Line & Stylish Art Magazine nr10 Junho

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Nº10 PT / JUN 2014

REVISTA MENSAL E GRATUITA ENTREVISTA COM

BERTRAND DELACROIX

Presidente da Bertrand Delacroix Gallery – Chelsea


Ficha Técnica Line & Stylish, Art Magazine Nr Registo ERC – 126385/ ERC Registration nr - 126385 Proprietário/Owner: José Eduardo de Almeida e Silva Editor/Publisher: José Eduardo de Almeida e Silva NIF: 179208586 Periodicidade/Periodicity: Mensal/Monthly Morada da Redacção/Editorial Address: Urbanização do Lidador Rua 17, nr 106 4470-709 – Maia Portugal Contacto/Contact : +351 914037084 Director Geral/Director in Chief: Eduardo Silva Director Adjunto/Vice-director: Isabel Gore Editor / Editor in Chief: Eduardo Silva Redacção/ Editorial Staff: José Eduardo Silva Isabel Pereira Coutinho Luís Peixoto Director Técnico/ Art and Web Director: Luís Peixoto Photografia/Photography: • Bertrand Delacroix Gallery © Courtesy Bertrand Delacroix Gallery • Hamburger Kunsthalle © Hamburger Kunsthalle, Dauerleihgabe der Stiftung für die Hamburger Kunstsammlungen © SHK /Hamburger Kunsthalle /bpk Photo: Elke Walford Hamburger Kunsthalle, Kupferstichkabinett © Hamburger Kunsthalle/bpk Photo: Christoph Irrgang • Lower Belvedere © Belvedere, Vienna © Berlinische Galerie, Berlin / © Bildrecht, Vienna, 2014 Private Collection, Photo: © Walter Bayer © Berlinische Galerie, Berlin / © Bildrecht, Vienna, 2014 © Kunsthaus Zug, Stiftung Sammlung Kamm / © Bildrecht, Vienna, 2014 © Lindenau Museum Altenburg / © Bildrecht, Vienna, 2014 © Private Collection, Courtesy Richard Nagy Ltd., London / © Bildrecht, Vienna, 2014 • Pam Hawkes © Courtesy Pam Hawkes

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Patricia Abramovich © Courtesy Patricia Abramovich Skarstedt Chelsea Gallery Courtesy Skarstedt, New York, © The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts / Artists Rights Society (ARS), New York Courtesy Skarstedt, New York, © Yves Klein, Artists Rights Society (ARS), New York Solomon R. Guggenheim Museum © The Metropolitan Museum of Art Image Source: Art Resource, New York The Solomon R. Guggenheim Foundation, Peggy Guggenheim Collection, Venice 76.2553.31 © 2014 Artists Rights Society (ARS), New York / SIAE, Rome Photo: Courtesy Solomon R. Guggenheim Foundation, New York Gianni Mattioli Collection, on long-term loan to the Peggy Guggenheim Collection, Venice © 2014 Artists Rights Society (ARS), New York / SIAE, Rome Fondazione Carima–Museo Palazzo Ricci, Macerata, Italy Photo: Courtesy Fondazione Cassa di Risparmio della Provincia di Macerata Photo: © MART, Archivio fotográfico © Benedetta Cappa Marinetti, used by permission of Vittoria Marinetti and Luce Marinetti’s heirs Photo: AGR/Riccardi/Paoloni Casa Cavazzini, Museo d’Arte Moderna e Contemporanea, Udine, Italy © Photo: Claudio Marcon, Udine, Civici Musei e Gallerie di Storia e Arte Taymour Grahne Gallery Courtesy of Taymour Grahne Gallery, New York, NY The Metropolitan Museum of Art © Feinberg Collection. © Robert and Betsy Feinberg ©Photo: Courtesy of The Metropolitan Museum of Art


O número 10 da Line & Stylish Art Magazine dá um destaque especial ao Sr. Bertrand Delacroix, um homem Francês que é Presidente da Bertrand Delacroix Gallery em Chelsea, New York City. Através do Sr.Bertrand Delacroix, damos ênfase ao papel importante das galerias e galeristas na arte dos nossos dias. Sem um mercado de arte forte, é impossível ter um ambiente artístico caracterizado pela vida e pela mudança, assim o papel dos negociantes de arte, curadores e galeristas é muito mais importante do que parece à primeira vista, sobre eles recai a responsabilidade de divulgação da arte contemporânea. A forma como cada um faz o seu trabalho, é como definir a sua ação e relevância. Após os anos 90 do século passado, quando a arte era entendida e apresentada apenas como um grande negócio, uma série de novos galeristas começaram a emergir, motivados por uma nova atitude. Claro que, o sentido de negócio continua a persistir, mas agora os negociantes de arte mostram a sua paixão pelas obras de arte que apresentam, tornando-se numa espécie de assessores dos seus artistas. Esta é a nova atitude que encontramos em galeristas como o Sr.Bertrand Delacroix, e para todos eles a Line & Stylish Art Magazine terá sempre um lugar especial. José Eduardo Silva (Editor) Capa: BERTRAND DELACROIX GALLERY Cortesia Bertrand Delacroix 3


60.

ÍNDICE

PAM HA

Artista do

6. A Dualidade das Pinturas de Oxidação

72.

C’EST LA

Paris de Daumier e T

de Andy Warhol e das Pinturas de Fogo de Yves Klein

14.

A Arte de Duas Cidades

78.

O Florescimento Período

34.

ENTREVISTA COM BERTRAND DELACROIX

92.

O FUTURISIMO 1909 – 1

4


AWKES

108.

ENTREVISTA COM PATRICIA ABRAMOVICH

124.

Thin Skin

o mês

A VIE

Toulouse-Lautrec

da Pintura do o Edo

Seis Artistas de Beirute

138.

DESTAQUES DE JUNHO

O ITALIANO, 1944

info@lineandstylish.com +351 914 037 084 5


A Dualidade das Pinturas de Oxidação de Andy Warhol e das Pinturas de Fogo de Yves Klein 9 de Maio – 21 Junho, 2014 SKARSTEDT abre a CHELSEA GALLERY Exposição Inaugural A exposição inaugural na galeria Chelsea vai apresentar a dualidade das Pinturas de Oxidação de Andy Warhol e das Pinturas de Fogo de Yves Klein, obras principais de dois artistas iconográficos do século XX ,e fundamentais para a história da abstração,nunca antes exibidas em conjunto. Na primavera de 1961, o acesso a um laboratório de ensaios destrutivos, em França, levou Klein a elaborar uma das suas obras mais inovadoras e explosivas; as Pinturas de Fogo. Klein utilizou um maçarico para “queimar” as formas abstractas para obter papel. A técnica de Klein tem uma semelhança notável com a técnica fotográfica de um heliógrafo, mas Klein utilizou o fogo em vez de luz, para criar estilos e formas. Intensamente assombrosas e etéreas, as Pinturas de Fogo exemplificam o que Klein chamou de “pinturas perigosas,” o que comprometeu o processo da sua produção artística.

