ 139,90 Calรงa R$ 149,90

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MODA

Casaco R$ 219,90 Calรงa R$ 159,90

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Tricô R$ 154,90 Camisa R$ 124,90 Calça R$ 149,90 Tênis R$ 159,90

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MODA

TRATAMENTO DE IMAGEM: REGIS PANATO/PHOTOUCH

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A partir da esquerda: Camisa R$ 124,90 Calรงa R$ 179,90 Casaco R$ 219,90 Calรงa R$ 159,90 Bota R$ 209,90 Casaco R$ 229,90 Legging R$ 52,90 Bota R$ 239,90

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VERDE

REFAZENDA ALÉM DE INSPIRADOR, TRAZER UM POUQUINHO DA NATUREZA PARA DENTRO DE CASA É SEMPRE UMA DIVERSÃO. PREPARAMOS ALGUMAS DICAS DE COMO PAIS E FILHOS PODEM FAZER JUNTOS UM BELO ARRANJO DE FLORES OU UMA HORTA NO QUINTAL DE CASA OU NA VARANDA DO APARTAMENTO

POR CARLA STAGNI RETRATOS NINO ANDRÉS

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Hortelã na rede Ligada à natureza “desde criança”, a jornalista Cláudia Visoni decidiu mergulhar de vez no universo das plantas depois de trabalhar durante muitos anos como editora de revistas femininas. “Estudei agricultura urbana, produção sustentável, e agora faço consultorias e oficinas sobre o assunto”, conta. Em julho de 2011, ela criou no Facebook a comunidade Hortelões Urbanos, em que troca experiências sobre hortas urbanas com os usuários da rede social. Cláudia mantém ainda um blog, o conectar.com. br/blog, no qual dá dicas de como ter uma vida mais sustentável.

A jornalista Cláudia Visoni e a filha Julieta na horta que cultivam no terraço de casa

Horta na cidade Cláudia Visoni, jornalista e consultora de agricultura urbana, mãe dos gêmeos Julieta e Alex, 10 anos

“A

horta urbana, na verdade, não é uma novidade, mas uma retomada. Nossas avós já plantavam ervas nos vasinhos para usar na cozinha. As últimas gerações entraram tão fundo na sociedade de consumo

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que esqueceram dessa conexão com o verde. Esse assunto toca as novas gerações mais do que a gente imagina. As crianças têm um interesse instintivo e lúdico pelo tema. Gostam de estar em contato com as plantas e com a terra. Elas só precisam de estímulo para isso. Moramos em uma casa com jardim. Lá, fiz uma horta com ervas, verduras e legumes. Tudo cultivado de forma orgânica e usado na alimentação do dia a dia. Quando resolvo fazer uma salada, peço para um de meus filhos ir ao quintal e colher as verduras na hora. O legal é que eles aprendem a distinguir o que é rúcula, salsão, cebolinha etc. E o melhor de tudo: não é necessário morar em casa ou ter um jardim para estimular esse lado nas crianças. Conheço muita gente que tem hortas incríveis em apartamentos. Para atrair a atenção das crianças, uma dica é fazer do plantio uma brincadeira. Uma bola de futebol velha, uma latinha qualquer ou até uma mochila podem ser transformadas em vasos. É bem fácil de fazer, fica diferente e os pequenos adoram!”

ERVAS LÚDICAS Pegue uma bola de futebol murcha, corte uma tampa e faça três furos na base. Forre o interior com bolinhas de argila expandida. Em seguida, coloque uma camada de areia, a terra adubada e a mudinha de planta.

*

As ervas que mais se adaptam a pequenos vasos são tomilho, tomilho limão, orégano, manjerona, manjericão-miúdo e cebolinha. Já o alecrim, o manjericão italiano e a sálvia precisam de vasos maiores. Se quiser cultivar hortelã, capuchinha e salsinha, plante-as sozinhas em jardineiras.

*

local escolhido para fazer a *hortaOprecisa estar protegido do vento e receber pelo menos quatro horas de sol por dia. Regue três vezes por semana ou quando a terra estiver seca.

*

Os melhores horários para regar e *manejar as plantas são no início da manhã ou no final da tarde, quando o clima está mais fresco. A cada mês, ou quando achar que a planta está precisando, adube a terra, que deve estar sempre fofa.

*

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VERDE

Experiência sensorial Daniela Toledo, arquiteta e paisagista, mãe de Joshua, 6 anos, Moshe, 3, e Julieta, 1

“S

empre que possível envolvo meus filhos no universo de cores, formas e aromas das flores. O legal é ver que cada idade reage de um jeito. Joshua, o mais velho, presta muita atenção em tudo o que vê e já tem até um senso estético. Vejo isso nos arranjos e barcos que monta com folhas secas, galhos e pedras que encontra por aí. Ele me ajuda muito a cuidar do jardim de casa e sabe identificar os diferentes tipos de flor. Quando vamos à Ceagesp (Companhia de entrepostos e armazéns gerais de São Paulo), um passeio que a família toda adora, Joshua escolhe as que quer levar para casa. O engraçado é que nossos gostos são bem diferentes. Já os menores são mais sensoriais. Ficam encantados com a beleza e com os cheiros das flores. Joshua e Moshe amam o perfume de eucalipto e de pétala de rosa. Fico muito feliz em ver a proximidade que meus filhos têm com a natureza, algo extremamente difícil para quem mora numa cidade grande. Quando passeamos na rua, sempre trazemos galhos, folhas e pedras para casa, que acabam virando arranjos lindos. Os três acham incrível vir ao galpão da minha empresa, a Fulô, onde observam tudo ao redor. É fácil prender o interesse de crianças em atividades que envolvem elementos da natureza. Além de ser divertido, desenvolve o senso estético e o cuidado com as espécies vivas.”

ARRANJANDO DIVERSÃO

O segredo para os arranjos mais elaborados é a espuma floral, que ajuda na organização e fixação das flores.

*

As flores mais fáceis de manusear são antúrio, margarida, rosa (não esqueça de tirar os espinhos), dália, gérbera, lírio e crisântemo.

*

Escolha as flores com caules compridos e mais firmes para facilitar a brincadeira.

*

Corte caules e folhagens em tamanhos diferentes e peça para seu filho ir espetando cada flor numa esponja umedecida, uma bem pertinho da outra, até compor o arranjo.

