BRANDing ESPORTE CLUBE, A NOVA MARCA DA ÁGUIA CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Carlos Eduardo Antunes de Moura Lucas Mathias Machado São José dos Campos 2013
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Carlos Eduardo Antunes de Moura Lucas Mathias Machado
BRANDing ESPORTE CLUBE, A NOVA MARCA DA ÁGUIA
Trabalho de Conclusão da Especialização em Design Gráfico apresentado ao Departamento de Pós-Graduação do SENAC, Campus São José dos Campos. Orientadora: Prof. Msc. Vinie Pedra Jorge
São José dos Campos 2013
M929b
Branding Esporte Clube, a nova marca da águia. / Carlos Eduardo Antunes de Moura; Lucas Mathias Machado. – São José dos Campos, 2013. 96 f.;Il.;Color. Orientador: Vinie Pedra Jorge.
MOURA, Carlos Eduardo Antunes de MACHADO, Lucas Mathias
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Design Gráfico) – Senac, São José dos Campos, 2013.
1.Branding 2.Gestão de marcas 3.Identidade visual 4. Esporte 5.São José dos Campos 8.Esporte I.JORGE,Vinie Pedra (orient) II.Título CDD 741.6
Carlos Eduardo Antunes de Moura Lucas Mathias Machado
BRANDing ESPORTE CLUBE, A NOVA MARCA DA ÁGUIA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Senac-Campus São José dos Campos, como exigência parcial a obtenção do grau de especialista em Design Gráfico. Orientadora: Prof.Msc. Vinie Pedra Jorge
A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em _____/_____/ _____ , considerou o(a) candidato(a):
Prof. Msc. Vinie Pedra Jorge Presidenta da banca- Senac
Prof. Msc. Regiane Aparecida Caire Examinadora da banca - Senac
Prof. Dra. Solange De Faria Zandonadi Examinadora da banca - Senac
BRANDing ESPORTE CLUBE, A NOVA MARCA DA ÁGUIA
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resumo Este trabalho busca compreender e apresentar de maneira concreta, os elementos presentes no branding desportivo e suas relaçoes com a paixão pelo futebol. Apresenta-se um panorama macro da situação de times de renome demonstrando-se como estes superaram dificuldades, e se posicionaram nacional e internacionalmente. Para tanto, é indispensável o entendimento das metodologias de gestão de marca e como estas foram aplicadas dentro da realidade dos clubes. Todo o processo de pesquisa e analise tem como intuito a busca pela ativação de uma nova identidade visual, haja vista a mesma ser a representação de um ideal, um produto ou serviço, precedido pelo cliente potencial. Pretende-se com o estudo apresentado, não somente recuperar a reputação do clube, mas reacender a paixão pelo azul, amarelo e branco da Águia do Vale. Palavras chave: branding, gestão de marcas, esporte, São José dos Campos.
Abstract This paper seeks to understand and present a concrete way, the elements present in sports branding and its relations with the passion for football. It presents an overview of the macro situation demonstrating renowned teams as they overcame difficulties and positioned themselves nationally and internationally. Therefore, it is essential to the understanding of brand management methodologies and how they were applied within the reality of the clubs. The whole process of research and analysis has the intention to search for activation of a new visual identity, be given the same representation of an ideal, a product or service, preceded by the potential customer. The intention of the study presented, not only to recover the reputation of the club, but rekindle the passion for blue, yellow and white of the Águia do Vale. Keywords: branding, brand management, sport, São José dos Campos.
Lista de figuras
Figura 01 Evolução do brasão do Sport Clube Corinthians Paulista......19 Figura 02 “Passaporte” da República Popular do Corinthians...............20 Figura 03 Esporte Clube Taubaté.....................................................................39 Figura 04 Guatinguetá Esporte Clube.............................................................39 Figura 05 Jacareí Atlético ClubE.....................................................................39 Figura 06 Primeira Camisa Futebol Clube.....................................................39 Figura 07 São José Rugby................................................................................. 40 Figura 08 São José dos Campos Basquetebol............................................ 40 Figura 09 Associação Esportiva São José................................................... 40 Figura 10 Evolução cronológica da identidade do clube francês Nice.40 Figura 11 Construção da nova identidade......................................................41 Figura 12 Comparativo identidade visual anterior e atual do Roma......41 Figura 13 Imagens brandbook da nova identidade do Boca....................42 Figura 14 Identidade atual São José Esporte Clube..................................43 Figura 15 Distorções encontradas nos elementos de identidade..........43 Figura 16 Primeiro emblema do clube, ainda como Formigão do Vale.43 Figura 17 Emblema proposto durante fusão ...............................................43 Figura 18 Evolução do mascote da Águia do Vale. ................................... 43 Figuras 19, 20, 21 Evolução do processo criativo.................................... 50 Figura 22, 23, 24, 25 Desdobramento do conceito criativo................... 51 Figura 26 Nova dentidade visual.......................................................................51
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Lista de gráficos
1- Frequência de idas dos torcedores ao jogos........................................... 37 2 - As principais causas da atual crise do São José Esporte Clube.......38 3 - Nível de confiança do torcedores ..............................................................38 4 - Significado da cores azul e branca.......................................................... 44 5 - Significado dos símbolos............................................................................ 44 6 - Símbolos relacionados ao São José Esporte Clube..............................45 7 - Símbolos relacionados a cidade de São José dos Campos................45 8 - Mapa Mental..................................................................................................... 46 9 - Painel................................................................................................................. 48
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sumário Introdução
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metodologia
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Primeiro tempo BATE-BOLA
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É HORA DE VESTIR A CAMISA
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ENTRA EM CAMPO A
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ÁGUIA DO VALE
Segundo tempo PERDENDO DE GOLEADA
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DE VIRADA AOS
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45 DO SEGUNDO TEMPO
Prorrogação estratégia de jogo
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GOl de ouro
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Análise Tática conClusão
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Comissão Técnica Referências
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bibliográficas
Anexos Brandbook
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Pesquisa
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introdução Na sociedade contemporânea, a rapidez de acesso às informações e a valorização do consumidor levaram ao desenvolvimento do “conceito de marca “. A utilização de tais conceitos se aplica para a comercialização de bens de consumo e serviços, demonstrando assim, como a gestão de marca, ou branding, podem auxiliar na profissionalização do marketing esportivo e no relacionamento da marca com seus torcedores ou investidores. É preciso fazer com que cada público confie na marca para que não haja dúvidas sobre o serviço prestado à sociedade e aos indivíduos. No caso de um time de futebol essa confiança se traduz em paixão, em relação aos torcedores, e visibilidade para os investidores, tornando-se indispensável para a manutenção do relacionamento já que elevam as marcas para além da natureza econômica, transformando-a em fator cultural, que fica clara na definição de branding apresentada por José Roberto Martins. Branding é o conjunto de ações ligadas à administração das marcas. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. Ações com a capacidade de simplificar e enriquecer nossas vidas num mundo cada vez mais confuso e complexo. (MARTINS, 2006 pág. 8)
Esse aprofundamento, esse estreitamento no relacionamento, é o que se espera na construção de uma nova identidade para o São José Esporte Clube. Muito mais do que uma mudança estética em seus símbolos, cores e elementos visuais, o que é proposto no presente estudo é uma mudança de atitude da marca, proporcionando o engajamento necessário para a elevação do time, novamente, aos patamares relembrados em seus dias de glória. Toda essa nova atitude é coroada com a apresentação de um novo escudo, uma nova marca, que resgata os louros da vitória e consagra um futuro campeão para a Águia do Vale. Antes, no entanto, é necessário definir historicamente quem é o São José Esporte Clube, quais foram suas consagrações e suas derrotas. Toda
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essa pesquisa e análise é dissecada durante o Primeiro Tempo e o Segundo Tempo, capítulos que concentram a coleta de dados em relação a atual situação da marca do clube. É preciso também conhecer e reviver os símbolos de todas essas épocas e tentar imaginar como afetam a paixão do torcedor até os dias de hoje. Portanto, o capítulo Prorrogação organiza todos os elementos iconográficos e históricos apresentados durante a pesquisa bibliográfica e entrevistas realizadas com joseenses e, a partir daí, traça a estratégia a ser adotada para a revitalização da identidade do clube. O presente estudo busca entender mais sobre todos os elementos relacionados a essa paixão, traçando um panorama macro de sua situação em relação a gestão de suas marcas e, posteriormente, identificar falhas, contrapondo-as com conceitos de branding e marketing esportivo que possam ajudá-las a serem solucionadas em busca da reativação do time joseense dentro do universo do futebol regional. Para tanto, é indispensável a análise do posicionamento de grandes times nacionais e internacionais em relação às metodologias de gestão de marca, captando, comparando e aplicando suas melhores ações dentro da realidade do clube. Todo esse pensamento, e as hipóteses surgidas desses questionamentos, são revistos e reavalidados na Análise Tática, capítulo de conclusão do estudo. Esse processo busca a ativação dessa marca, haja vista que a marca é a representação de um ideal, um produto ou serviço, precedido pelo cliente potencial – a imagem – e “uma imagem bem comunicada, no longo prazo, transforma-se em reputação” (Toledo, 2012). Muito mais do que reputação, com auxílio das ferramentas do design, o estudo a seguir pretende retomar uma antiga paixão, o azul e branco da Águia do Vale e apresenta, como resultado, o Brandbook com as principais diretrizes para a nova identidade, econtrado como anexo.
