Revista lubes em foco - edicao 51

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Out/Nov 15 Ano IX • nº 51 Publicação Bimestral

EM FOCO

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A revista do negócio de lubrificantes

Bright Stock: desafios e alternativas

Redução da demanda de Grupo I pressiona refinarias e impacta o equilíbrio de mercado para esse produto especial.

Grupo II pode gerar efeito colateral

A utilização de básicos com maior resistência à oxidação pode gerar verniz em óleos de turbina, conforme condição de operação.


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Editorial A crise financeira tem sido assunto obrigatório no meio empresarial e, praticamente, em todos os segmentos de mercado. Com algumas exceções, as empresas têm sentido no bolso, ou melhor, em seus fluxos de caixas, o movimento inflacionário de uma economia vacilante, que penaliza o setor industrial como consequência de um processo recessivo. As atitudes de cada empresário para enfrentar a crise variam de acordo com suas crenças e valores e, principalmente, com seus receios diante da necessidade de inovar e desenvolver a criatividade. Cortar custos é essencial e todos devem fazê-lo, mas focar o fio do bisturi na região mais adequada, para que somente a gordura seja retirada em primeiro lugar, é uma tarefa que exige muito conhecimento, coragem e determinação. As dificuldades começam pela definição de quais atividades realmente significam “custos” e como alocar as despesas correspondentes. Ocorrem, nesse ponto, interessantes discussões administrativas de características teóricas e também práticas, visando ao melhor entendimento para diferenciar um investimento em atividade não produtiva de custo desnecessário. A comunicação, em seus vários aspectos, é um exemplo bem típico dessa discussão. Deixar de anunciar ou de divulgar mais frequentemente sua marca pode trazer para uma empresa um alívio momentâneo de seu fluxo de caixa e até uma sensação de estar economizando recursos, porém as consequências virão, com certeza, a médio e longo prazo, quando os produtos dessa empresa forem esquecidos pelo consumidor e sua marca perder a força de mercado. Os meios de comunicação também precisam se reciclar e inovar para atender à demanda por mais velocidade e amplitude da comunicação. A mídia eletrônica tem características próprias e muito eficazes para divulgar a informação de forma rápida e abrangente e deve ser utilizada por todos os segmentos. Entretanto, quando se trata de informações técnicas e especializadas, o cuidado com a confiabilidade e segurança deve ser muito maior. Dessa forma, o grupo especializado da Editora Onze vem desenvolvendo, nos últimos meses, produtos que possam realmente atender às necessidades de seus colaboradores e leitores, e assim ouvir o mercado e a ele retornar com as informações mais relevantes e precisas, conforme sua necessidade de conhecimento. Os produtos como o Portal da Internet, o Guia Nacional de Lubrificantes e as notícias periódicas chegam na hora certa para dar os veículos adequados e a parceria no sucesso aos empresários que entendem a comunicação com um investimento importante. Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni

Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.

Capa Antônio Luiz Souza Machado da Cunha

Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br

Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha Revisão Angela Belmiro

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

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Sumário 6

Marketing: Custo ou Investimento?

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Capitalismo Consciente

Um ensaio sobre a importância da Comunicação em tempos difíceis, com foco na indústria brasileira de lubrificantes.

Artigo internacional sobre a proposta de uma visão holística para o sistema empresarial como um todo.

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Bright Stock: desafios e alternativas modernas

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Mudança é a realidade

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Grupo II em óleos de turbinas pode gerar verniz

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Contaminação por água

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Mercado em Foco

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Programação de Eventos

Comentários especializados do consultor técnico internacional, Dr. Ernest Henderson, sobre a situação mundial desse produto.

A visão de especialista da ICIS sobre a volatilidade que deverá continuar a definir o mercado de óleos básicos. Estudo mostra que novas técnicas para a detecção de verniz em óleos de turbinas são necessárias.

Especialista fala da importância de se detectar corretamente e eliminar a água presenta no sistema. Pesquisa da Editora Onze apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes e sua evolução no ano.

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Marketing: Custo ou Investimento? Em tempos difíceis, comunicar é preciso!

Por: Tatiana Fontenelle

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xiste uma diferença muito grande entre uma área de marketing que se posiciona como despesa e entrega resultados intangíveis e outra, que ao contrário, é um investimento para trazer mais resultados de negócios. De todas as formas, qualquer ação de Marketing realizada por uma empresa, independente de se posicionar como despesa ou investimento, tem a intenção de trazer benefícios para o negócio. É inegável que a crise político-econômica brasileira tem afetado todos os segmentos, principalmente o setor de petróleo e derivados. Os efeitos da redução dos investimentos e contratos de terceirização pela Petrobras têm sido catastróficos para muitas empresas e até mesmo cidades que orbitavam em torno daquela que já foi a maior empresa da América Latina. A redução da atividade industrial do país, principalmente no setor de veículos automotores, impacta diretamente o mercado de óleos e graxas lubrificantes, quando se observa o cenário comparativo com anos anteriores, e a pequena, mas ainda esperançosa perspectiva de crescimento, que ainda poderia existir no horizonte, há cerca de dois anos. Também vale lembrar que a redução

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de mais de 25% na venda de veículos em 2015 corresponde a uma entrada de cerca de 2,5 milhões de unidades no mercado, que irão consumir derivados de petróleo. A queda geral no volume de vendas no ano foi uma realidade, e a inflação e o dólar em alta são fatores bastante desafiadores para o produtor nacional. Entretanto, o que também não se pode negar é que o Brasil ainda possui um mercado de lubrificantes altamente dinâmico, que se posiciona entre os seis maiores do mundo, representando mais da metade do volume comercializado na América do Sul. A tecnologia de novas máquinas e motores e a crescente renovação da frota nacional indicam ainda que óleos de melhor qualidade serão cada vez mais recomendados pelos fabricantes de veículos e pelas indústrias do país. Os desafios para a indústria brasileira de lubrificantes Especialistas do setor entendem que há uma grande margem para a recuperação e o crescimento, tão logo o país inicie também sua retomada de equilíbrio. Segundo o editor da revista Lubes em Foco e Coordenador da Comissão de


Lubrificantes do IBP, Pedro Nelson Belmiro, é muito importante para as empresas estar atentas às inovações tecnológicas e ao posicionamento de suas marcas, uma vez que os movimentos de mercado, tanto técnicos como comerciais e de legislação, produzem um dinamismo muito interessante que deve ser acompanhado de perto: “Os óleos de maior qualidade estão ocupando o mercado, com viscosidades mais baixas e níveis de desempenho elevados, e os novos consumidores estão ficando mais informados. Assim sendo, é importante para o produtor não só possuir óleos de qualidade, como também marcar sua presença na cabeça do consumidor, como uma empresa confiável e de alto nível técnico”, lembra Belmiro. Por tratar-se de um mercado bem especializado, e por vezes não compreendido pelo cidadão leigo, existe a necessidade de se desenvolver uma área de Marketing com um foco bem definido, pois as grandes oportunidades para os participantes da cadeia produtiva de lubrificantes na mídia comum ficam extremamente onerosas, e, nitidamente em alguns segmentos, como o industrial, podem não atingir o público específico com a eficiência esperada. De acordo com o Diretor Comercial da Editora Onze, Antonio Carlos Moésia, o mercado brasileiro tem uma grande necessidade de mídias específicas que possam atender a todos os interessados,

com uma visão setorial e com um foco definido: “No caso dos lubrificantes, muitas empresas ainda não têm a oportunidade de serem encontradas diretamente por seus clientes, e também é importante a interrelação entre fornecedores de materiais, embalagens e prestadores de serviços com produtores de óleos básicos, aditivos e óleos acabados”, afirma Moésia. Estar alcançável e disponível ao cliente certo nos períodos difíceis da Economia é uma prática que poderá fazer a diferença lá na frente, quando a empresa estiver bem consolidada, para desfrutar do crescimento do mercado confortavelmente e em boa posição. Essa foi a visão da Editora Onze, que já produz uma revista de referência dentro e fora do país, e sentiu a necessidade de ampliar sua área de atuação, para atender a uma demanda de informações com a finalidade específica de auxiliar a todos os participantes da cadeia produtiva. O consultor Geraldo Rios afirma, a partir de suas experiências em empresas multinacionais de lubrificantes e aditivos, que a efetividade da informação está no foco e na amplitude que o veículo de mídia oferece: “O mercado brasileiro ainda carece de um guia eficaz, em que as empresas se apresentem a mais de dez mil indústrias e também entre si, para facilitar a realização de seus negócios. Por isso, é louvável a proposta do GNLubes de contemplar

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onze segmentos de mercado com a oportunidade de serem encontrados pelos mais diversos clientes em todo o país”, concorda Rios. Investir em Comunicação e Marketing em tempos de crise já é uma das regras da administração moderna, pois é a hora em que surgem os melhores negócios e também a oportunidade de ampliar a busca por novos clientes. Mas, também é a hora de ser seletivo nas escolhas e na efetividade de seus resultados, bem como na forma de comunicação. Segundo Gustavo Zamboni, diretor da Editora Onze, não basta colocar uma página de internet no ar, ou encher de informações um veículo que não está devidamente amparado por uma divulgação eficaz. “É de extrema importância conhecermos bem os mecanismos de pesquisa orgânica e dos motores da internet, bem como acompanharmos de perto os relatórios específicos para as correções necessárias. Ao colocarmos um Portal de Lubrificantes no ar, publicarmos informações relevantes do setor ou elaborarmos um guia de negócios, temos que

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ter a certeza de que serão intensamente acessados e contar com o apoio constante de consultoria especializada em mídias digitais, para dinamizar os processos envolvidos”, conclui Zamboni. De fato, é justamente em tempos difíceis que a empresa precisa tomar decisões inovadoras e colocar em prática uma competência fundamental: a criatividade! Mesmo que os investimentos sejam baixos, é necessário que se saiba como buscar ferramentas com o melhor custo/benefício, desconstruindo a imagem do marketing como “gerador de custos”, e entendendo o seu investimento como contribuição para os resultados da empresa.

