Revista lubes em foco edicão 54

Page 1

Abril/Maio 16 Ano VIII • nº 54 Publicação Bimestral

EM FOCO

9 771984 144004

00054

A revista do negócio de lubrificantes

6º Encontro com o Mercado

O principal evento de lubrificantes da América do sul integrando tecnologia, mercado, sustentabilidade e legislação.

Filtração eficiente prolonga vida do óleo Testes realizados em grandes motores de equipamentos de mineração comprovam grande economia com eficiência dos filtros.


9 anos Compartilhamos a alegria de comemorar mais um aniversário com nossos leitores, colaboradores e patrocinadores. Patrocinador MASTER

Patrocinador OURO

Patrocinador PRATA

Patrocinador Especial:

Patrocinador BRONZE

Expositores INFINEUM • CHEMTURA • DOW • LÁCTEA • CARGIL • MAXCOR • PETRODIDÁTICA • EXXONMOBIL

Uma Realização:

2

Apoio Institucional

Apoio de Mídia


Editorial É o início de um novo tempo para as notícias e matérias técnicas, que ampliam o público leitor e os leva além do mundo dos lubrificantes. O Portal Lubes chegou para integrar os principais produtos da Editora Onze, e interagir com os leitores de forma dinâmica e contínua. Utilizando as plataformas de mídia digital, as notícias sobre carro, moto, petróleo e mercados se juntam às informações focadas em lubrificantes, SMS, sustentabilidade e os blogs de especialistas do setor. Além disso, um canal com vídeos, entrevistas e palestras transmite temas de alto interesse e pode ser assistido com facilidade no portal. O Facebook e o Twiter trazem a velocidade dos tempos modernos ao nosso universo técnico e comercial, com noticias sendo apresentadas diariamente aos leitores, que podem, dessa maneira, se manter informados e atualizados com os principais temas do mercado, inclusive os preços do petróleo no exterior. O Portal Lubes foi idealizado para reforçar a missão principal da Editora Onze, que há nove anos se propôs a ouvir o mercado e a ele retornar com informações relevantes. Essas informações agora são diárias e focadas. Chega também a um público muito maior do que antes e que poderá usufruir do conhecimento disseminado em suas páginas. A interação com o público é outra vantagem apresentada pelo portal, que assim pode receber o feedback do mercado, direcionando suas pautas e notícias para melhor atender as expectativas dos leitores. Ficamos impressionados com o crescimento exponencial dos acessos, curtidas e compartilhamentos, ao longo de um tempo tão curto, mas isso só comprova mais uma vez que estamos no caminho certo, sempre em busca da excelência. O lançamento do Portal Lubes em www.portallubes.com.br e suas páginas nas mídias sociais é um marco importante na história da informação especializada no mercado de lubrificantes, e um caminho definitivo para a continuação do sucesso consolidado da revista Lubes em Foco.

Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni

Publicidade e Contato Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 comercial@lubes.com.br

Capa Antônio Luiz Souza Machado da Cunha

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

Revisão Angela Belmiro Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.

3


4


Sumário 6 10 SAE J2360 - Diferenciação de desempenho Limpeza superior

14 18

API GL-5

SAE J2360

21 24 26

6º Encontro com o Mercado Evento de lubrificantes trouxe ao Rio de Janeiro palestrantes internacionais, com temas relevantes ao mercado.

Tendências tecnológicas para óleos de motor A complexidade e a economia de combustíveis são um grande desafio para os fabricantes de óleos.

Fluidos para eixo diferencial Uma análise de mercado para um segmento bastante específico e repleto de tecnologia.

Óleos básicos recuperam margens Especialista da ICIS nos mostra como os preços do petróleo proporcionaram recuperação das margens dos básicos.

Aditvos antioxidantes Entenderndo a complexidade dos mecanismos de oxidação e das reações químicas para a melhor escolha do aditvo.

Filtração eficiente prolonga a vida do óleo.

Estudo de caso bem sucedido na otimização do intervalo de drenagem do lubrificante em equipamentos móveis.

Mercado em Foco Pesquisa da Editora Onze apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes e sua evolução no ano.

r b . m o c . s e b u l . w w w so site!!! Visite nos

assine

já!

www.lubes.com.br 5


O principal evento de lubrificantes da América do Sul reúne tecnologia e mercado

O

6º Encontro com o Mercado – América do Sul aconteceu, este ano, nos dias 14 e 15 de julho, no Rio de Janeiro, e, pela primeira vez, no Hotel Windsor Flórida, no bairro do Catete. A Editora Onze, realizadora da conferência, explicou que a mudança de local foi necessária para atender às sugestões e expectativas dos quase 300 participantes, que puderam se beneficiar de hospedagem no local do evento e da excelente localização do hotel. “A reestruturação desse hotel proporcionou a utilização de toda a cobertura, com amplos espaços para networking e exposição, além de um salão e instalações de alto nível. Além disso, os participantes internacionais e de outros estados puderam evitar possíveis dificuldades de transporte e segurança”, comentou Gustavo Zamboni, diretor da Editora Onze. A já esperada palestra de abertura do Economista Chefe da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN, Guilherme Mercês, teve grande repercussão e atendeu às expectativas dos participantes, atualizando-os com o difícil momento da economia

6

brasileira e mostrando as perspectivas para o desenvolvimento do país, a curto e médio prazo. Mais uma vez, a ICIS, empresa do grupo Reed, deu sua contribuição, na presença da Sra. Judith Taylor, que apresentou os movimentos e tendências do mercado norte-americano de óleos básicos, sob o impacto dos preços do petróleo, e participou também da mesa de abertura, juntamente com os Srs. Gustavo Zamboni e Pedro Nelson Belmiro, diretores da Editora Onze, ressaltando a importância desse evento e da parceria editorial entre as duas entidades. O mercado de lubrificantes foi tema de análises interessantes, tendo uma abordagem internacional feita pelo Sr. Sérgio Rebelo, da FactorKline, empresa afiliada do Grupo Kline na América Latina, e os números e tendências do mercado brasileiro, apresentados por Pedro Nelson Belmiro, consultor e diretor da Editora Onze. Esse tema mereceu também considerações importantes por parte do CEO da Cosan Lubrificane, Sr. Ricardo Musa, que também representou o Sindicom, o sindicato das maiores empresas de lubrificantes no Brasil.


