NEWSLETTER
Mercado RP ISSN 2175-2966
Publicação Semestral dos Alunos de Relações Públicas • Ano IV • nº 07 • abril a junho de 2011 A universidade que cresce com inovação e inclusão social
O imaginário e a nossa relação com a tecnologia MAIS: Relações Públicas em produção de shows• Gestão de marca visual e identidade corporativa• Preocupação com o workaholic • Lazer do profissional de comunicação
EDITORIAL Juremir Machado (PUC-RS) nos diz que o imaginário é um reservatório que agrega imagens, sentimentos, lembranças, experiências, visões do real que realizam o imaginado, as leituras da vida e sedimenta um modo de ver, de ser, de agir, de sentir e de aspirar ao estar no mundo. Hoje, esse imaginário é instigado, a cada segundo, pela tecnologia e responde transformando os equipamentos e os softwares em objetos de afeto. Esta edição, cujo destaque é a entrevista com Erik Felinto (UERJ), centra-se em como o nosso imaginário interfere na nossa relação com a tecnologia. Abordamos também, em outros espaços deste periódico o RP na produção de shows, a relação equilibrada entre marca visual e identidade corporativa, o problema do workaholic e as sugestões de lazer para os profissionais de comunicação em São Luís. Então, colegas, boa leitura!
Profª Luciana Saraiva de O. Jerônimo
CONRERP/6ªReg.Nº1094
NEWSLETTER É um periódico enviado a um público específico como organizações de todos os setores, profissionais e alunos de relações públicas.
EXPEDIENTE Mercado RP
Universidade Federal do Maranhão Curso de Comunicação Social - Relações Públicas Reitor: Prof. Dr. Natalino Salgado Filho Vice-Reitor: Prof. Dr. Antônio Oliveira Diretor do CCSo: Prof. Dr. César Castro Chefe de Departamento: Prof. Dr. Francisco Gonçalves Coordenador de Curso: Prof. Dr. Esnel Fagundes
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Editora e Orientadora: Profª MSc. Luciana Saraiva de Oliveira Jerônimo Projeto gráfico: Larissa Régia Ramos da Silva Revisão: Profª MSc. Larissa Leda Fonseca Rocha Revisão Fotográfica: Mary Aurea de Almeida Costa Everton Monitora: Dâmaris Cunha Varão
Redação: Alexssandro Rodrigues Antônio Paiva Patrícia Ribeiro Flávio Nogueira Thaysa Lopes Natália Coutinho Taylinne Vieira Raíza Carvalho Tiragem: 1.000 exemplares Endereço: Av. dos Portugueses, Centro de Ciências Sociais, Departamento de Comunicação Social - Bacanga - 65080-040 São Luis- MA.
Críticas e sugestões: mercado.rp@hotmail.com
Reconhecimento profissional
imediato coloca RP
encaminhar o arquivo fotográfico para colunistas, fazer o clipping das notícias e enviar o relatório final à produtora. Paciência, diplomacia e organização são qualidades para atuar nesse mercado. O relações públicas precisa ser um bom estrategista para situações imprevisíveis e ter “jogo de cintura” para a tomada de decisões rápidas e eficazes. É comum ocorrer problemas como atraso do artista, mudanças de hora e local do show e falhas por parte da organização. Também é preciso profissionalismo para saber lidar com crises que provém de cancelamentos e adiamentos dos eventos, evitando danos à credibilidade da produtora. E se alguém pensa que é possível divertir-se nos shows que assessora, está enganado. Apesar de todo o processo ser dinâmico, Isabela afirma: “É muito bom aproveitar os eventos na ótica de quem os promove, mas no momento em que ele acontece, e estamos trabalhando, não dá para curtir as bandas. Porém, trabalhar com produção tem seu lado bom, pois temos o contato direto com os artistas, com o público, e participar dos bastidores faz com que o relações públicas desenvolva
um olhar crítico quando está na posição de espectador em outros shows, pois observa-se cada detalhe da organização que antes passava despercebido”. Ela completa que as melhores vantagens de trabalhar na assessoria de shows são a rapidez no reconhecimento profissional e o aumento no círculo social de contatos que facilita e/ou oferece novas oportunidades. Entretanto, Isabela adverte: “É necessário tempo, dedicação e confiança dos clientes para que se consiga cobrar um valor maior pelo amplo serviço oferecido, já que a média do valor da assessoria pago pelo mercado de São Luís não é das mais atraentes, mas considero que tende a valorizar com o passar dos anos, uma vez que o mercado ainda é muito novo na cidade. É um cenário promissor, mas percebo que temos poucos relações públicas atuando na área”. O valor de uma assessoria a shows custa, em São Luís, de 3 a 4 salários mínimos, por projeto.