Tatiana

Fontenelle

é

Jornalista

graduada em telejornalismo

pós-


Capitalismo Consciente: Um jeito melhor de ganhar

A

ideia do capitalismo consciente vai muito além de ser “virtuoso” ou buscar “fazer bem fazendo o bem”. Cria inteiramente uma nova superestrutura para o negócio e as razões para ele existir. Os quatro princípios do capitalismo consciente são interligados e colocados sobre uma base de conhecimento existente a respeito de liderança e gestão. Eles são construídos sobre o trabalho acadêmico relativo ao propósito, gerenciamento de stakeholders, liderança e cultura: • Objetivo Superior: Negócios podem e devem ser feitos com um propósito maior em mente, e não apenas com vista a maximizar os lucros. Um senso de obrigação da finalidade cria um extraordinário grau de engajamento para todas as partes interessadas e catalisa a geração e liberação de quantidades enormes de energia organizacional. • Orientação para partes interessadas: Empresas Conscientes são explicitamente gerenciadas para o benefício simultâneo de todos os seus intervenientes, representados pelo acrônimo SPICE, que significa Sociedade, Parceiros, Investidores, Clientes e Empregados. Uma empresa consciente alinha os interesses de todas as partes interessadas, de modo que o que é bom para um é bom para todos. A sociedade está listada primeiro por uma razão importante: as empresas devem garantir que estão do lado “certo” da sociedade, ou seja, que têm um impacto líquido positivo no mundo. • Liderança Consciente: Impulsionados principalmente pelo serviço do propósito da firma, e não por poder ou dinheiro, os líderes conscientes são levados a motivar, desenvolver e inspirar pessoas, não por meio de comando e controle. • Cultura Consciente: Capturada na sigla TACTILE: Trust, Authenticity, Caring, Transparency, Integrity, Learning, and Empowerment (Verdade, Autenticidade,

Por: Dr. Raj Sisodia

Inquietação, Transparência, Integridade, Aprendizado e Empoderamento), a palavra “tátil” também sugere que as culturas dessas empresas são muito tangíveis para suas partes interessadas, bem como para observadores externos; você pode sentir a diferença quando entra em uma empresa consciente, em contraste com uma que é puramente impulsionada por um lucro e de execução apenas para o benefício dos acionistas. Esses quatro elementos do capitalismo consciente se reforçam mutuamente e descrevem uma perspectiva abrangente sobre os sistemas de negócios, muito mais rica e complexa do que metáforas de máquinas tradicionais. Em nossa pesquisa, descobrimos que as empresas que aderiram a esses princípios superaram o mercado em uma proporção de 9 para 1 durante um período de dez anos (1111 % contra 123% para o S&P 500). Além da riqueza financeira, essas empresas também criaram muitos outros tipos de riqueza social: funcionários muitos mais comprometidos e realizados, clientes fiéis e de confiança, fornecedores inovadores e lucrativos, comunidades prósperas e ambientalmente saudáveis etc. As respostas às críticas As principais crítica que ouvimos são de que o capitalismo consciente não é universalmente aplicável; parece funcionar principalmente para empresas que vendem produtos caros para clientes conscientes da saúde. Outros modelos de negócios são igualmente válidos; há muitos exemplos de empresas que têm sido muito bem sucedidas sem praticar capitalismo consciente. Por exemplo, muitas empresas de sucesso tratam seus empregados mal, pagam altos salários aos CEOs, centram-se essencialmente na produção de 9


grandes produtos, terceirizam a produção para reduzir os custos do trabalho e/ou demitir funcionários para beneficiar os acionistas. O capitalismo consciente não advoga em favor do comportamento “virtuoso” por si, e o desempenho superior das empresas conscientes não é uma consequência direta de suas atuações mais virtuosas. Pelo contrário, é porque elas agem de forma mais sensata. Essas empresas têm reconhecido os verdadeiros motores da criação de valor nas empresas contemporâneas, e têm aproveitado o poder prático de um propósito mais elevado e os níveis extraordinários de engajamento dos funcionários, o que é possível quando as paixões pessoais são alinhadas com o objeto social. Sua consciência superior lhes permite ver as interdependências existentes em todas as partes interessadas e possibilita extrair sinergias das situações. Essas empresas criam duradouras e cativantes culturas que lhes permitem continuar operando dessa forma mesmo depois de seus fundadores saírem da cena. Seus líderes focam na construção de grandes organizações, que têm inerentemente auto-organização, automotivação e autogestão. Eles não são dependentes da liderança carismática de indivíduos particulares. Concordamos que as estratégias de negócios especiais ou modelos de negócios são, por si só, insustentáveis. No entanto, o capitalismo consciente não é uma estratégia de negócio ou modelo de negócio. É uma filosofia abrangente de fazer negócios. A filosofia é um bom pensamento que pode ser amplamente aplicável e de longa duração. Naturalmente não somos tão arrogantes de presumir que o caminho que temos definido para o capitalismo consciente é a palavra final. O que oferecemos é uma definição dinâmica, algo que vai evoluir à medida que nossa consciência cresce. A empresa que usa apenas incentivos financeiros sozinha para atrair e motivar um CEO terá exatamente o que paga para ele: um CEO motivado principalmente por dinheiro. Nossa crença firme é que esses líderes são inerentemente incapazes de inspirar seus funcionários a atingir níveis extraordinários de engajamento, criativida-

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de e desempenho. Os líderes mais eficazes são aqueles que transcendem o interesse próprio e são motivados principalmente por finalidade e serviço para as pessoas. Não acreditamos que uma empresa que trata seus funcionários de forma injusta possa prosperar no longo prazo, no mundo transparente e incrivelmente conectado que agora habitamos. Bons funcionários têm uma escolha e, ao longo do tempo, vão migrar para empresas que não oferecem apenas a justiça, mas, o mais importante, é a oportunidade de definir o significado e propósito do seu trabalho. As empresas não podem oferecer atrativos, produtos inovadores, se não têm empregados contratados e fornecedores de alta qualidade. As empresas Apple, E-Bay, Microsoft, Facebook e H&M estão se movendo gradualmente para uma forma mais consciente de ser. Também vão nessa direção outras empresas como a WalMart, McDonalds, General Electric e Procter & Gamble. Muitas empresas terceirizam a produção para locais de baixos salários como forma de reduzir custos, e muitas demitem funcionários para melhorar seu desempenho financeiro. A nossa experiência com empresas conscientes é muito diferente. Os clientes estão cada vez mais conscientes de que há boas e más maneiras para reduzir custos. Empresas conscientes reduzem seus custos e oferecem preços atraentes aos clientes, eliminando gastos desnecessários, não poressionando seus empregados ou fornecedores. Não há nada de intrinsecamente ruim sobre a terceirização. Se isso for feito de forma consciente, ela cria oportunidades em partes menos desenvolvidas do mundo e ajuda a tirar as pessoas da pobreza. No entanto, se for feita puramente para reduzir os custos sem levar em conta as suas consequências humanas, é sem dúvida prejudicial. Quanto ao declínio das vendas, as empresas conscientes não reverterão essa situação automaticamente para as demissões, a fim de reduzir os custos. Na recente crise econômica dos EUA, as empresas conscientes como The Container Store e REI fizeram isso por meio de operações com um sentido de sacrifício compartilhado. Apesar de quedas acentuadas nas vendas, elas escolheram proteger os empregos e pagar os seus funcionários mais vulneráveis: aqueles que trabalham em tempo parcial. Essas empresas têm emergido da recessão com culturas mais fortes e um senso de propósito comum mais profundo do que tinham antes. O capitalismo consciente não é um bem de luxo que só está acessível a um seleto grupo. Em nossa pesquisa, deparamos com inúmeras empresas que


oferecem altos níveis de acessibilidade aos clientes ao praticar os princípios do capitalismo consciente, exemplos que incluem Costco, Southwest Airlines, JetBlue, Trader Joe e IKEA. Empresas conscientes que estão posicionados em um ponto mais elevado no espectro de preços ainda oferecem grande valor para os clientes, por causa da qualidade de suas ofertas e o nível de experiência de serviço que fornecem, como Whole Foods, The Container Store e Starbucks. Repensando o Capitalismo A contribuição única do capitalismo consciente é uma abordagem mais arraigada e holística. Ele difere de outros movimentos porque é explicitamente enraizado em uma mudança evolutiva em curso desde o início da humanidade, mudança para níveis mais elevados de consciência. Destina-se também a sintetizar as raízes ideológicas amplas do capitalismo com a profundidade pessoal de grandes tradições de sabedoria do mundo. As empresas criam e destroem muitos tipos de riqueza e bem-estar. Muitas geram riqueza financeira à custa do bem-estar social, cultural, ambiental, intelectu-

al, físico e espiritual. Elas estão extraindo valor, em vez de criar valor. O capitalismo consciente é sobre fazer negócio com um espectro de efeitos positivos, não ter um efeito positivo principal e muitos efeitos colaterais negativos. Empresas conscientes gastam dinheiro onde podem fazer a diferença. Não perdem dinheiro em publicidade desnecessária, promoções enigmáticas e alta rotatividade de funcionários e fornecedores. Elas fazem um impacto líquido positivo sobre o mundo. Acreditamos que essa é a melhor maneira de vencer e que as empresas que aderem aos princípios do capitalismo consciente vão, a longo prazo, superar outras empresas em múltiplas dimensões, inclusive financeira, além de terem um maior impacto benéfico sobre o mundo em geral.

