Linha Direta INOVAÇÃO . EDUCAÇÃO . GESTÃO
Sinal de educação em todo o Brasil Formação de qualidade no modelo telepresencial
Ações de Cidadania Educação Integral
Metas Educativas 2021
A vez das Américas // El momento de las Américas
Desenvolvimento
Valoração e educação como caminho de superação
EDIÇÃO 163
ANO 15 - OUTUBRO 2011
Ensino Educação transformadora
Diversidade Educar para a igualdade, educar para a diferença
José Luiz Cavalaro
Francisca Paris
editorial
Educação telepresencial
Educación tele-presencial
Uma modalidade de ensino vem ganhando, a cada dia, mais credibilidade e, consequentemente, aumentando seu número de alunos: o ensino telepresencial. O modelo faz uso de recursos tecnológicos que permitem aulas expositivas e afins e propicia a interação, ao vivo, entre professores e alunos. Esse é um dos seus pontos fortes. Outro é a democratização do ensino que o modelo oferece, pois possibilita a todos o acesso a uma educação de qualidade, em um país de grande extensão territorial, como é o caso do nosso. Na reportagem de capa desta edição da Linha Direta, Sinal de educação em todo o Brasil, você, leitor, poderá conhecer mais sobre o assunto e entender como a Escola Satélite vem desenvolvendo a metodologia com tanto sucesso. Aproveite a leitura!
Una modalidad de enseñanza viene ganando, a cada día, más credibilidad y, consecuentemente, aumentando su número de alumnos: la enseñanza telepresencial. El modelo hace uso de recursos tecnológicos que permiten clases expositivas y afines y propicia la interacción, en directo, entre profesores y alumnos. Este es uno de sus puntos fuertes. Otro es la democratización de la enseñanza que el modelo ofrece, pues posibilita a todos el acceso a una educación de calidad, en un país de gran extensión territorial, como es nuestro caso. En el reportaje de tapa de esta edición de Linha Direta, Sinal de educação em todo o Brasil, usted, lector, podrá conocer más sobre el asunto y entender cómo la Escola Satélite viene desarrollando la metodología con tanto éxito. ¡Aproveche la lectura!
Marcelo Chucre da Costa Presidente da Linha Direta
Marcelo Chucre da Costa Presidente de Linha Direta
Publicação mensal dos Sinepes, Anaceu, Consed, ABMES, Abrafi, ABM, Fundação Universa e Sieeesp
Presidente Marcelo Chucre da Costa Diretora Executiva Laila Aninger Jornalista Valéria Araújo – MG 16.143 JP Designer Gráfico Rafael Rosa Gerente Administrativo-financeiro Sandra Ferreira Atendimento Flávia Alves Passos Preparadora de Texto/Revisora Cibele Silva Tradutor/Revisor de Espanhol Gustavo Costa Fuentes - RFT1410 Consultor Editorial Ryon Braga Consultor de Responsabilidade Socioambiental Marcus Ferreira Consultor em Gestão Estratégica e Responsabilidade Social Marcelo Freitas Consultora para o Ensino Superior Maria Carmem T. Christóvam
Revista 6 Revista LinhaLinha DiretaDireta
Conselho Consultivo Ademar B. Pereira Presidente do Sinepe/PR – Curitiba Airton de Almeida Oliveira Presidente do Sinepe/CE Amábile Pacios Presidente do Sinepe/DF Antônio Eugênio Cunha Presidente do Sinepe/ES Antônio Lúcio dos Santos Presidente do Sinepe/RO Átila Rodrigues Presidente do Sinepe/Triângulo Mineiro Benjamin Ribeiro da Silva Presidente do Sieeesp Cláudia Regina de Souza Costa Presidente do Sinepe/RJ Dalton Luís de Moraes Leal Presidente do Sinepe/PI Emiro Barbini Presidente do Sinep/MG Fátima Turano Presidente do Sinepe/NMG Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES Gelson Menegatti Filho Presidente do Sinepe/MT Hermes Ferreira Figueiredo Presidente do Semesp
Ivana de Siqueira Diretora da OEI em Brasília Ivo Calado Asepepe Jorge de Jesus Bernardo Presidente da Abrafi e do Semesg José Augusto de Mattos Lourenço Presidente da Fenep José Carlos Barbieri Presidente do Sinepe/NOPR José Carlos Rassier Secretário Nacional da ABM Krishnaaor Ávila Stréglio Presidente do Sinepe/GO Manoel Alves Presidente da Fundação Universa Marco Antônio de Souza Presidente do Sinepe/NPR Marcos Antônio Simi Presidente do Sinepe/Sul de Minas Maria da Gloria Paim Barcellos Presidente do Sinepe/MS Maria Nilene Badeca da Costa Presidente do Consed Miguel Luiz Detsi Neto Presidente do Sinepe/Sudeste/MG Natálio Dantas Presidente do Sinepe/BA
Nelly Falcão de Souza Presidente do Sinepe/AM Odésio de Souza Medeiros Presidente do Sinepe/PB Osvino Toillier Presidente do Sinepe/RS Paulo Antonio Gomes Cardim Presidente da Anaceu Suely Melo de Castro Menezes Vice-presidente do Sinepe/PA Thiers Theófilo do Bom Conselho Neto Presidente da Fenen Victor Maurício Nótrica Presidente do Sinepe/Rio Pré-Impressão e Impressão Rona Editora – 31 3303-9999 Tiragem: 20.000 exemplares
A Linha Direta, consciente das questões sociais e ambientais, utiliza, na impressão desse material, papéis certificados FSC (Forest Stewardship Council). A certificação FSC é uma garantia de que a matéria-prima advém de uma floresta manejada de forma ecologicamente correta, socialmente adequada e economicamente viável. Impresso na RONA EDITORA Ltda – Certificada na Cadeia de Custódia – FSC.
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contexto Divulgação
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ara transformar e melhorar a educação, é preciso, primeiramente, mudar a maneira como os jovens são educados. De acordo com José Luiz Cavalaro, diretor presidente do J. Piaget Sistema de Ensino Multimídia, educação de qualidade começa no núcleo familiar. “É por intermédio da família que temos o primeiro contato com o mundo”, afirma o diretor, ressaltando que é por meio dela que se fundamentam as relações interpessoais e se transmitem valores, ética e responsabilidade, entre outros. Confira a entrevista concedida pelo diretor à Linha Direta. Atualmente a sociedade clama por uma educação capaz de transformar o mundo. Mas que educação é essa?
