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Júlia M Bahls
JULIA BAHLS
É poeta, artista gráfica visual e professora Coleciona versos em cadernos espalhados por aí e fotografias em rolos de filme A mais nova integrante da equipe do Grafatório, busca, em suas experimentações com tintas e máquinas, explodir cores à procura do desconhecido
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Quase insana
Não se matem e fiquem bem encarem a nação como se hoje fosse o último comprem as queimadas enlatadas vindas da Califórnia: um brinde à pele amada e aos assustadores [múrmuros do umbigo esse umbigo que te trouxe ao mundo e que te [soprou arrepios escritos no frio da barriga profecias de amor nos nós das gorduras [sob abdomens contraídos contos de mistério e encantação, definidos [pelo desdobramento de pausas respiratórias entre dois corpos dourados entre troncos de árvores - ao vento do respirar do planeta - do farfalhar de asas; crianças empáticas - não se matem: fiquem bem segurem nos seus sonhos como se hoje fosse o último sigam procissões pagãs até shows de trip-punk [no submundo dos bares alternativos esqueçam seus telefones unicelulares unicolores [calados em criados super mudos só para prestar atenção, como se hoje fosse o último, [cantem e dancem aquecidos pela luz quando ela caí aliviada nas [cavidades do rosto agasalhados pelos abraços dos seus ancestrais que lutaram para o seu dia ser melhor, mais cheio de flora mais cheio de um amem Não “amém” amem – de novo e de novo vulneráveis como borboletas
amem como se este fosse o último, mesmo se de passagem não se deixem passar como essas pessoas no trem, que deixaram de divagar pelas janelas, olhem para mim, olhem pra cada rua e fiquem aqui, nessa nossa festa como se fosse o fim: não se es vá zie fi que be m