Nยบ4 PT / DEZ 2013
REVISTA MENSAL E GRATUITA
Ficha Técnica Line & Stylish, Art Magazine Nr Registo ERC – 126385 Proprietário: José Eduardo de Almeida e Silva Editor: José Eduardo de Almeida e Silva NIF: 179208586 Periodicidade: Mensal Morada da redacção: Urbanização do Lidador Rua 17, nr 106 4470-709 – Maia - Portugal Contacto: +351 926 493 792 Director Geral: Eduardo Silva Director Adjunto: Isabel Gore Editor: Eduardo Silva Redacção: José Eduardo Silva Isabel Pereira Coutinho Luís Peixoto Director Técnico: Luís Peixoto Fotografia: Doze Artistas com menos de 35 anos a seguir • Alexey Chizhov - Cortesia • Benjamin Garcia- Cortesia • Chrissy Angliker - Cortesia Foto Chrissy Angliker: ©Jasper Wheeler • Daniel Ochoa and Arcadia ContemporaryCortesia • Eric Pedersen- Cortesia • Federico Infante - Cortesia Foto © Eliza Lamb • Hayv Kahram - Cortesia • Jason Bard Yarmosky - Cortesia • Julien Spianti - Cortesia Foto © Anthony Lycett • Kamalky Laureano - Cortesia • Lionel Smit - Cortesia • Patrick Earl Hammie - Cortesia Fondation Beyeler • © Luise Heuter • © Nic Tenwiggenhorn Fundação Calouste Gulbenkian • Museu Nacional do Azulejo, Lisboa © DirecçãoGeral do Património Cultural/Arquivo de Documentação Fotográfica (DGPC/ADF) – Luísa Oliveira, 2011 • Musée du Louvre, Département des Antiquités Orientales, Paris © Musée du Louvre, Dist. RMN-Grand Palais/ Raphaël Chipault.
• Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa © Fundação Calouste Gulbenkian • Foto: Catarina Gomes Ferreira • Musée d’Orsay, 1989 © 2013 • Nederlands Tegelmuseum Kunstmuseum Wolfsburg • © The Josef and Anni Albers Foundation/VG Bild-Kunst, Bonn 2013 • © Kunsthaus Zürich, donation of Dr. Joseph Scholz Stiftung,© 2013 Kunsthaus Zürich. • München, Bayerische Staatsgemäldesammlungen -Neue Pinakothek © Photo: bpk | Bayerische Staatsgemäldesammlungen • Fondation Beyeler, Riehen/Basel, Beyeler Collection © Photo: Peter Schibli, Basel • Stiftung Moritzburg Halle (Saale) – Kunstmuseum desLandes Sachsen-Anhalt © Photo: Klaus E. Göltz, Halle. • Sound: Franz Pomassl. © Photo: mumok/Lisa Rastl • Museum Frieder Burda, Baden-Baden • © The Estate of Sigmar Polke, Cologne / VG Bild-Kunst, Bonn 2013. • Musée de Cluny, Paris • ©Photo: bpk | RMN - Grand Palais | Franck Raux • Museum Boijmans Van Beuningen, Rotterdam • ©Photo: Studio Tromp, Rotterdam Musée de L’Orangerie • Arquitecto Enrique Garcí Formenti, © Photo Francisco Kochen ,© ADAGP, Paris 2013.Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México, © Photographs : Erik Meza /Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo © image Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco de México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris © Photo Francisco Kochen © ADAGP, Paris 2013 Museum of Biblical Art, Dallas • Juan Carlos Del Valle The Metropolitan Museum of Art • Courtesy of JAR, Paris. • ©Jozsef Tari Photography • © Katharina Faerber Potography 2
O número de Dezembro da Line &Stylish Art Magazine, será recordado pela publicação da primeira lista de preferências artísticas. Algo que envolveu todos os esforços da nossa equipa, dado que pretendíamos fornecer uma visão panorâmica sobre o que está a acontecer no mundo das artes plásticas, sobretudo no que diz respeito aos jovens autores. Como todas as listas, também esta apresenta defeitos, principalmente pela ausência de alguns nomes, mas uma lista é uma lista e o seu valor é muito relativo, contudo é um importante factor para compreender quem a fez. Nesta perspectiva, esta é a primeira vez que, abertamente, exprimimos as nossas preferências estéticas. Contudo, o nosso quarto número, também recupera algumas técnicas e médias, quase esquecidas, como é o caso do azulejo e dos têxteis; o primeiro pode ser visto até 26 de Janeiro 2014, no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa. Dando a oportunidade, tanto a amadores quanto a profissionais de aprenderem e apreciarem o azulejo em toda a sua magnificência, através de uma exposição extremamente bem concebida. Os têxteis e a importância que desempenharam nas artes plásticas podem ser encontrados na exposição apresentada pelo Kunstmuseum Wolfsbourg da Alemanha, intitulada: “Arte e Têxteis; Tecido como Material e Conceito na Arte Moderna de Klimt ao Presente”. Explicando o porquê do papel fundamental que os têxteis sempre desempenharam nas artes Plásticas. Uma vez mais, esperamos que apreciem o nosso trabalho e se tiverem quaisquer dúvidas ou sugestões, por favor, contactem-nos para o nosso mail: info@lineandstylish.com
José Eduardo G. de Almeida e Silva Director Geral Capa: LUIS PEIXOTO 3
ÍNDICE 6.
THOMAS SCHÜTTE
16.
ART&TEXTILES Tecido de Material e Conceito em Arte Moderna de Klimt para o presente
34.
JOIAS POR JAR
42.
O BRILHO DAS CIDADES A ROTA DO AZULEJO
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58.
DOZE ARTISTAS com menos de 35 anos a seguir
132. FRIDA KAHLO / DIEGO RIVERA Arte em fus達o
152.
TEMPTATION Juan Carlos Del Valle
156.
DESTAQUES DE DEZEMBRO
info@lineandstylish.com +351 926 493 792 5
Thomas Schütte 6 Outubro, 2013 – 2 Fevereiro, 2014
Thomas Schütte Walser’s Wife, 2011, verniz sobre alumínio, 65 x 38 x 54 cm © 2013, ProLitteris, Zurich. Foto: Luise Heuter 6
A Fondation Beyeler apresenta Thomas Schütte em exibição de 06 de Outubro,2013 a 2 de Fevereiro,2014. Esta exposição da obra de Thomas Schütte foi organizada em estreita colaboração com o artista, e apresenta uma grande variedade de esculturas, desenhos e aguarelas que fornecem uma visão profunda sobre o trabalho figurativo de Schütte. Mulheres monumentais de aço, grandes espíritos de bronze, figuras caricaturais de modelagem em argila, cabeças de tamanho natural e figuras de cerâmica, retratos em aguarela delicadas, e auto-retratos tirados em frente ao espelho de barbear, tudo isto estará em exibição, reflectindo o amor radical de Schütte da experiência e resistência de categorização. Reunindo obras dos últimos 30 anos, a mostra inclui esculturas interiores e exteriores, obras que não foram vistas em público durante muitos anos, e outras que são novidade. Com as suas pequenas e grandes esculturas em bronze, aço, cerâmica e vidro, Schütte retoma a antiga tradição da escultura figurativa e passa a desenvolver as cabeças e figuras que afirmam o seu lugar irrevogável no presente, tanto na sua proximidade como na sua fabricação. Na entrada do museu está um grupo de Die Fremden ( Os Desconhecidos), que já em 1992 reflectiram a eficácia e versatilidade da manipulação da figura humana de Schütte. Introspectiva, olhos baixos, equipados com malas e bolsas de viagem, as figuras de cerâmica desafiam o vento e o tempo. Estão a chegar ou a partir? São visitantes, refugiados, ou apenas pessoas que viajam por aí?
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A sua série de figuras, como os Inimigos Unidos, têm feito parte da obra do artista ao longo de décadas. As figuras de 1994, modeladas em Fimo, uma marca de plasticina, e depois ligadas, fazem o espectador sentir-se como gigantes com a sua aparência de boneca. Vinte anos depois, as suas esculturas duplas com quase quatro metros de altura de bronze patinado, relegam o espectador a miniaturas. Depois de enfrentar uma figura estranha, mas familiar, os espectadores olham para uma escultura de bronze monumental de origem enigmática. Tais mudanças de escala são um exemplo típico do método de Schütte. As esculturas de Schütte entram em cena como num palco; em vez de serem autônomas e independentes, elas fazem referência ao seu ambiente e ao público. Durante anos, este jogo magistral de monumentalidade e intimidade foi realizado em espaço público, onde as figuras de Schütte são visíveis para todos, seja nativo, turista ou transeunte. As suas esculturas ao ar livre, quer Os Inimigos Unidos à entrada do Central Park de Nova York, quer as de Vater Staat (Estado do Pai) fora da Neue Nationalgalerie, em Berlim, parecem naturalmente integradas no quotidiano da cidade. Isto foi, especialmente, evidente neste verão, no caso da escultura grupo Vier Grosse Geister (Quatro Grandes Espíritos), ocupando três locais em Zurique, Genebra e Berna. Foi exemplo este ano, a continuação de uma tradição da Fondation Beyeler em apresentar a arte a uma vasta audiência do domínio público.
