Construção Ambiente Turismo
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JAN/FEV 2017 €10
Investimento
Que segredo guarda Portugal? Investment
What secret holds Portugal?
Porque passam por uma recruta exigente e uma formação contínua, porque trabalham a tempo inteiro exclusivamente na sua zona geográfica, porque são incansáveis na procura da casa certa para cada família e da família certa para cada casa, os Agentes ERA são uma máquina a vender casas.
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21 JAN/FEV 2017
Editorial
O maior trunfo português
The greatest Portuguese trump card
Joaquim Pereira de Almeida Director Director
Há hora em que me preparava para escrever estas linhas, sou surpreendido por mais duas brutais notícias: o atentado contra um mercado de Natal em Berlim e o assassinato do embaixador russo na Turquia. Estes factos trágicos e, infelizmente comuns nos dias que passam, também trazem implicações directas para os investidores em todo o Mundo. Motivam, obviamente, reflexões mais profundas sobre a natureza dos destinos onde aplicar recursos financeiros. Ninguém gosta de instabilidade política e social e todos fogem de situações perigosas e imprevistas que sucedem mais em certos estados. As organizações terroristas sabem-no perfeitamente e não buscam só a criação de ambientes de medo e intranquilidade. Sabem, perfeitamente, que isto tem influência directa nos comportamentos macro-económicos, com implicações directas nas decisões dos investidores. É uma guerra surda e premeditada com consequências económicas directas. Pode parecer pouco ‘ético’ realçar as mais-valias dos países onde estes fenómenos se fazem sentir menos ou são mesmo inexistentes, como é o caso de Portugal. Mas não deixa de ser uma realidade objectiva e, como tal, não deve ser ignorada. Não é bonito usá-la como argumento mas, fatalmente, isto acaba por suceder no inconsciente de todos. Diria apenas que, até nisto, Portugal é abençoado. Esta edição da Magazine Imobiliário será distribuída, também, no MIPIM, a mítica feira imobiliária que se realiza, todos os anos, em Cannes, e, cada vez mais, sob rigorosas medidas de segurança. A presença portuguesa vai traduzir-se, uma vez mais, pela representação da grande Lisboa, pois continua a faltar uma política nacional de apoio à promoção internacional do imobiliário português. Todos os governos, sem excepção, preferem vender sapatos e vinho, ao invés de procurarem, de facto, mostrar os poderosos argumentos do País para a captação de investimento. Dá ideia que não precisamos de dinheiro. Deixamos aqui o mote, sem qualquer tipo de preconceito. O maior trunfo português, na renhida batalha global da captação de investimento é, sem
sombra de dúvidas, a tranquilidade que se vive dentro das suas fronteiras. At the time of preparing to write these lines I am surprised by another two awful pieces of news: the terrorist attack at a Christmas Market in Berlin and the assassination of the Russian Ambassador to Turkey. These tragic facts are, unfortunately, commonplace these days and bring direct implications for investors all over the world. They provoke, obviously, very deep reflections on the nature of the destinations in which to apply financial resources. No one likes political and social instability and all flee from dangerous and unpredictable situations that happen in certain states. Terrorist organisations know this all too well and seek not only to create climates of fear and unrest. They know perfectly well that this has a direct influence on macro-economic behaviours, with direct implications on the decisions made by investors. It is a deaf and premeditated war with direct economic consequences. It may seem somewhat unethical to stress the assets of countries where these phenomena are less felt or even non-existent, as is the case of Portugal. But this doesn’t stop it being an objective reality and, as such, should not be ignored. It isn’t particularly nice to use it as an argument but, fatally, this ends up happening in the subconscious of all. I would simply say that even in this, Portugal is blessed. This issue of Magazine Imobiliário will also be distributed at MIPIM, the legendary real estate fair that takes place annually in Cannes and, increasingly under stricter security measures. The Portuguese presence will once again mean a delegation from Greater Lisbon although there is still a lack of a national policy to support the international marketing of Portuguese real estate. All government, without exception, prefer to sell shoes and wine instead of seeking, in fact, to demonstrate powerful arguments for the country for attracting investment. It gives the idea that we don’t need money. We leave here a slogan, without any type of arrogance. The greatest Portuguese trump card, in the savage global battle for investment attraction is, without a shadow of doubt, the peace and security found within these borders.
Summary
Índice Director Joaquim Pereira de Almeida Editora Carla Celestino Colaboradora Permanente Elisabete Soares Fotografia Anabela Loureiro Tradução Chris Graeme
Grande Tema Lead Story
Tudo aponta para o nosso País Everything points in Portugal’s direction
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Metro Quadrado
Square Meter Lisbon South Bay
Grafismo Rodrigues Silva Contabilidade Nasceconta Periocidade Bimestral Tiragem 3.000 exemplares Impressão Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível na página de internet www. magazineimobiliario.com
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Atelier Broadway Malyan
Tourism Congressos e eventos Congresses and events
Atelier
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North winds Valadares
Lisbon Green Valley Fundos de Investimento
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Ficha técnica
Propriedade Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207 1000–141 Lisboa Telf.: (+351) 21 134 10 06 Telm.: (+351) 91 061 61 62 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario. com
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Opinião Opinion Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Advogados
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Azimute
Coordinates Alterações climáticas Climate change
Ventos do Norte
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Opinião Opinion Elisabete Soares
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Do Mundo
International Portugal e o Mipim Portugal and Mipim
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Opinião Opinion Reino Unido United Kingdom
Sol e Lua
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Bom gosto Goof taste
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Outsider
Diogo Infante
SOMOS EMPREITEIROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO URBANA É O IMOBILIÁRIO DO FUTURO NÓS JÁ LÁ ESTAMOS Rua Fernando Farinha n.º – 24 A, 1950-448 Lisboa Tel: 210 373 484 – Fax: 210 358 699 - www.renascimovel.pt Email: renascimovel@renascimovel.pt - Alvará n.º 60423
Capa 4 20 JAN/FEV 2017
Investidores atentos
Tudo aponta para o nosso PaĂs Investment interest
Everything points in Portugal’s direction
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Texto Text: Carla Celestino
Costuma-se dizer que o ‘segredo é a alma do negócio’ e nada é bem mais guardado que as novas transacções ou os investimentos imobiliários em Portugal. Quem são os guardiões destas operações, o que têm por desvendar e que novos caminhos se adivinham ao sector é o que nos propomos descobrir. There’s an old Portuguese saying that “secrecy is the soul of business” and no secret is better kept than the new real estate transactions or investments in Portugal. Who the guardians are of these operations and what there is to uncovered and what new paths can be foreseen for the sector is what we intend to find out.