Patrícia Ribeiro e Flávio Nogueira
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Isabela Martins (centro) e equipe em assessoria à dupla Zezé Di Camargo e Luciano
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Desde a realização do primeiro show internacional, de grande porte, em São Luís – o show dos Scorpions em 24 de setembro de 2010 – a cidade vivencia um “boom” de shows nacionais e internacionais. Com a nova demanda de shows, surgem espaços interessantes no mercado de trabalho como o de assessoria na promoção de shows. Aproveitando essa nova oportunidade, Isabela Martins, relações públicas, graduada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), aceitou o desafio e experimentou assessorar, em abril de 2011, o show de Zezé Di Camargo e Luciano, produzido pela E.M Produções. Seu trabalho foi aprovado e ela continuou a assessorar shows, desta vez, o da banda Restart, também pela EM Produções, em julho de 2011. Isabela, com apoio da equipe de sua empresa, a Linear Comunicação Integrada, primeiramente elabora o briefing com o cliente. Em seguida é feito um estudo do artista e o planejamento do assessoramento. Após esta etapa, ela parte para a assessoria de imprensa, disponibilizando aos meios de comunicação as informações detalhadas de como vai acontecer o show e fazendo o clipping. Paralelamente Isabela monitora as redes sociais, planeja a mídia para a divulgação do show e organiza a coletiva de imprensa, que geralmente ocorre no mesmo dia do show. Durante o evento, Isabela, juntamente com sua equipe, acompanha a chegada do artista ao local, acomoda-o no camarim, assim como toda a banda e profissionais da técnica. Enquanto ocorre a apresentação, ela monitora o registro em fotos, controla o evento e observa se o público está satisfeito. Há uma preocupação especial em manter a organização, o conforto, a segurança e em oferecer diferenciais tanto na estrutura do show quanto na acomodação das pessoas. A fase final do assessoramento consiste em
de shows Arquivo Pessoal da entrevistada
na produção
O imaginário afeta nossa relação com a tecnologia
A tese de que, no momento, a nossa relação com as tecnologias de informação e comunicação é mais afetiva que racional ganha força nos argumentos bem construídos por Erik Felinto(foto), pesquisador do CNPq, professor doutor do Programa de PósGraduação em Comunicação Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Após sua pesquisa sobre a Teoria da Mídia Alemã, concluída este ano no Pós-Doutorado Sênior da Universidade de Artes de Berlin, ele desafia a nossa reflexão ao dizer que há um papel preponderante do nosso imaginário na relação com a tecnologia.
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O que significa o imaginário das Redes?
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Imaginário das redes é o conjunto de significações, de imagens e ideais que acompanha a apreensão do público a respeito das tecnologias de informação e comunicação. Como afirmo em “A Religião das Máquinas”, nossa relação com a tecnologia é menos racional e mais “afetiva” do que pode parecer à primeira vista. Curiosamente, os
aparatos tecnológicos estão cercados de representações e imagens mitológicas bastante antigas. A consciência coletiva tem mais facilidade de entender o novo projetando-o sobre o pano de fundo de ideias passadas. Desse modo, Pierre Lévy estrutura toda uma teoria da “inteligência coletiva” a partir de um imaginário religioso que data dos primeiros séculos depois de Cristo. Seu livro “A Inteligência Coletiva” é um
exemplo curioso de como o mais novo pode combinar-se com o mais arcaico. As noções de rede e conexão já foram representadas com diversas mitologias, inclusive religiosas, como, por exemplo, na fantasia da Cidade Celestial ou Nova Jerusalém (veja-se o livro de Margaret Wertheim, “Uma História do Espaço: de Dante à Internet”).