*

Outro arranjo bem legal de fazer, e com *um resultado diferente: saia para passear na rua ou num parque com as crianças e colha do chão flores de jasmim-manga ou de qualquer outra flor. Em casa, prenda uma a uma num fio de nylon até formar um colar de flores, que pode ser pendurado em qualquer lugar: na porta, na janela, na varanda...

Dona Fulô Arquiteta de formação, Daniela aproximou-se do universo dos arranjos graças a seu primo, o top paisagista e florista Vic Meirelles. Mas sua relação com a natureza data de muito antes. “Passava férias na fazenda da minha família, no Mato Grosso, em meio a árvores e plantas. Lembro que na adolescência me divertia mudando coisas no jardim e na decoração de casa”, conta Daniela, que há quase 20 anos é proprietária da Fulô, empresa paulistana especializada em projetos e arranjos florais.

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A partir da esquerda, Joshua, Moshe e Julieta no ateliĂŞ da mĂŁe, Daniela Toledo

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MODA

O que você quer ser quando crescer? BAILARINA, ROCK STAR, FOTÓGRAFO... ABRA O GUARDA-ROUPA E BRINQUE DE DESCOBRIR A RESPOSTA

FOTOS CRISTIANO MADUREIRA STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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Professora Camisa (conjunto com saia) R$ 249,90 Calรงa R$ 159,90 Sapatilha R$ 129,90

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Fotógrafo Camisa R$ 114,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 159,90

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Arquiteta Vestido R$ 199,90 Sapatilha R$ 114,90

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DJ Camisa R$ 144,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 174,90

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Bailarina Camisa (conjunto com saia) R$ 269,90 Meia R$ 19,90 Saia e sapatilha acervo

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Bombeiro Jaqueta R$ 189,90 Calรงa (conjunto com jaqueta) R$ 269,90 Bota R$ 184,90

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Rock star Jaqueta R$ 179,90 Calça (conjunto com jaqueta) R$ 264,90 Tênis R$ 169,90

MAQUIAGEM: FLAVIO LACERDA, MODELOS: JULIA ROCHA (BONECA DE PANO), CECILIA TOLEDO ( STYLLUS), ENZO ALMEIDA (FIFI KIDS), OLIVER DURNS (2 TONS), ENRICO DAMARO (BABY) E JOÃO MATHEUS ALMEIDA (VOGUE), AGRADECIMENTOS: SEBO LETRAS&FORMAS (WWW.LETRASEFORMAS.COM.BR), BOMBEIROS (WWW.BOMBEIROS.COM.BR) E Z3 ÓTICA, TEL.: (11) 3061-9668

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MODA

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Ô de casa! TIRE OS SAPATOS, ENTRE E DIVIRTA-SE ATÉ NÃO PODER MAIS NO NOVO JARDIM DE INFÂNCIA DA CIDADE

FOTOS MARCOS VILLAS BOAS CENÁRIO RONI HIRSCH E DANIELA RUIZ STYLING LETÍCIA TONIAZZO

Camisa polo R$ 84,90

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Vestido R$ 179,90

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Vestido (conjunto com legging) R$ 199,90

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Macaquinho R$ 159,90

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Camisa R$ 89,90 e calรงa (conjunto com jaqueta) R$ 199,90

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Vestido R$ 149,90

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MODA

Camisa R$ 99,90 e calรงa R$ 114,90 Vestido R$ 159,90

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MAQUIAGEM: FLAVIO LACERDA ( CAPA MGT), MODELOS: NICOLLY OLIVEIRA (STYLLUS), SOPHIA COSTA (AQUARELA) E MAURO BELOTO (BABY)

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ALMANAQUE

NÃO PENSE QUE ERA TUDO MUITO DIFERENTE NOS TEMPOS QUE VOCÊ TAMBÉM ERA CRIANÇA. DIVIRTA-SE COM MAIS UM CAPÍTULO DO ALMANAQUE LILICA&TIGOR POR RENATA CARVALHO

ONTEM

Menudo

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Foto: Robin Platzer / Time Life Pictures / Getty Images

Muitas mães – e pais – das fãs de Justin Bieber ainda se lembram da coreografia de “Não se reprima”, um dos principais hits do grupo adolescente Menudo. Robby, Ray, Roy, Charlie e Ricky são a formação mais famosa da banda porto-riquenha que fez a juventude brasileira cantar em

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coro nos anos 1980. Discos, pôsteres, revistas, álbuns, camisetas e tantos outros produtos sobre o grupo abarrotavam os quartos das mocinhas. Quando vinham ao Brasil, eram presença garantida em todos os programas de auditório da televisão, do Chacrinha ao Viva a noite.

HOJE JUSTIN BIEBER Segundo a revista Forbes, ele lucrou US$ 53 milhões somente em 2010. E isso antes de chegar à maioridade. Hoje com 17 anos (e dois de carreira) o cantor canadense já vendeu nada menos que 9 milhões de cópias com seu primeiro CD, My World, lançado em 2009. Namorado da cantora Selena Gomez, a estrela da série Os feiticeiros de Waverly Place, é o mais imitado no seu corte de cabelo e no jeito de vestir, com bonés e tênis coloridos. Depois de sua passagem pelo Brasil, em outubro do ano passado, quando apresentou cinco shows da turnê “My World”, Justin Bieber também foi responsável por um novo fenômeno: a presença de um cover seu em festinhas infantis.

Foto: divulgação

MÚSICA

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ANIMAÇÃO CASEIRA ONTEM

HOJE FLIPNOTE STUDIOS

Fotos: divulgação

Este aplicativo do Nintendo DSi permite à criançada criar suas próprias animações digitais, com desenhos, fotos e efeitos sonoros. Os pequenos animadores podem enviar suas criações para o DSi de seus amigos ou compartilhá-las no site Flipnote Hatena (flipnote. hatena.com). O paulistano Tomé, 10 anos, venceu no ano passado o Primeiro Desafio Flipnotes Reais, do site Reino do Cogumelo, com a caprichada animação de uma luta entre Mario e Goomba. Seu canal no Flipnote Hatena já tem mais de 1.600 views.