Dr. Raj

Sisodia

é

professor

de

Marketing na Universidade de Bentley nos EUA, autor de sete livros e mais de 100 artigos acadêmicos. Atua como membro do Conselho de Administração da Mastek.

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Bright Stock

Desafios e alternativas para equilíbrio da demanda

O

Bright Stock é um componente especial que tem sido parte fundamental do kit de ferramentas de óleos básicos do formulador de lubrificantes, por décadas, para produzir uma variedade de óleos automotivos e industriais. Ele é espesso, tem a aparência de mel e é produzido a partir do gasóleo pesado de vácuo ou resíduo de vácuo, a partir de uma refinaria utilizando o processo de extração por solvente (Grupo I), que requer um processamento especial para remover a fração de Bright Stock pesado dos asfaltenos, também presentes na matéria prima utilizada. Nem todas as refinarias do Grupo I produzem Bright Stock, portanto a sua disponibilidade pode ser limitada. Ao longo das duas últimas décadas, a indústria automotiva continua a buscar óleos básicos com melhor desempenho, que empregam tecnologia de hidroprocessamento para produzir a qualidade dos grupos II e III, em detrimento do Bright Stock. Essa mudança está em curso e continuará a exercer pressão sobre as refinarias do grupo I restantes, para atender às necessidades do mercado. Portanto, é importante entender a utilização do Bright Stock, a sua disponibilidade futura e as alternativas existentes. A demanda global atual para o Bright Stock é estimada pelas empresas IHS e Kline em 4 milhões de toneladas. A oferta se encontra um pouco em equilíbrio, embora a ausência de “excesso de oferta” tenha pressionado fortemente os preços, que já ultrapassam os dos óleos básicos de qualidade premium do grupo III. Ao longo dos próximos anos, a demanda por Bright Stock permanecerá um pouco estável, com talvez um ligeiro declínio global, com o crescimento em algumas áreas de produtos sendo compensado por reduções em outras áreas. Tanto a IHS como a Kline estimaram um desequilíbrio entre oferta e demanda do Bright Stock, em 2020, da ordem de 800 mil toneladas, ou quase 20% da demanda atual. Isso proporciona um dilema para a indústria de lubrificantes. Felizmente, a indústria aprendeu ao longo dos anos a se adaptar às mudanças. O mesmo se aplicará ao Bright Stock. A Figura 1 fornece uma visão geral das aplicações

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Por: Dr. H. Ernest Henderson

atuais, incluindo óleos automotivos, de transmissão, industriais e especiais, cada um dos quais exigindo uma análise separada para se determinar o impacto de longo prazo do declínio de fornecimento do Bright Stock. Os óleos para motores atualmente representam, aproximadamente, 21% da demanda de Bright Stock. A procura varia consideravelmente por região, sendo que as regiões em desenvolvimento mostram um maior apetite por esse produto, o que coincide com requisitos de desempenho mais baixos e uma utilização acima do normal de óleos monograu, comparada à de óleos multigraus. Alguns exemplos incluem o Oriente Médio, África e partes da Ásia-Pacífico, Europa Central/Oriental e América Central/Sul. Felizmente, a demanda na área automotiva continua a declinar, de acordo com as mudanças da indústria, em relação ao aumento do uso de óleos de motor multigraus, visando à economia de combustível. Esses lubrificantes usam óleos básicos de mais baixa viscosidade e não Bright Stock. Foram os óleos para carros de passageiros que provocaram essa transição, embora os óleos de motores pesados também estejam seguindo uma direção similar. A demanda de Bright Stock está sendo mais afetada na área automotiva pelas legislações regionais, que estão estabelecendo padrões mínimos de desempenho, favorecendo o uso de óleos de motor multiviscosos e uma redução resultante no uso de Bright Stock. O exemplo mais recente está na Arábia Saudita, onde o padrão de desempenho mínimo para óleos de motores pesados API CH-4 em breve será 10% 10%

16% 5% 3%

13% 11%

30% 10%

Motores Diesel Pesado Automóveis Dois Tempos Engrenagens Automotivas e Industriais Motores Estacionários Graxas Processo Industrial Outros

Figura 1 - Aplicações para o Bright Stock


implementado. Uma vez que os óleos monograu não são projetados para esse nível de desempenho, o resultado será uma mudança significativa na demanda para serviços pesados de SAE 30, 40 e 50 para SAE 15W-40. A longo prazo, se for eliminado o uso de 20% de Bright Stock na área de óleos automotivo, isso deixará para a indústria cerca de 800 mil toneladas, em relação à demanda atual. Isso equivale à escassez prevista até 2020. Assim, a indústria de lubrificantes através de sua busca de melhor desempenho está reequilibrando o balanço entre oferta e demanda de Bright Stock. Um outra linha de produtos que é importante para o consumo de Bright Stock é a de óleos de transmissão, tanto para aplicações automotivas como para industriais, e representa cerca de 30% de sua demanda. Na área automotiva, a indústria assistirá a uma mudança continua na viscosidade, passando dos óleos SAE 90, SAE 140 e SAE 250 para os multiviscosos pesados, em que a demanda por Bright Stock permanece, embora a taxas reduzidas. Óleos de engrenagens multiviscosos também podem ser produzidos utilizando uma combinação de um básico mais leve do Grupo I ou Grupo II com um modificador de viscosidade ou agente espessante. Isso deve fornecer aos formuladores a opção de direcionar suas necessidades de Bright Stock para aqueles produtos em que as alternativas podem ser limitantes. Óleos industriais representam uma outra área importante para o uso de Bright Stock, pois suas propriedades viscométricas básicas refletem aquelas de um grau ISO 460, enquanto os óleos 600N (seja grupo I ou grupo II) se equivalem a um ISO 100. Dessa forma, permite formular esses graus de viscosidade ISO entre esses dois valores de referência, ou seja, incluindo ISO 150 , 220 e 320. O Bright Stock, no entanto, às vezes é usado quando não é realmente necessário. Isso é particularmente verdadeiro com as empresas que o produzem e também têm um negócio de lubrificantes acabados. Nesse caso, providências são normalmente tomadas para consumir todos os óleos básicos refinados, sempre que possível, quando o suprimento externo não é uma opção. Portanto, flexibilidade de formulação torna-se um aspecto fundamental da gestão de oferta e demanda interna, que pode criar um desnecessário excesso de demanda por Bright Stock. Um exemplo é mostrado na Figura 2, em que várias combinações de óleos básicos são disponibilizadas para formular um óleo industrial ISO 68. Bright Stock pode ser usado com algumas dessas combinações, e as empresas podem ampliar o seu uso quando a oferta for mais elevada do que o normal. Embora isso faça sentido para uma gestão interna, uma melhor utilização des-

sa matéria-prima, em declínio e altamente valorizada, para um fornecimento externo, pode proporcionar mais uma oportunidade para reduzir a demanda global da indústria, com base em princípios de boa gestão das matérias-primas. Uma das preocupações com o abastecimento de Bright Stock é o impacto de uma demanda crescente dos básicos de grupo II e III, e o excesso de capacidade produtiva resultante no mercado. O grupo I já não é aceitável em muitas aplicações de produtos, e seu papel global está em declínio. Com o excesso de capacidade e margens reduzidas provocadas pelos menores custos do petróleo, as condições de se manterem refinarias mais velhas e menores de grupo I estão sob pressão considerável. Tem havido muitos anúncios de fechamento de plantas de grupo I, algumas das quais produzem Bright Stock. Se essa tendência continuar, a disponibilidade de Bright Stock continuará a declinar, exigindo mais correções de curso na indústria de lubrificantes. Felizmente, existem alguns sinais de esperança nessa nuvem escura de suprimento. Por exemplo, a empresa Luberef está nos estágios finais de um projeto para introduzir óleos básicos do grupo II em sua refinaria Yanbu KSA (Arábia Saudita), em meados de 2016. O local já possui uma planta de grupo I, e, em vez de desligar sua produção, a Luberef usou a oportunidade para equipar o trem de processamento para aumentar a produção de Bright Stock em 110%, visando atender tanto às demandas regionais como à exportação. A Ergon Refining é outra empresa que está usando essa oportunidade para investir e introduzir um novo Bright Stock, a partir de sua refinaria de Vicksburg MS (EUA), também em meados de 2016. O aspecto intrigante dessa expansão é a produção de um óleo básico consideravelmente mais pesado com excelentes propriedades de cor. A viscosidade mais alta pode ser usada para expandir o portfólio de produtos com graus de viscosidade que podem ser formulados com desde o ISO de 460 ao ISO 680, chegando