José Luiz Cavalaro, diretor presidente do J. Piaget Sistema de Ensino Multimídia
Educação transformadora Sistema de Ensino J. Piaget, além de conteúdos, busca resgatar valores, ética, respeito Revista Linha Direta
As escolas têm de ir além dos conteúdos, precisam ter ciência de que o papel delas mudou, e a mudança mais urgente consiste em resgatar valores, ética, respeito. Para termos uma educação transformadora, primeiro precisamos transformar a maneira como nossos jovens estão sendo educados; aí, sim, conseguiremos transformar e melhorar a educação. Educação de qualidade é um assunto extremamente pessoal, mas, a meu ver, educação começa no núcleo familiar. É por meio da família que temos o primeiro contato com o mundo. Sendo assim, é por meio dela que estabelecemos relações com as pessoas e aprendemos valores, ética, responsabilidade etc. Percebemos, hoje, certo desrespeito com o núcleo familiar, o que acaba por se refletir na relação desrespeitosa da criança para com o mundo que a cerca. Fica muito óbvio: se não há respeito dentro do meu lar, com quem irei aprender a respeitar as pessoas? Assim sendo, para
eu querer transformar o mundo, torná-lo melhor, eu preciso enxergá-lo além de mim. Sem me sentir parte de um todo, como eu posso agir de forma transformadora sobre ele? Como o J. Piaget Sistema de Ensino promove essa educação transformadora? Nosso material atende aos Parâmetros Curriculares Nacionais de desenvolvimento de competências e habilidades, e também colabora com a formação global do aluno. Destacamos a interatividade, a contextualização, a transversalidade e a interdisciplinaridade. Na interatividade, o aluno é convidado a participar, a expor suas experiências, estabelecendo conexões eficientes e eficazes, e o professor tem papel de facilitador, não de doador de resultados. A contextualização leva o aluno à reflexão e à ação para a aprendizagem efetiva. Estabelecemos relações entre os conhecimentos, como, por exemplo, a Matemática com a Geografia, a História com a Língua Portuguesa, porque tudo o que sabemos e conhecemos envolve áreas diferentes, e mostramos isso por meio da interdisciplinaridade. A transversalidade estimula o autoconhecimento e o conhecimento do outro para que floresça o respeito às maneiras diferentes de ser e pensar, bem como auxilia no trabalho de conscientização sobre a importância da promoção da saúde e do respeito ao meio ambiente. Quais são os diferenciais do J. Piaget Sistema de Ensino? Somos um Sistema de Ensino inovador, que educa para o pensar crítico e criativo, utilizando técnicas pedagógicas e ferramen-
tas eletrônicas que aproximam os chamados nativos digitais do processo da aprendizagem. O trabalho que fazemos entre os conteúdos eletrônicos e o material impresso é um dos únicos do mercado. Desde a Educação
pedagógico digital que produzimos tem o propósito de facilitar a conexão conteúdo e tecnologia, pois cria possibilidades de aprendizagem na linguagem dinâmica e visual a que essa geração multimídia está acostumada.
... para eu querer transformar o mundo, torná-lo melhor, eu preciso enxergá-lo além de mim. Infantil até o Ensino Médio, os conteúdos presentes nos manuais do aluno estão interligados a mais de 1.500 aulas, jogos e atividades eletrônicas contidas nos DVD-ROMs. Os conteúdos eletrônicos são elaborados pelos mesmos autores dos conteúdos impressos, o que garante uma proposta clara e eficiente de inclusão da tecnologia para o professor aplicar apenas com a ajuda de um computador ou lousa interativa. O professor não precisa adaptar aulas eletrônicas avulsas ao conteúdo do livro, como acontece quando a escola compra softwares educativos de uma empresa e material didático de outra. Com essa interligação, fica muito mais fácil incorporar a tecnologia ao cotidiano escolar. Como aliar conteúdo e tecnologia para uma educação de qualidade? Nossos educandos nasceram em uma época em que clique é a palavra de comando. Qualquer outro tipo de linguagem pode ser um entrave. Professores e escola precisam se adaptar a essa realidade, e o primeiro passo é trazer para a sala de aula as novas tecnologias, incorporando-as à metodologia de trabalho. O material
Que produtos e serviços são oferecidos para as instituições de ensino conveniadas? Nós oferecemos um conjunto completo de soluções educacionais para alunos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. São manuais do aluno, DVD-ROMs com mais de 1.500 conteúdos eletrônicos, manuais do professor, materiais de apoio, como fantoches dos personagens, material para o Enem, agendas etc. Possuímos uma equipe de profissionais qualificados que se mantém comprometida a prestar o melhor atendimento às escolas conveniadas. Distribuídos por regiões, os consultores do Sistema de Ensino oferecem tratamento individual e personalizado nas áreas comercial e pedagógica. Também realizamos capacitação anual de professores, palestras com profissionais de renome e debates que possibilitam a troca constante de informações. Na web, as escolas têm acesso ao Portal Educacional J. Piaget, no qual encontram centenas de modelos de provas, exercícios, circulares e projetos, e também recebem um site gratuito. Por fim, fornecemos à rede conveniada, gratuitamente, material de divulgação e assessoria na campanha de matrículas. Revista Linha Direta
capa
Sinal de educação em todo o Brasil Formação de qualidade no modelo telepresencial
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em educação, não é possível que uma nação caminhe no sentido de seu desenvolvimento. Em um país como o Brasil, de extensões territoriais consideráveis e desigualdades socioeconômicas profundas, o processo de expansão da escolaridade se torna elemento ainda mais estratégico para o crescimento. E, para democratizar o acesso ao ensino de qualidade, a utilização da tecnologia tem sido uma aliada significativa. Prova disso é o modelo de ensino telepresencial, técnica que rompe com os parâmetros tradicionais de educação a distância, substituindo a aula previamente gravada pela presença do professor, ao vivo e com interação em tempo real. O grande sucesso desse modelo está no fato de ele replicar de forma praticamente idêntica o modelo presencial. Quando conheceu a metodologia telepresencial, há cerca de sete anos, o executivo Ivan Caiafa ficou impressionado com o sistema que vinha, a princípio, sendo desenvolvido por alguns cursos preparatórios para concursos jurídicos, e dois aspectos chamaram sua atenção: o crescimento do número de alunos que aderiam ao sistema e a eficiência pedagógica apresentada. Ao pesquisar sobre o modelo, ouviu de um desembargador de Roraima que os cursos telepresenciais mudaram o quadro de funcionários do Estado. Antes, 99% dos juízes, procuradores ou autoridades concursadas vinham da região Sul e, hoje, grande parte dos novos concursados é da região Norte, que já tem acesso aos melhores professores e cursos do país. Com a constatação de que o sistema telepresencial estava mudando o mercado de concursos, nasce a Escola Satélite, comandada por Ivan Caiafa, que passa a ser o diretor executivo da empresa. Perante um crescente mercado que demanda formação de qualidade nas mais diversas áreas e a limitação que as ferramentas do Ensino a Distância (EaD) apresentam, Caiafa percebeu que estava diante de uma oportunidade. “Como trabalhava produzindo conteúdo educacional para projetos de formação e capacitação no país, conhecia de perto a dificuldade de se distribuírem
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Daniel Veloso
Ivan Caiafa, diretor executivo da Escola Satélite
tecnologias pedagógicas de qualidade”, conta o diretor. Nos cursos convencionais, por melhor que fosse o conteúdo produzido em aulas gravadas, a transmissão oral do conhecimento muitas vezes era feita por multiplicadores que acabavam deteriorando a qualidade da informação original. “Quando resolvi estudar o modelo telepresencial, percebi que o sucesso pedagógico e de mercado desse segmento se dava por uma questão muito simples: eles estavam fazendo aula presencial a distância.” Modelo telepresencial Para o aluno, a experiência e a rotina da aula telepresencial é a mesma de uma aula tradicional, com uma diferença: a qualidade do professor, já que se investe sempre em especialistas. As aulas são sempre ao vivo e interativas, ministradas em uma telessala com praticamente a mesma configuração convencional, com a tênue diferença de o professor não estar ali fisicamente. Até a TV é posicionada onde o professor costuma ficar em uma sala de aula.
