HILTON NASCIMENTO
Sonhe, tenha atitude e tome as rĂŠdeas da sua vida
SCIMENTO
Nascido, criado e residente no Rio de Janeiro, Hilton Nascimento é um empresário de sucesso no ramo de finanças e “wealth and business coaching”. Pós-graduado em gestão de empresas, especialista em Neurolinguística e Neurosemântica, incansável, Hilton também é pai e mãe ao mesmo tempo de uma linda filha, amigo e, acima de tudo, um vencedor. Com uma história de vida incrível, que só vemos em livros e filmes, Hilton vivenciou fatos trágicos e traumáticos, que para qualquer pessoa poderia simplesmente significar jogar a toalha e se “vitimar” pelo resto dos anos. Mas Hilton Nascimento não se curvou ao destino, se permitiu sonhar, tomou as rédeas de sua vida e resolveu escrever sua própria história. Atualmente, o autor é um especialista em riqueza e prosperidade, viaja o mundo inteiro para pesquisar, dar palestras e participa de seminários sobre estes assuntos.
atitude e da sua vida
TOME AS RÉDEAS DA SUA VIDA !
DESLIGUE AUTOMÁTICO
Você sabia que pode escolher ser feliz? Para sobreviver às várias surpresas negativas do destino, Hilton Nascimento colocou em prática seu livre-arbítrio e escolheu a busca pela felicidade. Mesmo Em Meu desejo é uma ord com os “altos e baixos” que o destino essenciais paraserser o senh nos reserva, a vida pode vivida de próprio destino. forma plena. Após emocionar e engajar milhares Qual em a sua realidade hoje de pessoas suas palestras e cursos, em Meu desejo é uma ordem, Hilton diviVocê vive o seuepróprio de com o leitor experiências conselhos so para que este busque a qualidade de vida Este livro ajudará a ide que merece. O autorte claramente mostra a essência personalidade prática vive de é sua a que você escolhe porém complexa, pois e sentimentalmente buscar sua realização. usa como pano de fundo sua própria vida para Com demonstrar suas didático teorias e a aplicatexto e info ção delas. O leitor encontra uma leitura estimula, comove e entre que ensina, emociona e entretém, pois Hilton expressa suas ideias de forma cronológica, informal e didática. Sem “fórmulas mágicas” ou “receitas de bolo”, o poderoso conteúdo da obra tem o poder de atingir a todos, pois o autor consegue comunicar e alcançar o leitor de forma pessoal, respeitando que cada pessoa é diferente, tem experiências e valores adquiridos diferentes de vida, e tem sua forma própria de pensar. Meu desejo é uma ordem é recomendado para quem busca sucesso e equilíbrio profissional, financeiro e afetivo. Leitura obrigatória para quem quer viver bem a própria vida.
Copyright © 2014 by Hilton Nascimento Copyright desta edição © 2014 by Livros Ilimitados LIVROS ILIMITADOS Bernardo Costa John Lee Murray Copydesk: Daniella Wagner Capa, projeto gráfico e diagramação: John Lee Murray Direitos desta edição reservados à Livros Ilimitados Editora e Assessoria LTDA. Rua República do Líbano n.º 61, sala 902 – Centro Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20061-030 Tel.: (21) 3717-4666 contato@livrosilimitados.com.br www.livrosilimitados.com.br
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Agradecimentos
Agradeço a todas às pessoas que me ajudaram a me tornar quem eu sou. Agradeço à minha família que sempre me deu suporte: À minha mãe, minha filha, meus irmãos que sempre estiveram ao meu lado, ao meu segundo pai que me ensinou a entender o valor do dinheiro sem perder a humildade. Dedico este livro às pessoas que já se foram e continuam presentes em minha vida, as minhas esposas, a minha segunda mãe, a minha tia amada, o meu pai, que me ensinou a ser maduro antes do tempo. Agradeço à fé que tenho em Deus, na vida e nas pessoas. Obrigado.
