Line&Stylish Art Magazine

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Nº5 PT / JAN 2014

REVISTA MENSAL E GRATUITA

Thomas Dodd “Na Busca do Arquétipo”


Ficha Técnica Line & Stylish, Art Magazine Nr Registo ERC – 126385 Proprietário: José Eduardo de Almeida e Silva Editor: José Eduardo de Almeida e Silva NIF: 179208586 Periodicidade: Mensal Morada da redacção: Urbanização do Lidador Rua 17, nr 106 4470-709 – Maia - Portugal Contacto: +351 926 493 792 Director Geral: Eduardo Silva Director Adjunto: Isabel Gore Editor: Eduardo Silva Redacção: José Eduardo Silva Isabel Pereira Coutinho Luís Peixoto Director Técnico: Luís Peixoto Fotografia: António Macedo • © Cortesia António Macedo Cesar Santos • © Cortesia Cesar Santos Hamburger Kunsthalle • © Hamburger Kunsthalle / bpk. • Photo: Christoph Irrgang • © Rom, Istituto Nazionale per la Grafica • © London, Trustees of the British Museum • © Frankfurt am Main, Städel Museum / Peter McClennan • © Florenz, Gabinetto Fotografico / Roberto Palermo Osnat Cohen • © Cortesia Osnat Cohen Pace London • © Kevin Francis Gray, courtesy The Pace Gallery. Pictures: © Tara Moore Sean Kelly • ©Robert Mapplethorpe Foundation. Used

by permission. • Courtesy: Sean Kelly, New York Tate Modern • Tate Modern. Purchased 1946. • Museum Folkwang, Essen, Germany. • Zentrum Paul Klee. • Lent by The Metropolitan Museum of Art, The Berggruen Klee Collection, 1984 (1984.315.19). • Image © The Metropolitan Museum of Art / Source: Art Resource/Scala Photo Archives. • Moderna Museet (Stockholm, Sweden) Taymour Grahne Gallery • Courtesy of Ciaran Murphy and Taymour Grahne Gallery The Metropolitan Museum of Art • Gift of Mr. and Mrs. Frederick S. Wait, 1906 (06.313) • Bequest of Jacob Ruppert, 1939 (39.65.45) - Bequest of Jacob Ruppert, 1939 (39.65.54a,b) • Gift of Mr. and Mrs. Walter C. Crawford, 1978 (1978.513.6) • Rogers Fund, 1907 (07.80) - Rogers Fund, 1919 (19.126) - Rogers Fund, 1907 (07.104) • Purchase, Friends of The American Wing Fund, Mr. and Mrs. S. Parker Gilbert Gift, Morris K. Jesup and 2004 Benefit Funds, 2010 (2010.73) Thomas Dodd • ©Courtesy Thomas Dodd Whitney Museum of American Art • Whitney Museum of American Art; gift of Richard and Jackie Hollander in memory of Ellyn Hollander 2012.222 - 2012.234 2012.240 - 2012.205

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Tentamos, desesperadamente, manter-nos afastados do espírito de fim de ano que a maioria dos meus colegas editores agarra para produzirem enormes listas de sucessos na Pintura, Escultura, clássicos, modernos, contemporâneos, velhos, novos, crianças, mortos, renascidos e até daqueles que todos os dias nos brindam com um pouco de arte. De facto, nós também fazemos as nossas listas, como todos os outros, mas nunca aproveitamos a presença do Pai Natal para o colocar como presidente de um júri duvidoso. Assim o nosso número de Janeiro é dedicado à “Arte” de António Macedo, o primeiro pintor Português entrevistado por nós. Como figura paradigmática e singular no universo artístico Português, será fácil para qualquer leitor, mesmo para aqueles que vivem no Deserto da Namíbia, entenderem o actual cenário da Pintura Portuguesa, ao mesmo tempo que apreciam a perfeição humana do seu trabalho. Contudo, o tópico do mês é a entrevista de Thomas Dodd, abrindo a porta da L&S aos novos media que apontam a fusão, como uma das mais importantes expressões artísticas no futuro próximo. Até lá, deliciem o vosso olhar com as estranhas e familiares atmosferas e ambientes de Thomas Dodd.

José Eduardo Silva Director Geral Capa: “Woodshedding” - Thomas Dodd ©Cortesia Thomas Dodd 3


58.

O OESTE AMER BRON

ÍNDICE 6.

À PROCURA DO BELO

74.

Na busca do A

Uma conversa com António Macedo

26.

CESAR SANTOS

THOMAS

90.

KEVIN FRAN

98 .

EDWARD ST

Artista do Mês

34.

THE BEAUTY OF THE LINE

em 1920 e

Stefano della Bella como Desenhador

46.

PAUL KLEE MAKING VISIBLE

106.

CIARÁN M

A Round

The EY Exhibition

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RICANO EM NZE

DODD

118.

ROBERT MAPPLETHORPE Saints and Sinners

124.

OSNAT COHEN

130.

JANUARY HIGHLIGHTS

Arquétipo

NCIS GRAY

TEICHEN

e 1930

MURPHY

d Now

info@lineandstylish.com +351 926 493 792 5


“À PROCURA DO BELO”

Uma Conversa com António Macedo Por: José Eduardo Silva e Isabel Gore

António Macedo Foto: © Cortesia António Macedo

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Numa esplêndida tarde de Outono, tivemos o privilégio de passar umas horas a conversar com António Macedo, pintor português nascido em 1954 no Porto, onde vive e trabalha. Convidou-nos para o seu atelier envidraçado, rodeado por um jardim, onde a luz penetrava de uma forma suave, acariciando as telas, tecidos e pincéis.Foi com grande simpatia e cordialidade que António Macedo nos recebeu, e a nossa conversa fluiu de forma agradável. Depois de abordar vários assuntos, decidimos dar início à nossa entrevista, perguntando como é que tinha surgido a sua vocação para as artes plásticas. “O que me levou para a Arte foi o meu fascínio pelo Belo. Não comecei a brincar com lápis aos 4 anos mais do que qualquer outra criança, nem tive referências da Arte nessa tenra idade, mas sendo introspectivo por natureza, penso que sempre busquei um outro mundo para além do mundo que nos rodeia. Eu era um artista prestes a acontecer, e a faísca que me incendiou foram os desenhos que vi em casa de uma professora minha de Inglês. Fiquei tão deslumbrado com o que me pareceu sublime, que fui logo experimentar fazer algo assim. Esses pequenos passos foram o início de uma longa caminhada em busca do Eldorado... a caminhada continua”.

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Sabíamos que António Macedo tinha frequentado o 1º ano de Belas Artes na Universidade do Porto e quisemos saber o motivo que o tinha levado a afastar-se. “O facto de entrar para as Belas Artes, significa que já tinha escolhido a Arte como o meu caminho na vida. Com a ingenuidade própria da idade, acreditei que esse percurso seria a maneira de atingir o objectivo de contacto diário com os materiais e estéticas de que a Arte vive. No entanto, achei que estava num lugar “que já não tinha rumo, em que não se ensinava o que eu procurava aprender (a não ser em história de arte e desenho de estátua). Agora entendo que, devido às estéticas correntes na época, o ofício do profissional-pintor figurativo tinha sido perdido. Já ninguém o ensinava. Eu sempre me interessei por arte figurativa e o contexto da Belas Artes da época era um de negação dessa vertente artística, com a consequente incapacidade dos professores ensinarem o que eu tanto desejava. Isso criou um grande desalento em mim, que foi um motivo importante para eu deixar a escola e ir para Inglaterra. Quando se deu o 25 de Abril em 1974, o curso normal de estudos nas Belas Artes, assim como em muitas outras instituições ficou severamente afectado, e lembrome bem de ir para o atelier e ser o único a trabalhar lá. Assim, acabei por voltar as costas à instituição que não me soube ensinar e fui procurar outras paragens.”

Vanitas Óleo sobre tela de linho, 105 x 70 cm © Cortesia: António Macedo 8


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Todo este desencanto levou-o a escolher Londres, como ponto de partida para uma carreira. Com um ar pensativo e sem deixar de sorrir, explicou. “Londres aconteceu um pouco por acaso, o relacionamento com a minha companheira que já tinha visitado o país, os contactos que tínhamos por lá, fez com que encaminhássemos os nossos destinos para Inglaterra, e de alguma forma, penso que foi uma escolha frutífera, pois a estética Vitoriana, assim como a presença das melhores obras de Arte do mundo, proporcionaram o ambiente e o estímulo para perseguir esse sonho. Foi muito difícil, e só com imensa perseverança fui aprendendo o que não consegui aprender na Belas Artes.”