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Andy Warhol Pintura de Oxidação – 1978

Pigmento metálico e técnica mista sobre tela, 40” x 30” - 101.6 x 76.2 cm (Inv #4205) Cortesia Skarstedt, Nova Iorque, © Fundação de Andy Warhol para as Artes Visuais Sociedade dos Direitos dos Artistas (ARS), Nova Iorque 7


Andy W Pintura de Oxidaç

Pigmento metálico e técnica mista sobre tela; em dua (Inv # Cortesia Skarstedt, Nova Iorque, © Fundaç Sociedade dos Direitos dos A 8


Warhol ção (Diptíco) - 1978

as partes, cada uma com 40” x 30 “- 101.6 x 76.2 cm #3891) ção de Andy Warhol para as Artes Visuais Artistas (ARS), Nova Iorque 9


Yves Klein F 27 I - 1961

Cartão queimado sobre painel, 98.43 x 51.18 inches - 250 x 130 cm (Inv #5119) Cortesia Skarstedt, Nova Iorque, Š Yves Klein, Sociedade dos Direitos dos Artistas (ARS), Nova Iorque 10


Yves Klein F 1 - 1961

Cartão queimado, 78 3/4 x 43”- 200 x 109.2 cm. (Inv #5037) Cortesia Skarstedt, Nova Iorque, © Yves Klein, Sociedade dos Direitos dos Artistas (ARS), Nova Iorque 11


Uma década depois, Warhol fez as suas próprias experiências criativas com um processo científico, mas decidiu utilizar urina e tintas metálicas, como catalisadores. Para as Oxidações (19771978), Warhol criou superfícies brilhantes, ricamente texturizados a ouro e verde, formando a “presença física” que desejava, enquanto satirizava o acto físico de pintar, privilegiado pelos seus antecessores; os expressionistas abstractos. Esta série marca um importante ponto de partida para Warhol, sendo a sua primeira incursão na abstração, divulgando a sua intriga com os pintores do Expressionismo Abstracto que tinham dominado a cena artística de Nova Iorque na década de 1950, durante o início da sua carreira. “Temos um compromisso em curso para montar as principais exposições históricas”, diz Per Skarstedt, “ e estou feliz em abrir este novo espaço em Chelsea com uma exposição de obras incríveis destes mestres modernos, por excelência”. Skarstedt continua, “ Esta abordagem adapta-se à forma de colaboração e de trabalho, que sempre tivemos com os com artistas e com o seu património.

Skarstedt Chelsea 550 West 21st Street New York, NY 10011 12


Yves Klein F 121 - 1962

Papelão chamuscado, colocado sobre tábua, 16 1/8 x 13 inches - 41 x 33 cm Assinado e datado no verso, por ‘Yves Klein 1962’ (Inv #4581) Cortesia Skarstedt, Nova Iorque, © Yves Klein, Sociedade dos Direitos dos Artistas (ARS), Nova Iorque 13


VIENA - BERLIM

A Arte de Duas Cidades 14 Fevereiro - 15 de Junho, 2014 Berlinische Galerie, Berlin Lower Belvedere, Viena

No final do século XIX, Berlim e Viena foram consideradas metrópoles em crescimento que, apesar de tudo, representam modelos de identificação antitéticos nos dias de hoje, assim como diferentes conceitos culturais próprios. Considerando que a troca literária entre as duas cidades globais tem sido amplamente explorada, uma comparação dos seus desenvolvimentos nas artes visuais e uma investigação sobre a interação neste campo, tem-se mantido na escuridão A exposição Viena – Berlim; A Arte de Duas Cidades, abrange o início do século XX até ao período entre guerras, sendo a primeira a lidar com os paralelismos artísticos, diferenças e correlações entre estas duas cidades.

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Vista da Exposição Viena - Berlin. A Arte de Duas Cidades © Belvedere, Viena 15


Conrad Felixmüller Portrait of Raoul Hausmann, c. 1920

Óleo sobre tela, 85 x 67 cm © Lindenau Museum Altenburg / © Bildrecht, Viena, 2014 16


Franz Lerch Girl With Hat, 1929

Ă“leo sobre tela, 80 x 60 cm Š Belvedere, Viena 17


Por outro lado, existe Berlim, a grande metrópole sem um centro histórico em crescimento, uma cidade quase semelhante a uma cidade Americana; por outro lado, Viena, a cidade de operetas impregnada pelo estilo barroco e, mais do que isso, associada à decadência. Os pontos de partida deste espectáculo são os relacionamentos, discrepâncias e semelhanças entre os movimentos separatistas entre as duas cidades, por volta de 1900. Enquanto que os Expressionistas Vienenses se caracterizavam, principalmente, pela sua empatia psicológica, os Young and Wild Ones em Berlim apresentaram sobretudo, um comportamento agressivo extasiante. A Primeira Guerra Mundial levou a uma aproximação entre as duas nações, implicando um intercâmbio artístico activo entre elas, evoluindo no que diz respeito ao estilo emergente da Nova Objetividade, sobretudo quando se trata de encenar a arte. Ao mesmo tempo, a Arte Cinética vienense, baseada em conceitos do Expressionismo e Futurismo, ganhou influência. Foi justaposto pelo movimento Dada em Berlim, que abordou as condições sociais actuais, de uma maneira crítica e subversiva, criando assim uma anti cultura.

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Otto Rudolf Schatz Balloon Seller, 1929

Triptico – 1ª parte Óleo sobre tela, 190 x 110 cm © Belvedere, Viena 19


George The Tempo of t

Óleo sobre madei © Coleção Privada, Cortesia de Richard Na 20


e Grosz the Street, 1918

ira, 63.8 x 78.2 cm agy Ltd., Londres / Š Bildrecht, Viena, 2014 21


Ludwig M Apocalyptic La

Óleo sobre tela © Coleção Privada, Cortesia d 22


Meidner andscape, 1913

a, 67.3 x 80 cm de Richard Nagy Ltd., Londres 23


Christian Schad Portrait of the Writer Ludwig Bäumer, 1927 Óleo sobre painel, 61 x 50 cm © Berlinische Galerie, Berlin / © Bildrecht, Viena, 2014 24


Jeanne Mammen Showgirls, 1928/29

Óleo sobre cartão, 64 x 47 cm © Berlinische Galerie, Berlin / © Bildrecht, Viena, 2014 25


Egon Schiele Portrait Eduard Kosmack, 1910 Ă“leo sobre tela, 99.8 x 99.5 cm Š Belvedere, Viena 26


Lotte Laserstein In the Tavern, 1927

Óleo sobre Madeira, 54 x 46 cm Coleção Privada, Foto: © Walter Baye 27


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Otto Dix Wounded Soldier, 1922

Aguarela sobre papel, 39.6 x 38 cm Š Kunsthaus Zug, Stiftung Sammlung Kamm / Š Bildrecht, Viena, 2014 29


Hannah The Journa

Ă“leo sobre tela Š Berlinische Galerie, Berli 30


h Höch alists, 1925

a, 86 x 101 cm in / © Bildrecht, Viena, 2014 31


Especialmente os Loucos Anos Vinte reflectem um intercâmbio e aproximação artística entre posições opostas, permitindo uma nova perspectiva da ligação entre as duas capitais, que, apesar das suas diferenças, estavam socialmente relacionadas e coincidentes - a crítica, a sua aproximação à estética, uma linguagem cubista da forma, e uma tendência para o Verismo. Este desenvolvimento é exemplificado através de obras de Otto Dix, Rudolf Schlichter, George Grosz, Albert Paris Gütersloh, Anton Kolig e Rudolf Wacker. Por outro lado, a exposição inclui exemplos de Herbert Boeckl, Raoul Hausmann, Josef Hoffmann, Friedrich Kiesler, Ernst Ludwig Kirchner, Erika Giovanna Klien, Oskar Kokoschka, Max Liebermann, Max Oppenheimer, Max Pechstein, Christian Schad, Egon Schiele, Max Slevogt, e outros. São também discutidos, os contactos entre os artistas, comerciantes e promotores de arte, como Cassirer, Walden, Moll, e Loos, enquanto que o significado da cooperação destas revistas periódicas de arte, como Aktion, Sturm, e Fackel, é examinado

Lower Belvedere Rennweg 6, 1030 Vienna 32


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ENTREVISTA COM

BERTRAND DELACROIX

Presidente da Bertrand Delacroix Gallery – Chelsea Por: José Eduardo Silva e Isabel Gore

Bertrand Delacroix nasceu em França, em 1965. Cresceu no sul da A Greenwich High School e regressou a França com a sua família em 1 militar, voltou para os EU. Tocava música, percorrendo o país durant ter formado, abriu a Axelle. Durante anos, publicou cópias de edição l em Brooklyn), uma loja de molduras e abriu várias galerias nos EUA.