Cada telessala tem um facilitador que garante a interlocução entre os alunos e a Central Pedagógica. Esse sistema, ancorado em uma plataforma elaborada para triagem e seleção de perguntas, garante a interação com toda a rede de alunos. “Com esse modelo, podemos esclarecer dúvidas e não temos o problema das interrupções recorrentes nas aulas presenciais, onde, muitas vezes, alguns alunos fazem perguntas impertinentes, longas ou confusas, atrapalhando o desenvolvimento da aula”, destaca Marianna, aluna do polo telepresencial de Belo Horizonte. Ela ressalta que o modelo contribui para o desenvolvimento do raciocínio: “É mais organizado e eficiente”, diz. O grande diferencial do sistema telepresencial apresentado pela Escola Satélite é agrupar as qualidades da modalidade presencial com os custos do EaD. Ivan Caiafa afirma que, com poucos minutos de aula, o aluno esquece que está tendo aula pela televisão, e o professor esquece que está em um estúdio. “Percebemos que o que prende, realmente, a atenção do aluno, é o fato de a aula ser sem-
pre ao vivo e interativa”, explica o diretor, ressaltando que, se não forem respeitados esses dois preceitos básicos, o processo não tem a mesma eficiência pedagógica, o aluno perde a motivação e dificilmente segue com o curso. Esse, aliás, é um dos grandes problemas das ferramentas tradicionais de EaD, que requerem alunos disciplinados, autodidatas e com amplo acesso à internet, o que não corresponde à realidade de muitos brasileiros. No modelo telepresencial, o aluno tem o mesmo ambiente e rotina educacional de uma aula presencial. As aulas são coletivas, interativas, e o principal: são realizadas sempre ao vivo. “O conteúdo gravado dificilmente consegue criar um vínculo com o aluno, e o princípio da transferência professor/ aluno não acontece. Se o aluno não sente que o professor está falando para ele, o nível de interesse e motivação cai consideravelmente”, analisa Caiafa. Umbelina Salgado, diretora pedagógica da Escola Satélite, reitera que, no modelo telepresencial, as Revista Linha Direta
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aulas não são previamente gravadas. O professor fala, ao vivo, para cada um, independente do número de alunos e da localização da escola. “Imagine o nível de interesse de uma pessoa vendo a reprise de um jogo de futebol. Mesmo não sabendo o resultado, dificilmente alguém assistiria a um jogo que tivesse acontecido há semanas com o mesmo interesse pelo jogo ao vivo”, compara. Outro exemplo são os cursos de Inglês, prontos, que há anos são vendidos em bancas. “Quantas pessoas conhecemos que tenham, de fato, aprendido o idioma com um desses cursos? Parece um raciocínio óbvio, mas o mercado de educação demorou décadas para entendê-lo.” E quem entendeu tem crescido muito rápido. “Estamos falando de um processo que de fato funciona”, finaliza a diretora. O diferencial tecnológico
Alunos em telessala de aula
A tecnologia utilizada na transmissão de aulas via satélite é relativamente simples. O sinal é transmitido para um satélite que opera no espaço aéreo brasileiro e recebido por uma antena parabólica que esteja apontada para esse satélite. O grande diferencial tecnológico da Escola Satélite é que ela trabalha com o satélite C2, o mesmo que transmite o sinal dos principais canais abertos da TV brasileira. Isso, na prática, remete a três aspectos quase exclusivos nesse segmento: • Estabilidade do sinal – a mesma estabilidade que tem a Rede Globo, na parabólica, por exemplo. • Acessibilidade do sinal – existem mais de 25 milhões de antenas parabólicas apontadas para o satélite C2, muitas delas já
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instaladas em escolas públicas e privadas. • Acessibilidade tecnológica – a Escola Satélite trabalha com antena parabólica, terceiro equipamento de maior capilaridade. “A Escola Satélite é a única empresa do país, no segmento educacional, que usa o satélite C2, distribuindo tecnologia pedagógica e cursos livres para centenas de escolas no país. O C2 é um satélite esgotado e não mais comercializado. Quando adquirimos a última banda disponível, aproveitamos 100% da capilaridade desse satélite para fazer educação”, diz Caiafa. O país precisa de educação de qualidade em larga escala. “Com esse sinal, chegamos facilmente a qualquer escola do país, independente da região ou do tamanho do município”, ressalta. Democratizar o ensino de qualidade O que é fascinante na metodologia telepresencial é o fato de ela realmente democratizar o acesso à formação de qualidade em todo o país. Qualquer conteúdo ministrado em uma sala de aula convencional pode ser ministrado em uma aula telepresencial. Alunos de diferentes regiões do país têm aula com o mesmo professor, um profissional qualificado que reúne duas características fundamentais: conhecimento do conteúdo e capacidade de comunicação. “Se temos a oportunidade de ministrar uma aula para centenas ou milhares de alunos, temos a obrigação de trabalhar com os melhores professores do mercado”, afirma Caiafa. Ele garante que são selecionados os melhores
de cada área. “No aspecto pedagógico, não podemos economizar. O professor, além de conhecer o conteúdo, precisa ter capacidade de mobilizar e motivar o aluno. É isso que garante os resultados espetaculares desse sistema,” enfatiza. Um grande negócio para as escolas de todo o país A Escola Satélite disponibiliza cursos para escolas públicas e privadas do Brasil inteiro. “Trabalhamos com cursos de pós-graduação, em parceria com instituições já consagradas, mas também com cursos preparatórios, capacitação de professores e cursos técnicos”, explica Caiafa. A ideia é que as escolas utilizem períodos ociosos de suas instalações para gerar negócios rentáveis e levar soluções ainda não disponíveis – ou, pelo menos, não disponíveis na qualidade apresentada – a suas cidades. “Imagine um curso de pós-graduação do Sistema Único da Assistência Social (Suas) sendo ministrado pelo ex-ministro da pasta, Patrus Ananias, responsável direto pela sua implementação. Este é um dos exemplos de como temos chegado à excelência da qualificação dos nossos cursos”, garante o diretor. PRENEM SAT Um dos carros-chefe da Escola Satélite é o PRENEM SAT, que oferece cursos preparatórios para o Enem e é disponibilizado para escolas públicas e privadas do país. Para as escolas privadas, além do valor agregado de oferecer uma solução eficiente para a maioria delas, o PRENEM SAT significa um negócio bastante promissor. A escola tem como investimento apenas a ins-
talação de uma antena parabólica e o custo de manter um facilitador por sala. Após a montagem dessa estrutura, a escola está apta a incorporar o PRENEM SAT ou qualquer outro curso em sua carteira de serviços. “É um negócio de baixo risco, baixo investimento e alta margem de retorno, em que todos ganham”, enfatiza Paulo Bento, coordenador do projeto. Segundo Bento, o PRENEM SAT foi concebido para ser um dos melhores cursos preparatórios do Enem no país. Ele é transmitido de segunda a sexta-feira para mais de 2 mil alunos de escolas públicas e privadas que se tornaram polos educacionais parceiros da Escola Satélite. “As escolas que recebem o curso podem oferecê-lo para seus próprios alunos ou para outros alunos interessados”, conta o coordenador. Ele explica que, no PRENEM SAT, estão reunidos grandes nomes do Ensino Médio, com ampla experiência em cursos preparatórios e profundos conhecedores da lógica do Enem – que, por ser muito nova, é ainda pouco compreendida por parte das escolas e professores. “Acredito que nosso time tem cumprido um importante papel no entendimento desse processo e prepara o aluno para o que realmente é cobrado no exame”, conclui. Com essa experiência, confirmase a convicção de que a tecnologia pode diminuir distâncias. Além do PRENEM SAT, as escolas interessadas em se tornar polos parceiros da Escola Satélite têm um leque de outros cursos para disponibilizar em suas cidades, como os cursos de pós-graduação, preparatórios de concursos e cursos técnicos. Revista Linha Direta