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Introdução
Meu desejo é uma ordem é um livro simples, direto, baseado em fatos reais. Juntos iremos aprender a entender um pouco mais sobre o poder dos nossos pensamentos e o que eles, os sentimentos e as emoções representam para nós, e como nos ajudam a alcançar nossos desejos, a realizar nossos sonhos. Como numa conversa amigável, de uma maneira bem tranquila, limpa, indo direto ao ponto. Aprenderemos a lidar melhor, de uma maneira um pouco mais excelente, com a nossa vida nos diversos aspectos que nos cercam: saúde, finanças, relacionamentos, sucesso, fracassos, etc. Irei compartilhar com vocês experiências, casos reais, de como consegui sair de algumas armadilhas da vida. Aprendi a ver a vida de uma forma diferente, de um novo prisma, de uma maneira muito mais altruísta, mesmo em seus piores momentos, transformando o caos em algo que somente representava aquele momento presente, pegando o que podia ser aproveitado e transformando-os em sentimentos positivos. Estou convidando você para fazermos uma viagem dentro da minha vida, de minhas emoções, de momentos que foram meus e que chamo de momentos determinantes. Juntos, criaremos um caminho para uma vida mais tranquila, simples, feliz, inspirando o sucesso e o amor. Direi exatamente o que eu fiz, as ferramentas que usei, as saídas que tive, que foram necessárias e precisas para realização dos meus sonhos, dos meus desejos. Conforme a minha história é contada,revelo essas saídas, que foram de grande êxito para mim, estes momentos determinantes que tive que viver, aprender a superar e que me ajudaram a olhar para um novo futuro, criando novas estratégias e aprendendo a pensar fora da caixa, como se diz por aí. Essas saídas, essas dicas, esses pensamentos e algumas perguntas que fiz para mim mesmo estarão escritos em maiúsculo. Além disso, irei abordar alguns conceitos na área de programação neurolinguística, que significa resumidamente a maneira como nosso cérebro registra nossas experiências, como respondemos a elas e como podemos fazer para poder alterá-las. E também na área de coaching, que está ligada
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aos nossos objetivos. Explicarei alguns conceitos cujas experiências, mesmo tendo vivido quando criança, percebi que vão ao encontro do que aconteceu comigo. Divido aqui o ser humano em corpo e mente. E é na mente que iremos nos focar. Ela tem a maior função de comandar sua vida. Os sentimentos vividos por nós e as emoções que sentimos nos dão suporte para nossas conquistas e para a tomada de decisão. Eu pretendo que este seja útil a todos, independentemente de religião, de raça, de situação financeira. É um livro totalmente democrático e com muito amor e doação. Todos nós temos a liberdade de acreditar em que nos faz bem. A minha contribuição é que podemos acreditar mais em nós mesmos. E sonhar faz parte desta experiência. E viver faz parte deste sonho.
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O autor
Minha formação é em administração de empresas, gestão financeira e gestão empresarial. Trabalhei por 26 anos em banco, tive o privilégio de pedir demissão e seguir meus sonhos. Tudo isso fiz sem saber que existia uma lógica no pensar, em coisas que você acredita que fazem a diferença na sua vida. Depois desse meu passo, há sete anos fui convidado por uma amiga para irmos a uma aula de introdução sobre algo que estava no mercado chamado Programação Neurolinguística. Fui a esta aula e adorei o assunto e seus respectivos temas: mente, cérebro, o mapa não é o território, pressupostos linguísticos, etc. Era até estranho porque minha formação era toda mais para o lado de números. Gostei tanto do assunto que me formei como trainner em Neurolinguística, que é o grau em que se pode ministrar aulas. Também me formei em trainner de Neurossemântica; poucas pessoas possuem esta certificação no Brasil. E junto com a neurolinguística conheci o coaching, que tem como objetivo a realização de sonhos, suas metas. Obtive diversas certificações, tais como: coaching evolutivo, business coaching, coaching ontológico, coaching gerativo, life coaching, wealth coaching e outras mais, no Brasil e no exterior, nos melhores institutos e com os melhores coaches do mundo. Mas o mais importante é que as decisões que tomei na minha vida, as minhas escolhas, foram feitas sem saber de nenhum conceito e todas elas tinham a ver com tudo isso.
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1. Somos campeões “Na minha vida eu sempre me senti seguro, mas, de repente, está tudo mudando...”
Living inside my self – Gino Vanelli
Estou agora com meia idade, perto dos 50 anos para ser preciso, conversando comigo mesmo, pensando em que eu posso ser útil para poder transformar a vida das pessoas. Que contribuição poderia dar, que sentimento poderia compartilhar, para ajudar a fazer um mundo melhor, um mundo em que as pessoas possam ficar um pouco mais excelentes em tudo que a vida prepara para elas. Vendo o ontem, quando eu era bem novo, quando podia ter tudo para ter uma infância linda e fantasiosa, apareceu para mim uma infância com muitos desafios. Sou muito grato pela vida que tenho. Fecho meus olhos e consigo ver todo o caminho que trilhei. Momentos que passei que tampouco foram escolhidos por mim. Pessoas que passaram como um flash, pessoas que amei e outras que perdi. Momentos que curti e outros que odiei. Em alguns fui obrigado a tomar decisões, algumas que foram impostas e outras que simplesmente optei. Estou agora ouvindo todos os sons que me cercam: barulhos dos carros, das pessoas, do vento, músicas. Olhando para dentro de mim, percebi que, como você, já passei por tantas coisas na vida, coisas que sei que são únicas, coisas que somente aconteceram comigo e, da maneira que eu as enfrentei, foram transformadas em algo muito maior. Algo que criou dentro de mim um espírito de resiliência, de uma força tamanha, muitas vezes, que estranhamente eu nem sabia donde ela vinha. Todos nós somos histórias de histórias das histórias. Histórias diversas em um único ser. Histórias de sucesso, de fracasso, de arrependimento, de amor, etc. Irei compartilhar as histórias da minha vida com você. Nessas histórias irei demonstrar a maneira que eu via a vida naqueles momentos. Na verdade, não somente ver, mas encarar, aceitar, acolher a vida de uma maneira grandiosa. Tive situações que, engraçado, do jeito que elas vieram para mim, poderiam tanto ter me libertado como ter me encurralado. A decisão, a escolha do que elas representaram para mim, foi minha.