Menina Óleo sobre tela de linho, 75 x 100 cm © Cortesia: António Macedo 10


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A En Óleo sobre tela de l

© Cortesia: An 12


ntrega linho, 75 x 100 cm

nt贸nio Macedo 13


Analisando a sua obra, constatamos que, desde sempre, António Macedo apostou no figurativo, mesmo pertencendo a uma geração que, maioritariamente se revê no conceptual ou no abstracto. Perguntamos o porquê desta sua opção. “Nunca me interessei por outra forma de arte que não fosse a figurativa. A paixão começou pelos surrealistas, em que a figuração foi importante, e lembrome de imaginar o que hoje seriam consideradas instalações, de imagens surreais e/ou objectos. Infelizmente não tive a sorte de ter nascido num lugar com uma grande tradição de arte figurativa. Se tivesse conhecido na altura alguém como António Lopez ou Cláudio Bravo, imagino que teria ficado seduzido pelo que estava a acontecer na arte figurativa fora de Portugal. O meu caminho foi o de aprender, através das paixões que fui desenvolvendo por artistas como Van Eyck, Leonardo, Corregio, Vermeer, Rembrandt, Velasquez, Ingres, Turner, os pré-rafaelitas, Leighton, os academistas franceses até os figurativos de agora. Curiosamente, vejo que esse amor à arte figurativa de excelência foi evoluindo no tempo de forma que, começando pelos primitivos, depois pelos séculos posteriores, hoje estou mais interessado na arte figurativa contemporânea. Acho ridícula a postura que define à partida qual é o tipo de arte que convém fazer para ser “ contemporâneo “. Se há uma coisa perene na história de arte é a contínua mudança, invenção e redescobrimento. Afinal o ser humano não mudou muito desde o tempo das cavernas e é por isso que ainda nos emocionamos com as pinturas feitas por homens como nós, há dezenas de milhares de anos atrás, e que felizmente ainda sobrevivem como em Lascaux ou Altamira. É o dever e prerrogativa do artista seguir o seu caminho, independente dos que sem serem capazes de criar, acham-se capazes de decidir o que vale e o que não tem valor. Isto não é novo. Muitos artistas no passado recusaram a estética típica da sua época. Alguns desses são hoje considerados referências. Eu percorro o meu caminho, bem ou mal, os outros que façam os deles”.

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Inscrição Óleo sobre tela de linho, 100 x 75 cm © Cortesia: António Macedo 15


À primeira vista, a pintura de António Macedo parece desenrolar-se em duas abordagens principais; os tecidos que ocupam o lugar das tradicionais naturezas mortas, e o corpo feminino. Assim perguntamos se concordava que a sua pintura se desenvolvia sobre estas duas grandes matrizes. “Não me reconheço nessas duas “ caixas”. Tenho pintado muitos temas diferentes durante estes 40 anos de pintura. Provavelmente, terei ficado associado, na ideia do público, a estes dois temas que, reconheço, tenho abordado frequentemente, mas não os considero de forma alguma os “ meus temas”. No geral, procuro a beleza ou expressividade de uma composição, seja ela uma natureza morta, uma figura, uma paisagem, um retrato. Quando pinto figuras, procuro ainda expressar um sentimento, uma emoção, algo que me faz sonhar. Donde isso vem, terá talvez mais interesse para um psicólogo do que para mim, que viajo em cada quadro, para fora, em busca do motivo, e para dentro, em busca do que o anima. O facto de as figuras muitas vezes serem nus, terá talvez mais a ver com um sentido de vulnerabilidade do que o mero facto de faltarem as roupas”.

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The Golden Boy Óleo sobre tela de linho, 100 x 100 cm © Cortesia: António Macedo 17


Peón Óleo sobre tela de l

© Cortesia: An 18


nias linho, 66 x 100 cm

nt贸nio Macedo 19


Toda est Ă“leo sobre tela de l

Š Cortesia: An 20


ta Terra linho, 80 x 120 cm

nt贸nio Macedo 21


Ant贸nio Foto: 漏 Cortesia A 22


Macedo Ant贸nio Macedo 23


Estávamos curiosos em saber como é que entendia os movimentos “ realistas “ que estão a surgir, e a afirmarem-se no panorama artístico internacional. “Não me surpreende que isso aconteça. Por um lado o que os artistas buscam está em permanente mudança, de tanto procurar é natural que se passe perto do ponto de partida. Por outro lado a arte figurativa é a que tem mais potência já que lida com coisas que todos conhecemos, de uma forma ou de outra. É natural haver um ressurgimento da arte figurativa da mesma maneira que é natural que uma moda que se vai afastando do que é confortável e prático será a seu tempo repudiada por alguém que não partilha das mesmas referências estilísticas que impulsionaram a deriva em direção ao absurdo”. A sua opinião, leva-nos a pensar que o realismo pode corresponder a um revivalismo reacionário, sobretudo na pintura. “É curioso que se tenha instalado a ideia de “ progresso “ na arte. Através dos cursinhos de história de Arte, o estudante ingénuo fica com a impressão que a arte tem “ progredido” em direção ao momento actual. Essa leitura preguiçosa e tendenciosa do que aconteceu nas artes durante estes últimos séculos gera uma ideia de melhoria, confundindo essas mudanças com as mudanças na medicina, ou na ciência, em que o saber acumulado realmente tem produzido avanços significativos, por exemplo, na esperança de vida das populações. Como a ideia de “ progresso” se instalou levaria a considerações de ordem económica e sociológica curiosas, mas basta ver o que foi o renascimento e o neoclassicismo para logo se tornar evidente como é falaciosa essa ideia no que diz respeito à arte. Apenas se vão experimentando formas adicionais de expressão. Porque se entende o conceptualismo como estando no seguimento natural da arte figurativa? A arte é o que os artistas querem que seja e o público reconhece como tal. O facto de o conceptualismo ser um tipo de actividade sem grande popularidade revela quanto a arte se afastou do que é significativo para o ser humano em geral. 4minutos e 33 segundos de John Cage pode ser a obra de 24


génio consequente de uma busca exaustiva, mas para o comum dos mortais, é apenas o absurdo pueril. O mesmo quanto ao mictório de Duchamp ou o quadro invisível.” Pretendemos saber, se considerava ser o pioneiro na recuperação do figurativo na arte portuguesa. “Não me considero nesses termos. Apenas sou um pintor a tentar dar o seu melhor para expressar o que lhe vai na alma. Não me preocupo, minimamente, sobre a importância que possam dar aos meus quadros nessa tal narrativa histórica ingénua e superficial. Acredito como sempre acreditei que o que me toca poderá encontrar um eco no coração de um outro como eu, já que partilhamos a mesma humanidade. Se conseguir transmitir isso, dar-me-ei por feliz”. Por último, indagamos quais eram os seus artistas contemporâneos de referência. “Essa é uma pergunta difícil, já que não sei para onde vou e muito menos para onde a arte vai. Para além disso, o desenvolvimento das tecnologias digitais terá, a meu ver, uma importância enorme no desenvolvimento de correntes artísticas. Quem serão as figuras que realmente terão influência nos caminhos da arte? Um dia acho interessante um video do Bill Viola, no dia seguinte posso ficar encantado com uma obra do Andrew Wyeth, ou António Lopez ou ainda de algum artista chinês. Não me preocupo com essas coisas. Como artista, devo fazer arte, ser verdadeiro comigo mesmo, assumir o caminho que percorro e caminhar em frente”. A nossa conversa, amistosa e muito agradável, com António Macedo, terminou com um chá, numa atmosfera acolhedora e tranquila, ficando com a certeza de que estávamos perante um artista que, sem hesitação, sabe o caminho que percorre com a certeza de nunca perder o sentido do BELO. 25


O ARTISTA DO MÊS

Cesar Santos

1982, pintor Cubano-Americano. A sua formação em arte é valiosa, e o seu trabalho tem sido visto em todo o mundo, desde o Museu Agnionni em Itália, Museu de Pequim/China , ao Chelsea, Nova Iorque. Santos estudou no Miami Dade College, onde tirou a licenciatura em 2003. Frequentou New World School of the Arts, antes de ir para Florença/ Itália. Em 2006 completa o curso “Fundamental Program” de desenho e pintura na Angel Academy of Art, em Florença, estudando com Michael John Angel, aluno do artista Pietro Annigoni. A obra de Santos conjuga, numa mesma obra, interpretações clássicas com modernas. As suas influências vão desde o Renascimento, aos mestres do século XIX, até ao Modernismo. Com uma técnica soberba, consegue uma harmonia entre o natural e o conceptual, criando obras que são provocativas e dramáticas. Entre as exposições individuais de Santos estão “Paisajes y Retratos” na National Gallery, em San Jose, Costa Rica, “Sincretismo” em Eleanor Ettinger Chelsea Gallery, em Nova Iorque; “Beyond Realism”, Oxenberg Fine Arts em Miami e “New Impressions” na Greenhouse Gallery em San Antonio, entre outras. http://www.santocesar.com

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Cesar Santos

Matisse in Vermeer’s Corner Óleo sobre linho, 47x30in ©Cortesia Cesar Santos 27


Cesar S

First T

Ă“leo sobre lin

ŠCortesia C 28


Santos

Tattoo

nho, 28x39in

Cesar Santos 29


Cesar S

Basquiat D

Óleo sobre lin

©Cortesia C 30


Santos

Dichotomy

nho, 24x24in

Cesar Santos 31


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Cesar Santos

Madonna Lisa

Ă“leo sobre linho, 36x24in ŠCortesia Cesar Santos 33


25 Outubro 2013 - 26 Janeiro 2014 Hamburger Kunsthalle, Kuppelsaal Stefano della Bella (1610-1664) é considerado como tendo sido um dos mais importantes artistas italianos do século XVII. Produziu uma extensa obra com mais de 1000 gravuras e mais de 3000 desenhos, mas enquanto a sua produção gráfica foi apresentada em várias ocasiões ao longo das últimas décadas, The Beauty of the Line, é a primeira exposição abrangente a nível mundial, dedicada ao seu desenho soberbo. A apresentação de cerca de 100 desenhos, atesta a excelente qualidade e variedade da arte de Stefano della Bella. Activo, principalmente, em Florença, Roma e Paris, a sua técnica é caracterizada por uma grande diversidade em termos de assunto. A sua capacidade de captar a vida quotidiana nas suas diversas facetas,distinguem-no da maioria dos seus contemporâneos. Os estudos de Della Bella mostram tratar-se de um cronista atento, e um observador astuto do meio que o rodeia. A sua obra contém numerosas representações de nobres, soldados, agricultores, pastores e trabalhadores, bem como imagens de mães com seus filhos. Outros temas favoritos eram os animais, navios, cavalgadas, paisagens e monumentos antigos. Uma série de imagens assustadoramente belas sobre o tema da morte, e alguns desenhos de figurinos altamente imaginativos, completam a sua obra. Grande parte do fascínio da arte de Stefano della Bella deriva do seu estilo de desenho inconfundível e extremamente habilidoso. A exposição é realizada em colaboração com a Galeria Uffizi, em Florença. Outros trabalhos emprestados pelo Museu do Louvre, em Paris, British Museum, em Londres, Royal Collection, Windsor, Kupferstichkabinett em Berlim, Istituto Nazionale per la Grafica, Roma e Städel Museum , Frankfurt am Main. Curador: Dr. David Klemm Hamburger Kunsthalle, Kuppelsaal Glockengießerwall 20095 Hamburg 34