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No início eram apenas rumores mas como vivemos numa aldeia global rapidamente as notícias se espalham como ‘fogo em palheiro’: Portugal está de regresso aos radares nacionais e internacionais dos investidores. De acordo com a terceira edição do ‘City Brand Ranking’ da Bloom Consulting Portugal, Lisboa foi considerada pelo terceiro ano consecutivo a melhor cidade para investir, viver e visitar. No ranking nacional surge logo após a cidade do Porto e ainda Braga mas também surgem em destaque municípios como Coimbra, Cascais, Oeiras, Sintra, Funchal, Aveiro ou Guimarães. A consultora PwC Portugal foi igualmente uma das entidades que confirmou esta notícia ao avançar no estudo ‘Emerging Trends Europe’ que Lisboa é a sétima cidade preferida dos investidores europeus para apostar em imobiliário. Tendo anunciado ainda que as zonas comerciais prime da capital estão próximas do topo da Europa e com taxas de rentabilidade a chegar aos 5%. É preciso referir que chegar a este ponto não foi fácil mas o actual quadro macro-económico mais favorável, os programas fiscais mais atractivos, os níveis historicamente baixos das taxas de juro, a estabilidade política, a diminuição do desemprego, a segurança e confiança que o País inspira, entre muitos outros factores, conduziram a este sentimento de que Portugal é credível e sólido para investir. A bem da verdade, este cenário não é propriamente uma novidade… mas o que está para lá desta constatação já o pode ser. Como nem só de investimentos ‘milionários’ vivem
as cidades (o que até agora tem ocorrido, sobretudo ao nível da reabilitação urbana e em particular nos segmentos residencial e comercial), as zonas menos nobres começam agora a ser cobiçadas pois apresentam uma maior disponibilidade de espaço para crescer e para acrescentar valor. A reabilitação que gera activos imobiliários está a esgotar-se e o futuro, inevitavelmente, vai passar apenas pelas pequenas e médias obras de reabilitação promovidas pelos próprios proprietários, bem como obras de manutenção, conservação e restauro. Mesmo o património público que possa vir a ser recuperado e explorado por privados não vai durar para sempre. Aliás, a construção nova está de volta. Em Lisboa, basta mencionar, por exemplo, o projecto do italiano Renzo Piano para a zona do Braço de Prata entrou novamente em fase de desenvolvimento depois de alguns anos de impasse; o projecto Praça-Mouraria, em que alguns edifícios demolidos vão dar lugar à nova Mesquita da comunidade muçulmana; a nova Feira Popular que parece finalmente ter arrancado em Carnide; entre outros. O estudo da PwC avançou também que o sector da Logística apresenta boas perspectivas, ancorado, sobretudo, no comércio online e o qual os investidores já começam a olhar como uma forma alternativa ao investimento em retalho uma vez que é mais barato. Também o investimento em imobiliário residencial, que começou por ser uma alternativa ao imobiliário comercial, encontra-se agora a crescer, muito embora o foco esteja a mudar já que as cidades estão a crescer e a fazer aumentar as necessidades habitacionais. As questões que
Lisboa foi considerada pelo terceiro ano consecutivo a melhor cidade para investir, viver e visitar. Lisbon was considered for the third year running as the best city to invest in, live in and visit.
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O verdadeiro segredo do sector residirá não só em conseguir manter equilibrada a oferta e a procura, como conseguir manter elevados os níveis das expectativas em relação ao imobiliário português. The real secret of the sector lies not only in being able to maintain a balanced supply and demand, but also keep expectation levels high in relation to Portuguese real estate.
se colocam, no momento, são as da escassez de novas unidades residenciais e dos preços, muitas vezes, ‘proibitivos’ quer ao nível da compra, quer de arrendamento. Remata-se com o estudo realizado pela consultora EY que revela que 25% dos investidores inquiridos pretendem aumentar os investimentos em Portugal. São, pois, bons augúrios para Lisboa e Porto. Atractividade move investidores Se este é um bom momento para Portugal há que fazer chegar essa informação o mais longe possível. E é isso que Governos, associações, consultoras, empresários e muitos mais têm vindo a fazer em comitivas e missões internacionais de negócios. O imobiliário português já não se limita a investidores brasileiros, franceses ou chineses, passa também pelo radar de árabes, paquistaneses, sírios, indianos, tailandeses, norte-americanos… Haja produto que os investidores virão até o nosso País, ou não fossem eles os que melhor sabem esperar pelo ‘momento certo’. Na abordagem à questão dos factores que levam os investidores a investir em Portugal, o managing director da Aguirre Newman Portugal, Paulo Silva, refere que, “num quadro de elevada disponibilidade liquidez nos mercados internacionais que por si só nos permite uma primeira aproximação à res-
posta, há que desdobrá-la quanto à natureza dos investidores - particulares e institucionais -, sabendo, numa análise breve e simplista, que há aspectos comuns que lhes são indispensáveis, alguns exógenos a Portugal - volatilidade dos mercados mobiliários, falta de atractividade das remunerações pelo sistema bancário -, e outros endógenos - segurança e estabilidade”. No que concerne aos investidores particulares, Paulo Silva explica que “têm sido movidos pela atractividade de um destino europeu com elevada qualidade de nível vida, que apresenta um custo baixo quando comparado com as demais países europeus e que oferece um conjunto de diferenciadas vantagens: fiscais (regime fiscal dos residentes não habituais), administrativas (autorização de residência temporária para fins de investimento: visto gold), segurança e reserva de valor”. Por sua vez, no que respeita aos investidores institucionais, acredita que “têm encontrado em Portugal excelentes oportunidades para realização de mais-valias através da compra de edifícios e/ ou portfólios de uma forma directa ou pela aquisição da divida sénior que lhes assiste, aos quais conferem a gestão adequada para o seu reposicionamento tendo em vista a sua valorização. As rendibilidades proporcionadas são elevadas comparativamente às obtidas noutros destinos
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europeus, num quadro de valores subjacentes não especulativos”. Importa ainda sublinhar que as “vantagens apresentadas são comparadas e que uma simples alteração de enquadramento em Portugal ou num destino que se apresente como concorrente na captação de investimento, poderá desviar fluxos de investimento que são extremamente importantes para o sector imobiliário e para o País, sobretudo num contexto em que o sistema financeiro nacional apresenta fortes limitações no desenvolvimento da sua importante e indispensável actividade para impulsionar o crescimento económico”, conclui o representante da Aguirre Newman em Portugal. Quem são os guardiões dos segredos? “As pessoas” diz Massimo Forte, consultor, coach e professor universitário. Muito embora acredite que os “segredos já não existam”, considera que “cada pessoa tem os seus segredos”. Para o efeito dá o exemplo da mediação imobiliária, referindo que, “como provavelmente em qualquer outra actividade profissional, existem pessoas que ajudam outras pessoas e que no caso da mediação ajudam a comprar e vender imóveis”. Na sua opinião, o segredo “reside na forma como estes profissionais falam e verbalizam as coisas, na forma como ouvem e aconselham, na forma como têm o seu sistema montado”. Pode-se concluir, en-