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP foi muito bem representada pela palestra do Superintendente de Abastecimento, Sr. Francisco Nelson, que ratificou a intenção do órgão regulador de trazer ao mercado números cada vez mais consistentes, por meio do programa SIMP, o Sistema de Informações sobre Movimentação de Produtos. É grande a expectativa do mercado com os resultados desse programa, e foi muito positiva a perspectiva trazida pela ANP. Pela primeira vez no Brasil, tivemos uma apresenapresen tação sobre os padrões europeus de qualidade para os óleos de motor realizada diretamente por representante do órgão que orienta a indústria de lubrificantes e propro move melhorias nos padrões tecnológicos na Europa, a Association Technique de l’Industrie Européenne des Lubrifiants (ATIEL). O Sr. Oliver Denizart apresentou também as diretrizes do sistema de controle da quaqua lidade dos lubrificantes europeus, o European Engine Lubricant Quality Management System (EELQMS). Os óleos básicos mais uma vez tiveram um espaço importante no evento, com as palestras do Vice-Presidente de Tecnologia da SK Lubricants Americas, Mike Brown, do Gerente Técnico de Marketing da Ergon, Timothy Langlais, e também do CEO da Cosan Lubrificantes, Ricardo Mussa. Tecnologias em aditivos para lubrifican7


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16

17 18 19

Os palestrantes Ezio Camilo Antunes (1), Franscisco Nelson (2), Guilherme Mercês (3), Judith Taylor (4), Mike Brown (5), Oliver Denizart (6), Pedro Nelson (7), Ricardo Mussa (8), Sergio Rebêlo (9), Timothy Langlais (10), Charles Dustman (11), Eduardo Lima (12), Fabio Araujo (13), Giancarlo Roxo (14), Marcos Davi (15), Margareth Carvalho (16), Martin Curran (17), Rodolfo Ferreira (18), Wagner Carvalho (19).

8

destes foram o grande des taque do segundo dia de apresentações, com as principais empresas de tecnologia trazendo suas contribuições tanto para a área industrial como para a automotiva. Dessa forma, tivemos a Croda falando das amidas líquidas, a Dow Chemical com explanação sobre antiespumante tensoativo não iônico, a Braskem sobre o uso de PIB em óleos e graxas, a Evonik sobre abaixadores de ponto de fluidez e a Chemtura sobre os benefíbenefí cios dos antioxidantes. Um dos pontos altos do 6º Encontro com o Mercado foi o painel de debates sobre tendêntendên cias tecnológicas, coordenado por Pedro Nelson Belmiro, com a participação das principais emem presas de pacotes de aditivos para a indústria automotiva. O painel foi precedido das apresenapresen tações individuais, englobando os seguintes tete mas: Tendências tecnológicas para lubrificantes automotivos com foco na economia de combustíveis, pela Lubrizol; A nova geração de lubrificantes para uso ferroviário, pela Oronite; Análise do mercado de fluidos para eixo diferencial, pela Afton Chemical, e O desafio de ter economia de combustível com durabilidade, pela Infineum.


A abordagem sobre sustentabilidade ficou a cargo do Programa Jogue Limpo, pela palestra de Ezio Camillo Antunes, que apresentou os números da logística reversa das embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes. A Editora Onze oficializou, durante o evento, o lançamento do Portal Lubes, o maior portal na internet com notícias, informações técnicas e de mercado sobre lubrificantes. O Sr. Gustavo Zamboni ressaltou, na ocasião, que a ideia do portal é integrar os principais produtos da editora, como a revista Lubes em Foco, o guia GNLubes, a Newsletter quinzenal, o Encontro com o Mercado com informações relevantes do mercado de carros e motos, o Canal Lubes com vídeos e entrevistas e blogs de especialistas do setor. “Por meio do Portal Lubes, o leitor poderá ter acesso a notícias importantes, quase que diariamente, como também ao sólido conteúdo técnico que tem consagrado a revista no mercado”, comentou Zamboni. O Portal Lubes também estreou sua participação nas redes sociais, com suas páginas no Facebook e no Twiter. Os acessos são www.portallubes.com.br, www. facebook.com/portallubes/ e www.twitter.com/Portal_Lubes

A

área de exposição, que também foi utilizada para os intervalos de café, foi ocupada pelas empresas Mesa de abertura, com Pedro Nelson, Judith ExxonMobil, Tailor e Gustavo Zamboni Cargill, Maxcor, Dow, Infineum, Lactea, Chemtura e Petrodidática, que puderam apresentar seus produtos e serviços. A Neste, mais uma vez, ofereceu aos participantes um espaço especial para networking. Segundo vários participantes, o fato de ter sido realizado no hotel, deu ao Encontro um ambiente mais aconchegante e confortável. Outro ponto bastante elogiado foi o cardápio apresentado pelo hotel para os almoços oferecidos pela Editora Onze. O 6º Encontro com o Mercado – América do Sul foi encerrado com um sorteio de brindes aos participantes, tendo este ano um oferecimento especial de um ipad, pela empresa Infineum. De acordo com o diretor da Editora Onze Antonio Carlos Moésia, o evento superou as expectativas de todos, mesmo em uma época bastante conturbada no país. “Foram ao todo dezoito patrocinadores e oito expositores, que formaram o time de empresas que acreditaram e investiram no potencial do evento, mesmo com todas as dificuldades de orçamento esperadas para este ano”, disse Moésia. A Editora Onze já confirmou o 7º Encontro com o Mercado para os dias 20 e 21 de junho de 2017.

Equipe organizadora do 6º Encontro Internacional com o Mercado

9


Tendências tecnológicas para óleos de motor Novas tecnologias moldam um mercado de veículos de passageiros em evolução Por: Fabio Araujo

Como em muitas regiões do mundo, o mercado de veículos de passageiros está evoluindo rapidamente no Brasil. De que forma os OEMs e as Companhias de Lubrificantes podem enfrentar esse desafio?

P

or ser uma das economias mais poderosas do mundo, o Brasil passa por uma rápida evolução no sofisticado mercado de veículos de passageiros. As implicações são muitas, e há desafios significativos pela frente. Alterações legislativas recentes visam reduzir as emissões de todos os veículos e alavancar a economia de combustível. Um dos avanços mais importantes é o programa de incentivo Inovar Auto, que busca eliminar uma média de 15 toneladas de

10

CO2 por veículo no país ao incentivar a produção nacional de motores menores, mais econômicos e mais potentes. O programa foi concebido para alcançar um aumento de 12% de eficiência energética até 2017. Motivados por esses regulamentos e incentivos, os OEMs no Brasil têm introduzido novas tecnologias automotivas no mercado. Modificações nos motores são cada vez mais comuns, tais como a introdução de turbocompressores (com ou sem injeção direta), a utilização de sistemas de start/stop e o lançamento de carros cada vez mais compactos. Estas novas tecnologias são essenciais para obter economia de combustível e alcançar as metas de emissões. Os novos motores precisam de lubrificantes modernos para manter os componentes em condições adequadas de funcionamento, operando em todo seu potencial. É por isso que as especificações para óleos de motor de veículos de passageiros estão evoluin-


do mais rapidamente no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo. Os lubrificantes usados em veículos de passageiros em 2015 deviam atender a uma classificação mínima API SJ. Até 2017, os lubrificantes para veículos de passageiros deverão atender à classificação mínima API SL, e espera-se que até 2020 atendam à classificação API SM/SN. Portanto, poderíamos ver no Brasil uma evolução dez anos mais rápida do que na América do Norte, que passou de API SJ para SN ao longo de um período de 15 anos, de 1996 a 2011. Estes são os desafios que temos pela frente para o mercado de veículos de passageiros no Brasil, e todos os intervenientes têm um papel a desempenhar.