Stefano della Bella (1610 – 1664) Der Sonnengott,Kostümstudie für die Oper “Hypermestra”,1658 O Deus Sol, Traje para a Opera “Hypermestra”, 1658 Feder in Braun über Graphit, gelb, grau und rosa aquarelliert, 309 x 223 mm Aguarela amarela, cinza e rosa com pena e tinta castanha sobre grafite, 309 x 223 mm © London, Trustees of the British Museum 35


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Stefano della Bella (1610 – 1664) Menschen kämpfen gegen den Wind o. D. Homens lutando contra o Vento o.D Feder in Braun über schwarzem Stift, 78 x 105 mm Pena com tinta castanha sobre lápis preto, 78 x 105 mm © Hamburger Kunsthalle / bpk Foto: Christoph Irrgang

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Stefano della Bella (1610 – 1664) Ansicht des Vespasian-Tempels mit dem Forum Romanum, um 1654 Vista do Templo Vespasiano e o Forum Romano Feder in Braun, schwarzer Stift, grau laviert, 252 x 283 mm / Pena com tinta castanha sobre lápis preto, com aguada cinzenta , 252 x 283 mm © Florenz, Gabinetto Fotografico / Roberto Palermo

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Stefano della Bella (1610 – 1664) Sechs Frauen als Allegorien der Wissenschaften, 1650 Seis Mulheres como Alegoria das Ciências, 1650 Feder in Braun über schwarzem Stift, grau laviert,184 x 144 mm Pena com tinta castanha sobre lápis preto, com aguada cinzenta,184 x 144 mm © Hamburger Kunsthalle / bpk . Foto: Christoph Irrgang 41


Stefano della Bel Studie eines toten Elefanten, 1655 /

Feder in Braun über Graphit, grau laviert,152 x 212 mm / Pena com © Frankfurt am Main, Städel 42


lla (1610 – 1664) Estudo de um Elefante Morto,1655

m tinta castanha sobre grafite, com aguada cinzenta.152 x 212 mm Museum / Peter McClennan 43


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Stefano della Bella (1610 – 1664) Der Tod verfolgt einen Man,1650 A Morte persegue um Homem, 1650 Feder in Braun, Spuren eines schwarzen Stifts, 154 x140mm Pena com tinta castanha com traços de lápis preto, 154 x140mm © Rom, Istituto Nazionale per la Grafica 45


The EY Exhibition Paul Klee: Making Visible 16 de Outubro,2013 – 9 de Março, 2014 Tate Modern

Paul Klee (1879-1940) foi um dos mais renomados artistas a trabalhar na Bauhaus sendo, simultaneamente, uma figura lúdica e radical no Modernismo Europeu. A sua obra intensa e complexa, será o tema de uma nova e importante exposição na Tate Modern, a primeira exposição de Klee, em grande escala, no Reino Unido, depois de uma década. Desafiando a sua reputação como um sonhador solitário, as suas obras serão apresentadas ao público, revelando a inovação e rigor, com que as criou.

EY Exhibition - Paul Klee: Making Visible, irá abranger três décadas da sua carreira, desde o seu aparecimento em Munique na década de 1910, os anos como docente na Bauhaus, na década de 1920, até às suas últimas pinturas feitas em Berna, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A exposição reúne grupos de obras importantes criadas pelo artista, catalogadas ou exibidas, em conjunto, nestes momentoschave da sua vida. Tendo estado dispersas por museus e colecções particulares, a Tate Modern exibirá estas obras delicadas, uma oportunidade única para explorar as suas inovações e ideias.

Reunindo desenhos coloridos, aguarelas e pinturas de colecções em todo o mundo, a exposição 46


Paul Klee 1879-1940 A Young Lady’s Adventure 1922 Aguarela sobre papel Suporte: 625 x 480 mm . Armação 686 x 510 x 20 mm em papel, exclusivo. Tate. Aquisição 1946 47


Nascido na Suíça em 1879, Klee iniciou a sua carreira como músico, tal como os seus pais, mas logo decidiu ir para Munique estudar pintura, acabando por entrar no grupo “Blue Rider” de Kandinsky, formado por artistas da avantgarde de 1912. A exposição na Tate Modern iniciará com o seu progresso, durante a Primeira Guerra Mundial, quando desenvolveu os seus patchworks individuais de abstractos coloridos. As muitas inovações técnicas que seguiu, serão exibidas na exposição, incluindo as suas pinturas exclusivas de “transferência de óleo” como They’re Biting 1920, as gradações de cores dinâmicas de Hanging Fruit, 1921 e o pontilhismo multicolorido usado em Memory of a Bird 1932.

O centro da exposição focará a década em que Klee ensinava e trabalhava na Bauhaus. As telas abstractas que aqui produziu, como a composição rítmica Fire in the Evening 1929, levaram a sua reputação para novos patamares internacionais, até finais de 1920. A década de 1930, trouxe mudanças radicais, pois Klee foi demitido, pelos nazis, do seu novo cargo de professor, refugiando-se na Suíça,com a sua família, enquanto as suas obras foram removidas das colecções e rotuladas, na Alemanha, como “arte degenerada”. Apesar da turbulência política, insegurança financeira e a sua saúde débil, Klee tornouse ainda mais criativo. A Tate Modern reúne um grupo das últimas obras da sua última exposição, em 1940, antes de sua morte.

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Paul Klee 1879-1940 Park near Lu 1938 Zentrum Paul Klee 49


Paul Klee 1 Fire at Full

Museum Folkwang 50


1879-1940 Moon 1933

g, Essen, Alemanha 51


Paul Klee 1

Comed

Aguarela e 贸leo sobre papel, Suporte: Tate. Aqui 52


1879-1940

dy 1921

: 305 x 454 mm, em papel, exclusivo. isição 1946 53


incluindo três grandes exposições de outono.

Embora Klee tenha visto a sua arte como um processo de criatividade espontânea e de crescimento natural, exemplificado pela sua famosa descrição do desenho como “levar uma linha a passear”, Klee, efectivamente, trabalhou com grande rigor. Inscreveu números nas suas obras, de acordo com um sistema de catalogação pessoal e escreveu volumes sobre a teoria das cores e notas detalhadas das aulas. Agrupando estas obras, como o próprio Klee fez, esta exposição apresenta uma extraordinária oportunidade para explorar, sob uma nova luz, e entender as obras, tal como o artista pretendia.

Martin Cook, Managing Partner Commercial, UK & Ireland na EY, afirmou: “Paul Klee será a primeira” Exposição EY” nos três anos de parceria entre a EY e Tate, trazendo Klee a Londres, pela primeira vez, em mais de uma década. Considerado um rei do Modernismo europeu, ao lado de Matisse e Picasso, será visto no Reino Unido e por visitantes internacionais. EY sempre reconhece, a importância de inovadores, para além do mundo dos negócios, e Paul Klee é um grande exemplo de um inovador, entre os artistas do século XX. Ao longo de vinte anos a EY tem sido um defensor das artes e da cultura no Reino Unido, não só promovendo a importância e o valor de diversas perspectivas e culturas, mas também contribuindo, positivamente, para a economia do Reino Unido. “

A EY Exhibition – Paul Klee: Making Visible é comissariada por Matthew Gale, chefe de Displays, Tate Modern, com Flavia Frigeri, Curadora Assistente, Tate Modern. EY e a Tate lançaram uma parceria de três anos, sendo a EY um dos maiores defensores corporativos da Tate. A parceria tem como objectivo, aumentar a sensibilização, compreensão e apreciação da arte, ajudando a Tate realizar o seu ambicioso programa através Tate Modern e Tate Britain,

Tate Modern Bankside, London SE1 9TG, UK 54


Paul Klee 1879-1940 Steps 1929 Ă“leo e tinta sobre tela, 520 x 430 mm Moderna Museet (Estocolmo, SuĂŠcia) 55


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Paul Klee 1879-1940 Redgreen and Violet-Yellow Rhythms 1920 Cedido pelo Metropolitan Museum of Art, The Berggruen Klee Collection, 1984 (1984.315.19) Imagem Š The Metropolitan Museum of Art / Source: Art Resource/ Scala Photo Archives 57


O Oeste Americano em Bronze, 1850-1925 18 de Dezembro, 2013 – 13 de Abril , 2014 The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque

Joseph, Chief of the Nez Percé Indians, 1889; this cast, 1906 Olin Levi Warner (American, 1844–1896). Bronze; Diam. 17 1/2 in. (44.5 cm) Gift of Mr. and Mrs. Frederick S. Wait, 1906 (06.313)

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Na viragem do séc., as representações artísticas de Índios Americanos, cowboys e cavalaria, pioneiros e garimpeiros, animais das planícies e montanhas, serviram como metáforas visuais para o velho Oeste e, como tal, foram recolhidas, avidamente, por uma clientela urbana. Através de cerca de 65 esculturas de bronze de 28 artistas, a exposição itinerante do Oeste Americano em Bronze, 1850-1925, no Metropolitan Museum of Art, irá explorar os impulsos estéticos e culturais por detrás da criação de estatuetas com temas ocidentais americanos, desde sempre populares entre o público. É a primeira exposição de grande escala do museu, dedicada ao tema e reunindo exemplos de colecções públicas e privadas em todo o país. Além de esculturas representativas de artistas arquetípicos como Frederic Remington e Charles M. Russell, a exposição irá explorar o trabalho dos escultores que, raramente, procuram temas do oeste, como James Earle Fraser e Paul Manship, ainda que com uma apreciação profundamente generalizada da estatueta de bronze americana. O Oeste Americano em Bronze, 1850-1925 vai oferecer uma visão fresca e equilibrada dos papéis multifacetados, desempenhados por estes escultores ao criarem interpretações tridimensionais de vida ocidental, quer sejam baseadas em factos históricos, ficção mitificada ou outros.

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A Chief of the Multnomah Tribe, 1903; this cast, ca. 1907 Hermon Atkins MacNeil (American, 1866–1947) Bronze; 37 x 10 x 10 1/4 in. (94 x 25.4 x 26 cm) Bequest of Jacob Ruppert, 1939 (39.65.54a,b) 60


The Sun Vow, 1899; this cast, 1919 Hermon Atkins MacNeil (American, 1866–1947) Bronze; 72 x 32 1/2 x 54 in. (182.9 x 82.6 x 137.2 cm) Rogers Fund, 1919 (19.126) 61


Embora os 28 artistas representados na exposição estejam unidos pelo uso do bronze, distinguem-se pelas suas experiencias de vida. Alexander Phimister Proctor e Solon Hannibal Borglum, por exemplo, cresceram no Oeste, e essa experiência em primeira mão, influenciou o seu trabalho, mesmo depois de se terem mudado para centros cosmopolitas, especialmente Nova Iorque e Paris. Alguns residiram no Oeste toda a vida, nomeadamente Russell, que se estabeleceu em Montana com breves viagens a leste ou ao exterior. Outros, como Edward Kemeys e Charles Schreyvogel, eram exploradores transitórios, etnólogos, que faziam registos da experiência do Oeste. Outros, raramente, viajaram para além do Oeste do Mississippi. River-Frederic William MacMonnies, por exemplo, passou a maior parte da sua carreira em França. Apesar dessas diferenças inerentes, esses escultores glorificaram, de forma colectiva, um passado do velho Oeste dos Índios, animais selvagens, vaqueiros e pioneiros, em contraste marcante com as realidades sujas da industrialização e imigração, alterando as cidades da Costa Leste empurrando-as para o oeste. Remington, sem dúvida, falou por muitos dos seus colegas quando, em 1907, declarou: “O meu Oeste deixou de existir há muito tempo, tornando-se num mero sonho. Colocou o seu chapéu, pegou nos cobertores e foi embora, a cortina desceu, dando início a um novo acto”.

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End of the Trail, 1918; this cast, by 1919 James Earle Fraser (American, 1876–1953) Copper alloy; 33 x 26 x 8 3/4 in. (83.8 x 66 x 22.2 cm) Purchase, Friends of The American Wing Fund, Mr. and Mrs. S. Parker Gilbert Gift, Morris K. Jesup and 2004 Benefit Funds, 2010 (2010.73) 63


On the Border of the White Man's Land, 1899; this cast, 1906–7 Solon Hannibal Borglum (American, 1868–1922) Bronze; 18 1/2 x 27 1/2 x 10 1/4 in. (47 x 69.9 x 26 cm) Rogers Fund, 1907 (07.104) 64


Muitos desses escultores foram rigorosamente treinados em academias em Nova Iorque e Paris, aplicando técnicas escultóricas sofisticadas, de inspiração francesa, para descrever seres humanos e animais através de estatuetas, famosas, quer na região quer no estrangeiro, e consideradas como autenticamente americanas. Esses artistas, autodidatas, alcançaram de forma semelhante, um tratamento naturalista da forma e um jogo vivo de luz e sombra nas suas representações em bronze da vida nos estados e territórios do oeste. De facto, a confluência de inovações temáticas, técnicas e estéticas resultou em esculturas de bronze que mediaram entre o leste e oeste, o velho e o novo, cosmopolita e provinciano. O desenvolvimento da arte de fundição do bronze na América, foi marcado pelos trabalhos expostos nesta exposição. Ao contrário do mármore extraído na Europa e enviado através do oceano com grandes custos, o bronze, liga composta de cobre, com menor quantidade de estanho, zinco e chumbo, tornou-se rapidamente disponível nos Estados Unidos, após o aparecimento das primeiras fundições de arte em bronze, por volta de 1850. Devido à acessibilidade e ao custo relativamente baixo, o bronze veio a ser considerado um material americano e democrático. A exposição incluirá muitas composições que não seriam possíveis em mármore, mostrando trabalhos extremamente desafiadores em bronze, como é o caso da representação espantosamente realista de um casaco peludo de um bisonte, ou de um cavalo veloz e um cavaleiro suspenso no ar, apoiado apenas numa pele de bisonte. O bronze foi particularmente bem adaptado para composições complexas, variedade de textura e detalhes da narrativa dessas obras do oeste.

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A valorização da estatueta de bronze, por parte da população, foi cultivada pela familiaridade com outras formas de arte, reproduzidas em múltiplos. Fotografias, litografias, e outros tipos de ilustrações, especialmente aquelas que circularam pela imprensa popular e sempre em expansão, habituaram os americanos a um cenário majestoso, povos nativos, e animais selvagens do oeste. Edições de pequenas esculturas em bronze, começaram a ser feitas, em meados do século, por Henry Kirke Brown e John Quincy Adams Ward. Estas estatuetas de bronze foram colecionadas por uma clientela que, de forma indirecta, participou em aventuras na fronteira do oeste, através da colocação de esculturas nas suas salas de estar, bibliotecas e jardins. A exposição também irá explorar a forma como a escultura foi comercializada, atingindo uma popularidade especial. Em dois casos, os moldes do mesmo tema, serão mostrados lado a lado. Exemplares de “ Broncho Buster”- Frederic Remington (1895), foram publicados numa edição autorizada, irão mostrar as diferenças que evoluíram nas suas esculturas. A comparação entre um molde de areia e um molde de cera, irá ilustrar a experiência e diversidade composicional com que Remington se encantava. Um deles foi lançado em 1898, quando apresentado a Theodore Roosevelt, Rough Riders (Sagamore Hill National Historic Site). O outro, representando o virtuoso “wooly”, foi lançado em 1906 e comprado pelos irmãos Will e Mike Hogg, importantes colecionadores de Remington (The Museum of Fine Arts, Houston). O apelo de Cyrus Edwin Dallin ao Grande Espírito, e um índio americano no seu cavalo fazendo um apelo à paz, foram lançadas em três tamanhos diferentes, com mais de 400 estatuetas, com produções autorizados A exposição vai apresentar tamanhos médiios e grandes (1913 e 1912, respectivamente uma colecção particular, e do Hood Museum of Art, Dartmouth College).

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The Broncho Buster, 1895; revised 1909; this cast, by November 1910 Frederic Remington (American, 1861–1909) Bronze; 32 1/4 x 27 1/4 x 15 in. (81.9 x 69.2 x 38.1 cm) Bequest of Jacob Ruppert, 1939 (39.65.45) 67


The Moqui Prayer for Rain, 1895–96; this cast, 1897 Hermon Atkins MacNeil (American, 1866–1947) Bronze; 22 1/4 x 26 x 12 in. (56.5 x 66 x 30.5 cm) Gift of Mr. and Mrs. Walter C. Crawford, 1978 (1978.513.6) 68


A exposição abrange o período 1850-1925 (com algumas excepções), centrando-se em quatro temas específicos: o índio americano, animais selvagens, o cowboy e o colono. Enquanto o índio e os animais americanos foram temas favorecidos ao longo deste período de 75 anos, o vaqueiro não foi retratado de forma escultural, até a década de 1890, assim como o pioneiro até à viragem do séc. XX. Entre as figuras históricas representadas na exposição, estarão Chief Joseph of the Nez Percé, o raiano Kit Carson, o actor de cinema mudo William S. Hart, e o humorista Will Rogers. A secção sobre os índios americanos apresenta uma série de esculturas que transmitem as mudanças enfrentadas pelas nações indígenas. O documentário regista os índios americanos a começarem, na década de 1820, com retratos pintados, estendendo-se aos bronzes na década de 1870. No entanto, a maioria das representações escultóricas de índios norteamericanos são os registos do seu modo de vida, a partir de actividades do dia-a-dia, tais como a caça, rituais sagrados, fundindo a narrativa com temas universais. Moqui Prayer for Rain (1895–96, colecção particular) de Hermon Atkins MacNeil, foi inspirado na sua visita ao Arizona em 1895, onde testemunhou, numa cerimónia anual, Moqui (Hopi) fazendo um apelo à chuva.