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Thomas Schütte Blumen für Konrad (Flores para Konrad), 1998,tinta sobre papel, 39 x 29 cm © 2013, ProLitteris, Zurich.Foto: Nic Tenwiggenhorn 9
Thomas Schßtte United Enemies, 2011 (detalhe),bronze patinado Š 2013, ProLitteris, Zurich. Foto: Nic Tenwiggenhorn
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Com suas esculturas de pequeno e grande porte em bronze, aço, alumínio, cerâmica, vidro, madeira e cera, Thomas Schütte continua a longa tradição da escultura figurativa que foi posta, profundamente, em causa no século XX, o desenvolvimento de figuras cuja imediatismo do recurso e técnica tornam-nas absolutamente actuais. . Há uma forte ligação entre a arte de Schütte e a Fondation Beyeler, a colecção do museu representa nomeadamente a imagem moderna do homem, com artistas como Paul Cézanne, Henri Matisse, Pablo Picasso, Alberto Giacometti e Francis Bacon. Schütte é um artista que, algumas gerações mais tarde, está de novo a delinear a natureza do ser humano em figuras e cabeças, feitas em circunstâncias bem diferentes.
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Thomas Me Memorial, 2007–2009, cera
Š 2013, ProLitteris, Zurich 12
s Sch端tte amica vidrada,21 x 26 x 55 cm
h.Foto: Nic Tenwiggenhorn 13
Acerca de Th
A viver e a trabalhar em Düsseldorf, o escultor e desenhador alemão Thomas Entre 1973-1981, estudou na Academia de Arte de Düsseldorf, pela primeira período, Düsseldorf, Colônia e Renânia foram o centro de arte mais importan americana teve uma presença maior do que em qualquer outro lugar no co Fischer, onde o jovem Thomas Schütte, ainda desconhecido, teve a sua prime
Era o início de um contínuo desenvolvimento, uma carreira surpreendente. de aparência arquitetônica, mostrados em exposições mas raramente traduzi que foi muito frequentada em 1987 “Documenta 8”.
Em simultâneo com este trabalho conceptual, Schütte tinha começado a dese e cabeças formadas e montadas em vários materiais. Aparentemente, o mom as figuras de cerâmica policromadas de Die Fremden (Os Desconhecidos ) tiv dos seus modelos de construções, Schütte tinha começado a desenvolver uma tema inesperado, e assumiu cada vez mais importância para o artista. Com o t inovadores seriam, dificilmente, imagináveis neste campo. . Desde então Schütte continuou, com lógica e sucesso, o seu trabalho em amb arquitectónicos utópicos e actuais, por outro, mostra novos grupos de figuras e um caminho reconhecível através de toda a obra do artista.
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homas Schütte
Schütte(1954) é um dos artistas mais fascinantes e inovadores da sua geração. vez na classe de Fritz Schwegler, em seguida, com Gerhard Richter. Naquele nte na Europa, onde, por exemplo, a avant-garde, a Arte Minimal e Conceptual ontinente. Um dos focos dessa actividade foi a galeria dirigida por Konrad eira exposição individual em 1981.
No início de 1980, Schütte tornou-se conhecido pelos seus modelos e objetos idos em estruturas reais. Uma excepção foi Eis (gelo), uma espécie de gelataria
envolver uma obra figurativa, no início da qual aparecem figuras minúsculas mento não era propício para encarar este novo tipo de arte - até 1992, quando veram uma grande aclamação durante a “Documenta IX”, em Kassel, ao lado a obra escultórica centrada em torno da figura humana. Na época, este era um tempo, uma obra figurativa impressionante surgiu, cuja radicalidade e traços
bas as áreas. Apresentando-se por um lado como um construtor de modelos e cabeças. As duas actividades estão ligadas por meio de desenhos, que traçam
Fondation Beyeler
Baselstrasse 101 CH-4125 Riehen / Basel Switzerland 15
Art&Textiles Tecido como Material e Conceito na Arte Moderna de Klimt ao Presente 12.10.2013 – 02.03.2014 de Interior / Exterior em 2008, e A Arte da Desaceleração em 2011, esta exposição representa mais um passo na busca do modernismo no século XXI , que o museu tem vindo a desenvolver desde 2006.
Nada, nenhum material, nenhuma técnica é capaz de tocar a nossa existência sensual e mental de forma tão universal como os têxteis, particularmente num momento em que está em perigo de se tornar cada vez menos sensível, devido ao aumento da virtualização. Têxteis com a sua abundância de tecidos e texturas que evoluíram ao longo dos milénios, são o meio ideal para satisfazer esta necessidade de sensualidade.
Esta exposição em grande escala engloba cerca de 170 obras de mais de 80 artistas, entre os quais as grandes pinturas de Gustav Klimt, Vincent van Gogh, Edgar Degas, Henri Matisse, Paul Klee e Jackson Pollock. Mas artefactos cujos criadores permanecem anônimos, também podem ser vistos no espaço de exposição com cerca de 2700 m2, por exemplo, um fragmento têxtil pré-colombiano da colecção de Anni Albers.
O Kunstmuseum Wolfsburg dedica-se, novamente, a um aspecto central da vida humana a partir da perspectiva da arte, numa exposição interdisciplinar multimédia, historicamente de grande envergadura, que engloba as mais diversas culturas. Depois 16
Anni Albers Black-White-Gold I, 1950, Algodão, juta e fita metálica,63,5 x 48,3 cm © Fundação Josef e Anni Albers /VG Bild-Kunst, Bonn 2013 17
Philippe de Champaigne Le linceul de Veronica, antes 1654, óleo sobre tela ,70,5 x 56 cm Kunsthaus Zürich, doação de Joseph Scholz Stiftung © 2013 Kunsthaus Zürich 18
Edgar Degas La Repasseuse, ca. 1869, 처leo sobre tela,92.5 x 73.5 cm M체nchen, Bayerische Staatsgem채ldesammlungen -Neue Pinakothek Foto: bpk | Bayerische Staatsgem채ldesammlungen 19
expostos, apenas se encontram em museus etnográficos como, por exemplo, Kuba um tecido fino Africano.
A nossa investigação sobre o significado dos têxteis, envolve também uma espécie de “releitura” da história da arte moderna desde a Art Nouveau até ao presente. A separação moderna entre arte aplicada e arte resultou na exclusão sistemática, durante décadas, de todo o artesanato do cânon da história da arte. No processo, o modernismo delineou os impulsos decisivos dos laços entre arte e artesanato.
A sua abordagem abrangente faz da “Art & Textiles” uma exposição fundamental. As origens e suplemento complementar podem ser encontrados, em contrapartida, na exposição Ornamento e Abstracção, 2001(Fondation Beyeler) que examinou o significado do ornamento para o desenvolvimento da arte abstracta. O patrono intelectual desta mostra foi o historiador de arte vienense Alois Riegl, cuja história da forma universal de 1893 levou, desde os primeiros padrões da humanidade, para o motivo de lótus egípcio e o palmette grego e, depois, para o ornamento arabesco. A tese da exposição foi a de que eles podem ser rastreados ainda mais na arte abstrata. Ao fazer isso, Riegl respondeu a Gottfried Semper, que em 1863 encarou a tecnologia e a forma de lidar com o material, como a origem das formas e símbolos. “A Forma segue o material”: Esta é a fórmula que pode ser aplicada ao projecto da “Art & Textiles”
Aqueles que esperam ser confrontados, principalmente, com tecidos nesta exposição, ficarão surpreendidos. Os visitantes não só vão encontrar obras de arte feitas de tecidos, por exemplo, as típicas fotos de malha tricotada por Rosemarie Trockel, mas também pinturas ilustrando têxteis, como a roupa pendurada “Woman Ironing” (Mulher a passar a ferro) de Edgar Degas, ou o sumptuoso Ball-Entrée, que envolve Marie Henneberg numa nuvem têxtil no seu retrato, feito por Gustav Klimt (1901). Os vídeos lidam com a noção do têxtil (Kimsooja) ou mergulham o espectador num universo de malhas em mudança constante (Peter Kogler). Os objectos 20
La broderie Tapisserie faisant partie de la vie seigneuriale (Tapeçaria que fazia parte da vida senhorial da Idade Média) ca. 265 x 224 cm Musée de Cluny, Paris Foto: bpk | RMN - Grand Palais | Franck Raux 21
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Paul Klee Sem TĂtulo [Gefangen/Diesseits - Jenseits/Figur],ca.1940 Ă“leo ,desenho com pasta colorida sobre juta ,55.2 x 50.1 x 2 cm Fondation Beyeler, Riehen/Basel, Beyeler Collection Foto: Peter Schibli, Basel 23
Gustav Klimt Retrato de Marie Henneberg, 1901/02, óleo sobre tela, 140 cm × 140 cm Stiftung Moritzburg Halle (Saale) – Kunstmuseum desLandes Sachsen-Anhalt Foto: Klaus E. Göltz, Halle
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(Sigmar Polke), Fluxus (Joseph Beuys), bem como a Arte Minimal (Agnes Martin). “Art & Textiles” foi muito estigmatizada, em si, como sendo um mero artesanato e julgado como um “assunto de mulheres”, associado ao trabalho doméstico até ao momento em que Rosemarie Trockel produziu as suas primeiras fotos de malha, no início de 1980, reavaliando o clichê da indústria têxtil como uma forma específica de género de expressão. O capítulo “Spider Women” é, portanto, dedicado aos protagonistas mais importantes da arte feminista, ao lado de Trockel, Louise Bourgeois, Mona Hatoum e Ghada Amer. Desde então, os artistas expandiram, consideravelmente, a gama de significados do têxtil, e a produção de arte actual é praticamente intercalada com trabalhos feitos a partir de fios e tecidos, esculturas de costura e instalações de crochê.
