Revista lubes em foco edicao 49 b

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Jun/Jul 15 Ano VIII • nº 49 Publicação Bimestral

EM FOCO

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00049

A revista do negócio de lubrificantes

5º Encontro com o Mercado

O evento que reuniu os principais agentes da cadeia produtiva de lubrificantes e especialistas internacionais.

Inspeções rápidas em equipamentos Técnicas valiosas na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais


8 anos Compartilhamos a alegria de comemorar mais um aniversário com nossos leitores, colaboradores e patrocinadores. Patrocinadores MASTER

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Apoio Institucional

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Uma realização


Editorial A resposta do mercado brasileiro à organização do 5º Encontro com o Mercado mostrou a confiança e a importância desse evento para o setor. Em um tempo em que a crise se tornou palavra comum no meio empresarial do país, as principais empresas e os profissionais ligados à cadeia produtiva dos lubrificantes deram uma excelente demonstração da percepção de que investir em conhecimento e estar exposto ao público certo, no lugar certo, são a melhor forma de combater períodos adversos de crescimento e de lucratividade. Em tempos difíceis, é preciso encontrar o caminho certo e estar visível ao mercado de forma clara, objetiva e por um meio confiável. Atentos ao peculiar panorama econômico do país e do mundo e suas implicações no mercado brasileiro, a equipe da Editora Onze tem buscado aumentar sua atividade e diversificar as possibilidades e oportunidades para os agentes econômicos ligados ao setor de lubrificantes. Dessa forma, os editores entendem que se torna fundamental a disseminação do conhecimento e a divulgação ampliada das informações específicas, seja por meio de uma newsletter objetiva, pelos artigos técnicos exclusivos da LUBES EM FOCO, ou pela criação de um Guia Nacional da Indústria de Lubrificantes e um portal eletrônico de acesso irrestrito, em que as informações e a exposição das empresas se façam de modo seguro, objetivo e direcionado ao público correto. O trabalho é amplo e ainda maior que o desafio que se apresenta, mas o foco é bem definido, e a busca pela realização da missão definida pelo grupo colaborador da Editora Onze torna-se um processo contínuo de “ouvir o mercado e a ele retornar com informações relevantes”. Queremos ampliar nossa colaboração para o melhor desenvolvimento de um mercado saudável, estruturado e bem informado, indo além de nossos próprios limites e dos limites geográficos a que somos circunscritos, buscando parcerias internacionais, trazendo palestrantes e escritores consagrados mundialmente, e também prestigiando e desenvolvendo os talentos internos de nossos especialistas e pesquisadores. Assim, assumimos o compromisso de buscar sempre a aliança harmônica entre forma e conteúdo, com as ferramentas modernas de comunicação, levando ao nosso público leitor, e a todo o mercado, produtos de mídia de alta qualidade, abertos à participação de todos e às sugestões de melhoria constante. Estamos investindo e acreditamos que o momento é oportuno e importante para a ampliação do olhar sobre o mercado brasileiro de lubrificantes. Contamos com você! Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Ernani Filgueiras de Carvalho Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Diretor Comercial Antonio Carlos Moésia de Carvalho Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni

Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda.

Capa Antônio Luiz Souza Machado da Cunha

Publicidade e Assinaturas Antonio Carlos Moésia de Carvalho (5521) 2224-0625 R 22 assinaturas@lubes.com.br

Redação Tatiana Fontenelle

Tiragem 4.000 exemplares

Layout e Editoração Antônio Luiz Souza Machado da Cunha Revisão Angela Belmiro

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br

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© 2015 Chevron Oronite Company LLC. Todos os direitos reservados. Chevron, a marca Chevron, Oronite, OLOA, e Adding Up são marcas registradas da Chevron Intellectual Property LLC.


Sumário 6

5º Encontro com o Mercado - América do Sul

Um resumo do que foi o maior evento de lubrificantes da América Latina, no Rio de Janeiro.

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Será o GTL um Game Changer?

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Inspeções rápidas em equipamentos

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Análise tribológica em turbinas eólicas.

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Soluções em bases sintéticas para os lubrificantes de amanhã

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Mercado em Foco

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Programação de Eventos

A primeira parte de artigo escrito por especialista internacional sobre a influência da tecnologia GTL no mercado de básicos.

Técnicas valiosas na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais.

A análise do lubrificante utilizado, bem como novas técnicas de predição de falhas nas transmissões de energia eólica.

Matérial promocional da ExxonMobil sobre sintéticos.

Pesquisa da Editora Onze apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes e sua evolução no ano.

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Exposição, conteúdo e network: competência para o sucesso

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Editora Onze, responsável pela publicação da revista LUBES EM FOCO, realizou, nos dias 30 de junho e 1º de julho, o 5º Encontro Internacional com o Mercado – América do Sul, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. O evento foi organizado com a colaboração da ICIS, empresa do grupo

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Reed e maior produtora mundial de eventos na área petroquímica. Cerca de 300 pessoas de diversos países participaram dos dois dias de palestras, com tradução simultânea, e também das comemorações do oitavo aniversário da LUBES EM FOCO. A mesa de abertura foi constituída com a presença do coordenador técnico do evento, Sr. Pedro Nelson Belmiro, do diretor da Editora Onze, Sr. Gustavo Zamboni, do gerente de Abastecimento do IBP, Sr. Ernani Filgueiras e da representante da ICIS, a Sra. Leela Landress, que deram as boas-vindas a todos os presentes e abriram oficialmente o 5º Encontro com o Mercado. O programa do evento foi constituído de 19 palestras de alto nível, contando com especialistas internacionais das principais empresas do setor. A já tradicional palestra inicial, proferida pelo Gerente de Economia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – Firjan, Sr. Guilherme Mercês, foi destaque mais uma vez, apresentando os panoramas econômicos brasileiro e


mundial. Durante o encontro foram apresentadas também as tendências internacionais para o setor de lubrificantes e abordados temas relacionados a tecnologia, mercado e regulamentação. A exemplo do ano anterior, foi destinada uma área para a colocação de estandes, em que empresas nacionais e estrangeiras puderam expor seus produtos e desenvolver negócios. Também foram colocadas à disposição dos participantes áreas para os contatos de negócios, além de salas privadas. Segundo Gustavo Zamboni, diretor da Editora Onze, o desafio este ano foi maior do que em anos anteriores: “Tivemos uma elevação de custos, principalmente dos serviços, pois em um evento desse porte procuramos colocar à disposição dos participantes serviços médicos e de ambulância, bombeiros e segurança, além de um buffet de qualidade. Acreditamos que o resultado final atendeu às expectativas de todos”, observou Zamboni. Antonio Carlos Moésia, também diretor da Editora Onze, lembrou que a disposição e interesse dos patrocinadores e expositores foram fundamentais para o sucesso do evento: “Estamos muito felizes porque as empresas acreditaram em nosso projeto e mantiveram seus patrocínios e estandes, e esperamos ter retribuído