Não diria que acontece necessariamente algo de “semelhante”. Todavia, uma representação negativa dos efeitos das redes é a perda da identidade. O sujeito se transformaria numa peça de um mecanismo mais vasto, seguindo apenas as tendências do coletivo. A imaginação das redes mostra sua face distópica mais clara no temor da perda da individualidade em benefício de uma massa “deshumanizada”. Neste cenário da cibercultura, como se dá a relação afetiva das pessoas com as mídias digitais? Ela se processa de diferentes formas, mas normalmente em pólos extremos do amor ao ódio. As mídias ou são encaradas como instrumento de
salvação da humanidade ou promotoras do apocalipse. É uma lógica reducionista e dilemática. O traço fundamental de todo imaginário é sua estruturação em pólos opostos e conflitivos. Em sua crítica sobre o Imaginário das Redes, você diz que a evolução das tecnologias comunicacionais não foi acompanhada por uma transformação significativa do imaginário tecnológico. Por quê? Na verdade, acho que disse outra coisa: que apesar de todos os estudos sobre a evolução tecnológica, pouco se estudou a mutação dos imaginários que cercam as tecnologias. Entender esses imaginários, a forma como a sociedade lida com a técnica, é fundamental para definirmos o futuro da tecnologia. Nenhuma técnica é neutra, mas elas sempre são constantemente reterritorializadas de acordo com o imaginário que projetamos sobre elas. Por exemplo, nos anos 50, a ficção cientifica explorou muito bem o imaginário da época sobre a energia nuclear: ela traria mutações e criaria um apocalipse de monstros e deformidades das formas naturais. Os
filmes da épocas imaginavam formigas gigantes ou criaturas como Godzila, em que os efeitos da radiação eram “gigantescamente” visíveis. Mais tarde, a energia nuclear passou a ser aceita como componente natural do processo de evolução tecnológica e foi em alguma medida, aceita. Porém, mais recentemente os grandes acidentes nucleares recolocaram em cena o imaginário distópico sobre a energia nuclear, só que agora o medo já não é mais o das mutações monstruosas, e sim da contaminação, da destruição “invisível” (pois não vemos, de imediato, os efeitos da radiação). Mas eu poderia também ter mesmo dito a frase acima, já que, apesar do progresso tecnológico, muitas vezes nossas ideias (populares) sobre as tecnologias se baseiam em representações bastante arcaicas.
Entrevista realizada por Antônio Paiva e Alexssandro Rodrigues
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Em sua apresentação, no dia 03 de junho de 2011, durante a XI Semana de Comunicação (UFMA), você falou sobre o conceito Inteligência Coletiva de Pierre Lévy fazendo menção aos borgs, personagens sem identidade, do seriado Guerra nas Estrelas. Em sua opinião, o que acontece de semelhante no uso do twitter e do facebook?
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Nenhuma técnica é neutra, mas elas sempre são constantemente reterritorializadas de acordo com o imaginário que projetamos sobre elas.
Relação marca
visual -
identidade corporativa é desafio para Relações Públicas
Quando um empresário se preocupa com a criação da marca de sua empresa, será que ele sabe a importância da construção de identidade desta marca? Às vezes não. A marca é apenas um símbolo gráfico que irá identificar a sua empresa e diferenciá-la das demais concorrentes. No entanto, é preciso muito mais que isso. A marca precisa ter valores para obter a diferença necessária capaz de torná-la uma marca distinta e para que isso aconteça a marca deve possuir uma identidade. Segundo o diretor de design da empresa Quadrante Design, João Rocha Raposo, com a construção de identidade da marca você consegue obter o controle de para onde vai sua marca, como ela vai relacionar-se com o público e com o mercado. Porém, a
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maioria das empresas que solicitam esse serviço não faz a manutenção da identidade após a criação visual. Criar a identidade de uma marca é estabelecer um canal de comunicação e de identificação entre a empresa e
os seus públicos (stakeholders). Desta forma, para iniciar o processo de construção, consolidação e manutenção da identidade de uma marca é necessário realizar o Branding. E é neste projeto que o profissional de relações públicas se
torna um profissional fundamental para desenvolver positivamente a reputação da marca e alinhá-la aos objetivos da organização e do público alvo. A presença de um profissional de relações públicas no processo de construção de identidade da marca pode contribuir no equlíbrio da relação entre marca visual e identidade corporativa, no crescimento da organização. Para o coordenador de projetos da Karuana Consultoria de Ideias, Lean Andrade, a contribuição do profissional de relações públicas vem da sua habilidade em lidar com a manutenção da reputação da marca. E como hoje
as atitudes da empresa podem ser consideradas uma forma de expressão da marca, o RP pode analisar o retorno de imagem que os públicos de interesse (stakeholders) geram a partir da comunicação da marca. Os meios e as estratégias que os relações públicas podem utilizar no crescimento de uma marca são inúmeros, dentre eles: a fixação da marca, criando assim um vínculo com seu público-alvo; estudo do cliente; estudo aprofundado do target; diversidade de produtos e serviços; cultura, percepção visual, e divulgação da identidade visual. No Maranhão, existem poucos profissionais de Relações Públicas trabalhando na área de Gestão de identidade de marcas. Portanto, este e é um nicho de mercado de trabalho aberto, que se volta para a relação marca visual, identidade e imagem corporativa. O relações públicas é habilitado para lidar com incertezas e contradições no processo de gestão da comunicação, algo interessante para a área. Então, vamos ocupar esse espaço.