A exposição “Art & Textiles” começa durante o período agitado da Art Nouveau, quando artistas e designers, como William Morris e Henry van de Velde começaram, em Paris, Bruxelas, Londres e Viena, a quebrar a hierarquia entre arte e artesanato em favor de um projecto global. O têxtil também foi o elo de ligação com a pintura que estava no processo de se tornar abstracta após Édouard Vuillard, Henri Matisse e Gustav Klimt. O visitante segue o fio de ouro da exposição à Bauhaus nas cidades alemãs de Weimar e Dessau, onde o design têxtil chegou a um ponto alto inicial, e as bases para a tão chamada arte da fibra, foram estabelecidas. Mas foi menos a proclamação de um movimento de arte independente que se mostrou mais frutífero do que o uso, cada vez mais evidente, de tecidos como meio, técnica, material e conceito na arte avant-garde, por exemplo, no Material e Arte AntiForma (Eva Hesse), Soft e Pop Art 25
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Vincent van Gogh A Weaver´s Cottage, 1884 Óleo sobre tela de madeira,47 x 61,3 cm 1237 (MK) Museum Boijmans Van Beuningen, Rotterdam Foto: Studio Tromp, Rotterdam 27
Sigmar Polke Tree of Life, 1983 Acrílico sobre tecido,180 x 150 cm Museum Frieder Burda, Baden-Baden © The Estate of Sigmar Polke, Cologne / VG Bild-Kunst, Bonn 2013 28
compreender o World Wide Web como uma espécie de tear da era da Internet.
Mas o “textile cosmos” estende-se muito para além da esfera da arte carregando,fundamentalmente, sobre a nossa apropriação do mundo. “Ser humano é ser envolvido com pano”, diz o estudioso têxtil Beverly Gordon. Os têxteis acompanham-nos, literalmente, durante toda a nossa vida, desde a fralda até à mortalha. Como Gottfried Semper já determinou em 1860, a fiação e tecelagem dizem respeito a uma técnica primitiva , a partir da qual todas as outras artes se desenvolveram. “A Civilização existe em primeiro lugar”, Hartmut Böhme explica, “quando se tenha dominado as técnicas culturais de ‘ligação’ e ‘conexão’.” “ O tear Jacquard, este arquétipo exemplar da industrialização, introduziu o princípio de cartões perfurados, tornando-se num protótipo da cultura pictórica digital. Esta analogia, altamente tópica de tecelagem mecânica e processamento digital, leva-nos a
A exposição no Kunstmuseum Wolfsburg prossegue também, com a questão da participação das técnicas têxteis no nascimento de abstracção. A estrutura ortogonal da tecelagem encontra o seu equivalente no padrão de grade rectangular, que conquistou a pintura moderna no final de 1920 (Piet Mondrian).“Art & Textiles” também presta especial atenção para a segunda ocorrência principal na arte moderna, ou seja, a saída da pintura a partir da imagem para o espaço. A exposição traça o “ Fio a partir da imagem para o espaço”, baseado em instalações históricas, para além dos que foram produzidos para esta ocasião (Leonora Tawney, Fred Sandback, Chiaru Shiota, Peter Kogler).
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Installat Peter Kogler,Se
Som: Fran Foto: Š mum 30
tionview em tĂtulo, 2008
nz Pomassl mok/Lisa Rastl 31
O maior capítulo, mostrando exposições de África, América do Sul e Oriente, é dedicado ao diálogo intercultural. A universalidade dos têxteis torna-os numa espécie de linguagem mundial. A “Arte Global”, que é, supostamente, não mais orientada para o conceito ocidental de arte, está a ser discutida em todos os lugares. Mas como deveria ser exibida por um mundo de arte ainda pró-ocidental? Museus etnológicos e museus de arte não-europeia, por exemplo, o futuro Humboldtforum em Berlim, devem colocar esta questão a si mesmos. O Kunstmuseum Wolfsburg sugere o seu próprio modelo de apresentação desta exposição, que se baseia na combinação de objectos de diversos contextos de arte histórica e cultural. O sistema de parede Wolfsburg facilita uma encenação versátil da exposição, e até, ocasionalmente, torna-se numa exposição em si mesmo, por exemplo, na constetação do único Café Samt & Seide construído em Berlim em 1927, por Lilly Reich e Mies van der Rohe.
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Lista de Artistas Magdalena Abakanowicz, Nevin Aladag, Anni Albers, Ghada Amer, El Anatsui, Burak Arikan, Gertrud Arndt, Joseph Beuys, Pierrette Bloch, Alighiero e Boetti, Pierre Bonnard, Louise Bourgeois, Louis Cane, Philippe de Champaigne, Edgar Degas,Sonia Delaunay-Terk,Birgit Dieker, Frauke Eigen, Noa Eshkol, Friederike Feldmann, Lucio Fontana, Mariano Fortuny, Imi Giese, Domenico Gnoli, Vincent van Gogh, Sonia Gomes, Sebastian Hammwöhner, Mona Hatoum, Olaf Holzapfel, Pieter Hugo, Johannes Itten, Sergej Jensen, Mike Kelley, Bharti Kher, Anselm Kiefer, Kimsooja, Paul Klee, Gustav Klimt, Imi Knoebel, Peter Kogler, Yayoi Kusama, Liz Larner, Max Liebermann, Man Ray, Piero Manzoni, Brice Marden, Agnes Martin, Henri Matisse, Claude Mellan, Mario Merz, Ludwig Mies van der Rohe, und Lilly Reich, Piet Mondrian François Morellet, Robert Morris, William Morris, Koloman Moser, Blinky Palermo, Janet Passehl, Michelangelo Pistoletto, Sigmar Polke, Jackson Pollock, Jessica Rankin, Robert Rauschenberg, Gerhard Richter, Jens Risch, Christian Rohlfs, Reiner Ruthenbeck, Robert Ryman, Fred Sandback, Viviane Sassen, Chiharu Shiota, Yinka Shonibare, Katharina Sieverding, Pierre Soulages, Sophie Taeuber-Arp, Dorothea Tanning, Lenore Tawney, Joaquín Torres-García, Rosemarie Trockel, Heinrich Wilhelm Trübner, Félix Vallotton, Henry van de Velde, Édouard Vuillard, Andy Warhol, Pae White, Wols
Kunstmuseum Wolfsburg Hollerplatz 1 38440 Wolfsburg Germany 33
Joias
por
20 Novembro, 2013 – 9 Março 2014 Gallery 913
JAR A exposição será a primeira dedicada a um artista contemporâneo de joias no Metropolitan Museum, e contará com uma selecção das melhores peças de JAR, desde joias em forma de flores clássicas e formas orgânicas até “objets d’art” espirituosos, tudo executado com as mais requintadas pedras preciosas, incluindo diamantes, safiras, granadas, topázios, turmalinas, citrinos, numa combinação original de cores. As criações, únicas no género, de Rosenthal colocam-no entre os maiores joalheiros da história. A exposição será a primeira retrospectiva do seu trabalho na America; a única outra grande exposição do trabalho de Rosenthal foi realizada em 2002 na Somerset House, em Londres.
Esta exposição contará com mais de 400 obras de um dos designers de joalheria mais aclamados dos últimos 35 anos, Joel A. Rosenthal que trabalha em Paris sob o nome de JAR. Nascido em Nova York e educado em Harvard, Rosenthal mudou-se para Paris logo após sua formatura, em 1966, e começou a experimentar fazer joalheria. JAR inaugurou em 1978 na Place Vendôme, no mesmo espaço que ocupa hoje. No início da sua carreira, Rosenthal revelou o seu excelente sentido de cor, seja na tonalidade de um exótico violeta safira, no brilho do topázio e rubi, ou na simples claridade de um diamante perfeito. As suas obras, rapidamente, tornaram-se conhecidas pelo seu design único, pela qualidade das suas pedras, e pela sua habilidade notável, mas acima de tudo, pela sua beleza destemida. É conhecido pela sua técnica “ pavé” –colocação de pequenas pedras muito juntas, dando o efeito de uma superfície contínua de joiasusando gradações subtis de cor, para criar um efeito de pintura.
The Metropolitan Museum of Art 1000 Fifth Avenue New York, New York 10028-0198 NY 34
JAR
Lilac Brooches,2001
Diamantes, safiras lilás, granadas, alumínio, prata e ouro Colecção privada Fotografia de Jozsef Tari. Cortesia de JAR, Paris.
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JAR
Bracelet, 2010
Diamantes, prata e platinium Colecção privada Fotografia de Jozsef Tari. Cortesia de JAR, Paris.