COLEÇÕES ONTEM FOFOLETES Muitas mães de hoje ainda guardam remanescentes de sua coleção de Fofoletes, “as bonequinhas da sorte”. As minibebês de pano, recheadas de areia, vinham numa caixa de fósforos e tinham roupinhas de várias cores. O cachecol, as luvas e o pompom do gorro permitiam combinações infinitas, principalmente quando eram lançadas edições especiais, com estampas diferentes.

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Um pequeno desenho numa página, outro ligeiramente modificado na seguinte e assim por diante. A ilusão de movimento acontece como por mágica, ao folhear rapidamente o conjunto de desenhos. A versão, digamos, analógica do Flipnote ainda hoje anima margens de cadernos escolares e bloquinhos de Post-it. A produtora de cinema Cristina Provezano (na foto acima) ensinou a técnica ao filho Tiago, 10 anos, que por sua vez a ensinou aos amigos da escola. “Era uma febre no meu tempo! Tinha gente que passava a aula inteira fazendo esses desenhinhos”, lembra Cristina.

HOJE JE

Foto: Alamy / Other Images

Foto: Douglas Garcia

NO CANTINHO DO CADERNO

ZOOBLES LES Eles são pequenos equenos brinquedoss esf esféricos s ér é ico de plástico criados pela em empresa canadense Spin Master. Quando colocados nM sobre o suporte imantado de seu happitat, os Zoobles “explodem” e se transformam em criaturinhas fofas: corujas, coelhos, insetos... Eles estrelam o game Zooble Spring to Life, para Nintendo DS.

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ALMANAQUE

DESENHOS ANIMADOS ONTEM

HOJE DRAGON BALL

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Ele foi criado na década de 1980 por Akira Toriyama. Na história, o menino Goku vive sozinho numa montanha e tem rabo de macaco. Para encontrar as sete esferas do dragão, ele vive aventuras, faz amigos, forma alianças, aprende artes marciais e enfrenta obstáculos e vilões. Quando reunidas, as esferas fazem surgir o deus dragão Shenlong, que concederá um desejo ao seu portador. Os 16 volumes do mangá original foram publicados no Brasil pela Conrad Editora. Num formato menor, resultou em 32 volumes colecionados por muitas crianças até hoje.

Foto: EVERETT COLLECTION / GRUPO KEYSTONE

Este desenho animado conta as aventuras automobilísticas de Go Mifune, jovem piloto de corridas que persegue o sonho de ser campeão do mundo com seu carro Mach 5, uma máquina inovadora criada por seu pai, o mecânico Pops Racer. Nas corridas, Speed desvenda mistérios e dribla as sabotagens de seus inimigos. Além do pai, ele conta com a ajuda do irmão Gorducho e seu macaco Zequinha, do misterioso Corredor X, da namorada Trixie e do mecânico Sparky. Mach Go Go Go, o mangá de Tatsuo Yoshida que originou a série, em 1967, foi publicado no Brasil pelas editoras Conrad (2001) e New Pop (2009).

Foto: EVERETT COLLECTION / GRUPO KEYSTONE

SPEED RACER

BRINQUEDO DE ESTIMAÇÃO ONTEM CACHORRINHO PIPI Lançado pela Estrela, era um cachorrinho robô coberto de plush, que latia, andava, mexia o rabinho, erguia a perninha e... fazia pipi! O fio do controle remoto (sim, os controles remotos um dia tiveram fio) não atrapalhava a brincadeira, pois fazia as vezes de coleira. “Eu amava o meu como se fosse um animal de estimação de verdade”, lembra a tradutora carioca Irene Mendes, 40 anos.

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Foto: Mark Lennihan / AP / Glowimages

GAMES ONTEM GAME&WATCH

HOJE

Fotos: Alamy / Other Images (Super Mario) e divulgação

ZHU ZHU PET São animaizinhos movidos a pilha e disponíveis em dezenas de modelos. Locomovem-se pelo chão, emitem sons eletrônicos e despertam um sentimento de proteção nas crianças. “Eu via as meninas brincando de mamãe e filhinha com o Zhu Zhu Pet e também queria ter um bichinho de estimação. Agora o Zhu Zhu Pet é o meu hamster!”, explica Dora, 6 anos, que guarda seu brinquedo numa caixinha com lençol e travesseiro de boneca.

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Foi o primeiro console portátil lançado pela Nintendo, nos anos 1980. Com tela de cristal líquido e associado a um relógio despertador, cada dispositivo tinha apenas um jogo. Cerca de 70 títulos foram lançados na década de 1980. Entre os mais cobiçados estavam Fishing Boy, Snoopy Tennis e Parachute. Para os nostálgicos, duas boas notícias. Uma é que a Nintendo reuniu três títulos antigos – Donkey Kong, Green House e Oil Panic, todos de 1982 – na fita Game&Watch Collection para Nintendo DS. A outra boa notícia é que é possível jogar alguns desses minigames no site www.pica-pic.com – com direito até ao inesquecível “bip-bip” monocórdio.

O FENÔMENO DOS VIDEOGAM VIDEOGAMES

HOJE NINTENDO DS O game é o eletrônico mais desejado pela garotada hoje em dia. Prova disso é que o Nintendo DS é o dispositivo portátil mais vendido da história dos videogames. Com duas telas, sendo a inferior sensível ao toque, câmeras com várias lentes e microfones embutidos, a versão DSi permite ainda conexão à internet via rede sem fio. O 3DS, versão mais recente, tem efeitos tridimensionais na tela superior, que dispensam o uso de óculos.

Um encanador atarraazul, cado, de macacão azul boné vermelho e bigode desenho de padeiro de de animado. Já sabe de quem estamos falando, não é? Pois é, seu filho também. Criado em 1981 pelo designer de jogos da Nintendo Shigeru Miyamoto, Mario é um personagem presente no imaginário dos amantes de joguinhos eletrônicos de qualquer idade. Em três décadas, ele protagonizou mais de 200 games para todas as plataformas, com cerca de 262 milhões de unidades vendidas. Inicialmente chamado de Jumpman (e ainda sem seu charmoso bigode), sua primeira missão era salvar a namorada, Pauline, presa no alto de um prédio em construção por um gorila chamado Donkey Kong. O jogo Super Mario Bros., de 1985, inaugurou o Reino do Cogumelo, onde Mario e seu irmão, Luigi, (e provavelmente o seu filho) vivem emocionantes aventuras para salvar a princesa Peach Toadstool, presa no castelo do vilão Rei Bowser Koopa.