com o espaço adequado para bons negócios e um conteúdo de qualidade”, concluiu Moésia. Mercado Números apresentados pelo consultor Pedro Nelson Belmiro, coordenador da Comissão de Lubrificantes do IBP e editor da LUBES EM FOCO, evidenciaram que, após uma queda acentuada no início de 2015, o mercado brasileiro de lubrificantes apresentou sinais de recuperação. De acordo com ele, o volume total comercializado de janeiro a maio deste ano teve aumento de aproximadamente 0,5% na comparação com o mesmo período de 2014. Belmiro lembrou que o desempenho da região Nordeste, e do agronegócio foram muito importantes nesse período: “Seguindo a tradição do mercado de ter um segundo semestre melhor, podemos nos atrever a esperar que chegaremos ao final do ano com um mercado estável, em relação ao ano passado”, avalia Belmiro. Regulamentação O especialista em regulação da ANP, Guilherme Vianna, aproveitou a participação da agência no encontro para anunciar a retomada do Programa de Monitoramento 7


dos Lubrificantes (PML) em todo o país, graças a uma reestruturação do laboratório do CPT, em Brasília, e à renovação dos contratos de coleta de amostras com universidades. O PML tem a função de orientar consumidores e fiscalizar produtores e importadores de óleos lubrificantes, observando informações de registros das empresas, rótulos e qualidade dos produtos. Vianna também informou que a ANP projeta, para este ano, algumas medidas de impacto no mercado de lubrificantes, tais como a revisão das portarias 129 e 130/99, que tratam de especificações de óleos básicos, primeiro refino e rerrefino; a implantação do Programa Interlaboratorial de Lubrificantes; e uma Missão Ásia, para a troca de informações e experiências com países daquela região, nos mesmos moldes do que já foi realizado nos Estados Unidos e Europa. O especialista da ANP disse ainda que o registro de produtos por meio eletrônico deve começar a funcionar em breve, proporcionando uma drástica redução no tempo de análise das solicitações de produtores e importadores. No primeiro dia de palestras, Kevin Ferrick, gerente do programa de certificação e licenciamento API’s

Engine Oil Licensing and Certification System (EOLCS), falou sobre os benefícios que uma empresa pode ter com esse reconhecimento em seus produtos. O especialista em pesquisa e desenvolvimento da empresa Afton Chemical, William Anderson, mostrou os desafios e mudanças com a especificação Dexos e os debates realizados no âmbito da European Automobile Manufacturer’s Association (ACEA). Os óleos básicos tiveram grande destaque no primeiro dia do evento, com as gigantes internacionais Chevron Base Oil e a ExxonMobil apresentando as vantagens dos básicos de melhor qualidade nas formulações de lubrificantes, com destaque para o grupo II no atendimento às mais modernas especificações automotivas e industriais, e também a importância para os formuladores da escolha correta da base de seus produtos. A Nynas trouxe também aos participantes uma visão alternativa sobre a utilização de básicos naftênicos em diversas aplicações industriais com foco principal nos óleos hidráulicos. Tecnologia O segundo dia do Encontro foi marcado pelo foco em tecnologia, apresentando na parte

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tações foram seguidas de seções de perguntas e respostas com grande interesse do público presente. Outro momento importante no aspecto tecnológico foi a palestra do consultor internacional Ernest Henderson sobre a tecnologia GTL, que produz óleos básicos a partir do gás natural, na produção de lubrificantes, com os seus últimos desenvolvimentos e os impactos no mercado de básicos. A já tradicional mesa redonda de debates sobre tecnologia e tendência para óleos lubrificantes, coordenada por Pedro Nelson Belmiro, encerrou a programação técnica do evento e contou com a participação das quatro grandes produtoras de aditivos automotivos, que abordaram temas de relevância em suas apresentações iniciais. Pela Infineum, o consultor para Relações com a Indústria na América Latina, Jorge Manes, abordou os motores pesados a diesel, enquanto o americano William Anderson, especialista da Afton Chemical tratou do tema Economia de Combustíveis. A Chevron Oronite trouxe o gerente para América Latina de Produtos Industriais e Especialidades, Marcos Davi, para falar dos motores a gás natural, e a Lubrizol encerrou a primeira parte das apresentações com o seu gerente para a América Latina de produtos para óleos de motor, Fábio Araújo, falando sobre a Era da Eficiência, suas tendências e implicações. Ao final do dia, os diretores da Editora Onze, organizadora do evento, realizaram o já esperado sorteio de brindes aos participantes, e a apresentação de toda a equipe colaboradora. Esta matéria foi realizada em colaboração com os jornalistas Renato Vaisbih e Thiago Castilha do Sindilub e Tatiana Fontenelle da Editora Onze.

Os palestrantes Pedro Nelson (1), Guilherme Mercês (2), Danilo de Paula (3), Leela Landress (4), Kevin Ferrick (5), Guilherme Vianna (6), Luis Zambrano (7), Bob Duggal (8), Matthew Hauschild (9), Martin Curran (10), Eduardo Lima (11), Aguinaldo Souza (12), Harry E. Henderson (13), William Anderson (14), Jorge Manes (15), Marcos Davi (16), e Fabio Araujo (17).

da manhã palestras específicas como o controle da fricção no contato entre materiais metálicos e não metálicos, pela Croda, o uso de corantes e marcadores, pela Dow Chemical, e o uso de Polibutenos como melhoradores de índice de viscosidade, pela Braskem. Todas as apresen9


Será o GTL um

Game Changer? Parte 1: A história e os eventos que mudaram a indústria de óleos básicos Por: Dr. H. Ernest Henderson

A

indústria de lubrificantes está experimentando um tempo de mudança. Apesar de uma demanda global, que se manteve relativamente estável por 25 anos, a configuração dessa indústria mudou dramaticamente. Lançando um olhar para diferentes indústrias, como esportes, economia geral etc., podemos buscar eventos-chave que geraram mudanças de impacto e denominá-los como agentes de “virada de jogo”, ou, usando o termo em inglês, game changer. Segundo o dicionário Merriam Webster, game changer é “um elemento ou fator introduzido recentemente que altera uma situação ou atividade

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existente de uma forma significativa”. O dicionário de negócios define o termo como “uma pessoa ou ideia que transforma as regras aceitas, processos e gestão de funções de negócios. Normalmente lidera um movimento de negócios relacionados na mesma direção”. Oxford, entretanto, sugere que o termo pode representar “uma pessoa, uma ideia ou um evento que muda completamente o modo como uma situação evolui”. Então, como isso se aplica à indústria de lubrificantes? Desde a década de 1930 até meados de 1980, os óleos básicos, que representam o componente essencial dos lubrificantes acabados, foram produ-


zidos utilizando o processo de refino de rota solvente, ou processamento de separação. O respectivo destilado na torre de vácuo de uma refinaria entra em contato com um solvente polar como fenol, tolueno, N-metil-pirrolidona (NMP) etc., para remover moléculas aromáticas. Esse processo é denominado extração por solvente. Esses básicos se tornam muito instáveis sob temperaturas de funcionamento severas como as verificadas em um motor de combustão interna, provocando depósitos, lama, verniz e oxidação medidos pelo espessamento do óleo. Extração é um processo-chave para a determinação do índice de viscosidade (I.V.) de um óleo básico. Após essa primeira etapa, o produto resultante, chamado rafinado, é então tratado com uma cetona e esfriado, sob agitação constante, a uma temperatura em que a parafina é removida através de filtração. Essa etapa é chamada de desparafinação por solvente e estabelece o ponto de fluidez desse básico. A etapa final se dá via hidroacabamento leve ou filtração com argila e produz um óleo básico aca-

bado, que já foi bastante adequado para as aplicações da época. O próprio processo de extração por solvente poderia ser chamado de Game Changer , já que definiu o padrão para o processamento de óleos de básicos por décadas. No entanto, a mudança era iminente e ocorreu no início da década de 1980, quando o processo de hidrocraqueamento foi introduzido no mercado para melhorar os crus de baixa qualidade para produzir óleos lubrificante, sendo as empresas Chevron e Gulf pioneiras nessa área. A Chevron começou a comercialização desse processo em 1984, quando converteu sua planta de Richmond, na Califórnia, para melhorar a utilização do petróleo do Alasca a fim de produzir lubrificantes, enquanto a Gulf representava as plantas comerciais de Mississauga, no Canadá (chamada PetroCanada, hoje Suncor) e a japonesa Idemitsu Chiba. Esses investimentos foram muito importantes e os primeiros dias da “idade de hidroprocessamento”, que agora estamos observando como fundamental para a atual indústria de óleos básicos. No entanto, no momento da criação, isso não foi classificado