Os OEMs globais introduziram novas tecnologias de motores no mercado brasileiro, e essas tecnologias requerem lubrificantes avançados para um funcionamento adequado. A complexidade das novas tecnologias A tarefa tradicional do óleo de motor — proteger o motor contra o desgaste — continua a mesma. No entanto, essa tarefa se tornou mais complexa. Os óleos de motor atuais também devem oferecer um nível de desempenho superior. Os fatores a seguir aumentam a complexidade do mercado brasileiro de lubrificantes • Sistemas de start/stop: Estes dispositivos desligam o motor quando o veículo não está em movimento, para economizar combustível, mas podem levar ao aumento dos níveis de desgaste e a maior risco de diluição de combustível no lubrificante durante o funcionamento. • Motores flexíveis no uso de etanol e gasolina: Desde março de 2015, o governo brasileiro requer um teor de 27% de etanol anidro na gasolina comum. A indústria automobilística brasileira desen-

volveu veículos com motores flexíveis no uso de etanol e gasolina, que podem funcionar com qualquer proporção de gasolina (mistura E27) e etanol hidratado (E100). Isso significa que os óleos de motor devem ser formulados considerando o uso de etanol. • Turboalimentação/GDI/TGDI: Estes sistemas permitem que motores menores e tecnologicamente mais avançados forneçam energia de forma eficiente e eficaz. Como resultado, estes motores operam a temperaturas muito mais elevadas, fazendo com que o lubrificante do motor fique mais vulnerável ao processo de oxidação. Danos ao motor podem ser causados se o lubrificante certo não for selecionado nesses novos veículos, e as companhias de Lubrificantes e seus parceiros devem comercializar produtos confiáveis, que assegurem aos usuários a proteção dos seus investimentos. Disponibilidade de Óleos Básicos e variabilidade da qualidade dos combustíveis A maioria dos óleos básicos utilizados no Brasil são API Grupo I. A grande maioria dos óleos básicos do Grupo II e III é importada. Os novos desafios tecnológicos se tornam mais complexos devido à necessidade de adequação da cadeia de suprimentos de óleos básicos no Brasil. As novas tecnologias automotivas requerem óleos básicos de alta qualidade — API Grupo II, III ou superiores. No entanto, com exceção dos óleos básicos Lwart Grupo II, todas os outros óleos básicos API Grupo II ou superior no Brasil são importados.

Os desafios associados à disponibilidade de óleos básicos dos Grupos II e III e à variabilidade na qualidade do combustível forçam as Companhias de Lubrificantes a garantir que suas formulações sejam capazes de lidar com condições adversas encontradas fora do seu âmbito de controle. 11


Estas condições de oferta são um desafio. Em primeiro lugar, é difícil formular adequadamente lubrificantes que possam satisfazer às exigências das novas tecnologias automotivas — e também atender aos padrões cada vez mais exigentes da indústria — sem uma oferta garantida de óleos básicos superiores. Em segundo lugar, embora os lubrificantes de primeiro enchimento sejam formulados com óleos básicos do Grupo II e III, a maior parte dos lubrificantes disponíveis aos consumidores fora das concessionárias são mais frequentemente formulados com óleos básicos do Grupo I. A formulação com componentes inadequados pode resultar em uma abundância de lubrificantes no mercado que não atendam às necessidades dos veículos modernos. Quando adicionamos o fator combustível a essa equação, o quadro se complica ainda mais, pois o óleo de motor precisa lidar com distintas combinações de combustíveis devido à prevalência crescente de motores flexíveis quanto ao uso do

combustível e ao teor obrigatório de 27% de etanol na gasolina. De acordo com a ANFAVEA, 92,3% de todos os veículos de passageiros e 65,5% dos veículos comerciais leves no Brasil usaram a tecnologia de combustível flexível em 2015. Sucesso em um mercado em evolução Até 2020, a demanda por óleo básico Grupo II deverá aumentar de acordo com a maior demanda por lubrificantes de alto desempenho. O óleo básico Grupo III continuará a ser importado da Ásia e da Europa, principalmente no caso de óleos de motor de baixa viscosidade e alto nível de desempenho. Acredita-se que as rápidas mudanças no mercado de veículos de passageiros no Brasil são benéficas para os usuários finais. No final das contas, os motoristas querem veículos eficientes quanto ao consumo de combustível e querem que esses veículos funcionem de forma confiável por muitos anos. Como os OEMs no Brasil continuam a inovar

Por trás de seu sucesso existe um mundo de testes Lubrizol com sua inigualável rede de testes contribui para isto. Através de investimento e comprometimento em realizar testes de campo em todo o mundo, como parte do desenvolvimento e validação de nossas tecnologias, serve como garantia de desempenho de seu fluido, quando e onde você precisar.

12

© 2016 The Lubrizol Corporation. All rights reserved. 16-18756


com a introdução de novas tecnologias automotivas, cabe às companhias de lubrificantes oferecer lubrificantes robustos e duráveis para proteger os motores e assim garantir a manutenção de todos os benefícios oferecidos. O cenário é complicado por diversos fatores, mas o sucesso pode ser obtido na medida em que as companhias de lubrificantes selecionem os aditivos adequados, ao lado dos parceiros certos. No mercado atual, o sucesso requer aditivos que possam atender às exigências de uma carteira de produtos em constante evolução, que se sobressaia frente aos desafios que a indústria tem enfrentado. A busca pela economia de combustível é essencial, mas sem comprometimento da durabilidade. Devido a essas necessidades, as companhias de lubrificantes precisam de soluções que possam funcionar nas condições atuais e acompanhar a evolução do mercado de veículos de passageiros no Brasil.

Os lubrificantes de alto desempenho beneficiam a todos os intervenientes no mercado: • Os OEMs, cujos veículos continuarão a funcionar de forma confiável; • As companhias de lubrificante, que podem oferecer produtos de alta qualidade solicitados pelos clientes; • Os usuários finais, cujos veículos funcionarão de forma eficiente e confiável.

Fabio Araujo é o gerente de produtos da Lubrizol Aditivos na área de diesel para serviços pesados e veículos de passageiros na região da América Latina.

