Relatório de estágio

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Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciência e Tecnologia Arquitetura e Urbanismo

Relatório de Estágio

TRAÇO ALTERNATIVO arquitectos associados, Lda. Estágio realizado entre 31 de Maio de 2013 e 31 de Julho de 2013

Mafalda Almeida Macedo | 22140 12 de Setembro de 2013


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O Aluno _________________________________ (Mafalda Almeida Macedo)

O Orientador _________________________________ (Arquiteta Patrícia Matos)


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Agradecimentos Agradeço à Universidade Fernando Pessoa por integrar no plano curricular do último ano do Curso de Arquitectura e Urbanismo a realização de um Estágio Académico e pelo facto de ter aceitado a minha proposta de concretização do mesmo na “Traço Alternativo, arquitectos associados, LDA”. Nesse sentido, agradeço também à Professora Sara Sucena, supervisora do Estágio, pelo seu incansável acompanhamento e incentivo e pela forma como manteve o elo entre as duas instituições, salientando também como foi gratificante ter contado com a sua presença, mais do que uma vez, no meu local de Estágio. Agradeço à Traço Alternativo, arquitectos associados, LDA., por me ter acolhido e permitido realizar o Estágio Académico nas suas instalações. Um agradecimento também a toda a Equipe com quem trabalhei, pela confiança, apoio e incentivo nas tarefas e desafios que me foram atribuindo. Um especial agradecimento à Arquiteta Patrícia Matos, orientadora do meu Estágio, pela recepção carinhosa e por todo o acompanhamento e aprendizagem a vários níveis que me proporcionou, tendo ido além de todas as minhas expectativas.


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Índice Introdução.......................................................................................................................... 1 I – Caracterização da Entidade Acolhedora ...................................................................... 2 II – Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio ......................................... 6 1 – Organização de Catálogos, Livros e Materiais ....................................................... 6 2 – Participação no Projeto de Reabilitação de uma habitação .................................... 6 3 – Participação no Projeto Guias de Arquitectura....................................................... 9 4 – Participação nos roteiros integrados no Projeto Guias de Arquitectura ............... 14 III – Conclusão e apreciação crítica do estágio ............................................................... 16


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Introdução O presente relatório surge no âmbito da disciplina Estágio e Projeto Final I que implica a realização de um estágio de 200 horas num gabinete de arquitetura por nós proposto ou sugerido pela Universidade. A instituição por mim proposta foi a Traço Alternativo arquitetos associados, Lda., realizando o estágio entre 31 de Maio de 2013 até 31 de Julho do mesmo ano sob a orientação da Arq.ª Patrícia Matos. O objetivo deste estágio foi tomar contacto com a realidade profissional, desenvolvendo diversas tarefas num registo mais profissional e não tão académico como as realizadas no âmbito universitário. Deste modo, o relatório apresentado será composto por três capítulos onde, o primeiro corresponderá à apresentação da instituição que me acolheu (localização, composição, missão, etc.), seguindo-se um capítulo dedicado à explanação de todas as atividades desenvolvidas durante o período de estágio e, por fim um capítulo destinado à minha apreciação no que diz respeito à experiência e aprendizagem no decorrer do mesmo. No decurso do estágio, alguns dos trabalhos desenvolvidos corresponderam a projetos de entidades privadas e também a conteúdos só disponíveis mediante algumas autorizações específicas (como se perceberá ao longo do segundo capítulo), pelo que optei pela não colocação de anexos no relatório. Por esta razão, o segundo capítulo do presente relatório terá algumas imagens que mostram o trabalho desenvolvido, assim como notas de rodapé contendo informações/indicações para acesso a conteúdos que tenha realizado e/ou participado.

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I – Caracterização da Entidade Acolhedora TRAÇO ALTERNATIVO arquitectos associados, Lda., é uma empresa sediada no Porto, na Rua do Freixo, 1071 – sala 4.

Img. 1 - Apresentação do espaço onde se encontra o Atelier.