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60 50 40 30 20 10 0

1990

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2010

2015

OW-XX 5W-30 10W-40

2020

5W-20 10W-30 20W-50

Figura 1: Demanda de óleos de motor para automóveis na América do Norte

Hoje, a parafina ou cera é comumente usada como uma matéria prima de alto IV para a fabricação de óleos básicos. No entanto, na época da criação, a tecnologia foi considerada de elevado custo com acesso limitado à indústria. Os óleos básicos resultantes, apesar das boas propriedades quanto ao índice de viscosidade que chegava a 12

30 Volatilidade Noack, wt%

como uma mudança de jogo, já que era uma operação de custo mais elevado, com aplicações limitadas. Devido à pequena penetração, a indústria de aditivos não estava pronta para investir no desenvolvimento de novos componentes, e isso tornou-se um desafio para os hidrocraqueadores naquela época, ou seja, Chevron, Petro-Canadá e Idemitsu. Dessa forma, o hidrocraqueamento não foi considerado, naquele momento, um game changer. A próxima mudança importante dentro da indústria de lubrificantes foi a utilização de cera/parafina como matéria-prima para a fabricação de base lubrificante. Duas empresas, a Shell e a Exxon (hoje ExxonMobil), desenvolveram um processamento, em que a parafina bruta proveniente do solvente desparafinador pode ser transformada em um óleo básico de alto IV, por meio de um processo chamado de isomerização. Isso foi muito significativo para a indústria naquela época e foi um dos elementos-chave para o desenvolvimento da atual categoria chamada de Grupo III, que foi criada, em meados de 1990, pelo API (American Petroleum Institute) e ATIEL (Association de I’Industrie Européenne des Lubrifiants).

25 20 15 10 5 0 ILSAC ILSAC ILSAC ILSAC ACEA GM Porshe MB GF-1 GF-2 GF-3 GF-4 2012 Dexos 229,5 API SH API SJ API SL thru 6, API SM to SP

Figura 2: Especificações máximas para o teste de volatilidade Noack

valores acima de 140, também tinham capacidades limitadas a baixas temperaturas, particularmente quando eram desparafinados com solvente. Então, a isomerização de cera, novamente, não foi considerada um game changer, naquele momento. É interessante notar que os produtores de óleos básicos continuaram a desenvolver ferramentas para atender às necessidades de uma indústria em constante mudança, porém a indústria ainda não estava no ponto de uma mudança significativa. No entanto, dois acontecimentos prepararam o palco para a mudança e, portanto, poderiam ser considerados como provocadores de mudança, ou game changers. O primeiro foi o embargo do petróleo no início dos anos 1970, que trouxe um alerta para a América do Norte, que era fortemente dependente, na época, do petróleo estrangeiro, e causou uma escassez significativa no abastecimento de produtos à base de petróleo, como gasolina, diesel etc. Esse fato teve efeitos tanto de curto como de longo prazo sobre a indústria norte-americana de lubrificantes, um dos quais foi a necessidade de autossuficiência energética. Levou um tempo para amadurecer, mas o estabelecimento de padrões de economia de combustível tem criado a necessidade de uma mudança contínua no grau de viscosidade dos óleos de motor necessários ao mercado. Baixa viscosidade geralmente equivale à redução de atrito e, portanto, maior economia de combustível. A Figura 1 mostra a mudança contínua no mercado norte-americano de óleo de motor para carros


UMA REVOLUÇÃO EM LUBRIFICANTES FEITO A PARTIR DE GÁS NATURAL

SHELL HELIX ULTRA COM A TECNOLOGIA PUREPLUS NENHUM OUTRO LUBRIFICANTE LIMPA MELHOR O SEU MOTOR1

MOTORES MAIS LIMPOS1

BAIXO CONSUMO DE ÓLEO2

MAIOR ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL3

ALTO DESEMPENHO EM TEMPERATURAS EXTREMAS4,5

Conheça o poder do gás natural em shell.com/pureplus 1 Baseado na Sequência VG do teste de borra de acordo com a performance de um lubrificante SAE 0W-40. 2Baseado no teste NOACK de volatilidade e em requerimentos de fabricantes de equipamentos. 3Baseado nos resultados de economia de combustível da ACEA M111, comparado com o lubrificante de referência da indústria. 4Comparado com lubrificantes de maior viscosidade. 5Baseado no desempenho dentro da Sequência IIIG versus óleos básicos grupos II e III. O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente, podendo contaminar a água e o solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução Conama no 362/2005 e suas alterações vigentes.

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de passageiro, a partir de óleos mais grossos como SAE 20W-50 e SAE 10W-30/40 até os óleos mais finos, que hoje são predominantes, incluindo SAE 5W-20, SAE 5W-30 e SAE 0W-20, e, no futuro, SAE 0W-16, SAE 5W-16 com ILSAC GF-6. O segundo evento chave foi o Protocolo de Kyoto, que foi assinado em 1997. Esse tratado internacional estabeleceu obrigações vinculativas para os países industrializados de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O impacto sobre a indústria de lubrificantes tem sido o estabelecimento de limites de volatilidade sobre os óleos de motor, como mostrado na Figura 2, para vários níveis de desempenho que aparecem na América do Norte e em outras regiões do mundo. A volatilidade tornou-se um dos maiores desafios para a indústria automotiva, uma vez que se opõe à mudança para óleos mais leves, ou seja, óleos menos viscosos geralmente têm componentes de ponto de ebulição mais leves, que, por sua vez, devem levar a uma maior volatilidade. No entanto, os fabricantes de óleos básicos descobriram a chave para alcançar a baixa viscosidade com

Nós protegemos os

recursos naturais.

E você?

baixa volatilidade, por meio da utilização de bases com índices de viscosidade mais elevados. Dessa forma, as pesquisas anteriores sobre as técnicas de hidroprocessamento combinadas com o conceito de que a parafina pode ser uma matéria-prima valiosa foram fundamentais, na medida em que a indústria se move na direção de atender aos desafios enfrentados pela indústria automotiva quanto aos baixos níveis de emissões e à economia de combustível. Esses desafios também se tornaram significativos para outras áreas de produtos como a industrial e a de fluidos de transmissão. Discutiremos, na segunda parte deste artigo, na próxima edição, o potencial papel dos óleos básicos produzidos a partir da tecnologia GTL (Gas-To-Liquids) para a indústria de lubrificantes atual e do futuro.