13


O mercado de fluidos para eixo diferencial Por: Rodolfo Ferreira

Q

uando pensamos em lubrificação de veículos comerciais (caminhões e ônibus), sem dúvida o óleo de motor ocupa a primeira posição em nossa memória. De fato é assim também para as frotas e donos desse tipo de veículo. O gasto com lubrificante mais recorrente e de maior impacto é com o motor. Em segundo lugar na lista, porém de forma mais discreta, vem o óleo de eixo diferencial. Apesar de menos falado, esse produto é uma peça muito importante no processo de manutenção dos veículos comerciais. Neste artigo será abordada a dinâmica do mercado de fluidos para eixo diferencial: como é o perfil da frota circulante, o que utilizam os veículos e o que os fabricantes de eixo recomendam utilizar, bem como as tendências. Frota circulante de veículos comerciais

Tomando como referência o Relatório da Frota Circulante de 2016, publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças), temos hoje no Brasil cerca de 1,9 milhão de caminhões em operação. Somando-se a este número cerca de 0,4 milhões de ônibus, chegamos a uma frota circulante em torno de 2,3 milhões de veículos comerciais. Ainda de acordo com o mesmo relatório, a idade média desses veículos gira em torno de 9,5 a 10 anos. 14

Outra informação interessante sobre frota circulante vem do estudo de mercado publicado pela GiPA do Brasil. Este levantamento aponta que os caminhoneiros autônomos e os frotistas com até 4 veículos representam mais de 60% do parque de caminhões no país. Essas informações nos fazem compreender que o parque de veículos em operação sofreu uma intensa renovação na última década. Somado a isso, concluímos que uma parcela significativa desse parque tem um impacto muito grande sobre o patrimônio de pequenos negócios, sejam eles indivíduos autônomos ou pequenas empresas. Nesse cenário, imagina-se que o interesse por uma boa manutenção seja alto, já que a parada de um veículo tem um custo considerável. As marcas de veículos com maior participação na frota são Mercedes-Benz, Volkswagen/MAN, Ford, Volvo, Scania e Iveco. Suas respectivas montadoras ocupam cerca de 85% de participação na produção e nas vendas nacionais. No entanto, quando avançamos no nível da engenharia do sistema de eixo diferencial, observamos que a maior parte dos veículos é montada com equipamentos fornecidos por fabricantes independentes, como Meritor e Dana. O gráfico 1 ajuda a mapear a origem dos eixos por marca de veículo. Esse fato traz uma informação importante no que diz respeito à lubrificação do eixo diferencial. Temos que considerar que esses fabricantes independentes têm suas espe-


Fabricantes de eixo diferencial e seus principais consumidores Aplicação

Fabricante

Dana

Eixo Diferencial

Veículos Ford MAN Volvo

Meritor

Fabricação Própria

Iveco Mercedes Benz Scania

Gráfico 1

cificações para o óleo lubrificante determinadas a partir do conhecimento sobre o melhor desempenho do eixo. Sendo assim, suas especificações devem pelo menos determinar um padrão mínimo de desempenho requerido por esses equipamentos. Atualmente ambos os fabricantes determinam como requerimento mínimo fluidos com aprovação SAE J2360. Esta é uma especificação desenvolvida por um organismo da indústria que tem participação dos fabricantes de equipamentos, o Performance Review Institute (PRI).

do feita pela Afton Chemical. Desse montante, a maior parte (70 a 80%) é ocupada por óleo de diferencial. O gráfico 2 mostra o rateio de volume estimado entre as principais especificações, tomando-se em conta o mercado aparente de aditivos. A análise do gráfico nos faz perceber que o maior volume comercializado ainda está muito concentrado nas especificações API GL-4 e GL-5. No que diz respeito a eixo diferencial, pensemos apenas em API GL5. Esta especificação é do ano 1987. Apesar de ainda ativa, há pelo menos mais duas gerações de especificações lançadas a partir dela: API MT-1 e SAE J2360, respectivamente. Analisando os segmentos aparentes com foco nas especificações de fabricantes de equipamentos, vemos que há um destes relativamente grande que demanda fluidos especificados para veículos Mercedes-Benz (MB). O segmento que representa a recomendação mínima dos fabricantes Meritor e Dana (SAE J2360) é atualmente muito pequeno no mercado brasileiro. Isso nos leva à conclusão de que ainda há uma inércia muito grande por parte da frota que utiliza eixos dos principais fabricantes independentes em migrar para o padrão adequado. E esta parcela tem uma participação significativa na frota circulante, conforme analisado anteriormente. SAE J2360 é o novo API GL-5?

O mercado de fluido para eixo diferencial O mercado aparente de fluidos para engrenagens automotivas (eixo diferencial e caixa manual) é estimado na ordem de 88 mil toneladas/ano (cerca de 100 milhões de litros), de acordo com análise de merca-

Brasil – Mercado estimado de 88 mil toneladas/ano Outros

MB

MT-1 / J2360 Gráfico 2

GL-4/GL-5

Há vários motivos que nos levam a crer que sim. Como dito antes, o SAE J2360 é o padrão mínimo de desempenho adotado por Meritor e Dana para os seus eixos diferenciais. Vários outros fabricantes que possuem suas próprias especificações também construíram suas referências de desempenho a partir da norma SAE J2360. O volume potencial de fluido demandado pela frota circulante deveria ser muito maior para esta especificação, se as manutenções seguissem a recomendação adequada. Desde o final dos anos 2000, vários fabricantes de equipamentos subiram a barra de desempenho para o nível SAE J2360. E por que os fabricantes têm convergido nessa direção? Há vários parâmetros favoráveis à melhor manutenção e durabilidade dos eixos. De fato, SAE J2360 é construído a partir do API GL-5 e o excede em vários pontos. Então podemos dizer que esta mais recente especificação é um API GL-5 “com algo mais”, ou uma evolução demandada pela indústria. No gráfico 3 é possível entender a diferença entre esses níveis de desempenho. 15


para um API GL-5 não há restrição. Os L37 lubrited Extra EP & Antidesgaste resultados de teste L-60-1 Controle verniz L-60 são bem claros ASTM D5662 Protección de sellos quando provamos Storage Stability & Compatibility Estabilidade a armazenagem as tecnologias lado Cyclic Durability Sincronizadores a lado, conforme a FZG Load Stage Resistência a carga imagem 1. API MT-1 SAE J2360 Controle de espuma ASTM D892 Os resultados Corrosão ao cobre ASTM D130 em campo também API GL-5 Tendência verniz L-60 são visíveis, conforPrevenção à oxidação me a imagem 2 L-33 L-42 Compatibilidade Proteção EP e desgaste L-37 com selos – as tecnologias mais antigas Gráfico 3 - Como SAE J2360 se compara com os outros niveis de desempenho de fluido para eixo permitem alto teor de compostos à base de enxofre e SAE J2360 - Diferenciação de desempenho fósforo mais agressivos às partes de borracha. Ao longo prazo havia uma tendência maior à deterioração dos Limpeza superior selos de vedação e, consequente, perda de fluido por vazamentos. Este é um problema minimizado pela norma SAE J2360, uma vez que prevê teste de compatibilidade com selo antes ausente no API GL-5. Além disso, a norma exige um teste de campo controlado com vários veículos, e o eixo deve terminar em bom estado de conservação, incluindo a selagem. Controle do desgaste – o teste L-37 de desgaste API GL-5 SAE J2360 em engrenagem foi modificado para a norma SAE J2360. Para esse nível de desempenho, a testagem é feita em eiImagem 1 xos de engrenagens com recobrimento de superfície (“lubrited”), tipo adotado por vários fabricantes e que exigem SAE J2360 - Diferenciação de desempenho maior proteção contra o desgaste. A foto a seguir ilustra a Limpeza superior condição de engrenagens testadas com fluidos API GL-5 e SAE J2360 frente à prova. O resultado mostra nitidamente a maior robustez da nova especificação (imagem 3). LRI Field Test