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O importante é saber que somos campeões desde que nascemos, saímos de um mundo protegido no útero de nossa mãe para este novo mundo que o irá acompanhar até o final. É naquele momento decisivo, naquele segundo precioso de vida, que a nossa jornada começa. Fica por nossa conta a missão de respirar para que comece o exercício de viver. Uns já nascem chorando e respirando, outros precisam de uma ajudinha do médico, levar umas palmadas. No nosso primeiro instante de vida já começamos enfrentando nosso primeiro desafio. Somos campeões!
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2.Como tudo começou “Talvez eu seja as coisas que sonho e não as coisas que vejo, talvez eu possa mudar o mundo antes que ele me mude...”
Long ago on tomorrow – B.J Thomas
Eu sempre ouvi que a vida passa em um instante. Até chegar aos 18 anos, geralmente quando estamos na adolescência, ficamos ansiosos para essa idade chegar e parece que o tempo não passa, ele demora muito. Mas depois dos vinte anos, quando percebemos já estamos com vinte e cinco e abrimos os nossos olhos e, meu Deus, já estamos nos trinta. Os anos voaram, fazemos tanta coisa, temos tantas obrigações, que eles passaram, como dizem, em um piscar de olhos. E é verdade! Estes milhões de minutos de vida que passaram por mim, desde criança até agora, todas as pessoas que conheci, todos os fatos, todas as experiências que, com certeza, quase ninguém teve fizeram-me ver um mundo de uma maneira a viver melhor. A minha maneira de perceber a vida é que a vida é maravilhosa e que somos parte disso. Vivo num mundo que já foi para o tempo mas não foi para o coração. Vivo entre o mundo de hoje, o que estou presente; aquele que passou e o outro que ainda irei viver. Lembro-me de amores vividos, amores perdidos e outros que ainda virão. Lembro-me de pessoas que estão vivas, que fazem parte da minha vida e outras que já não fazem mais. Umas que amo e estão comigo e outras que não estão mais do meu lado. Momentos que me derrubaram e momentos que me ergueram, me edificaram. A música sempre foi uma aliada para mim. Ela me tranquiliza. Enche meu coração de coisas boas. Gosto de ouvir música e viajar. Viajo nos meus pensamentos. Uma viagem que me mostra a vida com uma perspectiva de um futuro cada vez melhor. Uma vida e um mundo de oportunidades que estão sempre na nossa frente. E, a partir do momento em que você passa a acreditar mais em si mesmo, sente-se apto a dirigir a sua vida, nessa viagem que é só sua, fazendo as curvas que irão aparecer no caminho, tendo cuidado com o que cruza por você, com as imperfeições da estrada, muitas das vezes arriscando-se e mudando a direçāo, criando atalhos. E, claro, de vez em quando, você se perde, mas sem fugir do objetivo de chegar ao seu
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destino, àquele futuro desejado, estando você a todo momento no comando, acreditando nas suas escolhas, acreditando na sua vida, alinhado e focado com seu desejo de chegar lá. Quando tinha 11 anos, nas férias de verão, eu viajara do Rio de Janeiro para a casa de uns amigos em uma cidade no interior de São Paulo. Desde cedo, sempre fui muito independente. Pedia à minha mãe para me deixar viajar, acampar com meus amigos e ela sempre deixava, só falava para eu ter cuidado. Nesta viagem, estava comigo um amigo de nossa família. Saímos muito cedo de casa e fomos para a rodoviária. .Quando entrei no ônibus, me veio um pensamento muito esquisito; fiquei parado por um instante no terceiro degrau da porta de entrada sem saber se deveria fazer aquela viagem ou não, porque eu iria ficar alguns dias longe da minha mãe e irmãos. Mas não tinha como voltar, não tinha sequer dinheiro e fui em frente: sentei no meu assento e fiquei olhando para fora da janela. O ônibus saiu da rodoviária no horário previsto e começou a seguir seu curso pela rodovia. Eu estava muito triste com o que estava acontecendo na vida da nossa família e foi exatamente por esse motivo que este amigo me chamou para viajar. O ônibus andava e eu via as paisagens passando, os carros cortando o ônibus e ficava pensando muito no que estava acontecendo lá em casa. A vida de nossa família acabara de entrar na bancarrota total. Não tínhamos dinheiro algum e nem tínhamos onde morar. Estávamos vivendo de favor. Antes disto acontecer, nós éramos uma família de classe média alta bem estruturada, pelo menos é o que eu achava com minha vasta experiência de 11 anos de vida. Mas algo mudou na vida de meu pai e de minha mãe. Papai e mamãe só viviam brigando. Ele, chegando cada dia mais tarde; os dois não estavam mais se entendendo, era discussão a toda hora do dia e da noite. Nesta época tínhamos uma vida muito confortável. Meu pai viera de uma família pobre lá da Bahia, ele e mais quatro irmãos. Começou como chaveiro no centro da cidade do Rio de Janeiro e, com seu trabalho e talento, chegou a montar uma metalúrgica de grande porte. Atendia a diversos clientes grandes no Rio de Janeiro. E nossa vida começou a prosperar. Ele tinha dois carros do ano, um somente com dois lugares para ele ir trabalhar e outro quando saía toda a família. Minha mãe também tinha carro. Meu pai e minha mãe vestiam-se com roupas de grife da época e todos nós passamos a viver uma vida muito boa. Viajávamos muito, íamos à praia todo sábado e almoçávamos juntos todo domingo. Alguns domingos meu pai convidava todos os seus irmãos com suas famílias. Íamos em 20 almoçar fora e meu pai não deixava ninguém pagar nada. Era muito bom!