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Metodologia Além da revisão dos conceitos de branding, ativação de marcas e marketing esportivo, suas relações e possibilidades, o aprofundamento teórico conta com pesquisas que avaliam desde fontes bibliográfica sobre o histórico do clube, passando por revistas, jornais e sites regionais, até entrevistas e batepapos informais com joseenses de diversos níveis de relacionamento com o time de futebol da cidade. Enquanto as fontes bibliográficas ajudam a fundamentar as práticas adotas e a documentar o time historicamente, a pesquisa por meio eletrônico visa entender o processo de branding aplicado ao futebol na atualidade e também a real situação da marca do São José Esporte Clube nos dias de hoje. As percepções adquiridas orientam uma pesquisa exploratória comparando a situação do time de São José dos Campos a outras realidades, buscando traçar a compreensão da própria marca por seus gestores, seu alcance nas comunidades e, sobretudo, quais as linhas de atuação do branding devem ser utilizadas para aproximar essa marca da cultura dos seus consumidores potenciais. Em busca de concretizar as ideias apresentadas, foram realizadas entrevistas individuais com torcedores do time e moradores de São José dos Campos, mesmo que estes não tivessem qualquer relação concreta com o time. O objetivo da entrevista em profundidade foi o de verificar a percepção da atual identidade visual da Águia do Vale por parte do publico. A entrevista em profundidade é extremamente útil para estudos do tipo exploratório, que tratam de conceitos, percepções ou visões para ampliar conceitos sobre a situação analisada. (SELLTIZ,1987 pág. 53)
Baseado nessas premissas os resultados apresentados orientaram o desenvolvimento da nova identidade visual. Finalizada a fase de fundamentação teórica e exploratória, foi adotada a metodologia de desenvolvimento do processo de branding apresentada por por Alina Wheeler, em seu livro Design de Identidade de Marca (2012),
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concentrando-se essencialmente na fase de desenvolvimento da identidade
(01) Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual.
visual. Para essa fase de conclusão, onde é apresentado o produto de design resultante do processo de pesquisa, foram utilizadas ferramentas para gestão criativa como Mapa Mental (01) e o Painel Semântico (02), que ordenam sistematicamente as informações adquiridas, buscando orientar a construção
(02) Técnica onde através de colagens e desenhos você expressa semioticamente o sentimento entorno do produto.
final da nova identidade visual do São José Esporte Clube, que nada mais é do que o pontapé inicial para o reposicionamento do clube como marca forte e bem orientada dentro do universo esportivo.
(03) Documento de orientação interna sobre a essência da marca, seu credo e seus valores, além de especificações técnicas sobre seus usos nas mais variadas plataformas.
Por fim, a conclusão foca na apresentação dos resultados em forma de sistema de identidade visual por meio da construção de um brand book , visando transformar todo o processo de pesquisa e desenvolvimento
(03)
em um produto tangível e um documento que possa orientar futuras ações relacionadas a nova imagem do São José Esporte Clube.
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primeiro tempo
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BATE-BOLA Nós somos “a pátria de chuteiras”. A expressão criada pelo escritor Nelson Rodrigues, durante a copa do mundo de 1950, traz à tona nossas mais remotas lembranças em relação ao futebol e nos acompanha até os dias de hoje. Em cada cidade brasileira, do povoado mais distante à metrópole mais desenvolvida, é fácil encontrar um garoto e sua bola nos pés. Cada um desses garotos tem seu time, suas cores, seu escudo e sua paixão. E, quando cresce, cresce com ele a paixão pela camisa, pelo hino e pelos jogadores, verdadeiros heróis no imaginário de cada brasileiro. Introduzido no país como um esporte de elite, o futebol, aos poucos, revelou-se um verdadeiro mecanismo de miscigenação das massas e deu vazão a toda sorte de sentimentos, todos elevados ao patamar da idolatria. O
futebol
passou
a
ser
exaltado
por
popular,
participativo e enquanto expressão autêntica da cultura ou ser nacional. (...) Os autores que trabalham nesta perspectiva se situam dentro de seus efeitos, sobretudo com sentimentos e emoções positivas em relação ao esporte que retomam e expressam os sentimentos populares e nacionais. (LOVISOLO, 2002 pág. 4).
Toda essa mística e engajamento em torno do esporte não demoraram a gerar clubes cada vez mais promissores, dentro e fora de campo. Com o passar dos anos, os grandes times do futebol brasileiro tornaram-se produtos de amplo consumo das massas. Em números, fica evidente a importância do setor para a economia nacional. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (Julho, 2008), a “paixão pelo futebol“ movimenta R$ 16 bilhões por ano, tem cerca de 16% da população entre seus praticantes, 800 clubes profissionais, 13 mil clubes amadores e mais de 11 mil atletas federados. Exemplo dessa evolução de grandes clubes para verdadeiros produtos de consumos são os resultados atingidos pelo Corinthians nos últimos dois anos, que inspiram clubes de todos os patamares do futebol brasileiro a se profissionalizarem, não só focando em seus jogadores mas, também na gestão da sua marca.
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O clube paulista é, segundo a revista Americana FORBES, o clube de futebol mais valioso fora da Europa. Avaliado em US$ 358 milhões, o Sport Club Corinthians Paulista tornou-se o primeiro time de futebol nãoeuropeu a entrar no Top 20, listado em 16º lugar, conforme publicado no site Forbes/Brasil. Certamente esse resultado vem de constantes investimentos na gestão da marca e na profissionalização do setor responsável pelo marketing do clube. Essa virada é percebida a partir de 2007, como resposta ao trágico rebaixamento da equipe para a série B, segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O Corinthians aprendeu a costurar parcerias rentáveis, passou a cuidar de sua imagem, negociou melhor seus patrocínios, criou inúmeras ações e campanhas publicitárias e também produtos licenciados, além da franquia Todo Poderoso, que já conta com mais de 110 lojas. Só para entender melhor esta ascensão, entre 2008 e 2011, o faturamento anual saltou de R$ 117,5 milhões para R$ 290,4 milhões. (Consumidor Moderno)
Essa evolução também é percebida visualmente por meio das mudanças nos símbolos do time. Do escudo ao uniforme, passando pelos materiais licenciados e comercializados com a marca do clube, é nítida a construção gráfica de elementos que fortalecem e reforçam o “peso da camisa” do time.
01 – Evolução do brasão do Sport Clube Corinthians Paulista. [01]
fonte: blogs.estadao.com.br
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Umas da ações mais notáveis dessa nova fase de gestão da marca foi a “República Popular do Corinthians”, uma campanha mundialmente premiada patrocinada pela Nike e criada pela agência F/NAZCA em 2010, por ocasião das comemorações do centenário do time. A “nação” estava oficialmente fundada, com direito a passaporte, RG, Carta Magna e Anistia dos “anticorinthianos”, termo utilizado pelo torcida do Corinthians para referenciar os torcedores de outros times. Toda a campanha pode ser encontrada no site republica.corinthians.com.br, criado como um verdadeiro país, com direito a presidente, governadores e embaixadas. [02]
02 - “Passaporte” da República Popular do Corinthians. fonte: corinthians.com.br
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É HORA DE VESTIR A CAMISA Com um certo atraso, seguindo a influência essencial dos clubes europeus e, após a “revolução popular” dos corinthianos, os maiores escudos nacionais vem intensificando a gestão do potencial econômico encontrado em seus símboloa, suas cores e suas crenças, ou seja, em suas marcas. A gestão da marca é vista até mesmo como gerador de subsídios que impeçam ou amenizem grandes crises, como as ocorridas em meados dos anos 2000 com grandes clubes do Rio de Janeiro e São Paulo. Em matéria de 13 de março de 2009, publicada no Portal Terra, intitulada “Clubes no vermelho e crise brecam o avanço do futebol do Brasil”, o publicitário Paulo Velasco, especializado em gestão do futebol, registrava sua opinião e apontava possíveis soluções para o problema. Na Europa, os clubes têm 50 parceiros comerciais em vez de três. Isso é um mercado gigante e que vinha sendo subutilizado, mas já começou a ser melhor visto. O Palmeiras já trabalha com vários parceiros comerciais, como têm Milan e Juventus. Isso gera negócios e visibilidade. O Brasil tem um mercado publicitário grande, uma economia de porte. (VELASCO, Portal Terra, 2009).