Testado em campo

SAE J2360 - Diferenciação de desempenho Maior proteção ao desgaste

API GL-5

SAE J2360

Imagem 2

As principais áreas de melhoria do SAE J2360 em relação ao API GL-5 são: Controle da formação de borra e verniz – a nova especificação estabelece limite máximo para formação desse tipo de contaminante, ao passo que 16

API GL-5 Imagem 3

SAE J2360


Também como parte da avaliação de proteção ao desgaste, há o teste de campo e inspeção feita para garantir que as engrenagens terminem ainda em bom estado. Em linhas gerais, essas três principais melhorias que traz o SAE J2360 frente ao API GL-5 proporcionam maior durabilidade das engrenagens (parte vital do eixo) e previnem vazamentos de fluido causados pela deterioração dos selos. Isso permite às frotas e aos donos de veículos trabalhar com intervalos de troca do óleo mais longos que o API GL-5. Essa melhora nas condições de manutenção trazem outros ganhos indiretos, tais como maior confiabilidade dos veículos (menor risco de paradas não planejadas) e melhor desempenho ao longo da vida útil.

incluindo a lubrificação do eixo diferencial. Fluidos com viscosidades cada vez mais baixas começam a ganhar espaço neste segmento, movidos por esse fator. Cada vez mais as montadoras vêm disputando clientes a partir do custo total de manutenção. Para muitos usuários, não interessa somente o custo de aquisição do veículo, mas o quanto ele terá de custo de manutenção ao longo do seu período de utilização. Nesse sentido, as montadoras têm trabalhado na extensão do período de troca dos lubrificantes de maneira geral. O objetivo é reduzir o número de paradas para manutenção e o custo total de lubrificação. A consequência disso é o crescimento da demanda por fluidos sintéticos com aditivação cada vez mais robusta para suportar longos períodos de rodagem.

O futuro dos fluidos de eixo para veículos comerciais Atualmente há dois fatores com grande influência sobre as novas tecnologias de fluidos para eixos: economia de combustível e custo total de manutenção. A economia de combustível vem recaindo sobre as montadoras como exigência legal em muitos países. Isso é parte do esforço de reduzir emissões. A lubrificação do trem de força pode contribuir na eficiência energética do veículo,

Rodolfo Ferreira é Gerente de Marketing América Latina do segmento de aditivos para fluidos de transmissão da Afton Chemical

17


Óleos básicos

recuperam margens com

preço do petróleo Movimento do mercado na direção de produtos com qualidade superior Por: Judith Taylor

O

s preços dos óleos básicos tiveram um acréscimo, a partir de março, acompanhando a subida lenta dos preços do petróleo bruto e a melhora da relação entre oferta e demanda. A caminhada ascendente dos preços continuou em abril e maio e, novamente, no início de junho, uma vez que os produtores pretendiam reabilitar os níveis de margem que se encontravam bem deprimidos. No início de março, a Chevron, grande produtora de Grupo II, anunciou aumento dos preços publicados em seu portfólio de produtos, terminando o período de pressão sobre os preços que se retraíram no mercado a partir do segundo semestre de 2015. As margens dos óleos básicos tinham caído para níveis críticos, durante o terceiro e quarto trimestres de 2015, com a indisposição dos preços promovida quase totalmente pela derrocada dos preços do petróleo. Com o movimento de abertura da Chevron, outros produtores de Grupo II fizeram anúncios de aumento em março. Os produtores de Grupo I também entraram no mercado com incrementos de preços em março, e os preços publicados dos

18

básicos de Grupo II + também sofreram essa mudança ascendente. Aumentos de 10, 15 e 20 centavos / gal nos preços afixados entraram em vigor em abril, com os valores variando principalmente por grau de viscosidade. Maio seguiu o mesmo caminho, e os aumentos ocorreram novamente no início de junho. Em junho, o incremento de 20 centavos / gal foi dominante, já que o petróleo bruto flertou com a quebra da barreira dos US$ 50 por barril, mas não sustentou uma violação da marca. O brightstock do Grupo I ficou, na maioria das vezes, com os 10 centavos / gal de ganho, porque a condição especial sustentada pelos graus mais pesados diminuiu com a mudança de fatores de oferta, que os distanciavam dos graus mais leves, promovendo um maior equilíbrio em todos os graus. O óleo de viscosidade 600 do Grupo II foi um ponto fora da curva no balanço para melhorar o equilíbrio dos preços, puxando também o Grupo I de mesma viscosidade, fazendo com que a série 600 exibisse algumas incertezas sobre as condições de oferta neste ano.


Os preços de exportação para o óleo 600 de Grupo II entraram drasticamente na esteira do petróleo bruto, recuperando um grau de força e, em seguida, suavizando novamente no início de junho, na questão de suprimento. O gráfico 1, da Energy Information Administration (EIA), a seguir, mostra a variação do preço do petróleo bruto no início de junho. Crude oil futures price contract 1 Dollars per barrel 140

2014-15

2015-16

110 80 50 20

Jun

Sep

Dec

Mar

Jun

Source: US Energy Information Administration, New York Mercantile Exchange (NY MEX)

Gráfico 1

O gráfico 2 mostra o consumo de gasolina nos EUA, indicando o aumento típico do uso de veículos, a partir de maio, com o início da tradicional temporada de verão. Pode-se também notar a utilização mais elevada em 2016 comparada com 2015.

Millions of gallons

US Gasoline Consumption 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 27 may 20 may 13 may 06 may 29 Apr 22 Apr 2016 2015

elevados, dando suporte para preços mais altos dos chamados pale oils. A Ergon Refining anunciou que iria aumentar os seus preços básicos naftênicos, na América do Norte, em 15 a 20 centavos / galão, a partir de 6 de abril, dando início a aumentos do nível de preços desses produtos. A Cruz Oil confirmou o aumento dos preços de seus naftênicos, para os baixos graus de viscosidade até o grau pesado 750, em 15 centavos / galão a partir de 11 de abril. Os graus pesados acima da viscosidade 750 foram elevados em 20 centavos / galão na mesma data. A Calumet anunciou separadamente os aumentos para os óleos de viscosidade 750 e mais leves de 15 centavos / galão, com os graus mais pesado do que 750 subindo em 20 centavos / galão, todos efetivos em 19 de abril. Outra rodada de aumentos dos naftênicos ocorreu em maio, com o anúncio da Ergon de aumentos de preços de 15 a 20 centavos / galão, dependendo do grau de viscosidade, para os naftênicos norte-americanos, a partir de 20 de maio. A Calumet aumentou os preços de seus graus de viscosidade leves e médios e até o nível viscosidade 750 em 15 centavos / galão a partir de 24 de maio. Os graus superiores aumentaram em 20 centavos / galão, na mesma data A Cruz Oil aumentou os seus óleos naftênicos em 15 centavos / galão para todos os graus de viscosidade até 750, e até 20 centavos / galão para os graus superiores, em 25 de maio. A San Joaquin Refining (SJR) aumentou seus óleos naftênicos de 15 a 20 centavos / galão a partir de 30 de Maio. Os aumentos de preços tanto dos óleos de base parafínicos como os naftênicos tiveram como base principalmente as melhores condições de mercado, incluindo os preços mais elevados do petróleo e uma procura mais forte para certos graus de viscosidade.