Figura 2 - Opções de formulação para um óleo industrial ISO 68

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até mesmo ao ISO 1000. Se graus de viscosidade mais pe- do para determinar a eficácia do custo; no entanto, uma vez sados não são necessários, o novo Bright Stock pode ser que os óleos básicos de mais baixa viscosidade são tipicamisturado com um básico de viscosidade mais baixa e mais mente mais baratos do que o Bright Stock, qualquer oporturentável, de grupos I ou II, para atingir a viscosidade de um nidade de reduzir o uso de Bright Stock deve fornecer uma Bright Stock normal. Essa opção oferece uma oportunidade solução de custo eficaz. de redução de custos, enquanto reduz a demanda, o que Até agora, as únicas ferramentas que temos usado representa uma outra forma de correção de rumo para esse para tratar de uma projeção de escassez de Bright Stock mercado específico com escassez de oferta projetada. no futuro têm sido uma indústria de lubrificantes em meio à Se o manejo adequado das formulações combinado mudança e algum senso comum sob uma perspectiva de com o declínio gradual do uso de Bright Stock em pro- formulação. Agora, vamos olhar para algumas alternativas dutos importantes continuar, o déficit projetado pode ser para esse produto. gerenciável. Independentemente disso, ainda existem váA primeira consideração é sobre os poliisobutilenos rias alternativas para substituir esse básico. Cada opção (PIBs). Eles são de alto peso molecular e representam a requer uma avaliação das necessidades de desempenho, espinha dorsal para muitos dispersantes para combustícusto e oportunidades de mercado. Uma opção é a utili- veis e lubrificantes. São atualmente utilizados em aplicazação de modificadores de viscosidade ou espessantes ções de motores pequenos, em que proporcionam uma combinados com um básico de baixa viscosidade para queima limpa, baixa emissão de fumaça e boas propriesimular as propriedades da viscométricas do Bright Stock, dades de lubricidade. Os PIBs têm boas características que já foi anteriormente citada na discussão sobre óleo de de Índice de Viscosidade, embora a solvência possa ser engrenagem automotiva. comprometida, em relação ao Bright Stock, em concentraCom óleos industriais, algumas aplicações requerem ções elevadas. Poliisobutilenos têm sido comercializados apenas viscosidade como uma característica de desem- como uma alternativa ao Bright Stock, quando misturados penho. Nesses casos, o Bright Stock naftênico pode ser com um 600N de grupo II. Isso foi particularmente verdaconsiderado. Um aspecto adicional com a utilização de deiro em 2011, quando quase todo tipo de óleo básico era naftênicos é a capacidade de melhorar as características escasso em algum ponto no tempo. de solubilidade consistentes com o grupo I, quando mistuA disponibilidade atual de PIB pode ser limitada, e a rados a um óleo básico, quer seja do grupo II ou do grupo economia como um substituto do Bright Stock precisa ser III. O uso de um básico mais pesado com Bright Stock tam- bem calculada; no entanto, se um maior desempenho puder bém pode reduzir a demanda. ser demonstrado, seria uma boa oportunidade para posicioA Tabela 1 fornece um exemplo de várias combinações ná-lo como um produto premium com uma proposta de valor. de óleos básicos para atingir um grau de viscosidade ISO Outras opções de produtos com alta viscosidade in220. Este exercício foca apenas os óleos básicos, uma vez cluem a família dos sintéticos. As Polialfaolefinas (PAO), que as taxas de tratamento dos aditivos são pequenas e não os polialquilenoglicóis (PAG) e os naftenos alquilados (AN) afetam significativamente a viscometria dos óleos acabados. oferecem características únicas de desempenho que irão Podemos observar na tabela, que, à medida que a mis- elevar o desempenho de um óleo pesado anteriormente fortura evolui para a utilização de Mistura A Mistura B Mistura C Mistura D básicos mais pesados (mistura A Composição % Bright Stock + Bright Stock + Bright Stock + Bright Stock Pesado x mistura B x mistura C), a quan500-HC Grupo II S600N Grupo I S700N Grupo I + S700N Grupo I tidade de Bright Stock é consBright Stock 58.0 49.25 34.76 tantemente reduzida. Isto é ainda mais impactado pelo uso do Bright Stock Pesado 23.0 Bright Stock Pesado, mostrando S600N Grupo I 50.75 que a demanda pode ser reduS700N Grupo I 65.24 77.0 zida em até 60%, quando a sele500-HC Grupo II 42.0 ção correta dos componentes da mistura é feita (ou seja, mistura D Propriedade Visc. Cin.@ 40°C, cSt 220.0 220.0 220.0 220.0 contra mistura A). Cada exemplo terá de ser devidamente analisa- Tabela 1 - Opções de mistura para óleo industrial ISO 220 14


mulado com Bright Stock. Melhoria da estabilidade térmica e oxidativa e da eficiência energética são as principais características que esses produtos sintéticos podem oferecer, proporcionando assim uma maior faixa de operação, que é importante com os mais recentes equipamentos de alta velocidade com capacidades reduzidas, aumento da circulação de óleo e altas temperaturas de operação. Sintéticos são ideais para ambientes agressivos, e os seus benefícios devem ser incorporados no cálculo do valor do produto final. É importante compreender o valor do Bright Stock ao avaliar cada aplicação e formulação alternativa. Não se espera que a demanda prevista mude significativamente ao longo dos próximos cinco anos, já que a redução do uso na área automotiva será compensada pelo crescimento nas áreas dos óleos industriais e de engrenagens. Com o declínio da produção de grupo I e potenciais encerramentos de atividades de refino, poderia se chegar imediatamente à conclusão de que haverá uma redução na oferta e um cenário de “desgraça e melancolia” para o Bright Stock. No entanto, a própria indústria está em processo de reequilíbrio de demanda, reduzindo seu consumo em áreas-chave. Ao mesmo tempo, se as empresas se concentrarem em usar o Bright Stock naquelas aplicações em que há mais

uma necessidade do que um “querer”, a redução de disponibilidade projetada pode ser gerenciada. Quando existe escassez, há opções de custo eficaz a considerar. Ao mesmo tempo, existem oportunidades para elevar o desempenho do produto e colocar produtos premium no mercado. Quando o desempenho ou o valor alcançado no mercado não puderem ser justificados, então é hora de rever a estratégia relativa ao produto e à formulação, e sair das áreas em que um retorno adequado não pode ser alcançado. No final, a previsão global para o Bright Stock pode ser promissora, pois há muitas aplicações em que o seu valor e benefícios de desempenho podem ser capturados, enquanto a escassez pode ser gerenciada por meio de escolhas adequadas de óleos básicos e de formulação, para combinar as várias alternativas àquelas aplicações em que valor e desempenho podem voltar a serem alcançados. Dr. Harry Ernest Henderson é o presidente da K & E Petroleum Consulting LLC e consultor internacional para óleos básicos e GTL, incluindo fabricação, aplicação e cadeia de suprimentos.

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Mudança é a Realidade A volatilidade do mercado de básicos é um efeito que pode continuar

N

ão é segredo para qualquer observador do mercado norte-americano de óleos básicos que existe um sistema dinâmico em meio a uma mudança significativa. A mudança está ocorrendo rapidamente em todo o sistema, por causa da pressão dos requerimentos regulatórios, tanto os existentes como os que estão para chegar. A produção e o consumo de básicos do Grupo I estão encolhendo à medida que a demanda pelos óleos de grupos II, II+ e III aumenta, para atender a normas ambientais e regulatórias cada vez mais rigorosas. Os padrões ambientais irão definir, em 2017, o futuro da qualidade dos óleos básicos. O grupo II já é um fator dominante nos mercados dos EUA e Américas, causando impacto significativo em outras regiões importantes também, enquanto os grupos II+ e III estão próximos no horizonte. O gráfico 1 a seguir mostra um exemplo de um cronograma de agendamento de testes do Instituto Americano de Petroleo (API), que define o caminho para os padrões de óleo de motor especificados para atender às metas ambientais e de emissões em 2017. Mudanças baseadas nas novas tecnologias e mudanças regulatórias estão acontecendo em âmbito global, mas estão afetando as regiões de formas diferentes, porque os fundamentos da relação oferta/demanda podem variar dependendo da região, ao lado de diferenças significativas nos tipos de veículos e dos usos preferidos pelos motoristas nas Américas, na Europa, Ásia e outros lugares. Durante vários anos, o advento do grupo II e seu subsequente impacto esperado nos óleos básicos do