Dr. Harry Ernest Henderson é o presidente da K & E Petroleum Consulting LLC e consultor internacional para óleos básicos e GTL, incluindo fabricação, aplicação e cadeia de suprimentos.

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Inspeções Rápidas em Equipamentos Móveis e Industriais Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

A

s mais valiosas táticas de manutenção em equipamentos móveis e industriais não envolvem qualquer ferramental, instrumentos ou amostras de óleo lubrificante e podem, nem sequer, estar na rota de lubrificação ou na programação de manutenção preventiva. O que se requer para que essas táticas de manutenção sejam bem sucedidas, ao invés disso, são inspeções hábeis, regulares, de fácil compreensão e frequentes. Muitas organizações têm descoberto o valor de selecionar inspeções que conjugam tempo e qualidade, por empregar técnicas de monitoramento de condição baseada nos órgãos sensoriais em detrimento de complexas técnicas baseadas em instrumentos. Podemos chamar essas inspeções de inspeções rápidas. As máquinas e os lubrificantes revelam problemas. Porém, dessemelhante de pessoas que têm habilidades verbais, as máquinas se comunicam através de “linguagem de sinais” para informar que estão avariadas ou que foram invadidas por materiais estranhos. Reconhecer, no entanto, os sinais e sintomas que as máquinas transmitem demanda habilidades daqueles que trabalham na manutenção de equipamentos móveis e industriais, requerendo o desenvolvimento dessas habilidades treinamento, prática e, principalmente, motivação.

Os citados conceitos são facilmente verificáveis no setor de aviação, visto que as aeronaves das companhias tradicionais, ao pousarem em aeroporto, passam por um conjunto de inspeções rápidas de manutenção, tais como análise visual em busca de avarias na fuselagem e presença de corpos estranhos no interior das turbinas, verificação da condição e pressão dos pneus, estado externo do trem de pouso etc. As inspeções rápidas de manutenção de equipamentos móveis e industriais são operações críticas que podem ser comparadas a fotografias instantâneas de alta resolução da condição da máquina e do lubrificante. Assim como fotografias de qualidade necessitam ser tiradas por fotógrafos experientes e capacitados, as inspeções rápidas de manutenção de maquinários móveis e industriais necessitam ser conduzidas por operadores, técnicos e supervisores de manutenção, mecânicos lubrificadores ou outros profissionais que tenham acesso frequente às máquinas. Check-lists são extremamente úteis nas tarefas de inspeções rápidas, podendo ser incorporados aos softwares de manutenção ou, mesmo, afixadas no maquinário ou próximo a ele. A variedade de inspeções rápidas variará

Foto 1 - Inspeção sensorial em equipamento móvel

Foto 2 – Inspeção rápida em aeronave

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consideravelmente segundo o tipo da máquina e de como ela se encontra equipada para as atividades de inspeção. Lista-se, a seguir, alguns tipos de inspeções rápidas: Verificação da temperatura do equipamento O toque (devem ser obedecidas as questões de segurança), medidores de temperatura, termômetros à distância serão úteis em se determinar operação da máquina em temperaturas superiores às normalmente encontradas. Há uma grande variedade de causas para elevação de temperatura de operação em equipamentos mecânicos móveis e industriais, entre as quais podemos citar: lubrificante inadequado, degradado ou contaminado, aeração do óleo lubrificante, formação de vernizes etc.

Foto 4 - Medição de temperatura com termômetro à distância

Volumes de óleo lubrificante A inspeção pode ser feita por meio de indicadores de nível, visores, varetas de nível, janelas de visita e lubrificadores de nível constante. Pequenas variações no volume de óleo devem ser motivo de atenção. Verificações da pressão de óleo lubrificante

Foto 3 – Técnico realizando inspeção rápida utilizando-se de check-list

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Utilizando-se medidores ou transdutores de pressão em múltiplos pontos, pode-se verificar variação de


Foto 5 - Visor de nível

Foto 9 - Filtros dessecantes e de particulados

Fotos 10 - Inspeção visual do aspecto do óleo lubrificante

Foto 6 - Pressão do óleo lubrificante no sistema de lubrificação

pressão do óleo lubrificante no sistema de lubrificação provocada por mudanças na temperatura de operação, viscosidade, restrições ao escoamento, aeração etc. Inspeções de filtros de óleo lubrificante A verificação da pressão de restrição delta-P e da abertura da válvula by-pass pode indicar se o filtro de óleo lubrificante ainda está em condições de uso. A obstrução prematura de filtros de óleo lubrificante sempre tem um importante motivo a ser investigado. Indicadores bs&w (bottom sediment and water)

Foto 7 - Verificação da pressão delta-P de restrição do filtro de óleo lubrificante

Por coletar amostras de fundo do cárter ou reservatório de óleo lubrificante do equipamento, ou por exami-

Foto 8 - Indicador BS&W

Foto 11 - Vazamento de óleo lubrificante em visor de nível

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Foto 12 - Formação de espuma em óleo de turbina

Foto 14 - Superfície externa de máquina e pinos graxeiros sujos

nar acúmulo anormal de sedimentos e água no indicador BS&W (borras, resíduos de desgaste, água livre, biomassa e outros contaminantes), será possível ter uma boa ideia da condição de operação do maquinário.

velocidade, eixos traseiros, caixas de mudança e sistemas circulatórios sejam instalados filtros dessecantes e de particulados.

Ventilação do equipamento Inspecione a condição dos tubos de ventilação verificando se ocorre emanação de gases, vapores ou fumaça. É de grande importância que nos tubos de ventilação dos sistemas hidráulicos, redutores de

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Inspeções visusais do aspecto do óleo lubrificante Analisar aspecto do óleo lubrificante por meio da coleta de amostras ou nos visores de nível, indicadores BS&W, lubrificadores de nível constante etc., verificando coloração, limpidez, insolúveis, materiais em suspensão, aeração, espuma, emulsões, manchas etc.


Sujidades na parte externa da máquina Máquinas com sujidades depositadas na parte externa têm grande probabilidade de vir a ter contaminação do lubrificante. Manter as superfícies externas das máquinas em condições satisfatórias de limpeza é excelente ferramenta no controle da contaminação dos lubrificantes. Ruídos anormais Foto 13 - Tubo de ventilação desprotegido

Vazamentos É bastante útil a utilização de lanterna potente para inspeção de vazamentos em retentores de eixos e atuadores, gaxetas, acessórios, uniões, janelas de visita, mangueiras etc. Vazamentos repentinos e em múltiplos pontos são causados, frequentemente, por mudança no estado do óleo lubrificante. Inspeções da superfície do fluido e do espaço livre no reservatório A inspeção do reservatório de óleo lubrificante através da bocas de visita e bocais de enchimento é excelente para detectar a presença de espuma, verniz, borra, corrosão, agitação etc. Pontos de entrada de contaminantes É muito válida a inspeção de potenciais pontos de ingresso de sujidades e umidade, tais como: tubos de ventilação desprotegidos (sem filtros dessecantes e de particulados), janelas de visita e bocais de enchimento mal vedados etc.