Gráfico 2

O impulso das questões regulatórias Naftênicos seguindo a tendência Os preços do óleo de base naftênica também se atualizaram em abril, com os preços do petróleo bruto mais estáveis em níveis suficientemente

No meio dos esforços dos produtores para aumentar os preços do óleo básico para níveis viáveis com a força da maior estabilidade nos preços do petróleo bruto, o impulso das ques19


tões regulatórias não diminuiu. Esse impulso continua a forçar o mercado, fomentando a necessidade de mudanças de formulação significativas e pressionando a necessidade de se avançar para o uso de óleos básicos do Grupo III e sintéticos. O fabricante de aditivo de combustível Infineum realizou seu evento AutoTrends em Houston, Texas, em abril, com destaque para as discussões sobre o impulso significativo nos projetos de equipamentos que emanam de mandatos regulatórios, exigindo padrões mais rigorosos para a economia de combustível de automóveis, nos Estados Unidos. Enquanto os projetos de equipamentos progridem para enfrentar os novos padrões de economia de combustível, aumenta a importância de elementos como a compatibilidade, desempenho e eficiência dos lubrificantes, que formam os fluidos de transmissão e os óleos de motor. 20

Esses fluidos consideram uma variedade de tipos de óleos básicos que são fatores determinantes para os OEMs e formuladores examinarem na produção de fluidos de transmissão, que possam atender à indústria e dos requisitos regulamentares. No crescente mercado de transmissões automáticas, as melhorias de equipamentos e a diversificação regional continuarão e os OEMs estão cada vez mais procurando fluidos avançados, como par te dos esforços para melhorar o desempenho em economia de combustível do veículo. O trabalho com fluidos avançados, tais como óleos básicos de Grupo III e polialfaolefinas (PAO), no desenvolvimento de formulações que podem oferecer um desempenho superior aos novos equipamentos de transmissão, também está proporcionando uma maio coengenharia entre os vários setores da indústria de lubrificantes. Segundo os especialistas, as alterações de hardware em grande escala, que estamos vendo, significam que as formulações estão se tornando ainda mais complexas. Isso torna a coengenharia entre lubrificante e hardware essencial para garantir o equilíbrio certo entre os ganhos de economia de combustível e durabilidade. A indústria como um todo é obrigada a lidar com este tipo de mudança de equipamentos, juntamente com inúmeras mudanças dos tipos e graus de óleos básicos, a fim de satisfazer às necessidades de lubrificação para os veículos de 2016 e de 2017. Por conseguinte, a maior estabilidade no nível de preços do petróleo bruto e as oportunidades de atualização das margem dos preços dos óleos básicos são fatos colaboradores da manutenção da estabilidade de toda a indústria.

Judith Taylor é a Editora Sênior da ICIS responsável pelo mercado petroquímico, incluindo óleos básicos. Especialista em dinâmica de preços e logística.


Aditivos Antioxidantes

Uma estratégia de posicionamento e desempenho Por: Wagner Carvalho

A

oxidação é algo presente no nosso dia a dia. Um exemplo bem simples pode ser visto em nossa alimentação. Alguns segundos após morder uma maçã, observamos a presença de uma cor escura na parte em contato com o ar. O que realmente ocorre é que as moléculas de hidrocarboneto reagem com o oxigênio do ar, alterando sua composição e estrutura. Isso também acontece com os lubrificantes. Nos primórdios da era industrial, quando se iniciou a criação de máquinas, ainda que rudimentares, eram utilizadas substâncias diversas para a função de redução de atrito entre as partes móveis, ou seja, lubrificantes. Essas substâncias eram a água, as gorduras animais, os óleos vegetais, que deixavam de funcionar muito rapidamente e estavam sujeitas a corrosão, cheiro de ranço, solidificação, entre outros problemas. As partes mecânicas tinham que ser limpas e relubrificadas a todo momento, por isso se buscava um novo lubrificante que resolvesse o problema de desgaste e esse árduo trabalho de manutenção da lubrificação. As pesquisas realizadas levaram a testes de misturas que proporcionassem um resultado mais positivo aos lubrificantes. Inicialmente, foram obtidos bons resultados, e assim começou o desenvolvimento de antioxidantes para aplicação industrial. Atualmente, devido ao crescente foco em produtividade e redução dos custos de produção, diversas pesquisas têm sido realizadas no sentido de permitir que os lubrificantes acompanhem as criticidades dos equipamentos modernos, que precisam ser mais precisos, rápidos e que consumam menos energia.

Como ocorre a oxidação A oxidação das moléculas do lubrificante pode ser entendida como reações químicas inevitáveis e irreversíveis com o oxigênio do ar, alterando as ligações carbono-carbono e carbono-hidrogênio. A função do aditivo antioxidante é retardar essas reações, principalmente nas suas fases iniciais. A oxidação pode ser explicada como um processo que ocorre em 3 etapas: - Iniciação; - Propagação; - Ramificação e Terminação.

Índice de peróxido - IP (meq/kg) 1200 1000 800 600 400 200 0

10 20 30 40 50 60 70 80 90 IP (meq/kg)

Iniciação Indução que precede a oxidação

Propagação Multiplicação dos radicais com substrato

Terminação Formação produtos estáveis 21


Os antioxidantes primários, que serão o alvo deste artigo, atuam principalmente na etapa da iniciação. A iniciação é a etapa que deve ser prolongada pela ação do antioxidante, pois ele inativa os radicais formados pela ação do oxigênio nas moléculas de lubrificante, retardando o início da próxima etapa, a propagação, que é rápida e muito danosa para o lubrificante. Alguns outros fatores, além da presença do oxigênio, aceleram a oxidação, como a catálise química por metais, normalmente encontrados em motores e equipamentos industriais, e a energia, em forma de calor, cisalhamento mecânico e raios ultravioleta. Na última etapa da oxidação, conhecida como ramificação/terminação, observa-se que os produtos gerados pela oxidação (álcoois, cetonas, aldeídos e água) contaminam o lubrificante e prejudicam o seu desempenho.