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Por: Judith Taylor

grupo I ocuparam um grande espaço nas discussões. Então, o impacto chegou. Talvez pudéssemos marcar uma data em meados de 2014, porque existem razões para atrelar esse impacto à entrada em operação da planta do óleo da Chevron (PBOP), em Pascagoula. Essa marca pode ser colocada com um grau razoável de precisão, porque a abertura oficial da PBOP foi uma declaração enfática de crença, por essa empresa, na necessidade de produção de óleos básicos de Grupo II nas Américas. O mercado de óleos básicos, em 2015, foi marcado por estar no meio do impacto desse aumento de produção, tendo ainda os grupos I e II que lidar com os efeitos do excesso de oferta nos graus leves e suprimento restrito nas viscosidades mais altas. O gráfico da ICIS (figura 1) mostra a diferença de preço entre um grupo I de grau leve e grupo I de grau pesado, no mercado spot doméstico. Desenvolvimento do teste

jan/2012 a jun/2014

Definição da matriz de testes

jan/2012 a abr/2014

Aceitação do teste na matriz

jan/2013 a maio/2014

Execução da matriz de testes

Jun/2014 a nov/2014

Aceitação do teste pela ASTM

out/2014 a mar/2015

Demonstração técnica em motor

abr/ 2015 a jan/ 2016

Aprovação da especificação GF-6A jan/ 2016 a abr/ 2016 Primeiro licenciamento do API Gráfico 1

1 de janeiro de 2017


USD/US gal

USD/US gal

Toda a situação é agravada pela 4 derrocada e volatilidade dos preços no setor de petróleo bruto e do gasóleo de vácuo associado (VGO). O gráfico da ICIS seguinte (figura 2) traça as tendências de preços, 3 os gasóleos de vácuo de alto e de baixo teor de enxofre e do óleo combustível de 3%. O mergulho do preço do petró2 leo bruto triturou as economias das Américas e as economias globais. Enquanto a economia dos EUA se saía Nov 14 Jan 15 Mar 15 Mai 15 Jul 15 Set 15 melhor do que a maioria, 2015 não Base Oils Group I SN150 FOB USG Spot 2-6 Week foi um ano que tenha oferecido muita Base Oils Group I SN500/550 FOB USG Spot 2-6 Week coisa a comemorar. Pior foi para outras economias das Américas, como o Figura 1 Brasil, o gigante sul-americano, contiNão é apenas uma questão de a produção de ólenuando a lutar com encolhimento de oportunidades e volatilidade nas flutuações cambiais, e a Venezuela, em os do grupo I recuar contra o domínio do grupo II nas uma situação que se torna cada vez mais preocupante. Américas. Os grupos II+ e III estão em um horizonte As condições econômicas escorregadias na co- próximo, ainda um pouco embaçado pelas incertezas munidade global travaram as oportunidades de expor- envolvidas. Esses óleos básicos estão vindo para a tação para os produtores de óleos básicos da costa frente de batalha, e assim também virão as polialfaoledo Golfo dos EUA, no segundo semestre do ano, de- finas (PAO). As novas formulações vão precisar deles sacelerando com a falta de apetite do Brasil para os para atender aos requisitos das especificações moderbásicos de Grupo II e a redução da demanda da Índia nas. O grupo II poderá muito bem enfrentar mudanças tão dinâmicas como aquelas enfrentadas pelo grupo I e da África também. Os óleos básicos naftênicos não escaparam das hoje, com o advento do Grupo III e outros no mercado. dores da queda dos preços do petróleo bruto e dos tensos fatores de de2,5 manda no exterior. Os preços desses óleos caíram acentuadamente no terceiro trimestre, uma vez que os produtores procuraram lidar com os efeitos da queda nos preços do petróleo e a 1,5 perda de fornecimento de graus leves parafínicos, competindo com alguns graus na linha naftênica. A maioria dos graus perdeu cerca de 17 a 25 centavos de dólar por galão, com os graus leves tendo a maior redução de preço 0,5 nos negócios feitos no mercado interno Nov 14 Jan 15 Mar 15 Mai 15 Jul 15 Set 15 dos EUA. Fuel Oil Paraffinic 3% FOB USG Spot 2-6 weeks E ainda não é o fim! Muito pelo Gasoil High-Sulphur Vacuum FOB USG Spot Active Month contrário. Mudança é a palavra que deGasoil Low-Sulphur Vacuum FOB USG Spot Active Month fine hoje o mercado de óleos básicos das Américas. Figura 2 17


Um mundo em transformação. Soluções Miracema-Nuodex para Lubrificantes. Essa é a química.

Mudanças sem precedentes estão vindo para óleos de motor, na forma de rápida evolução de novas e vigorosas especificações. Essa tendência global está ditando o ritmo no mercado de óleos básicos, à medida que as especificações API buscam encontrar processos técnicos e misturar formulações para atender às próximas mudanças nos óleos de motor para automóveis de passageiros (PCMOs) e pesados a diesel (HDD). Conforme afirma Bruce Royan da Infineum, a indústria está assumindo desafios significativos promovidos pela necessidade de entregar simultaneamente uma nova geração de óleos para motores de automóveis de passageiros em ambos os lados do Atlântico. Na América do Norte, há uma atividade em desenvolvimento de testes para ILSAC GF-6, uma especificação automotiva para a área de PCMO. A especificação GF-6 destina-se a: 66 Aumentar a economia de combustível; 66 Melhorar a robustez do óleo; 66 Expandir a eficiência energética; 66 Melhorar a proteção contra o desgaste; 66 Reduzir a aeração do motor Na Europa, a ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis) também está atualizando as sequências europeias, que são um conjunto de protocolos, com a expectativa de que novas categorias para óleos básicos de menores graus de viscosidade devam ser incluídas. De acordo com Royan, essas sequências se combinam para apresentar um conjunto de alterações que são os mais complexos e caros desenvolvimentos de categorias na história da indústria. Não é exagero dizer que o mercado global de óleo básico encontra-se em um período de mudança histórica. Essa perspectiva é sustentada pelos próprios itens que servem de base às mudanças observadas em 2015: um esforço global em direção à eficácia ambiental; regulamentos que visam impor rigorosos protocolos ambientais e de desempenho; novos projetos de motor; pacotes de aditivos inovadores para projetar o desempenho em diferentes tipos de óleo básico; e a progressão para bases de qualidade premium para atingir as metas. E, por fim, a indústria está lidando com essas mudanças durante um período crítico de baixos preços do petróleo bruto, que podem ou não oferecer aos refinadores um nível aceitável de margem, mas que certamente provoca a volatilidade no mercado de óleos básicos.

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Novas Técnicas Para a Detecção de Verniz em Óleos para Turbinas Básicos do Grupo II podem produzir efeito colateral com formação de verniz

A

reformulação dos óleos para turbinas, de modo a obter maior estabilidade à oxidação a partir da substituição dos óleos básicos grupo I para o grupo II, gerou um efeito colateral indesejado. Essas novas formulações mostraram-se susceptíveis à formação de verniz e seus precursores em determinadas condições de operação. Em decorrência desse fato, constituiu-se um desafio na predição das reais condições do óleo lubrificante em uso e da subsequente formação de depósitos, principalmente em razão dos resultados menos confiáveis dos ensaios tradicionais para a predição da formação de verniz e seus precursores e, simultaneamente, da exigência de operação de turbinas sob condições severas e ininterruptas, tendo em vista obter a maior eficiência e produtividade possível desses equipamentos. A limitação das análises tradicionais de rotina, relacionada à detecção da maioria dos produtos polares submicrométricos resultantes da própria degradação do lubrificante, é uma das razões para a ocorrência de tais predições com menor confiabilidade. Uma outra causa importante deve-se à aplicação das atuais formulações dos óleos para turbinas que não apresentam degradação linear, tornando desafiadora a predição de quando o lubrificante começará a formar os depósitos rapidamente.