ações de cidadania
Educação Integral O Espaço Criança Esperança promove o desenvolvimento das dimensões humana e do pensamento
Revista Linha Direta
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omo publicado em setembro na Linha Direta, esta seção é destinada à divulgação e ao compartilhamento de projetos apoiados pelo Criança Esperança. Nesta edição de outubro, apresentamos o Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte (ECE-BH), um projeto desenvolvido no âmbito da parceria entre UNESCO, TV Globo, Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Assim como os outros Espaços Criança Esperança, o ECE-BH é um centro de referência no atendimento a crianças, adolescentes e jovens de baixa renda, e tem como objetivo promover a inclusão social e o fortalecimento da comunidade onde está inserido, desenvolvendo atividades voltadas para a prevenção da violência urbana e para a disseminação de uma cultura de paz. Conforme o professor Leonardo Coelho, coordenador do Espaço, o mais interessante do projeto é a possibilidade de se pensar a educação integral dos educandos. “Não fazemos o trabalho da escola, desenvolvemos uma atividade complementar, damos elementos para que nossas crianças e adolescentes atinjam várias dimensões do humano, do pensamento”, explica ele, informando ainda que a obra de Antônio Carlos Gomes da Costa, um dos grandes educadores do Brasil, é usada como referência no ECE-BH. “Trabalhamos tentando integrar a educação do corpo, da mente e do espírito e, para isso, utilizamos várias ferramentas, como, por exemplo, as ferramentas educacionais, além da arte, da cultura, do esporte e do lazer”, acrescenta o coordenador. Criado em 2003, o ECE-BH está situado no Aglomerado da Serra, um conjunto de seis vilas, considerado a maior favela da capital mineira, local marcado pela vulnerabilidade social e pelo tráfico de drogas. O Aglomerado fica na região Centro-sul da cidade, na encosta da Serra do Curral, e abriga aproximadamente 47 mil moradores, entre os quais, cerca de 6.500 crianças e adolescentes. As atividades realizadas no ECE-BH envolvem desde o atendimento direto a crianças e adolescentes por meio de oficinas temáticas no campo da arte e cultura, esporte e lazer e multimídia; de capacitações de educadores, novas lideranças, grupos culturais e esportivos; e do fortalecimento das relações comunitárias, com o envolvimento de lideranças e projetos sociais locais e de equipamentos do poder público. O intuito é criar espaços de diálogo e promover a inclusão e o protagonismo juvenil, tendo como alicerce a educação. As atividades estão concentradas em quatro núcleos de atuação: Esportes, Comunicação e Cultura, Atenção Psicossocial e Educação. O diferencial do ECE-BH, na opinião do coordenador, é o fato de ele estar integrado à Universidade, que desenvolve metodologias, inteligências e competências e sistematiza o conhecimento. “Isso é muito rico e favorece a integração com a comunidade acadêmica, com docentes, discentes e com os cursos”, avalia o professor, e cita como exemplos os cursos de EduRevista Linha Direta
Prof. Leonardo Coelho, coordenador do ECE-BH
exemplo são as oficinas de judô, desenvolvidas em parceria com o Minas Tênis Clube, um dos mais tradicionais centros esportivos do Brasil.
cação Física, que atua com o Núcleo de Esportes, e de Psicologia, Serviço Social e Ciências Sociais, que atuam com os Núcleos de Atenção Psicossocial e de Educação. Outros projetos também são integrados aos cursos da Universidade, como o de Enfermagem, realizado por meio de estágios supervisionados, e outros especiais como o caso de um aluno intercambista que está dando aulas voluntárias de canto no Espaço. Ele é espanhol, mora na Suíça e cursa Relações Internacionais. “Nossas crianças têm contato com várias experiências do mundo, e essa troca, esse intercâmbio ajuda a quebrar os paradigmas de exclusão”, afirma Leonardo. Atividades dos Núcleos O Núcleo de Esportes desenvolve um trabalho de integração que, Revista Linha Direta
para Leonardo, tem forte concepção de inclusão social. “O esporte é muito excludente, por isso separamos as equipes de esporte de rendimento e as de integração. Os talentos são trabalhados como esporte de rendimento em times que participam de campeonatos”, relata o coordenador do ECE-BH, citando o exemplo da equipe de ginástica do Espaço, que este ano integrou a seleção brasileira de ginástica que participou do Gymnaestrada, na Suíça. Quanto ao esporte de integração, segundo o professor, “fornece os elementos básicos do esporte, mas busca também, por meio de mecanismos oferecidos pelas diversas modalidades esportivas, trabalhar a socialização, normas, trabalho em equipe, cooperação, competição e colaboração, desenvolvimento físico e intelectual.” Um bom
Trabalhar com elementos da cultura regional/local é sempre uma preocupação do Núcleo de Comunicação e Cultura, que faz também um movimento de inclusão da cultura mundial. “Não nos atemos ao bairrismo ou regionalismo de pensar apenas na arte e na cultura da comunidade. Temos uma ideia de cidadania planetária”, explica Leo nardo. Ao mesmo tempo em que o Espaço disponibiliza aulas de hip-hop, oferece o balé clássico, demonstrando, assim, a proposta de acesso multicultural. “Essas barreiras culturais invisíveis que cercam as crianças atrapalham muito. Nossa ideia é quebrar essas barreiras, dando acesso à cultura e facultando a percepção de que o mundo é muito maior do que um bairro, uma cidade ou uma comunidade”, afirma o professor. Dentro do Núcleo de Comunicação e Cultura, são desenvolvidas também oficinas de Novas Mídias e Informática, mais voltadas para a área de Comunicação. As famílias também são atendidas pelo Núcleo de Atenção Psicossocial do ECE-BH, que oferece atendimento integral aos educandos que tiveram seus direitos violados e àqueles que demandam atenção especial devido a algum tipo de abuso, o que é percebido pelos educadores durante as oficinas. “Esse Núcleo procura entender o
que está acontecendo na vida daquela criança ou daquele adolescente e faz um atendimento integrado com a rede de equipamentos sociais da cidade, como postos de saúde, postos de atendimento a famílias e outras unidades da rede pública”, diz Leonardo. Além disso, o Núcleo trabalha outros temas relevantes, como afetividade e sexualidade, por exemplo, e busca a reintegração de crianças e adolescentes que abandonaram os estudos. “Um dos condicionantes para que os educandos façam parte do Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte é que eles estejam na escola, mas aqueles que não estão não são excluídos do projeto. O Núcleo de Atenção Psicossocial procura fazer com que eles sejam reinseridos nos estudos”, conta. Atividades educacionais por excelência são desenvolvidas no Núcleo de Educação, como, por exemplo, o reforço escolar, que é trabalhado na oficina Para Casa Divertido. “Buscamos quebrar algumas resistências e, ao mesmo tempo, atrair a criança para as oficinas que são de demanda espontânea, nas quais os educandos se inscrevem para participar”, explica. A biblioteca do ECE-BH também é muito utilizada para leitura de revistinhas e de alguns clássicos da literatura, apropriados à idade do público.