Thaysa Lopes e Natália Coutinho
Workaholic é hoje
uma preocupação constante para os
importante, nesse caso, é que haja uma reeducação comportamental e o sujeito consiga redescobrir outras formas positivas de lidar com o trabalho com vista a atingir um equilíbrio na esfera trabalho-familia-vida social. E para tal, dá algumas dicas como: envolver-se em atividades comunitárias, aprender a dizer não, compreender que o trabalho não é para sempre, moderar a dedicação ao trabalho, estabelecer prioridades na vida, inclusive no trabalho e buscar descobrir e realizar outras atividades para obtenção de prazer. Casos como o da supervisora Dalila Carvalho, da VRG Linhas Aéreas, que se considera uma workaholic. Suas atividades são levadas ao limite da exaustão, por ela ser detalhista. A psicóloga Janete Valois aconselha: “Não sei se pode falar em cura, mas há possibilidades do sujeito exercer atividades laborativas que sejam integradas às outras dimensões da vida, uma vez que o trabalho é um eixo importante, mas não o único, no equilíbrio das relações que estabelece com o mundo”. No âmbito do clima organizacional interno, para Afonso Araújo (foto), profissional de relações públicas da VRG Linhas Aéreas, a principal conseqüência em ser um workaholic é a deterioração
da qualidade de vida e das relações com aqueles que o cercam. A pessoa só começa a perceber o problema quando identifica algum sinal de estresse, depressão ou isolamento. Contra isto, muitas empresas começam a auxiliar seus colaboradores com apoio psicológico. Eles precisam entender que para ser reconhecido como bom funcionário, não é necessário ser o primeiro a chegar ao trabalho e último a sair. Por ser um fenômeno ainda pouco conhecido, aposta-se na conscientização: levar ao conhecimento de todos o tema. A empresa deve mostrar que tipo de colaborador quer para seu quadro, afinal de contas ele carrega consigo a imagem da organização. É claro que como medida, em longo prazo, deve ser pensada de forma estratégica e global dentro da empresa. Somente assim o relações públicas poderá utilizar estratégias para melhoria da qualidade de vida do trabalhador como, por exemplo, dias de lazer, atividades culturais, mural do reconhecimento, divulgação do assunto no jornal, revista regional e portal corporativo, entre outros. Taylinne Vieira
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Afonso Araújo, Relações Públicas da VRG Linhas Aéreas
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Trabalhar duro faz parte do cotidiano. Ser viciado em trabalho, não. Como o relações públicas pode influenciar na busca do limite entre a dedicação saudável e a obsessão dentro da organização? O sistema cultural atual valoriza as pessoas que se sobressaem por uma atividade desenvolvida. Entretanto, há diferença em trabalhar muito mantendo a saúde e adoecer devido à carga de trabalho. Temos assim o workaholic. Para pessoas que sofrem desta disfunção, o trabalho se torna nocivo ao bem estar físico, familiar, psicológico e social. Normalmente essas pessoas exigem dos outros o mesmo ritmo de trabalho, perfeição, dedicação e devoção ao trabalho que possuem ou que exigem de si. “O trabalho fica, a empresa fica, mas o lazer e os amigos não.”, afirma José Eudócio Saraiva, executivo de contas da VRG Linhas Aéreas. Para ele, a competição acirrada é constante no mercado de trabalho. São reuniões e horas de vôos que, em conjunto, condicionam a todos trabalhar mais, seja respondendo e-mails pelo celular ou pensando a todo o momento no que ainda não foi programado. Situações assim tornam-se corriqueiras dentro das organizações. De um lado, a empresa impõe um ritmo acelerado aos funcionários e do outro, o profissional assume cada vez mais responsabilidades e atribuições em nome do crescimento profissional. A vida corporativa moderna, com ênfase em metas ambiciosas, coloca uma carga de trabalho sobre o profissional. Isso, em um ambiente competitivo, aumenta o estresse e a rivalidade entre os próprios colegas, favorecendo o surgimento do workaholic. Para Janete Valois, psicóloga e professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), uma coisa
Foto: Verner Bezerra
Relações Públicas
Lazer do profissional de