As máquinas emitem uma série de sinais audíveis, alguns normais e outros preocupantes, tais como estalos, sons de superfícies em atrito etc. Instrumentos simples como chave fixa, barra metálica, mangueira de jardim ou estetoscópio podem ser utilizados para auscultar a máquina e identificar a fonte do ruído anormal. Coloração e condição da graxa Verifique a condição e coloração da graxa que exsuda dos mancais de rolamento através dos retentores dos eixos, verificando coloração, consistência e condição anormais. Por adotar-se a prática de efetuar inspeções rápidas com profissionais treinados para esses serviços de manutenção será possível detectar-se, com baixo custo de investimento, sinais incipientes de avarias que talvez não fossem detectadas em tempo hábil através de outros métodos de manutenção preditiva, que são realizados em intervalos de tempo mais espaçados. As inspeções rápidas, obviamente, não substituem os métodos tradicionais de manutenção preditiva como a análise de vibração, análise termográfica, análise por ultrasom, análise de óleo em uso etc. e são práticas complementares a elas. Por serem de rápida realização, de baixo custo e poderem ser realizadas por mecânicos lubrificadores, operadores de máquina, mecânicos de manutenção etc., constituem valioso instrumento na prevenção de falhas catastróficas em equipamentos mecânicos móveis e industriais, permitindo que a manutenção do maquinário possa ser feita em tempo e poupando-se, dessa forma, valiosos recursos por se evitar a perda do bem mais precioso em sistemas mecânicos móveis ou industriais, a disponibilidade do equipamento.

Marcos Thadeu Giacomini Lobo é Engenheiro Foto 15 - Análise de graxa que exsuda de mancal de rolamento - Técnico auscultando ruído com estetoscópio

Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras Distribuidora S.A.

19


Análise Tribológica de uma transmissão de turbina de energia eólica Por: Carlos Mussato

P

ara determinar os problemas inerentes ao desgaste pelo uso de um equipamento como uma caixa de transmissão de uma torre de energia eólica, usam-se os métodos GRC (Gearbox Reliability Collaborative) e CM (Condition Monitoring). Trata-se de métodos padronizados para avaliar a influência de grandezas físicas como Vibrações e Forças, e de análises não destrutivas como a Diagnose do lubrificante utilizado na transmissão. Este artigo propõe uma análise completa e sequencial de como fazer a avaliação do desgaste do equipamento, de maneira a obter os melhores resultados de ganhos com a redução do custo de manutenção, haja vista os valores altos de investimentos que justificam manter o aparelho sob controle e observação constantemente, evitando-se trocas prematuras e paradas de serviço. A análise do lubrificante utilizado, bem como novas técnicas de predição de falhas nas transmissões de energia eólica, são discutidas e analisadas neste trabalho, a fim de, não somente concluir sobre a eficiência dos métodos utilizados, como também propor e alertar os especialistas e profissionais da área sobre o panorama real de uso dos equipamentos e das tendências em métodos de predição de falhas e novas tecnologias para esse objetivo. Podem-se visualizar os dispositivos e ajustes para a medição dos esforços de tensão dos componentes críticos à fadiga como o eixo principal da transmissão, mostrado acima. A importância em se determinar os valores máximos de tensões para ruptura e fadiga do componente reside no fato de se determinar, dessa maneira, as manutenções preventivas do equipamento, com o objetivo de se agir com medidas de contenção antes da danificação do componente, haja vista seu alto valor agregado à funcionalidade e eficiência do equipamento.

20

Por meio da análise do óleo lubrificante, pode-se prever o ponto de parada do equipamento para manutenção, pelo levantamento do tamanho e da quantidade de particulado de ferro e da morfologia das partículas encontradas no óleo. Essa é uma técnica de manutenção preditiva que se torna fundamental para o ciclo de vida de um equipamento de altíssimo valor agregado como uma transmissão de energia eólica (Fig 1). As formas de medições utilizadas são as chamadas “Análises individuais de componentes” e requerem equipamentos e instrumentações específicas para serem realizadas. Em geral, são necessárias avaliações individuais de componentes, para se estabelecer uma relação com os resultados das análises não destrutivas realizadas nas manutenções preventivas dos equipamentos, como a análise de óleo lubrificante, por exemplo. Para essas análises, não são necessários bancos de teste (Fig 2), que devem ser feitos com o intuito de avaliar a confiabilidade do equipamento como um todo. São as chamadas análises de bancos de teste (Gearbox Reliability Collaborative).

Figura 1


Figura 2

Das falhas e variáveis que se podem obter de um banco de testes, destacam-se: 1. Análise de ondas de tensão; 2. Análise de vibrações; 3. Monitoramento de sujidade ou particulado do óleo lubrificante; 4. Monitoramento das condições de lubrificação. Como as duas primeiras análises acima dependem totalmente do banco de testes equipado com dinamômetro e, portanto uma análise de alto custo laboratorial, este trabalho enfatiza e concentra-se nos benefícios das duas últimas análises, que não dependem de um banco de testes e podem, com grande assertividade, fornecer dados importantes para tomadas de decisões sobre a manutenção e estado de uso do equipamento “torre de energia eólica com transmissão por engrenagens”. Para que as análises das amostras de lubrificante das transmissões tivessem relevância estatística, foram medidas 4 transmissões, sendo 3 amostragens de cada uma, portanto 12 amostragens igualmente espaçadas em 6 meses para as respectivas coletas. Os resultados dos testes de análise de óleo foram confrontados com os ensaios de visualização microscópica da superfície dos dentes das engrenagens da transmissão. É importante salientar que o estado de erosão metálica causada pelo fenômeno de pitting nos flancos dos dentes não é atributo de um lubrificante ineficiente ou fora da especificação, mas de uma condição de lubrificação que deve ser melhorada e adequada às condições de severidade do equipamento, fato que contribui para o avanço das pesquisas no sentido de encontrar uma tecnologia de lubrificação que aumente a expectativa de vida útil dos equipamentos ou torres eólicas, reduzindo assim diretamente os custos com geração de energia elétrica e aumentando a rentabilidade das companhias concessionárias dessa tecnologia sustentável de energia.

Apresentamos neste estudo um panorama dos desgastes de flancos dos dentes das engrenagens (região abaixo do Diâmetro primitivo) e que podem ser diretamente associada ao tipo de lubrificante utilizado (Fig 3). As profundidades de erosão dos flancos analisados chegam a 0,0450 mm e são, portanto, bastante severas. Todo ensaio ou teste deve reproduzir-se de acordo com uma norma ou padrão. Para tanto, o quadro 1 mostra cada um dos ensaios e respectivas normas vigentes, que devem ser enunciadas em um relatório oficial, quando da análise dos componentes da transmissão. Foi observado que todos os tipos de lubrificantes tiveram sua atuação limitada no tocante à formação de pitting ou erosão superficial dos flancos dos dentes das engrenagens da transmissão. Esse fato deve-se à severidade de uso, com exposição ao ambiente salino, particulado em suspensão, vibração, defeitos no sistema de lubrificação e, por fim, a problemas relativos aos materiais (aços) e seus tratamentos térmicos de endurecimento. No final deste trabalho, apresentamos uma conclusão em relação à proposição tecnológica e de métodos para aumentar a durabilidade do acabamento superficial dos flancos dos dentes das engrenagens da transmissão eólica. Esta proposição deve ser atentamente realizada para um equipamento novo, de modo a dar a devida proteção ao componente ‘engrenagem’ antes do fenômeno de erosão superficial ocorrer.

