Análise Criminal
RESUMO PARA A PROVA DE ANÁLISE CRIMINAL GESTÃO DA INFORMAÇÃO 1.1. Gestão das Informações Criminais: A Gestão Pública incorpora uma série de características do saber científico: - A necessidade de adquirir os conhecimentos por meio da experiência sensível; - O fato de buscar controlar ao máximo os preconceitos que deturpam a visão da realidade; - A fundamentação do conhecimento em experiências empíricas rigorosamente determinadas em termos metodológicos. - A busca pelo estabelecimento de previsões; A Gestão de Resultados deve ser entendida da seguinte forma: - Por meio da experiência empírica, estabelece-se um conhecimento sobre quais são as ações que levam ao alcance do melhor resultado possível e, a partir daí, a gestão passa a ser orientada por este conhecimento.
do sistema. - Possui contexto e significado, além da reflexão, interpretação e síntese. - Implica envolvimento e entendimento ativo e está vinculada à ação humana. - Frequentemente tácito e de difícil estruturação e transferência. - É a base das ações inteligentes e está ancorado nas crenças de seu detentor.
1.3. Informação X Conhecimento O conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a crenças e compromissos. O conhecimento é uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção específica. O conhecimento está relacionado à ação. Dados
Informação
Conhecimento
AÇÃO
ANÁLISE CRIMINAL 2.1. Definição:
1.2. Dado, Informação, Conhecimento: DADO É um registro acerca de um determinado evento para o sistema. Mesmo em grande quantidade, é facilmente obtido, armazenado e catalogado com a moderna tecnologia. Entretanto, o dado carece de valor por ser um evento fora do contexto e sem significado para o sistema.
- Simples observação sobre o estado do mundo. - Registro acerca de um determinado evento para o sistema. - O dado é inerte. - Facilmente estruturado e transferível. - Evento fora do contexto e sem significado para o sistema. Não existe correlação entre os fatos e suas implicações. - É apenas a representação de eventos e não há a correlação e atuação humana sobre eles. INFORMAÇÃO É um conjunto de dados, os quais devidamente processados são providos de um determinado significado e contexto para o sistema. Entretanto, apesar da relevância e propósito, carecerá de valor se faltar a riqueza da interpretação.
- Dados dotados de relevância e propósito. - Conjunto de dados com um determinado significado para o sistema. - Provida de determinado significado e contexto para o sistema, porém carece do valor da interpretação. - A informação é dinâmica e exige a mediação humana. - Apesar de requerer unidade de análise é muito mais fácil transferir do que o conhecimento. - Cria padrões e ativa significados na mente das pessoas e exige consenso com relação ao significado. CONHECIMENTO É a capacidade de aplicar a informação a um trabalho ou a um resultado específico. É a informação valiosa da mente combinada com experiência, contexto, interpretação e reflexão.
- Informação valiosa da mente humana. - Informação que devidamente tratada muda o comportamento
É um processo analítico e sistemático de produção de conhecimento, orientado segundo os princípios da pertinência e da oportunidade, sendo realizado a partir do estabelecimento de correlações entre conjuntos de fatos delituosos ocorridos (“ocorrências policiais”) e os padrões e tendências da “história” da criminalidade de um determinado local ou região. A análise criminal se refere ao conjunto sistemático de processos analíticos que provê em tempo, informações pertinentes sobre a correlação entre padrões de crimes e tendências de crimes. É primariamente uma ferramenta tática.
2.2. Finalidade: a) Identificar tendências e padrões de crimes e criminalidade; b)Gerar conhecimento para as ações táticas e estratégicas de como os problemas podem ser resolvidos da melhor maneira possível, bem como alimentar os programas de polícia comunitária; c) Avaliar as ações planejadas e as teorias envolvidas para os crimes e a criminalidade e; d)Produzir relatórios de domínio reservado ou público. 2.3. Tipos de Análise Criminal Análise Criminal Tática (ACT): refere-se à análise de dados e informações relativas ao “onde” (lugar), “quando” (horas, tempo) e “como” (modus operandi) o crime ocorreu e foi perpetrado, objetivando assistir aos investigadores na identificação e compreensão dos problemas específicos e imediatos do crime. O objetivo final da ACT é promover
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Análise Criminal rápida resposta em relação a uma série de crimes que estão ocorrendo. Os padrões de crimes são geralmente definidos para uma determinada área geográfica, processo este conhecido como “clusterização” em uma área específica.
d) Análise de crimes para avaliação: é indispensável para que os planos e estratégias em curso sejam revisados periodicamente. Os aspectos de administração gerencial estão vigorando, sobretudo o acordo de resultados, ensejando melhores rumos para o trabalho.