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A visão áspera do oeste americano é abordada através de esculturas, que tornam vivos o drama e perigos da experiência do homem. O cowboy robusto e viril era um estereótipo familiar, um herói americano popularizado através de ilustrações, obras de arte, literatura e apresentações itinerantes no país e no estrangeiro, nomeadamente o oeste selvagem de Buffalo Bill. Com a sua primeira e mais popular, escultura, Bronco Buster (1895), que descreve uma figura a domar um cavalo de criação, Frederic Remington define o padrão da forma de como o cowboy era retratado na escultura. A exposição é cocomissariada por Thayer Tolles, Marica F. Vilcek Curador, pinturas e esculturas americanas, The American Wing, e Thomas Brent Smith, Director, Instituto Petrie para a Arte Ocidental, Denver Art Museum. No Metropolitan, a exposição foi organizada por Thayer Tolles, com a ajuda de Jessica Murphy, Research Associate, The American Wing. O design da Exposição é de Michael Lapthorn, Senior, gráficos; Norie Morimoto, Designer Gráfico, e iluminação de Clint Ross Coller e Richard Lichte, Lighting Design Managers, todos do departamento de design do Museu. A exposição foi possível graças à Fundação Peter Jay Sharp, Fundação Henry Luce, Terra Foundation for American Art e Enterprise Holdings Endowment. Foi organizado pelo Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, em colaboração com o Museu de Arte de Denver.

The Metropolitan Museum of Art New York

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The Cheyenne, 1901; this cast, by March 1907 Frederic Remington (American, 1861–1909) Bronze; 20 1/4 x 25 x 8 in. (51.4 x 63.5 x 20.3 cm) Rogers Fund, 1907 (07.80)

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THOMAS DODD Na Busca do Arquétipo Por: Isabel Gore e José Eduardo Silva

Thomas Dodd ©Courtesy Thomas Dodd 74


À primeira vista “Arte” digital consiste na fusão dos tradicionais media de modo a produzirem imagens que não podem ser descritos como fotografia, pintura, desenho ou mesmo colagem. Cada peça combina em si um pouco de cada media, mesmo quando tradicionalmente o ponto de partida é a fotografia. Para nos ajudar a descobrir o que está a acontecer nesta nova forma de produzir arte, uma verdadeira revolução muito semelhante àquela protagonizada no início do séc. XX com as colagens, convidamos Thomas Dodd um dos principais artistas da era digital, nascido em 1961, New Jersey, para falar um pouco sobre si e sobre a sua arte. Através das suas palavras, o leitor poderá facilmente entender o que é este novo media e, simultaneamente, descobrir o objectivo do mestre do contemporâneo.

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THOMAS

NightF

©Cortesia Th 76


S DODD

Flight

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Antes de 2005 era um harpista profissional e compositor. O que é que o levou a mudar para as Artes Visuais? Nos anos noventa, integrei uma banda chamada Trio Nocturna, que teve algum êxito no seio da cena musical, nomeadamente, Gótica underground / Darkwave. Editamos três álbuns, fizemos uma tournée pelos EU e tínhamos uma pequena legião de fãs devotos. Quando, em 1977, a banda se separou, decidi fazer trabalhos de estúdio e, como a tecnologia digital se tinha tornado acessível, comecei a fazer gravações em casa. Após alguns anos, comecei a sentir que faltava algo vital na minha vida criativa. Apesar de saber que, no passado, tocar numa banda ao vivo, me tinha trazido coisas gratificantes, agora sinto que não teria energia para continuar num grupo de músicos e, lentamente, construir e manter uma reputação. Foi nesta altura, que descobri o Photoshop (quando estava a fazer uma capa artística para um projecto de um CD) e rapidamente fiquei fixado com a diversidade ilimitada, no campo virtual, que poderia transformar uma imagem comum em qualquer coisa de extraordinário. Na minha fotografia, continuo a colaborar com outras pessoas, mas não estou dependente delas como estaria se estivesse ainda com os meus companheiros de banda. Prefiro a liberdade de ser um artista visual, no entanto devo confessar que, em certas ocasiões, sinto a falta das emoções que se tem quando se está ligado a um grupo de músicos e audiência... 78


THOMAS DODD Dandelion ŠCortesia Thomas Dodd 79


Como é que chegou à conclusão de que a fotografia digital poderia ser considerada arte? Penso que, desde o início da minha carreira, cheguei a essa conclusão. As minhas referências são, na maior parte, pintores clássicos e alguns fotógrafos de arte (e tenho de agradecer aos meus pais e irmã, por isso, pois cresci numa casa cheia de livros que cultivaram o meu “vocabulário visual” como artista) que formataram a minha expressão artística. Muita arte digital está mais identificada com a cultura pop ou a filmes tipo CG actuais e, como resultado, não é tanto no âmbito das “belas artes”, mas sim na cultura pop ou mundos de “alta fantasia”.

A música tem alguma influência nos seus trabalhos? Sim, considero-me um conceptualista de improvisação, o que significa que improviso quando estou a trabalhar e posso sair em incursões baseadas na intuição. Isto é uma coisa que aprendi a fazer como músico e transferi isso, muito bem, para a arte. Quando vejo um modelo com uma certa expressão ou gesto, muitas vezes surge em mim uma ideia, que não tinha planeado. É claro que também toco música durante as filmagens, o que ajuda a criar um clima para os modelos, geralmente um tipo atmosférico de música “down”, com vozes femininas, como Bjork, Portishead e PJ Harvey.

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THOMAS DODD Dogma ©Cortesia Thomas Dodd 81


THOMAS

Astral

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S DODD

l Body

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As suas criações estão carregadas de temas mitológicos e religiosos. Acredita no poder dos símbolos e alegorias? Espero evocar algo profundo e arquetípico com as minhas imagens. Acho que é por isso, que os temas dos meus trabalhos têm referências míticas e espirituais. Existe uma espécie de linguagem universal, de símbolos e mitos, que transcendem as fronteiras culturais, e procuro extrair esse tipo de reconhecimento subconsciente das pessoas quando olham as minhas imagens.

Poderemos dizer que, dentro de si, existe uma necessidade de expressar um ser interior e forças ocultas? Penso que é isso que leva a maior parte das pessoas a criarem, como se estivessem a expressar o seu ser, uma forma de dizer” Estive aqui e felizmente fiz a diferença” Fale-nos um pouco da sua arte. Através das minhas imagens, penso revelar quem sou, algumas pessoas conseguem ver isso mais claramente do que outras, mas cada imagem minha é, sem dúvida, um auto-retrato que fala mais de mim, do que qualquer biografia o poderia fazer

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THOMAS DODD The Dreamer ŠCortesia Thomas Dodd 85


Após o enquadramento, quanto tempo leva a criar uma peça de arte? Depende. Algumas peças podem ficar prontas numa hora ou duas, outras podem levar semanas de trabalho obsessivo sobre os detalhes.

Qual foi a reacção de algumas galerias em considerar a fotografia surreal como arte? Acha que foi difícil? Para mim, foi um processo lento para entrar nas galerias. Penso que o único inconveniente que a arte digital tem enfrentado é que não é, realmente, considerada fotografia no sentido tradicional, onde tudo era trabalhado sobre o negativo e a impressão e, certamente, não é pintura em nenhum sentido. A Arte digital é, ainda, um novo meio de comunicação com um formato em constante mudança, por um lado pode ser difícil a sua comercialização e a venda a colecionadores, mas por outro lado significa que se pode fazer experiências novas e ousadas e, talvez, tornar-se num processo inovador. Como em qualquer área nova, está aberto para a exploração, e se você explorar algo por muito tempo, eventualmente vai descobrir algo de único...

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Que espécie de conselho daria aos artistas que querem desenvolver as suas capacidades na fotografia digital, de modo a ser considerar obra de arte? Odd Nerdrum disse que “o pensamento tem que vir em primeiro lugar”, e concordo plenamente. Você pode imitar tudo o que é actualmente popular ou, até mesmo os velhos mestres, mas vai sentir que ainda falta alguma coisa vital na sua arte. Ser artista, significa que você está a usar um meio de expressar qualquer coisa que é essencialmente inexprimível através da linguagem, algo que entra no campo dos arquétipos e do espirito. Penso que quanto mais familiarizado estiver com a história da arte, da literatura e do pensamento humano, mais conceitos terá de aprender. E, talvez o mais importante, penso que quem quiser criar “arte” deverá ouvir a sua voz interna, prestar atenção aos seus sonhos e aos seus pensamentos mais íntimos. Se retirar a inspiração do seu interior, nunca correrá o risco de ser considerado um imitador ou um oportunista.