Depois dessa declaração, percebe-se que os clubes fortaleceram o relacionamento com investidores e fomentaram as negociações comerciais citadas. Times como Flamengo, São Paulo e Palmeiras, por exemplo, já ensaiam uma política mais entusiasta no licenciamento de suas marcas para produtos diversos e na criação de marcas próprias como a São Paulo Mania, loja de vendas pela internet de outro grande clube paulista. Assim como esses e outros tantos times, o São José Esporte Clube desperta a paixão de inúmeros torcedores. A tradição das cores azul, amarela e branca, carregam as expectativas da região do Vale do Paraíba desde 1978, ano em que foram instituídos seus primeiros símbolos e mascote. A “Águia do Vale”, já chegou a contar com 8.000 associados,
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que usufruíam do espaço poliesportivo e obtinham descontos nos ingressos para as partidas. Hoje, segundo matéria publicada na Revista Valeparaibano, de junho de 2012, intitulada “Um time na lama”, a realidade é outra, o clube joseense conta com apenas 1.000 sócios, sendo que apenas 70 efetivamente são contribuintes. Apesar das dificuldades financeiras atuais e único o título de grande importância do clube ser o vice-campeonato brasileiro da Série B - segunda divisão do torneio - em 1981, a “Águia do Vale” tem uma fiel torcida, contando inclusive com torcidas organizadas - denominação dada a uma associação de torcedores de um determinado clube esportivo no Brasil. No caso do São José, a “Mancha Azul” é a torcida mais significativa, que conta com 1.300 membros. Analisando o cenário atual da gestão de marcas e do marketing esportivo à sombra da camisa do São José Esporte Clube, é fácil imaginar como um novo modelo de gestão, passando pela reestruturação da identidade e da necessidade de uma nova imagem, seria importante e daria novo fôlego ao tradicional clube e sua marca. O São José Esporte Clube precisa de uma imagem que inspire torcedores e investidores, permitindo que o clube se torne atrativo e financie sua volta aos tempos de glória e “casa cheia” do Estádio Martins Pereira. A Águia merece uma imagem, uma marca, que incentive os torcedores a vestir a camisa novamente. No entanto, para iniciar um projeto de construção de identidade da marca é necessário imergir na história desse clube, avaliar e entender quais fatores o levaram a atual situação de desgaste de suas cores e símbolos. A identidade de marca exige uma acuidade empresarial e pensamento de design. Sua prioridade maior é compreender a organização: sua missão, visão, mercadosalvo, cultura corporativa, vantagem competitiva, pontos fortes e fracos, estratégias de marketing e desafios para o futuro. (WHEELER, 2012, pág. 126).
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ENTRA EM CAMPO A ÁGUIA DO VALE Prestes a completar 80 anos o São José Esporte Clube é um clube de futebol de São José dos Campos, cidade do interior do estado de São Paulo. Fundado em 13 de agosto de 1933, chegou a ser vice-campeão paulista da Série “A” em 1980 e vice-campeão brasileiro da Série “B” em 1981 , suas cores são azul, amarelo e branco. A melhor fase do clube, no futebol, aconteceu no final da década de 80, quando pela conquista do Campeonato Paulista, pela Segunda Divisão em 1980, conquistou o direto de participar da Série Especial do Paulistão, em 1981, onde surpreendeu com uma belíssima campanha, rendendo uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro de 1982. Em 1983 foi rebaixado no Paulistão e só voltou para a Série A1 em 1988, ano que chegou até as semifinais do torneio. O Estádio Martins Pereira, casa da Águia, era palco de grandes jogos e a torcida, que sempre lotava o estádio, pôde ver os grandes clubes nacionais atuando contra seu time do coração. Porém, certamente, foi em 1989 que a Águia fez seu maior voo, até então, realizando uma campanha impecável e jogando de igual para igual com Santos, Palmeiras, Portuguesa e Corinthians. Chegou a uma final de Campeonato Paulista contra o São Paulo de Raí, onde foi vice-campeão paulista da divisão especial (Série A1). O São José ainda fechou 1989 faturando um vice-campeonato brasileiro da série B, o que rendeu-lhe o acesso para a primeira divisão do campeonato brasileiro da série A de 1990, e fez sua primeira excursão internacional na Espanha, onde faturou diversos troféus, participando de 9 jogos sendo 5 vitórias e 4 empates. O São José deu um voo mais alto: disputou a Taça de Ouro de 1982. Nesta década, formou um ataque inesquecível, com Edinho, Tião Marino e Nenê. Nem a queda do Paulistão em 83 diminuiu o entusiasmo da torcida. E a diretoria continuou lutando e trouxe de
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volta a Águia para a divisão principal de São Paulo. Foi no ano de 1987, quando o prefeito da cidade era Antônio José. E a década se encerra com mais três triunfos: o vice-campeonato paulista em memorável final com o São Paulo, a primeira excursão internacional (Espanha) e o acesso para o campeonato brasileiro da Série A de 1990. (SIMÕES, 2010, pág. 181).
Os anos 90 são marcados por altos e baixos, com problemas financeiros a Águia perde rendimento, diminuiu suas conquistas e acaba sendo rebaixada para a segunda divisão do Campeonato Paulista, um ano após ter conquistando o vice-campeonato. Em 1996, depois de uma sofrida mas vitoriosa campanha, o São José sobe novamente para a Série A1 do Paulistão, mas não consegue se manter e no final da década sofre novo rebaixamento. Os anos 2000 iniciam-se com uma grande lacuna na história do time. Em campo, resultados inexpressivos e um time que parece cozinhar em banho-maria a tradição da camisa azul e branca. Fora do campo, a situação não é diferente, problemas administrativos dão início ao que, na década seguinte, viria a ser chamada de a maior crise administrativa de sua historia. chamado de “a maior crise administrativa de sua história”, com problemas que vão do âmbito interno à dívidas trabalhistas e a reintegração do estádio da Águia a administração da prefeitura municipal de São José dos Campos. Tudo isso, somado a derradeira queda para Série A3 do campeonato estadual, ajudam na perda de popularidade do time. O relato da década no Almanaque São José Esporte Clube é um retrato fiel das dúvidas da época em relação ao futuro do time, mas também revela a força da torcida e alguns apaixonados pela Águia. 2001, 2002, 2003... tempos difíceis para o futebol do São José EC. No anos de 2004, a incrível queda para a Série A3 prenunciando a tempestade, com muitos torcedores se afastando do estádio e o clube quase indo a bancarrota. Mas, na hora da agonia não faltam guerreiros que se doam em favor do clube na tentativa de minimizar o sofrimento e buscar novas alternativas. Com
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sua simplicidade, o presidente Wilson Renato de Lima volta ao clube e conquista em 2006 o retorno da Águia para a Série A2. Pelo menos o São José não chegou ao fundo do poço e conseguiu se reequilibrar dentro do campo. O problema é que a continuidade do trabalho esbarra na falta de credibilidade em torno das finanças. Como superar as dívidas? Não bastava apenas o amor e a dedicação de Wilson Renato. Era preciso correr atrás de novas alternativas, de novas cabeças. (SIMÕES, 2010, pág. 403).
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segundo tempo
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PERDENDO DE GOLEADA Os últimos cinco anos foram marcados por quase R$ 9,5 milhões em dívidas, baixa credibilidade entre seus torcedores, sendo alvo de denúncias judiciais de crime contra ordem tributária e sofrendo o risco de perder sua sede, segundo matéria publicada na Revista Valeparaibano, de junho de 2012, intitulada “Um time na lama”. Tais acontecimentos dificultaram a captação de patrocinadores e possíveis parceiros. As dívidas do clube só aumentaram, segundo o balanço financeiro apresentado pelo departamento de contabilidade do time, a temporada de 2011 deixou um déficit de R$ 123 mil no orçamento. Até meados de 2012 o valor calculado era de R$ 113 mil, mas no acumulado desde 2007, o saldo negativo chega a R$ 565 mil. O clube alega não ter recursos para saldar as dívidas, então a solução encontrada foi um acordo de penhora sobre os valores arrecadados de bilheteria, com repasse de 30% da renda dos jogos em depósito judicial. Além disso, os aluguéis dos espaços do poliesportivo também estão penhorados judicialmente. Além das dívidas, o atual presidente do São José, Robertinho da Padaria e seus companheiros de diretoria, prestam contas à justiça por apropriação indébita de valores retidos de salários e prêmios de exjogadores e sobre a legitimidade de patrocínio ao time de uma empresa que presta serviços a Prefeitura de São José dos Campos, haja visto que o presidente ocupa cadeira de vereador e outro membro da diretoria, José Luis Nunes, também atuava como Secretário do Trabalho na prefeitura. A sede do São José também foi alvo de denúncias em 2012, o que levou o Ministério Público a ingressar com ação civil pedindo que o complexo voltasse a ser patrimônio da Prefeitura Municipal, após 31 anos da doação que garantiu ao São José a guarda do poliesportivo, o “Teatrão”. A promotora, autora da ação alegava que a entidade esqueceu por completo da finalidade “social e esportiva” do imóvel, no qual deveria manter o centro poliesportivo em regular funcionamento. A atual administração da cidade, por sua vez, também tem interesses no local e quer transformar o
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espaço em um complexo esportivo. O presidente da Águia, Robertinho da Padaria, une esforços para não perder a sede do clube. O que a diretoria fará, será pedir uma permuta à prefeitura para devolver o espaço à Secretaria de Esportes e Lazer, em troca de um centro de treinamento e uma nova sede social. Devolver para a prefeitura em troca de nada, isso não acontecerá agora, nem depois. Só faremos isto por meio da disponibilidade de um novo espaço. (Revista Valeparaibano, junho de 2012).