Análise Criminal Estratégica (ACE): refere-se aos problemas de longo alcance, grande abrangência e gerais, bem como ao planejamento de longo prazo em segurança pública e reflete diretamente sobre a elaboração de políticas públicas, através de análise do comportamento dos crimes durante uma longa série temporal. Tem a finalidade de determinar os padrões de atividade criminal de longo prazo.
2.4.1.
Análise Criminal Administrativa (ACA): foca no fornecimento de informações sumarizadas, estatísticas e informações gerais sobre tendências criminais para os gestores das instituições de segurança pública. Serve para subsidiar os departamentos administrativos, assessoria dos comandos e oficiais e também para a comunidade geral. Análise de Inteligência (AI): é o estudo da atividade criminal “organizada”. Seu objeto de investigação e compreensão está vinculado com os crimes do “colarinho branco”, lavagem de dinheiro, crimes digitais, terrorismo, tráfico de drogas, redes de prostituição e roubo de carga. Análise Criminal Investigativa (ACI): foca sua atenção nos perfis das vítimas e dos suspeitos, perfilando-os para o investigador, com base nos dados e informações disponíveis. Este método leva o analista a avaliar cuidadosamente os aspectos taxonômicos das séries de crimes que estão ocorrendo subordinadas à determinado tempo e região. 2.4. Funções básicas da Análise Criminal: a) Análise de crimes para a prevenção: descobrir padrões que denotam certa previsibilidade dos eventos, como a concentração em determinados métodos de ataques. Ex: policiamento de endereços com chamadas repetidas; monitoria de criminosos reincidentes; equipes de violência doméstica. b) Análise de crimes para distribuição tática de pessoal: determinadas áreas, em face de suas características, exigem vigilância e monitoria diferenciadas. c) Análise de crimes para investigação: têm que ser selecionados para investigação os casos em que a existência de fatores de solução seja mais destacada: testemunhas, provas técnicas, imagens de circuito de vídeo, retrato falado, sinais característicos de suspeitos. Pode-se valer de dados de informantes e espiões.
Campos de aplicação da Análise Criminal
a) Orientar os gestores quanto ao planejamento, execução e redirecionamento das ações do sistema de segurança pública, contribuindo para uma melhor distribuição dos recursos materiais e humanos. b) Dar conhecimento à população e a outros órgãos governamentais e não-governamentais quanto à situação da segurança. 2.5. Por quem e como é realizada a análise criminal? A análise criminal é a atividade desenvolvida por pessoa capacitada, que visa à identificação dos fatores que envolvem a criminalidade, em termos qualitativos e quantitativos, bem como a identificação de variáveis que se relacionam com esses fatores, apresentando correlações entre si, ou não. 2.5.1. Tarefas analíticas e estatísticas do Analista Criminal: I – a utilização de aplicativos de computação; II – a realização de amostragens estatísticas aleatórias; III – elaboração de análises e estudos de correlação e regressão e; IV – estudos probabilísticos. 2.5.2.
Tarefas ocupacionais do analista:
I – coleta e análise de dados para detecção de padrões de criminalidade; II – estabelecimento de correlações de dados acerca de suspeitos do cometimento de delitos; III – elaboração de perfis de suspeitos e projeção da ocorrência futura de determinados delitos; IV – preparação de relatórios sobre dados e tendências criminais; V – realização de apresentações para membros da instituição policial, da comunidade e de organizações externas; VI – monitoramento da criminalidade e estabelecimento de programas preventivos, inclusive em parceira com outros órgãos do Poder Executivo local. 2.5.3. A análise QUANTITATIVA: Determina a proporção de fatores e variáveis que influenciam no comportamento criminal. É uma abordagem numérica e de fácil interpretação, podendo muitas vezes,
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Análise Criminal tornar-se apenas uma composição da estrutura geral da análise criminal. 2.5.4. A análise QUALITATIVA: É responsável pela identificação dos fatores e das variáveis que influenciam no comportamento individual. 2.6. A Análise Criminal na PMMG Tem o objetivo de identificar os fatores que envolvem a criminalidade e configura-se em importante instrumento gerencial para a efetividade das ações. 2.6.1.