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Quais são as suas influências passadas e contemporâneas? Sou influenciado, predominantemente, por pintores. Gosto dos mestres do Barroco pela forma como tratam a luz e os tons da pele, em particular, Caravaggio e Rembrandt e sou também muito influenciado quer pelo estilo, quer pela temática por dois movimentos dos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX; Os Simbolistas, especialmente Gustav Klimt e Edvard Munch e os PréRafaelitas, em particular, John William Waterhouse.. Alguns dos meus trabalhos contem elementos de Maxfield Parrish e Giuseppe Arcimboldo. Sou também um grande apreciador do movimento realista moderno, liderado pelo grande pintor Norueguês, Odd Nerdum, que ,actualmente, está a ser impulsionado por jovens pintores como, Richard T Scott, Cesar Santos e Adam Miller. Fotógrafos que tiveram um grande impacto em mim foram, Jan Saudek com a sua fotografia erótica , e o grande contador de estórias da moda, Helmut Newton. Tradução: L&S

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THOMAS DODD Woodshedding ŠCortesia Thomas Dodd 89


Kevin Francis Gray 20 Novembro 2013 – 25 Janeiro 2014

PACE LONDON A dedicação de Kevin Francis Gray, ao realismo no seu trabalho, a atenção meticulosa aos detalhes do seu tema e a utilização de materiais como o bronze e mármore, pode parecer convencional para alguns espectadores da arte contemporânea, no entanto é precisamente este material e ponto de referência visual que permanece não convencional. O trabalho tem como objectivo transcender o natural e o material, tanto na forma como no tema, procurando tornar numa perfeição física, o que não é atingido no mundo Kevin Francis Gray © Cortesia Kevin Francis Gray temporal. Esta tensão entre o real e irreal presta-se a uma interrogação interessante, sobre as definições contemporâneas de tradição e inovação.

“Esta exposição irá marcar uma mudança distinta da linguagem visual e escultural dentro do meu trabalho. Sinto que tanto o trabalho e a prática de estúdio têm amadurecido, e esta exposição reflecte a minha criatividade e ambição conceptual, mesmo com as dificuldades esculturais ele lança-se para mim como artista. “ Kevin Francis Gray, Outubro de 2013. 90


Kevin Francis Gray Bailarina e o Jovem (detalhe) Mármore branco de carrara © Kevin Francis Gray, cortesia The Pace Gallery – imagens: © Tara Moore 91


Kevin Fra

Bailarina e o Jovem é uma Pietà contemporânea de duas figuras envolt funerária de cobrir o corpo, nas culturas judaico-cristãs e também um vé coberta, transporta o corpo de um jovem , e o corpo tenso luta para supera do ofício. Esta contradição física da Bailarina erguendo o Bailarino, p aproxime da missão escultural do desespero físico. O corpo frágil do jovem e formas elevam a figura para níveis de beleza e graciosidade. Simulta formais do corpo, tornando-as anônimas, universais e tangí

© Kevin Francis Gray, cortesia The P 92


ancis Gray

tas, feitas de mármore branco de carrara. A mortalha mostra a tradição éu metafórico que pode servir para as pessoas se esconderem. A bailarina ar as limitações físicas, a fim de aparecer sem peso, revelando a perfeição permite que o trabalho se afaste das referências directas à dança, e se m, pretende lembrar que a figura está para além deste mundo, os detalhes aneamente, a roupagem das figuras escondem e definem os elementos íveis, dentro do mundo mundano e da física transcendental.

Pace Gallery – imagens: © Tara Moore 93


Os destaques da exposição incluem cinco cabeças duplas de bronze, em tamanho natural. Estreitamente alinhadas com a arte tradicional do retrato, as obras transcendem os limites iniciais do ofício e pressiona a contextualização do retrato. As cabeças são cavadas, a fim de criar o efeito de uma concha vazia, contendo um mundo polido e idealizado, que colide com o exterior brutal e áspero, tanto da escultura como do mundo que o rodeia. Doze Salas, de 2013, com doze figuras em tamanho real em bronze fundido. As figuras nuas são agrupadas à volta uma nas outras, retratando noções de isolamento e de inclusão, conforto e desconforto. Os temas destas figuras são as pessoas que vivem perto do seu estúdio em Londres, trazidas para dentro e esculpidas a partir do real. A peça convida o espectador a caminhar entre as figuras esculpidas, permitindo a que se possa participar da escultura e experimentar a presença figurativa da paisagem fragmentada que as esculturas ocupam. A Bailarina e o Jovem, de 2013, uma escultura em tamanho real, composta por duas figuras envoltas numa mortalha, feita em mármore branco de carrara, mostram a tradição funerária de cobrir o corpo, nas culturas judaico-cristãs. O trabalho faz referência a um véu metafórico, que permite às pessoas esconderem-se debaixo dele. A bailarina carrega o corpo inerte do jovem, enquanto o seu corpo tenso luta para superar as limitações físicas que esta impõe, a fim de aparecer sem peso e revelar a perfeição do ofício. Esta contradição física da Bailarina erguendo o Bailarino, permite que o trabalho se afaste das referências directas à dança, e se aproxime da missão escultural do desespero físico. O corpo frágil do jovem, pretende lembrar que a figura está para além deste mundo, os detalhes e formas elevam a figura para níveis de beleza e graciosidade. Simultaneamente, a roupagem das figuras escondem e definem os elementos formais do corpo, tornando-as anônimas, universais e tangíveis, dentro do mundo mundano e da física transcendental. 94


Kevin Francis Gray Bailarina e o Jovem (detalhe) Mármore branco de carrara © Kevin Francis Gray, cortesia The Pace Gallery – imagens: © Tara Moore 95


Kevin Francis Gray, nasceu em 1972 na Irlanda do Norte, vive e trabalha em Londres. Teve a sua exposição individual em Haunch of Venison, Nova Iorque, EUA; Mendes Wood Gallery, São Paulo, Brasil, Roebling Hall, de Nova Iorque, EUA; Other Gallery, Londres, Reino Unido; Changing Role Gallery, em Roma, Veneza e Nápoles, Itália; Goff+Rosenthal, Berlim, Alemanha; Osterwalders Art Office, Hamburgo, Alemanha O seu trabalho tem sido incluido em exposições na Royal Academy, Londres, UK; Chisenhale Gallery, Londres,UK; Sudeley Castle, Winchcombe, Gloucestershire, UK; Museum of Contemporary Art of the Valde-Marne, Paris, França; Nieuw Dakota, Amsterdão; Palazzo Arti Napoli, Napoles, Italia; Musee d’art Moderne, Saint- Etienne, França; Museum of Contemporary Art, Belgrado, Sérvia; ARTIUM, CentroMuseo Vasco de Arte Contemporáneo, Vitoria-Gasteiz, Espanha; Tel Aviv Museum of Art, Tel Aviv, Israel; e Art Space, Nova Iorque, USA.

Pace London 6 Burlington Gardens London W1S 3ET 96


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Edward Steichen em 1920 e 1930: Um doação para beneficência de

6 de Dezembro 2013 – durante o mês de Fevere

O Whitney Museum of American Art irá expor obras de Edward Steichen, fotógrafo pioneiro norte-americano, mais conhecido pelos seus retratos marcantes do início do século XX. Organizada pela curadora sênior, Carrie Springer, a exposição inclui retratos de celebridades e fotografias de moda, tiradas para a Vanity Fair e Vogue, imagens captadas para campanhas publicitárias, e uma selecção de fotografias que mostram o interesse do artista pelo mundo natural. As cerca de quarenta e cinco obras que compõem “Edward Steiche em 1920 e 1930”, uma aquisição recente, destaca uma doação para beneficência de Richard e Jackie Hollander, em memória de Ellyn Hollander. A exposição poderá ser vista a partir de 06 de Dezembro, 2013 até final

do mês de Fevereiro,2014 na Galeria do museu Anne & Joel Ehrenkranz . Esta exposição abrange um período em que Steichen era o fotógrafo principal das publicações Condé Nast, cargo que ocupou de 1923 a 1937. Considerado um dos maiores retratistas da época, Steichen foi escolhido para fotografar actores famosos, escritores, artistas, estadistas, e figuras da sociedade para as revistas Vogue e Vanity Fairs. Os seus retratos, incluindo imagens icônicas de Winston Churchill, Paul Robeson, Marlene Dietrich, Eugene O’Neill, e Gertrude Vanderbilt Whitney, estarão em exibição, retratando um período rico da história cultural.

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ma Aquisição recente , destacando uma e Richard e Jackie Hollander

eiro 2014 | Whitney Museum of American Art

EDWARD STEICHEN Foxgloves, França, 1925. Impressão em prata e gelatina, 9 15/16 × 7 15/16in. (25,2 x 20,2 cm). Whitney Museum of American Art, doação de Richard e Jackie Hollander em memória de Ellyn Hollander 2012.222 99


Nesta exposição, também estão incluías várias imagens de Steichen com temas de flores, jardins, e frutas, que ele criou para seu próprio interesse, e que reflectem as qualidades formais, aparentes, no trabalho comercial de Steichen. Vistas em conjunto, as obras desta exposição mostram a visão de Steichen sobre a fotografia, não só como forma estética, mas também como veículo de comunicação de massa.

Mundial, como fotógrafo aeronáutico, abandonou a pintura e desenvolveu uma abordagem, mais moderna, à fotografia, concentrandose em fazer imagens para a página impressa. Depois de ter trabalhado, como fotógrafo principal, para as publicações Condé Nast 1923-1937, Steichen renunciou ao cargo e, aos cinquenta e nove anos, abandonou o seu estúdio em Nova Iorque.

Em simultâneo, Steichen começou a tirar fotografias para publicidade, que são representações elegantes e naturais de objectos e pessoas. Usando um contraste nítido de luz e sombra, criou uma estrutura visual dramática para os seus temas. Estas qualidades são evidentes nos nus para a Cannon Towels, e no seu anúncio para Coty Lipstick, ambos em exposição.

Edward Steichen (1879-1973), começou a sua carreira como pintor e fotógrafo, produzindo fotografias atmosféricas e expressivas, com uma aparência pictórica deliberada. Após ter servido na Primeira Guerra Mundial, como fotógrafo aeronáutico, abandonou a pintura e desenvolveu uma abordagem, mais moderna, à fotografia, concentrandose em fazer imagens para a página impressa. Depois de ter trabalhado, como fotógrafo principal, para as publicações Condé Nast 1923-1937, Steichen renunciou ao cargo e, aos cinquenta e nove anos, abandonou o seu estúdio em Nova Iorque.