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ALMANAQUE

MANIA ONTEM CAMPEONATOS DE IOIÔ DA COCA-COLA

HOJE

Foto: Amy Sussman via Jennifer Graylock / AP / Glowimages

Foto: Agência O Globo

Os ioiôs eram trocados em bares e supermercados por certa quantidade de tampinhas de CocaCola, Fanta, guaraná Taí ou Sprite e vinham com instruções de manobras radicais como trapézio, Torre Eiffel, trevo, cachorrinho e pêndulo. Logo originaram entre a molecada disputadíssimos campeonatos de habilidade, que aconteciam nos recreios das escolas, nas ruas e nos playgrounds de prédios de todo o país.

CAMPEONATOS DE BEYBLADE

ONTEM GUERRA NAS ESTRELAS

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Na saga escrita e dirigida por George Lucas, o órfão Luke Skywalker vive com seus tios no deserto do planeta Tatooine. Essa é a primeira de muitas semelhanças entre Harry Potter e Luke Skywalker – um dos maiores heróis da geração que cresceu nos anos 1980. Os três primeiros episódios da série – Guerra nas estrelas, O Império contra-ataca e O Retorno de Jedi – foram lançados entre 1977 e 1983. Mais de duas décadas depois, os fãs puderam levar seus filhos ao cinema para assistir aos três episódios “iniciais” da saga – A ameaça fantasma (1999), O ataque dos clones (2003) e A vingança de Sith (2005).

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Foto: Album Cinema / Latinstock

CINEMA

Foto: EVERETT COLLECTION / GRUPO KEYSTONE

Os piões fabricados pela americana Hasbro transformaram os recreios e as festinhas infantis em verdadeiros minicoliseus cheios de crianças torcendo em volta, aglomeradas no chão. Depois de montados, os Beyblades são lançados numa arena de plástico – a Beystadium. Ali dentro, esses piões modernos “atacam” e “resistem” aos oponentes, em choques emocionantes. Vence aquele que ficar em pé por mais tempo. Os piões são nomeados como guerreiros – Storm Pegasus, Dark Wolf, Lightning L Draco são alguns deles – e têm diferentes graus de ataque, defesa e resistência.

HOJE HARRY POTTER Escrita por J. K. Rowlings entre 1997 e 2007, a saga do órfão que deixa a casa dos tios para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts já foi traduzida para quase 70 idiomas. Dividida em sete livros, a trama se torna mais complexa à medida que Harry Potter e sua turma – aí incluídos seus leitores – vão crescendo. Em 2001, a série foi adaptada para o cinema e deu origem a oito filmes. O último deles, Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 2, lançado no Brasil em julho de 2011, levou mais de 1,5 milhão de fãs ao cinema no primeiro fim de semana de exibição.

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FUTEBOL ONTEM SELEÇÃO CANARINHO DE 1982

Foto: Anibal Philot / Agência O Globo

Valdir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho, Júnior, Falcão, Sócrates, Toninho Cerezo, Serginho Chulapa, Zico e Éder. Tem muita gente que ainda sabe recitar de cor a escalação da seleção canarinho que disputou a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Sob o comando de Telê Santana, o escrete era a encarnação perfeita do chamado “futebol-arte”. Por isso, o dia 5 de julho de 1982 – quando o Brasil perdeu da Itália nas quartas de final – ficou marcado para muitos como um dos dias mais tristes da história.

HOJE

Foto: Santos F.C. e divulgação

NEYMAR

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Desde quando estreou no time profissional do Santos, há dois anos, o atacante Neymar, 19 anos, vem fazendo a cabeça de milhares de pequenos boleiros e grandes cartolas com seus dribles desconcertantes e, sobretudo, com seu estiloso penteado moicano. E não só no Brasil. Em dezembro passado, nas duas semanas que antecederam a final do Mundial de Clubes contra o (imbatível) Barcelona, no Japão, foi possível ver pela televisão as levas de meninos japoneses com o cabelo literalmente em pé – todos contaminados pela “febre Neymar”. Com seu sorriso maroto, o camisa 11 do Santos é responsável ainda por outro fenômeno cíclico entre as meninas: a histeria coletiva nos estádios.

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MODA

FOTOS DANIEL MALVA CENÁRIO RONI HIRSCH E PAULA CONDINI STYLING LETÍCIA TONIAZZO

EMBARQUE NESTA AVENTURA A BORDO DE TONS DELICADOS RUMO AO MUNDO DA FANTASIA

Sonho de papel

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Vestido R$ 239,90

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MODA

A partir da esquerda: Vestido R$ 219,90 Sapatilha R$ 89,90

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Vestido R$ 269,90 Sapatilha R$ 129,90

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MODA

A partir da esquerda: Vestido R$ 249,90 Sapatilha R$ 159,90 Vestido R$ 219,90 Sapatilha R$ 139,90

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Vestidos R$ 269,90 (cada) Sapatilhas R$ 159,90 (cada)

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MODA

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Vestido R$ 269,90 Sapatilha R$ 129,90

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MODA

Vestido R$ 269,90

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MAQUIAGEM: CAMILA ADI (BLZ) MODELOS: JULLYA MARTINS (MONDIALE), BRUNA XAVIER (VOGUE) E VICTORIA ANTACLI

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PAIS E FILHOS

BOLA DENTRO Bernardinho e Bruno Rezende

Q NÃO ESTÁ SÓ NO SANGUE O FIO CONDUTOR QUE FAZ COM QUE OS FILHOS LEVEM ADIANTE A PROFISSÃO E O TALENTO QUE APRENDERAM A ADMIRAR EM CASA, DESDE PEQUENOS POR ARIANE ABDALLAH