Foi criada em 2004 por cinco arquitetos sendo atualmente composta por 4 arquitectos (3 sócios gerentes e um funcionário) e 2 designers (em part-time). É constituída por uma equipa de trabalho multidisciplinar com experiência profissional alargada. Trata-se de uma empresa que conjuga uma vasta gama de especialidades – diversas engenharias, design, paisagismo, etc. – capaz de satisfazer um mercado generalizado de serviços. Um dos princípios da Traço Alternativo é “Ser uma empresa de sucesso, competitiva e inovadora na oferta e na prestação de serviços de arquitectura1” e a sua missão é “fazer arquitectura de qualidade”. Segundo o gabinete, dos seus principais objetivos destacam-se:

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Consolidar a carteira de clientes;

Diversificar a oferta de serviços;

Retirado da página do Gabinete: www.talternativo.com 2


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Aumentar a estrutura da empresa;

Tornar a empresa uma referência no mercado nacional.

O leque de serviços prestados é abrangente dispondo de serviços de arquitetura, urbanismo e reabilitação, design, construção, consultoria e ainda a vertente editorial. No que diz respeito aos serviços prestados de arquitetura, urbanismo e reabilitação, a empresa demonstra bastante multidisciplinaridade, desenvolvendo projetos de várias dimensões e para vários tipos de uso e funções como habitação, comércio, escritórios, turismo, indústria (numa escala micro) e planos urbanísticos (a uma escala macro). A nível de design, a equipa oferece serviços no âmbito de projeto de lojas tipo, conceção de espaços promocionais, design de mobiliário e equipamento e alteração ou atualização de espaços existentes. Em todos os serviços “a equipa da Traço Alternativo coordena todos os intervenientes de forma a criar um projecto que garanta os custos e prazos descritos definindo todas as características gerais e especificas dos projetos2.” Aliados ao conceito “chave na mão” englobam todas as especialidades inerentes ao processo de construção, retirando ao cliente a preocupação da contratação e coordenação de diversas especialidades necessárias para a execução da obra. Deste modo a Traço Alternativo oferece um serviço que centraliza as diversas fases (projeto de arquitetura, licenciamento, obra/construção e decoração de interiores) permitindo a redução de prazos e custos na execução da obra. Os serviços de consultoria prestados pela Equipa abrangem candidaturas a fundos comunitários, consultoria na área do turismo (desenvolvendo propostas para hotéis, turismo de habitação, agroturismo, turismo rural, etc.) e na área da saúde (no apoio ao IPSS’s, desenvolvimento de propostas para clínicas, lares de idosos, lares para cuidados continuados, etc.). Destaca-se ainda a vertente editorial a qual está relacionada com os “Guias de Arquitetura”, um projeto que, como os autores referem “surgiu da ideia de concebermos

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Retirado da página do Gabinete: www.talternativo.com 3


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um guia de arquitectura que respondesse de forma eficaz aos anseios de quem gosta de visitar obras de arquitectura: um guia com boas obras ou pelo menos obras merecedoras de uma curta visita, com fotos esclarecedoras (nada de fotos com intuitos artísticos, essas têm lugar noutro tipo de publicações), com informação sobre o tipo de visita possível, com mapas bem desenhados e com coordenadas GPS. Um guia fiável e prático, que para além de possibilitar a selecção das obras, contivesse alguma informação que permitisse contextualizar as mesmas no tempo e no espaço3.” O projeto começou por editar o Guia de Arquitectura Norte e Centro de Portugal (2010), seguindo-se o Guia de Arquitectura Sul e Ilhas de Portugal (2011), tendo recentemente publicado o Guia de Arquitectura Espaços e Edifícios Reabilitados (2012).

Img. 2 - Apresentação dos formatos/plataformas que o projecto Guias de Arquitectura disponibiliza [retirado da página www.facebook.com/guiasdearquitectura?fref=ts].