R-H

R + HOO

R-R

2R

R + 02

ROO

ROO + RH

ROOH + R

ROOH + RH

Álcool, água, aldeídos e cetonas

R+R

R-R

R + ROO

ROOR

ROO + ROO

ROH + RCOR

Iniciação formação de radicais e peróxido Propagação rápida formação de outros peróxidos e radicais

Testes de oxidação para lubrificantes Alguns testes de laboratório são realizados para identificar a resistência do lubrificante à oxidação e são mais ou menos adequados conforme a aplicação do produto. São eles: - Thermo-Oxidative Engine Oil Simulation Test (TEOST): Método ASTM D-7097, com duração de 24 horas, utilizando uma amostra pesando em torno de 8,4g, a uma temperatura de 285ºC.

Ramificação formação de borra

Terminação formação de borra de alto PM

Análises físico-químicas podem demonstrar esse fato, por meio de alterações nas seguintes propriedades do lubrificante original: - Viscosidade; - Presença de água; - Aumento no TAN (Total Acid Number ou acidez do lubrificante); - Presença de partículas e borras. Por simples observação a olho nu, podem ser vistas algumas alterações como escurecimento (lembra da maçã citada no primeiro parágrafo ?), presença de grumos, além de um aumento na necessidade de reabastecimento dos reservatórios do lubrificante (se for o caso de sistema circulatório) e presença de verniz sobre as partes metálicas dos 22

equipamentos, principalmente compressores, redutores e motores, em que pode ser facilmente verificado. Existem dezenas de moléculas antioxidantes que vêm sendo desenvolvidas e utilizadas desde o desenvolvimento das primeiras máquinas e, mais intensamente, após a revolução industrial e principalmente no século XX. A solução mais comumente utilizada nas últimas décadas para prevenção da oxidação é a aplicação em sinergia de um antioxidante fenólico, para proteção do lubrificante no período entre sua fabricação e o momento de uso, e para temperaturas menores que 120ºC, e de um lubrificante amínico para temperaturas maiores que esta, já que, nessas temperaturas, cada antioxidante atua e se regenera de modo mais eficiente.

- Rotating Pressure Vessel Oxidation Test (RPVOT): Método ASTM D 2272, aplicado em lubrificantes para turbinas. Utilizando uma amostra de 50g, mede a queda de pressão na bomba, a uma temperatura de 150ºC, com água e fio de cobre como catalisadores.


- Turbine Oil Stability Test (TEOST): Métodos ASTM D-943 e D-4310, aplicado em óleos de turbina. Utilizando uma amostra de 300ml a uma temperatura de 95ºC, com água, ferro e fio de cobre. Vantagens na correta escolha de um antioxidante Para o fabricante do lubrificante, um antioxidante corretamente escolhido e aplicado na quantidade correta poderá proporcionar algumas vantagens, tais como: - Diferenciação de seu produto através de uma maior durabilidade e consequentemente menor consumo e necessidade de manutenção, para substituição e limpeza de verniz nas partes metálicas e descarte do produto; - Maior tempo de armazenagem; - Menor número de itens de inventário; - Formulação exclusiva (ao se escolher o aditivo individual, ao invés de utilizar um pacote comum a vários fabricantes); - Maior margem com melhor desempenho comparativo.

Nós protegemos os

recursos naturais.

E você?

É importante entender que a complexidade dos mecanismos de oxidação e das reações químicas e os tipos de sinergia entre diferentes tipos de moléculas mostram uma incrível necessidade de desenvolvimento de formulações particulares para cada sistema de componentes e aplicações diferentes, levando em conta características peculiares como custo, volatilidade, cor, solubilidade, odor, estado físico, toxicidade e compatibilidade com outros aditivos. Assim, fica ressaltada a enorme relevância dos antioxidantes na estratégia de posicionamento de cada produto e no seu desempenho específico.

Wagner Roberto de Carvalho é Gerente Técnico para a América do Sul da Chemtura

O óleo lubrificante usado só tem um destino legal e ecologicamente correto:

a coleta e o

rerrefino

Ao realizar a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado* dos veículos e indústrias em todo país, transformando o óleo usado em óleo novo, a Lwart Lubrificantes assume sua responsabilidade na preservação do planeta, impedindo a emissão de www.avanticomunicacao.com

www.avanticomunicacao.com

www.avanticomunicacao.com

Sandra Santos

Romildo Lopes

Eduardo Fajardo

dufajardo@avanticom.com.br

dufajardo@avanticom.com.br

dufajardo@avanticom.com.br

Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621

F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com

Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621

F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com

Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621

F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com

Cel.: 14.9965.10405

Cel.: 14.9965.10405

Cel.: 14.9965.10405

comunicação integrada

gases de efeito estufa e a contaminação do solo e dos mananciais.

Solicite a Coleta

Cuidar do Planeta é responsabilidade de todos.

pelo site: www.coletalwart.com.br ou Disque Coleta: 0800 701 0088

Conte com a nossa parceria!

23 *Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ter o rerrefino como destinação final segundo resolução Conama 362/2005.


Filtração eficiente prolonga a

vida útil do óleo

V

amos, a seguir, mencionar estudo de caso bem sucedido na otimização de intervalo de drenagem de óleo lubrificante de cárter em equipamentos móveis por meio de melhoria em sistema de lubrificação: Motores de combustão interna ciclo diesel 4t em caminhões fora-de-estrada: nesta mineradora, com operação a céu aberto, a área mais profunda do site fica a 150 m de profundidade. A hematita, extraída nesta lavra, é extremamente abrasiva, e a reparação dos componentes móveis por desgaste abrasivo tem o maior custo de manutenção.

Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

Utilizou-se análise de óleo lubrificante para se determinar a condição do óleo lubrificante nos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T dos caminhões fora-de-estrada da mineradora. Amostras semanais eram retiradas e analisadas em laboratório “in situ” e limites de alerta concernentes a metais de desgaste para intervalos de drenagem de 500 horas, anteriormente praticados, foram estabelecidos como metas para os objetivados intervalos de drenagem de 1000 horas. Ocorreu, porém, que o limite de alerta de 28 ppm referente ao metal ferro foi excedido com, tão somente, 600 horas de operação. 60 50 ppm

40 30 20 10 Fotos 1 (esquerda) e 2 (direita) - Mineradora com operação a céu aberto

Foram realizados acompanhamentos dos caminhões fora-de-estrada da mineradora visando à otimização dos intervalos de drenagem do óleo lubrificante dos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T, redução dos custos com manutenção utilizando-se filtração de alta eficiência e aumento da produção por meio de aumento da disponibilidade operacional dos equipamentos móveis. A meta estabelecida foi elevar-se a periodicidade de troca do óleo lubrificante de cárter de 500 horas para 1000 horas. Para se alcançar a meta de intervalos de drenagem de 1000 horas, foram considerados os fatores que influenciavam a vida útil da carga e dos filtros de óleo lubrificante, assim como a confiabilidade dos equipamentos móveis e os riscos com respeito à segurança. 24