Finalidades da AC na PMMG:
I – facilitar a identificação e localização de problemas de segurança pública; II – proporcionar um acompanhamento geral e específico dos serviços e da produção da Organização, além de identificar as possíveis deficiências no policiamento; III – possibilitar o emprego racional dos meios; IV – proporcionar segurança para o público interno; V – possibilitar a produção de melhores resultados operacionais; VI – dar confiabilidade às informações produzidas pela Corporação. 2.6.2.
Princípios: VISÃO SISTÊMICA DO PROBLEMA e ANÁLISE COM ÊNFASE NA AÇÃO PREVENTIVA
2.6.2.1. Visão Sistêmica do problema: É o modo como o analista de criminalidade deve abordar o problema da criminalidade dentro do sistema social e como um dos tópicos principais da segurança pública. 2.6.2.2. Análise com ênfase na ação preventiva: Reveste a análise criminal na Polícia Militar, por ser a prevenção o principal objetivo da Organização, configurando como seu “negócio”. Policiamento ostensivo e preservação da ordem estão diretamente relacionados à prevenção.
3.1.2. Estatística É uma ciência aplicada que fornece para coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados, para utilização dos mesmos na tomada de decisões. 3.1.3. Dados estatísticos É um dado numérico, considerado a matéria-prima sobre a qual se vão aplicar os métodos estatísticos. 3.1.4. População É o conjunto total de elementos portadores de, pelo menos, uma característica comum ou observável; também pode ser definida como qualquer coleção de indivíduos ou valores, finita ou infinita. 3.1.5. Distribuição estatística Ferramenta matemática que tem como função prever a ocorrência de um fenômeno, baseado na coleta de um número limitado de informações. Ex: pesquisas de intenção de voto. 3.1.6. Variável É o conjunto de resultados possível de um fenômeno. VARIÁVEL QUALITATIVA É o tipo de variável na qual os valores são expressos por atributos, isto é, por características não-numéricas dos elementos do conjunto, como sexo, cor da pele, estado de conservação, grau de satisfação de cliente.
NOMINAIS
ORDINAIS
Não existe ordenação dentre as categorias. Ex: sexo, cor dos olhos, doente, sadio.
Existe uma ordenação entre as categorias. Ex: escolaridade (fund, médio, superior), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), meses do ano (jan, fev, mar).
VARIÁVEL QUANTITATIVA Tipo de variável expressa em números e à qual está sempre vinculada a ideia de valor, de quantidade.
DISCRETA
CONTÍNUA
É o tipo de variável expressa em números inteiros, não negativos. Ex: 12 homicídios; 14 furtos.
Resulta normalmente de uma mensuração, e a escala numérica de seus possíveis valores corresponde ao conjunto dos números reais. Podem ser valores negativos ou fracionados. Ex: altura em cm; ICV; IC; IR.
ESTATÍSTICA APLICADA A ANÁLISE CRIMINAL 3.1. Definições essenciais: 3.1.1. Fenômeno (= dado) É todo fato observado na natureza. Para os fins da Estatística, interessam aqueles fatos que possam ser medidos de algum modo, seja numericamente, seja quanto à variação de suas qualidades.
EXEMPLOS: 90% dos alunos do CFS são homens. 90% = Variável Quantitativa Contínua. Homens = Variável Qualitativa Nominal. 58 sargentos são homens. 58 = Variável Quantitativa Discreta Sargentos = Variável Qualitativa Ordinal
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Análise Criminal 3.2. Análise gráfica 3.2.1. Gráfico de colunas Têm por finalidade comparar grandezas, por meio de retângulos de igual largura e alturas proporcionais às respectivas grandezas. Cada coluna representa uma intensidade de uma modalidade do atributo. 6 5 4 3 2 1 0
3.2.4. Gráfico de setores É usado para representar as relações das partes de um todo entre si e entre as partes e o todo, ressaltando a participação do todo (dado total).