tão, que a haver algum segredo, ele reside verdadeiramente no próprio agente imobiliário. O especialista chama, contudo, a atenção para o facto de que é preciso ter a noção de que, hoje em dia, a informação está em todo o lado. “Há 20 anos tinha de se tentar obter a informação certa no momento certo, hoje existe a internet, estamos ligados em rede, pelo que o mundo é muito pequeno, logo, a diferença faz-se pelo próprio agente imobiliário que é único, a sua forma de fazer as coisas é única pois é só sua”, defende. O segredo pode também passar pela inovação, pois como diz, “aquele que inova é arrojado, faz algo que os outros não fazem”. Massimo Forte adverte, no entanto, que se deve ter algum cuidado para que essa inovação seja relevante para o mercado e, sobretudo, para os clientes: “Isto quer dizer que qualquer agente imobiliário deverá criar algo novo mas sustentado na relevância e no benefício de servir melhor o seu cliente e isso passa por auscultar o seu mercado, ver o que se procura, o que os concorrentes não estão a oferecer e depois, a partir daí, interpretar essa informação, criar algo novo mas sempre tendo em vista aconselhar melhor o cliente”. Reagir para inovar Existem, no entanto, verdades até agora escondidas mas que têm vindo a ser reveladas aos ‘quatro
cantos do mundo imobiliário’ e que podem conter a chave do futuro do sector imobiliário. O estudo da Urban Land Institut (ULI) ‘Technology, Real Estate, and the Innovation Economy’ (‘Tecnologia, Imobiliário e Economia de Inovação’) revela que um dos maiores desafios que o imobiliário enfrenta actualmente é a ‘Inovação’. De acordo com este documento, a economia da inovação já chegou e encontra-se de ‘pedra e cal’ entre nós. O problema é que a maioria dos edifícios nas cidades europeias, de que Portugal não é excepção, foram concebidos para a economia industrial ou empresarial. Por outras palavras, foram construídos, ocupados e geridos tendo em mente modelos de negócios mais antigos. Hoje, a tecnologia, a economia da inovação e os seus spin-offs, como a partilha da economia, do co-working e da economia digital, são os principais impulsionadores do sector imobiliário. Por isso mesmo, os promotores imobiliários e os investidores têm agora de dar uma resposta mais rápida para satisfazer as necessidades das empresas em sectores inovadores como os media digital, TI, ciências da vida, tecnologia limpa, entre outros. Aliás, este estudo enfatiza que o “sector imobiliário precisa reagir e tornar-se mais inovador”. O imobiliário, de acordo com a análise da ULI, precisa também de se tornar numa ‘indústria de serviços’ ao invés de uma ‘indústria de activos’. Se é
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Um dos maiores desafios que o imobiliário enfrenta actualmente é a ‘Inovação’. One of the greatest challenges that real estate currently faces is ‘innovation’.
para gerar retornos no futuro, os profissionais do imobiliário têm para oferecer uma gama de outros serviços, incluindo funding, coaching ou networking. Assim, os empresários e investidores que conseguirem oferecer algo para lá do ‘habitual’ e conseguirem visionar os espaços com uma antecedência de cinco a 10 anos (embora com poucas probabilidades de isso acontecer) poderão estar na posse do segredo do sucesso do imobiliário no futuro, pois vão conseguir adaptar os espaços a qualquer tipo de indústrias inovadoras. Um bom exemplo dessa visão de futuro que já acontece hoje é o recentemente inaugurado Second Home Lisboa, no Mercado da Ribeira Time Out. Depois do sucesso do primeiro espaço em Londres, Inglaterra, a capital portuguesa foi escolhida para receber o segundo espaço de trabalho criativo e cultural. O repto lançado para este projecto, segundo um dos fundadores, Rohan Silva, foi “criar o melhor local do mundo para trabalhar e criar”, pois acredita que “da colisão de pessoas” e “de espaços que permitam às pessoas serem mais criativas” resulta uma “maior produtividade, mais emprego, mais crescimento e maiores oportunidades”. O melhor exemplo dessa ‘colisão de talentos’ deu-se no espaço de Londres entre a “grande” Cushman & Wakefield e a “pequena” Visualise. Esta produtora de filmes em RV criou um sistema 3D que
permitiu a visualização dos imóveis da consultora, sobretudo ainda em planta ou em fase de construção, através de óculos de realidade virtual. O design do Second Home Lisboa teve em mente, de acordo com Sam Aldenton, também fundador deste projecto, “aproximar as pessoas” pelo que não é de estranhar que bem no centro deste espaço exista um bar com o objectivo “social” e de fazer “interagir diferentes pessoas e mentes”; a par de múltiplas plantas e árvores distribuídas pelo espaço de trabalho que visam criar uma “atmosfera verde”, em que a “natureza foi trazida para dentro do escritório”; e ainda uma zona de bem-estar onde impera o equilíbrio e a harmonia através da promoção de “uma aula de ioga, uma palestra ou música ao vivo”. Por outras palavras, de uma fase em que os espaços de trabalho estavam direccionados para a eficiência e produção, passou-se para a fase de trabalhar fora do escritório e em qualquer parte do globo. Agora, encontramo-nos na fase em que os escritórios tentam diluir a linha que separa a casa, do trabalho e do mundo e tentam também democratizar a linha que separa as grandes das pequenas empresas. Ao olhar para o ranking ‘Cidades e Regiões Europeias do Futuro 2016/17’, organizado pela FDi Intelligence Magazine do Financial Times Lisboa, verifica-se que a capital portuguesa é uma das
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cidades europeias do futuro na área dos negócios e investimento. Perante esta verosimilhança, o verdadeiro segredo do sector residirá não só em conseguir manter equilibrada a oferta e a procura, como, sobretudo, conseguir manter elevados os níveis das expectativas em relação ao imobiliário português. To begin with they were merely rumours, but as we live in a global village, new rapidly spreads like ‘wildfire on a haystack’: Portugal is once again on the national and international radars of investors. According to the third issue of ‘City Brand Ranking’ from Bloom Consulting Portugal, Lisbon was considered for the third year running as the best city to invest in, live in and visit. In the national ranking it follows on the heels of Porto and also Braga but municipal authorities also feature such as Coimbra, Cascais, Oeiras, Sintra, Funchal, Aveiro and Guimarães. The consultancy PwC Portugal was one of the entities too to confirm this news publishing it in its study ‘Emerging Trends Europe’ which states that Lisbon is the seventh preferred city for European investors when it comes to real estate. Having announced too that Lisbon’s prime commercial areas are close to the top in Europe and with rates of return close to 5%. It has to be said that achieving this point hasn’t been easy but the country’s current macro-economic profile is more favourable, the tax incentives are more attractive, the interest rates are at historically low levels, the political situation is stable and unemployment has dropped, while the security, safety and confidence that the country inspires, among other factors, have all led to this feeling that Portugal is a credible and solid market to invest in. The truth is, this scenario isn’t actually fresh news ... But what’s beyond this finding may actually be so. Since cities don’t just live off ‘millionaire investments’ (What until now has happened, particularly at the level of urban rehabilitation, and in particular the residential and commercial segments), the less than uptown areas have also begun to be coveted since they offer greater availability of space for growth and for added value. The rehabilitation has been driving real estate assets is running out and the future will inevitably be dominated in this area just by small and mediumsize rehabilitation works developed by the owners themselves, as well as maintenance works, conservation and restoration. Even public patrimony which may well be renovated and operated by private entities, won’t last forever. Furthermore, new construction is back. In Lisbon, one only has to mention that the project from the Italian Renzo Piano for the Braço de Prata area has again entered the development phase after some years at