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JAR
Cameo and Rose Petal Brooch, 2011 Rubis, diamantes, prata, ouro Colecção privada Fotografia de Jozsef Tari. Cortesia de JAR, Paris.
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JAR
Colored Balls Necklace,1999
Rubis, safiras, esmeraldas, ametistas, espinéis, granadas, opalas, turmalinas, águas-marinhas,citrinos, diamantes, prata e ouro Colecção privada Fotografia de Jozsef Tari. Cortesia de JAR, Paris.
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JAR
Poppy Brooch,1982
Diamante, tourmalines e ouro Colecção privada Fotografia de Katharina Faerber. Cortesia de JAR, Paris.
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JAR
Zebra Brooch,1987
Ágata, diamantes, uma safira, prata e ouro Colecção privada Fotografia de Katharina Faerber. Cortesia de JAR, Paris.
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O BRILHO DAS CIDADES A ROTA DO AZULEJO
25 Outubro 2013 – 26 Janeiro 2014
Curadoria: João Castel-Branco Pereira e Alfonso Pleguezuelo
Uma fascinante viagem pelo mundo do azulejo é a proposta de uma exposição inédita que o Museu Gulbenkian apresenta até dia 26 de Janeiro de 2014, e que junta quase duas centenas de peças desde a Ásia Central até à Europa Ocidental, oriundas de museus e coleções nacionais e internacionais de referência. É, com efeito, a primeira vez que internacionalmente se põe em diálogo o azulejo, ornamento e proteção da arquitetura, produzido em tão diversas culturas, desde o Antigo Egito até aos nossos dias.
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“Minerva” Painel mitológico, Lisboa, 2º quartel do século XVIII (c. 1725-1759)
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa © Direcção-Geral do Património Cultural/Arquivo de Documentação Fotográfica (DGPC/ADF) – Luísa Oliveira, 2011
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O Brilho das Cidades. A rota do azulejo constitui uma oportunidade para confirmar o modo original como os portugueses se relacionaram com esta arte que os acompanha desde finais do século XV e que, de tão presente no quotidiano, é reconhecida como parte da sua identidade. Ao mesmo tempo permite conhecer o modo como esta técnica se atualizou e adaptou aos novos gostos, e também o modo como outros povos tiraram partido deste objeto para enriquecer os seus espaços. A referência no título da exposição, à rota do azulejo, reenvia para uma das ideias-chave do projeto: a constatação das influências culturais de outros povos, por vezes tão distantes, e a aceitação de outros gostos transmitidos pelos homens, que durante centenas de anos percorreram longos caminhos para trocar objetos. Após uma breve apresentação das primeiras cerâmicas vidradas da arquitetura, a exposição responde a um critério estético que aborda aspetos partilhados por variados centros produtivos, com obras de diferentes momentos históricos. As secções em que se agrupam as obras abordam questões como o mito da cerâmica dourada, as conquistas da geometria, a importância da heráldica, o peso da cultura figurativa clássica, o valor da mitologia cristã, a mimese ou a estilização da Natureza, o reflexo dos géneros da grande pintura europeia, a influência dos tecidos, a sedução que o Ocidente sempre sentiu pelo Oriente ou a representação da utopia e do quotidiano. O objetivo da mostra não é oferecer uma panorâmica histórica no sentido académico, mas sim evidenciar os atrativos de um património comum e partilhado e que simboliza uma fértil ponte cultural entre Oriente e Ocidente, que tanto fascinou Calouste Gulbenkian. A exposição compreende cinco núcleos temáticos que juntam obras de variada procedência geográfica e que nos revelam como, apesar de diferenças de natureza social, política, religiosa e cultural, gerando matizes internos, há muitas vezes confluências nas abordagens e nos resultados. 44
“Painel de Azulejos” Iznik, Turquia, c. 1575
Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa © Fundação Calouste Gulbenkian/Foto: Catarina Gomes Ferreira
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1. NAS ORIGENS
No Egito, na Mesopotâmia, na Assíria e na Pérsia surgiram manifestações da aplicação da cerâmica à arquitetura, que conheceram uma enorme expansão e deram origem a uma história brilhante e duradoura. Como noutros domínios, Bizâncio desempenhou um papel essencial, estabelecendo a ponte entre o Oriente e o Ocidente, entre a Antiguidade e a Idade Média, entre o mundo cristão e o mundo islâmico. A enigmática cerâmica dourada, a prodigiosa complexidade geométrica dos alicatados (mosaicos cerâmicos), o aperfeiçoamento técnico do fabrico e o protagonismo que os azulejos assumem em interiores e exteriores arquitetónicos são algumas das grandes contribuições dos países mediterrânicos para o domínio da cerâmica.
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2. PAREDES QUE FALAM
Ao longo da Idade Média, o islão e o cristianismo encontraram nos textos sagrados não só a base das suas crenças, como também um terreno fecundo para a expressão estética. A caligrafia foi para o mundo islâmico um dos seus géneros artísticos mais importantes. Os textos inscritos nas paredes das arquiteturas religiosas converteram-na num grande livro aberto em que os crentes recordavam as verdades da sua fé. Os espaços públicos, especialmente na Idade Moderna, também se converteram em lugares carregados de mensagens icónicas, avisos e advertências com finalidades diversas. A heráldica, as informações de interesse público, as informações de propriedade dos edifícios, a propaganda política ou os interesses comerciais são alguns dos móbeis desta arquitetura escrita e desenhada.
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“Azulejo representando busto de jovem” Pérsia, Ispaão, c. 1620, período safávida
Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa © Fundação Calouste Gulbenkian/Foto: Catarina Gomes Ferreira
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3. ORNATO E MENSAGEM
Não só as mensagens alfabéticas ou simbólicas podem ser lidas e interpretadas. Os ornamentos também informam sobre os povos e as suas culturas, formas aparentemente triviais, mas que estão carregadas de valores e crenças menos evidentes. Há intenções deliberadas na própria escolha das fontes de inspiração deste universo decorativo, nas transformações plásticas a que são submetidas as formas da Natureza, na beleza da sua própria geometria subjacente, na repetição infinita dos motivos, nos ornamentos fantasiosos que evocam gloriosos tempos passados ou nos adornos exóticos que remetem para remotas e lendárias culturas.
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“Painel de revestimento mural” Entre 1876 e 1877 Paris
Musée d’Orsay, don de la Société des Amis du Musée d’Orsay, 1989 © 2013. White Images/Scala, Florence. William Morris (1834-1896) e William Frend De Morgan (1839-1917)
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4. POÉTICAS NARRATIVAS
É o vínculo entre arte e literatura que, nos países do Mediterrâneo, proporciona as chaves de entendimento das poéticas narrativas, desde o mundo antigo até ao presente. As grandes epopeias do passado definiram os arquétipos dignos de emulação e penetraram no conhecimento profundo da alma humana. Os mitos gregos e romanos, as histórias bíblicas, as vidas e mortes de profetas e mártires, os grandes heróis da literatura universal, os paraísos perdidos e os desejados e também as pequenas histórias quotidianas dos mortais – tudo encontra eco e reflexo nestas grandes e pequenas páginas ilustradas com cores resplandecentes que são os painéis de azulejos.
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“Arqueiro” “Painel de tijolo vidrado” Irão, Susa, reinado de Dário I, período aqueménida
Musée du Louvre, Département des Antiquités Orientales, Paris © Musée du Louvre, Dist. RMN-Grand Palais/ Raphaël Chipault
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“Pav
Alemanha, Kand
© Nederlands Tegelmuseum, Otterlo Proveniência: Casa Kareol e demolida em 1979, Ma
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vão”
dern, 1908-1910
em Aerdenhout (Haarlem, Holanda), construída entre 1906-1910, ax Laeuger (1864-1952)
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5. PRESENTE E FUTURO
O azulejo não é apenas testemunho do passado. As suas virtudes funcionais, a capacidade de adaptação a novas linguagens, a versatilidade para dar resposta a novas realidades, novas estéticas e novos valores éticos e religiosos favoreceram a sua persistência no mundo moderno. A Revolução Industrial do século XIX possibilitou, com a produção em massa, a sua democratização, mas também uma disseminação não raras vezes desqualificada, tendo gerado reações entre setores mais exigentes da população e entre os artistas criativos. Todos devolveram ao azulejo a sua enorme potencialidade estética sob a forma de obras únicas ou de protótipos multiplicáveis de elevado nível artístico.
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Entre as instituições internacionais que cederam obras para esta mostra destacam-se o Museu do Louvre, o Museu d’Orsay, o Museu de Artes Decorativas; o Museu do Quay Branly e o Centro Pompidou, Paris; o Museu Nacional de Cerâmica, Sèvres; o Museu Nacional da Renascença, Écouen; o Instituto Valencia de Don Juan, Madrid; o Museu de Belas-Artes, Sevilha; o Museu do Design de Barcelona e o Museu Nacional de Cerâmica González Martí, de Valência; os Museus Reais de Arte e de História, Bruxelas; o Museu Municipal da Haia e o Museu Boijmans-van Beuningen, Roterdão. Para além das peças do Museu Gulbenkian, estão incluídas obras importantes de outros museus portugueses: Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra; Museu Nacional do Azulejo, Museu de Artes Decorativas Portuguesas – Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, Museu Bordalo Pinheiro e Museu da Cidade, Lisboa; Museu de Alberto Sampaio, Guimarães; Museu de Évora; Museu de Lamego; Museu Municipal de Faro; Coleção Berardo, Bacalhoa, Sangalhos e Funchal, bem como de coleções particulares. A exposição, organizada pelo Museu Calouste Gulbenkian, é comissariada pelo seu diretor, João Castel-Branco Pereira, e por Alfonso Pleguezuelo, professor catedrático da Universidade de Sevilha.