Com relação a atuação nos campeonatos, a diretoria tomou a decisão de fechar para balanço e só disputar torneios em 2014, após desastrosa despedida do Campeonato Paulista da série A2, quando foi goleado pelo Audax por 5x0. Sendo assim, o clube não disputará a Copa Paulista que acontece no segundo semestre de 2013, segundo o dirigente, em entrevista ao jornal Diário da Região, a decisão foi tomada por falta de apoio e dificuldades em manter a equipe nas competições.
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DE VIRADA AOS 45 DO SEGUNDO TEMPO Em contrapartida a toda esta crise, a equipe de futebol feminino é destaque nos campeonatos e é considerada uma das mais fortes do país sendo, muitas vezes, base para a seleção brasileira da modalidade. Recentemente conquistaram o bicampeonato brasileiro de forma invicta, segundo matéria publicada no site PortalR3, um bom número de torcedores compareceu ao Martins Pereira para apoiar as meninas da Águia. Segundo o PortalR3, o bicampeonato foi o quarto título importante conquistado pelas meninas em dois anos. Elas foram campeãs da Libertadores em 2011; campeãs paulista em 2012 e conquistaram o primeiro título da Copa do Brasil, também em 2012. Com este cenário, percebe-se que o São José encara muitos desafios, porém a tradição do time e o ótimo momento da equipe feminina podem ser revertidos em oportunidades de captação e fortalecimento da marca. Certamente o processo de branding e gestão de marcas pode ser uma grande ferramenta para essa virada. Antes de propor essa nova gestão, iniciada por uma nova identidade visual, é preciso conscientizar o clube em relação ao que é uma marca e qual o seu valor. MARTINS define de forma simples e clara esse conceito quando nos diz que uma marca “é a união de atributos tangíveis e intangíveis, simbolizados num logotipo, gerenciados de forma adequada que criam influência e geram valor” (MARTINS, 2006). Mais importante ainda é prosseguir com esse raciocínio e perceber que as marcas formam sistemas integrados que entregam soluções desejadas para grupos de pessoas que as consomem. Entretanto, com relação aos torcedores, o desejo vai muito além dos títulos e posições nos campeonatos. O amor pela camisa e o orgulho em torcer pela Águia é o que deve ser ressaltado em todo o processo de construção de uma nova identidade para posteriormente, propor–se uma nova forma de gestão. Depois de entender o que é uma marca e compreender os valores necessários para que tal marca se destaque no mercado é preciso quebrar
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paradigmas e encarar o clube, seus produtos e serviços como os de qualquer setor econômico. É preciso tratar o São José Esporte Clube como uma empresa que, se não busca o lucro com foco financeiro, trabalhe com foco no lucro social, na interação com a paixão do torcedor, certamente, muito mais difícil de ser alcançado. Entendemos que a estratégia de marca deve ser parte essencial da estratégia corporativa, todavia concentrada exclusivamente no posicionamento dos produtos ou serviços, na mente do público alvo. Como a meta das duas posições estratégicas é o desenvolvimento de uma vantagem competitiva ágil, orientada para o mercado (sociedade) e os consumidores, o ideal seria a integração de todas as funções organizacionais em torno desse objetivo. (MARTINS, 2006 pág. 57)
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prorrogação
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ESTRATÉGIA DE JOGO O processo de identidade de marca exige uma combinação de investigação, pensamento estratégico, excelência em design e habilidade no gerenciamento de projetos. Assim como no futebol, ele requer uma quantidade extraordinária de paciência, uma obsessão por fazer as coisas do jeito certo e a capacidade de sintetizar grandes quantidades de informação. Ou seja, é preicso analisar todas nuances do jogo, processálas, esperar com serenidade o momento certo e, só então, partir para o gol. Seja qual for a natureza do cliente e da complexidade do compromisso, o processo é sempre o mesmo. O que muda é a profundidade com que cada fase é conduzida, o tempo e os recursos alocados e o tamanho da equipe em ambos os lados, na empresa especializada em identidade e no cliente. O processo é definido por fases distintas, com pontos de partida e de chegada lógicos, o que facilita a tomada de decisão nos intervalos apropriados. A eliminação de etapas ou a reorganização do projeto podem apresentar uma forma atraente de cortar custos e tempo, mas também podem acarretar riscos substanciais e impedir benefícios a longo prazo. O processo, quando realizado corretamente, pode produzir resultados extraordinários. (WHEELER, 2012, pág. 100).
Tal processo é desenvolvido em cinco fases distintas, definidas por Alina Wheeler, em seu livro Design de Identidade de Marca (2012) . Referenciadas nos conceitos apresentados no livro, a seguir, serão analisadas cada uma dessas fases do projeto de branding, para o melhor entendimento do processo como um todo e, sobretudo, para a compreensão das possibilidades de desdobramento do estudo apresentado em um projeto completo e eficaz para o São José Esporte Clube. 1- Condução da pesquisa A identidade de marca exige uma acuidade empresarial e pensamento de design. Sua maior prioridade é compreender a organização: sua missão, visão, mercados-alvo, cultura corporativa, vantagem competitiva, pontos fortes e fracos, estratégias de marketing e desafios para o futuro. 34
2 - Esclarecimento da estratégia A fase 2 envolve tanto a investigação minuciosa, quanto a criatividade estratégica. Trata-se de análise, descoberta, síntese e clareza de pensamento. A combinação de pensamento racional e análise criativa. 3 - Design de identidade A investigação e a análise foram concluídas; houve um acordo com relação ao briefing de marca; começa então o processo criativo de design na Fase 3. O design é um processo interativo, que busca integrar o significado com a forma. Os melhores designers trabalham com a intersecção estratégica, intuição, excelência de design e experiência. 4 - Criação de pontos de contato A Fase 4 trata do desenvolvimento e do refinamento do design. Após a aprovação do conceito do design da identidade da marca é normal que surjam ponderações imediatistas como “quando teremos os cartões de visita?” e “quando nossos clientes terão acesso a nova marca”. A ansiedade também gera indagações pouco estratégicas como “em quanto tempo nossos padrões estarão funcionando?” ou “quando teremos resultados”? A tarefa da consultoria de identidade de marca é manter a calma enquanto cuida da finalização dos detalhes cruciais, analisando cada aplicação da nova identidade e aferindo que ponteciais desdobramento não serão prejudiciais aos conceitos estratégicos definidos, o que certamente enfraqueceria o projeto antes mesmo de sua total implementação. 5 – Gestão de Ativos A gestão de ativos da identidade de marca requer uma liderança esclarecida e um comprometimento a longo prazo para fazer tudo o que for possível a fim de construir a marca. Esse engajamento com a nova identidade deve vir dessa liderança, ou seja, da mais alta hieraquia dentro da instiuição e percorrer todos os outros subníveis, literalmente “contaminando” todo o ambiente interno com o novo perfil traçado para a marca.
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Para surpresa de muitos clientes, o processo de identidade da marca não termina quando os papéis de correspondência e os cartões de visita estão impressos. É aí que o trabalho começa de verdade. Chegar a esse ponto de realização leva um certo tempo, por isso muitos gerentes presumem que todo o tempo, o dinheiro e a energia empregados até aqui representam a parte maior do investimento. Errado, isso é só o início. Criar a identidade de marca foi a parte mais fácil. Administrar bem esse ativo é mais difícil. (WHEELER, 2012, pág. 182).
Inicialmente, o presente trabalho foca as três primeiras fases – 1Pesquisa e análise; 2- Definição das Estratégias e 3 – Design de identidade visual – com a intenção de reformular o design da atual marca do clube e seus desdobramentos, como comunicação visual, uniformes, material promocional e outros pontos de contato com o torcedor. Posteriormente, com a possibilidade de implantação do mesmo, fica aberto o caminho para a expansão dos pontos de contato e a gestão dos ativos da marca, de suma importância para continuidade do projeto de branding. É importante ressaltar que o resultado apresentado a seguir é embasado na pesquisa e análise dos dados sobre a gestão de marcas no universo do futebol e a real situação do São José Esporte Clube, apresentado nos capítulos anteriores, visando reposicionar estratégicamente a marca do clube valeparaibano por meio de um “pontapé inicial”, que compreende redesenho dos símbolos. Portanto, é um estudo ambicioso e ousado, pois coloca em pauta uma mudança de comportamento da marca em relação a seus públicos, sejam torcedores ou potenciais investidores.