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Só que algo mudou no jeito dele perceber a vida. Ele começou a fazer coisas diferentes do normal. Começou a querer vivenciar coisas, ter novas experiências de vida, a ter novos amigos, ter uma vida noturna, conhecer outras mulheres e viver de uma maneira mais arriscada. O que aconteceu conosco não foi diferente de outras histórias que conhecemos. Como eu dissera antes, ele começou a chegar muito tarde do trabalho, todo dia , geralmente, depois das 23h, e com cheiros específicos , como eu ouvia minha mãe falar com ele sobre os cheiros de bebida e de perfumes diferentes que estavam em sua roupa. Claro, como qualquer esposa, minha mãe não gostava nada disso e perguntava onde ele estava para ter chegado àquela hora, com aquele cheiro. Era um clima horrível, todo dia a mesma coisa. Um dia aconteceu algo que chegou a ser cômico. Em uma noite meu pai chegou muito mais tarde do que o normal e pediu para dormir comigo. É claro que deixei e ele se deitou atrás de mim. De manhãzinha, minha mãe procurou meu pai pela casa e viu que ele estava dormindo comigo, chegou perto da cama e começou a falar com meu pai em um tom não tão baixo, brigando com ele e eu acordei assustado e esqueci que ele estava dormindo comigo e falei: “Mãe, o quê que eu fiz?” E ela me disse: “Não é com você, é com seu pai que está deitado aí atrás”. Meu pai não deu uma palavra, levantou-se, colocou seu safári (um tipo de roupa dos anos 70) azul e foi trabalhar. Era isso todo dia, brigas e mais brigas. Nesse meio tempo, minha mãe havia ficado grávida do meu pai do seu terceiro filho, ou melhor, filha, pois, mesmo com tudo isso ocorrendo, eles estavam tentando levar uma vida normal. Nós morávamos perto da metalúrgica dele e ela resolveu visitar meu pai em sua empresa. Quando chegou no escritório do meu pai, viu que tinha uma outra mulher grávida sentada perto da mesa do meu pai, com muita intimidade com ele e adivinhem: o filho que ela estava esperando era dele, sim dele mesmo, do meu pai. O mundo caiu e a nossa vida foi junto. Fico imaginando a cena. Isto foi o fim para minha mãe. Que decepção ela sofrera! Mas minha mãe era forte, de opinião. Depois disso, não houve jeito, meu pai tentou dizer que não era dele, mas era pior que beijo de batom na cueca. Separaram-se. Não havia mais condição de ficarem juntos. Não existia mais defesa nem desculpas. Ela expulsou meu pai de casa. Ele insistia que não era dele, mas não tinha mais clima, nem jeito e ele saiu de casa. Quando realmente ele saiu de casa, foi morar em outro lugar, adivinhem com quem? Sim, com aquela mulher que estava grávida. A partir
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desse momento, meu pai, infelizmente, naquele momento de raiva, naquele momento que damos um dane-se para tudo, esqueceu que tinha três filhos que dependiam dele, eu com 10 anos, meu irmão com 14 anos e minha irmã com somente 1 ano e nos abandonou quase completamente por um bom tempo. Quando fiquei mais velho, comecei a entender a fuga de meu pai. Tento não julgar nem criticar. Nem naquela época, tampouco agora. Isso é uma característica minha e isso é muito bom, por que me faz ver as coisas de uma maneira melhor e entender mais o outro, vendo de fora o que pode estar acontecendo. Tentei entender meu pai e também minha mãe. Até para, no presente, não culpar ninguém pela vida que eu escolhera para mim. Ele ficou perdido por muito tempo. Perdeu seus bens, esqueceu alguns de seus valores, ficou sem norte, sul, leste e oeste. Não vou julgar o que ele fez, mas posso ver que ele perdeu naquele momento amor por ele e pela vida. Foi burrada em cima de burrada. E a vida dele e a nossa começaram a tomar outro rumo. Aquela família nunca mais seria a mesma. Meu irmão, por ser o mais velho, passou a enfrentar meu pai defendendo nossa mãe, defendendo nossa família, até por que ele entendia mais o que estava acontecendo do que eu que era o irmão do meio e minha irmã caçula . Eu observava muito a situação, consolava mamãe, mas, lá no fundo, eu sabia o que estava ocorrendo e na minha visão era algo desesperador, muito grave. Eu era o fiel escudeiro do meu irmão e de minha mãe, estava sempre perto deles, não sabia o que falar para meu pai, mas meu irmão e minha mãe sabiam. Eu ficava calado mas ao lado deles, nos poucos momentos que papai ia levar algum dinheiro para gente, e lembro que as discussões eram horríveis. E minha irmãzinha novinha não tinha qualquer ideia do que estava ocorrendo. Ela, linda como sempre, ficava no colo da mamãe ou entre mim e meu irmão. Eu olhava para ela tão inocente e, como nós, reféns de uma situação que não havíamos escolhido. Eu ficava muito triste por tudo que estava acontecendo conosco, ia para rua, ficava andando, sentava na calçada, olhava para o chão, mas, eu mesmo sendo criança, sabia que aquilo não seria para sempre. Voltando para a viagem para o interior de São Paulo. Chegamos na rodoviária da cidade depois de quatro horas de estrada. Estava um dia chuvoso. Vi que nossos amigos estavam nos esperando, foi para mim uma cena maravilhosa. Era o que eu estava precisando. Uma família normal e completa: pai, mãe, três filhos e uma filha. Foi uma festa! Todos me receberam com grande alegria. Na verdade, eles já sabiam o que estava acontecendo