Associado a este projeto encontra-se a página www.guiasdearquitectura.com, a aplicação para iphone e ipad e a página na rede social facebook, formatos mais interativos e abrangentes que possuem informações sobre as obras, sugestões de visitas (sob a forma de roteiros e/ou organização de viagens), promoções, novidades e também um novo conceito que consiste na parceria com hotéis, pelos diversos distritos, oferecendo vantagens especiais para quem tenha adquirido um dos três guias de arquitetura. A página possui

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Retirado do Guia de Arquitectura Norte e Centro de Portugal, p.8 4


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ainda outras funcionalidades como possibilidade de aquisição de roteiros, e-books distritais, vouchers, livros, etc. A Traço Alternativo possui ainda a página do atelier onde apresenta a equipa, alguns projetos, prémios, publicações, etc. e marca também presença nas redes sociais com a página do gabinete no facebook onde é possível acompanhar os projetos que estão a ser desenvolvidos.

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II – Descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio Ao longo dos dois meses em que decorreu o meu estágio participei em várias tarefas, desde a organização de catálogos, ao acompanhamento de obra, criação e inserção de dados nas plataformas digitais, entre outras.

1 – Organização de Catálogos, Livros e Materiais A primeira tarefa realizada foi a organização dos catálogos existentes no gabinete. Embora trabalhosa, tratou-se de uma atividade que me permitiu tomar um primeiro contacto com a variedade e quantidade de conteúdos referentes a produtos e serviços, amostras de materiais e sistemas construtivos, modos de divulgação e apresentação que chegam aos gabinetes de arquitetura. Na realização desta tarefa, algumas questões foram surgindo como, por exemplo, qual o melhor procedimento para efetuar a organização dos materiais no caso de empresas que ofereciam mais do que um tipo de serviço, ou quais os critérios a considerar para arquivar como catálogo algumas revistas enviadas pelas empresas. Seguidamente e com o mesmo intuito foi-me pedido que procedesse à organização de alguns livros e revistas na biblioteca do gabinete.

Img. 3 - Localização dos armários de arrumação dos materiais (esquerda); Relação dos armários com o gabinete (centro); localização da biblioteca (direita)

2 – Participação no Projeto de Reabilitação de uma habitação Em paralelo com a organização dos catálogos (e posteriormente, no decorrer do estágio) efetuei algumas alterações no projeto de reabilitação de uma habitação unifamiliar em Vila Nova de Gaia, conduzido pela Arq.ª Patrícia Matos, coordenadora do meu estágio.

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Trata-se de uma habitação unifamiliar com dois núcleos (complementares ou semiindependentes) situada na Afurada, Vila Nova de Gaia. Esta foi adquirida com o intuito de ser reabilitada para uso esporádico (casa para fim-de-semana, férias, etc.). O local é bastante interessante, usufruindo de vistas para as marginais de Vila Nova de Gaia e do Porto. Em termos de edifício, este possui uma forma incomum usufruindo de dimensões bastante reduzidas e sendo composto por dois volumes a cotas diferentes, unidos por uma escadaria exterior de pedra. A nível de programa, pretendia-se, dentro do possível, manter a estrutura de habitação introduzindo os espaços de sala, instalação sanitária, cozinha e quarto nos dois núcleos.

Img. 4 - Localização do edifício

Como solução apresentada, o edifício seria composto por quatro pisos e "sótão" acessível. Deste modo o primeiro bloco corresponderia ao núcleo inferior. Este seria composto ao nível do r/c pela entrada/sala de estar/cozinha/lavandaria, instalação sanitária e escada interna de acesso ao 1º piso onde se iria localizar o quarto/sala de estar. O segundo bloco corresponderia ao núcleo superior. No 2º piso estaria localizada a instalação sanitária e o 3º piso seria destinado às áreas de estar, refeições, cozinha e teria uma escada de acesso ao quarto localizado no mezanino ("sótão"). O aproveitamento da forma criada pelos dois volumes permitiu adaptar a cobertura do bloco inferior de forma a tornar esta acessível (por períodos de tempo reduzidos). A minha participação neste projeto surge já em fase de execução. Foi necessário reformular algumas áreas e compartimentos, assim como as plantas de “amarelos e vermelhos” devido a alterações que surgiram no processo de obra. Essas modificações resultaram da impossibilidade de demolir uma das paredes previstas pois, já e só na fase de execução foi possível verificar que a demolição desta iria comprometer estruturalmente a

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casa anexa. Consequentemente todo o espaço interior foi redesenhado, nomeadamente escadas e algum do mobiliário fixo e também repensada alguma da organização interior.