Fundação Calouste Gulbenkian Sala de Exposições Temporárias da Sede Fundação Calouste Gulbenkian Avenida Berna 45, 1067-001 Lisboa 57
Doze Artistas
com menos de 3
Não se trata de um concurso e muito menos de uma espécie de guia de investim capazes de duplicar dinheiro num só ano e, obviamente, não é uma lista dos propaganda barata, eles também não. A nossa intenção é mostrar, através dele apercebemos disso. Assim, foi com grande orgulho que nos empenhamos a tr experiências.
Todos eles estão aqui, não por serem os futuros Mestres do Universo, mas si na execução e, simultaneamente, poder relembrar aos curadores, colecionad só pela escolha de cores e composições, mas também pela capacidade de com décadas de cegueira, recuperar o conceito de “Talento”. Sei que isto pode não s um artista, porque aquela coisa invisível chamada Talento, faz toda a diferen dom que liga estes doze jovens pintores, independentemente da expressão ar
Como acima referi, isto não é um concurso, razão pela qual os artistas são me nas páginas seguintes não tem nenhum segredo implícito. O mesmo poderia um e uma pequena nota biográfica. Com este procedimento, esperamos dar a de um artista, no sentido de adquirir um conhecimento profundo e pessoal s Para: Alexey Chizhov, Benjamin Garcia, Chrissy Angliker, Daniel Ochoa, Er Spianti, Kamalky Laureano, Lionel Smit, Patrick Earl Hammie, Obrigada por tornarem este mundo, num lugar um pouco mais interessante 58
35 anos a seguir
Por: José Eduardo Silva
mento para colecionadores perversos à procura de jovens artistas emergentes, s jovens artistas mais “bem-parecidos” de 2013. Não precisamos desse tipo de es, como a pintura está a mudar de forma tão evidente que, por vezes, não nos rabalhar duramente para juntar doze Artistas de diferentes países, culturas e
im porque o seu trabalho merece ser exaltado pela qualidade e originalidade dores e críticos de que para se ser um artista é preciso saber como fazê-lo, não municar ideias e jogar com as emoções do observador e, ao fim de quase cinco ser justo nem democrático, mas só alguns de nós tem a competência para ser nça…. claro que o trabalho dá uma ajuda preciosa, mas não é suficiente. É este rtística usada nos seus trabalhos.
encionados por ordem alfabética, o que significa que a forma como aparecem a ser dito acerca da apresentação individual, onde publicamos 3 fotos de cada aos leitores interessados a possibilidade de obterem mais informação acerca sobe o trabalho e o seu autor, sem a necessidade de aceitar ideias de terceiros. ric Pederson, Federico Infante, Hayv Kahram, Jason Bard Yarmosky, Julien para se envelhecer. 59
Alexey Chizhov Alexey Chizhov nasceu em 1980, em Leningrado (St. Petersburgo), Rússia, onde continua a viver e a trabalhar. Estudou Psicologia da História de Arte na Universidade de Herzen e, mais tarde, completou os seus estudos em pintura na Academy of Fine Arts em St. Petersburgo. O seu trabalho tem vindo a ser exibido em inúmeras exposições, estando representado em colecções públicas e privadas na Rússia e estrangeiro. Exposições:2013 «Fields of Peace» Erarta, St. Petersburg, Russia.2012 «Between Heaven and Earth» Rizzordi Art Foundation, St Petersburg, Russia - «Social Networks» Erarta, St. Petersburg, Russia - «Archipelago Baltia» na Bienal do Baltico - Rizzordi Art Foundation, St Petersburg, Russia - 2012 «A natural paradise» Erarta, Londres. 2011 «Stability» Erarta, St. Petersburg, Russia. 2010 «Black Gold» gallery «Kitchen». http://alexeyChizkov.ru Tradução: L&S
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Morpheus, 2008
Óleo sobre tela, 150х100 cm Cortesia ALEXEY CHIZHOV
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Orpheus and Eurydice, 2011
Ă“leo sobre tela, 250x500 cm Cortesia ALEXEY CHIZHOV
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Orpheus and Eurydice, 2011
Ă“leo sobre tela, 250x500 cm Cortesia ALEXEY CHIZHOV
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Benjamin Garcia “Nasci na Venezuela (1986) e licenciei-me no Instituto de Desenho de Caracas, com a especialização em ilustração para animação de 2d/3d, antes de me dedicar à pintura a tempo inteiro. As minhas primeiras influências vieram de artistas cómicos como, Moebius e Bill Sienkiewicz e, mais tarde, por Lucien Freud. A minha atenção centra-se em retratos com uma linguagem estética que é, implicitamente, escura e subtilmente surreal, com uma abordagem aos meus assuntos que são, muitas vezes, subjectivos e intensos. O meu estilo é muito inspirado pelas imagens nebulosas e obscuras da mente, encontrando nesta o seu verdadeiro fundamento” http://beng-art.com Tradução: L&S
Benjamin Garcia Cortesia Benjamin Garcia
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“I’m not living, I’m just killing time”, 2013 Óleo sobre tela, 140 x 140cm Cortesia Benjamin Garcia
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” I thought I was someone else, someone good”, 2013
Óleo sobre tela, 130 x 100cm Cortesia Benjamin Garcia
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“Netty”, 2013
Óleo sobre tela, 130 x 150cm Cortesia Benjamin Garcia
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Chrissy Angliker Chrissy Angliker é uma artista suíça sedeada em Brooklyn. Nasceu em Zurique, Suíça, e foi criada em Greifensee e Winterthur. As suas inclinações artísticas surgiram desde muito cedo. A partir de 1996, teve a sorte de estudar com o artista russo Juri Borodatchev, que se tornou seu mentor artístico durante vários anos. Em 1999, com 16 anos, Chrissy mudou-se para os EUA para estudar Belas Artes na Walnut Hill School, em Natick, Massachusetts. Em 2002, Chrissy teve a sua primeira exposição individual na Galeria Juri em Winterthur, Suíça. Tentando alargar a sua forma de expressão, tirou uma licenciatura em Desenho Industrial no Pratt Institute em Brooklyn, Nova Iorque. Os conhecimentos lá adquiridos, incluindo a concepção tridimensional, as relações entre objectos, e a criação da personagem através de forma, continuam a influenciar a sua obra de arte. Após a sua pós-graduação a trabalhar na área de design e expressão criativa, Chrissy regressou à pintura em 2008. A arte de Chrissy está focada em traduzir, visualmente, a percepção de si mesma em relação ao mundo. www.chrissy.ch
Tradução: L&S
CHRISSY ANGLIKER Foto: Asper Wheeler Cortesia Chrissy Angliker
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“Fall Self-Portait”
48” x 48”. Acrílico sobre tela , 2013 Cortesia Chrissy Angliker
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“Last Days of Summer”
36” x 48”. Acrílico sobre tela , 2013 Cortesia Chrissy Angliker
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“Flower Power”
48” x 48”. Acrílico sobre tela , 2013 Cortesia Chrissy Angliker
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Daniel Ochoa Daniel Ochoa é um artista Americano, nascido em 1980, e originário do Norte da Califórnia. Presentemente trabalha em Brooklyn, Nova Iorque. É representado pela Arcadia Contemporary, NY, NY. Hespe Gallery, San Francisco, CA. e Julie Nester Gallery, Park City, UT. “A experiência que tive ao crescer numa família bicultural, alimentou o imaginário e qualidade emocional do meu trabalho. O meu pai é um imigrante do México, e a minha mãe, uma americana branca. Com o tempo, comecei a reconhecer dicotomias culturais e conjugar pontos de vista discordantes, com base no contexto. Com um sentido constante de mudança de identidade, exploro as imagens através do meu trabalho, informado por fotos, emoções e memória. Na pintura em camadas, uso técnicas de mascaramento para desordenar qualidades formais, tais como a abstração, representação realista. Recentemente, baseei-me em imagens do Google Street View, redes sociais e combinação de elementos divergentes que sugerem uma realidade pluralista, colmatando o contexto histórico da pintura, perspectiva pessoal e a influência da tecnologia na construção de imagens “. - Daniel Ochoa www.danielochoa.com
Tradução: L&S
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“Esperando at Night”
Óleo e técnica mista sobre tela, 34”x 39” Cortesia Arcadia Contemporary
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“High Street Entrada”
Óleo e técnica mista sobre tela, 42”x50” Cortesia Arcadia Contemporary
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“Union Street Entrada” Óleo e técnica mista sobre tela, 48”x36” Cortesia Arcadia Contemporary