A oficina de Para Casa Divertido é muito legal. Tudo é engraçado, as brincadeiras, os jogos e tudo o que a gente aprende lá. Eu aprendo todas as matérias, mas a mais difícil é matemática. Aí eu trago todos os meus deveres de casa para cá. Ao invés de aprender aquela coisa chata, só lendo, na oficina é muito mais divertido. Eu lembro uma vez que a gente foi a um Museu, e tinha um telefone tão antigo, tão antigo que a gente tinha de rodar a manivela, foi muito legal. Teve uma vez que estava chovendo muito e a gente foi ler um livro. A história pedia pra gente fazer uma receita de um super Milk Shake. Todos tiveram de sugerir ingredientes e a gente colocou as coisas mais legais, tipo asa de morcego, pata de dinossauro... Depois a gente dobrou a receita e deixou dentro do livro, pras próximas pessoas que fossem ler. Foi muito divertido! Eu adoro a oficina porque eu aprendo muitas coisas, mesmo quando a gente está brincando. Manrik Gonçalves Giarola, 10 anos. Educando das oficinas de Para Casa Divertido, Atividades Aquáticas e Judô. Está na oficina de Para Casa Divertido há 2 anos O Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte busca complementar o processo formativo escolar dos educandos atendidos. Suas ações têm como objetivo a formação para valores, e suas oficinas, diversas como são, proporcionam experiências artístico-culturais e esportivas, além de complementar o processo de ensino e aprendizagem das crianças e adolescentes. A oficina Para Casa Divertido, especificamente, tem como objetivo auxiliar os educandos nos deveres e pesquisas escolares, de forma lúdica e contínua. Esse acompanhamento é muito importante para as crianças e adolescentes, uma vez que eles têm uma segunda oportunidade de compreender o que foi ensinado em sala de aula. Mariane Faria, técnica social do Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte
Além de promover a inclusão social por intermédio de uma educação conscientizadora, o ECE-BH também desenvolve ações destinadas a jovens e adultos que desejam concluir o Ensino Fundamental. Foi montado um Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) para atender a demanda por educação da comunidade. Segundo Leonardo Coelho, muitas vezes os pais não sabem cobrar da escola uma educação melhor porque são analfabetos Revista Linha Direta
Atividades realizadas no ECE-BH
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ou porque tiveram uma educação muito básica. “O Ceja do ECE-BH tem sido um sucesso. As turmas estão sempre cheias e, além dos familiares dos nossos educandos, outras pessoas da comunidade estão participando”, informa. Projetos complementares Outro projeto que se desenvolveu bastante neste ano foi o Mundo do Trabalho, que realiza parcerias com algumas organizações de Belo Horizonte para a promoção da capacitação dos educandos a partir da perspectiva do Jovem Aprendiz e do Primeiro Emprego. “Direcionamos os jovens entre 14 e 24 anos para treinamentos em organizações sociais e empresas, e depois os encaminhamos para o mercado de trabalho. Já capacitamos duas turmas pequenas de 20 alunos e estamos indo para a terceira”, diz o professor, enfatizando que a iniciativa é um sucesso, tendo alcançado quase 100% de inserção dos educandos no mercado de trabalho. “Esses jovens fazem parte de uma faixa de exclusão porque saem de projetos sociais e ficam no vácuo, à mercê de serem seduzidos pela criminalidade, se não encontram oportunidades”, completa. Atualmente, vários ex-educandos e educadores do ECE-BH estão estudando em cursos de graduação. “Eles nunca imaginaram que teriam essa oportunidade na vida, e o fato de a PUC Minas ser parceira do ECE-BH contribuiu muito também”, afirma o coordenador do ECE-BH. O Espaço conta hoje com 96 educadores, entre professores da PUC Minas, outros profissionais e extensionistas, atendendo a cerca de mil educandos, sendo em média 10 mil atendimentos por mês. “Há um tempo tomamos a decisão de diminuir a quantidade de atendidos e aumentamos a capacidade
de atendimento, trabalhando em duas perspectivas: demanda espontânea e parceria com o projeto Escola Integrada, da Prefeitura”, comenta Leonardo. A demanda espontânea acontece quando as famílias e as crianças vão até o Espaço e se inscrevem nas oficinas, e a Escola Integrada trabalha com a cobertura escolar, em parceria com escolas municipais do entorno do Espaço. Nesta opção, as crianças vão para a escola, tomam café e depois seguem para o ECE-BH, para desenvolver atividades. Depois disso, voltam para a escola, almoçam e estudam. Outras turmas fazem o contrário, ficam na escola na parte da manhã e, à tarde, vão para o ECE-BH. “Hoje, no Escola Integrada, temos 125 crianças sendo atendidas. Mas o ECE-BH é apenas um dos parceiros da Prefeitura neste projeto, há outras instituições que fazem o mesmo.” Existem algumas normas e regras para participar do ECE-BH: é preciso, por exemplo, que haja uma corresponsabilização por parte da família e que os educandos estejam frequentando a escola. “Não fazemos uma triagem excludente. Procuramos direcionar o educando que não se enquadra nessas normas e regras para outras atividades específicas, ou para outros projetos, e quando verificamos algum tipo de problema, trabalhamos para que ele possa ser incluído, não excluído”, explica Leonardo. Os problemas de evasão ocorrem por diversos motivos: às vezes, o educando não quer mais participar do ECE-BH, ou precisa trabalhar para contribuir em casa, ou, ainda, é seduzido pelo tráfico de drogas. “Quando os alunos deixam de frequentar o Espaço, depois de algumas faltas, o educador faz contato com a família e, se necessário, dá