Img. 5 - Peças desenhadas nas quais participei, utilizando o "AutoCad"

Ainda relacionado com o projeto de reabilitação, acompanhei uma das visitas à obra para fiscalização e orientação dos trabalhos. No decorrer desta, além de visualizar o espaço para o qual tinha redesenhado elementos, presenciei alguns dos problemas que uma obra de reabilitação pode enfrentar e a forma expedita como nós, arquitetos, temos de os encarar e solucionar de modo a não desmoralizar ou desrespeitar a equipa (no caso o empreiteiro e os seus funcionários) e a obter a melhor cooperação por parte de todos os intervenientes na obra. Um dos problemas esteve diretamente relacionado com a parede já referida. Esta, por ter alterado a área livre e, consequentemente, alguma da sua organização espacial e funcional, eliminou o espaço destinado à colocação dos cilindros de aquecimento de água (estavam previstos dois cilindros em áreas distintas e foi necessário reduzir para um que tivesse capacidade de suprir a ausência do segundo) obrigando a, em obra, procurar uma solução que não prejudicasse os trabalhos já realizados. Outro problema que pude acompanhar relacionou-se com a criação de uma parede mais espessa do que a prevista, devido ao receio, por parte do encarregado, que a laje de cobertura (acessível) não tivesse suporte

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suficiente. Esta situação, para além de reduzir ainda mais o espaço disponível, alterou quase toda a estrutura do único piso que não havia sofrido alterações.

3 – Participação no Projeto Guias de Arquitectura Como referido no capítulo anterior, o Gabinete desenvolve o projeto dos Guias de Arquitetura, estando constantemente a criar, inserir e atualizar elementos nas páginas web e aplicações que possui. Para além desta constante atualização estava também a decorrer durante o tempo do Estágio a migração da página “guiasdearquitectura.com” para outro domínio (uma vez que o atual estava a apresentar erros e prolemas com alguns conteúdos), havendo necessidade de dedicar mais tempo às plataformas digitais. Assim sendo, parte do meu estágio foi dedicada a esse projeto desenvolvendo conteúdos, atualizando-os, inserindo-os, etc. O primeiro contacto com o trabalho inerente às plataformas digitais dos Guias de Arquitetura consistiu na atualização das páginas dos arquitetos/autores dos edifícios que integram os guias de arquitetura, inserção da página “habitar portugal”, “igespar”, entre outras e respetivos créditos fotográficos, assim como a revisão das fotografias em cada um dos edifícios introduzidos na página www.guiasdearquitectura.com (cerca de 530 edifícios).

Img. 6 - Localização das páginas referidas no site www.guiasdearquitectura.com

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Em relação ao tipo de informação fornecido pelas páginas dos arquitetos, créditos fotográficos, e outras, foram realizados vários testes começando por colocar o endereço já direcionado para o edifício (poupando assim o trabalho de o procurar); colocando o endereço direcionado para o espaço onde estariam todas as obras do arquiteto (autor do edifício em questão); e colocando apenas a página geral sem qualquer ligação imediata ao edifício. Por razões estéticas e com a intenção de possibilitar ao utilizador a pesquisa pelo trabalho desenvolvido pelos atelieres e fotógrafos, o sistema que se adotou foi o último, inserindo apenas a página geral de cada autor permitindo assim a referida pesquisa pelo trabalho desenvolvido pelos ateliers e fotógrafos4. Com a nova aplicação para dispositivos da “apple” e com o aparecimento de dispositivos com melhor qualidade de imagem, muitas das imagens existentes tiveram de ser novamente tratadas e redimensionadas, já que se tornou imperativa uma resolução mais elevada nas mesmas.

