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Aspectos do espaço

Depois, a pedido dele levantei e percorremos sem pressa novamente várias repartições, até que chegamos naquela sala dos aparelhos de visão. - Agora vai ter a oportunidade de ver a Terra como deseja. Disse ele. - Se vê bem daqui? - Mais ou menos, como já disse. - 10 milhões de quilômetros aproximadamente. - 10 milhões! Será que não daria para eu vê-la quando estivermos a uns 500 quilômetros dela? - Não, porque dentro de pouco terá que dormir até atingirmos a Terra. - Mas, o senhor tem certeza que eu não vou aguentar? - Sim, temos, porque quando a nave atingir a distância de 4 a 5 mil quilômetros para menos do solo terrestre, teremos que dar duas a três voltas ao redor dela até podermos pousar. - Ao iniciar estas voltas, a nave faz uns movimentos semelhantes ao que faz uma pedra chata atirada deslizando sobre a superfície da água de um rio: estes movimentos, até a nós afeta, quanto mais a você. - É uma pena! Exclamei. Então ele sentou e me ordenou que sentasse ao seu lado e mandou que olhasse também no aparelho. Se, quando vi a Terra de lá e também quando vi Acart do espaço livre tive surpresa, desta vez surpreendi-me mais ainda, isto por dois motivos: O primeiro porque esperava vê-la bem grande e o segundo porque imaginava poder ver dali com muito mais nitidez, o que não acontecia.

Acorc ao meu lado, em outro aparelho também olhava e me dava explicações. Enfim, o que eu vi de lá foi mais ou menos isto:

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Dentro da imensidão crepuscular do infinito, viam-se milhares

ou milhões de pequenas estrelas –que em outras palavras não são nada mais nada menos que outros sóis com seus respectivos planetas –e entre estas, porém bem maior via-se o nosso sol, a Terra e a Lua, em vez de formar um “V” aberto, pois fazendo de conta que o sol estava à minha frente, a Terra então ficava um pouco à direita, estando a lua mais à direita da Terra ainda.

Como se afigurava para mim o sol, a Terra, a Lua e as suas cores?

O sol era do tamanho que a gente o vê daqui da Terra na hora do meio-dia, porém sem aquele brilho que nos impede de olhar para ele por muito tempo a olho nu.

A Terra, esta sim era um espetáculo à parte, eu via de um metro de tamanho, mas novamente com claridade só uma pequena parte, quase no lado oposto em que se encontrava a lua, quanto ao que se refere à parte clara, era o mesmo aspecto dado ao olhar já de Acart. Notei isto sim, que na América do Sul naquela hora era noite, pois na parte clara eu via uma parte de um mar e uma mescla de continentes ou ilhas, que não consegui descobrir quais eram. Não pedi a Acorc para me explicar.

O que me impede de descrever com mais exatidão a beleza da Terra olhando de lá, é minha dificuldade em discernir cores. Ela emitia 5 cores: A primeira, esta tenho certeza, era azul, emitida pela parte clara (dia). A segunda, a parte escura, uma mistura de preto com azul. A terceira, era uma espécie de cinturão existente ao redor da Terra, tanto na parte escura como na parte clara, estando esta entre as cores parecidas com azul também (para mim). A quarta, outro cinturão, este porém mais espaçoso, formando uma espécie de arco-íris com outro, esta cor era semelhante a emitida por uma lâmpada elétrica bem fraca. A quinta era vista quase nos extremos da parte clara, eram dois riscos escuros e existentes onde, tomando nossa posição por base, ficavam na parte de cima e na de baixo da Terra, atravessando a parte clara em sentido horizontal, dando a mesma impressão de estar vendo de uma elevação uma luz sendo projetada do solo sobre uma valeta no escuro.

A lua, com exceção de agora se vê maior a parte clara e não se notava aquele fervilhando, estava quase idêntica de como a havia visto de Acart.

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