o alerta para o Núcleo de Atenção Psicossocial, que procura saber o que pode estar acontecendo”, informa o coordenador do ECE-BH. Leonardo Coelho acredita em uma evolução considerável da comunidade, mas espera sentir resultados mais significativos em alguns anos. “Claro que não dá para mensurar em que medida o ECE-BH é responsável por essas mudanças, porque somos apenas um dos responsáveis, junto com os programas da Prefeitura e outros projetos sociais. Tudo isso vai impactando na qualidade de vida das pessoas”, garante. UNESCO e TV Globo Desenvolvido em parceria pela UNESCO e pela TV Globo, o Criança Esperança apoia projetos sociais em todo o país, entre eles os ECEs de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Jaboatão dos Guararapes. A UNESCO é responsável pelo acompanhamento programático e administrativo-financeiro das ações desenvolvidas nos ECEs, que são apresentadas anualmente, em planos de trabalho discutidos entre a coordenação dos ECEs e a Organização. O acompanhamento dos programas acontece por meio de reuniões periódicas entre os parceiros, no âmbito dos chamados conselhos gestores, quando são discutidas questões relacionadas ao andamento das atividades realizadas. Da parte da TV Globo, é importante destacar o esforço de comunicação e mobilização social feito pela emissora para levar ao conhecimento do público o trabalho de inclusão social realizado pelos Espaços, como forma de convidá-lo a participar, bem como de prestar contas das doações feitas solidariamente pela população brasileira. Revista Linha Direta
espaço ibero-americano
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A vez das Américas André Lázaro*
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este início de década, a América Latina vive um momento singular: taxas de crescimento econômico há muito tempo desejadas, governos democráticos com expressiva aprovação popular e novas oportunidades de negócios dão ao continente um papel cada dia mais importante no jogo internacional. O cenário contrasta fortemente com o que acontece em outras partes do mundo, em especial nos Estados Unidos da América e na Europa.
As populações da região, no entanto, têm motivos para acreditar que este momento é distinto de outros já vividos no século passado: agora, não importa apenas o que se convencionou chamar de desenvolvimento econômico; importa fundamentalmente como esse momento poderá gerar e garantir um futuro melhor para a região, para os filhos e netos dos que agora vivem essa mudança. E o futuro tem uma chave: educação para todos e para cada um. A região da América Latina é a de maior desigualdade social em todo o mundo. Séculos de exploração econômica, ditaduras e oligarquias, opressão dos povos originários e escravidão – esse conjunto indesejado de mazelas sociais e políticas tornou a região um exemplo negativo do projeto civilizatório que, nos idos do século XVI, pretendia justificar sua conquista e, ao longo do século XIX, prometia fortalecer a independência das nações que a constituíam. Agora, quando a independência dos países completa 200 anos, é inevitável que se façam as perguntas: o que queremos comemorar no bicentenário das independências? Que legados as novas gerações poderão se orgulhar de receber desta geração que vivenciou a virada do século, a crítica às ditaduras e oligarquias? Estamos condenados a repetir os erros que nos legaram essa desigualdade? Revista Linha Direta
O grande educador brasileiro Paulo Freire dizia que a educação, sozinha, não poderia mudar o mundo, mas que, sem ela, certamente não haveria mudanças. Na verdade, o tema de Paulo Freire é recusar a visão messiânica da educação, visão que a isola como prática de outras práticas sociais e que lhe atribui o encargo de superar as injustiças
El momento de las Américas que sucede en otras partes del mundo, en especial en los Estados Unidos de América y en Europa.
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Las poblaciones de la región, mientras tanto, tienen motivos para creer que este momento es distinto al de otros ya vividos en el siglo pasado: ahora, no importa apenas lo que se pactuó en llamar de desarrollo económico; importa, fundamentalmente, cómo este momento podrá generar y garantizar un futuro mejor para la región, para los hijos y nietos de los que ahora viven este cambio. Y el futuro tiene una clave: educación para todos y para cada uno. La región de América Latina es la de mayor desigualdad social en todo el mundo. Siglos de explotación económica, dictaduras y oligarquías, opresión de los pueblos originarios y esclavitud – este conjunto indeseado de dificultades sociales y políticas tornó a la región en un ejemplo negativo del proyecto civilizatorio que, a finales del siglo XVI, pretendía justificar su conquista y, a lo largo del siglo XIX, prometía fortalecer la independencia de las naciones que la constituían. Ahora, cuando la independencia de los países cumple 200 años, es inevitable que se hagan las preguntas: ¿Qué queremos conmemorar en el bicentenario de las independencias? ¿Qué legados las nuevas generaciones podrán sentir orgullo de recibir de esta generación que vivió el cambio de siglo, la crítica a las dictaduras y oligarquías? ¿Estamos condenados a repetir los errores que nos legaron estas desigualdades?