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Investidores institucionais têm encontrado em Portugal excelentes oportunidades. Institutional investors have found in Portugal excellent opportunities.
a standstill; the project Praça-Mouraria, in which some buildings that were demolished will pave the way to a new mosque for the Muslim community; the new Popular Fair (Feira Popular) which has finally got off the ground in Carnide; among others. The PwC study also informed that the logistics centre has good prospects, anchored, above all, on on-line trade and to which investors have already begun eyeing as an alternative form of investment in retail since it is cheaper. Investment in residential real estate too, which has begun to be an alternative to commercial real estate, is now growing again, although the focus is somewhat changing since cities are growing and increasing the need for housing. The burning issues at the moment are the lack of new residential housing units and prices that very often are ‘prohibitively expensive’ both in terms of purchasing and rent. According to a study carried out by the consultancy EY 25% of investors canvassed intend to up their investments in Portugal. These are indeed good portents for the future for Lisbon and Porto. Attractiveness spurs investors If this is a good time for Portugal then this information needs to be broadcast as far and wide as possible. And it’s this that Government figures, associations, consultancies, business leaders and many others have been doing on international business committees and missions. Portuguese real estate is no longer confined to Brazilian, French or Chinese investors, it’s also under the radar of the Arabs, Pakistanis, Syrians, Indians, Thais and Americans... If there’s product investors will come to our country, and if not them, those in the know will wait for the “right time”. On approaching the question of the factors that lead investors to invest in Portugal, the CEO of Aguirre Newman, Paulo Silva, says that, “within the framework of a high amount of liquidity available on the international markets which in itself enables us to have fairly accurate initial guess at the answer, one has to unravel it when it comes to
the nature of investors - private and institutional -, knowing, in a brief and simplistic analysis, that there are aspects in common which are indispensable, some exogenous to Portugal - the volatility of the securities markets, lack of attractiveness of returns from the banking system -, and other internal ones - safety, security and stability”. Regarding private investors, Paulo Silva explains that “they have been motivated by the attractiveness of a European destination with a high quality of lifestyle, which is low cost in comparison to other European countries and which offers a number of differentiated advantages: tax (Non-Habitual Residents tax regime); administrative (Authorisation for Temporary Residence for Investment: Golden Visa), security and store of value”. In turn, regarding institutional investors, he believes that “they have found in Portugal excellent opportunities to create added value by purchasing buildings and/or portfolios directly or through the acquisition of revolving credit facilities (senior debt) which assist them and to which are conferred suitable management for repositioning taking into account its appreciation. The resulting returns are high compared to those obtained in other European destinations, within a framework of non-speculative subordinated securities”. It is also impor-
tant to stress that the “advantages presented are equated and that a simple alteration of the framework in Portugal or a destination that arises as a competitor in investment attraction, could divert investment flows that are extremely important for the real estate sector and for Portugal, particularly within a context in which the national financial system has strong limitations in the development of its important and indispensable activity as a driver for economic growth”, concludes the representative of Aguirre Newman in Portugal. Who are the guardians of the secrets? “People” says Massimo Forte, consultant, coach and university professor. Whilst believing that the “secrets no longer exist”, he believes that “each person holds their secrets”. To illustrate, he gives the example of estate agency, stating that, “probably like in any other professional activity, there are persons who help other persons and in the case of estate agency help to buy and sell properties”. In his opinion, the secret “lies in the way in which these professionals speak and express things, in the manner in which they listen and advise, in the form by which they have their system constructed”. One can therefore conclude that is there is any
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secret, it truly lies with the actual estate agent. The expert draws attention, however, to the fact that one needs to have a notion that these days information is everywhere. “Twenty years ago you had to try and obtain the right information at the right time, today there’s the internet, we’re all hooked up and linked in to the network so that the world has become smaller, so that the difference is made by the actual estate agent who is unique and so are his or her ways of doing things and indeed are their ways”, he argues. The secret can also mean innovation, indeed as it is said, “he who innovates and is bold, do something that the others don’t do”. Massimo Forte warns, however, that care needs to be taken so that this innovation is relevant for the market and, above all, for clients: “This means that any real estate agent should create something new but based on its relevance and the benefit of serving their client better and this goes from listening to their market, see what people are looking for, what competitors aren’t offering and then, from there, interpreting this information and creating something new while always taking into account advising the client better”. Reacting to innovate There are, however, truths which have been hidden until now but which have been revealed in the ‘four corners of the real estate world’ and which could hold the key to the future of the real estate sector. The study from the Urban Land Institute (ULI) ‘Technology, Real Estate, and the Innovation Economy’ reveals that one of the greatest challenges that real estate currently faces is ‘innovation’. According to this document, the innovation economy has already arrived and is cast-in-stone among us. The problem is that the majority of buildings in European cities, and Portugal is no exception, were designed for the industrial or company economy. In other words, they were built, occupied and managed having in mind older business models. Today, technology, the innovation economy and its spin-offs, such as economy sharing, co-working and the digital economy, are the main drivers of the real estate sector. Which is exactly why real estate developers and investors now have to come up with solutions more quickly in order to satisfy the needs of companies in innovative sectors such as digital media, IT, life sciences, and clean technology, among others. Furthermore, this study emphasises that the “real estate sector needs to react and become more innovative”. Real estate, according to the ULI study, also needs to become a ‘services industry’ instead of just a ‘assets industry’. If they want to generate returns in the future, real estate professionals will need to offer a range of other services, including funding, coaching or networking.