Figura 3 - Pinhão de saída Desgaste por abrasão - Scuffing (1), Engrenagem de saída Desgaste por abrasão - Scuffing (2), Pinhão Solar Desgaste por corrosão - Fretting (3) e Engrenagem Planetária Desgaste por corrosão - Fretting (4)

Partindo-se de um quadro de falhas muito bem claro e definido, podem-se estabelecer planos de ações com foco em “revestimentos metálicos” nas partes em que ocorrem desgaste, trinca, fratura e deformação, e em “tratamentos termoquímicos” nos componentes com dentea21


Testes

Viscosida de(cSt) 40ºC

ASTM Nr.

Turbina A

Turbina B

Turbina C

Turbina D

Referência Média

Ruim Am. 1 Am. 2 Am. 3 Am. 1 Am. 2 Am. 3 Am. 1 Am. 2 Am. 3 Am. 1 Am. 2 Am. 3 Atenção nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11 nov/11 abr/11 set/11

Ruim

%mudança

D445 324

307

308

328

326

325

324

324

318

322

323

322

100ºC

33,4

32,4

32,1

34

33,9

33,4

32,6

33

32,7

33,3

33,2

32,9 >10 >20

Índice viscosidade

145

147

145

147

147

145

141

143

144

146

145

143

Karl Fischer D6304 494 (ppm)

173

787

312

442

731

1102

495

821

504

450

890 >500 >1000 (600)

TAN (mgKOH/g oil) D664 3,1

2,1

3,1

1,5

1,5

1,9

3

2,2

2,8

3

1,9

2,5

31

39

63

37

39

26

20

19

17

13

15 75-100 >200

30 2

321 33 145

%Aum %Aum

40

75

2

ICP (ppm) D5185 Fe(desg)

38

Cu(desg)

2

2

2

4

3

3

2

2

2

1

1

1

Si(Contam)

13

10

6

10

7

3

12

9

3

13

8

3

-

-

8

Mo(Adit)

847

845

1040

152

330

354

717

813

852

811

683

765

-

-

684

Ca(Adit)

13

14

19

2

5

6

11

11

14

19

15

23

-

-

13

Zn(Adit)

1150

1246

1673

1145

1137

1290

1036

1069

1184

1202

1038

1271

-

-

1203

P(Adit)

1142

1243

1200

1022

1022

813

1060

1041

812

1240

1040

908

-

-

1045

50-75 >20

Quadro 1

do interno e externo. Os revestimentos metálicos podem ser aplicados pelo processo de aspersão térmica, com camadas espessas que podem agregar rigidez aos eixos e carcaça que apresentam deterioração prematura. As novas aplicações tecnológicas oriundas do mundo moderno demandam inovações no campo da engenharia de superfície, materiais e lubrificantes, que sugerem mudança de concepção. Isso significa fazer a mesma função com princípios totalmente diferentes e eficientes. Nesse campo, surgem as surfactant molecules ou moléculas com princípios ativos oriundos da nanotecnologia. Essa concepção prevê a adsorção das partículas de desgaste às moléculas de ação de proteção metálica, ou seja, a molécula com função protetiva ‘alimenta-se da energia de atrito’ gerada pelo contato metálico, influenciado por deslizamento superficial, pressão de contato e consequente temperatura de operação. Além disso, há um segundo fator extraordinário no comportamento

das moléculas nanomanufaturadas chamado Self-Assembly, ou seja, o arranjo atômico da ordem de 50nm (nanômetros) trabalha de forma inteligente no tocante ao posicionamento de cada partícula da solução fluida, apresentando memória de posição e fazendo com que a camada protetiva se autoajuste frente ao caos da operação em ocorrência. Esse fenômeno chama-se SAM (Self-Assembly-Monolayer) e somente é possível ocorrer quando há presença de metamateriais, ou seja, moléculas fabricadas no conceito da nanotecnologia e, portanto, de tamanho ínfimo da ordem de 10-9m (metros), ou 0,000.000.00X mm (milímetros). Essa camada diferenciada protege a superfície, tanto para redução do desgaste por abrasão e adesão como também quanto à corrosão metálica. Propõe-se, portanto, o uso de metamateriais à lubrificação crítica ou limítrofe, em que toda a capacidade lubrificante é necessária para aumentar a vida útil de equipamentos de alto valor agregado e, sobretudo, que demandam funcionamento intenso, dada a dificuldade de manutenção e consequências da suspensão dos serviços para a população e meio ambiente. Resumo das análises de falhas

Figura 4

22

1 - Da origem dos defeitos • Cargas não previstas; • Projeto subdimensionado;


• Concepção prática inadequada; • Ciclo de testes insuficiente/inadequado. 2 - Dos picos de carregamento ou forças • Desalinhamento entre portador planetário e engrenagem interna anelar em função da folga operacional do rolamento do planetário; • Desbalanceamento do compartilhamento de carga entre os rolamentos do planetário e as engrenagens do portador, a favor e contra o vento; • Deflexão do pino do planetário e portador com existência de folga radial. 3 - Das análises no banco de testes GRC (Gearbox Reliability Collaborative) • Causas simples podem levar a danos complexos; • Melhorias operacionais e de manutenção são necessárias para reduzir as perdas de lubrificante por vazamento; • Atenção especial na montagem é necessária para evitar danos ao equipamento. 4 - Da eficiência e importância da lubrificação • O custo da análise de lubrificante frente ao custo da reposição do equipamento é extremamente significativo. Implantar análise por amostragem sistematicamente; • As análises morfológica e de tamanho de partículas é extremamente importante para a detecção dos modos de falha da transmissão e devem estar conectada com as análises dos bancos de testes e a análise individual dos componentes, como já visto no início deste trabalho; • A demanda de severidade de uso deste equipamento vai além do uso de lubrificantes full synthetic como

PAO e afins. Deve-se propor a inclusão combinada de novos conceitos como a nanotecnologia aplicada à lubrificação de equipamentos novos e com pouco uso, para prolongar a vida útil (Vide tópico sobre metamateriais) • A otimização do projeto deve ser feita com engenharia reversa, de forma a mitigar os vazamentos oriundos de desalinhamento de componentes ou de avarias causadas na operação e até na montagem do equipamento, haja vista a dificuldade de manutenção causada por localidade e ambiente severo de operação. Sumário das proposições importantes 1 - Transmissões de turbinas eólicas podem falhar por inúmeros e não previsíveis motivos. É urgente estudar os modos de falha sistematicamente, de modo a implementar melhorias significativas na vida útil do equipamento, considerando manutenção, lubrificação, projeto, transporte e montagem; 2 - As técnicas e métodos usados e aprovados para um nicho de aplicação podem falhar em outra aplicação. É necessário catalogar cada detalhe da operação com esse tipo de equipamento para obter sucessos progressivos na redução do custo com geração de energia.