Crimes Violentos 1,2
1,4
1º Tri 2º Tri
2008
3,2
8,2
3º Tri
2009
4º Tri
2010 São Paulo
Minas Gerais
Bahia
Rio de Janeiro
3.3. Medidas de tendência central
3.2.2. Gráfico de barras Idem anterior, só que as colunas são na posição horizontal.
RPM Março
Z BPM
Fev
Y BPM
Jan
X BPM 0
2
4
6
3.2.3. Gráfico em linhas É um gráfico de extrema importância na análise criminal; representa observações ao longo do tempo, em intervalos iguais ou não. Tais conjuntos de dados são denominados séries históricas ou séries temporais. Estas traduzem o comportamento de um fenômeno ao longo do tempo. 6
3.3.1. Média Soma-se todos os valores do conjunto e divide pelo quantidade de elementos desse mesmo conjunto. 3.3.2. Mediana É uma medida de tendência central, em que 50% do conjunto de dados ficam abaixo de um certo valor e os outros 50%, acima. Se o total de elementos é par, a mediana é a média aritmética simples dos valores centrais. ATENÇÃO: é necessário colocar os dados em ordem crescente e depois pegar o valor central. 3.3.3. Moda É o número que mais se repete numa determinada sequencia de números. Vamos calcular a Média, a Mediana e a Moda da sequencia abaixo: 3
4
4 ⁄
Média:
4
6
7
9
12
15
15
= 7,9
Mediana:
5 4
2010
3
2011
2
2012
1 0 Abr
Mai
Jun
Jul
Moda: 4 3.4. Índices de criminalidade, taxas e coeficientes Os principais índices usados na área operacional são o índice de criminalidade violenta (ICV) e o índice de criminalidade (IC). 3.4.1.
Índice de Criminalidade (IC)
Nesse cálculo não entra as contravenções penais e nem operações policiais. Ex: Atrito Verbal é contravenção penal e não entra no cálculo.
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Análise Criminal 3.4.2.
Índice de Criminalidade Violenta
Os crimes que fazem parte do ICV são: (Mem. nº 90.495/11) 1) 2) 3) 4) 5)
Homicídio (Tentado/Consumado); Sequestro ou cárcere privado (Consumado); Roubo (Consumado); Extorsão mediante sequestro (Consumado); Estupro (Tentado/Consumado).
Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPat) 1) Roubo (Consumado); 2) Extorsão mediante sequestro (Consumado) 3.5. Índices Relativos Ex: suponha que o número total de veículos furtados no 1º semestre de 2000, em certo bairro, foi de 25 (qa) veículos e que a quantidade de veículos furtados no 2º semestre de 2000 seja de 30 (qb) veículos. Logo, a quantidade relativa ou a variação do número de furtos do 2º semestre em relação ao 1º semestre, é dada por:
Lê-se: a variação do 2º semestre em relação ao 1º semestre foi de aumento de 20%. 3.6. Propriedades dos índices Índices e Taxas de Criminalidade podem ser tomados por certa quantidade de habitantes. Assim após o cálculo do índice poderá ser multiplicado por 1.000, 10.000 ou 100.000, tornando o índice calculado em função do número de habitantes, conforme a necessidade.
4.2. Informações do Mapa Os mapas são definidos com as características abaixo:
São desenhos de informações sobre áreas e lugares; Auxiliam na visualização dos dados; São como aquelas figuras proverbiais que valem mais que mil palavras; Permitem a rápida visualização da informação.
4.3. Elementos do Mapa a) Um título (ou legenda) para a descrição do mapa b) Uma legenda para a interpretação do conteúdo do mapa como símbolos e cores. c) Uma escala para a tradução da distância no mapa em distância no solo. d) Orientação indicando a direção. e) Uma fonte. 4.4. Tipos de informações do Mapa Localização: é, na perspectiva do analista criminal, o tipo mais importante de informação a ser representativo ou reunido em um mapa. Distância Direção Padrão: é um conceito especialmente útil, na medida em que envolve a descrição ou análise do padrão das ocorrências criminais. O padrão pode ser uma ferramenta investigatória poderosa, porque o modo como os pontos se configuram pode nos dizer algo acerca do processo que leva a esta configuração. Os padrões são, em geral, classificados como aleatório, uniforme, aglomerado ou disperso. Pontos Distribuições discretas 4.5. Mapas Temáticos
3.7. Índices de segurança pública
MAPAS QUANTITATIVOS
MAPAS QUALITATIVOS
Convenção Internacional: os índices são multiplicados por 100.000 habitantes.
Apresentam informações numéricas, como o número de crimes em uma área ou a taxa de criminalidade.
Mostram dados nãonuméricos, como o tipo de utilização da terra ou características vítima/criminoso, como homem ou mulher, jovem ou adulto.
Tendo em vista que várias cidades do Estado possuem populações com menos de 10.000 habitantes, deve multiplicar os índices por 1.000:
MAPEAMENTO DA CRIMINALIDADE 4.1. Visão Geral O mapeamento da criminalidade é a representação gráfica da distribuição espacial dos dados de criminalidade, através de mapas.
4.5.1. MAPAS ESTATÍSTICOS Utilizam símbolos proporcionais, gráficos de setores circulares ou histogramas para visualizar os aspectos quantitativos dos dados. São colocados símbolos estatísticos em cada subdivisão do mapa, como áreas de patrulha, unidades de recenseamento, bairros ou distritos.