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GOL DE ouro Conceito Ao analisar todo o histórico apresentado durante o primeiro e o segundo tempo, percebemos que a situação do São José Esporte Clube é crítica, dentro e fora do campo. Sendo assim, é possível que seus símbolos, que sua marca, também tenham perdido espaço e reconhecimento. Consequentemente, é inevitável constatar a perda de torcedores, ou os “consumidores da marca”. Na pesquisa realizada por meio eletrônico fica fácil constatar a baixa assiduidade dos torcedores aos jogos. 1 - Frequência de idas dos torcedores ao jogos. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
Mais de 40% dos torcedores ás vezes vão aos jogos, enquanto 25% raramente frenquentam as partidas, isso contra 16,7% que sempre vão, o mesmo número de torcedores que nunca vai aos jogos. O renascimento da Águia passa por uma reformulação e valorização destes símbolos. Busca-se um conceito mais jovem, unificado e sobretudo campeão. Para construir uma marca, você precisa concentrar seus esforços na introdução de uma palavra na mente dos clientes que pretende conquistar. Uma palavra que ninguém mais possua. O que prestígio é para a Mercedes, segurança é para a Volvo. (Al Ries e Laura Ries / As 22 Consagradas Leis de Marcas) (WHEELER, 2012, pág. 128)
O novo voo da Águia precisa de uma palavra que reafirme toda sua
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tradição – tanto para o torcedor quanto para o investidor potencial–, que guie todo seu reposicionamento e dê um novo sentido, uma nova direção para a gestão dos ativos da marca. Essa palavra, que irá definir o novo São José, é união. A união que começa na torcida, que cobra resultados mas deve estar alinhada às necessidades do clube. União que passa pelos dirigentes, que enxergam e enfrentam a situação atual com orgulho de fazer parte de Águia do Vale, e termina unificando novos e antigos símbolos na construção dessa nova identidade visual. Tal palavra foi escolhida, para combater a baixa credibilidade do time e tentar contornar as desconfianças, principalmente ligadas à má gestão, falta de apoio regional e baixo rendimento do time, conforme nos aponta pesquisa realizada entre moradores de São José dos Campos e torcedores da Águia. 2 - As principais causas da atual crise do São José Esporte Clube. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
A necessidade de evocar a união dos torcedores pretende mudar o quadro apresentado na pesquisa onde mais de 65% dos entrevistados mostra confiança baixa ou nehuma na recuperação do time. 3- Nível de confiança dos torcedores na recuperação do São José Esporte Clube. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
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Análise visual concorrentes Hoje, além de clássicos rivais, como o Burro da Central – Esporte Clube Taubaté; a Garça do Vale – Guaratinguetá Futebol Clube e o JAC – Jacareí Atlético Clube; a Águia divide espaço e torcida com um novo time o F. C. Primeira Camisa, projeto do ex-jogador da seleção brasileira Roque Junior que aposta na formação das categorias de base como forma de alavancar o novo clube. Além desses tantos concorrentes diretos na paixão por um time de futebol do Vale do Paraíba, hoje. O São José E. C. também divide atenção com outras modalidades, como rugby e o basquetebol. Essas duas modalidades, especialmente, vem ganhando espaço pelos resultados positivos alcançados. A seguir são apresentadas identidades visuais de cada uma das equipes citadas. Essa exposição auxilia a identificar suas cores, suas formas e seu apelo visual. O que, além de resultados e tradição, pode fazer delas marcas mais bem sucedidas do que a Águia do Vale.
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03 - Esporte Clube Taubaté 04 - Guaratinguetá Esporte Clube 05 - Jacareí Atlético Clube 06 - Primeira Camisa Futebol Clube fonte: Federação Paulista de Futebol
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07 - São José Rugby
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fonte: Confederação Brasileira de Rugby
08 - São José dos Campos Basquetebol 09- Associação Esportiva São José, que coordena o time de basquete da cidade. fonte: NBB (Novo Basquete Brasil)
Bons exemplos Ainda buscando uma análise visual das identidades utilizadas por clubes desportivos, são apresentados a seguir recentes casos de reformulação de identidade visual de times de futebol de grande tradição em suas regiões, em seus países e no mundo, com as respectivas justificativas apontadas pelos responsáveis pelo processo. O clube francês Nice, atualizou seu emblema, utilizado desde o ano de 1992, retomando, como ponto de partida o desenho utilizado em sua fundação até a troca pelo anterior. Além de formar a base para a nova identidade, também traz as tradicionais cores vermelha e preta, em faixas verticais, presentes no uniforme da equipe. Também foi introduzia a águia heráldica, elemento histórico da cidade de Nice. Nas palavras da diretora de comunicação do Nice, Virginie Rossetti, “A escolha desse símbolo vai contra a tendência do que se pratica hoje na Ligue1. Lá, os clubes buscam tomar o caminho do moderno extremo. E nós temos o prazer de optar por um logotipo atemporal, que retome o passado”.
10 – Evolução cronológica da identidade do clube francês.
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fonte: doentesporfutebol.com.br
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O inglês Everton e o italiano Roma, seguem a tendência apontada por Rosseti e buscam uma modernização dos seus elementos. De acordo com o portal Futebol Marketing, o processo de criação da nova identidade do Everton começou ainda em 2012 e envolveu torcedores e parceiros – incluindo-se aí a Nike, sua fornecedora esportiva. Com as mudanças, o clube espera eliminar falhas e omissões nas reproduções da marca – algo comum nos últimos anos -, além de evidenciar seus símbolos e cores (o azul, por exemplo, está mais próximo do tom clássico; e o amarelo, embora secundário na identidade, mais evidenciado). [11]
11 - Construção da nova identidade baseada na evolução e modernização do símbolo utilizado em 1938. fonte: futebolmarketing.com.br
Já no caso do Roma as principais novidades são: a substituição da sigla ASR (Associazione Sportiva Roma) pelo nome Roma; a aparição do ano de fundação, 1927; o novo desenho da lupa capitolina, mascote giallorossa, símbolo da cidade e troca da tipografia.
12 - Comparativo entre a identidade visual anterior e atual do Roma.
[12]
fonte: futebolmarketing.com.br
Por último é importante ressaltar o excelente trabalho feito pelo escritório de design argentino BridgerConway para o tradicional time latinoamericano do Boca Juniors. Com mais de 100 anos de história, o Boca é provavelmente um dos times mais emblemáticos da história do futebol. E além do time, é um negócio que não para de investir em novas frentes, como nas escolinhas de futebol, na equipe de vôlei, de basquete e
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no Hotel Boca, inaugurado recentemente. Exatamente por isso, o seu trabalho de reformulação da marca tem uma conotação bem mais comercial. Segundo o site Brainstorm9 “ a nova identidade nasce pronta para suportar toda variedade de aplicações nessa gama de diferentes negócios”. 13 – Imagens retiradas do brandbook da nova identidade do Boca.
[13]
fonte: brainstorm9.com.br
Referências históricas O São José Esporte Clube já fez várias fusões ao longo de seus 74 anos de vida, e a cada uma delas, novos símbolo, cores e elementos foram inseridos e retirados de suas representações. Em 1976 o clube passou a utilizar o atual nome, antes disso o Esporte Clube São José ainda era chamado de “Formigão do Vale”, devido a quantidade enorme de formigas do tipo “içá” que voavam pela cidade. Para o novo momento, o São José trocou de nome, de cores (antes era preto e branco) e de mascote. A Águia foi escolhida para representar o clube do Vale do Paraíba pelo valor simbólico de força e garra. Durante todas essas décadas muitos foram os símbolos utilizados tanto em seus uniformes oficiais, quanto em souvenirs e até mesmo introduzidos
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pelos torcedores, em busca de representações mais eficazes da paixão pelo time joseense. A seguir são catalogados os principais símbolos e representações encontrados. A análise desses elementos é primordial para a construção da nova identidade visual. 14 - Identidade atual, encontrada em grande parte dos uniformes e materiais de promoção do clube
[14]
fonte: Museu de Esportes de São José dos Campos
[15]
15 - Distorções encontradas nos elementos de identidade visual através dos anos. fonte: Museu de Esportes de São José dos Campos
[16]
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16 - Primeiro emblema do clube, ainda como Formigão do Vale. fonte: Museu de Esportes de São José dos Campos
17 - Emblema proposto durante fusão com parceiro internacional nos anos 2000. fonte: arquivodeclubes.com
18 - Evolução do mascote da Águia do Vale fonte: Museu de Esportes de São José dos Campos
[18]
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No entanto, mais uma vez recorrendo a pesquisa realizada via internet com moradores da cidade, percebe-se que grande parte dos torcedores reconhece os símbolos e as cores da Águia do Vale, porém esse reconhecimento é feito em relação a bandeira da cidade e não relativa ao clube. Tal entendimento demostra uma identidade visual fraca, que pode ser atribuída a outros tantos esportes da cidade, não atribuindo aos elementos de personalidade e a força necessária para unir os torcedores na nova fase do clube. 4 - Significado das cores azul e branca. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
Apesar de quase 70% dos entrevistados reconhecerem as cores utilizadas como identidade do clube, nehum deles soube afirmar os reais significados e todos, sem exceções, vincularam os mesmo, exclusivamente a bandeira do munícipio. 5 - Significado dos símbolos (roda dentada, globo azul e as três estrelas). Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
Em relação aos símbolos a situação é ainda mais grave. Mais de 80% dos tocedores não os reconhecem e não conseguem vinculá-los ao time de futebol. Quando o reconhecimento é feito, mais uma vez, ele se dá em relação a atributos relativos apenas a cidade de São José dos Campos.