BERTRAND DELA

Cortesia Bertr

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Alemanha e, aos 15 anos foi para os EU com a família. Frequentou a 1981. Esteve no exército de 1983 a 1984 e quando terminou o serviço te anos. Em 1989, voltou para a Escola NYU Stern. Pouco tempo de se limitada, comprando depois uma gráfica (actualmente Edições Axelle

ACROIX GALLERY

rand Delacroix

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L&S - O que é que o levou a abrir uma Galeria de Arte em Chelsea (Nova Iorque), quanto o mercado de arte estava ainda em recessão? BERTRAND DELACROIX: Aconteceu assim. Em 1995 tinha a minha primeira galeria no Soho. Tive muitos altos e baixos. Por vezes é bom, outras não. Os últimos anos foram difíceis, mas o pior já passou e felizmente consegui manter-me no ramo. O mercado de arte transferiu-se para Chelsea e necessitava de entrar nele. As recessões trazem grandes oportunidades! Há anos que estava à procura de um espaço em Chelsea. Antes da derrocada, nunca teria encontrado o espaço onde estou agora. Na melhor das hipóteses, estaria fora desse caminho L&S - Qual a grande diferença entre a BDG e milhares de galerias que conseguimos encontrar em Nova Iorque? BERTRAND DELACROIX: Todos nós operamos sob as mesmas regras e directrizes. Contudo, o que diferencia uma galeria das outras, é a lista de artistas e o compromisso e paixão do proprietário. L&S - Apesar de manter uma atitude e mente aberta, parece bastante óbvio que a BDG tem uma preferência pela arte figurativa e novas técnicas. Como explica isso, quando a maioria das galerias continuam a apostar no que restou do conceptualismo do último século? BERTRAND DELACROIX: Trata-se daquilo de que gosto. O que está na minha galeria, está na minha casa e vice-versa. Se não gosto, não compro, porque também não vou conseguir vender. Actualmente, existem muito poucos vídeos e instalações conceptuais, neste quarteirão em Chelsea. De facto, existem mais trabalhos figurativos nesta zona, mais do que possa imaginar.

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Matteo Pugliese Ad Astra, 2009

Bronze, 14¼” x 12” x 5½” 37


Beth Carter Giant Standing Minotaur, 2011 Bronze e Resina, 77” x 22” x 23” 38


BERTRAND DELACROIX GALLERY Cortesia Bertrand Delacroix 39


L&S - Uma das coisas mais surpreendentes nas suas galerias é a universalidade dos seus artistas. Econtramos aristas de todo o mundo, sem sacrificar o alto padrão de qualidade. Como consegue isso? BERTRAND DELACROIX: Onde a arte foi feita e o conhecimento do seu criador, não interessa. Graças à Internet, não existem fronteiras, e recebemos portfolios de artistas de todo o mundo. Viajo frequentemente, e os meus olhos estão sempre atentos a novos trabalhos. L&S - Quais os principais critérios na seleção dos artistas representados pela BDG? BERTRAND DELACROIX: Primeiro e o mais importante, devo gostar do trabalho. Depois, tenho de simpatizar com a pessoa e, ele ou ela, devem estar disponíveis. Finalmente, tem de fazer sentido, por exemplo; financeiramente, disponibilidade de trabalho, dinamismo… L&S - Acredita que estamos a assistir a uma revolução artística global, onde o figurativo desempenha o papel principal nas novas tendências e vanguardas? BERTRAND DELACROIX: Com certeza que sim. De facto, na minha opinião, não é uma revolução: foi sempre assim, e a tendência é mais evidente em tempos difíceis.

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Peter Martensen Snow, 2012

Óleo sobre tela, 41¾” x 72¾” 41


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Mark Knoerzer Polyptych Gem, 2013

Óleo, Acrílico & Óxido de etileno sobre Madeira, 17” x 17” 43


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Quentin Garel Eléphant II, 2014

Bronze (edição de 8), 92½” x 26” x 26” 45


Federico Infante Into the Woods, 2013

Acrílico sobre tela, 48” x 30” 46


L&S - Como Europeu que passou mais de metade da sua vida na América, como sente , actualmente, o mercado de arte em Nova Iorque? BERTRAND DELACROIX: È um dos mais fortes mercados no mundo, contudo é o mais difícil de alcançar, pelo menos ao meu nível. L&S - Qual o segredo para juntar artistas emergentes e torna-los reconhecidos a nível mundial como é, por exemplo, o caso de Federico Infante, entre outros? BERTRAND DELACROIX: Se lhe disser, tenho de o matar. Não, realmente não existe nenhum segredo. Temos um espaço maravilhoso no centro de Chelsea. Estamos rodeados por grandes galerias, como por exemplo, Pace, Marlborough, etc., tornando-nos atractivos para muitos artistas. L&S - Quais são os planos futuros para a BDG, a curto e longo prazo? BERTRAND DELACROIX: Em 2020, continuaremos a ocupar o espaço que temos na 25th street, depois decidiremos se queremos continuar em Chelsea ou não. Gostaria imenso de reabrir uma galeria em Nova Orleães. Tradução: L&S

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Elizabeth Allison Istanbul, 2013

Aguarela sobre papel, 40” x 51½” 48


Joseph Adolphe Toro Sagrado No. 20, 2013 Óleo sobre tela, 80” x 76” 49


Franรงoi Insider Inform

ร leo sobre te

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is Bard mation, 2014

ela, 51” x 63”

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BERTRAND DELA

Cortesia Bertr

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ACROIX GALLERY

rand Delacroix

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Cortesia Bertr

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ACERCA DA GALERIA

Inaugurada em Chelsea em 2010, Bertrand Delacroix Gallery (BDG diversificado de artistas locais e internacionais, emergentes e residen escultores e fotógrafos inovadores e talentosos desafiam-se a si próp experimental e provocantes. A BDG actua não só como um local de e artistas. A BDG facilita um diálogo dinâmico entre o artista, a galeria e aos seus colecionadores.

Bertrand Dela 535 W 2 New York, N

BERTRAND DELA

Cortesia Bertr

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G) é uma galeria de arte contemporânea, que representa um grupo ntes, cujas obras desafiam as catalogações tradicionais. Estes pintores, prios e aos seus colecionadores, com obras de arte de alta qualidade, exposição, mas também como uma voz de encorajamento e apoio aos e o observador, concentrando-se em trazer, uma arte única e inovadora

acroix Gallery 25th St NY 10001, EU

ACROIX GALLERY

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O ARTISTA DO MÊS

Pam Hawkes Artista Britânica

1996 - 1998 University of Central England. MA Fine Art. 1993 -1996. Coventry University/Solihull College.BA Fine Art. First Class

Ensino

1998-2011. Visiting Lecturer. Fine Art. Solihull College/ Wolverhampton University

Entrevistas

Interview with Combustus on-line art magazine biography. Interview in PoetsArtists (July 2012) Interview in PoetsArtists (September 2012) Interview with American Art Collector. March. 2014.

Exposições Individuais 2014 September. Forgotten Fables. Celia Lendis Gallery.