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com a nossa família e me acolheram com mais carinho ainda. Íamos ao cinema, íamos à piscina do clube, íamos pescar, ou seja, naqueles poucos dias eu estava levando uma vida que toda criança adora e deveria levar, mas, quando ficava sozinho, meu pensamento voltava lá para nossa casa, para minha família. Como disse anteriormente, sempre gostei de música. Eu adorava ficar ouvindo discos. Passava horas e horas ouvindo músicas. O pai desses meus amigos, sabedor disso, colocou um disco de uma novela da época, não lembro qual, mas tinha uma música do B.J. Thomas que se chamava: Long ago on tomorrow, esta que está uma parte no início do capítulo. Eu não entendia qualquer palavra de inglês, mas essa canção tocou meu coração me dando uma grande esperança. Quando a ouvi pela primeira vez, ela me passou um sentimento de paz tão grande e de um renascer, uma coisa nova, uma mensagem sobre um amanhã melhor. Eu sabia que tomorrow significava “amanhã” e o resto eu criava com a minha imaginação. Ao ouvi-la, eu acrescentava sonhos, imagens, sentimentos, coisas do passado e do futuro que passavam na minha cabeça por aquele momento. Eu repetia a música diversas vezes e ouvia mais e mais e continuava sonhando. Hoje entendo o quê eu estava fazendo: eu estava visualizando um mundo melhor, um futuro melhor para mim e para minha família. Ainda gosto muito desta música e ela continua passando para mim uma esperança de um amanhã melhor. Um dos meus objetivos é o hoje sempre ser melhor que o ontem. Parecia que aquela canção tinha sido feita para mim. Enchia-me de paz e esperança. Depois de dez dias na companhia de meus amigos, voltei de viagem e a minha vida voltou para a realidade, voltou a ser o que era. Além de meu pai ter largado minha mãe, ele também não pagara os aluguéis da casa em que morávamos. Para resumir um pouco: fomos despejados num total de três vezes. Quando vivíamos juntos, antes de ele nos deixar, morávamos em uma casa de 5 quartos, com garagem para 2 carros, 2 terraços, dispensa, 2 salas, copa, e uma cozinha gigante, enfim, uma casa muito grande. Desta casa fomos despejados, sendo esse o nosso primeiro despejo. Dessa vez, acreditem, foi até tranquilo, teve até caminhão de mudança e alguém para carregar os móveis para nós. Saímos desta casa para uma casa que, para mim, nunca significou uma casa, tampouco um lar, na verdade era um porão adaptado para casa. Mas, graças a Deus, tínhamos um lugar para morar. Um lugar quente demais, escuro, mas mesmo assim poderíamos todos viver juntos eu, meus
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irmãos e minha mãe. Pensava: estamos todos juntos e daqui a pouco tudo irá melhorar. Ficava pensando que meu pai podia voltar para minha mãe e que tudo iria ficar normal novamente. Isso nunca ocorreu. Para você entender como o contrassenso era tão grande: - que vivendo num porão destes, sem ter como sobreviver, meu irmão tinha mobilete (tipo de moto para adolescente da época) e eu tinha uma bicicleta de corrida Caloi 10, bicicleta top daquele momento. A casa-porão tinha somente um quarto pequeno, onde ficavam os móveis de nossa família desmontados e sobrava um espaço mínimo para minha māe dormir com minha irma. Eu e meu irmão dormíamos na sala. Era só apertar um pouquinho porque esta casa interia era menor que uma das salas da nossa casa anterior. Mas que ótimo, que bom, estávamos juntos. O que aconteceu? De novo meu pai não pagou os aluguéis e tampouco a conta de luz. Então mobilete, bicicleta, autoramas foram vendidos para custear nossa sobrevivência. Em um ano e cinco meses que moramos nesta casa-porão, ficamos, pelo menos, seis meses sem ter luz em casa. Lembro-me de estudar na cozinha à luz de vela por que gostava de tirar notas boas. O resultado disso foi que fomos despejados pela segunda vez. Só que desta vez foi muito marcante. Uma experiência que não desejo para ninguém. Não sei se vocês sabem o que é um despejo feito por ordem judicial. Estávamos em casa, em um dia que parecia que seria um dia normal. Escutei baterem palmas e quando fui atender eram um oficial de justiça, um policial e alguns ajudantes. Chegaram muito cheios de moral e arrogância, perguntando sobre meu pai, minha mãe, porque eles tinham que cumprir uma ordem de