Por: Igor Ferreira Di Renna Santos e Antonio Traverso

Essa não linearidade da degradação dos lubrificantes é uma característica dos óleos modernos para turbinas relacionada aos seguintes parâmetros: seleção dos antioxidantes, solubilidade e estabilidade à oxidação dos óleos básicos grupo II. Uma vez que os antioxidantes são deteriorados, esses óleos tornam-se mais susceptíveis à oxidação e, consequentemente, a produzir verniz de forma drástica. Portanto, a maioria dos testes tradicionais de análise de óleo não evidenciam, com a predição adequada, quando o lubrificante começará a se degradar rapidamente e a formar verniz. Existem algumas técnicas de mitigação, como a filtragem eletrostática ou por filtros de profundidade, que são aplicadas para casos extremos de formação de verniz. No entanto, a prevenção da formação de verniz em superfícies metálicas segue como a indicação a ser realizada, em primeiro lugar, com um propósito de aumentar a confiabilidade da operação e evitar maiores custos, tanto de mitigação em relação ao consumo de óleo lu-

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brificante quanto ao de indisponibilidade operacional, ou até mesmo da ocorrência de falha catastrófica. Para que esse propósito seja alcançado, a não confiabilidade das técnicas tradicionais de predição da degradação do lubrificante e, também, da formação de verniz será fundamentada adiante nos ensaios Total Acid Number (TAN), Rotating Pressure Vessel Oxidation Test (RPVOT) e Contagem de Partículas. De forma complementar, será indicada a utilização de novos métodos de predição como: Membrane Patch Colorimetry (MPC), Remaining Useful Life Evaluation Routine (RULER) e Ultra Centrifuge. Descrição das análises usuais Assim como os laboratórios de vanguarda, os principais especialistas estão desenvolvendo uma série de pesquisas em que há uma concordância sobre os métodos tradicionais utilizados para a análise de óleo para turbina. Para esses métodos, os resultados não são evidentes para que exista uma predição da real condição do lubrificante e, também, sobre a respectiva degradação e formação de verniz. Nesse sentido, os resultados dos métodos tradicionais a seguir são os mais discutidos na predição de óleos para turbinas. Total Acid Number (TAN) O número de acidez total representa o nível de acidez do óleo, por meio da aferição da quantidade de base que é requerida para a neutralização dos ácidos contidos no óleo, aplicando-se a titulação com um reagente básico hidróxido de potássio (KOH). Os resultados são reportados em massa de KOH, em miligramas, que é requerida para neutralizar um grama de óleo que está sendo testado. A norma ASTM D4378 (In service Monitoring of Mineral Turbine Oils for Steam and Gas Turbines) recomenda o aumento de 0,3 a 0,4 mg KOH/g como valor limite de alerta para óleos novos e, a partir desses valores, qualquer aumento significante no resul20

tado do número de acidez total deve ser investigado, devido à existência da não linearidade da degradação dos óleos modernos para turbinas. Recentemente, estão sendo demonstrados casos nos quais são encontrados um potencial para formação de verniz, sem alteração no resultado do TAN e, além disso, destacam-se significativos problemas relacionados ao verniz quando constatado o aumento do número de acidez, pois há a formação de outros precursores que não são ácidos. Esse teste fornece resultados com limitada precisão (±40% de reprodutibilidade segundo a norma ASTM), susceptível à inconstância e variabilidade dos operadores. Também não é recomendado comparar resultados entre diferentes operadores ou laboratórios. Rotating Pressure Vessel Oxidation Test (RPVOT) O Rotating Pressure Vessel Oxidation Test (RPVOT– ASTM D2272) é um ensaio que mensura a estabilidade à oxidação de um óleo em operação. Esse método não é proposto para comparar dois óleos novos ou quimicamente diferentes e, segundo a norma ASTM D4378, definiu-se que 25% do valor RPVOT de um óleo novo é o limite inferior. Quando for obtido esse resultado, a substituição do óleo deverá ser indicada. Frequentemente, o resultado do RPVOT não estabelece uma relação direta com a performance real dos óleos modernos para turbinas, devido à aplicação de inerentes antioxidantes fornecedores de altos valores para o RPVOT que, ao mesmo tempo, são responsáveis pela formação de grandes quantidades de insolúveis diretamente correlacionados à formação de verniz. Assim, o uso desses antioxidantes contribui tanto para o alto valor RPVOT, como para o aumento dos problemas relacionados ao verniz em turbinas a gás e a vapor. Além desse motivo, os valores do RPVOT podem estar fortemente influenciados pela adição de certos tipos de inibidores de corrosão e metal pacifiers. Esses aditivos ocultam os efeitos do catalizador de bobina de fio de cobre, fornecendo resultados alterados e que indicam falsamente as propriedades dos antioxidantes do fluido. Usualmente, muitas formulações de óleos para turbina possuem uma queda acentuada dos valores de RPVOT durante o primeiro ano de serviço, por causa da degradação desses inibidores de corrosão. A reprodutibilidade do RPVOT é muito pequena acima de 1000 minutos, não sendo recomendada pela


ASTM. A maioria dos óleos comercialmente disponíveis para turbinas comportam-se dessa forma e, em alguns casos, muito acima dos 1000 minutos. Em decorrência dessa situação, não existe uma concordância sobre o ponto final do teste, ainda que a ASTM determine o ponto final como sendo o tempo decorrido na queda de 175 KPa em relação à pressão máxima.

para um princípio de potencial para formação de verniz. As classificações 5 e 6 indicam uma condição de dubiedade em relação à condição do óleo em serviço e, consequentemente, uma necessidade de maior frequência de amostragem e monitoramento. A indicação de uma forte tendência para formação de verniz é expressada pelas classificações 7 e 8.

Contagem de partículas

Remaining Useful Life Evaluation Routine (RULER Test)

A contaminação por partículas pode ser mensurada por meio de dois métodos: o primeiro consiste na passagem do óleo por um feixe de luz, levando em consideração que qualquer material que intercepte o feixe é contabilizado como uma partícula; o segundo método é aplicado através da passagem do óleo por uma malha de tela calibrada que, essencialmente, captura partículas duras. Caso exista uma diferença significante entre os resultados dos dois métodos, deve-se à presença de água, contaminantes suaves ou insolúveis. A ineficiência da aplicação dos contadores de partículas é referente à dimensão dos contaminantes, pois existe o predomínio de contaminantes insolúveis que são menores que 1 mícron e, notavelmente, são de tamanhos inferiores ao limite de detecção dos contadores de partículas.

O RULER Test é fundamentado por quatro normas ASTM (D7590, D6971, D6810 e D7527) para monitorar os antioxidantes e, individualmente, determinar o percentual de antioxidantes remanescentes por meio da comparação com os resultados de uma amostra de óleo novo de referência. Esse método não é influenciado por outros componentes de aditivos que adulteram os resultados, diferentemente do FTIR (“Fourier transform infrared spectroscopy”). A metodologia do RULER Test consiste na aplicação da voltametria de varredura linear para, com rapidez e acurácia, mensurar a degradação relacionada aos antioxidantes a base de fenol e amina aromática, que são os antioxidantes primários aplicados na maioria dos óleos industriais e para turbinas.

Descrição dos novos métodos Membrane Patch Colorimetry (MPC) Tendo em vista o aumento da confiabilidade da análise de óleos para turbinas, indica-se que a rotina de testes seja contemplada pelos métodos mais adotados recentemente e que serão tratados a seguir, de modo a consolidar a relevância e, inclusive, a respectiva indispensabilidade para uma predição adequada. Ultra Centrifuge A realização da ultracentrifugação tem como objetivo detectar as primeiras partículas insolúveis da degradação do óleo que, devido ao tamanho submicrométrico, não são identificadas no detector de partículas. Uma pequena amostra de óleo, não diluída, é colocada em um tubo especial de teste para ser centrifugada entre 17.500 e 20.000 RPM durante 30 minutos. Devido à força gravitacional experimentada durante a ultracentrifugação, tais partículas são concentradas no final do tubo. Os resultados desse teste são reportados em uma escala de 1 a 8, em que os valores 4 e 5 sinalizam

Atualmente, os laboratórios de vanguarda estão priorizando este método que, além de ser aplicável em laboratório, também é válido para testes em campo. O procedimento, normatizado pela ASTM D7843, consiste na extração de contaminantes solúveis de uma amostra de óleo de turbina em serviço, que é realizada em uma membrana de nitrocelulose de 47mm de diâmetro e 0,45μm de diâmetro médio de poros. A cor no fragmento de membrana é analisada por um espectrômetro, sendo o resultado reportado por um valor ΔE no sistema de cores subtrativas CIE LAB e, conforme o resultado, é indicado um potencial de formação de verniz. Testes complementares: MPC e Ruler Test Os métodos Membrane Patch Colorimetry e RULER Test são complementares. O RULER Test é responsável por identificar a degradação dos antioxidantes e providenciar um alarme crítico quando for iniciada a degra21


A Filtragem Eletrostática é sensitiva à presença de água e, acima de 500 ppm, a eficiência da separação eletrostática torna-se inferior devendo atentar-se para a aplicação sob pequenas vazões. Apesar dessas limitações, a aplicação não degrada os aditivos que foram adicionados ao óleo e, efetivamente, remove os contaminantes submicrométricos, incluindo os produtos insolúveis da degradação do óleo. Balanced charge agglomeration (BCA)

dação exponencial do óleo e. Complementarmente, a indicação do potencial de formação dos produtos dessa degradação é referente ao MPC. Esses dois testes são apropriados para uma predição da formação de depósitos em lubrificantes com formulação moderna e, simultaneamente, providenciam a oportunidade de uma ação proativa. A Figura 1 demonstra a aplicação complementar desses dois testes. Técnicas de mitigação de verniz Uma vez que o óleo em operação encontra-se no nível saturado e, portanto, susceptível à deposição de verniz, torna-se relevante a aplicação de técnicas de mitigação. O objetivo dessa intervenção é reverter a saturação e, até mesmo, proceder à remoção do verniz. Em seguida, será apresentada a essência das principais técnicas disponíveis para o embate contra o verniz e seus precursores. Electrostatic Liquid Cleaners (ELC) Esta técnica de mitigação utiliza a força eletrostática com a finalidade de atrair os contaminantes polares. Realiza-se o bombeamento do óleo para o equipamento ELC e, por meio da passagem do óleo através de sucessivos anodos e catodos, decorre a eletroforese, processo pelo qual as partículas que estão carregadas negativamente são atraídas para a zona positiva de remoção e, ao mesmo tempo, as partículas dotadas de carregamento positivo são atraídas para a zona negativa de remoção. O processo de dieletroforese acontece simultaneamente, em que as partículas neutras são atraídas pela deformação do campo elétrico. 22