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Eric Pedersen Eric Pedersen nasceu em 1981, na área metropolitana de Detroit, Michigan. Vinte e três anos mais tarde, mudou-se para Los Angeles, onde actualmente vive e trabalha. Em 2009 licenciou-se na Los Angeles Academy of Figurative Art. Em 2013 foi aceite no Masters Program na New York Academy of Art. Exposições individuais e colectivas selecionadas: 2014, Arcadia Gallery “New Artists” New York New York - 2013, Katherine Cone Gallery “Sleeping Giants” Los Angeles California / Arcadia Gallery “LA Art Show” Los Angeles California / Arcadia Gallery “Small Works” New York New York / Katherine Cone Gallery “Rouge” Los Angeles California / 2013, Katherine Cone Gallery “Selfish” Los Angeles California / Q Art Salon, “Group Show” Santa Ana California / Maxwell Alexander Gallery, “Still, Life, and Land” Los Angeles California / Q Art Salon, “Figured Out” Santa Ana California – 2012 LAAFA Gallery, “The Figure” Santa Monica California / LAAFA Gallery, “Faces” Santa Monica California / Art Share LA, “The Karma Underground” Los Angeles California / Lancaster Museum of Art and History, “The Contemporary Figure: Past Presence” Lancaster California / Bergamot Station Arts Center, “Embody” Santa Monica California / Linus Gallery, “Nude but Not Rude” Pasadena California – 2010 Artwalk “LAAFA Graduation show” Los Angeles California - 2008, Gallery Nucleus, “LAAFA group show” Alhambra California - 2007, Gallery Nucleus, “LAAFA group show” Alhambra California http://www.ericpedersenart.com/bio
Tradução: L&S
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“Cheetham” 2013
Óleo sobre polyflax em painel de alumínio 12 x 18 in. (30.5 x 46 cm.) Cortesia Eric Pedersen
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“Zero Nine Two One One Nine Eight Eight” 2012 Óleo sobre tela em painel de alumínio, 77 x 96 in. (195.5 x 244 cm.) Cortesia Eric Pedersen
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“The Untitled Painting of Sarah Sleeping” 2011 Óleo sobre tela , 78 x 112 in. (198 x 284.5 cm.) Cortesia Eric Pedersen
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Federico Infante Federico Infante é um artista Chileno, que vive e trabalha em Nova Iorque. Recebeu o seu BFA pela Finis Terrae University (Santiago, Chile) em 2002, e licenciou-se na Primavera de 2013 com o MFA em Ilustração pela Visual Arts School de Nova Iorque. “Cresci num lugar onde fui forçado a desenvolver os meus poderes de contemplação. A magnificência da paisagem chilena muda e desafia a sua perspectiva. Isso fez-me pensar, com clareza, sobre a minha decisão em me tornar artista. Para mim, este foi o caminho certo. Nova Iorque e os seus habitantes têm alterado o meu processo criativo, de uma forma bonita e positiva. Escondidas nesta cidade, estão as imagens mais misteriosas que alguma vez pude imaginar. O desafio de uma nova pintura está na novidade de um novo dia” – Federico Infante http://federicoinfante.com
Tradução: L&S
FEDERICO INFANTE Foto: Eliza Lamb
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“The writer” , 2013 Acrílico sobre tela, 70 x 48 Cortesia Federico Infante
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“ Untitled “,2013
Acrílico sobre tela, 40 x 50 inch Cortesia Federico Infante
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“Fall” 2013
Acrílico sobre tela, 48 x 100 inch Cortesia Federico Infante
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Hayv Kahram Hayv Kahraman nasceu em Bagdad, Iraque (1981), presentemente vive e trabalha em Los Angeles. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições em todo o mundo, incluindo Echoes: Islamic Art e Contemporary Artists, Nelson-Atkins Museum, Kansas City; Jameel Prize 2011 – Shortlist Exhibition, Victoria e Albert Museum, Londres. Expôs no Museum of Fine Arts, Houston; Cantor Center, Stanford University; Fertile Crescent, Paul Robeson Center para Arts, Princeton; Newtopia: State of Human Rights, Kazerne Dossin Museum, Mechelen, Bélgica. Foi finalista no prémio Jameel Prize 2011 no Victoria e Albert Muesum. Exposições individuais recentes incluem: Let the Guest be the Master, Jack Shianman gallery, New York, Extimacy, Third Line Gallery, Dubai, Seven Gates, Green Cardamom, Londres. O seu trabalho figura em várias colecções públicas, incluindo a Embaixada Americana em Bagdad; Fundação Barjeel Art, Sharjah; MATHAF Museu de Arte Moderna, Doha; e a colecção Rubell Family, Miami. http://hayvkahraman.com/
Tradução: L&S
Hayv Kahram Cortesia Hayv Kahram
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“Corporeal Mappings”, 2011 Óleo sobre painéis móveis, 80x80x5 Cortesia Hayv Kahram
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“Bab el Sheikh”, 2013
Óleo sobre painéis de aluminio,103x170” Cortesia Hayv Kahram
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“Collective Cut”, 2009
Óleo sobre tela, 42x68” Cortesia Hayv Kahram
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Jason Bard Yarmosky Jason Bard Yarmosky nasceu em 1987, em Poughkeepsie, Nova Iorque. Yarmosky começou a desenhar em criança. Em 2010, graduou-se com um BFA pela School of Visual Arts em Nova Iorque. Com a sua atenção focada em pintar os seus avós, Yarmosky dedica os seus esforços a explorar o conceito de envelhecimento. As suas pinturas e desenhos têm sido exibidos e colecionados nos Estados Unidos e em todo mundo. O seu trabalho tem aparecido em numerosas publicações como, Azart Magazine, American Art Collector, Fine Art Connoisseur, American Artist Drawing, New American Paintings, High Fructose e Huffington Post. No Inverno passado foi o vencedor do Prémio Elizabeth Greenshields http://www.jasonyarmosky.com/
Tradução: L&S
Jason Bard Yarmosky Cortesia Yarmosky
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“Trick or Treaters” Óleo sobre tela, 80”x65” Colecção Particular Cortesia Jason Bard Yarmosky
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“The Boxer”, 2012 Óleo sobre tela 72”x60” Colecção Particular Cortesia Jason Bard Yarmosky
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“Sleep Walking”, 2013 Óleo sobre tela 83”x73” Colecção Privada Cortesia Jason Bard Yarmosky
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Julien Spianti Julien Spianti, nasce em 1982 em Chartres, França indo para Paris para estudar Filosofia. Em 2004 tirou o mestrado em Filosofia Estética pela Sorbonne, mas o facto de ter lido Rilke, convenceu-o a dedicar-se exclusivamente à arte e criação, desistindo dos seus estudos académicos. Depois, realizou vários vídeos experimentais, escreveu pequenas estórias e começou a preparar a sua primeira exposição individual de desenhos, inspirados nas teorias metafísicas de Leibniz. O seu trabalho, actualmente direcionado para a pintura é, profundamente, inspirado pela sua cultura literária e filosófica. Para representar acontecimentos históricos actuais e figuras, usa lugares mitológicos e personagens bíblicas. Expôs o seu trabalho em feiras internacionais e galerias em França (Marie Vitoux em Paris), na Suíça (Galerie C), em Inglaterra (Rosenfeld Porcini) e na Bélgica (Fred Lanzemberg). http://www.julienspianti.com
Tradução: L&S
Julien Spianti (Panorama) Foto: Anthony Lycett
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“After the flood”, 2013 Óleo sobre painel, 50x60cm Cortesia Julien Spianti
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“Embarquement”, 2013
Óleo sobre tela, 162x130cm Cortesia Julien Spianti
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“La terre vaine”, 2013
Óleo sobre tela , 150x150cm Cortesia Julien Spianti
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Kamalky Laureano Kamalky Laureano nasceu na República Dominicana numa cidade chamada Higuey, na região este do país, onde a arte era vendida por pessoas honestas, tentando sobreviver com a venda de pinturas da praia e animais. Durante o tempo que passou na escola, nada o interessava mais do que desenhar, tendo começado a fazê-lo aos quatro anos. Quando a escola terminou, sabia que queria evoluir na arte, assim, em 2002 começou a estudar na Escola de Belas Artes de Santo Domingo. Dois anos mais tarde mudou-se para a Parson School of Design Altos de Chavon, NY. Laureano foi vencedor em 2 concursos regionais no seu país em 2001,2002 e o seu trabalho foi exibido em França, México, bem como na República Dominicana. Tem exposições previstas no México e Nova Iorque. “O meu trabalho é motivado pelos meus sentimentos em relação às minhas vivências. Arte é comunicação, é o tomar consciência, a cada segundo, do mundo que nos rodeia. Os meus temas cativam-me como se fossem música e melodias. Sinto-me compelido a ouvi-las e reproduzi-las da forma como as ouço. Sou inspirado pela cara do cantor, que canta para mim todos os dias “ http://kamalkylaureano.carbonmade.com
Kamalky Laureano Cortesia Kamalky Laureano