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Processo criativo De posse de todas as informações históricas e sobre o mercado atual da comunicação dentro dos clubes de futebol, focando a gestão de marca como pontapé inicial para a reestruturação e revitalização do São José Esporte Clube, e tendo em mente a importância de cada símbolo, cor e formas aplicados no decorrer das décadas, o processo criativo pretende traduzir todas essas nuances em um só elemento que, a partir de então, seja o fator unificador do time, dentro e fora de campo. Mais uma vez recorre-se à pesquisa para entender quais são os símbolos, utilizados ou não na identidade atual, e se são reconhecidos e representativos para o torcedor do São José Esporte Clube. Duas questões foram levantadas junto aos entrevistados. Uma enumera os símbolos em grau de importância relativos ao clube especificamente e outra aborda a mesma metodologia, porém associando símbolos à cidade de São José dos Campos. 6 - Símbolos relacionados ao São José Esporte Clube. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
7 - Símbolos relacionados a cidade de São José dos Campos. Fonte: Anexo 1 - Pesquisa realizada via internet com moradores de São José dos Campos.
Comparando os gráficos resultantes das duas abordagens é fácil perceber a força da Águia com relação ao time, mesmo essa representação não fazendo parte da atual identidade visual do time, sendo mais relacionada a torcida organizada. O mesmo símbolo não é tão evidenciado quanto relacionado à cidade, o que reforça ainda mais sua utilização como elemento de personificação da nova identidade.
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Mapa Mental Toda a inforamação coletada precisa ser organizada de maneira que oriente e coordene o desenvolvimento da identidade visual. Inicialmente foi aplicado o conteúdo da pesquisa, que aborda os principais acontecimentos históricos do São José Esporte Clube, segundo os torcedores, o mapa mental. Juntamente com esses fatos históricos foram alinhadas expressões e palavras chaves ligadas ao time, ao universo do futebol e também, aos valores do joseense.
Goleiro Leão já te pelo time ÁGUIA DO VALE
Inauguração Martins Pereira, 15 de março de 1970
Técnico L treinado
Finalista do Campeonato Paulista de 1989
Vice campeão paulista de 1989
TRADIÇÃO
UNIÃ
O jogador Viola atuando pelo SJEC Fundação em 13 de agosto de 1933
FORMIGÃO DO VALE
Vice-campeonato brasileiro da série B 1989
ESPÍRIT
8 - Mapa mental utilizado como estrutura textual para o embasamento conceitual da nova identidade visual
JOGADORES FAMOSOS
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Esse apanhado textual torna-se indispensável para fundamentar o conceito de união apontado como fio condutor, tanto no projeto da nova identidade visual quanto nas ações e premissas utilizadas no desenvolvimento posterior do brand book. Para tanto, o mapa mental, foi distribuído em três grupos textuais. A Tradição, que agrupa as grandes conquistas. União, onde são colocados fatos e termos que reafirmam esse ideal e Força, onde são apontadas palavras-chave relacionadas ao impulso simbológico dos elemento contextuais do clube.
er jogado e Um jogo memorável, nos anos 90, contra o Corinthians
Leão já ter o o time
Libertadores feminino 2011 MAIOR TORCIDA INTERIOR
AZUL E BRANCO MAIOR TIME DA REGINÃO
ÃO
FORÇA
ÁGUIA COMO SIMBOLO DA CIDADE
Venda do zagueiro Roque Junior para o Palmeiras
Subida da série A3 para a A2 com jogadores que atuaram comigo
MASCOTE
TO JOSEENSE
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Painel Semântico Assim como o Mapa Mental o Painel Semântico organiza as informações capitadas no processo de pesquisa de modo sistemático para auxiliar o desenvolvimento da fase criativa do projeto. A grande diferença entre as duas ferramentas é que o painel é construído exclusivamente com imagens, relacionadas aos elementos conceituais abordados no Mapa Mental. A flexibilidade do painel também permite que sejam agrupados a esses
9 - Painel semântico organizando as referências visuais em três grupos. Futebol, São José e Águia.
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conceitos e insights visuais que já começam a atribuir formas aos possíveis elementos gráficos da nova identidade. Para manter a ordenação necessária do processo de desenvolvimento o painel foi divido em três segmentos. Futebol, com referências interessantes de identidades de outros times. São José, como elementos relacionados à cultura da cidade e o espírito joseense. E, por fim, Águia, onde foram colocados todos os elementos relacionado ao time.
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Construindo os elemento da identidade Análise do Painel semântico desencadeia o processo criativo e construtivo da nova identidade. A associação das referências visuais se traduz nos primeiros rascunhos que, posteriormente, são refinados em busca da melhor relação entre as mesmas. Por fim, depois dos elementos sintetizados é construída a parte técnica do projeto, avaliando proporções, matizes de cores e outros elementos. Tal construção é explicada passo a passo no capítulo final, o brandbook. Durante o processo criativo foram testadas várias formas que unificassem os pricipais símbolos identificados: A referência à bandeira da cidade, à Águia que traduz toda tradição do clube e a forma circular, representando o centro da atenção no futebol, a bola.
[19]
[20] Outra preocupação era a simplificação de tais elementos, buscando respeitar princípios básicos do design como legibilidade, adaptabilidade e reprodutividade.
[21] Após a exaustiva procura por essa unificação, o processo foi levado às ferramentas gráficas para o refinamento e padronização das formas, evitando problemas de distorções encontrados nos símbolos anteriores.
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Conceito da identidade visual Finalizando o processo de construção da nova identidade visual segue uma análise de cada elemento sintetizado na composição, como se encaixam e como representam a união citada anteriormente como essencial para reformulação do time como marca. Vale salientar ainda que, segundo a pesquisa, mais de 40% dos torcedores tem ressalvas em relação a mudança no escuto do time, o principal elemento visual a ser explorado. Portanto, a primeira análise é feita em relação a presença desses elementos na identidade.
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A roda dentada e as estrelas foram mantidas, bem como a forma circular. Esses elementos fazem alusão direta a bandeira da cidade e ao símbolo anterior. Na nova identidade as estrelas, representação dos dois distritos (Eugênio de Melo e São Francisco Xavier) e da cidade, são ditribuídas mais simetricamente e a roda dentada recebe um corte, criando a sensação da cidade como espectadora do que acontece em campo.
A grande novidade da identidade é a inserção da Águia ao escudo. De maneira sutil, a cabeça da águia toma o lugar da listra branca, porém, mantém a ideia do curso do Rio Paraíba e ainda faz referência a aerodinâmica dos aviões. Elemento que entra como agregador cultural do joeesense, traduzindo em poucos traços o rio que divide a cidade, a paixão pelo futebol e o orgulho de ser a grande pátria da aeronáutica do país. [26]
O resultado, a nova identidade, será desmenbrado em seus conceitos e elemtentos no próximo capítulo. No entanto, sua composição final deixa clara as melhorias em relação a simetria, o sucesso na inserção de elementos da tradição do time, sem descaracterizar totamente o brasão anterior, e, sobretudo, a diferenciação e personalidade pretendida entre os outros desportos da cidade.
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anรกlise tรกtica
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conclusão Tomando como estratégia básica para a construção da nova identidade visual do São José Esporte Clube o processo apresentado por Alina Wheeler, em seu livro Design de Identidade de Marca, procuramos respeitar as etapas definidas pela autora em busca de uma compreensão histórica da marca e suas relações com os públicos consumidores para, posteriormente, caminhar passo a passo na construção de um novo símbolo, elementos gráficos e conceituais. Focados em uma grande coleta de dados, tanto em relação ao clube quanto das estratégias de gestão de marcas apresentadas por outros clubes e seus resultados, os dois primeiros capítulos comprovam o desgaste da identidade do São José e apontam a necessidade crescente de uma reconstrução, visual e estrutural, dos atributos da marca em busca de uma melhorar relação com esses públicos. Mais do que isso, ao mostrar casos como o do Sport Club Corinthians Paulista, exemplo de como a gestão de marca, e da identidade visual, pode influenciar no relacionamento com torcedores, investidores e público em geral, levando ao time um resgate de valores e, posteriormente, auxiliando na gestão dentro e fora do campo. Tais apontamentos forçaram um pesquisa qualitativa com joseenses, torcedores e não torcedores da Águia, buscando verificar a proximidade desses indivíduos com o time da cidade. Foram avaliados o conhecimento e o relacionamento dos entrevistados com os símbolos, cores e atributos institucionais do time. A análise dos questionários, aliada aos dados verificados nos capítulos anteriores, deram origem a estratégia de design, para a reconstrução do visual da marca do São José Esporte Clube, relatada em detalhes no capítulo Estratégia de Jogo. No sub capítulo Processo Criativo toda a fase de pesquisa é transportada, por meio de ferramentas do design como o Painel Semântico e o Mapa Mental, para o conceito da nova marca. Sob o truline “Águia do Vale. União, Força e Tradição” é construída a nova identidade visual, que trabalha eliminando os ruídos visuais, vindos da falta de ineditismo da marca, praticamente uma reaplicação da bandeira da cidade, e reforçando fortes elementos de ligação cultural do time e da cidade, como o caso da
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águia, forte elemento iconográfico que não aparece na versão atual da logotipo do time. Todo o esforço, do pensamento estratégico à linha criativa usada para a construção visual e conceitual, é compilado em diretrizes básicas para a gestão de marca, traçadas no brandbook anexo. Tal documento demonstra o processo de desenvolvimento do projeto e apresenta as principais informações para que o mesmo seja introduzido. O brandbook como principal resultado do estudo cumpre os objetivos propostos ao semear a ideia de gestão de marcas dentro do São José Esporte Clube e deixa aberta a possibilidade de continuidade, tanto na aplicação quanto na verificação dos resultados, por parte da esfera administrativa do time. Como proposto, o presente estudo, trabalha as três primeiras etapas definidas por Wheeler, gerando uma nova identidade visual e dando o pontapé inicial para a profissionalização do marketing esportivo e gestão de marcas dentro do clube, na esperança de contribuir para um reposicionamento e o retorno da Águia do Vale como potência dentro do futebol regional.