Moreton in the Marsh. 2012. December. Flying Colours Gallery. London. 2012. February. Catto Gallery, London. 2010. June. Flying Colours Gallery. London. 2009. F ebruary. Catto Gallery. London 2009. April. Eagle Works. Wolverhampton. 2007. February. Catto Gallery. London

Prémios

1997 - RBSA Jaguar InPrize / Thesis Prize, Association of Art Historians, Coutauld Institute / Leicester Open Prize winner 2005 - RBSA Open Prize winner www.pamhawkes.co.uk | pamhawkes@ymail.com M 07989228349 | Tel :01564 77574 60


Exposições Colectivas

2014. March. Women by Women. Kwan Fong Gallery. Thousand Oaks. California. 2013. September. LA Art Fair. RJD Gallery. Los Angeles. California. 2013. September. Women Painting Women. RJD Gallery, Sag Harbo, New York. US. 2013. September.20/21 British Art Fair. Royal College of Art. London. 2013. September. Women Painting Women Show. Glasgow. 2013. May. New Realism. The Gallery, Liverpool. 2013. February. The Man Show. Kwan Fong Gallery. Thousand Oaks,California. US. 2012. September. 20/21 British Art Fair. London. 2012. April. Art Catto, Portugal. 2011. August. Flying Colours Gallery. Edinburgh. 2011. 20/21 British Art Fair, Royal College of Art. London. 2010. December. Open Eye Gallery. Edinburgh. 2010. September. 20/21 British Art Fair, Royal College of Art. London. 2009. 20/21 British Art Fair, Royal College of Art, London. 2008 Contemporary Art Fair, Dublin 2008 Contemporary Art Fair, London 2007 Contemporary Art Fair, Dublin 2006 Chelsea Affordable Art Fair London 2006 Rose Café, Santa Monica, USA. 2005 Kraft Gallery, Los Angeles, USA. 2005 Chelsea Affordable Art Fair, London 2004 Compton Cassey Gallery, Cheltenham 2004 London Art Fair, Islington, London 2003 Barn End Gallery, Solihull 2003 London Art Fair, Islington, London 61


Pam Hawkes

Cortesia Pam Hawkes 62


Pam Hawkes Unbound

Ă“leo sobre folha de cobre em placa, 41in x 41in Cortesia Pam Hawkes 63


Pam Hawkes Night Music.

Ă“leo sobre folha de cobre em placa, 24 in x 41 in Cortesia Pam Hawkes 64


Pam Hawkes In her dreams, she flies.

Ă“leo, cera de abelha e metal holandĂŞs sobre placa, 20 in x 16 in Cortesia Pam Hawkes 65


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Pam Hawkes Cocoon

Ă“leo, cera de abelha e metal holandĂŞs sobre placa, 69cm x 69cm Cortesia Pam Hawkes 67


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Pam Hawkes Unraveling.

Ă“leo, cera de abelha e folha de metal sobre placa,40cm. x 40cm. Cortesia Pam Hawkes 69


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Pam Hawkes Holding on to the light.

Ă“leo sobre folha de cobre em placa, 20 in x 16 in Cortesia Pam Hawkes 71


C'EST LA VIE

Paris de Daumier e Toulouse-Lautrec 16 de Maio a 3 de Agosto, 2014 Hamburger Kunsthalle

Esta é a primeira exposição que presta homenagem a dois dos grandes litógrafos franceses do século XIX, Henri de ToulouseLautrec (1864-1901) e Honoré Daumier (1808-1879). Os artistas assemelham-se não só na grande importância que dão à técnica litográfica, mas também na sua visão instantânea da capital Francesa, Paris, com o olhar de uma pessoa de fora, a partir de uma posição periférica. 2014 é o 150 º aniversário do nascimento de Henri de Toulouse-Lautrec. Motivo suficiente para honrar este virtuoso da belle époque, cujas impressões de cor-saturadas ainda carregam um impressionante testemunho da vida noturna parisiense, na virada do século, com a apresentação das suas imagens excelentes.

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Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) Der Engländer im Moulin Rouge, 1892 Litografia a cores , 571 x 424 mm Hamburger Kunsthalle, Kupferstichkabinett Š Hamburger Kunsthalle/bpk Foto: Christoph Irrgang 73


Toulouse - Lautrec entra, de forma clara e surpreendente, em diálogo com a arte de Honoré Daumier, reformulando, reinterpretando e amplificando um aspecto, até então negligenciado, da obra do artista. Daumier que, durante muito tempo, foi visto principalmente na cena política, pode ser vivenciado como um cronista de língua afiada dos seus concidadãos, no meio da agitação metropolitana. Tal como Daumier, Toulouse-Lautrec foi um ávido protagonista do seu tempo, que retratou as pessoas com uma objetividade implacável, no seu contexto social. A comparação dialógica mostra cenas dos tribunais de Paris, moradores da cidade divertindo-se no país ou comportamentos excêntricos das pessoas, assim que se encontram na companhia de outros.

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Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) Die Loge mit der Goldmaske, 1893/94 Litografia a cores, 432 x 315 mm Hamburger Kunsthalle, Kupferstichkabinett Š Hamburger Kunsthalle/bpk Foto: Christoph Irrgang 75


Embora o ponto central da exposição sejam obras de arte litográficas; os cartazes sofisticados e caricaturas realistas que deixaram uma marca na memória colectiva actual, ToulouseLautrec, quase duas gerações mais velho do que Daumier, adoptou outro tipo de meios. Desenhos e pinturas a óleo definem um contraponto vibrante em vários locais da exposição, apresentando obras em abundância do Hamburger Kunsthalle, outros grandes museus e coleções particulares. Curadores: Prof. Hubertus Gaßner and Dr Jonas Beyer

Hamburger Kunsthalle Glockengießerwall 20095 Hamburg 76


Honoré Daumier (1808 - 1879) Eine Theaterloge, um 1865

Óleo sobre madeira, 26,5 x 35 cm Hamburger Kunsthalle, Dauerleihgabe der Stiftung für die Hamburger Kunstsammlungen © SHK /Hamburger Kunsthalle /bpk Foto: Elke Walford 77


O Florescimento da Pintura do Período Edo: Obras de Arte Japonesa da Coleção Feinberg 1 de Fevereiro – 7 de Setembro, 2014 The Metropolitan Museum of Art Esta exposição contará com a participação de colecionadores americanos de renome, como Robert e Betsy Feinberg que criaram, fora do Japão, uma das primeiras coleções particulares da pintura Japonesa do período Edo (1615-1868). Exibindo trabalhos exemplares de escolas de pintura que surgiram no Japão, nos séculos XVII e XVIII, a exposição permitirá aos visitantes descobrirem a forma como a pintura japonesa evoluiu a partir dos estilos tradicionais Chineses e Japoneses (Yamato-e), e que prevaleceram ao longo dos tempos medievais. Mais de noventa pinturas, incluindo doze conjuntos de telas dobráveis e uma série de pergaminhos suspensos, serão exibidas em duas seções, cada uma composta por cerca de quarenta e cinco pinturas. Mais do que evidenciar a saída ortodoxa dos ateliers Tosa e Kano, que dominaram a produção artística no fim do período medieval, o Florescimento da Pintura Período Edo irá destacar os novos estilos exuberantes das escolas Rinpa, Nanga, Maruyama-Shijo, e Ukiyo, bem como pintores independentes desse mesmo período.

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Gion Seitoku, Japanese, active 1789–1830 Woman Applying Makeup

Japão, Período Edo (1615–1868), final do séc.XVIII – início Séc. XIX Rolo suspenso; tinta e cor sobre seda Imagem: 25 1/4 × 15 3/4 in. (64.1 × 40 cm). Total após montagem: 62 × 20 1/2 in. (157.5 × 52 cm) Empréstimo da Coleção Feinberg . © Robert e Betsy Feinberg 79


Unidentif A Portuguese Trading

Japão, Período Momoyama (1573–1615)–Pe Par de biombos de seis painéis; tinta Cada Imagem: 56 in. × 11 ft. 5 Total após montagem de cada uma: 6 Empréstimo da Coleção Feinberg . Foto: C 80


fied Artist g Ship Arrives in Japan

eríodo Edo (1615–1868), início do séc. XVII a, cor, ouro e folha de ouro em papel 5 15/16 in. (142.3 × 350.4 cm) 63 in. × 12 ft. 5/8 in. (160 × 367.4 cm) Cortesia do Metropolitan Museum of Art 81


Soga Shōhaku, Jap Race at the

Japão, Período Edo (16 Seis painéis em tela dobrável; tinta, cor e folh 15/16 in. (157 Total após montagem : 68 1/2 in. Empréstimo da Coleção Feinbe 82


panese, 1730–1781 e Uji River

615–1868), ca. 1760–67 ha de ouro sobre papel. Imagem: 62 1/8 × 142 7.8 × 363 cm). . × 13 ft. 5/16 in. (174 × 397 cm) erg . © Robert e Betsy Feinberg 83