Edward Steichen (1879-1973), começou a sua carreira como pintor e fotógrafo, produzindo fotografias atmosféricas e expressivas, com uma aparência pictórica deliberada. Após ter servido na Primeira Guerra 100


EDWARD STEICHEN Marlene Dietrich, (para Vanity Fair) de 1931. Impressão em prata e gelatina, 10 × 8 pol. (25,4 x 20,3 cm). Whitney Museum of American Art, doação de Richard e Jackie Hollander em memória de Ellyn Hollander 2012.234 101


Durante a Segunda Guerra Mundial, Steichen alistou-se como voluntário, tornandose director do Instituto Fotográfico da Marinha dos EUA, sendo responsável por toda a fotografia de Combate da Marinha. Em 1947, foi nomeado director do Departamento de Fotografia no Museu de Arte Moderna, onde trabalhou durante 15 anos, sendo curador de mais de quarenta exposições. A sua exposição mais famosa foi The Family of Man (1955), uma exposição abrangente de fotografias de artistas mundiais, ligados entre si por uma experiência humana compartilhada. O MoMA , organizou uma exposição dos trabalhos pessoais de Steichen em 1961, um ano antes de se aposentar. Em 1963, o presidente John F. Kennedy condecorou Steichen com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta homenagem que o governo concede a um civil.

Esta exposição tem o apoio da Fundação John R. Eckel Jr , e o apoio do Conselho de Artistas do Whitney Museum of American Art. Richard e Jackie Hollander possuem uma das maiores colecções particulares de fotografias de Steichen. No inverno passado, doaram 142 gravuras vintage de Edward Steichen, a três museus: Whitney Museum of American Art , Mary and Leigh Block Museum of Art at Northwestern University e Los Angeles County Museum of Art. As fotografias foram adquiridas pelos Hollanders directamente do espólio do artista, representando uma parte de toda a sua colecção. O Sr. Hollander é o presidente da Aristotle Capital Management, LLC (“Aristotle”), empresa de gestão de investimentos.

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EDWARD STEICHEN Publicidade para Coty Lipstick, 1935. Impressão em prata e gelatina, 9 15/16 × 7 15/16in. (25,2 x 20,2 cm). Whitney Museum of American Art, doação de Richard e Jackie Hollander em memória de Ellyn Hollander 2012.205 103


EDWARD STEICHEN Paul Robeson (como Brutus Jones em O Imperador Jones, para a Vanity Fair) de 1933. Impressão em prata e gelatina, montagem em placa, 9 15/16 × 8 pol. (25,2 x 20,3 cm). Whitney Museum of American Artdoação de Richard e Jackie Hollander em memória de Ellyn Hollander 2012.240 104


Whitney Museum of American Art 945 Madison Avenue 75th Street New York City NY 10021

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TAYMOUR GRAHNE GALLERY

Ciarán Murphy: A Round Now 10 de Dezembro, 2013 – 25 Janeiro , 2014

Ciarán Murphy Highway Kind 1, 2013 Óleo sobre tela, 19.69 x 23.62 (50 x 60 cm) Cortesia de Ciarán Murphy e Taymour Grahne Gallery 106


Taymour Grahne Gallery tem o orgulho de apresentar “A Round Now”, uma selecção de novas pinturas a óleo e aguarelas do aclamado artista irlandês Ciarán Murphy, marcando a sua primeira exposição em Nova Iorque.

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As pinturas enigmáticas de Murphy têm como ponto de partida, um arquivo amplo e crescente de imagens encontradas, recolhidas e cuidadosamente organizadas em categorias, pelo artista, ao longo dos anos. Este arquivo, inédito, constitui a espinha dorsal que assombra as obras acabadas. Através de um processo de edição, eliminação, ou simplesmente substituição do que foi pintado ou não, o trabalho deixa uma sensação não de perda, ou ausência, mas sim a presença de uma não-coisa. Recentemente, os motivos das suas pinturas tornaram-se mais obscuros e evasivos. As formas reconhecíveis no seu trabalho anterior, deram lugar a formas indeterminadas e arquitetônicas. Embora alguns possam ser descritos como abstractos são, até certo ponto, derivados fotograficamente e “indicialmente amarrados a algum instante congelado, que existia antes da pintura”, como Chris Fite Wassilak escreve em “Documentary.” A sensação de desarticulação ou mal-estar que surge no trabalho de Murphy, não está localizada em nenhuma imagem específica, trata-se de um sentimento acumulado que cresce enquanto se caminha, entre a colecção das suas pinturas. Este sentimento perpétuo de desarticulação, garante que o espectador nunca poderá instituir qualquer perspectiva de ter “chegado” ou sentirse “em casa”. O crítico de arte Luke Clancy refere-se às pinturas de Murphy como imagens espectrais; “As suas formas de fantasmas e obejctos quase em desintegração, vêm de um lugar para onde todos nos dirigimos. São pinturas especulativas, uma vez que partilham ficções especulativas e uma habilidade em olhar o futuro com imaginação. Deste modo, as pinturas propõe uma maneira de explorar, de forma figurativa, os limites da nossa compreensão dos objectos, os quais dramatizam as nossas expectativas, não só de compreensão, mas de detecção”

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Ciarรกn Murphy Idea for a Sculpture, 2013 ร leo sobre tela, 31.5 x 23.62 in (80 x 60 cm) Cortesia de Ciarรกn Murphy e Taymour Grahne Gallery 109


Desde a primeira exposição individual, das obras de Murphy, em Dublin, 2005, o seu trabalho alcançou um considerável sucesso na critica internacional, com exposições individuais na Kavi Gupta Gallery Chicago, Grimm Gallery Amsterdam, Douglas Hyde Gallery, Dublin, Zoo Art Fair, Londres. Futuras exposições incluem “The Line of Beauty” no Irish Museum of Modern Art, Dublin “Paradise Series” Douglas Hyde Gallery, Dublin. As suas pinturas são detidas por colecções públicas e privadas, em todo o mundo. Ciarán Murphy vive e trabalha em County Cork, Irlanda.

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Ciarรกn Murphy Untitled (plant), 2013 Aguarela sobre papel, 11.6h x 9.1w in / 29.5h x 23w cm Cortesia de Ciarรกn Murphy e Taymour Grahne Gallery 111


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Ciarรกn Murphy Arrangement in D., 2013 ร leo sobre tela, 19.69 x 23.62 in (50 x 60 cm) Cortesia de Ciarรกn Murphy e Taymour Grahne Gallery

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Ciarรกn Murphy Untitled Structure No. 18, 2013 ร leo sobre tela, 11.81h x 15.75w in / 30h x 40w cm

Cortesia de Ciarรกn Murphy e Taymour Grahne Gallery

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Ciarรกn Murphy Interpretative Centre (no. 1), 2013 ร leo sobre tela, 39.37 x 47.24 in / 100 x 120 cm Cortesia de Ciarรกn Murphy e Taymour Grahne Gallery

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ROBERT MAPPLETHORPE SAINTS AND SINNERS 14 de Dezembro, 2013 – 25 de Janeiro, 2014

Sean Kelly Sean Kelly reúne vinte e sete pares de imagens de Mapplethorpe, explorando o tema Saints and Sinners (Santos e Pecadores). Enquanto alguns pares na exposição podem ter conexões mais óbvias, outros são mais ambíguos nas suas associações. As cinquenta e quatro imagens que compõem Saints and Sinners, algumas das quais, raramente exibidas, oferecem ao espectador uma oportunidade de encontrar conexões pessoalmente significativas no trabalho. O próprio Mapplethorpe, de forma hábil, subverteu quaisquer implicações morais, apresentando o seu tema principal de uma forma objectiva, e até mesmo clássica, colocando o ônus sobre o espectador, de modo a que este tire as suas próprias conclusões. O Auto-Retrato de Mapplethorpe (1980) em “drag” é colocado ao lado do retrato da cantora e actriz, Amanda Lear (1976), duas representações exclusivas da sexualidade feminina. O perfil de uma escultura em mármore de Ermes (1988), é exibido próximo de uma composição clássica da “Vanitas” com o recurso a um crânio humano (1988). O primeiro talvez represente um ideal da perfeição física, enquanto o último lembra uma das realidades da existência mortal. Bruce Mailman (1981) e Christopher Holly (1980) são, de forma diversa, potencialmente entendidos como lúdicos ou nefastos, e em cada caso o espectador é convidado a decidir sobre as implicações para eles próprios. 118


Robert Mapplethorpe Alice Neel, 1984 ŠRobert Mapplethorpe Foundation. Uso autorizado Cortesia: Sean Kelly, New York 119


As conjugações fotográficas em Saints and Sinners, oferecem a possibilidade de interpretações pessoais, aparentemente intermináveis, do trabalho e uma nova perspectiva sobre a experiencia de Mapplethorpe e do seu contributo destemido para com a fotografia contemporânea. Robert Mapplethorpe nasceu em 1946, em Nova Iorque. Tirou o Bacharelato em Belas Artes no Pratt Institute, em Brooklyn, onde produziu obras de arte em diversos media, sobretudo colagem. A mudança para a fotografia, como único meio de expressão de Mapplethorpe, aconteceu gradualmente durante os meados dos anos setenta. Tirou as suas primeiras fotografias, usando uma câmara Polaroid, e mais tarde tornou-se conhecido pelos seus retratos de artistas, arquitectos, figuras da alta sociedade, estrelas de filmes pornográficos, membros da comunidade S & M e uma variedade de personagens, muitas das quais, amigos pessoais. Durante o início da década de 1980, as suas fotografias começaram a dar enfase à beleza formal clássica, concentrando-se em nus masculinos e femininos, flores, naturezas-mortas e retratos formais. Mapplethorpe morreu, com HIV, a 9 de Março de 1989, em Boston, aos 42 anos. Desde então, o seu trabalho tem sido objecto de inúmeras exposições em todo o mundo, incluindo grandes retrospectivas itinerantes em museus.