Este processo consiste na aglomeração de partículas contaminantes por atração eletrostática que, devido ao aumento de tamanho, podem ser removidas por filtros convencionais. O processo BCA™ Sub-micron Purification é patenteado pela ISOPur Fluid Technologies, Inc. e, assim como o método anterior, é sensitivo à presença de água e de outros contaminantes condutores. Primeiramente, o fluido contaminado é forçado a passar por dois percursos distintos, em que uma série de eletrodos são responsáveis por carregar as partículas positivamente em um percurso e negativamente no outro. Em seguida, as correntes de fluido são recombinadas com a imposição de fluxo turbulento e, assim, os contaminantes ionizados são atraídos devido à diferença de carga, aumentando de tamanho por meio da aglomeração de partículas. Consequentemente, essa aglomeração constitui-se em tamanho micrométrico, permitindo que as partículas contaminantes sejam passíveis de remoção por filtros convencionais absolutos. Depth Media Filters (DM) O filtro de profundidade é adequado para remover partículas em suspensão com até 3 µm de tamanho aproximadamente. Em contrapartida, muitos desses meios filtrantes são construídos com materiais polares de celulose e, nesses casos, os produtos polares da degradação do óleo são atraídos devido à natureza polar e, posteriormente, são adsorvidos nas fibras. A aplicação dos filtros de profundidade constitui uma técnica que, além de ser simples e economicamente relevante, é efetiva para a remoção de partículas contaminantes polares em suspensão. Diferentemente das aplicações das técnicas eletrostáticas, os filtros de profundidade são aplicáveis perante uma larga escala de vazão, desde pequenas vazões (<5gpm) até altas vazões (>50gpm).


Electrophysical separation process (ESP) A tecnologia ESP da Fluitec consiste na seleção de um meio filtrante customizado para adsorver, ou reagir, com os contaminantes orgânicos específicos, sem afetar os componentes químicos dos aditivos. Em decorrência da formação diferenciada dos contaminantes para cada óleo em operação, a aplicação de um meio filtrante especializado é responsável por um aumento de performance deste processo de mitigação. Comparativamente com as técnicas anteriores, esta técnica de mitigação provém uma performance superior quando utilizada corretamente.

Em decorrência da necessidade de aprimorar a rotina de ensaios, foram desenvolvidos novos métodos como: Ultra Centrifuge, RULER Test e Membrane Patch Colorimetry. A aplicação desses métodos constitui um grande avanço para o aumento da confiabilidade da predição da formação de verniz e, ainda que inevitavelmente seja necessário executar uma das técnicas de mitigação, o enorme custo evitado devido a uma troca de carga do lubrificante, ou a uma eventual indisponibilidade operacional, ou, até mesmo, por uma falha catastrófica da turbina, é indiscutivelmente importante.

Igor Ferreira Di Renna Santos é Engenheiro

Conclusão

Mecânico e aluno do programa de PósGraduação em Engenharia Mecânica da

As novas formulações de óleos para turbinas fornecem maiores benefícios em performance; no entanto, a irrefutável susceptibilidade para formação de verniz é uma adversidade indesejada dessas formulações modernas. Além disso, devido à não linearidade da degradação, as técnicas tradicionais de análise de óleo não são suficientes para uma predição adequada.

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Antonio Traverso Júnior é engenheiro e Consultor Sênior de Lubrificantes da Gerência de Grandes Consumidores da Petrobras Distribuidora.

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Efeitos da Contaminação dos Óleos Lubrificantes por Água Por: Marcos Thadeu G. Lobo

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uito se comenta sobre a contaminação de óleos lubrificantes por material particulado sólido e seu efeito sobre a vida útil dos equipamentos mecânicos móveis e industriais. É bem sabido que a melhoria no nível geral de limpeza dos óleos lubrificantes, medido pelo Código de Contaminação Sólida ISO 4406:1999, pode resultar em aumentos substanciais na vida útil de componentes móveis sensíveis, como bombas de palhetas e pistões, servo-válvulas utilizados em sistemas hidráulicos, bem como de mancais de deslizamento e de elementos rolantes. São gastos pelas empresas, anualmente, volumes consideráveis de recursos em sistemas de filtração de óleos lubrificantes, na tentativa de reduzir a contaminação por material particulado sólido, havendo, com esse investimento, sensível redução nas falhas de equipamentos móveis e industriais, somente pela melhoria do nível geral de limpeza dos óleos lubrificantes.

Foto 1 – Óleo lubrificante contaminado por material particulado sólido

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É fato, no entanto, que, em algumas condições de operação e ambientes, a contaminação dos óleos lubrificantes por água é mais insidiosa que a de material particulado sólido, e essa situação, com certa frequência, é negligenciada como causa primária de avarias catastróficas de equipamentos industriais e móveis.

Foto 2 – Condensação de umidade em redutor de velocidades

A água pode estar presente nos óleos lubrificantes em três fases ou estados. O primeiro estado, conhecido como água dissolvida, é caracterizado por moléculas individuais de água dispersas por todo o volume de óleo lubrificante. Água dissolvida em óleo lubrificante é comparável à umidade presente no ar atmosférico em um dia úmido – sabemos que a água está presente, mas, como ela está dispersa molécula a molécula, é pequena demais para ser vista a olho nu. Por essa razão, um óleo lubrificante pode conter quantidade significativa de água dissolvida sem nenhuma indicação visível de sua


presença. A maioria dos óleos lubrificantes industriais, tais como fluidos hidráulicos, óleos para turbinas etc., podem suportar de 200 ppm – 600 ppm (0,02% - 0,06%) de água no estado dissolvido, dependendo da temperatura e do estado de envelhecimento do óleo lubrificante. Óleos lubrificantes envelhecidos (oxidados) podem suportar três a quatro vezes mais água no estado dissolvido que óleos lubrificantes novos.

Foto 4 – Vida remanescente de mancal de rolamento x conteúdo de água

Foto 3 – Estados da água no óleo lubrificante: dissolvida, emulsionada e livre

Uma vez que a quantidade de água excedeu o nível máximo para permanecer dissolvida, o óleo lubrificante fica saturado. Nesse ponto, a água fica suspensa no óleo lubrificante em forma de gotículas e é conhecida como emulsão. Esse fato é similar a um nevoeiro que se forma em um dia frio de inverno. Nesse caso, a quantidade de umidade no ar excedeu o Ponto de Saturação, resultando em uma suspensão de pequenas gotículas de umidade que chamamos de cerração . Em um óleo lubrificante, esse “nevoeiro” é frequentemente conhecido como névoa, e diz-se que o óleo lubrificante, nessa situação, está com aspecto turvo ou com turbidez. Em um sistema de lubrificação, os dois estados mais danosos são a água livre e a água emulsificada. Em mancais de deslizamento, por exemplo, a incompressibilidade da água em relação ao óleo lubrificante pode resultar em uma perda do filme hidrodinâmico da película de óleo lubrificante que, por sua vez, levará ao desgaste prematuro. Pequenas quantidades de água (ex: 1%) podem reduzir a expectativa de vida de um mancal de deslizamento em 90%. Para mancais de elementos rolantes, a situação é bastante pior. A água livre ou emulsificada não somente destruirá a resistência do filme de óleo lubrificante como também, nas elevadas temperaturas e pressões geradas na zona de carga de um mancal de elementos rolantes, poderá gerar uma vaporização instantânea (flash) levando ao desgaste erosivo.

Sob certas condições, moléculas de água podem ser rompidas em seus constituintes, átomos de hidrogênio e de oxigênio, como resultado das altas pressões geradas na zona de carga de mancais de elementos rolantes. Em face de seu tamanho relativamente pequeno, os íons de hidrogênio produzidos nesse processo podem absorver-se pela superfície das pistas dos mancais de rolamento resultando em um fenômeno conhecido como fragilização por hidrogênio (embrittlement), uma mudança sub-superficial na metalurgia no metal da pista. A fragilização por hidrogênio (embrittlement) leva o material da pista do mancal de rolamento a tornar-se frágil ou quebradiço e propenso a apresentar fraturas abaixo da superfície da pista. Quando essas fraturas sub-superficiais se espalham para a superfície, os resultados podem ser pittings e escamações.