Img. 7 - Exemplo de tratamento de uma imagem utilizando o "Photoshop". (Museu de Serralves - Arqº Álvaro Siza Vieira)

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Uma vez que esta actividade foi desenvolvida no BackOffice do novo domínio, a imagem que a ilustra corresponderá à versão acessível ao público.

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Este foi um trabalho demorado e trabalhoso uma vez que foi necessário recorrer às fotografias originais, convertê-las em CMYK e gravá-las em formato Tif. Posteriormente foi necessário corrigir perspetivas, iluminação, cores, contrastes, sombras e até retirar (ou inserir) elementos que funcionam como “ruído” na imagem (como por exemplo retirar manchas, lixo ou retocar uma vedação que está interrompida e que retira carácter ao edifício). Em paralelo com o tratamento fotográfico foi-me proposta a realização dos flyers para ilustrar as duas viagens que os Guias de Arquitetura estão a organizar 5 , sendo uma a “Viagem a obras emblemáticas no Minho” e a outra “Viagem a obras emblemáticas no Douro”. A intenção era utilizar uma fotografia de cada obra a visitar na viagem e fazer uma montagem apelativa e dinâmica para colocar na página e, se necessário, impressão em flyers promocionais. Utilizando o leque de imagens fornecido, foram realizados vários esboços e apresentadas várias propostas para ilustrar e cativar interesse pela viagem.

Img. 8 - Flyer "Viagem a obras emblemáticas no Minho" inserido na página "guiasdearquitectura.com" (esquerda); Flyer "Viagem a obras emblemáticas no Douro" em produção, utilizando o "Photoshop" (direita)

Segue-se uma nova fase de criação e inserção de dados nas plataformas, esta dedicada ao projeto dos Hotéis Parceiros. Aqui foi-me proposta a criação de dois tipos de Gifs animados, uns com uma vertente distrital que compilavam apenas imagens de alguns dos edifícios mais emblemáticos de cada distrito e que iriam ilustrar os ebooks distritais

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Para visualizar o contexto em que estão inseridos os flyers é necessário aceder ao endereço: <http://guiasdearquitectura.com> e dirigir-se ao separador “viagens” 11


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disponíveis (excertos dos Guias de Arquitectura); a outra tipologia de Gifs estava direcionada para os hotéis parceiros, sendo escolhidas duas imagens por hotel para realizar o respetivo Gif.6

Img. 9 - Gif do Hotel Quinta do Vallado em produção, utilizando o "Photoshop"

Foi-me dada, mais uma vez, liberdade total para a escolha das imagens, tendo decidido como critério para cada Gif a existência de uma imagem da fachada ou espaço verde/livre do hotel e a imagem de um dos quartos, com preferência para quartos temáticos, deste modo o Gif para além de apresentar o edifício também fornece indicação visual da linguagem utilizada nos quartos. Estando já o processo de revisão da nova página dos guias de arquitetura a aproximar-se do final, surge a necessidade de colocar os “banners” na página e alterar e redimensionar os logotipos dos hotéis parceiros uma vez que a ideia inicial de cada logotipo possuir indicação do distrito a que pertence provocava uma leitura desequilibrada, onde sobressaía o distrito em vez do hotel. Por essa razão foram retiradas as informações distritais e redimensionados os logotipos (sendo posteriormente reinseridos na plataforma digital).

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Para visualizar todos os gifs e a animação dos mesmos é necessário aceder ao endereço: <http://guiasdearquitectura.com> e dirigir-se ao separador “ebooks + roteiros” e “hotéis parceiros” na barra superior da página. 12


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Esta tarefa demorou um pouco mais do que o previso pois, retiradas as informações distritais dos logotipos estes (que se encontravam todos no mesmo ficheiro), numa utilização posterior, não teriam qualquer informação de localização, o que obrigaria a procurá-la para cada um novamente. Para evitar essa situação, criei grupos no ficheiro correspondentes a cada distrito e associei os respetivos hotéis ao grupo a que pertenciam.