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uando a seleção brasileira masculina de vôlei sofre uma derrota, o carioca Bernardo Rezende da Rocha, o técnico Bernardinho, fica arrasado. E muitas vezes quem o lembra da importância de seguir em frente é Bruno, seu filho de 25 anos e levantador do time desde 2007. Apesar da experiência dos últimos nove anos à frente da seleção masculina, seis no comando do time feminino, de 1994 a 2000, e dos mais de 30 títulos na bagagem, Bernardo acredita que o filho consegue encarar os momentos de derrota de forma mais racional. “Sou mais emotivo e sofro mais. Várias vezes, ele me diz: ‘É parte do processo, levanta a cabeça, precisamos de você’”, conta Bernardinho, conhecido do público pelo seu jeito explosivo e exigente dentro de quadra. Dirigir a família nas quadras não é novidade para o técnico. A mãe de Bruno, a ex-jogadora Vera Mossa, integrou a seleção feminina na década de 1990, durante a gestão Bernardo, e a atual mulher, Fernanda Venturini, peça fundamental na seleção, joga na Unilever-RJ, comandada por ele. Mesmo assim, o treinador admite que nem sempre sabe o limite entre os papéis pessoal e profissional. “Fico o tempo todo me perguntando: ‘Será que estou sendo correto? Justo?’. Não quero expor o Bruno demais, mas às vezes acabo cobrando mais do que deveria. Porque não dá para separar completamente”, reflete. “Quando dou uma bronca, não sei até que ponto estou falando com meu filho... A diferença em relação aos outros pais é que a minha bronca é pública. Quando chega em casa, tem que saber separar.”

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Foto: Eduardo Knapp / Folhapress Foto: Gazeta Press

Acima e ao lado, Bruno com o pai, Bernardinho, então técnico da seleção feminina de vôlei

Quando a seleção não está competindo, Bruno vive em Florianópolis, cidade catarinense que defende no vôlei desde os 17 anos. Mas fala com o pai diariamente por telefone ou e-mail. A proximidade entre os dois foi fundamental para Bruno escolher a profissão. Agitado por natureza, na infância ele se dividia entre diversos esportes – de basquete a badminton. Até que um dia Bernardo chamou o filho para uma conversa. “Ele falou que eu precisava fazer uma escolha: decidir se queria ser bom em vários esportes ou muito bom em apenas um”, conta o filho. O conselho foi crucial para definir a trajetória de Bruno, que optou pela modalidade

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“DIZEM QUE MEU FILHO PEGOU TODAS AS COISAS BOAS DE MIM E DELETOU AS RUINS. ELE É UMA EVOLUÇÃO” BERNARDINHO

que estava de algum jeito no DNA. Para Bernardo, o que conta, acima da técnica, são os valores do filho. Dentro de casa, ele sempre defendeu os mesmos princípios que são sua marca registrada em quadra: “O que quero é que meu filho seja íntegro, correto e justo”. E, quanto a isso, está seguro de que o garoto vai bem. O ortopedista da seleção, Ney Coutinho Pecegueiro do Amaral, acredita que Bruno tem talento para continuar seguindo os passos do pai. “Ele diz que meu filho pegou todas as coisas boas de mim e deletou as ruins, então pode ser um técnico melhor. Não tenho dúvida de que ele é uma evolução”, aposta o pai.

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PAIS E FILHOS

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NO MESMO TERRENO Roberto e Rodrigo Loeb

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onstruir é uma palavra que permeia o discurso do arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb, 41 anos, enquanto explica como as experiências que viveu na infância foram fundamentais para escolher a mesma profissão do pai. Um dos mais importantes profissionais da área no Brasil, Roberto Loeb é responsável por projetos como o da fábrica da Natura e do parque Hopi Hari, no interior paulista. “Lembro de desenhar desde os 4 anos, de acompanhar meu pai no escritório, em viagens a trabalho e nas obras”, conta Rodrigo. Nada foi por acaso. “Sempre procurei integrar viagens a trabalho e o convívio com meus filhos”, confessa Roberto. Ele lembra especialmente de quando levou o filho, então com 5 anos de idade, para o Rio de Janeiro, enquanto projetava e montava exposições na cidade. “Depois do trabalho, íamos para a praia fazer castelo de areia. Nessa fase, as crianças aprendem muito vendo o comportamento dos

Fotos: arquivo pessoal

Acima, Rodrigo, aos 4 anos, no colo de Roberto Loeb. Na outra página, pai e filho hoje, em seus escritórios de arquitetura

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“APRENDI COM MEU PAI A FAZER O QUE ACREDITO DO PONTO DE VISTA ÉTICO, AMBIENTAL E TAMBÉM DA PAIXÃO”

Foto: Lucia M. Loeb

RODRIGO LOEB

pais, a forma de agir”, recorda Roberto. Rodrigo também acredita que o fato de ter vivido em casas e apartamentos paulistanos projetados por grandes arquitetos contribuiu para aumentar seu interesse pelo tema. A partir da adolescência, ele passou pelos edifícios Paulicéia e São Carlos do Pinhal, de Jacques Pilon e Gian Carlo Gasperini; por uma casa assinada pelo russo Gregori Warchavchik; e pelo edifício Prudência, projetado por Rino Levi (com quem o pai estagiou). “Desde muito novo já observava as soluções espaciais, os detalhes, as aberturas, as janelas”, conta Rodrigo.

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Terceiro filho de Roberto Loeb, Rodrigo começou a trabalhar no escritório do pai nos anos 1990 e fez mestrado na Architectural Association School of Architecture, em Londres. Na década seguinte, alçou voo solo e se especializou em sustentabilidade. Há cerca de dois anos, desenhou com o veterano Eduardo de Almeida o projeto da biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, que deve abrigar na Universidade de São Paulo o monumental acervo de livros raros arregimentados pelo avô, o bibliófilo José Mindlin, morto em 2010. No início da carreira, Rodrigo confessa que o sobrenome famoso às vezes pesou por causa “do olhar dos outros”. “Eu sentia a obrigação de fazer tudo superbem por ser filho do Roberto. Mas essa preocupação passou com o tempo”, garante. Aliás, o pai é o primeiro a reconhecer o espírito autônomo do filho, característica, segundo ele, também presente na primogênita, Marina, 45 anos, outra da família que optou pela arquitetura. “Rodrigo é muito independente. Há sempre uma atitude, um interesse, uma paixão por trás de cada trabalho que ele faz. Tenho prazer de ver que está feliz com a escolha”, derrete-se. Entre as diferenças, Rodrigo acredita ser menos workaholic do que o patriarca. “O lazer é uma parte muito importante da minha vida”, afirma o pai de Mhirna, 10 anos, e Rhaui, 8, que já frequentam seu escritório. Mas tanto pai quanto filho se identificam na liberdade de criar um estilo próprio, sem a necessidade de seguir apenas uma escola de arquitetura. “Aprendi com meu pai a transitar livremente pelas referências e fazer o que acredito do ponto de vista ético, ambiental e também da paixão”, defende Rodrigo.