Therefore, the entrepreneurs and investors that manage to offer something beyond the ‘usual’ and succeed in having a vision for spaces with up to five or 10 years beforehand (even though there is little chance of this happening) could possess the secret of success in real estate in the future, since they will be able to adapt spaces to any type of innovative industry. A good example of this vision of the future that has already happened today is the recently inaugurated Second Home Lisboa, at the Time Out market Mercado da Ribeira. Following on from the first space in London, the Portuguese capital was chosen for the second space for creative and cultural work. The challenge thrown down for this project according to one of the founders, Rohan Silva, was “to create the best place in the world to work and create”, indeed he believes that “where people and spaces collide people are more creative” resulting in greater productivity, more employment, more growth and greater opportunities”. The best example of this ‘collision of talents’ is in the London space sandwiched between the “large” Cushman & Wakefield and the “small” Visualise. This RV film production company created a 3D system which enables the properties of consultants, particularly those in the blueprint or building phases, to be viewed by using virtual reality glasses. The design of Second Home Lisboa bore in mind, according to Sam Aldenton, also a founder of this project, “bringing together people” so that it’s hardly surprising that right in the centre of this space there is a bar with a “social” objective of “getting different people and minds to interact”; along with many plants and trees spread over the working space which aim to create a “green atmosphere”, in which “nature was brought into the office”; and also a wellness area dominated by balance and harmony through “a yoga class, a workshop or live music”. In other words, from a phase in which working spaces were directed towards efficiency and production to a phase of out-of-office working and in any part of the world. Now, were in a phase in which offices are trying to blur the lines that separate the home from work and the world and try to democratise the line that separates large and small companies. Looking at the ranking “Cities and European Regions of the Future 2016/17” organised by the Financial Times Lisboa FDi Intelligence Magazine, one can see that the Portuguese capital is one of the European cities of the future in the business and investment areas. Faced with this verisimilitude, the real secret of the sector lies not only in being able to maintain a balanced supply and demand, but also keep expectation levels high in relation to Portuguese real estate.
O imobiliário precisa de se tornar numa ‘indústria de serviços’ ao invés de uma ‘indústria de activos. Real estate needs to become a ‘services industry’ instead of just a ‘assets industry’.
Residencial Residential
Investimentos estruturados Structured Investments
Reabilitação Rehabilitation
+(351)213 173 880
4 décadas de tradição no imobiliário 4 decades of tradition on real estate market Brasil-Portugal Network
www.consultan.com
Metro Quadrado 14 20 JAN/FEV 2017
Lisbon South Bay
O futuro jรก comeรงou The future has just begun
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Em entrevista o administrador executivo da Baía do Tejo, Sérgio Saraiva, revela que a Lisbon South Bay corresponde a 900 hectares de territórios ribeirinhos, na margem Sul do Rio Tejo, geridos por esta empresa do sector empresarial do Estado. O projecto divide-se em três localizações - Almada, Barreiro e Seixal -, é constituído por dois parques empresariais e considerado o melhor projecto imobiliário na Área Metropolitana de Lisboa – A Cidade da Água. In an interview, the Boarder Member of Baía do Tejo, Sérgio Saraiva, reveals that Lisbon South Bay corresponds to 900 hectares of riverside land, on the South Bank of the River Tagus, managed by this company from the business public sector. The project is divided by three locations Almada, Barreiro and Seixal -, comprising two business parks and what is considered the best real estate project in the Lisbon Metropolitan Area the Water City.
Qual a visão do Lisbon South Bay? A Lisbon South Bay constitui-se como um território a Sul de Lisboa com elevado potencial, competindo a nível global e uma oportunidade única para acolher qualquer tipo de investimento imobiliário. O desenvolvimento do conceito de cidade/região, Lisboa como “cidade de duas margens” permitirá a construção de uma Área Metropolitana mais forte e competitiva a nível global. Nos nossos parques empresariais no Barreiro e Seixal estão sediadas mais de 200 empresas que criam sinergias e nos últimos anos temos assistido a consequentes saldos positivos de entradas de clientes, denotando um crescente dinamismo, que queremos alavancar com a chegada de empresas estrangeiras. Em Almada está projectada a Cidade da Água – Water City – para os antigos estaleiros da Lisnave -, um projecto imobiliário único que irá criar uma nova centralidade em Lisboa, na margem Sul do rio Tejo, com um sistema de vistas excepcional para a capital de Portugal. O projecto aprovado assenta numa visão de futuro: ‘Um lugar para trabalhar e viver; Um lugar de cultura e conhecimento; Um lugar de turismo e lazer’. Com uma frente ribeirinha de dois quilómetros, o projecto terá uma marina para 400 embarcações, um novo terminal multimodal e um total de 630.000m² de área construída entre usos residencial, serviços, turísticos, comerciais, culturais e de lazer.