Img. 10 - Alteração dos logotipos dos Hotéis Parceiros, utilizando o "Photoshop"

Concluída a revisão de todos os conteúdos, e antes de colocar a página disponível, foi-me pedido para refazer o ícone dos favoritos e o ícone envio para o mail pois os existentes contrastavam com o ícone de partilha para o facebook. A última tarefa associada às plataformas digitais que me foi pedida correspondeu à utilização e exploração da respetiva página, já disponível em Português e em Inglês, de forma a testar funcionalidades e procurar erros ou aspetos que poderiam ser melhorados.

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4 – Participação nos roteiros integrados no Projeto Guias de Arquitectura A fase final do meu estágio foi dedicada ao acompanhamento, elaboração e alteração de vários elementos dos Roteiros de 2 dias realizados no âmbito dos Guias de Arquitectura7. Esta dividiu-se em duas componentes. A primeira foi dedicada à alteração dos elementos escritos dos roteiros, nomeadamente com a colocação de informações bilingues, alteração dos dados de referência aos Guias de Arquitectura para a morada do edifício (uma vez que o público em geral pode ter acesso aos roteiros sem a obrigatoriedade de ter os guias), correção das coordenadas GPS e inserção dos créditos fotográficos. O ficheiro onde estavam a ser desenvolvidos os roteiros tinha uma organização complexa, primeiro apareciam o conjunto de páginas gerais e posteriormente o conjunto de todas as páginas individuais. Embora estivessem todas com a ordem correta, tornava-se moroso trabalhar quando se tratava de um roteiro de cada vez. Deste modo foi criada uma nova organização, colocando as páginas individuais depois das gerais e ordenando estes conjuntos por ordem alfabética; assim haveria uma economia de tempo e menor dispersão de informação.

Img. 11 - Alteração das partes escritas nos Roteiros, utilizando o "InDesign" 7

Para visualizar os roteiros é necessário aceder ao endereço: <http://guiasdearquitectura.com> e dirigir-se ao separador “ebooks + roteiros” onde alguns destes se encontram disponíveis gratuitamente. 14


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A segunda fase esteve relacionada com a parte imagética dos roteiros onde realizei mapas de localização gerais e individuais para cada roteiro (cerca de 20 mapas gerais e uma média de 6 mapas individuais por cada). Inicialmente foi utilizado o GoogleMaps, já usado para a criação dos mapas anteriores, no entanto devido a alterações realizadas pelo Google, este passou a revelar uma aparência diferente, mais carregada de informação e menos precisa (para o efeito desejado). Foi então testado o GoogleEarth mas este software não permitia obter a imagem que se pretendia. O programa QGis (um programa que trabalha com Sistemas de Informação Geográfica utilizado na Universidade) também foi utilizado mas este revelou algumas carências no que diz respeito ao resultado pretendido. Por questões de otimização de recursos e de aproximação do prazo previsto para a colocação dos roteiros nas plataformas digitais foi utilizado o GoogleMaps, retirando-se posteriormente a informação ruidosa existente (como restaurantes, pensões, pousadas) mantendo apenas informações de carácter cultural e viário.

Img. 12 - Processo de criação dos Mapas para os Roteiros, utilizando o "GoogleMaps" e o "Photoshop"