Eng. Carlos Mussato é Engenheiro de Produção Sênior e sócio-diretor da MSC&Co Strategic Consulting

23


mercado de lubrificantes está mudando. E essas mudanças, impulsionadas pela evolução, pelas necessidades e expectativas do mercado, vêm criando desafios sem precedentes para os formuladores de lubrificantes. As formulações atuais de lubrificantes acabados devem atender aos complexos requisitos e especificações de performance estabelecidos pelos fabricantes de equipamentos originais (Original Equipment Manufacturers - OEM) e, ao mesmo tempo, estar em conformidade com regulamentações globais mais rígidas. Esses lubrificantes devem fornecer melhor proteção ao equipamento e excelente performance, ao mesmo tempo em que promovem a economia de combustível e reduzem as emissões de poluentes. O mercado automotivo exige lubrificantes com viscosidade mais baixa, maior fluidez em baixa temperatura, melhor estabilidade térmica, oxidativa e de cisalhamento, bem como volatilidade reduzida durante intervalos de troca mais longos. Juntamente com esses recursos, os lubrificantes industriais precisam fornecer melhor estabilidade hidrolítica e maior capacidade de liberação do ar. As tendências para fabricação de equipamentos menores, com saída de energia mais alta e tempo de funcionamento da máquina mais longo, geram condições de operação cada vez mais quentes e mais severas, que exigem cada vez mais dos lubrificantes.

Noack W1%

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O

Soluções em bases sintéticas para os lubrificantes de amanhã crescimento da população e da demanda de energia. O “Outlook for Energy” também estima que o número de veículos leves do mundo dobrará de aproximadamente 800 milhões para cerca de 1,7 bilhão. Os esforços globais para conservar energia e reduzir os gases do efeito estufa são críticos para o futuro, e os governos continuam restringindo as regulamentações. Soluções de óleos básicos sintéticos Para vencer esses desafios, os formuladores de lubrificante precisam desenvolver produtos inovadores e de baixo consumo de energia, e é por esse motivo que muitos deles mudaram para o amplo portfólio de óleos básicos de tecnologia avançada disponíveis na ExxonMobil Chemical. 15

Mistura Noack x CCA a -35 ºC

13 11 09 07 1000

2000

3000

4000

5000

6000

CCS a -35 ºC, cP

Eficiência energética O que está impulsionando essas tendências? Principalmente a necessidade de mudar o crescimento global de demanda de energia. De acordo com o “Outlook for Energy”, da ExxonMobil, a população mundial até 2040 aumentará em dois bilhões de pessoas. A China e a Índia, os países mais populosos do mundo, serão responsáveis por grande parte do 24

Parâmetros de óleo básico são: - Viscosidade - 5 cSt - Noack <12C - CCS <3600

Óleo básico 0W-30 ideal SpectranSyn PlusTM e SpectranSynTM 6 SpectranSyn PlusTM e Grupo III Grupo III, 4 e 6 cSt Fonte: dados da ExxonMobil

Figura 1 - Mistura Noack vs. CCS a -35 °C – Método de teste: ASTM D5293


Polialfaolefinas

Carga total FZG

2

=6

88 Eficiência, %

Região de contato com alto deslizamento

87 86 85

=5

Melhor

Teste de eficiência de engrenagem sem-fim

Deslize para a região de contato giratória

200 400 1200 Velocidade rotacional, RPM Potência dos rolamentos axiais esféricos - 7000N região de contato giratória

3 Potência (W)

40

ISO 320

ISO 460

1 - SpectranSyn EliteTM 150 2 - ISO VG 320 com mPAO 3 - ISO VG 220 com mPAO

30

Melhor

1

% de eficiência

Essas soluções em bases sintéticas podem ajudar a aumentar a eficiência energética dos lubrificantes finais automotivos e industriais reduzindo o atrito – uma causa significativa de perda de energia – em comparação com os lubrificantes formulados com óleos básicos minerais. Por causa de sua estrutura molecular, os óleos básicos sintéticos, como as polialfaolefinas (PAOs), ajudam a reduzir a tração nos lubrificantes acabados, minimizando o atrito. Dessa forma, permitem que os fabricantes de lubrificantes forneçam a eficiência energética que seus clientes precisam. Os óleos básicos sintéticos também ajudam a fornecer durabilidade. Os lubrificantes que podem manter o grau de viscosidade e a resistência do filme por mais tempo não precisam ser substituídos frequentemente – uma qualidade essencial no mercado atual.

20 10 0

200 600 1000 1400 Velocidade rotacional, RPM

1 - Óleo Mineral 2 - ISO VG 320 com óleo mineral 3 - ISO VG 220 com óleo mineral

Fonte: dados da ExxonMobil As PAOs convencionais comproFigura 2 - “Teste de eficiência de engrenagem sem-fim”, “Carga total FZG” e “Potência varam durante anos que podem ajudar dos rolamentos axiais esféricos – 7000 N” a melhorar as propriedades dos lubrificantes acabados nas principais áreas de performance, SpectraSyn Plus™ PAO para obter suas metas ideais de como fluidez em baixa temperatura e longos intervalos de qualidade. A flexibilidade da mistura e performance apritroca, quando comparadas aos óleos de base mineral. A morada fornecidas pelo SpectraSyn Plus™ PAO fazem ExxonMobil Chemical oferece um avanço em relação às dele uma solução poderosa para os desafios que os formuladores enfrentam hoje em dia (Figura 1). PAOs com o seu SpectraSyn Plus™ PAO . Por meio de sua baixa viscosidade, baixa volatilidade e fluidez em baixa temperatura, o SpectraSyn Plus™ Polialfaolefinas de metaloceno PAO é uma excelente solução para os formuladores que Por meio de um processo patenteado de catálise do se esforçam para atender às regulamentações governamentais que exigem melhor economia de combustível e metaloceno, a ExxonMobil Chemical ainda desenvolveu ouemissões mais baixas. Para atingir essas metas, os for- tra solução para os formuladores que se esforçam em atenmuladores mudaram o foco para a mistura de óleos de der às demandas atuais e futuras: o SpectraSyn Elite™ de viscosidade mais baixa e mais duradouros. O SpectraSyn polialfaolefina metaloceno (mPAO). Esse inovador óleo báPlus™ PAO pode ajudá-los nesse desafio, fornecendo sico sintético possui todos os recursos das PAOs convenpropriedades como menor volatilidade e melhor fluidez cionais de alta viscosidade, mas com índice de viscosidade em baixa temperatura em comparação com as PAOs pa- mais alto, melhor estabilidade de cisalhamento e melhores propriedades em baixa temperatura. drão de baixa viscosidade. Essas características aprimoradas ajudam os formulaO SpectraSyn Plus™ PAO também proporciona aos formuladores a flexibilidade de melhor custo-benefí- dores a atingir excelente performance em uma ampla faixa cio. Eles podem misturar um óleo de motor 0W-30, por de temperaturas. O SpectraSyn Elite™ oferece melhor eficiexemplo, com os óleos básicos do Grupo III junto com o ência energética e melhor fluidez na partida a frio, bem como

25


Óleo de grau 5W-30 Teste

Mistura de 75% de PAO Mistura de 75% de PAO 10% de Synesstic TM 5 10% de poliol éster(1) 15% de pacote de aditivo(2) 15% de pacote de aditivo(2)

Sequência de IVA Desgaste, µm

517

147

Sequência de VIB FEI de fase 1(3) %

1,0

1,3

(1)

Éster TMP C8C 10 O pacote de aditivo não contém modificador de atrito (3) Índice de eficiência de combustível (2)