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Análise Criminal Mapa Estatístico da Gripe A (H1N1) no Brasil
4.5.3. MAPAS LINEARES Mostram ruas e rodovias, bem como fluxos, através de símbolos lineares como linhas proporcionais em espessura representando os fluxos. Os analistas da criminalidade não utilizam mapas lineares com frequência. Sua aplicação mais comum é a investigação do roubo de veículos, mostrando as conexões entre o local do roubo e o local da recuperação.
Desvantagem: a utilização de símbolos estatísticos nos mapas podem sobrepor um ao outro, resultando em uma bagunça ininteligível. 4.5.2. MAPAS PONTUAIS (de pino) Utilizam pontos para representar incidentes individuais ou números específicos, como quando um ponto equivale a cinco incidentes. Os mapas pontuais são, provavelmente, os mais utilizados pela polícia, na medida em que mostram a localização dos incidentes de maneira bastante precisa quando se utiliza dados no nível dos endereços. Através deste mapa pode-se identificar algumas zonas quentes de criminalidade (ZQC’s), como os locais de concentração de crimes e delitos.
Desvantagem: onde há muitos pontos a serem mapeados, a utilização dos dados pontuais pode resultar em uma bagunça de pontos sobrepostos com pouco ou nenhum significado. Os mapas pontuais também ficam confusos caso sejam sintetizadas as categorias criminais mais frequentes durante longos períodos de tempo.
4.5.4. MAPAS COROPLET Mostram a distribuição de áreas específicas como áreas de ronda, distritos, regiões, condados ou quarteirões.
4.5.5. MAPA DE KERNEL Tem uma elevada aplicabilidade no campo do mapeamento do crime. A ideia central do Mapa de Kernel é a probabilidade, isto é, o ramo do conhecimento humano que estuda possibilidades de ocorrência de determinados eventos, ambos serão intercalados e às vezes relacionados entre si. Esse entendimento é base para a compreensão do mapa de Kernel, porque este é um tipo especial de mapa que indica, graficamente, as possibilidades de ocorrência de determinado evento, no espaço geográfico que se decida analisar.
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Análise Criminal A utilidade do mapa de Kernel está em permitir estimar-se a intensidade de um padrão de pontos, estimativa que é, por fim, expressa em cores mais ou menos fortes no mapa.
GEOTECNOLOGIA NA PMMG 5.1. Geotecnologia É o conjunto de tecnologias destinas à coleta, processamento, análise e publicação de dados geoespaciais, para apoio ao processo de análise e de tomada de decisão. Ex: SIG, GPS, Cartografia Digital. 5.2. Geoprocessamento É uma área de conhecimento que reúne recursos computacionais, como por exemplo, os SIG’s, com o objetivo de manipular dados geográficos.
4.6. FUNÇÃO DOS MAPAS DA CRIMINALIDADE Os mapas normalmente são vistos como ferramentas de exibição. Na realidade, os mapas desempenham um papel importante no processo de pesquisa e análise. O mapeamento é mais eficaz quando suas múltiplas capacidades são reconhecidas e utilizadas em toda sua extensão. 4.6.1. Pensamento Visual No pensamento visual, o mapa é utilizado para criar ideias e hipóteses acerca do problema que está sendo investigado. É uma atividade individual que envolve duas fases: Fase exploratória: os mapas podem ser grosseiros e não há a intenção de exibi-los, como informações escritas a mão, por exemplo. Fase de confirmação: se caracteriza pela verificação exata do que foi observado. 4.6.2. Comunicação Visual À medida que passa do pensamento visual à comunicação visual, avança-se do domínio individual às atividades de síntese e apresentação. A síntese é auxiliada pela capacidade de encontrar sobreposições (interseções) entre as camadas de um Sistema de Informação Geográfica (SIG). A apresentação junta todos os pedaços relevantes em um mapa, podendo torna-lo bem persuasivo, de acordo com o modo em que é projetado. 4.6.3. Pensamento Visual versus Comunicação Visual A comunicação visual é uma expressão tangível do pensamento visual. Consiste em colocar os pensamentos acerca dos dados e processos em um formato que outros possam ver e compreender com o mínimo de esforço.