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COMISSÃO TÉCNICA
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referências Bibliográficas
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Anexos
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Apresentação Apresentação
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Valores e trueline
66
Elementos estruturais grid de Construção
68
Tipografia
69
Código cromático
70
Assinaturas
71
Sistemas de aplicação Área de proteção
72
Escalas mínimas
73
restrições de uso
74
versões
75
Exemplos de aplicação uniformes
76
Sinalização e
78
Ambientação Martins pereira
80
institucional
82
Considerações Finais
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águia do vale brand book Carlos Eduardo Antunes de Moura Lucas Mathias Machado São José dos Campos 2013
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Lista de Imagens
A Identidade Visual Oficial São José Esporte Clube................................... 67 B Grid de Construção...........................................................................................68 C Escala Cromática Amarelo.............................................................................. 70 D Escala Cromática Azul Escuro....................................................................... 70 E Escala Cromática Azul Claro.......................................................................... 70 F Assinaturas Visuais:, horizontal, vertical e reduzida............................... 71 G Área de Proteção................................................................................................72 H Escala de Redução Completa..........................................................................73 I Escala de Redução Reduzida............................................................................73 J Usos indevidos.....................................................................................................74 K Versão Oficial Quadricromia.......................................................................... 75 L Versão Oficial Escala de Cinzas..................................................................... 75 M Versão Oficial Cor Sólida - Preto................................................................. 75 N Versão Oficial Cor Sólida - Azul................................................................. 75 0 Primeiro Uniforme..............................................................................................76 P Segundo Uniforme..............................................................................................76 Q Terceiro Uniforme........................................................................................ 76 R Aplicação do Segundo Uniforme............................................................... 77 S Portal Indicativo................................................................................................. 78 T Totens Indicativos............................................................................................. 78 U Comunicação Visual do Novo Complexo Martins Pereira.....................80 V Aplicações Institucionais, Papelaria e Kit Torcedores........................... 82 W Aplicações Institucionais, Ônibus da Equipe............................................88
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Apresentação
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Águia do vale. união, força e tradição Nós somos o drible, somos o lençol, o chapéu e a meia lua. Nós somos a defesa do pênalti, somos o passe de letra, o cruzamento perfeito , o chute de bicicleta e o gol. Somos o grito, o som do bumbo, a explosão dos fogos, nós somos a alegria da multidão. Somos a cidade, o time, o jogardor. Nós somo a bola, somos o jogo. Nós somos o gol. Somos São José, somos Esporte e somos Clube. Nós somos a Águia do Vale. Somos a tradição da camisa, a força do amarelo, do azul e do branco. Somos a união, dentro e fora de campo, somos o gol.
[A]
Nossa Marca Sabemos o valor do ontem e a importância do amanhã, por isso nossa nova identidade mantém os símbolos da nossa cidade, nosso rio e nossas estrelas. Mantemos o azul, o amarelo e o branco, mas agora nosso amarelo é mais ouro e coroa a nossa Águia, celebra a nossa força e mostra que nosso passado de glórias está em nosso futuro de conquistas.
Nossos Valores A união da nossa torcida é a força do nosso time para celebrar toda nossa tradição.
Nosso true line São José Esporte Clube, a Águia do Vale: União Força e Tradição. A partir de agora essa é nossa verdade, é o que orienta nossa identidade, o que traduz nossos valores e o que gerencia nossa marca.
Elementos estruturais
grid de Construção
x
[B]
1X 1/2X
1/2X
3X
2 1/2X
22,5º
16X 12X
2 1/2X
2 1/2X
16X
O grid de contrução, além de ser responsável pela padronização geométrica da identidade, deve ser utilizado para auxiliar na reprodução, tanto nas mídias convencionais quanto nos processos de aplicações alternativos, como pinturas e confecções de brindes. Todo o esquema é baseado na medida básica da marca que equivale ao tamanho a largura de um dente da engrenagem que compõe o logo, denominada “x”.
68
tipografia
A família tipográfica Effra foi escolhida para a composição do lettering da nova identidade visual do São José Esporte Clube e para a tipografia auxiliar. A escolha buscou uma fonte de grande legibilidade, traços contemporâneos em seu desenho e diversos pesos e estilos, ajudando a hierarquização das informações nos materiais corporativos, institucionais e promocionais.
69
Elementos estruturais
código cromático
[C]
C 000 r 251 pantone 1365 c M 035 g 176 # fbb040 Y 085 b 064 K 000
[D]
C 080 r 027 pantone 660 c M 050 g 117 # 1b75bc Y 000 b 188 K 000
[E]
C 100 r 000 pantone 801 c M 000 g 174 # 0098ce Y 000 b 238 K 000 A paleta de cores é formada por duas variações de azul, que representa a cidade, além do amarelo ouro utilizado em destaques e aplicações especiais resaltando a tradição e a busca por conquistas vitoriosas do time.
70
assinaturas
As assinaturas institucionais do São José Esporte Clube preveem, além do escudo, a utilização do truline da marca, o que ajuda no reforço do conceito da nova marca.
[F]
Águia do vale. união, força e tradição
Águia do vale. união, força e tradição
Águia do vale. união, força e tradição
71
Sistemas de aplicação
[G]
Área de proteção
3X
3X
16X
A área de proteção consiste em uma margem imaginária periférica em toda a extensão da identidade visual, que equivale a 3x, onde não devem constar cores, imagens e elementos que possam interferir na representação gráfica dos elementos da marca.
72
Escalas mínimas
[H]
3 cm
Versão completa.
3 cm
[I]
1,7 cm
Versão sem nomenclatura do time.
3 cm
Escala em centímetros, que representa a menor redução possível da identidade visual sem que ocorram distorções ou descaracterizações.
73
Sistemas de aplicação
restrições de uso [J]
Série de erros comuns na aplicação da identidade visual. Esses exemplos auxiliam na compreensão de modicações visuais que são prejudiciais ao padrão estabelecido.
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NÃO ALTERAR A PROPORÇÃO
NÃO distorcer
NÃO alterar a cor
não aplicar fundos sem uniformidade de cor
não colocar o logo em “caixas” brancas
não aplicar fundos próximos da cor do logo
versões [K]
cromia positivo e negativo
[L]
escala de cinzas positivo e negativo
[M]
cores sólidas positivo e negativo / preto
[N]
Versões cromáticas aceitáveis para aplicação da nova identidade.
cores sólidas positivo e negativo / azul
75
Exemplos de aplicação
uniformes
[O] O uniforme número um, tradicionalmente azul e branco, recebe o amarelo ouro em largas faixas e, nas costas o truline da nova identidade.
[Q]
O segundo uniforme deixa os tons azuis apenas na aplicação da identidade, surpreendendo em um novo esquema de cores
76
[P] Já o terceiro uniforme resgata uma tradicional camisa do clube quase totalmente amarelo ouro.
Tradicionalmente os clubes de futebol tem três uniformes de jogo. Para a nova identidade da Águia a principal mudança é evidenciar o amarelo ouro em todas as versões, visando reforçar a tradição ligada a cor.
[R]
77
Exemplos de aplicação
Sinalização e ambientação
A criação de um sistema baseado em módulos objetiva primordialmente uma maleabilidade dentro dos totens padrões que serão dispostos nos diversos ambientes, desde o centro de treinamento até o próprio campo. Esse sistema permitirá que sejam acoplados, dentro do mobiliário, diversos tipos e configurações de placas, assegurando a acomodação correta dos mais diversos tipos de informação e a economia em caso de trocas por mudança de indicações, obras e afins. Além de informações de localização e direcionamento do fluxo de pessoas, o sistema foi pensado para levar ao público uma extensão do contato, utilizando o espaço dos totens para a inserção de frases que aumentem o orgulho dos torcedores da Águia. [T]
78
[S]
79
Exemplos de aplicação Uma das grandes perdas do São José Esporte Clube foi a conseção do Martins Pereira, o ninho da Águia. Um dos grandes pontos de contato para a ativação da nova identidade se baseia na retomada do espaço e transmitir a ele todo o ideal imaginado para a marca.
martins pereira
[U]
Tanto na comunicação externa quanto interna a ideia é evidenciar os novos elementos de identidade e transformar o complexo projetato pela prefeitura em um grande centro de cultura da marca.