Mori Tetsuzan, Jap Deer and

Japão, Período Edo (1615 Portas deslizantes (fusuma) montadas em painéis de Cada imagem: 64 13/16 × 53 Total após montagem: 68 9/16 × Empréstimo da Coleção Feinb 84


panese, 1775–1841 d Maples

5–1868), séc XVIII e XIX e quatro telas; tinta e cor sobre folha de ouro e papel 3 1/4 in. (164.7 × 135.3 cm). × 56 3/4 in. (174.2 × 144.2 cm) berg.© Robert e Betsy Feinberg 85


Suzuki Kiitsu, Jap Cra

Japão, Período Edo (1615 Dois biombos compostos por quatro painéis pintados em portas Imagem: 64 7/8 × 68 7/8 in. (164.8 × 175 cm). Total ap Empréstimo da Coleção Feinb 86


panese, 1796–1858 anes

5–1868), ca. 1828–1830s s deslizantes; tinta, cor e com superfície em papel pintada a ouro. pós montagem: 70 1/16 × 74 3/16 in. (178 × 188.4 cm) berg. © Robert e Betsy Feinberg 87


Tani Bunchō, Japa Mt. F

Japão, Período Edo Rolo suspenso; t Imagem: 37 × 67 3/16 in. (94 × 170.6 cm). Total ap Empréstimo da Coleção Feinbe 88


anese, 1763–1840 Fuji

(1615–1868), 1802 tinta sobre papel pós montagem: 92 1/2 × 76 3/8 in. (235 × 194 cm) erg . © Robert e Betsy Feinberg 89


Katsushika Hokusai, Japanese, Tokyo (Edo) 1760–1849 Tokyo (Edo) Minamoto no Yorimasa Aiming an Arrow Japão, Periodo Edo (1615–1868), ca. 1847–49 Rolo suspenso; tinta e cor sobre seda Imagem: 39 in. × 16 5/8 in. (99 × 42.2 cm). Total após montagem: 75 9/16 × 21 15/16 in. (192 × 55.8 cm) Empréstimo da Coleção Feinberg . © Robert e Betsy Feinberg 90


Com obras representando a maioria dos pintores do período Edo, a exposição servirá como uma excelente introdução à pintura dessa época. Ao examinar as inovações estilísticas, as pinturas em exibição irão capturar cenas fortes de natureza, pessoas no trabalho e jogo, e cenas extraídas da história, lendas e literatura da Ásia Oriental. O destaque inclui a suspensão do rolo Tigre, um tourde-force da pintura a tinta no início de 1630 por Tawaraya Sōtatsu, fundador da escola Rinpa. Serão, também, incluídos exemplos muito delicados dos pintores do renascimento do período Edo do séc. XIX, tais como; Sakai Hōitsu e Suzuki Kiitsu representados, respectivamente, por um conjunto raro de uma dúzia de pergaminhos pendurados de Pássaros e Flores dos Doze Meses do Ano e um par de painéis de telas dobráveis, representando Garças. Obras de mestres de Kyoto, do século XVIII, como Ike No Taiga, Yosa Buson, Soga Shōhaku, Maruyama Ōkyo e Nagasawa Rosetsu, dão uma força especial a esta coleção. Artistas bem conhecidos de Ukiyo-e, sobretudo no Ocidente pelas suas xilogravuras, serão representados por pinturas meticulosamente detalhadas, que teriam sido encomendadas por clientes ricos. Um par de biombos do século XVII, mostrando um navio comercial Português e as travessuras dos seus marinheiros, atesta o fascínio que os japoneses tiveram com a chegada dos primeiros comerciantes europeus, às suas costas, até ao final do século XVI.

The Metropolitan Museum of Art 1000 Fifth Avenue New York, NY 10028-0198 91


O FUTURISIMO ITALIANO, 1909 – 1944:

Reconstruindo o Universo 21 de Fevereiro - 1 de Setembro, 2014 Solomon R. Guggenheim Museum

O Futurismo Italiano, 1909-1944: Reconstruindo o Universo é a primeira visão abrangente nos Estados Unidos, de um dos mais importantes movimentos de vanguarda da Europa do séc. XX. Com mais de 360 obras de mais de 80 artistas, arquitectos, designers, fotógrafos e escritores, esta exposição multidisciplinar analisa a amplitude histórica repleta de Futurismo, desde o início de 1909, com a publicação do primeiro Manifesto Futurista de Filippo Tommaso Marinetti, até ao seu desaparecimento no final da Segunda Guerra Mundial. A exposição inclui vários trabalhos, raramente vistos, alguns dos quais nunca saíram de Itália. Engloba não só a pintura e a escultura, mas também a publicidade, arquitectura, cerâmica, design, moda, cinema, poesia livre, fotografia, performance, publicações, música e teatro, deste movimento dinâmico , muitas vezes controverso, que defendeu a modernidade e a rebelião.

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Carlo Carrà Demonstração Intervencionista (Manifestazione Interventista), 1914 Tempera, caneta, , papel colado sobre cartão, 38.5 x 30 cm Coleção Gianni Mattioli, empréstimo a longo termo à Coleção Peggy Guggenheim, Veneza © 2014 Sociedade dos Direitos de Artistas Nova Iorque / SIAE, Roma Foto: Cortesia da Fundação Solomon R. Guggenheim, Nova Iorque 93


A exposição é organizada por Vivien Greene, curador sénior de Arte do início do século XIX e XX, do Solomon R. Guggenheim Museum. Um comitê consultivo internacional composto por eminentes estudiosos de muitas disciplinas, com grande experiência e orientação na elaboração desta exploração completa do movimento futurista, uma grande expressão modernista que, em muitos aspectos, ainda é pouco conhecida entre o público americano.

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Benedetta (Cappa Marinetti) Sínteses das Comunicações Aéreas (Sintesi delle comunicazioni aeree), 1933–34 Tempera e Encáustica sobre tela, 324.5 x 199 cm Il Palazzo delle Poste di Palermo, Sicily, Poste Italiane © Benedetta Cappa Marinetti, utilizado com autorização dos herdeiros de Vittoria Marinetti e Luce Marinetti. Foto: AGR/Riccardi/Paoloni 95


Giacom Velocidade Abstracta + Ruído (Ve

Óleo s/ cartão enrolado (se Fundação Solomon R. Guggenheim, Coleç © 2014 Sociedade dos Direitos de A Foto: Cortesia da Fundação Solom

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mo Balla elocità astratta + rumore), 1913–14

em verniz), 54.5 x 76.5 cm ção Peggy Guggenheim, Veneza 76.2553.31 Artistas Nova Iorque / SIAE, Roma mon R. Guggenheim, Nova Iorque

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Ivo Pan Comboio em Moviment

Óleo s/tela, 1 Fondazione Carima–Museo P Foto: Cortesia Fondazione Cassa di r 98


nnaggi to (Treno in corsa), 1922

100 x 120 cm Palazzo Ricci, Macerata, Italy risparmio della Provincia di Macerata 99


Acerca do Futurismo

O Futurismo foi fundado em 1909, contra a crescente turbulência econômica e social na Europa. No “Manifesto Futurista” de Marinetti, publicado no Fígaro, foram delineados objectivos fundamentais do movimento, entre os quais; a ruptura com o passado, apoiando a modernização e a exaltação do movimento agressivo. Embora tenha começado como um movimento literário, o Futurismo abraçou de imediato as artes visuais, bem como a publicidade, moda, música e teatro, espalhando-se por toda a Itália e além-fronteiras. Os futuristas rejeitavam a imobilidade pensativa, o êxtase, identificando o homem com a máquina, a velocidade e o dinamismo do novo século. A primeira geração de artistas criaram obras caracterizadas por um movimento dinâmico e formas fraturadas, tentando romper com as noções existentes de espaço e tempo, para colocar o observador no centro da obra de arte. Alargado a muitos meios, o futurismo foi concebido para ser, não apenas uma linguagem artística, mas uma nova forma de vida. Para este movimento o conceito central foi o de opera d’arte totale ou “obra de arte total”, onde o observador está rodeado por um ambiente completamente Futurista.