despejo por falta de pagamento, éramos devedores. Eu não entendi nada, chamei minha mãe e ela não entendeu nada porque não sabíamos que o aluguel estava atrasado. Meu pai ia nos visitar e não falou que não pagava aluguel havia seis meses. Eles entraram na nossa casa dizendo suas patentes e que estavam cumprindo ordem. Só que aconteceu que, quando eles nos viram, primeiramente eu (que abrira os portões e dera bom dia, com um sorriso e era um tipo engraçado, um pouco gordinho e tinha muitas sardas e um cabelo bem preto), depois meus irmãos, que estavam brincando juntos, e minha mãe sozinha, fazendo alguma coisa da casa, ficaram um pouco desconcertados e abaixaram o tom de voz. Apresentaram-se, perguntaram pelo meu pai, porque aluguel do imóvel estava no nome dele, e ela disse que ele havia nos deixado havia quase dois anos. Entāo,, educadamente, pediram licença e até se desculparam, dizendo que estavam cumprindo ordens, e mostraram para
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minha mãe um documento que dizia que o aluguel estava atrasado por mais de 6 meses. Falaram para gente que tínhamos que sair daquele imóvel já. Começaram a pegar os nossos móveis e os colocaram na rua. Todos os móveis. É, na rua! Que vergonha passamos! Que cena desesperadora! Nossos amigos e vizinhos vendo tudo aquilo acontecendo. Minha mãe falava: “Cuidado com isso, cuidado com aquilo”. Eu e meu irmão também ajudando e carregando alguns móveis para fora de casa. Estávamos literalmente na rua. Nós ficamos muito chateados, envergonhados e tristes com o que estava acontecendo naquele momento. Em mais ou menos uma hora, a nossa ex-casa-porão ficou vazia. Minha mãe, muito zelosa e caprichosa, viu seus móveis colocados no meio da rua de qualquer jeito. Que choque ela teve! Lembro-me do rosto de minha mãe, ali parada, chorando muito com minha irmã no colo e, se ainda não bastasse, para piorar, caiu o maior toró. E nós olhando para os móveis, que estavam todos ficando molhados e podiam estragar. Naquele momento eu senti uma coisa muito estranha dentro de mim. Meu coração ficou partido. Não tínhamos para onde ir. Não tínhamos o que fazer. O que aconteceu de errado para a vida ficar dessa maneira? Por minha mãe ser a irmã mais velha de suas três irmãs e um irmão e, por ter tido em um período de vida melhor financeiramente que todos eles, ela sempre os ajudava. Dividia compra, dava abrigo para todos eles. Ajudava a pagar tratamento médico de meus primos, claro, ela e meu pai. Só que naquele instante quem estava precisando de ajuda era ela. Conseguiu que minha tia nos abrigasse por uns dias até tudo começar a se resolver. Uma etapa do problema estava resolvido, tínhamos para onde ir, mas teríamos que enfrentar um outro que era: como iríamos fazer para transportar a nossa mudança da rua para a casa da minha tia? E como iríamos pagar o transporte? Minha tia morava a uns 30 quilômetros de onde estávamos. O que podíamos fazer? Para conseguir o transporte, minha mãe convenceu o caminhoneiro a receber como pagamento da mudança sua aliança de casamento. Neste momento, pensei no meu pai, vendo o que ele deixou de fazer para estarmos passando por aquela situação. Não sabia o que concluir nos meus pensamentos de, na época, uma criança de onze anos, mas como não tinha como fazer diferente, naquele momento, eu e meu irmão começamos a levar os móveis para o caminhão. Caía porta no chão, talheres espalhados pela calçada, foi um dia de cão para nós. Tínhamos que ir para casa de minha tia e na parte da frente do caminhão só dava minha mãe e minha irmã,
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eu e meu irmão subimos na boleia do caminhão junto com a mudança. Chovia muito, nós tentávamos nos proteger embaixo de algum móvel mas ficamos muito molhados. Fiquei lembrando o que minha mãe havia dito do meu pai: que ele estava com a cabeça virada, que ele estava perdido e, além disso, falido! Como havia dito antes, meu pai sempre tivera um espírito empreendedor. Começou como chaveiro no centro da cidade, depois trabalhou em uma empresa de cofres e montou sua metalúrgica de móveis de aço. Naquela época, este tipo de armários e estantes de aço eram o que havia de melhor para todos os tipos de ambiente comercial. O sócio do meu pai era um de seus irmãos, ou seja, meu tio. Ainda casado com mamãe, achando que tudo estava bem, um dia ele chegara na empresa e seu irmão havia deixado o seguinte recado: “Estou levando o ouro e te deixo a mina”. Meu tio levara todo o dinheiro da empresa e deixara a metalúrgica sem capital para que ele começasse tudo novamente. Lembro que meu pai foi na casa deste meu tio e foi aquela discussão e eu estava junto. Ele disse para este meu tio: “Só não te quebro a cara e acabo com você porque você é mais velho que eu. Mas mesmo