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n este comienzo de década, América Latina vive un momento singular: tasas de crecimiento económico hace mucho tiempo deseadas, gobiernos democráticos con expresiva aprobación popular y nuevas oportunidades de negocios dan al continente un papel cada día más importante en el juego internacional. El escenario contrasta fuertemente con lo
El gran educador brasileño Paulo Freire decía que la educación, sola, no podría cambiar al mundo, pero que, sin ella, ciertamente no habría cambios. En realidad, el tema de Paulo Freire es recusar la visión mesiánica de la educación, visión que la aísla como práctica de otras prácticas sociales y que le atribuye el encargo de superar las injusticias que se perpetúan diariamente en el acceso a la renta, al trabajo y al empleo, en el acceso a la salud y a la cultura, en el Revista Linha Direta
que se perpetuam diariamente no acesso à renda, ao trabalho e ao emprego, no acesso à saúde e à cultura, no desfrute dos benefícios da informação, ainda oligopolizada. Se recusamos a visão messiâ nica e inserimos a educação como prática social no conjunto de outras práticas, poderemos então compreender a complexidade do desafio atual e fazer jus a ele. São imensos os desafios impostos pela complexidade dos processos educativos. Quando analisamos as profundas desigualdades da região, essa complexidade cresce, e não faltam opiniões desinformadas que apelam, como em um passe de mágica, para soluções adotadas em outras regiões do mundo, como se a transposição de valores e práticas fosse uma solução real e viável. Assim, a Coreia, o Japão, a Finlândia e muitas outras nações são citadas como exemplos que devem ser seguidos para que a educação venha a “salvar” a região do atraso e das desigualdades históricas. Por outro lado, as nações da América Latina sabem o preço que foi pago pela adoção acrítica de modelos: mais exclusão, mais concentração de poder e riqueza, mais violência. É nesse ambiente de decisões políticas estratégicas para o futuro das pessoas e das nações da região que se constrói o Projeto Metas Educativas 2021, formulado pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em parceria com governos e ministérios de educação de países que integram a comunidade ibero-americana. No intervalo entre 2010 e 2022, completam-se 200 anos do ciclo de independências da América Latina. Esse importante fato histórico legitima a pergunta: que legado receberá a geração de crianças que nasce e cresce nessa região? O Projeto Metas Educativas 2021, em diálogo com lideranças políticas e educacionais, estabeleceu 11 metas educativas a serem alcançadas pelos 21 países ibero-americanos. As metas dizem respeito à cobertura e qualidade da educação e articulam esforços como os dos Objetivos do Milênio, das Nações Unidas, e outras recomendações de diversos organismos internacionais. A novidade está na construção coletiva das metas, na definição dos mais de 30 indicadores acordados e no estabelecimento, pelos países, de níveis de sucesso que cada um almeja alcançar. O acordo em torno da natureza das metas não impôs níveis de resultado idênticos entre os países, visto que o ponto de partida de cada um deles é singular, e a capacidade de cada um deles, distinta. Revista Linha Direta
aprovechamiento de los beneficios de la información, aún oligopolizada. Si nos recusamos a la visión mesiánica e inserimos a la educación como práctica social en el conjunto de otras prácticas, podremos entonces comprender la complejidad del desafío actual y ser justos a él. Son inmensos los desafíos impuestos por la complejidad de los procesos educativos. Cuando analizamos las profundas desigualdades de la región, esta complejidad crece, y no faltan opiniones desinformadas que apelan, como en un toque de magia, para soluciones adoptadas en otras regiones del mundo, como si la transposición de valores y prácticas fuese una solución real y viable. Así, Corea, Japón, Finlandia y muchas otras naciones son citadas como ejemplos que deben ser seguidos para que la educación venga a “salvar” a la región del atraso y de las desigualdades históricas. Por otro lado, las naciones de América Latina saben el precio que fue pagado por la adopción acrítica de modelos: más exclusión, más concentración de poder y riqueza, más violencia. Es en este ambiente de decisiones políticas estratégicas para el futuro de las personas y de las naciones de la región que se construye el Proyecto Metas Educacionales 2021, formulado por la Organización de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI), en conjunto con gobiernos y ministerios de educación de países que integran la comunidad iberoamericana. En el intervalo entre 2010 y 2022, se completan 200 años del ciclo de independencias de América Latina. Este importante hecho histórico hace legítima la pregunta: ¿qué legado recibirá la generación de niños que nace y crece en esta región? El Proyecto Metas Educacionales 2021, en diálogo con liderazgos políticos y educacionales, estableció 11 metas educacionales para ser alcanzadas por los 21 países iberoamericanos. Las metas hablan sobre alcance y calidad de la educación y articulan esfuerzos como los de los Objetivos del Milenio, de las Naciones Unidas, y otras recomendaciones de diversos organismos internacionales. La novedad está en la construcción colectiva de las metas, en la definición de los más de 30 indicadores concordados y en el estabelecimiento, por los países, de niveles de éxito que cada uno desea alcanzar. El acuerdo en torno a la naturaleza de las metas no impuso niveles de resultado idénticos entre los países, visto que el punto de partida de cada uno de ellos es singular, y la capacidad de cada uno de ellos, distinta.
Estas diferencias, bajo ciertos aspectos tan importantes para el reconocimiento de la diversidad de la región, no impiden, así mismo, que se constituyan foros de cooperación e instrumentos de solidaridad. Después del acuerdo entre jefes de Estado y de gobierno, alcanzado en 2008, fue el momento de, en el encuentro de 2010, en Argentina, esta misma instancia de alto nivel evaluar las Metas y los instrumentos: la creación del Instituto de Evaluación y Seguimiento de las Metas Educacionales (IESME), que reúne a los órganos de investigación y estadísticas educacionales de los países involucrados, el Fondo Solidario, que capta recursos para la inversión en proyectos educacionales, y los Proyectos Compartidos, una relación de buenas prácticas ya evaluadas y corroboradas en la región.
Para acompanhar esse empenho inédito, criou-se também o Conselho Assessor, organismo composto por representantes da sociedade civil – sindicatos, organismos dos movimentos sociais, representações de mulheres e dos movimentos negros das Américas, representantes dos pais de alunos, entre outras organizações –, além de um representante indicado pelos governos de cada país. Essa arquitetura institucional – metas acordadas, indicadores validados, níveis de sucesso particulares, recursos solidários, projetos cooperativos e controle social – constituem um desenho inédito nos padrões da cooperação internacional em educação.
Para dar procedimiento a este empeño inédito, se creó también el Consejo Asesor, organismo compuesto por representantes de la sociedad civil – sindicatos, organismos de los movimientos sociales, representaciones de mujeres y de los movimientos negros de las Américas, representantes de los padres de alumnos, entre otras organizaciones –, además de un representante indicado por los gobiernos de cada país. Esta arquitectura institucional – metas concordadas, indicadores convalidados, niveles de éxito particulares, recursos solidarios, proyectos cooperativos y control social – constituyen un esquema inédito en los patrones de la cooperación internacional en educación.
O novo momento dos países ibero-americanos já não é mais uma promessa, mas um fato político relevante para o mundo. Ao colocar na pauta a educação como um de seus desafios prioritários, por meio do Projeto Metas 2021, as nações dão um claro sinal de que não se trata, agora, de buscar soluções de curtíssimo prazo, à custa do bem-estar de seu povo. A resposta das lideranças políticas é mais consistente: fortalecer os mecanismos educacionais do presente para que a geração do bicentenário possa deter em suas próprias mãos instrumentos e valores que definam um futuro melhor para todos e para cada um dos habitantes dos países ibero-americanos.
El nuevo momento de los países iberoamericanos ya no es más una promesa, sino que un hecho político relevante para el mundo. Al colocar en el inventario a la educación como uno de sus desafíos prioritarios, por medio del Proyecto Metas 2021, las naciones dan una clara señal de que no se trata, ahora, de buscar soluciones a cortísimo plazo, a costas del bienestar de su pueblo. La respuesta de los liderazgos políticos es más consistente: fortalecer los mecanismos educacionales del presente para que la generación del bicentenario pueda sostener en sus propias manos instrumentos y valores que definan un futuro mejor para todos y para cada uno de los habitantes de los países iberoamericanos.