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Umberto Boccioni Formas Únicas na Continuidade no Espaço (Forme uniche della continuità nello spazio), 1913 (cast 1949)

Bronze, 121.3 x 88.9 x 40 cm The Metropolitan Museum of Art, New York, Legado de Lydia Winston Malbin, 1989 © The Metropolitan Museum of Art Imagem: Art Resource, Nova Iorque 101


Fortunato Pequenos Diabos Negros e Brancos, Dança dos Diabos

Pedaços de lã em tecido d MART, Museo di arte moderna e cont © 2014 Artists Rights Society ( Foto: © MART, Ar

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o Depero s (Diavoletti neri e bianchi, Danza di diavoli),1922–23

de algodão, 184 x 181 cm temporanea di Trento e Rovereto, Italy (ARS), New York / SIAE, Rome rquivo fotográfico

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Mais de dois mil indivíduos associaram-se a este movimento ao longo da sua existência. Além de Marinetti, figuras principais, como os artistas Giacomo Balla Benedetta (Benedetta Cappa Marinetti), Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Fortunato Depero e Enrico Prampolini, poetas e escritores Francesco Cangiullo e Rosa Rosa, o arquitecto Antonio Sant’Elia, o compositor Luigi Russolo, os fotógrafos Anton Giulio Bragaglia e Tato (Guglielmo Sansoni), a bailarina Giannina Censi, o ceramista Tullio d’Albisola. Estas personalidades, e outras menos conhecidas, estarão representadas na exposição.

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Francesco Cangiullo Grande Multidão na Piazza del Popolo (Grande folla in Piazza del Popolo), 1914 Aguarela, guache e lápis sobre papel, 58 x 74 cm Coleção Privada © 2014 Sociedade dos Direitos de Artistas, Nova Iorque / SIAE, Roma 105


Tullio Crali Antes de Abrir o Paraquedas (Prima che si apra il paracadute), 1939 Óleo sobre painel, 141 x 151 cm Casa Cavazzini, Museo d’Arte Moderna e Contemporanea, Udine, Italy © 2014 Sociedade dos Direitos de Artistas, Nova Iorque / SIAE, Roma Foto: Claudio Marcon, Udine, Civici Musei e Gallerie di Storia e Arte 106


O Futurismo é normalmente entendido por ter tido duas fases; Futurismo “heroico”, que durou até cerca de 1916, e uma encarnação posterior que surgiu após a Primeira Guerra Mundial permanecendo activa até o início da década de 1940. As investigações sobre o Futurismo “heroico” predominaram mas, até agora, poucas exposições exploraram a vida posterior do movimento, sendo necessário uma apresentação de uma visão abrangente do futurismo italiano, feita nos EUA. A Arte italiana da década de 1920 e dos anos 30 é pouco conhecida fora do seu país de origem, em parte devido à conotação que o Futurismo, num certo momento, teve com o Fascismo. Esta associação complica a narrativa desta avant-garde, e torna ainda mais necessário aprofundar e clarificar a sua história completa.

Solomon R. Guggenheim Museum 1071 Fifth Avenue, New York 107


ENTREVISTA COM PATRICIA ABRAMOVICH Por: José Eduardo Silva e Isabel Gore Patricia Abramovich (1958) nasceu em França e, desde 1972, vive e trabalha em Netanya, Israel. L&S - Quando é que sentiu necessidade de se exprimir através da Arte? Patricia Abramovich: Desde os 12 anos que adorava desenhar retratos a preto e banco, tirados de fotos de revistas, usando apenas lápis e carvão. Escrevia poemas e pedi aos meus pais para aprender a tocar piano. Escrevi algumas canções, toquei alguns acordes para guitarra. Sempre senti a necesidade de me exprimir através de uma forma artística. Os meus pais deram-me liberdade para escolher o meu caminho criativo. L&S - Até aos 4 anos de idade, passou a sua infância em França. Acha que isso influenciou a sua decisão em ser artista ? Patricia Abramovich: Em França viviamos em Paris e tive aulas de arte e música. Era uma criança que adorava ler livros e frequentar a escola. Como o desenho e o design eram as minhas paixões, decidi ir para arquitectura. O facto de ter vivido em Paris, deu-me uma lição básica da beleza, do amor pela liberdade e de independência.

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PATRICIA ABRAMOVICH Cortesia: Patricia Abramovich 109


L&S - Nos anos 70 foi para Israel. Acha que esta mudança cultural influenciou as suas pinturas? Patricia Abramovich: Durante mais de 20 anos, vivi em Israel sem pintar. Estava a trabalhar, a estudar e a criar os meus dois filhos com o meu marido, Boris, que conheci em Israel. Não tinha tempo para a arte. Quando os meus filhos cresceram, senti a necessidade de voltar a desenhar. Comecei a ter lições básicas e lembro-me de um período da minha vida, em que pintava a cada minuto que tinha livre. Este foi um período muito criativo, pintei e aprendi técnicas através de livros de arte que encomendava para praticar. Penso que a educação básica que alcancei em França, foi suficientemente forte para manter a minha principal inspiração. O facto de trabalhar toda a minha vida em Israel, e de forma intensa, levou-me de novo a retomar a arte. L&S - Como é que define a Arte ? Patricia Abramovich: A Arte traz beleza ao mundo, fazendo com que as pessoas pensem e cresçam. Não aprendi História de Arte, mas li livros de Arte e gostei de todos eles. Penso que o mundo seria incompleto sem a Arte, Compreendo que os Mestres de Arte famosos são imortais, tal como os compositores musicais. Para mim, a Arte é uma forma de me exprimir. Dá-me satisfação, alegria e sinto que é uma espécie de experiencia de meditação.

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PATRICIA ABRAMOVICH “Blue Climbing “ Óleo sobre tela, 80 x 90cm Cortesia: Patricia Abramovich 111


PATRICIA AB “Blue R

Óleo sobre te Cortesia: Patric

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BRAMOVICH Road”

ela, 90 x 70cm cia Abramovich

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L&S - Tendo uma rica palete de cores, e sendo as paisagens um dos seus estilos dominantes, porque não aceita o desafio do figurativo, nomeadamente a figura humana ? Patricia Abramovich: Pinto desde 1997, e quando revejo as minhas primeiras aguarelas encontro, flores, paisagens e abstractos. Quando comecei a usar óleo, fiz cópias de livros de arte, e pouco tempo depois comecei a pintar abstractos. Este estilo dá-me a liberdade e consigo sentir a tela. Quando alcanço o equilíbrio entre as cores, posso dizer que a pintura está acabada. Nos meus projectos tenho a figura humana como um desafio. Como gosto de experimentar técnicas e temas novos, e fazer coisas diversas, estou a pensar em pintar rostos a óleo, mas tenho de encontrar o meu estilo nesta minha aventura. Por agora, estou a observar obras de retratos dos grandes artistas contemporâneos. L&S - Num dado momento, decidiu usar facas em vez de pincéis. Porquê ? Patricia Abramovich: Gosto da liberade que as facas me dão. Uso a cor directamente na telas e depois começo a misturá-las. As facas dão-me a possibilidade de jogar com a textura, de pintar com um certo ritmo, o que não conseguia fazer com os pincéis.