Segundo a Diretriz nº 3.01.01/2010-CG, o geoprocessamento envolve um conjunto de técnicas computacionais relacionadas à coleta, armazenamento e tratamento de informações espaciais ou georreferenciais, para serem utilizadas em várias aplicações, nas quais o espaço físico geográfico representa relevância. Constitui um dos principais processos de análise da criminalidade. 5.3. Dados Geográficos O sistema de cartografia digital, a exemplo do Geosite-MUB, agregam e armazenam dados geográficos. Os dados geográficos são classificados em: Descritivos ou Convencionais: descrevem características do objeto espacial, como o tipo e nome do logradouro, número do lote, tipo de edificação, etc. Espaciais ou Pictóricos: são as informações referentes á localização geográfica de um determinado objeto espacial, na superfície terrestre, em um determinado momento. 5.4. Sistema de Informação Geográfica – SIG Na PMMG é conhecido como GEOSITE. São aplicações que integram hardware, software, dados georreferenciados, informações geográficas, dados do negócio da organização e aplicações computacionais para possibilitar a análise, a gestão ou a representação gráfica de fenômenos observados em um determinado espaço ou área geográfica. O investimento e a exploração dessa tecnologia pode possibilitar grandes benefícios para a Segurança Pública, no tocante a análise do fenômeno criminal mediante a identificação dos locais de maior incidência de delitos, planejamento da alocação racional dos recursos operacionais, gestão dos dados espaciais das áreas de atuação e apoio aos processos de coordenação, controle e de tomada de decisão.
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Análise Criminal 5.4.1. a) b) c) d) e)
Elementos do SIG Software Hardware Dados Recursos Humanos (usuários) Metodologias ou Técnicas de Análise
5.5. Sistema de Localização Automática de Veículos – AVL Sistema que utiliza o GPS para obter o posicionamento de um objeto na terra. É responsável pela transmissão da localização para uma central de monitoramento que poderá mostrar a posição do objeto por meio de um SIG. O AVL agrega três tecnologias para operação: GPS, meio de comunicação sem fio e SIG. 5.6. SIG – GEOSITE É constituído pelos módulos de cartografia digital ou mapeamento urbano básico – MUB, módulo de GeoEstatística ou de geoprocessamento, módulo de mapa do Sistema de Controle de Atendimento e Despacho – MapCAD e módulo de Monitoramento de Recursos/Viaturas com GPS – Módulo GPS/AVL.
5.10. Monitoramento de Recursos/Viaturas com GPS – Módulo GPS/AVL O módulo de GPS/AVL é destinado ao controle dos recursos/viaturas de serviço, que dispõem de dispositivos GPS/AVL, por meio de serviços de monitoramento de deslocamentos, registro de histórico de rotas, criação de cercas eletrônicas, alertas, pontos de controle e estabelecimento de itinerários/rotas. 5.11. Centro Integrado de Informações de Defesa Social e a Estrutura de Recebimento, Coleta e Armazenamento de Dados O Centro Integrado de Informações de Defesa Social (CINDS) elabora estatística e análise qualitativa e quantitativa das informações armazenadas nas bases de dados do Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS) e de outros sistemas de interesse da Segurança Pública, observada a competência e autonomia dos Órgãos envolvidos.
Os módulos CAD/REDS buscam informações em diversas fontes:
5.7. GEOSITE – MUB Base cartográfica destinada ao mapeamento das áreas urbanas e rurais dos municípios e distrito do Estado. Fonte de dados para o endereçamento de ocorrências no CAD e no REDS. Dispõe de vários níveis de informações, incluindo a divisão e responsabilidade territorial dos órgãos do sistema de defesa social. 5.8. Módulo de GEO-ESTATÍSTICA Geoprocessamento dos Eventos de Defesa Social lançados no REDS. Produção de mapas temáticos para realização de análises criminais. Monitoramento de viaturas / recursos com dispositivos de GPS/AVL. 5.9. Módulo de MAPA DO CAD – MapCAD Visualizar os recursos operacionais de serviço e as ocorrências em desenvolvimento. Fonte de pesquisa de referências de logradouros. Esta aplicação permite visualizar no mapa a localização de viaturas, ocorrências e atividades / operações criadas no sistema de Controle de Atendimento e Despacho (CAD), pelos operadores do sistema, em especial os despachantes e auxiliares das salas de operações. Para as viaturas dotadas com dispositivos de GPS/AVL, será possível observar o deslocamento.
ATENÇÃO: Resumo elaborado de acordo com o roteiro de estudos disponibilizado na Intranet. De acordo com ele, não será cobrada a Unidade VI da apostila. - Está autorizado o uso da calculadora na prova. Criação e Formatação: SD Marum
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