comunicação maranhense Segundo a Associação de Psicologia Americana, 70% dos profissionais ativos no mercado de trabalho apontam seus empregos como a principal causa para sintomas de estresse. O site de emprego Careercast avaliou o nível de estresse de mais de 200 profissões considerando critérios como condições do ambiente de trabalho, salário, potencial de crescimento na carreira e grau de competitividade e riscos. E adivinha? Os profissionais da área de comunicação tiveram lugares garantidos no ranking das dez profissões mais estressantes. Em quinto lugar, estão os repórteres, estressados pela vida frenética na busca pelo inédito, o medo dos “furos”, horários de trabalho muitas vezes inapropriados
e a pressão dos prazos finais para a entrega das reportagens (deadlines). Uma curiosidade é que em tradução livre, o termo deadline significa “linha da morte”. Em quarto lugar no ranking dos estressados está o fotojornalista. Os fatores que colocam a profissão entre as mais estressantes variam entre os locais inóspitos e a briga pelo espaço para captar o melhor enquadramento, os horários estranhos, muita pressão e salários pouco atraentes. A carreira de profissional de relações públicas só perdeu para a de pilotos de avião de vôos comerciais na lista das profissões mais estressantes. Fazer a mediação entre as empresas e a imprensa está deixando esses profissionais de cabelos brancos. Um
São Luís possui uma vasta opção de barzinhos. Quem vai para o Centro Histórico, na Praia Grande, pode curtir MPB enquanto aprecia os ares antigos do Reviver. Os bares Antigamente, Le Comptoir e Canto da Cultura estão às portas abertas até às 0h, de terça a quinta, e até 2h ás sextas, e sábados. O bar da pousada Internacional e o bar Colsa Nossa possuem as mesmas vantagens da localização, mas sem música. A Feira da Praia Grande, na Casa das Tulhas, conhecida como “feirinha”, é o lugar certo para quem quer comprar comidas regionais ou a famosa cachaça maranhense de cor roxa, a tiquira. Além da Tiquira e dos petiscos, a feirinha tem um grande atrativo: cerveja a R$ 3,50 na maioria dos bares. O Reviver é conhecido pela grande quantidade de turistas e por ter um público alternativo.
Quem procura um programa mais tradicional e descontraído, pode ir ao Botequim, na Lagoa da Jansen, para dar uma aliviada no estresse. Shows de MPB começam às 20h durante os dias comerciais. O pagode garante a agitação nos fins-de-semana. O couvert artístico custa R$ 4,00 e o chopp, R$ 4,30. Os petiscos vão de R$ 4,00 até R$ 13,00. O Botequim funciona de segunda a sexta, das 18h às 4h e nos finais de semana, das 12h às 4h. Os fãs de rock e sinuca também têm espaço garantido na Lagoa da Jansen. O bar Veneto é uma alternativa consagrada para quem procura fugir dos bares convencionais da ilha. O Veneto vende sanduíches de R$ 5,50 a R$ 8,00, cerveja 600ml a R$ 4,80 e cobra a ficha da sinuca a R$ 0,75.
relações públicast pode trabalhar até 9h por dia, sem contar as adaptações a horários estranhos e trabalhos durante o final de semana. Neste contexto de pressões e estresses, os momentos de lazer tornam-se essenciais para a manutenção da saúde e bem estar. O Mercado RP realizou no semestre passado, uma sondagem com os profissionais de relações públicas, questionando suas atividades de lazer. Entre as atividades descritas estão as leituras, as idas às praias, aos cinemas, aos barzinhos e aos restaurantes. Seguindo este perfil, o Mercado RP elaborou sugestões de bons locais e programas que se enquadram no gosto desses profissionais.
Na Avenida Litorânea, uma boa indicação é o bar Oasis Beach, que tem uma programação de quarta a domingo e o couvert custa R$ 4,50. O público pode curtir MPB e sertanejo a partir das 20h30 na quarta. Às quintas, às 20h, o negócio é cair no samba! Mais MPB na sextas, às 20h30. Aos sábados e domingos, pop rock a partir das 16h e show de MPB às 21h, no sábado. Os petiscos variam de R$ 13,00 a R$ 20,00, a cerveja convencional custa R$ 5,50. O novo point para quem curte um bom samba de raiz ou um chorinho é na Toca da Empada, às sextas, das 19h às 22h. A qualidade musical é garantida com o grupo Azeite Brasil. A cerveja custa R$ 6,00 e o couvert artístico é R$ 10,00.
Raíza Carvalho