Internamente, além de vestiários e locais adminsitrativos, a comunicação modular de sinalização e elementos estéticos valorizarão a relação do Martins Pereira com a história do São José Esporte Clube fonte: Arquivos sedidos pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos
80
81
Exemplos de aplicação
institucional
[V]
A institucional da nova identidade se divide em dois momentos: 1 - A papelaria oficial do clube – usada na divulgação, busca por apoio, parcerias e tudo mais que vise a gestão institucional da marca 2 – A criação de um kit torcedor, ponto de contado primordial dos novos elementos da identidade. O mesmo é direcionado a agraciar todos os sócios ativos e os novos sócios, com kit de boas vindas. Os dois pontos evidenciam a importância de cada torcedor, e também o cuidado com a identidade na nova fase da marca.
82
peças de comunicação
Os padrões de comunicação visam orientar a aplicação da nova identidade, tanto na utilização por parceiros quanto no uso do próprio time. A comunicação também propõe peças de afirmação de identidade, essencialmente para a mídia eletrônica, disponibilizadas para que sejam compartilhadas e viralizadas pelos torcedores.
83
Exemplos de aplicação
institucional
A customização do ônibus oficial da equipe do São José Esporte Clube é miais um ponto de contato da nova identidade, buscando envolver o time e a torcida.
[W]
84
85
considerações finais
Para a gestão de marcas alterar o design de uma identidade visual é só começo. Um começo que precisa ser enraizado em todos os valores da marca, dos atributos tangíveis a paixão que ela desperta. Mesmo que seja só um começo já vem carregado de histórias , construções e desconstruções, de idéias, regras e concepções. Ainda sim um começo, que deve ser compreendido e multiplicado, com o intuito de traduzir em ações e conquistas toda a união, toda força e tradição dos que vestem a camisa do São José Esporte Clube, dentro e fora de campo. No Brandbook ficam essas proposições, esses ideais, que devem, a partir de então, serem celebrados como a nova cultura da marca, a nova imagem da Águia do Vale.
86
Águia do vale. união, força e tradição
87
Summary Report - Auto Run Survey: São José, a Águia do Vale
1. Você é torcedor do São José Esporte Clube?
Não 25%
Sim 75%
1. Você é torcedor do São José Esporte Clube? Value
Count
Percent %
Sim
9
75.0%
Não
3
25.0%
Statistics
Total Responses
12
2. Vocës costuma ir aos jogos do S São José Esporte Clube? Q uase sempre 16.7%
Nunca 16.7%
Raramente 25%
As vezes 41.7%
2. Vocës costuma ir aos jogos do S São José Esporte Clube? Value
Count
Percent %
Nunca
2
16.7%
Raramente
3
25.0%
Statistics
Total Responses
12
As vezes
5
41.7%
Quase sempre
2
16.7%
Vou a todos
0
0.0%
3. Cite três fatos importantes acorridos na história do São José Esporte Clube Count
Response
1
Acesso A2 2006, vice paulista A3 2000 e libertadores feminino 2011
1
Final do campeonato paulista. Subida da série A3 para a A2 com jogadores que atuaram comigo.
1
Finalista do Campeonato Paulista de 1989
1
Não sei nenhum.rs
1
tenho nem ideia
1
vice campeão paulista
1
Fundação em 13 de agosto de 1933. Inauguração do Estádio Martins Pereira em 15 de março de 1970. Vicecampeonato paulista de 1989.
1
campeão da serie B do brasileiro vice campeão da seria A do paulista campeão da libertadores (time feminino)
1
Vice Campeonato Paulista, Técnico Leão já ter treinando o time, última ascensão para série A-1 do time em 95 (se não me engano)
1
- Vice-campeonato paulista de 1889 - Vice-campeonato brasileiro da serie B 1989 - Venda do zagueiro Roque Junior para o Palmeiras em 1995
1
Volta série A1 em 88. Vice campeonato Paulista em 89. Eliminação da sétima temporada fracassada seguida.
1
1. Um jogo memorável, nos anos 90, contra o Corinthians, no Martins Pereira, onde o SJEC foi às semi-finais do Paulista. 2. O jogador Viola atuando pelo SJEC. 3. O jogador Roque Jr.
4. Você conhece o significado dos símbolos do (roda dentada, globo azul e as três estrelas)? Sim 16.7%
Não 83.3%
4. Você conhece o significado dos símbolos do (roda dentada, globo azul e as três estrelas)? Value
Count
Percent %
Sim
2
16.7%
Não
10
83.3%
Statistics
Total Responses
12
5. Caso a resposta anterior seja afirmativa, conte um pouco sua relação com esses símbolos. Count
Response
1
Acho que a engrenagem é só por que vivemos numa cidade indústrial.
1
Tem a ver com simbolo tambem da cidade de SJCampos.E acho nome na faixa banca tem algo relacionado com Rio / Vale Paraiba.
6. Você conhece as cores do São José Esporte Clube (azul, branco e amarelo)?
Não 33.3%
Sim 66.7%
6. Você conhece as cores do São José Esporte Clube (azul, branco e amarelo)? Value
Count
Percent %
Sim
8
66.7%
Não
4
33.3%
7. Em caso afirmativo, descreva o que significa cada uma delas. Count
Response
1
Conheço as cores mas não sei o significado
1
Creio que seja a representação da cidade.
1
Isso ja nao me recordo.
1
Não sei o que significa
1
Não sei. Pra mim são apenas as cores da bandeira da cidade.
1
não conheço
1
não sei
Statistics
Total Responses
12
8. Em uma escala de 0 a 100, qual o seu nível de envolvimento com o São José Esporte Clube? 100
75
50
25% 25
16.7%
16.7%
16.7% 8.3%
8.3% 0
1
10
2
40
8.3%
5
50
60
8. Em uma escala de 0 a 100, qual o seu nível de envolvimento com o São José Esporte Clube? Value
Count
Percent %
Statistics
1
1
8.3%
10
3
25.0%
Sum
280.0
2
2
16.7%
Avg.
23.3
40
2
16.7%
StdDev
21.6
5
1
8.3%
Max
60.0
50
2
16.7%
60
1
8.3%
Total Responses
12
9. Marque a baixo os símbolos que, na sua opinião, melhor representam o São José Esporte Clube 100% 100
75
50
25
0
16.7%
Águia
Bola
16.7%
Avião
8.3%
8.3%
8.3%
Por do Sol
Engrenagem
Campo de Futebol
9. Marque a baixo os símbolos que, na sua opinião, melhor representam o São José Esporte Clube Value
Count
Percent %
Águia
12
100.0%
Bola
2
16.7%
Avião
2
16.7%
Statistics
Total Responses
12
Prédios
0
0.0%
Troféu
0
0.0%
Por do Sol
1
8.3%
Indústrias
0
0.0%
Engrenagem
1
8.3%
Jogador
0
0.0%
Campo de Futebol
1
8.3%
Grama
0
0.0%
10. Agora, marque os símbolo que você acredita serem mai representativos em relação a cidade de São José dos Campos 100
75
58.3% 50
41.7% 33.3% 25%
25%
25
0
Águia
Céu
Tecnologia
Avião
Indústrias
8.3%
8.3%
Via Dutra
Montanha
10. Agora, marque os símbolo que você acredita serem mai representativos em relação a cidade de São José dos Campos Value
Count
Percent %
Águia
4
33.3%
Céu
3
25.0%
Tecnologia
7
58.3%
Avião
5
41.7%
Indústrias
3
25.0%
Via Dutra
1
8.3%
Montanha
1
8.3%
Prédios
0
0.0%
Statistics
Total Responses
12
11. Ordene a baixo, do mais importante para o de menor importância, os itens relacionados as possíveis causas da atual crise do São José Esporte Clube. Total Score1
Overall Rank
Problemas de Gestão
69
1
Falta de apoio da Prefeitura
52
2
Baixo desempenho do time
45
3
Desinteresse pela esporte
32
4
Item
Falta de tradição
31
5
Advento de outros esportes
23
6
Total Respondents: 12 1
Score is a weighted calculation. Items ranked first are valued higher than the following ranks, the score is the sum of all weighted rank counts.
12. Qual o seu nível de espectativa para o crescimento do São José Esporte Clube no próximos anos?
Sem confiança 25% Confiante 33.3%
Confiança baixa 41.7%
12. Qual o seu nível de espectativa para o crescimento do São José Esporte Clube no próximos anos? Value
Count
Percent %
Sem confiança
3
25.0%
Confiança baixa
5
41.7%
Confiante
4
33.3%
Muito confiante
0
0.0%
Statistics
Total Responses
12
13. Em uma escala de 1 a 10 classifique abaixo seu nível de aceitação de possíveis mudanças nos símbolos relacionados ao Esporte Clube São José?
Net Promoter Score:
Promoters: Neutrals: Detractors: Total Count:
8.3 COUNT
PERCENT
6 1 5 12
50.0% 8.3% 41.7% 100%