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O boom dos brechós
Segundo o Sebrae, no primeiro semestre de 2021 foram abertas 2.104 novas empresas nesse mercado; para 2022 é esperado um aumento de 30%
Bruna Maleh Clara Giamellaro
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Os brechós tiveram grande ascensão durante a pandemia da Covid-19. Em um cenário de crise econômica, marcado pelo desemprego e pela queda de renda, comprar produtos de segunda mão, com preços mais acessíveis, e empreender nesse mercado tornou-se uma alternativa bastante considerada. Além disso, cada vez mais pessoas buscam essa forma única e sustentável de se vestir. Trata-se de uma maneira de se engajar no mundo da moda, desfrutando de estilos que lembram os anos 2000 e épocas anteriores.
Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontam que no primeiro semestre de 2021 foram abertas 2.104 novas empresas na área de brechós, sendo 1.875 MEIs (microempreendedores individuais).
Luana Maira de Almeida Lima é uma das empreendedoras da área. Dona de um brechó online, o Afrodite, ela administra seu negócio sozinha há um ano. A ideia de começar um brechó surgiu quando fazia um curso de corte e costura no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). “Naquela época eu era ajudante em desfiles e também trabalhava no brechó de uma amiga. Com a pandemia, resolvi me arriscar na área, para ter uma fonte de renda”, conta.
Ela utiliza um cômodo vazio na casa de sua mãe como área de estoque e faz suas fotos para o Instagram e outras mídias digitais na garagem de casa. A mãe de Luana é dona de uma lanchonete. Luana usa um banheiro nos fundos do estabelecimento para lavar as roupas do brechó. A microempreendedora oferece algumas dicas para quem quer iniciar um negócio nesse ramo.
Página no Instagram do brechó online Afrodite, de Luana Maira de Almeida Lima.
“É preciso observar muito e gostar do mercado de moda. Também é necessário persistir.”
Luana aponta como principal desafio o cuidado que é preciso ter com o armazenamento das peças. “A falta de espaço é complicada. Tenho mais de 400 peças em estoque.”
Também é preciso ter muito jogo de cintura e disposição para o trabalho. “Faço tudo sozinha, desde a compra das peças, lavagem, até a divulgação nas redes sociais e vendas.”
Tudo faz parte de um processo cíclico. Luana compra as roupas em bazares e brechós menores como os de igrejas, hospitais e instituições que, por sua vez, recebem as peças de doações. Depois de vendidas em brechós como o de Luana, as mesmas roupas acabam voltando para bazares de entidades assistenciais, via doação.
Um levantamento do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) apontou que os brechós devem crescer quase 30% em 2022.
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Jornal-Laboratório dos alunos do 2o semestre do curso de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. As reportagens não representam a opinião do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mas dos autores e entrevistados.
Universidade Presbiteriana Mackenzie Centro de Comunicação e Letras
Diretor do CCL: Rafael Fonseca Santos Coordenador do Curso de Jornalismo: Hugo Harris Editora: Patrícia Paixão
Fotos da capa: Giovana Santoro (terapia), Fernanda Falcon (aporofobia), João Pedro Sampaio A. Mascari Bonilha (acessibilidade) e Fernando Bertrand (Etecs). Impressão: Gráfica Mackenzie Tiragem: 100 exemplares.