assim, depois disso, ele conseguiu se levantar. Meu pai era muito trabalhador. Teve suas decepções, seus momentos bons e ruins. Ele morreu muito cedo, aos 42 anos de idade. Não tenho nem tive nenhum sentimento ruim em relação a ele. Vejo o ensinamento que ele fez que eu aprendesse da vida. Aprendi como não fazer uma porção de coisas erradas. O sábio é aquele que aprende com os erros dos outros. Você não precisa cometê-los para saber que é errado. Vendo tudo que estávamos passando, com todo o sofrimento que eu estava sentindo junto com minha família, ao invés de eu focar no que estava acontecendo de ruim, comecei a tentar pensar de uma forma diferente. Eu prestava atenção, tentando ver algo diferente do que todos viam, estava um desespero muito grande e eu queria saber se aquilo iria continuar ou não, ficava ouvindo minha mãe conversar com suas irmãs e com meu irmão. Queria saber, aprender algo de tudo aquilo. Eu tinha que aceitar, só eu não, todos nós, não havia outro jeito, mas eu tentava não me desesperar. Tentava sempre manter a calma. Hoje, quando tenho que resolver alguns problemas, tomar algumas decisões, uso este aprendizado da minha infância para um entendimento do que está ocorrendo no momento. Esta postura que tomei me fez e me faz ver as coisas com mais calma e clareza. Eu sabia que a única coisa que eu podia fazer era ajudar minha mãe e uma maneira de ajudar era não
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atrapalhar, não fazer nada de errado, não dar trabalho para ela, então agia de uma maneira simples, parecendo que estava normal, mas, por dentro, eu estava muito chateado, triste, chorava muito sem ninguém ver. Mas eu tinha uma esperança de que algo iria mudar. Sabia que aquela situação seria passageira. Desde cedo percebi que se você conseguir aprender algo com os problemas que sua vida vai lhe apresentando, ou tentar ver as coisas de uma maneira diferente, você passará a ter uma perspectiva de vida diferente. Para qualquer tipo de evolução na vida você tem que saber onde você realmente está naquele momento.
SAIBA SUA REALIDADE HOJE Por quê? Porque, para você passar para um próximo passo, é necessário encarar a sua realidade. O aprendizado que a vida vai lhe proporcionando, o convívio com os familiares, os amigos e inimigos, as adversidades, os desafios, os sonhos, tudo isso, mais outras coisas O aprendizado que a vida vai que não temos nem ideia se irão acontecer, serāo uma lhe proporcionando, o convívio com parte do caminho que você os familiares, os amigos e inimigos, serão uma parte do caminho irá construir para ter a vida do jeito que você quer. que você irá construir para ter Quando somos criana vida do jeito que você quer. ças queremos saber de tudo, somos curiosos natos. Pensamos muito mais com o coração do que com a razão. Nem sabemos que existe essa palavra. Eu usei esta minha curiosidade, esta minha vontade de saber sobre as coisas para tirar algo proveitoso, daquela situação, para minha vida. Meu pai, sem querer, e do jeito dele, me fez uma pessoa madura muito cedo. Tive que tomar decisões, ter iniciativas, olhar coisas de perspectivas diferentes. Passei a encarar os problemas de frente. Enfrentamos problemas em nossas vidas e questionamos muito o porquê de estar acontecendo isto ou aquilo, pois no fundo não merecemos, é assim que pensamos. É importante prestarmos atenção em nosso diálogo interno. Através deles criamos conceitos sobre os resultados das experiências que tivemos e, a partir daí, começamos a agir. Podemos agir de uma maneira que irá nos levar para cima, potencializar ou, ao contrário,
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podemos criar uma proteção, uma limitação. Queremos, como hoje é dito, uma vida redonda e não quadrada. Tudo funcionando direitinho. Mas, não é assim que funciona. O mundo é um mundo de mudanças e a nossa vida também. Vamos mudar esta maneira de ver os desafios da vida. Estas experiências que você está vivendo servirão como base de experiências referenciais a serem utilizdas no seu futuro. O nosso cérebro usa imagens, sons, palavras, os cinco sentidos para nos mover de uma situação para outra. Então, te desafio a fazer o seguinte:
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IDENTIFIQUE E VISUALIZE ONDE VOCÊ QUER CHE-
A sua vida por fora reflete o que você é por dentro. A qualidade da nossa vida, de certa forma, vem da qualidade da informação que nosso cérebro processa. Então uma dica que dou em relação ao que estamos passando na vida, a qualquer tipo de problema que esteja acontecendo com você, é a maneira como a gente enxerga estes problemas. Vamos mudar a pergunta que você faz quando algo de ruim acontece. Daqui para frente você não perguntará por que isto está acontecendo e sim para que isto está ocorrendo em sua vida.