Foto 5 – Fragilização por hidrogênio (embrittlement) de pista de mancal de rolamento

Pelos efeitos causados, a presença de água livre ou emulsionada é muito mais danosa em comparação à da água dissolvida e o proceder sábio é manter os níveis de umidade nos óleos lubrificantes bem abaixo do Ponto de Saturação. Para a maioria dos óleos lubrificantes em serviço, isso significa manter a contaminação por umidade entre 100 ppm - 300 ppm e, dependendo do tipo do óleo lubrificante e da temperatura, em níveis mais baixos. Contudo, mesmo mantendo-se os níveis de umidade na faixa de 100 ppm – 300 ppm, danos significativos podem ocorrer nos elementos de máqui25


nas que estiverem operando com óleos lubrificantes com esses teores de contaminação por água. A bem da verdade, pode-se dizer que não existem níveis toleráveis de contaminação por água, e todos os esforços razoáveis devem ser realizados para que se mantenha a contaminação dos óleos lubrificantes por água tão pequena quanto possível.

ser arrastados pela água, se a contaminação for excessiva, resultando em formação de borras e sedimentos, obstrução de filtros de óleo lubrificante e reduzida demulsibilidade óleo/água.

Foto 7 – Formação de borra em turbina hidráulica

Foto 6 – Óleo lubrificante contaminado por material particulado sólido

A presença de água no óleo lubrificante não apenas tem um efeito danoso direto aos componentes móveis do equipamento, como também envelhece precocemente o óleo lubrificante. Óleos lubrificantes contaminados com água podem se oxidar dez vezes mais rapidamente, conforme o teor de água presente, e ter encurtada drasticamente a sua vida útil, particularmente se estiverem presentes metais que possam catalisar o processo, tais como cobre, chumbo e estanho. Certos tipos de óleos lubrificantes sintéticos, tais como ésteres fosfatados e ésteres dibásicos, são conhecidos por reagir com a água, o que provoca a sua degradação e formação de compostos ácidos. Não apenas o óleo básico pode ser afetado pela contaminação por água. Certos aditivos como os antidesgaste (AW) e extrema pressão (EP), que contém enxôfre em sua composição, como os antioxidantes fenólicos, são prontamente hidrolizados pela água, resultando tanto na depleção desses aditivos como na formação de compostos ácidos que podem causar desgaste corrosivo, particularmente em componentes mecânicos contendo metais macios, como o Babbitt, usados em mancais planos, assim como em peças de bronze e latão. Outros aditivos como os agentes demulsificantes, detergentes e inibidores de ferrugem podem 26

Para se controlar os níveis de umidade presentes nos óleos lubrificantes, devemos ter disponíveis meios para detectar a sua presença. Existem vários testes em que se pode mensurar o nível de água existente em óleos lubrificantes, variando de testes bastante simples e baratos até os mais complexos e caros, que podem quantificar a água em ppm (mg/kg). O ensaio mais básico para detecção de água em óleos lubrificantes é o Teste da Crepitação. Nesse teste, uma chapa metálica é aquecida a 130ºC, e uma pequena gota de óleo lubrificante é colocada em seu centro. Qualquer umidade presente no óleo lubrificante é acusada através do número de bolhas observadas, à medida que a água se vaporiza. Dependendo do tipo de óleo lubrificante, se poucas e relativamente pequenas bolhas se apresentam, isso indica a presença de, aproximadamente, 500 ppm – 1000 ppm (0,05% - 0,1%) de água. Maior número de bolhas com tamanhos maiores podem indicar, aproximadamente, de 1000 ppm – 2000 ppm (0,1% - 0,2%) de água, ao passo que sons de crepitação audíveis indicarão níveis de umidade acima de 2000 ppm (0,2%). O Teste da Crepitação é sensível, no entanto, apenas à água livre e à água emulsificada. Outro teste simples para detecção da presença de umidade em óleos lubrificantes e que pode ser realizado pelos próprios usuários é o uso de uma célula de pressão em que a amostra é preparada com um reagente químico (hidreto de cálcio), colocada em um receptáculo e agitada vigorosamente. A mudança


Foto 8 – Teste da Crepitação

Foto 11 – Unidade de desidratação de óleo lubrificante a vácuo

da pressão dentro da célula é monitorada para determinar se água na forma livre está presente. O custo desse ensaio é relativamente baixo, embora devam ser considerados os custos dos reagentes bem como problemas relacionados à segurança e saúde no manuseio dos reagentes.

Fischer para evitar interferências causadas por aditivos EP e AW sulfurosos. Qualquer que seja o método usado para determinar os níveis de água em óleos lubrificantes, fato é que a água é importante causa na falha dos óleos lubrificantes, nas falhas de componentes mecânicos e na redução da confiabilidade dos equipamentos mecânicos. Como qualquer outro tipo de contaminante, é importante não apenas reconhecer a sua presença como, também, tomar iniciativas para controlar ou eliminar o seu ingresso nos equipamentos mecânicos. Caso seja possível, os níveis de água nos óleos lubrificantes presentes em equipamentos mecânicos devem ser mantidos abaixo do Ponto de Saturação, fazendo-se esforços para manter os níveis tão baixos quanto possível. A instalação de filtros dessecantes em respiradouros, a melhoria de retentores, o uso de carros de filtração com elementos filtrantes dessecantes, separadoras-centrifugadoras ou unidades de desidratação a vácuo reduzirão bastante o nível de água nos óleos lubrificantes e aumentarão sobremaneira tanto a vida útil dos óleos lubrificantes como dos equipamentos mecânicos lubrificados por eles.

Foto 9 – Célula de pressão utilizando hidreto de cálcio

O método mais apurado para se determinar a quantidade de água livre, emulsificada e dissolvida em uma amostra de óleo lubrificante é o ensaio de umidade Karl Fischer. Quando usado corretamente, o teste de Karl Fischer é capaz de quantificar níveis de água tão baixos quanto 10 ppm (0,001%) e deve ser o método preferido quando concentrações mais exatas de água necessitam ser conhecidas. Porém, cuidado deve ser tomado ao Foto 10 – Ensaio de umiusar o método de Karl dade por Karl Fischer

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Mecânico

e

Consultor

Técnico

em

Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.

27


O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2015 Mercado Total Óleos Lubrificantes:

694.000 m3

Produção Local: Automotivos: Industriais:

698.000 m3 487.900 m3 210.100 m3 11.500 m3 15.500 m3

Importação de óleos acabados: Exportação de óleos acabados: Mercado Total Graxas:

25.500 t

Óleos Básicos: Mercado Total:

628.649 m3

Produção Local: Refinarias: Rerrefino:

444.730 m3 332.648 m3 112.082 m3

Importação: Exportação:

219.600 m3 35.700 m3

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos vendidos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-out) Mil m3

Análise comparativa por produtos

560

2014 2015

530.566

490

800 700

Total de lubrificantes por região

Mil m3

2014 2015 508.531

420

735.591 693.771

600

350

500

280

400

210 193.971

200 100

291.261

181.197

140

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

294.003

36.686

0

GRAXAS (t)

300

153.752

33.709

0

78.246

SUL

SUDESTE

105.344

74.635

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

Lubrificantes automotivos por região

Mil m3

350

2014 2015

327.756

300

2014 2015

200

306.452

175 250

150

186.538

125 100 147.204

138.996

100

114.449

75

108.351 83.797

62.385

50 0

185.682

150

200

SUL

SUDESTE

79.844

60.127

NORTE

50 39.480

25 NORDESTE

CENTRO OESTE

0

35.509

34.404

36.011 20.857

13.581 SUL

SUDESTE

12.399

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

28

149.033 109.745

70

NORDESTE

20.804

CENTRO OESTE


Participação de Mercado de óleos 1º Sementre de 2015

8,0%

26,0%

15,5% 1,7% 1,9% 2,1%

13,8%

8,2%

8,4% 8,7%

Participação de Mercado de Graxas 1º Sementre de 2015

13,6%

BR Ipiranga Mobil Shell Chevron Petronas Castrol YPF Total Lubrif. outros

7,5%

19,3%

8,3% 16,6% 12,0%

13,8%

14,5%

BR Chevron Ipiranga Petronas Ingrax Shell Cosan/Mobil Outros

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

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Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2016 Fevereiro, 17 a 19

20th.ICIS World Base Oil & Lubricants Conference - Londres, Inglaterra : http://www.icisworldbaseoils.com

Março, 8 a 11

Fuels and Lubes Week 2016 - Cingapura: www.fuelsandlubes.com/flweek/

Abril, 16 a 19

28th. ELGI Annual General Meeting - Veneza - Itália: www.elgi.org

Maio, 15 a 19

71st.STLE Annual Meeting & Exhibition - Las Vegas, EUA: www.stle.org

Outubro, 17 a 20

ILMA Annual Meeting 2015 - Boca Raton, Flórida, EUA - www.ilma.org/events

Nacionais Data

Evento

2016 Abril, 25 a 29

23º Agrishow 2016- Ribeirão Preto. São Paulo: www.congresso-fenabrave.com.br

Maio, 17 e 18

6º Seminário de Laboratório - Rio de Janeiro: www.ibp.org.br

Junho, 14 e 15

6º Encontro com o Mercado - América do Sul - Rio de Janeiro - RJ; www.lubes.com.br

Cursos Data

Evento

2016 A ser definido

Lubrificantes e Lubrificação - Rio de Janeiro: www.ibp.org.br/cursos

Abril, 4

Análise de Falhas e Soluções de Problemas de Equipamentos Mecânicos - Rio de Janeiro: www.ibp.org.br/cursos

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

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2016


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