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Tradução: L&S
‘’ The Wonderful Gift III ‘’, 2013 Acrílico sobre tela, 120 x 80 cm. Colecção particular – Cortesia Kamalky Laureano
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‘’ Lidium ‘’ Prognosis series, 2012
Acrílico sobre tela , 220 x 150 cm Cortesia Kamalky Laureano
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‘’ Supernova ‘’, 2012
Acrílico, tinta de aguarela e óleo sobre tela, 220 x 150 cm Cortesia Kamalky Laureano
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Lionel Smit Lionel Smit nasceu em Pretoria, Africa do Sul em 1982. Frequentou a Pro Arte Alphen Park School. Actualmente vive e trabalha em Cape Town. É conhecido pelos seus retratos contemporâneos executados em telas e esculturas monumentais. Smit expõe localmente na África do Sul, onde é considerado um dos mais promissores talentos do seu país. Presentemente está a expor em feiras de arte em Amesterdão, Alemanha, India, Miami e Hong Kong. Durante os últimos 10 anos teve um crescente acompanhamento internacional por colecionadores que vão desde o Standard Chartered Bank à Colecção Laurence Graff e o Fundo Graff Delaire. As pinturas de Smit têm sido exibidas na National Portrait Gallery, onde ganhou o prémio Portrait Award 2013. Recentemente foi galardoado com um prémio estadual em Artes Visuais, tendo a Leiloeira Christies atribuido-lhe a capa para o seu catálogo de leilões, em Outubro de 2009. Exposições Selecionadas: 2013 - Strarta Art Fair, Saatchi Gallery, Rook & Raven, Londres - Fragmented. Exposição Individual, Rook & Raven, Londres -100 Accumulation, exposição individual, Everard Read, Joanesburgo -BP Portrait Award Exhibition, National Portrait Gallery, Londres -Wonder Works Exhibition, The Cat Street Gallery, Hong Kong. 2012 - Compendium, exposição individual, 34FineArt, Cape Town - Accumulation of Disorder, instalação, University of Stellenbosch Gallery, Stellenbosch - Strata, exposição individual, Rook and Raven, Londres -Winter Exhibition, Everard Read, Joanesburgo - Robert Bowman Gallery, India Art Fair, India - Jhb Art Fair, Everard Read.2011 - Surface, exposição individual, Artspace, Joanesburgo - 34FineArt, ArtMonaco ‘11, Monaco -MOMAC, exposição colectiva, Roberta Moore Fine Art, UK. 2010 - Out of the Office, exposição colectiva, Kunstmuseum Bochum, Alemanha - Cynthia Reeves Projects, Art Miami, USA - We are not Witches, Saatchi Gallery, Londres -Submerge, exposição individual, 34FineArt, Cape Town http://www.lionelsmit.co.za
Tradução: L&S
Lionel Smit no Estúdio Cortesia Lionel Smit
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“Disclose & Conceal Series”, 2013 Óleo sobre tela, 170 x 230cm. Cortesia Lionel Smit
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“Lumination”, 2013 Óleo sobre tela , 230 X 170cm Cortesia Lionel Smit
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“Transparent Behavior”, 2013 Óleo sobre linho belga, 120 X 120cm, 2013 Cortesia Lionel Smit
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Patrick Earl Hammie Patrick Earl Hammie, nascido em 1981, New Haven, Connecticut, é conhecido pelos seus grandes retratos que usam uma linguagem corporal e narrativa para reconfigurar concepções herdadas da beleza ideal e da nudez heroica. Hammie tirou o BA em 2004 pelo South Carolina’s Coker College e, em 2008, o MFA pela Universidade de Connecticut. Em 2009 era um artista a residir no Wellesley College, apoiado por Alice C.Cole Fellowship no Studio Arts. Em 2011 passou a morar no John Michael Kohler Art Center, apoiado por um prémio da Alliance of Artists Communities. Presentemente, Hammie é professor assistente na Universidade de Illinois na Urbana R Campaign. Para além de expor, mantem uma agenda activa de palestras, como conferencista, artista visitante e crítico. Recebeu vários prémios e reconhecimentos, incluindo o prémio Tanne Foundation, o prémio Midwestern Voices and Visions, prémio de excelência pela Zhou B.Art Center em Chicago, o prémio Beckman Research e o prémio Dave Bown Projects. O seu trabalho destaca-se pelo What the Body Says; Power and Vulnerability, Poets/Artists Magazine, 2011, Fgure, Face, Identity,Sprocketbox,Entertainment, 2011 e From Motion to Stillness, Poets/Artists Magazine,2013. http://patrickearlhammie.com/ Tradução: L&S
Patrick Hearl Hammie Cortesia Patrick Hearl Hammie
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“Aureole” 2013
Óleo sobre linho, 68” x 96”. Cortesia Patrick Hearl Hammie
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“Study for Aureole” 2013 Carvão sobre papel, 42” x 60” Cortesia Patrick Hearl Hammie
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“Icarus II”, 2013
Óleo sobre linho, 58” x 80” Cortesia Patrick Hearl Hammie
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Frida Kahlo / Diego Rivera Arte em Fusão Musée de l’Orangerie 9 Outubro 2013 - 13 Janeiro 2014
Esta exposição foi organizada pelo Organismo Público do Musée d’Orsay e Musée de l’Orangerie com empréstimos excepcionais do Museo Dolores Olmedo, no México.
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Frida Kahlo Autorretrato con Changuito, 1945
Óleo sobre masonite, 56 x 41,5 cm Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco de México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Se Frida Kahlo (1907-1954) é hoje uma das figuras mais conhecidas e mais populares da arte mexicana do século XX é, sem dúvida, devido à sua personalidade e a originalidade de um corpo de trabalho que desafia todos os esforços para classificá-lo. O seu trabalho é, acima de tudo, a expressão de uma vida - uma vida trágica e turbulenta, que desafiou todas as convenções, a vida conhecida em todos os seus detalhes e, recentemente, o tema de um filme, fazendo dela um verdadeiro ícone. A simples menção do seu nome desperta entusiasmo e admiração, mas o seu trabalho raramente é exibido, e não foi mostrado em França durante 15 anos. A selecção para a exposição no Musée de l’Orangerie, inclui grandes obras da artista, com obras-primas do Museo Olmedo, que detém um dos principais acervos da obra de Frida Kahlo, incluindo a famosa “Colonne brisée [Coluna Partida] “. A vida e a obra de Frida Kahlo não podem ser separadas das do seu companheiro Diego Rivera (1886 - 1957). Juntos, tornaram-se figuras lendárias, e ambos têm um lugar no panteão dos artistas mexicanos do século XX. Famoso pelas suas grandes pinturas murais, as pinturas de cavalete de Rivera, desenhos e estampas, que formam uma grande parte da sua produção artística, são menos conhecidas do público na Europa. A exposição tem como objectivo, traçar a sua carreira artística a partir das imagens iniciais cubistas, revelando as suas ligações com os artistas de Paris, cujas obras são um elemento-chave na colecção Orangerie, para as pinturas que o estabeleceram como o fundador da escola de arte mexicana do século XX. Os visitantes são convidados a descobrir os muitos aspectos da arte de Rivera. As suas viagens por toda a Europa influenciaram a sua visão e repertório, sem nunca o distanciarem das suas raízes, confirmando assim o seu lugar na história como fundador da escola nacionalista.
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Diego Rivera Autorretrato con Chambergo, 1907
Óleo sobre tela, 85 x 62,2 cm Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Frida
El Camió
Óleo sobre tela Col. Museo Dolores Olm Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; im ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kah
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Kahlo
ón, 1929
a, 26 x 55,5 cm medo, Xochimilco, México magem © Archivo Museo Dolores Olmedo hlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Frida
Sin Espera
Óleo sobre tela Col. Museo Dolores Olm Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; im ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kah
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Kahlo
anza, 1945
a, 40 x 30,5 cm medo, Xochimilco, México magem © Archivo Museo Dolores Olmedo hlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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A exposição dedicada ao casal lendário, Diego Rivera e Frida Kahlo, apresenta os seus trabalhos em conjunto, como que para confirmar a impossibilidade do seu divórcio, que foi de facto finalizado, mas reconciliado após um ano de separação. Também nos dá uma melhor visão dos seus respectivos mundos artísticos, tão diferentes e tão complementares, através da fixação de raízes profundas que compartilhavam pelo seu país: um ciclo de vida e morte, a revolução e a religião, realismo e misticismo, operários e camponeses.