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PAIS E FILHOS

CENAS DA VIDA Fernando e Quico Meirelles

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Acima, Quico, aos 6 anos, faz pose de cineasta. Ao lado, com o pai, Fernando Meirelles, no set de Ensaio sobre a cegueira

do roteiro que Bráulio Mantovani escreveu para o próximo longa do diretor (Nemesis, ainda sem data de lançamento). “Trocamos muitas ideias”, constata Quico, que começou no cinema trabalhando com o pai, primeiro como uma espécie de faz-tudo em O jardineiro fiel (2005), aos 16, e três anos depois como um dos assistentes de direção em Ensaio sobre a cegueira. Apesar de novato, não se furta a dar suas opiniões no set. “Ele solta palpites mesmo que eu não peça, o que não me desagrada”, diverte-se Fernando. “Nos últimos longas que fiz, eu planejava ou rodava uma cena, e ele vinha comentar: ‘Vai fazer assim? Está com preguiça? Que lixo!’.” É claro que Quico não trabalha apenas sob a batuta do pai. No ano passado ele dirigiu três curtas-metragens: 5 metros, 5 minutos e A galinha que burlou o sistema foram exibidos em mostras e festivais de cinema. Animado com a repercussão, o jovem cineasta garante não temer cobranças por ser “filho de Fernando Meirelles”. “Se eu fizer bons filmes, vou agradar público e crítica e, a partir de então, ser comparado aos meus próprios

Fotos: arquivo pessoal

esde os 5 anos, Quico é fissurado por câmeras. Durante toda a infância, na década de 1990, era comum sua mãe, a bailarina Ciça Meirelles, levá-lo para almoçar com as equipes de filmagem nos estúdios da O2, produtora que tem entre os sócios o pai, o cineasta Fernando Meirelles, que anos mais tarde seria conhecido mundialmente por sucessos como Cidade de Deus (2002) e Ensaio sobre a cegueira (2008). Mas não foi só a execução das tarefas no set que lhe despertou o interesse pela profissão paterna. Foi também a liberdade de comandar a própria rotina que levou Francisco Meirelles, 23 anos, a estudar audiovisual na Universidade de São Paulo, curso que concluiu no final de 2011. “Diretor de cinema pode escolher quando trabalhar, intercalar períodos agitados com outros tranquilos. Só em épocas de filmagem é que meu pai saía cedinho e chegava tarde. De resto, estava sempre perto da gente”, conta ele, que tem uma irmã mais velha, a fotógrafa Cacá Meirelles. Até hoje é assim. Enquanto conversamos, Quico descreve uma cena típica do cotidiano com o pai, no dia anterior a esta entrevista: os dois jogaram squash na casa onde moram em Cotia, nos arredores de São Paulo, e, em seguida, estavam lado a lado, cada um trabalhando em seu laptop, quando Fernando começou a rir ao ler um trecho

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trabalhos. Caso contrário, vão falar ‘o cara é ruim’ e ponto”, defende. Por enquanto, Quico vê mais vantagens do que problemas no fato de carregar o sobrenome famoso. “É um privilégio aprender com ele”, acredita. “Meu pai tem um olhar experiente, uma forma objetiva e prática de resolver as questões no set, sem gritos nem estresse.” Outro bônus é ter as portas abertas para possíveis trabalhos. Recentemente, Quico e outros diretores da O2 escreveram ideias de programas de TV para um canal a cabo. Enquanto espera pela aprovação do projeto, o cineasta pretende integrar a equipe do próximo filme do pai. Fernando se anima com uma possível inversão de papéis no futuro: “No dia em que alguém apontar para mim e falar: ‘Aquele ali é o pai do Quico’, vou ficar muito feliz”.

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“NO DIA EM QUE ALGUÉM APONTAR PARA MIM E FALAR: ‘AQUELE ALI É O PAI DO QUICO’, VOU FICAR MUITO FELIZ” FERNANDO MEIRELLES

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MODA

Camiseta R$ 79,90 Calça R$ 129,90 Tênis R$ 174,90

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FAÇA A COISA CERTA É, MEU RAPAZ! NO SOL OU NA CHUVA, UMA BOA DOSE DE ESTILO É BEM-VINDA ATÉ MESMO PARA JOGAR COM A MOÇADA NA QUADRA DO BAIRRO

FOTOS DANIEL ARATANGY STYLING LETÍCIA TONIAZZO

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MODA

A partir da esquerda: Jaqueta R$ 169,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 174,90 Camisa R$ 144,90 Calça R$ 169,90 Tênis R$ 174,90

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Camisa R$ 119,90 Calça R$ 179,90

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Jaqueta R$ 159,90 Tric么 R$ 139,90 Camisa R$ 144,90 Cal莽a R$ 169,90

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Chapéu R$ 79,90 Jaqueta R$ 179,90 Camiseta R$ 89,90 Calça R$ 129,90

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MODA

A partir da esquerda: Camisa R$ 139,90 Calça R$ 129,90 Tênis R$ 174,90 Jaqueta R$ 159,90 Camiseta R$ 59,90 Calça R$ 169,90

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Jaqueta (conjunto com calça) R$ 269,90 Calça R$ 189,90 Tênis R$ 174,90

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MODA

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Jaqueta R$ 189,90 Calça R$ 179,90 Tênis R$ 174,90

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Boné R$ 59,90 Blusão R$ 119,90 Calça R$ 169,90 Tênis R$ 174,90

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MAQUIAGEM: FLAVIO LACERDA (CAPA MGT), MODELOS: ENZO RAMOS (MONDIALE), NATHAN BRYAN (BABY) E GABRIEL GOMES (BONECA DE PANO), AGRADECIMENTOS: CLUBE ESCOLA PELEZÃO, TEL. (11) 38340032; E CALOI, SAC 0800-7018022

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OLHO MÁ GICO| POR MARCELL O ARAÚJO*

Novela ao pé da cama LER JUNTO COM OS FILHOS ANTES DE DORMIR É COMO VIVER A CADA NOITE UMA AVENTURA QUE FICARÁ MARCADA PARA SEMPRE