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PATRICIA ABRAMOVICH “Psifas” Óleo sobre tela, 100 x 80cm Cortesia: Patricia Abramovich 115


L&S - Dentro do abstracto, a sua pintura abrange vários estilos Como explica esta diversidade ? Patricia Abramovich: Como referi, anteriormente, necessito de explorar técnicas e estou a tentar inventar uma em todos os meios com que trabalho e nunca usei o método clássico. Penso que todos os estilos que pinto, são abstractos e não importa se são flores, árvores ou paisagens. A maior parte dos meus trabalhos nascem da minha imaginação, saem da minha mente. Se utilizo uma imagem para pintar uma paisagem, é únicamente para me inspirar e para ter um exemplo básico de composição. L&S - Quais são as suas principais influencias ? Patricia Abramovich: Monet, Cezanne and Van Gogh. A minha série de paisagens da Provença nasceu duma viagem que fiz ao Sul de França, onde estes mestres pintaram a beleza dessa região. Gosto dos trabalhos de Sissley, Degas e outros. Alguns anos atrás descobri o grande Jackson Pollock, quando um curador de arte me disse que os meus óleos tinham um estilo semelhante ao dele. Então descobri que ambos tínhamos nascido a 28 de Janeiro, e para uma pessoa como eu que tem interesse na astrologia, foi um facto espantoso.

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PATRICIA ABRAMOVICH “Summer” Óleo sobre tela, 80 x 80cm Cortesia: Patricia Abramovich 117


L&S - A sua actual exposição em Israel intitulada ”Pai”, é dedicada ao seu pai. Quer falar-nos mais sobre isso? O meu pai morreu há um ano e tinha uma grande adoração por ele. Tinhamos muito em comum. Decidi organizar uma exposição em sua memória, convidando todas as pessoas que o conheciam e, há cinco anos, fiz o mesmo pela minha querida mãe. Foi um evento muito importante para a nossa pequena família, especialmente para os meus filhos e para as filhas do meu irmão, que eram muito chegadas aos avós. Esta exposição actual terá lugar na Netanya Local Artists Association Galleries. Apresentarei duas séries, uma de paisagens e outra de abstractos. O meu pai tinha muito orgulho na minha actividade artística e costumava falar com ele sobre todos os meus projectos. Sinto muito a falta dos meus pais. Tradução: L&S

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PATRICIA ABRAMOVICH: Declaração “A arte para mim é a liberdade de criar sem limites, para expressar a diversidade da cor, a partir da qual a alma humana é composta. Espalhar a cor através de uma tela, é uma forma de meditação; contacto com o meu “eu” interior. As minhas mãos apenas se movem com ritmo, usando a faca para misturar as cores directamente na tela em branco. Escolho as cores e deixo que a minha alma me conduza, e a faca é manuseada como um pincel. As cores fundem-se na tela por si só. Depois, uso uma espátula para pintar por cima, com óleo. Ao trabalhar com aguadas, permito que as cores se misturem com a água seguindo a direção que eu escolha. Sinto que a obra está acabada, quando as cores atingem um equilíbrio entre elas. Geralmente não tenho nenhuma ideia pré concebida, e estou sempre com curiosidade em ver o resultado final da minha pintura. As minhas maiores influências são Monet e Cézanne, mas também aprecio os trabalhos de Van Gogh, Sissley, Renoir e Michelangelo. Tenho também um fascínio pela arte e caligrafia Japonesa, e um dia gostaria de expor em Tóquio - Patricia Abramovich.

Tradução: L&S 119


PATRICIA AB “Orange

Óleo sobre te Cortesia: Patric

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BRAMOVICH e Field�

ela, 70 x 80cm cia Abramovich

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EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS 10/08 My Abstract Way, Haifa, Israel; curadores: by I.C.U. Kriger Center 03/09 Missing You ( DEDICADA À MINHA QUERIDA MÃE),Municipal Gallery Hamoatsa Netanya,Israel;curadores: Arik Shneider & Michal Weizer 02/12 Abramovich Patricia - Colorida Art Gallery.,Lisboa ,Portugal 03/14 Einhod Small Gallery - Daniella Talmor ,curador Kibutz Ein Hod ,Tel-Aviv,Israel

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS 03/11 Women in the Arts INCLUDING SLOW ART DAY EVENT Artrom Gallery, Rome, Italy 05/11 Together Like a String - Efrat Gallery, Tel-Aviv, Israel 10/12 Salvador Dali &Co - Gallery M Vienna; Euro Asian art 02/13 Imagination 2013 - Bank Hapoalim, Tel-Aviv, Israel 03/13 Art Lille Fair ,France - Gallery M , at Gallery Palma Arte booth 05/13 Art for peace for a better world , Turquia, Ismir Museum National Gallery, Gallery M Viena 02/14 Imagination, Bank Hapoalim, Tel-Aviv, Israel

EXPOSIÇÕES FUTURAS 06/14 Father, Hamotsa Gallery, Netanya 09/14 Art About, Prater-insel , Munique. Lee Mor Kohen, curador

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PRÉMIOS 2009 Exposição Online, ABSTRACT EXPOSURE 2010 ARTSLANT SHOWCASES 4th, 5th, & 6th 2010 Artist ID, um livro de Katiki Niki, Publicações Mediaplan

PUBLICAÇÕES 04/09 Participação num Livro de Arte Israelita, editores BABYLONEART e a revista LA GAZETTES DES ARTS 10/10 ART TO YOUR HOME, Collection Art project, Tel Aviv, Israel 09/11 EVERYTHING IS ART MAGAZINE, USA 12/11 ART OF ENGLAND Entrevista para a Revista

PROJECTOS 2011-2014 ARTBARCS , CHICAGO, U.S.A JANO PROJECTS, BARCELONA, ESPANHA

FORMAÇÃO 1998 Pintura a Aguarela e Desenho com Vladimir Shinkarevsky 1999 Pintura em Acrílico com Ben-hor Nira 2000 Bacharel em Gestão de Empresas, Derby University 2006/07 Técnicas de Pintura com Libay Hanna, Katedra School, Netanya 2010/12 Escultura com Libay Hanna, Katedra School, Netanya Membro do I.M.P.A.C.T. - A professional visual artists’ organization in Israel

www.abramovichpatricia.com

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abramovichp@gmail.com


Thin Skin: Seis Artistas de Beirute 3 de Junho – 2 de Julho 2014 Taymour Grahne Gallery

“Basta que nos dissipemos, um pouco, de nós mesmos, sermos capazes de estar à superfície e esticar a nossa pele como um tambor.” - Gilles Deleuze Para documentar, domesticar e confrontar um espaço fantasmagórico, é definir uma superfície que carrega dentro de si um abismo e utopia. Apresentado pela Taymour Grahne Gallery, esta exposição examina o relacionamento de uma geração de artistas que vive e respira a vida da cidade de Beirute. Após vários anos de guerra civil, e da realidade em evolução do Líbano contemporâneo, a pele da cidade está a tornar-se cada vez mais porosa, confusa e fragmentada, como se ecoasse pela sua paisagem física, crivada e às vezes interrompida pelos buracos cavernosos, arrancados ao tecido urbano.

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Este é o tema central de Thin Skin. Com a curadoria de Saleh Barakat a exposição apresenta algumas pinturas de seis artistas que vivem e trabalham na cidade de Beirute: Ayman Baalbaki, Mohamad-Said Baalbaki, Oussama Baalbaki, Tagreed Darghouth, Omar Fakhoury, e Nadia Safieddine. Em formas individuais e por vezes muito íntimas, os artistas consideram o ambiente em que vivem, como tema das suas pinturas, representando a superfície texturizada da vida diária. As suas obras, em conjunto, reflectem um estado de Stasis, termo usado na Grécia Antiga para designar uma crise política, moral ou social, resultante de um conflito interno dentro de um estado ou cidade, também pode ser traduzida em termos de discórdia, decadência, guerra civil e revolta, não reconhecendo nenhuma lei, nem qualquer limite. O conceituadao Curador, Saleh Barakat é um especialista em arte Árabe contemporânea e moderna. Através da Agial Art Gallery, que abriu em Beirute, em 1991, tem sido uma força pioneira por trás da crescente compreensão global e apreço pelos artistas Árabes. Em 2007, Barakat co-curador do primeiro Pavilhão Libanês na Bienal de Veneza, incluiu o artista Lamia Joreige da Taymour Grahne Gallery, entre outros. Barakat tem, também, a curadoria de vários programas inovadoras no Centro de Exposições de Beirute, incluindo retrospectivas de mestres modernos Libaneses como, Shafic Abboud em 2012 e Saloua Raouda Choucair em 2011. 125


Ayman Baalbaki nasceu em 1975, no início da Guerra Civil Libanesa, um conflito brutal que tem afectado e inspirado o seu trabalho. Estudou Belas Artes em Beirute no Institut des Beaux Arts e na Ecole Nationale Superieure des Art Decoratifs em Paris. Baalbaki é bem conhecido, quer pelas suas pinturas como instalações.