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Diego Rivera Retrato de Dolores Olmedo (Tehuana), 1955
Óleo sobre tela, 201,2 x 153,1 cm Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Diego
El Rastr
Óleo sobre tela, Col. Museo Dolores Olm Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; im ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kah
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Rivera
ro, 1915
, 27,5 x 38,6 cm medo, Xochimilco, México magem © Archivo Museo Dolores Olmedo hlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Frida Kahlo La Columna Rota, 1944
Óleo sobre tela, 39,5 x 30,5 cm Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Frida Kahlo Autorretrato con Traje de Tercicopelo/ Auto Retrato com Traje de Veludo, 1926 Óleo sobre tela, 79,7 x 59,9 cm Coleção Privada do Arquitecto Enrique Garcí Formenti © Foto Francisco Kochen ,© ADAGP, Paris 2013
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Diego Rivera Vendedora de Alcatraces, 1943 Óleo sobre masonite, 152 x 120,5 cm Colecção particular © Foto Francisco Kochen
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Diego Rivera La Canoa Enflorada, 1931
Óleo sobre tela, 201,5 x 160 cm Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Frida
Mi Nana y
Óleo sobre meta Col. Museo Dolores Olm Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; im ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kah
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Kahlo
y Yo, 1937
al 30,5 x 35 cm medo, Xochimilco, México magem © Archivo Museo Dolores Olmedo hlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Diego Rivera Fusilamiento de Maximiliano
Poncif pour fresque Col. Museo Dolores Olmedo, Xochimilco, México Fotografias de Erik Meza / Javier Otaola ; imagem © Archivo Museo Dolores Olmedo ©2013 Banco do México Diego Rivera Frida Kahlo Museums Trust, Mexico, D.F. / ADAGP, Paris
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Curadores:
Marie- Paule Vial, director, Musée de l’Orangerie Beatrice Avanzi, curadora, Musée d’Orsay Leila Jarbouai, curadora, Musée d’Orsay Josefina Garcia, director, Coleccções do Museo Dolores Olmedo
Musée de l’Orangerie 62, rue de Lille 75001 Paris France 151
Temptation JUAN CARLOS DEL VALLE Museu de Arte Bíblica, Dallas 11 de Setembro de 2013 - 06 de Janeiro de 2014
Alimentos processados como um reflexo de vacilação humana Entre o sagrado e o profano O conceito pictórico de Juan Carlos del Valle é uma interpretação ousada do gênero de natureza morta, gerando controvérsia através dos valores sociais alterados, representados em cada peça. Nos retratos sugestivos de valores e comportamentos humanos, esses alimentos processados tornam-se em testemunhas ameaçadoras e sedutoras para a nossa própria dualidade.
Com as suas interpretações pictóricas de bolos produzidos em massa, biscoitos, salgadinhos e doces que se tornaram ícones mundiais da cultura, o pintor mexicano Juan Carlos del Valle provoca um encontro entre o sagrado e o profano. Temptation é composta por duas partes: um recipiente contendo uma seleção de obras do seu projecto de arte religiosa Our Daily Bread (2009 – 2010, Cidade do México), e a segunda com uma narrativa visual que aborda aspectos essenciais das dimensões do sagrado e profano. O show é um confronto perturbador, contudo sedutor, entre o permitido e o proibido.
Com um design curatorial centralizado nas evocações que criam atmosferas cromáticas e de materiais de cada pintura, Temptation confia na alteração estética dos ícones do alimento a fim de gerar uma reflexão sobre 152
a diversidade da humanidade, a essência da Divindade, a escuridão da Descida, o excesso de Ecstasy, a iluminação da Virtude e a irrevogabilidade da Dualidade.
de cinquenta e uma pinturas de pequeno formato, cujo conceito artístico inquietante, se destaca no contexto da arte contemporânea mexicana.
Organizada em colaboração com o Museu de Arte Bíblica e do Instituto do México, ambos em Dallas, Texas, e com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do México, através do Consulado Geral do México em Dallas, Temptation é uma exposição
Tendo liderado no México a reconexão entre a arte contemporânea e a experiência religiosa, Juan Carlos del Valle é notável pelo seu interesse em transformar a pintura numa forma de arte relacional.
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JUAN CARLOS DEL VALLE (Cidade do México, 1975)
A natureza livre e independente de Juan Carlos del Valle, permitiu-lhe treinar e desenvolver a sua arte sem se deixar influenciar pelas exigências sociais e artísticas. Tendo como professor, Demetrio Llordén pintor espanhol (1931-2000), durante quatro anos, o artista construiu uma concepção pessoal que, desde 2004, tem sido exposta em grandes museus mexicanos e internacionais. Del Valle teve quarenta e dois shows individuais, só no México. Dois dos seus eventos mais recentes foram a exposição tributo a Chavela Vargas e Juan Carlos del Valle: Existential Dialogue (Colégio de San Ildefonso e o Centro Cultural da Espanha no México, Cidade do México, 2012), e o show The Better to Eat You With ( Centro Cultural Isidro Fabela / Museu Casa del Risco, Cidade do México, de 2012, e o Museu de Santiago Gutiérrez Felipe, Toluca, Estado de México, 2013).
Museum of Biblical Art 7500 Park Lane, Dallas, Texas 75225 Usa 154
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DESTAQUES D New York, USA
New York, USA
Leonardo da Vinci; Treasures from the Biblioteca Reale, Turim October 25, 2013 – February 2, 2014 Morgan Library 29 East 36th Street, New York
Brancusi in New York, 1913-2013 November 7, 2013 – January 11, 2014 Paul Kasmin Gallery 293 10th Avenue, NY 1001
New York, USA
New York, USA
Ilya & Emilia Kabakov November 2 – December 21, 2013 Pace New York 32 East 57th Street, New York
Jewels by Jar November 20, 2013 – March 9, 2014 The Metropolitan Museum of Art, Gallery 913, 1000 Fifth Avenue, New York
New York, USA
Philadelphia, USA
Williem de Kooning: Ten Paintings 1983 – 1985 Gagosian Gallery (Madison Av) 980 Madison Avenue, New York
The Surrealists; Works from Collection November 3, 2013 – March 2, 2014 Philadelphia Museum of Art 2600 Benjamin Franklin Parkway Philadelphia
New York, USA
Dallas, Texas, USA
Peter Doig; Early Works November 6, 2014 – January 4, 2014 Michael Werner Gallery, New York
Juan Carlos del Valle; Temptation September 12, 2013 – January 6, 2014 Museum of Biblical Art, Dallas The Biblical Arts Center, 7500 Park Lane, Dallas
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DE DEZEMBRO Beverly Hills, CA, USA
London UK
Avedon: Women November 1 – December 21, 2013 Gagosian Gallery, Beverly Hills 456 North Camden Drive, Beverly Hills, California, USA
Tom Wesselman November 14, 2013 – December 21, 2014 Alan Cristea Gallery 31 & 34 Cork Street, London
London, UK
Salzburg, Austria
Turner and Constable; Sketching from Nature October 5, 2013 – January 5, 2014 Tuner Contemporary Margate UK
Under Pressure: Politics in Contemporary Photography. November 1, 2013 – March 2, 2014 Museum der Modern, Salzburg Mönchsberg 32, Salzburg, Austria
London, UK
Baden–Baden, Germany
Kevin Francis Gray November 20, 2013 – January 25, 2014 Pace London, Mayfair 6 Burlington Gardens, London
Franz Gertsch; Nature’s Secret October 26, 2013 – February 16, 2014 Museum Frieder Burder Lichtentaler Allee 8b, Baden-Baden
London, UK
Hamburg, Germany
Facing the Modern; The Portrait in Vienna, 1900 October 9, 2013 – January 12, 2014 The National Gallery Trafalgar Square, London
Guy Bourdin; Retrospective November 1, 2013 – January 2, 2014 Deichtorhallen, Internationale Kunst Und Fotografie, Hamburg Deichtorstrasse 1-2, Hamburg
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DESTAQUES D Wolfsburg, Germany
Rieben, Switzerland
Art & Textiles Fabric as Material and Concept In Modern Art from Klimt to the Present. October 10, 2013 – March 3, 2014 Kunstmuseum Wolfsburg Hollerplatz 1, Wolfsburg, Germany
Thomas Schütte October 6, 2013 – February 2, 2014 Fondation Beyeler BaselStrasse 10, 4125 Rieben
Berlin, Germany
Paris, France
Aiko Tezuka – Rewonen November 9 – December 21, 2013 Michael Janssen Galerie Postdamer Str. 63, 10785 Berlin
Frida Kahlo / Diego Rivera Art in Fusion October 9, 2013 – January 13, 2014 Musèe de L’Orangerie 62 Rue de Lille, 7500 1 Paris
Amsterdam, Netherlands
Philadelphia, USA
Raw Truth: Auerbach – Rebrandt December 12, 2013 – March 16, 2014 Rijsksmuseum – Amsterdam Museumstraat 1, 1071 Amsterdam
The Surrealists; Works from Collection November 3, 2013 – March 2, 2014 Philadelphia Museum of Art 2600 Benjamin Franklin Parkway Philadelphia
Geneva, Switzerland
Lisbon, Portugal
Rene Rimbert (1896-1991) “Poetry of the Silence and Flemish Reminiscence” November 1, 2013 – April 25, 2014 Artevera’s Gallery 1 Rue Etienne Dumont, 1204 Genève, Suisse
The Splendour of Cities The Route of the Tile. October 25, 2013 – January 26, 2014 Fundação Calouste Gulbenkian Sala de Exposições da Sede, Avenida de Berna 45, Lisboa, Portugal 158
DE DEZEMBRO Oporto, Portugal
Habitar(s) November 30, 2013 – February 23, 2014 Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett Rua D. João de Castro, 210, Porto, Portugal
Tel Aviv, Israel Joana Vasconcelos; Lusitania 2013 November 4, 2013 – April 26, 2014 Tel Aviv Museum of Art The Lightfall, Herta and Paul Amir Building, 27 Shaul Hamelech Blv, Tel Aviv, Israel
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Dezembro, 2013
www.lineandstylish.com 160