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epois que compramos a lanterna de R$ 1,99, que Gostamos da ideia e compr amos de pr esente para cabe na palma da mão e fi ca presa na capa Laura um caderno com folhas em br anco. Na capa, dos livros, a leitura à noite com a Laurinha fi- fizemos juntos uma colagem com página de r evista cou bem mais legal. Ela, deitada na cama, e um de nós, velha. O diário da Laurinha tem desenhos e pergunos pais, recostado num travesseiro sobre o tapete. DIFERENTEMENTE DAS NOVELAS No escur o do quarto , acendemos a lanterninha DE RÁDIO, AS NOSSAS NARRATIVAS que ilumina as letras na página do livro como uma fogueira no acampamento. Quase todas as noites , NOTURNAS NÃO TÊM SONOPLASTIA. lemos um pouco juntos. Algumas vezes, depois do SALVO A VOZ DE ALGUMA BRUXA boa noite, ela lê mais um pouco sozinha. Quando um de nós chega mais tar de em casa, de- tas como “Por que a gente cresce?”, “Por que a gente pois de um dia esticado no tr abalho, é muito bom ler morre?”, “O Sol é maior que a T erra?”, e assim por algumas páginas e visitar lugares diferentes como a diante. Lá em casa, até a fada do dente gosta de livr os. ilha Tangerina do livro O dragão do meu pai. Ou então nadar no mar com Pinóquio e Gepeto par a fora da Semana passada levou embora um dente com uma barriga do tubar ão, que no desenho animado vir ou raiz enorme e tr ouxe de pr esente o Livro dos r ecordes! Foi como se um cir co, de papel e capa dur a uma baleia. Numa época em que nossa fi lha estava levantan- prateada, tivesse chegado em casa. N ele estão o escorpião mais venenoso do planeta, o homem mais do muito à noite par a procurar lugar na nossa cama, pensamos que talvez uma mesinha de cabeceir a com tatuado, a mulher com a língua mais comprida. Mas esse livro fantástico a gente folheia e lê aos pouquilivros e f otos tornasse seu quarto e sua cama mais nhos no sofá, e não na hora de dormir. Para tais moaconchegantes. Decidimos construir nós mesmos o tal mó vel-biblioteca-caixote. Compr amos a madeir a mentos, os livr os com capítulos curtos são ótimos , já cortada no tamanho certo e com martelo , pr egos pois dão a medida exata de leitura noturna nessa e cola montamos um cubo de quatr o lados f echados “novela ao pé da cama”. Por f alar em no vela, lembr o das f érias que e dois abertos , com lugar par a os livr os f avoritos do momento e dois porta-r etratos com nossas f otos . A passava na casa dos meus avós, no interior do Rio mensagem era: à noite, se sentir saudades, olhe as foto- Grande do Sul. Depois do almoço , o sol e o calor grafias, vire para o lado, continue a dormir e nos deixe do verão prendiam todos em casa. N essas horas, ouvíamos juntos uma r adionovela, deitados na dormir também! Agora a mesinha guarda também um diário. A ins- cama dos a vós. Acho que a leitur a em voz alta, piração veio de um dos livr os que acabamos de ler , O compartilhada, me tr az um pouco dessa sensacisne tr ompeteiro, do escritor americano E. B . White . ção. Porém, diferentemente das novelas de rádio, Um dos personagens da história, S am, tinha seu diá- as nossas narr ativas noturnas não têm sonoplasrio. Sempre antes de dormir ele anotava uma pergunta. tia. Salvo a voz de alguma bruxa.

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* Pai de Laura, 7 anos, e Carolina, 19, o ilustrador Marcello Araújo é autor das coleções “O saco” e “1, 2, 3 e já!” e acabou de lançar o livro Psiu!

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O PAI DOMÉSTICO | POR JUVA BATELLA*

Dormir é preciso DO MESMO MODO QUE ENSINAMOS NOSSOS BEBÊS A GRUNHIR, CAIR E COMER, DEVEMOS TAMBÉM MOSTRAR-LHES COMO PEGAR NO SONO

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embro-me como se fosse hoje da noite em que, voltando de uma festa, quando ainda morávamos no Rio, encontramos, eu e a minha então mulher, o nosso vizinho, às quatro da manhã, a passear na pracinha ali do Leblon com o seu carrinho de bebê. Olhei para ela: “Estranho um sujeito passear com o bebê a essa hora…”. E, ainda embalados com as caipirinhas que tomamos e as músicas que dançamos, rimos a risada que riem os casais sem filhos.

O MÉTODO SOFRIDO E TORTUOSO – UMA SEMANA DE CHOROS E RANGER DE DENTES (DE LEITE) CONTRAPOSTOS À CONVICÇÃO DE QUE AQUILO ERA PARA O BEM DELA E DE TODOS Passados os anos, e já nascida a Pipoca (também chamada de Alice), entendemos o que significa um bebê acordar no meio da noite e não voltar a dormir — um bebê com mais de 10 meses, entenda-se, que é a idade em que as crianças se dão conta de que dormir significa ficar longe dos pais. E sentimos isso na pele. A Pipoca adormecia com um de nós dois no quarto. E, se acordava no meio da noite e não via aquele com quem ela pegou no sono, chorava. “Onde está o papai, se estava aqui na hora em que fui dormir?” E lá ia o papai voltar a adormecer a criatura. Quando a criatura em questão se acostumava a pegar no sono no carrinho, por exemplo (o caso do vizinho do Leblon), o sujeito tinha de voltar a adormecê-la no carrinho. Até que, fatigados, adquirimos o livro Nana, neném (Martins Fontes). A tese é simples: do mesmo modo que ensinamos os nossos bebês a grunhir, a cair e a comer, devemos, também, ensinar os miúdos a dormir; a conciliar o sono sozinhos, sem a nossa presença de-