Fonte: dados da ExxonMobil

Figura 3 - Resultados do teste com óleo de grau 5W-30

Naftaleno alquilado Como os equipamentos atuais estão menores e funcionam sob altas temperaturas, o que aumenta a oxidação e pode levar à corrosão e ao espessamento do óleo, os formuladores precisam de óleos básicos que forneçam estabilidade térmica e oxidativa, ao mesmo tempo em que mantenham a proteção do rolamento e da vedação. Eles também desejam um óleo básico com excelente solvência para reduzir depósitos de sedimentos no motor. Para ajudar com essas exigências, a ExxonMobil Chemical oferece o Synesstic™ de naftaleno alquilado (AN). O Synesstic™ AN fornece solubilidade excepcional, ao mesmo tempo em que minimiza a concorrência com a superfície metálica, permitindo que os aditivos polares funcionem em ótimos níveis nos lubrificantes acabados, o que pode melhorar a durabilidade e a eficiência. Esse aumento da durabilidade ajuda a estender os intervalos de troca, prioridade para os formuladores atuais (Figura 3). Compromisso com soluções

26

Por meio de um dos mais abrangentes portfólios do setor de óleos básicos dos Grupos IV e V disponíveis comercialmente, a ExxonMobil Chemical continua com o compromisso de fornecer aos formuladores as soluções flexíveis que eles precisam para criar lubrificantes inovadores para um mercado em evolução. Além disso, a empresa demonstra seu compromisso com um investimento significativo nas instalações de produção, o que garante o suprimento global confiável dos óleos básicos sintéticos de alta qualidade. Com a garantia de registros globais do produto e as certificações de especialidades, os formuladores podem usar esses óleos básicos sintéticos com confiança, sabendo que seus produtos finais estão em conformidade com as regulamentações globais. Fundamentalmente, a ExxonMobil Chemical oferece um conjunto completo de soluções que dão suporte aos clientes hoje em dia e os prepara para o futuro.

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longos intervalos de troca e maior durabilidade dos produtos para garantir a proteção contra o desgaste. Com sua excepcional flexibilidade de mistura, o SpectraSyn Elite™ mPAO pode ser usado em combinação com fluidos de viscosidades mais baixas, como os óleos de PAO e minerais, para atingir uma ampla matriz de lubrificantes e graxas automotivos e industriais (Figura 2).


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27


O mercado em foco LUBES EM FOCO apresenta os números do mercado brasileiro de lubrificantes referentes ao 1º semestre de 2015, fruto de pesquisa realizada pela Editora Onze junto aos principais agentes do mercado e órgãos legisladores. As dificuldades para uma precisão continuam a existir, uma vez que ainda não há uma consolidação dos números de todos os produtores.

O mercado brasileiro de lubrificantes no 1º semestre de 2015 Mercado Total Óleos Lubrificantes:

694.000 m3

Produção Local: Automotivos: Industriais:

698.000 m3 487.900 m3 210.100 m3

Óleos Básicos: Mercado Total:

Mercado Total Graxas:

444.730 m3 332.648 m3 112.082 m3

Produção Local: Refinarias: Rerrefino:

219.600 m3 35.700 m3

Importação: Exportação:

11.500 m3 15.500 m3

Importação de óleos acabados: Exportação de óleos acabados:

628.649 m3

25.500 t

Fonte: ANP, Aliceweb, Sindicom, Petrobras e Pesquisa Lubes em Foco

Obs: Os óleos de transmissão, de engrenagens e os óleos básicos vendidos à indústria estão incluídos no grupo dos industriais

* Não considerados óleos brancos, isolantes e a classificação “outros”.

Mercado SINDICOM1 •Comparativo 2015/2014 por região (período jan-jun) Mil m3

Análise comparativa por produtos

320

2014 2015

450 400

Total de lubrificantes por região

Mil m3

280

420.175

240

300

200

250

160

200

113.602

109.643

21.626

0

GRAXAS (t)

80

INDUSTRIAIS

AUTOMOTIVOS

120

177.725

166.941

150

50

2014 2015

304.938

412.478

350

100

302.139

86.905

61.781

40 20.740

0

44.315

SUL

SUDESTE

61.440

44.105

NORTE

NORDESTE

CENTRO OESTE

Lubrificantes industriais por região

Mil m3

Lubrificantes automotivos por região

Mil m3

210

2014 2015 186.630

180

2014 2015

120

181.082

114.281

105 150

90

75 60 85.565

84.079

60

65.215

45

65.698 47.587

30 0

105.420

90

120

35.178

SUL

SUDESTE

46.136

35.482

NORTE

30 23.622

15 NORDESTE

CENTRO OESTE

0

21.403

18.842 7.914

SUL

SUDESTE

22.280 11.144

7.390

NORTE

1. O SINDICOM é composto pelas seguintes empresas: Ale, BR, Castrol , Chevron, Cosan, Ipiranga, Petronas, Shell, Total e YPF.

28

90.818

NORDESTE

12.372

CENTRO OESTE


Participação de Mercado de óleos 1º Sementre de 2015

8,0%

26,0%

15,5% 1,7% 1,9% 2,1%

13,8%

8,2%

8,4% 8,7%

Participação de Mercado de Graxas 1º Sementre de 2015

13,6%

BR Ipiranga Mobil Shell Chevron Petronas Castrol YPF Total Lubrif. outros

7,5%

19,3%

8,3% 16,6% 12,0%

13,8%

14,5%

BR Chevron Ipiranga Petronas Ingrax Shell Cosan/Mobil Outros

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no site da revista, no endereço www.lubes.com.br, no item do menu SERVIÇOS / MERCADO.

29


Programação de Eventos Internacionais Data

Evento

2015 Outubro, 10 a 13

CLGI Biannual Grease Conference - Guangxi - China: e-mail: 13821202098@163.com

Outubro, 17 a 20

ILMA Annual Meeting - Flórida, Estados Unidos: www.ilma.org

Novembro, 17 a 19

ELGI Grease & Lubricants Forum - Amsterdã - Holanda: www.elgi.org

Dezembro, 3 a 4

11th. ICIS Pan American Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey : www.icisconference.com/panambaseoils

Nacionais Data

Evento

2015 Setembro, 15 a 16

25º Congresso & Expo Fenabrave - São Paulo - SP: www.congresso-fenabrave.com.br

Outubro, 27

VIII Simpósio AEA de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos - São Paulo - SP; www.aea.org.br

Novembero, 9 a 13

Fenatran: 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga - Anhembi - São Paulo: www. fenatran.com.br

Cursos Data

Evento

2015 Setembro, 21 a 25

Gestão da Manutenção - Classe Mundial - Belo Horizonte - MG: www.abraman.org.br

Setembro, 26

Princípios de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) - São Paulo - SP: www.inkemiabrasil.wordpress.com

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

ERRATA

Na edição anterior (nº48) a matéria T ransmissões Automática: Fluidos Especiais foi publicada com a foto errada do autor e sua qualificação anterior. Pedimos desculpas ao Engenheiro Carlos Mussato, que também nos prestigia nesta edição com a matéria Análise Tribológica de uma transmissão de turbina de energia eólica , à página 20, agora como sócio diretor da MSC&Co Strategic Consulting. 30


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