TROQUE O “POR QUÊ?” PELO “PARA QUÊ?” Quando você pergunta por que, , isso o remete ao passado, a coisas ruins que aconteceram, como se não houvesse aprendizado nisso, focando somente no problema. Já quando você se pergunta para que, este tipo de pergunta o leva a uma solução, leva você para frente, para o futuro, para a resolução, para o que fazer, leva a ter atitudes e tomar decisões. Qual o motivo de isto estar acontecendo? Desta maneira, você estará procurando um melhor caminho a tomar. “Que posso fazer agora para que, daqui para frente, minha vida fique melhor para mim?” Trata-se de você e da sua vida. No meu caso, não foi fácil. Estávamos acostumados a viver muito bem, tínhamos uma vida com tudo de bom e de melhor. Depois de estarmos acostumados com todo aquele estilo de vida, uma vida de abundância financeira, fomos parar naquele porão onde vivemos momentos ruins mas tínhamos o apoio uns dos outros. E achávamos que não podia piorar, que aquele era o pior momento e aí veio o segundo despejo, ficamos na rua sem saber o que fazer nem para onde ir, mas graças a Deus , fomos morar de favor na casa da minha tia.
Meu desejo é uma ordem | 25
Há um ditado popular que diz que quando se fecha uma porta abre-se outra.. Minha tia separou a sala da casa dela para minha mãe colocar nossas coisas e nós quatro dormirmos. Chegamos com toda a mudança de tarde na casa dela e tivemos que descarregar os móveis. Meu irmão e eu viemos na carroceria do caminhão pensando como iríamos descarregar aquilo tudo. Foi muito pior descarregar do que carregar. Por ser eu o mais novo, achamos melhor eu ficar embaixo do caminhão esperando meu irmão passar para mim as peças dos móveis desmontados. Havia partes de alguns móveis que eu não conseguia segurar, eram aqueles móveis antigos, acredito que eram mais pesados que eu na época e iam direto para o chão. Foi um caos! Era cada porta de móvel de quarto de jacarandá, além de fogão, geladeira duplex, sofá... Quando chegou a noite, estava tudo arrumado dentro da sala, com ajuda da mamãe e minha tia. Dormíamos todos no chão da sala junto com os móveis. A primeira noite foi péssima, só minha irmã conseguiu dormir. Mamãe chorou muito e eu e meu irmão ficamos falando de como estávamos cansados de carregar aqueles móveis e dos tombos que levamos. Até rimos das cenas nossas no chão. Ser criança é muito bom. Você sempre tira algo de engraçado de qualquer situação que esteja passando. Isso é uma das coisas legais de ser criança! Quando você precisar, não se esqueça desse lado criança que ainda está dentro de você. Este lado que acha graça até da desgraça, se diverte com o caos e acha uma força de onde nem sabemos donde vem. Na sabedoria da inocência encontram-se palavras que foram escritas para os momentos mais difíceis.
26 | Hilton Nascimento
1. Saiba sua realidade hoje 2. Identifique e visualize onde você quer chegar 3. Troque o “por quê?” Pelo “para quê?”
DESLIGUE O PILOTO AUTOMÁTICO DA SUA VIDA Em Meu desejo é uma ordem você encontra dicas essenciais para ser o senhor ou senhora do seu próprio destino. Qual a sua realidade hoje ? Você vive o seu próprio sonho ? Este livro te ajudará a identificar se a vida que você vive é a que você escolheu, como focar no seu sonho e buscar sua realização. Com texto didático e informal, esta obra ensina, estimula, comove e entretém.
ISBN: 978-85-66464450
9 788566 464450
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