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bruçada sobre o berço, a fazer “Nana, nana, nana…”, enquanto passamos os dedinhos sobre a testa. Fazemos isso, em geral, durante 20, 40 minutos, até que as criaturinhas apaguem, e só depois que apagam é que saímos do quarto, mal disfarçando um sorriso e a alegria que experimentamos diante da possibilidade real de algumas horas de sossego total. Aplicado o método, que foi sofrido e quase tortuoso — uma semana a aplicar uma tabela crescente de minutos, ao fim dos quais entrávamos no quarto para lhe dizer que estávamos ali, que a amávamos, mas que ela deveria dormir sozinha, e ela a suar e a chorar, desesperada, os olhos brilhando, a boiar em lágrimas; uma semana de choros e ranger de dentes (de leite) contrapostos à convicção de que aquilo era para o bem dela e de todos —, ensinamos, enfim, a Pipoca a conciliar o sono sem papai e mamãe no quarto. As vantagens do método são óbvias: a última situação que a criança vive antes de pegar no sono envolve apenas o berço, onde ela está sozinha, uma chupeta e o seu ursinho amarelo (pode ser vermelho). Se ela acorda ao longo da noite (e as crianças acordam muitas vezes ao longo da noite; acordam e voltam a dormir segundos depois), a situação que encontra é a mesma que deixou ao cair no sono: a solidão do berço, a chupeta e o ursinho amarelo (pode ser cor de laranja). As crianças que caem no sono com os pais debruçados sobre o berço, quando acordam e não os veem, protestam, porque querem a reprodução do mesmo contexto, e aí: Nossa Senhora das Noites Maldormidas, Nossa Senhora do Mau Humor, Nossa Senhora dos Dias Mal Vividos...

* Doutor em literatura brasileira, o carioca Juva Batella é autor de, entre outros livros, Confissões de um pai doméstico (Planeta, 2003). Pai de Alice, 9 anos, e Clara, 4, mora atualmente em Lisboa

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OS MEUS, OS SEUS E OS NOSSOS | POR HÉLIO SCHW ARTSMAN*

Missão de fôlego ÀS VEZES SOLUCIONAR ALGUNS IMPASSES COTIDIANOS PODE SER R MAIS COMPLICADO DO QUE MEDIAR A PAZ NO ORIENTE MÉDIO

FORA DO BOLSO

OLHO GRANDE

A escola particular onde minha filha de 6 anos estuda experimentou em 2011 uma reforma em suas instalações iniciada durante as férias, mas que avançou ao longo de vários meses do período letivo, comprometendo o conforto e, de certa forma, a segurança dos alunos. Não seria ético por parte da escola ter oferecido um desconto na mensalidade por causa desse contratempo? Adriana, artista plástica

Eu e um grupo de vizinhos nos juntamos para reformar a praça onde nossos filhos menores de 5 anos brincam. rincam. Uma das mães defende a instalação de câmeras de vídeo na praça. Fui contra, pois acho que isso é invasão ão de privacidade. Quem está com a razão? Juliana, professora

Não, Adriana. A escola deve um pedido de desculpas pela falha de planejamento, mas não me parece que seja boa ideia colocar um preço no conforto e na segurança das crianças. O economista Dan Ariely relata o caso de uma creche em Israel que passou a cobrar uma multa dos pais cada vez que eles se atrasavam demais para buscar seus filhos, retendo também o professor. O resultado foi o pior possível: sentindo que estavam pagando por um serviço, eles passaram a atrasar com muito mais frequência do que faziam antes da multa. É bom evitar que certas áreas sejam regidas por relações de mercado. Você certamente não quer que, em vez de cuidar direito de sua filha, a escola lhe ofereça descontos cada vez que ela for maltratada ou se machucar.

Ela. Não que a sua preocupação não faça sentido. Ao contrário, as câmeras estão se tornando cada vez mais onipresentes, o que tem impacto sobre a própria liberdade das pessoas. O que importa, como sempre, é pesar riscos e benefícios, o que, no caso, faz a balança pender para sua colega. Para começar, a praça é um lugar público, onde a privacidade é mesmo menor. Também não me parece que a intimidade do potencial delinquente que poderia vandalizar a praça à noite seja um valor a preservar. Já as vantagens incluem a maior segurança para a vizinhança e a tranquilidade psicológica oferecida aos pais. Trata-se, é claro, de uma ilusão, mas ilusões confortam.

CONTROLE REMOTO Não consigo estabelecer regras para meu filho de 6 anos ver televisão porque, toda vez que saio e o deixo em casa com minha empregada, ele dá um jeito de convencê-la a deixar ligar a TV. Já tentei fazer combinações com ele e com ela, mas sempre voltamos ao mesmo ponto. O que fazer? Maurício, empresário Se você quer resolver de verdade o problema, ponha uma senha no aparelho e não a revele a ninguém. Aí, só você vai ser capaz de ligá-lo. Mas, se quiser aproveitar a ocasião para ensinar o garoto e a empregada a negociarem, junte todos os envolvidos e estabeleça de comum acordo uma regra que já preveja a sanção para quem não cumprir sua parte. Se der certo, vá para o Oriente Médio mediar a paz entre israelenses e palestinos.

* Bacharel em filosofia, Hélio Schwartsman é articulista da Folha de S.Paulo e pai dos gêmeos Ian e David, 9 anos

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FRASE DA INFÂNCIA

“Mãe, põe no balé!” Tulipa Ruiz

Quando Tulipa Ruiz tinha 4 anos, não era a música ainda sua grande paixão. Naquela época, a cantora e compositora nascida em Santos e criada entre São Paulo e Minas Gerais era obcecada por balé. “Eu adorava os programas com bailarinas que passavam na TV Cultura e achava que podia vê-los a hora que quisesse”, conta. Por isso, sempre pedia: “Mãe, põe no balé! Mãe, põe no balé!”. Quando finalmente conseguia assistir ao seu programa favorito, Tulipa tentava dançar como as bailarinas e fazia questão de que os adultos lhe dissessem a todo momento se estava fazendo certo. “Devia ser bem chatinha”, ela se diverte. Aos 8 anos, a fase da dança passou. Mas foi apenas na adolescência que Tulipa descobriu seu amor verdadeiro: a música. Mesmo assim, demorou para assumir a carreira de cantora. No meio do caminho, cursou a faculdade de comunicação, seguindo os passos do pai, o jornalista (e guitarrista) Luiz Chagas. Somente aos 30 anos ela lançou seu disco de estreia, Efêmera (2010). A excelente recepção foi o estímulo para mergulhar em seu próximo trabalho, que deve sair neste ano.

Foto: arquivo pessoal

POR LIANA MAZER

A cantora Tulipa Ruiz aos 7 anos, na praia de Camboriú, Santa Catarina

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