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Robert Mapplethorpe Christopher Holly,1980 ŠRobert Mapplethorpe Foundation. Uso autorizado Cortesia: Sean Kelly, New York 121


Robert Mapplethorpe Bruce Mailman,1981 ŠRobert Mapplethorpe Foundation. Uso autorizado Cortesia: Sean Kelly, New York 122


Robert Mapplethorpe Javier,1985 ŠRobert Mapplethorpe Foundation. Uso autorizado Cortesia: Sean Kelly, New York 123


Osnat Cohen Osnat Cohen nasceu em Tel- Aviv, em 1962. Nos últimos vinte anos, trabalha no centro de Israel , projectando e fabricando a sua própria linha de joias em ouro e prata . Depois de alguns anos a estudar História e Filosofia e a viajar por todo o mundo, percebeu que a sua verdadeira paixão estava no conhecimento da arte e artesanato. Osnat montou, em casa, o seu próprio estúdio, aprendendo o processo de criação de joias. É uma artista autodidata, livre dos constrangimentos dogmáticos da escola, independente e atenta à sua própria visão interior, uma relação grande com a natureza e ecologia e , principalmente, com a área cultural da arte de joalharia em Israel. Em cada peça sua, sente-se a sua liberdade, força interior, curiosidade artística e desejo. “ No meu trabalho, sinto-me fascinada com o encontro entre o metal frio e o fogo. Procuro articular este fascínio de transformação única sobre a peça, tentando preservar uma inocência inicial e uma sensação orgânica que está associada com o processo “ - Osnat Cohen www.estijewelry.com Tradução: L&S

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Osnat Cohen Hamsa, Pendente em Prata e Ouro (14) Foto: Cortesia Osnat Cohen

Osnat Cohen Bird Brooch, prata e ouro Foto: Cortesia Osnat Cohen

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Osnat Cohen Brinco em forma de Bot達o Ouro (14) e prata Foto: Cortesia Osnat Cohen

Osnat Cohen Pendente em prata e cobre Foto: Cortesia Osnat Cohen

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Osnat Cohen Colar em couro com pendente em ouro e prata Foto: Cortesia Osnat Cohen

Osnat Cohen Pulseira de Prata com Turmalina e Jade Foto: Cortesia Osnat Cohen

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Osnat Cohen Gold ring Foto: Cortesia Osnat Cohen

Osnat Cohen Anel prata e ouro Foto: Cortesia Osnat Cohen 128


Osnat Cohen Pendente em prata com cobre Foto: Cortesia Osnat Cohen

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DESTAQUES Salzburg, Austria

Baden-Baden, Germany

Under Pressure: Politics in Contemporary Photography November1, 2013 – March 2, 2014 Museum der Moderne, Salzburg Mönchsberg 32, 5020 Salzburg

Franz Gertsch: Nature’s Secret October 26, 2013- February 16, 2014 Museum Frieder Burder Lichtentaler Allee 8S, Baden-Baden

Wien, Austria

Hamburg, Germany

Point of View #7 – Unusual Insights into the Pictures Gallery December 12, 2013 – February 16, 2014 Kunsthistorisches Museum Maria-Theresien-Platz, 1010 Wien

The Beauty of The Line – Stefano della Bella as a Draughtsman October 25, 2013 – January 26, 2014 Hamburger Kunsthalle, Kuppelsaal Glockengießerwall 20095, Hamburg

S.Paulo, Brasil

Wolfsburg, Germany

Edie Peake Caustic Community (Masks and Mirrors) November 20, 2013 – February 8, 2014 White Cube, S. Paulo Rua Agostinho Rodrigues Filho

Art & Textiles – Fabric as Material and Concept in Modern Art from Klimt to the Present October 10, 2013 – March 3, 2014 Kunstmuseum Wolfsburg Hollerplatz 1 -38440 Wolfsburg.

Prague, Czech Republic

Tel Aviv, Israel

Saints Cyril and Methodius – HistoryTradition-Veneration. November 1, 2013 – February 2, 2014 National Gallery of Prague Staroměstské náměstí 12, 110 15 Praha

Joana Vasconcelos: Lusitania 2013 November 4, 2013 – April 26, 2014 Tel Aviv Museum of Art – The Lightfall, Herta and Paul Amir Building 27 Shaul Hamelech Blvd, POB 33288, Tel –Aviv 130


DE JANEIRO Amsterdam, Netherlands

Edinburg, Scotland

“Raw Truth: Auerbach – Rembrandt” December 12, 2013 – March 6, 2014 Rijksmuseum Museumstraat 1, 1071 Amsterdam

Turner in January – The Vaughan Bequest of Turner Watercolors January 1, 2014 – January 31, 2014 Scottish National Gallery – Gallery Room 8 The Mound, Edinburgh EH2 2EL

Lisbon, Portugal

Barcelona, Spain

Fundação Calouste Gulbenkian October 25, 2013 –January 26, 2014 The Splendour of The Cities – The Route of The Tile Sala de Exposições Temporárias da Sede Fundação Calouste Gulbenkian Avenida Berna 45, 1067-001 Lisboa

Before The Horizon (The Representation of the Horizon from the Middle 19th Century to Present) October 24,2013 – February 16, 2014 Fundación Juam Miró Parc de Montjuic, Barcelona

Oporto, Portugal

Madrid, Spain

Habitar(s) November 30, 2013 – February 23, 2014 Galeria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett Rua D. João de Castro, 210, Porto

Chris Killip Work October 2, 2013 – February 24, 2014 Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia Edificio Sabatini Calle de Santa Isabel, 52, 28012 Madrid

Moscow, Russia

Genève, Switzerland

Maurits Cornelis Escher December 11, 2013 - February 9, 2014 Moscow Museum of Modern Art 25 Petrovka Street, Moscow

Rene Rimbert (1896-1991) Poetry of the Silence and Flemish Reminiscence November1, 2013 – April 25, 2014 Artevera’s Gallery 1 Rue Etienne Dumont, 1204, F, Genève 131


DESTAQUES Riehen/Basel, Switzerland

London, UK

Thomas Schütte Fondation Beyeler Baselstrasse 101 CH-4125 Riehen / Basel

Jake and Dinos Chapman: Come and See November 29, 2013 – February 9, 2014 Serpentine Gallery Kensington Gardens, London W2 3XA

London, UK

Los Angeles, Ca, USA

The EY Exhibition Paul Klee: Making Visible October 16, 2013 – March 9, 2014 Tate Modern Bankside, London SE1 9TG

Calder and Abstraction: From Avant-Garde to Iconic November 24, 2013 – July 27, 2014 Los Angeles County Museum of Art 5905 Wilshire Blvd, Los Angeles, CA 90036

London, UK

New York, USA

Kevin Francis Gray Pace London 6 Burlington Gardens London W1S 3ET

The American West in Bronze, 1850 -1925 December 18, 2013–April 13, 2014 1000 Fifth Avenue, New York, NY 10028-0198

London, UK

New York, USA

Yutaka Sone November 22, 2013 – January 25, 2014 David Zwirner Gallery 24 Grafton St, City of Westminster, London W1S 4EZ

Edward Steichen in the 1920’s and 1930’s A Recent acquisition, highlighting a beneficent gift from Richard and Jackie Hollander December 6, 2013 through February 2014 945 Madison Avenue, 75th Street New York City, NY 10021 132


DE JANEIRO New York, USA

New York, USA

Ciarán Murphy: A Round Now December 10, 2013 – January 25, 2014 TAYMOUR GRAHNE GALLERY 157 Hudson Street New York, NY 10013

Ink Art: Past as Present in Contemporary China December11, 2013 – April 6, 2014 The Metropolitan Museum of Art 1000 5th Ave, New York, NY 10028

New York, USA

Philadelphia, USA

Robert Mapplethorpe-Saints and Sinners December 14, 2013 - January 25, 2014 Sean Kelly 475 Tenth Ave, New York, NY 10018

The Surrealists: Works from the Collection November 3, 2013 - March 2, 2014 Philadelphia Museum of Art - Special Exhibitions Gallery, first floor, Perelman Building 2600 Benjamin Franklin Pkwy, Philadelphia, PA 19130

New York, USA

Madrid, Spain

Jan De Wiegher: New Works November 22, 2013 – January 18, 2014 Mike Weiss Gallery 520W 24 NYC

Chris Killip Work October 2, 2013 – February 24, 2014 Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia Edificio Sabatini Calle de Santa Isabel, 52, 28012 Madrid

New York, USA

Santa Clara, California, USA

George Afedzi Hugges: Collisions November 21, 2013 – January 18, 2014 Skoto Gallery 525 West 20th Street, 5th Fl, NYC

Kay Russell: Recollections December 7 through February 2, 2014 Triton Museum of Art 1505 Warburton Ave, Santa Clara, CA 95050

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Janeiro, 2014

www.lineandstylish.com 134


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