Como utilizar este livro O objectivo deste livro é dar a conhecer a diversidade de insetos através da experiência de identificação. Pretende‑se que seja uma ferramenta útil para conseguir identificar um inseto, quer este seja observado na natureza, em fotografia ou numa coleção. Para iniciar a experiência de identificação tem que ter a certeza absoluta que está perante um inseto. Estes animais são artrópodes que se distinguem dos demais invertebrados (como as aranhas ou os crustáceos) especialmente pelas seguintes características: divisão do corpo em três partes – cabeça, tórax e abdómen, presença de seis patas e, na maioria das espécies, um ou dois pares de asas (nenhum outro invertebrado tem asas). Na cabeça têm duas antenas, olhos compostos e a boca, que é muito importante para distin‑ guir os diferentes grupos. No tórax encontram‑se as patas e as asas (quando existem), e no abdómen os órgãos reprodutores. A ordenação dos seres vivos faz‑se através de grupos, que se organizam por ordem decrescente de semelhança e parentesco evolutivo: a unidade básica da classificação de seres vivos é a Espécie; espécies parecidas formam um Género. Depois destes dois níveis, segue‑se o agrupamento de Géneros parecidos numa Família, o agrupamento de Famílias parecidas numa Ordem, depois a Classe, o Filo e por último o Reino. No caso da classe Insecta, a cate‑ goria da Ordem reúne grupos de animais com características morfológicas muito bem definidas, que permitem o agrupamento de grandes tipos de inse‑ tos: as borboletas, as libélulas, os gafanhotos ou os besouros pertencem a ordens diferentes. A título de exemplo, o nome científico da libélula que se encontra na ima‑ gem da página da direita é Anax imperator. Esta espécie pertence ao género Anax, à família Aeshnidae, à ordem Odonata, classe Insecta, filo Arthopoda e reino Animalia. A diversidade de insetos é imensa. Só em Portugal deverão existir 30 000 espécies, das quais cerca de um terço estão ainda por descobrir. Perante tanta diversidade, a classificação torna‑se um processo difícil, e nem mesmo os cientistas estão sempre todos de acordo sobre a melhor forma de o fazer. Por exemplo, não há consenso quanto ao número de ordens. Alguns cientis‑
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