O nome ‘Lisbon South Bay tem-se revelado útil nas acções de promoção internacional? Tem sido essencial. A facilidade de comunicação destes territórios, através de um nome que é também um referencial geográfico tem permitido aumentar o interesse por parte de investidores internacionais de referência. Isso resulta, como é óbvio, não apenas do nome/marca, mas do esforço de comunicação conjunto levado a cabo pela Baía do Tejo e pelos Municípios de Almada, Barreiro e Seixal. Acresce ainda que, ao serem comunicados em conjunto, os territórios ganham escala e permite-se destacar os aspectos comuns de que todos beneficiam, tais como as boas acessibilidades, os serviços que oferecem e a sua complementaridade a Lisboa num conjunto de elevado potencial e de grande atractividade na disputa de investimento externo. Mais importante que o nome é a parceria estratégica para a promoção e para o desenvolvimento destes territórios entre a Baía do Tejo e os três municípios, em estreita articulação com a Invest Lisboa, numa logica de criação de sinergias na Área Metropolitana de Lisboa. Já há frutos desta nova estratégia? Desde que iniciámos a promoção internacional dos activos sob a marca Lisbon South Bay, que tem havido um crescimento na notoriedade com respectivas manifestações de interesse na instalação de
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empresas nos parques empresariais e de desenvolvimento do projecto Cidade da Água. Iniciamos de um nível baixo de conhecimento por parte dos investidores nestes territórios e a sua afirmação a notoriedade exige uma estratégia de comunicação de longo prazo, que agora estamos a iniciar. Com a elevação do conhecimento das vantagens competitivas dos territórios temos conseguido garantir saldos positivos em número de clientes e áreas contratadas nos parques empresariais e solidas manifestações de interesse por parte de investidores internacionais na Cidade da Água. Que projectos estão em curso e em vias de concretização? Os projectos da Baía do Tejo desenvolvem-se sempre em torno dos seus pilares estratégicos de actuação no âmbito da Lisbon South Bay: Promoção, Requalificação territorial e Requalificação ambiental. A promoção insere-se claramente o trabalho em torno do conceito Lisbon South Bay, com a presença em feiras imobiliárias, roadshows, reuniões e apresentações em Embaixadas e Câmaras de Comércio e colaboração com o AICEP. Realizamos dezenas de apresentações e encontram-se calendarizadas outras acções, nomeadamente a presença no MIPIM 2017. Esta promoção revelou-se eficaz com a demonstração de interesse por parte de fortes real estate developers internacionais no desenvolvimento da Cidade da Água. A requalificação territorial tem avançado, com trabalhos de melhoria contínua dos espaços exteriores e do edificado dos parques empresariais Baía do Tejo e que têm tornado os nossos parques cada vez mais atractivos para novos clientes, mais funcionais e seguros para os clientes residentes, adaptando-os às exigências de um mercado cada
vez mais competitivo. Neste capítulo quero destacar o projecto em curso na Rua da União, no Barreiro, que vai alterar profundamente aquela zona do território, contribuindo para ligar definitivamente o parque à cidade, com a criação de 5000m2 de novas zonas verdes. No que respeita à requalificação ambiental, vimos com agrado o reconhecimento da importância destes territórios pelo secretário de Estado do Ambiente, que anunciou recentemente a aprovação de fundos comunitários para trabalhos de remoção de passivos ambientais no Barreiro e Seixal no valor global de 13 milhões de euros. Estes são projectos de grande importância para a Baía do Tejo, uma vez que vão permitir elevar os padrões ambientais dos territórios da Lisbon South Bay. Quais são os maiores e mais próximos desafios que se colocam ao Projecto Arco Ribeirinho Sul – Lisbon South Bay? Os maiores desafios ainda estão para vir. A marca Lisbon South Bay está a dar os primeiros passos. Tem de fazer o seu caminho e tem de fazê-lo de forma consistente e persistente. Não chega criar uma ferramenta que se afirma bem desenhada e que permite fazer chegar a mensagem a diversos investidores, de múltiplas geografias, e depois não aproveitar esse potencial. Acreditamos que é tempo de não se desinvestir, mas sim, pelo contrário, de incrementar o esforço e empenho que todos os envolvidos têm emprestado a este projecto. Se estivermos atentos e verificamos isso nas grandes feiras internacionais e quando estamos em contacto com investidores de referência, os territórios de Lisbon South Bay estão a disputar investimento com grandes cidades e regiões que são líderes e sobejamente conhecidas a nível mundial e são precisamente essas cidades que apesar de toda a notoriedade e reconhecimento de que
usufruem que continuam a investir de forma significativa para não saírem do radar. Nós que agora, nesta nova realidade - Lisbon South Bay - começamos a ser notados, temos ainda mais necessidade e “obrigação” de sedimentar a nossa posição a nível global. Acreditamos que o potencial do projecto Cidade da Água e dos parques empresariais de Barreiro e Seixal, com a sua vocação logística e ADN industrial, podem, efectivamente, ser a alavanca capaz de alterar positivamente o panorama económico e social não só do Arco Ribeirinho Sul mas da Área Metropolitana de Lisboa, contribuindo para o desenvolvimento do País. A Lisbon South Bay constitui-se como um território a Sul de Lisboa com elevado potencial, competindo a nível global e uma oportunidade única para acolher qualquer tipo de investimento imobiliário. What is the Lisbon South Bay vision? Lisbon South Bay comprises a parcel of high potential land to the south of Lisbon, which cab compete at a global level and provide a unique opportunity to welcome any type of real estate investment. The development of the concept of city/region, Lisbon being a “city on two banks” will permit the construction of a much stronger and more competitive Metropolitan Area at a global level. There are over 200 companies based at our business parks in Barreiro and Seixal which have created synergies and in recent years we have seen the positive balances as a consequence of new clients, demonstrating a growing dynamism from the arrival of foreign firms that we want to leverage. In Almada the Cidade da Agua (The Water City) is planned for the former Lisnave dockyards - , a unique real estate project that will create a new
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central hub in Lisbon, on the South Bank of the River Tagus with an exceptional system of perspectives and panoramas onto the Portuguese capital. The approved project is based on a vision of the future: “A place to work and live; a place of culture and knowledge; a place for tourism and leisure”. With a river front extending for two kilometres, the project will include a marina for 400 vessels, a new multi-modal terminal and a 630,000m² built-up area for residential, services, tourism, commercial, cultural and leisure use. Has the name ‘Lisbon South Bay’ been useful in international marketing campaigns? It’s been essential. The ease of communication of these parcels of land, using a name which is also a geographical reference means that we can boost interest from key international investors. This results, as is obvious, not just from the name/brand, but also from the combined communication efforts from the Baía do Tejo and the Municipal Councils of Almada, Barreiro and Seixal. I would also add that because they are being jointly marketed by these entities they gain scale which allows certain common aspects to be highlighted which all benefit from, like good road and rail access, services they offer and complementary relationship to Lisbon in a package of attractive assets of high potential when it comes to competing for foreign investment. More important than the name is the strategic partnership for development, marketing and promotion of these parcels of development land between Baía do Tejo and the three municipal councils, working hand-in-glove with Invest Lisboa within a logic of creating synergies in the Lisbon Metropolitan Area. Has this new strategy already begun to bear fruits? Since we’ve begun the international marketing of assets under the Lisbon South Bay brand, there has been a growth in attention with a respective show of interest on the part of companies to set up their companies on the business parks and in the development of the Cidade de Água (Water City). We started off with a low-level of awareness about these development sites on the part of investors and getting them more widely known about requires a long-term marketing strategy that we’re now just starting. With increased awareness of the competitive advantages of these sites we have managed to achieve a positive balance in the number of clients and areas signing up for the business parks