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Ayman Baalbaki Cedar 3, 2014

AcrĂ­lico sobre tela, 80.7h x 93w in / 205h x 236w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 127


Mohamad-Said Baalbaki nasceu no sul do Líbano, em 1974, no entanto, durante a Guerra Civil Libanesa, Baalbaki foi forçado a ir para Beirute, com a sua família. Em 1994, o artista continuou a sua educação em artes plásticas no Institut des Beaux-Arts, em Beirute. Em 2002, depois de se mudar para Berlim, Said formouse na Universidade de Belas Artes de Berlim com o Mestrado em Artes pelo Institut für Kunst im Kontext.

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Mohamad-Said Baalbaki Mon(t) Liban, 2013 – 2014

Óleo sobre tela, 55h x 78.7w / 140h x 200w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 129


Oussama Baalbaki, nascido em 1978, formou-se pela Escola de Belas Artes da Universidade Libanesa, em 2002. Em 1997, Baalbaki começou a desenhar ilustrações para vários jornais Libaneses. De 2003 a 2009, o artista foi destaque em exposições consecutivas no Museu Sursock em Beirute, Líbano.

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Oussama Baalbaki Untitled, 2011

AcrĂ­lico sobre tela, 59h x 71w in / 150h x 180w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 131


Taghreed Darghouth, nascida em 1979, tirou o diploma em Pintura e Escultura pelo Instituto Libanês de Belas Artes, em Beirute, em 2000. Em 2000 e 2001, Darghouth participou na Academia Ayloul Summer na Darat Al Funoun, sob a supervisão do conceituado artista Sírio-Alemão Marwan Kassab Bashi.

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Tagreed Darghouth Da série “Nuclear Craters”, 2013

Acrílico sobre tela, 86.6h x 128w in / 220h x 325w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 133


Omar Fakhoury , nasceu em 1979, Beit Chabab, LĂ­bano e tirou o Mestrado em Belas Artes de Paris, em 2004.

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Omar Fakhoury Self-Defense, 2014

AcrĂ­lico sobre tela, 35.4h x 43.3w in / 90h x 110w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 135


A artista Libanesa, Nadia Safieddine nasceu em Dakar, Senegal, em 1973, e actualmente vive entre Beirute e Berlim. Em 1997, Safieddine recebeu o diploma em Pintura pela Universidade de Belas Artes, em Beirute, LĂ­bano.

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Nadia Safieddine Bourbier, 2013

Ă“leo sobre tela, 98.4h x 78.7w in / 250h x 200w cm Cortesia da Taymour Grahne Gallery, Nova Iorque, NY 137


DESTAQUES Vienna, Austria

Baden-Baden, Germany

Vienna Berlin :The Art of Two Cities 14 February - 15 June 2014 Lower Belvedere Rennweg 6, 1030 Vienna

JR March 1–June 29, 2014 Museum Frieder Burder Lichtentaler Allee 8S, Baden-Baden

Vienna, Austria

Hamburg, Germany

Danse Macabre – Egger-Lienz and The War 7 March - 9 June 2014 Lower Belvedere/Orangery Rennweg 6 1030 Vienna

Feurbach’s Muses – Lagerfeld’s Models February 21 – June 15, 2014 Hamburger Kunsthalle Glockengießerwall 20095 Hamburg

Toronto, Canada

Hamburg, Germany

Francis Bacon and Henry Moore; Terror April 5 – July 20, 2014 Gallery of Ontario 317 Dundas Street West Toronto, Ontario

C’est La Vie - The Paris of Daumier and Toulouse-Lautrec 16 May - 3 August 2014 Hamburger Kunsthalle Glockengießerwall 20095 Hamburg

Erstein, France

Hamburg, Germany

Anthony Caro. Masterpieces from the Würth Collection February 7, 2014 – January 4, 2015 Musée Würth France Rue Georges Besse F-67150 Erstein

Transformation of The World -The Romantic Arabesque March 21 – June 15, 2014 Hamburger Kunsthalle Glockengießerwall D-20095 Hamburg 138


S DE JUNHO Venice, Italy

London, UK

Irving Penn: Resonance April 13 – December 31, 2014 Palazzo Grassi Campo San Samuele 3231, 30124 Venice

Henri Matisse: The Cut-Outs

Madrid, Spain

London, UK

Josef Albers: Minimal Means, Maximum Effect March 8, July 6, 2014 Fundación Juan March Castelló, 77 28006 Madrid

Veronese: Magnificence in Renaissance Venice 19 March – 15 June 2014 The National Gallery Trafalgar Square London, WC2N 5DN

Madrid, Spain

California, USA

Rubens. The Triumph of The Eucharist 25 March – 29 June, 2014 Museo Nacional Del Prado Calle Ruiz de Alarcón 23 Madrid 28014

Ed Moses Larry Poons: The Language of Paint: Selected Works May 31 – July 24, 2014 William Turner Gallery Bergamot Station Arts Center 2525 Michigan Avenue, E-1 Santa Monica, CA 90404

Zürich, Switzerland

Los Angeles, Ca, USA

The Torches of Prometheus. Henry Fuseli e Javier Téllez June 20 – October 12, 2014 Kunsthaus Zürich Heimplatz 1, 8001 Zürich

Calder and Abstraction: From Avant-Garde to Iconic. November 24, 2013 – July 27, 2014 Los Angeles County Museum of Art 5905 Wilshire Blvd, Los Angeles, CA 90036

April 18 – August 10, 2014 Tate Modern Bankside, London SE1 9TG

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DESTAQUES New York, USA

New York, USA

The Flowering of Edo Period Painting: Japanese Masterworks from the Feinberg Collection February 1 -September 7, 2014 The Metropolitan Museum of Art 1000 Fifth Avenue New York, NY 10028-0198

Ai Weiwei: According to What? April 18 – August 10, 2014 Brooklyn Museum of Art 200 Eastern Parkway Brooklyn, New York

New York, USA

New York, USA

The Pairing Oxidation Paintings by Andy Warhol and Fire Paintings by Yves Klein7 May 9 - June 21, 2014 Skarstedt Chelsea 550 West 21st Street New York, NY 10011

Masterpieces & Curiosities: Diane Arbus’s Jewish Giant April 11 – August 3, 2014 The Jewish Museum 1109 5th Ave at 92nd St New York, NY 10128

New York, USA

New York, USA

Italian Futurism, 1909–1944: Reconstructing the Universe February 21 - 2014 Solomon R. Guggenheim Museum 1071 Fifth Avenue, New York New York, NY 10128

Charles James: Beyond Fashion May 8–August 10, 2014 The Metropolitan Museum of Art 1000 Fifth Avenue New York, NY 10028-0198

New York, USA

San Francisco, CA, USA

Thin Skin: Six Artists from Beirut 3 June – 2 July 2014 Taymour Grahne Gallery 157 Hudson Street New York, NY 10013

Romare Bearden, Storyteller April 3 - June 21, 2014 JenkinsJohnson Gallery 464 Sutter Street San Francisco, CA

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S DE JUNHO

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Junho, 2014

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