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ASPECTOS DO ESPAÇO Depois, a pedido dele levantei e percorremos sem pressa novamente várias repartições, até que chegamos naquela sala dos aparelhos de visão. - Agora vai ter a oportunidade de ver a Terra como deseja. Disse ele. - Se vê bem daqui? - Mais ou menos, como já disse. - 10 milhões de quilômetros aproximadamente. - 10 milhões! Será que não daria para eu vê-la quando estivermos a uns 500 quilômetros dela? - Não, porque dentro de pouco terá que dormir até atingirmos a Terra. - Mas, o senhor tem certeza que eu não vou aguentar? - Sim, temos, porque quando a nave atingir a distância de 4 a 5 mil quilômetros para menos do solo terrestre, teremos que dar duas a três voltas ao redor dela até podermos pousar. - Ao iniciar estas voltas, a nave faz uns movimentos semelhantes ao que faz uma pedra chata atirada deslizando sobre a superfície da água de um rio: estes movimentos, até a nós afeta, quanto mais a você. - É uma pena! Exclamei. Então ele sentou e me ordenou que sentasse ao seu lado e mandou que olhasse também no aparelho. Se, quando vi a Terra de lá e também quando vi Acart do espaço livre tive surpresa, desta vez surpreendi-me mais ainda, isto por dois motivos: O primeiro porque esperava vê-la bem grande e o segundo porque imaginava poder ver dali com muito mais nitidez, o que não acontecia. Acorc ao meu lado, em outro aparelho também olhava e me dava explicações. Enfim, o que eu vi de lá foi mais ou menos isto: Dentro da imensidão crepuscular do infinito, viam-se milhares