and firm displays of interest from international investors in the Cidade da Água (Water City). What projects are underway and nearing completion? The Baía do Tejo projects are being developed around their strategic pillars of activity as part of Lisbon South Bay: Development, Land Regeneration and Environmental Requalification. The development is clearly part of the work built around the Lisbon South Bay concept, with the presence at real estate fairs, roadshows, meetings and presentations at Embassies and Chambers of Commerce and cooperation with the Portuguese trade and investment agency AICEP. We have undertaken dozens of presentations and have other campaigns scheduled, namely a presence at MIPIM 2017. This marketing has proved effective with key real estate players and international developers showing strong interest in the Cidade de Água (Water City). Land regeneration has pressed ahead with ongoing work to improve outdoor spaces and expanding the Baía do Tejo business parks which has made our parks increasingly more attractive for new clients, more functional and secure for resident clients, adapting them to the needs of an increasingly competitive market. At this point I would like to highlight the ongoing project in Rua da União in Barreiro, which will profoundly change this parcel of land, contributing the park’s definitive link to the city from the creation of 5000m2 of new green areas. Regarding environmental requalification, we are pleased to see recognition of the importance of these parcels of land by the Secretary of State for the Environment who recently announced the approval of community funds for the regeneration of environmental liabilities in Barreiro and Seixal to a total value of 13 million euros. These are projects of great importance for the Baía do Tejo since they will enable the environmental standards of these areas of Lisbon South Bay to be raised. What are the largest and coming challenges from the Projecto Arco Ribeirinho Sul – Lisbon South Bay? The biggest challenges are yet to come. The Lisbon South Bay brand is taking its first steps. It has its path to follow and must do so in a consistent and persistent manner. It’s not enough to create a tool which is seen as well designed and which enables the message to be got across to a wide range of investors in different geographies and then not take advantage of this potential. We believe that this is not the time to withdraw investment, but rather on the contrary, to beef
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‘O modo Atlântico de fazer negócios’ ‘The Atlantic way of doing business’
› Lisbon South Bay é uma parceria entre a empresa Baía Tejo com as cidades de Almada, Barreiro e Seixal com o objectivo de criar novos centros económicos e novas frentes urbanas. › Os parques empresariais possuem infra-estruturas únicas, com porto (Portugal é o país da Europa mais próximo do canal do Panamá), acessos às principais auto-estradas e estradas e caminhos-de-ferro, perto do Aeroporto Internacional de Lisboa. › Investimento centrado nos sectores: 1) INDÚSTRIA - excelentes infra-estruturas de transportes e uma grande plataforma industrial equipada para o desenvolvimento de qualquer tipo de indústria; 2) LOGÍSTICA - Plataforma de logística dotada de um porto (concessionado) e de várias infra-estruturas de transporte; 3) IMOBILIÁRIO - ambicioso plano de requalificação urbana com habitação, hotéis, marina, centro de congressos, escritórios, áreas culturais e de lazer; 4) TURISMO - frente ribeirinha única, praias, uma marina, condições óptimas para desportos náuticos, infra-estruturas de cultura e lazer, etc., todo o potencial para se afirmar como destino turístico privilegiado. up our efforts and commitments that everyone involved have shown this project. If one pays attention and see this at the large international fairs and when we are in contact with key investors, the Lisbon South Bay land parcels are competing for investment with large cities and regions that are leaders and are wellknown worldwide and it is precisely these cities which despite all their fame and recognition that they enjoy, continue to invest significantly so that they do not fall of the investors map. Now we, in this new reality - Lisbon South Bay - have begun to attract notice, but have even more need and an ‘obligation’ to consolidate our position globally. We believe that the potential of the Cidade de Água (Water City) project and that of the business parks of Barreiro and Seixal, with their vocation for logistics and industrial DNA, could effectively be the lever capable of positively changing the economic and social landscape of not only the Projecto Arco Ribeirinho Sul – Lisbon South Bay but also the Lisbon Metropolitan Area, contributing towards the development of the country. Lisbon South Bay comprises a parcel of high potential land to the south of Lisbon, one which can compete at a global level and provide a unique opportunity to welcome any type of real estate investment.
› É o local ideal para o desenvolvimento de serviços de apoio a empresas, turistas e pessoas que trabalham e vivem neste território. A região é dotada ainda dois pólos universitários, incubadoras tecnológicas e criativas para apoiar as empresas e indústrias do território. Possui business centers com espaços e escritórios para a implementação de empresas de qualquer dimensão e core business, beneficiando de serviços complementares e de apoio. › Lisbon South Bay is a partnership between the company Baía Tejo with the cities of Alamada, Barreiro and Seixal, with the goal of creating new economic centres and new urban fronts. › The Business Park possesses unique infrastructures, with a port (Portugal is the country in Europe which is closest to the Panama Canal), access to the main motorways, dual carriageways and railways and is close to Lisbon international airport. › Sector centred investment: 1) INDUSTRY - excellent transport infra-structure and a large industrial platform equipped for the development of any type of industry; 2) LOGISTICS - Logistics platform blessed with a port (concession-run) and various transport infrastructures; 3) REAL ESTATE - ambitious urban regeneration plan with housing, hotels, marina, congress centre, offices and cultral and leisure areas; 4) TOURISM - unique riverside area, beaches, a marina, excellent conditions for water sports, culture and leisure facilities, etc., all the potential to be confirmed as a privileged tourist destination. › It is the ideal place for the development of company auxiliary services and services for tourists and the people who work and live in this territory. The region is also blessed with two university hubs, technological and creative incubators to support the area’s industries and companies. It boasts Business Centres with spaces and offices for setting up companies of any size and core business, benefiting from complementary and auxiliary services.