*Doutor e mestre pela Escola de Comunicação da UFRJ. Professor da Faculdade de Comunicação Social da Uerj. Trabalhou no Ministério da Educação (MEC) de 2004 a 2010, exercendo os cargos de secretário executivo adjunto, de diretor e de secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
*Doctor con maestría por la Escuela de Comunicación de la UFRJ. Profesor de la Faculdad de Comunicación Social de la Uerj. Trabajó en el Ministerio de Educación (MEC) de 2004 hasta 2010, ejerciendo los cargos de secretario ejecutivo adjunto, de diretor y de secretario de Educación Continuada, Alfabetización y Diversidad Revista Linha Direta
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Essas diferenças, sob certos aspectos tão importantes para o reconhecimento da diversidade da região, não impedem, porém, que se constituam fóruns de cooperação e instrumentos de solidariedade. Após o acordo entre chefes de Estado e de governo, alcançado em 2008, foi o momento de, no encontro de 2010, na Argentina, essa mesma instância de alto nível validar as Metas e os instrumentos: a criação do Instituto de Avaliação e Seguimento das Metas Educativas (IESME, em espanhol), que reúne os órgãos de pesquisa e estatísticas educacionais dos países envolvidos, o Fundo Solidário, que capta recursos para o investimento em projetos educativos, e os Projetos Compartilhados, uma carteira de boas práticas já testadas e validadas na região.
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conhecimento
Ângelo P. Campos*
Valoração O e educação como caminho de superação
EDUCAR está para caminhar assim como o caminho está para o SER. A nobre tarefa do educador inicia-se em algum momento propício no transcurso da vida e não tem data para terminar. O ser humano vem ao mundo e é primeiramente acolhido em braços maternais, acalentado, alimentado, ganha a dimensão da gravidade e o necessário equilíbrio para viver como um bípede. Então se põe a caminhar.
O essencial, com efeito, na educação, não é a doutrina ensinada, é o despertar. Thomas Carlyle
Depois, pela primeira vez, encontrará outro e será acolhido em uma comunidade bem específica, pronta e resoluta a orientar seus passos, a que chamamos escola (quanta grandeza de significado há na escola! Um dos que mais me alimenta é a noção de uma grande “casa”). A figura da professora e do professor virá, então, compor todo um mundo imaginário, simbólico e real a essa bela caminhada que é a vida. A casa em questão é tradução parcial da palavra grega ethos, que,
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entre outros sentidos, também significa caráter e morada. A educação, como um todo, e a escola, em particular, visam a contribuir para a formação do caráter dos estudantes, preparando-os para interagir com o outro e com o conhecimento, amparados por valores como respeito, solidariedade, tolerância e justiça. Se o atual e conturbado cenário mundial não transita por esse ideário é tão somente pelo
econômica, na qual o bem ganha imensa coloração formal e material, ao custo de perder a essência, significando então a coisa. Assim entendidos, os valores são algo agregado às coisas e têm prazo de validade. O ápice desse mecanismo paradigmático e também sua maior inconsequência estrutural foi o ato de insuflar nas pessoas o valor das coisas. No âmbito educacional, isso consiste em fazer dos profissionais
A educação, como um todo, e a escola, em particular, visam a contribuir para a formação do caráter dos estudantes, preparando-os para interagir com o outro e com o conhecimento ... fato, oriundo dos últimos quatro séculos, de ter gradativamente substituído o saber do ethos pelo do oikos (que também significa casa, mas em sentido bastante específico), sustentando a moderna ideia de economia.
excelentes técnicos, e da educação propriamente dita, mercadoria, passaporte para o mercado. Desnecessário referendar as consequências interpessoais e as socioambientais, se considerarmos clivagem dos saberes.
Nessa percepção de mundo, a dimensão ética, orientada pelo bem, foi recalcada pela dimensão
A emergência da educação para os valores, como proposta transdisciplinar, inovadora e crescente,
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visa a resgatar o futuro do planeta e da humanidade. O paradigma econômico vem cedendo lugar à sustentabilidade e à ecologia integral, enquanto a demanda por valores universais retoma seu lugar sagrado no coração das pessoas. Vivemos o momento especial para despertar, tendo na educação a base de sustentação de toda a trajetória de indivíduos e sociedades que se queiram autorrealizados, isto é, capacitados ao construto de uma vida plena em experiências e relacionamentos, em seus diversos níveis: material, pessoal, interpessoal, sapiencial e espiritual. A proporção do caminho é para além do milênio. Impossível realizar tal percurso sem a presença sempiterna de nossos mestres, professoras e professores que, de modo até insuspeito, contribuem para a elevação de nossos espíritos, expandindo o conceito de educação para uma “casa” mais harmoniosa, solidária e sustentável. *Escritor, consultor e palestrante www.avidaemais.com.br
inovação
Diversidade: educar para a
igualdade, educar para a diferença
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o filme francês Entre os muros da escola, em uma sala de aula marcada por diferentes ordens de conflitos, uma aluna de ascendência árabe questiona o professor, com ironia, sobre o porquê de os livros didáticos trazerem personagens apenas com nomes franceses, como se não existissem nomes árabes. Com isso, ela mostra o desconforto de diversos jovens de origem não francesa, além do choque cultural vivido comumente em toda a Europa, onde o tema da atenção à diversidade na educação ganha corpo já há algumas décadas. São problemas reais, enfrentados com dificuldade pelo sistema escolar. Mas não queremos falar da França e da Europa, apenas ilustrar um dos mais importantes desafios da escola contemporânea brasileira: a educação para a diversidade. No Brasil, o tema está cada vez mais presente em livros, seminários e oficinas, mas, como costuma acontecer em nossa tradição pedagógica, vivemos em dois mundos: o das boas teorias e o das práticas defasadas. Somos um país com diversidade cultural em raízes históricas, amalgamando influências indígenas, negras, europeias. Há um século, recebemos um dos maiores fluxos migratórios da história recente, e agora chegam bolivianos, peruanos, argentinos. Mais: do ponto de vista social, nossa escola reúne crianças de diferentes situações socioeconômicas, que têm suas próprias experiências e aprendem em seu próprio ritmo. Contudo, as escolas brasileiras ainda parecem funcionar como se tivessem apenas um aluno – o ideal, que corresponde a todos os estereótipos daquilo que desejamos, consciente ou inconscientemente. Parafraseando o escritor português João Barroso, ainda educamos a muitos como se fossem um só, e não a todos como se fossem cada um. A diversidade cultural é tratada muitas vezes de modo quase folclórico; já as diferenças individuais, especialmente as ligadas a questões sociais, são simplesmente ignoradas. Isso precisa mudar, por todos os motivos. Nossas salas de aula são de uma diversidade incrível, e produzem, naturalmente, grande riqueza humana. São um espaço fecundo para as trocas, para que as crianças se expressem, ganhem autoestima, sintam orgulho do que são e se encontrem em um país multicultural. A questão da diversidade precisa definitivamente estar contemplada nos materiais empregados, nas práticas pedagógicas cotidianas. Mais do que isso, precisamos preparar nossos professores para uma mudança de atitude, para criar um ambiente onde as diferenças sejam o combustível de uma maravilhosamente rica experiência educativa. Revista Linha Direta
Francisca Paris Pedagoga, mestre em Educação e diretora de Serviços Educacionais do Ético Sistema de Ensino www.sejaetico.com.br