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Advertência do autor

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Em terra firme

Em terra firme

Caro leitor:

Por certo V.S.ª não ignora que no Brasil, bem como em todos os países da Terra, possuímos milhares de manicômios abarrotados de loucos, loucos às vezes assim chamados por terem encarado a pessoa humana e o mundo pelo seu lado real. Todas as pessoas de ideias fracas que se atrevem a fazer um exame profundo do homem que habita atualmente esta terra de Adão e Eva, e querem colocar mentalmente todas as coisas aqui em seus devidos lugares, em minha opinião, correm perigo de deixar este mundo dos “loucos livres”, para habitarem o mundo dos loucos presos nos manicômios. Mas seriam realmente estes loucos presos os mais perigosos uma vez que o seu campo de ação só vai até aonde alcançam suas unhas e dentes? Não existiriam porventura em liberdade outros loucos mais perigosos porque têm o mundo terrestre ao alcance de suas mãos, e com uma palavra ou gesto, podem exterminar o homem da face da Terra? E quem são estes? São os grandes estadistas e cientistas de nossa época que, sequiosos de poder e vingança, vêm encaminhando os homens terrestres e a si próprios a uma catástrofe total, sem ao menos disso se aperceberem. O gênero humano na Terra está retrocedendo a tal ponto, que, sem nos apercebermos, estamos abaixo dos primitivos habitantes das cavernas, que ao contrário de nós, lutavam contra as adversidades, para preservar as suas vidas às quais davam o devido valor, enquanto nós fazemos tudo para destruir as nossas. Convenhamos caro leitor, que muitos de nossos irmãos terrenos estão loucos, não estão? Muitos já estão com idade avançada e nos últimos degraus da escada que se percorre nesta vida para outra, e com serviços prestados, dinheiro e honras, para merecer o caldeirão mais quente que

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existe no inferno, e assim mesmo continuam a pregar suas caduquices e a sacrificar milhares de vidas por um capricho pessoal ou quando não, acompanhado por outra meia dúzia de loucos. Por que gente assim não pensa na realidade da vida, aproveitando os últimos dias que lhes restam, vivendo-os tranquilamente? Será que não sabem que de um momento para outro, lhes pode fugir esta vida e então de que lhes adiantarão riquezas, honras, glórias? Irão apodrecer como o mais pobre dos mendigos. Loucos, loucos, nada mais! Muito bem, eu, o que sou??? Em primeiro lugar quero deixar bem claro que não sou nem cientista, estadista ou psiquiatra, para estar conjeturando sobre tais assuntos. Se me embrenhei nestes terrenos foi apenas para dar uma ideia ao leitor ou uma comparação sobre o assunto que vou relatar a seguir. Gostaria de contar-vos uma verdade, mas conforme já explanei talvez fosse difícil se fazer compreender, neste estado atual que o nosso mundo se acha. Assim, não querendo admitir a veracidade do meu relato, peço que se dirijam com as suas discussões à Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores no Rio de Janeiro, porquanto foi ela fundada para dar apoio às pessoas que tiveram experiências como eu. Da parte de minha consciência me darei por satisfeito com este relato junto aos meus concidadãos e junto a umas pessoas, com as quais travei conhecimento em 1958, conforme estará relatado mais adiante.

Artur Berlet.

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