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III – Conclusão e apreciação crítica do estágio Fazendo uma breve reflexão acerca do estágio realizado, posso começar por dizer que foi uma experiência que, de uma forma muito positiva, excedeu as minhas expectativas, tanto a nível de trabalho realizado como da equipa com quem tive o gosto de trabalhar e aprender. O primeiro dia foi dedicado à apresentação das instalações, da equipa e de alguns aspetos importantes relacionados com o modo de trabalho do grupo, que se mostrou muito semelhante ao método de trabalho adotado por alguns docentes da universidade (nas disciplinas de projeto principalmente). Relativamente ao trabalho realizado, avalio-o como bastante enriquecedor e abrangente. Em relação às duas primeiras tarefas desenvolvidas, foi interessante verificar que alguns livros/autores que fazem parte da nossa biblioteca (enquanto estudantes ou aprendizes), também o fazem na biblioteca dos gabinetes (como Bruno Zevi, Neufert, livros de teoria da arquitetura e da cor, etc.). Já na organização dos catálogos constatei que o mercado oferece demasiados serviços e fá-lo sob os mais variados formatos acabando por, em alguns casos, sobressair mais o formato/imagem do que o produto/serviço apresentados. Tomei consciência também que, dada essa quantidade e variedade de informação, torna-se difícil e moroso escolher um material/técnica ou adotar uma solução adequada. Em relação à sua apresentação ao cliente ou até mesmo a quem estiver encarregue da obra, essa variedade/quantidade de informação pode comprometer todo o projeto, uma vez que (mesmo involuntária ou inconscientemente) prevalece a associação a formatos/nomes apelativos cuja imagem permanece na nossa memória (marca), ou então a escolha de algo já utilizado e que se sabe que vai cumprir o efeito/função (em detrimento de outros materiais e técnicas). No que diz respeito à alteração de desenhos e ao acompanhamento da obra de reabilitação, foi uma experiência bastante interessante uma vez que correspondeu ao primeiro contacto com a realidade da reabilitação em fase de execução. Embora já tivesse abordado a temática em projetos académicos e tivesse uma disciplina dedicada à reabilitação de edifícios, estas focaram os aspetos mais teóricos e projetais, não tendo tido ainda um contacto com algumas das problemáticas reais como a impossibilidade de demolir uma 16


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parede ou a necessidade de adaptar em obra um acesso ou uma parede. Nesta tarefa também adquiri alguns conhecimentos a respeito dos desenhos que devem ser apresentados à Câmara para aprovação de um projeto de reabilitação e das nomenclaturas que lhes dão (como por exemplo a “planta de amarelos e vermelhos” que corresponde a uma planta de demolições e construção nova). Os trabalhos realizados no âmbito das plataformas digitais, embora tenham sido os mais exaustivos devido à constante exigência de atenção a vários níveis, corresponderam à atividade que mais me enriqueceu no decorrer do Estágio. Isto porque ao rever todas as obras inseridas na página guiasdearquitectura.com, ao tratar fotografias de edifícios, procurar as páginas dos arquitetos/autores desses edifícios, etc., tomei contacto direto com a variedade e quantidade de arquitetos e edifícios com valor arquitetónico que Portugal possui. Sabia que somos um país rico em património arquitetónico, mas não tinha noção da sua dimensão territorial. O contacto com os roteiros, embora noutro formato, permitiu-me localizar espacialmente alguns dos edifícios já visualizados na tarefa anterior. Um outro aspeto positivo foi a possibilidade que estes roteiros me deram de percorrer os guias de arquitetura sob vários pontos de vista, enriquecendo a forma como os encarei, vendo-os agora não como um guia que me apresenta algum do valor arquitetónico nacional visitável mas sim como um desafio (em formato de livro) que funciona como o início de uma “viagem” que vai além páginas e, quem sabe, fronteiras. Durante a realização do estágio, embora não tivesse participado, presenciei algumas fases do processo de licenciamento do Plano Pormenor do Parque Ribeirinho de Olhão (projeto inserido no programa Pólis e vencedor do concurso público realizado), o que me permitiu ter uma visão mais consciente de como se desenvolve um processo de licenciamento, que género de alterações nos podem ser pedidas, quais os intervenientes, que documentação é exigida e em que formatos, etc. Foi, como referi anteriormente, uma experiência enriquecedora que excedeu as minhas expectativas.

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Não posso deixar de referir novamente, a minha gratidão à Traço Alternativo, em particular à Arq.ª Patrícia Matos por toda a aprendizagem e pela oportunidade de realizar este Estágio.

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