0

214 446 509 026 463 677 020 080 Horas de óleo Fe

Limit

Linear (Fe)

Gráfico 1 - Análise de metais de desgaste antes da instalação dos filtros by-pass

Os resultados das análises atestaram que as propriedades físico-químicas do óleo lubrificante de base mineral utilizado nos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T dos caminhões fora-de-estrada ainda se encontravam adequadas para uso após 1000 horas de operação, sendo o crescente aumento no teor de metais de desgaste, após 650 horas de trabalho, o principal problema a ser resolvido. Os filtros de óleo lubrificante tipo vazão completa dos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T foram


Foto 3 - A instalação de filtros by-pass foi determinante na otimização da periodicidade de troca do óleo lubrificante nos caminhões fora-de-estrada

O cartucho utilizado nos filtros de óleo lubrificante tipo by-pass eram de polpa de celulose adensada de fibras longas oriunda de madeira de coníferas. Este tipo de elemento filtrante opera em sistema de absorção e adsorção em processo de contínua recirculação. As fibras longas da polpa de celulose absorvem água formada no processo de combustão ou por condensação. À medida que o óleo lubrificante passa pelo cartucho, diminutas partículas de fuligem, metais de desgaste e silício são extraídas por adsorção. A remoção da água inibe a produção de compostos ácidos, que tanto degradam o óleo lubrificante como causam desgaste corrosivo. A imediata remoção dos contaminantes, logo que formados ou ingressados no sistema de lubrificação, possibilitou a extensão da periodicidade de drenagem nos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T dos caminhões fora-de-estrada desta mineradora. Após a modificação do sistema de filtração, o mesmo acompanhamento foi realizado em motor de combustão interna Ciclo Diesel 4T em um caminhão fora-de-estrada da mineradora, e o limite de desgaste anteriormente estabelecido de 28 ppm de ferro foi alcançado com intervalo de drenagem de 1000 horas de operação, conforme gráfico ao lado. Acompanhamentos foram repetidos em três outros caminhões fora-de-estrada e resultados similares foram obtidos.

75 65 55 ppm

substituídos por modernos filtros tipo by-pass com meio filtrante para separação da contaminação orgânica (borra) existente óleo lubrificante. Filtros de óleo lubrificante tipo by-pass com meio filtrante de profundidade foram também instalados. Isto permite que certo volume de óleo lubrificante da galeria principal de lubrificação do motor de combustão interna Ciclo Diesel 4T seja filtrado e que impurezas com dimensões superiores a 1 mícron sejam retidas.

45 35 25

1195 Hrs Fe limit 28 ppm 500 Hrs

1000 Hrs

15 5 -5 Horas de óleo Gráfico 2 - Análise de metais de desgaste em óleo de base mineral depois da instalação dos filtros by-pass

Acordou-se, então, que a periodicidade de troca do óleo lubrificante nos motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T da frota de caminhões fora-de-estrada seria estendida para 750 horas de operação, com monitoramento permanente por meio de análise de óleo lubrificante. Não foi verificada qualquer anormalidade após a elevação da periodicidade de troca do óleo lubrificante para 750 horas de operação, e a disponibilidade operacional aumentou imediatamente em 4%.

Fotos 4 (esquerda) e 5 (direita) - A periodicidade de troca de óleo lubrificante de cárter dos caminhões fora-de-estrada foi elevada de 500 horas para 750 horas

Em resumo, pode-se dizer que a extensão da periodicidade de troca em motores de combustão interna Ciclo Diesel 4T pode levar a grandes economias. Com a utilização de análise de óleo lubrificante de forma permanente, estabelecendo-se níveis gerais de limpeza do óleo lubrificante juntamente com práticas de manutenção pró-ativa, pode-se obter significativa diminuição no consumo de óleo lubrificante e em custos de manutenção. A disponibilidade operacional dos equipamentos móveis elevará a produção com consequente melhoria na receita e na utilização dos equipamentos móveis.

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.

25


O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao ano de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

O mercado brasileiro de lubrificantes no ano de 2015 Mercado Local Óleos Lubrificantes:

1.374.300 m3

Produção Local: Automotivos: Industriais:

1.375.000 m3 985.000 m3 390.000 m3 38.000 m3 38.700 m3

Importação de óleos acabados: Exportação de óleos acabados: Mercado Total Graxas:

1.320.000 m3

Óleos Básicos: Mercado Local:

48.200 t

Produção Local: Refinarias: Rerrefino:

877.000 m3 641.000 m3 236.000 m3

Importação: Exportação:

490.000 m3 47.000 m3

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos vendidos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-dez) Mil m3

Análise comparativa por produtos

640

2014 2015

900 800

Total de lubrificantes por região

Mil m3

2014 2015

623.912

560

872.885

596.389

815.283

700

480

600

400

500

320

400

240

300

100

42.453

0

211.215 185.198

160

GRAXAS (t)

200

230.179

339.917

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

346.961

129.137

80 38.702

93.873

120.915

88.161

0 SUL

SUDESTE

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

Lubrificantes automotivos por região

Mil m3

420

2014 2015

387.040

360

2014 2015

200

361.276

175 300

186.538

125 100

180 174.796

162.086

120

137.238

75

128.471 98.814

74.997

60 0

185.682

150

240

SUL

SUDESTE

92.236

71.215

NORTE

50 46.913

25 NORDESTE

CENTRO OESTE

0

42.207

41.498

43.331 24.510

16.198 SUL

SUDESTE

23.407

14.532

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

26

177.222

NORDESTE

CENTRO OESTE


Participação de Mercado de óleos Ano de 2015

10,0%

25,4%

16,0% 1,6% 1,9% 1,9% 7,9%

14,2% 8,4% 8,6%

Participação de Mercado de Graxas Ano de 2015

14,1%

BR Ipiranga Cosan/Mobil Chevron Petronas Shell Castrol Total Lubrif. YPF outros

19,0%

7,4% 7,6% 15,9% 11,0%

14,4%

14,6%

BR Chevron Ipiranga Petronas Ingrax Shell Cosan/Mobil Outros

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

27


Em tempos difíceis, é preciso encontrar o caminho certo!

Guia de Negócios da Indústria Brasileira de Lubrificantes Para estimular negócios e demandas, o guia divulga os principais agentes da cadeia produtiva, por meio de uma composição de empresas, segmentadas por área de atuação, divididas em seções específicas. O guia oferece informações precisas, com qualidade e constante aperfeiçoamento Sua empresa vai estar acessível e será facilmente encontrada por: • • • •

•milhares de indústrias consumidoras de lubrificantes; formuladores e produtores de óleos e graxas; frotistas e transportadores; outros interessados no setor de lubrificantes e graxas.

Acesse já nossa página na internet em www.gnlubes.com.br ou faça contato por comercial@gnlubes.com.br e pelo tel:(21) 2224-0625

Empresas da cadeia produtiva da indústria de lubrificantes e graxas

2016


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.