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Metro Quadrado 20 20 JAN/FEV 2017
Agora é o Lisbon Green Valley
Grupo Jordan não pára Now it’s Lisbon Green Valley
The Jordan Group never stops
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André Jordan e o Grupo que fundou não dão tréguas. Nem a idade impede que o mais prestigiado ‘visionário’ dos projectos imobiliários de Portugal continue a fazer obra com uma equipa de luxo, dirigida hoje pelo filho, Gilberto. Depois da Quinta do Lago, de Vilamoura, entre outros projectos aqui está a nova Fase do Belas Clube de Campo, um investimento de 100 milhões. André Jordan and the Group that he founded never stops. Not even age prevents the most prestigious ‘visionary’ when it comes to real estate projects in Portugal from continuing to create projects with a top-notch team led today by his son Gilberto. After Quinta do Lago, Vilamoura and other projects, they are now involved with the new Phase of Belas Clube de Campo, a 100 million investment.
No Belas Clube de Campo – comunidade residencial inaugurada em 1997 – André Jordan utilizou toda a experiência adquirida na criação e desenvolvimento de projectos urbanísticos de alto padrão, como a Quinta do Lago ou o Vilamoura XXI, tornando o empreendimento uma referência internacional. O Belas Clube de Campo é o local certo para quem procura qualidade de vida em contacto com a natureza, sem abrir mão de estar a 15 minutos do centro da cidade. Com um dos campos de golfe mais conceituados de Portugal, restaurantes e diversas infra-estruturas para todas as idades, o Belas Clube de Campo é o maior empreendimento residencial nas imediações de uma capital europeia e uma referência de sucesso no mercado imobiliário. Inserido nos mais de 1000 hectares de floresta da Serra da Carregueira, o Belas Clube de Campo está servido de transportes públicos e é um dos locais na região de Lisboa com melhores acessos a zonas centrais da cidade, que se caracterizam pela diversidade da oferta cultural e histórica, mas também comercial e de lazer. São disso exemplo, o Aeroporto de Lisboa, o Centro Comercial Colombo, a zona histórica de Sintra, a Praça do Comércio e Baixa-Chiado ou até as convidativas praias de Cascais. Concluída a primeira fase do Belas Clube de Campo, onde moram actualmente 750 famílias, de 15 nacionalidades – a mais baixa densidade e alta
qualidade numa capital europeia, está a ser lançada uma nova etapa do empreendimento, o Lisbon Green Valley composto por apartamentos, townhouses e lotes para construção de moradias. Os 20 anos de existência comprovam que o Belas Clube de Campo está em constante evolução, recebendo nesta nova etapa uma Escola e um Centro Hípico, que revelam que o empreendimento é uma comunidade florescente, onde as famílias usufruem diariamente de um estilo de vida saudável e seguro. A nova fase do Belas Clube de Campo, o ‘Lisbon Green Valley’, que se encontra totalmente infra-estruturada prevê a construção de 258 apartamentos, 71 townhouses e 37 villas, num total de 366 unidades. Com um investimento de cem milhões de euros, a nova fase dispõe de lotes licenciados para a construção de uma escola, um centro hípico uma unidade de saúde e um hotel de cinco estrelas. “É com um enorme orgulho que lançamos o Lisbon Green Valley, um projecto que materializa os 20 anos de existência do Belas Clube de Campo, onde foi utilizada toda a experiência adquirida na criação e desenvolvimento de projectos urbanísticos de alto padrão como a Quinta do Lago e Vilamoura XXI, e que comprovam que este é um projecto em constante evolução. Trata-se do novo destino de Lisboa”, destaca Gilberto Jordan, presidente do Grupo André Jordan.
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o respeito pela liberdade de cada residente concretizar a habitação dos seus sonhos, dentro de criteriosas regras de ocupação do solo e grande qualidade arquitetónica e paisagística integrado na cultura nacional e contemporânea. A prova de que é possível assegurar a diversidade de soluções arquitectónicas sem pôr em causa a coesão do conjunto é já hoje perfeitamente visível. O Belas Clube de Campo foi planeado dentro dos mais rigorosos padrões de sustentabilidade. Foi construído e está a crescer no total respeito pelo meio ambiente, usando os recursos naturais de forma eficiente. Assim, são implementadas múltiplas medidas para preservar a fauna e flora existente e dentro dos limites do empreendimento há zonas de protecção total. Todas as fases do projecto são feitas de acordo com os mais exigentes requisitos ambientais e este foi o primeiro empreendimento do setor em toda a Europa a ser certificado segundo as normas de Qualidade e Ambiente NP EN ISSO 9001 e NP EN ISSO 14001.
A Escola deverá ter a orientação pedagógica da Associação de Jardins Escolas João de Deus e acolherá alunos do ensino pré-escolar, primário e secundário. Com uma área bruta de construção de 9502 m2, vai disponibilizar 26 salas de aula e os alunos vão poder usufruir de todas as infra-estruturas do empreendimento, como a escola de ténis, golfe, natação e futebol, entre outras. O Centro Hípico constituirá mais uma importante valência do empreendimento, com uma localização privilegiada junto ao parque florestal. O lote para o Centro de Saúde tem uma área de 1100 m2 e 6000 m2 de capacidade de construção acima do solo. Existe ainda um lote específico licenciado para uma unidade hoteleira implantado num terreno de 24000 m2, com uma fabulosa vista mar e golfe. Para estes projectos o Grupo procura o parceiro ideal. Arquitectura e Sustentabilidade O masterplan do Belas Clube de Campo foi concebido pelos urbanistas norte-americanos Charles Franzman e Robert Stern. Entre os muitos arquitectos com projectos no empreendimento podem citar-se Aldo Dias, Diogo Lima Mayer, Eduardo Capinha Lopes, Frederico Valsassina, Luís Costa, Luís Patrício Gonçalves, José Guedes Cruz, José Teixeira Gomes, Pedro dos Santos, Pedro Silva Lopes e Thiago Bradell. No que se refere à arquitectura, André Jordan, costuma dizer que o fio-condutor da arquitectura do Belas Clube de Campo garante, acima de tudo,
O Campo de Golfe Desenhado pelo conceituado arquitecto americano, Rocky Roquemore, o campo de golfe foi idealizado como sendo um espaço verde de excepção para os residentes e golfistas. Um ponto de encontro com a Natureza que é o verdadeiro ex-líbris de todo o empreendimento. A estratégia ambiental adotada permitiu ao golfe do Belas Clube de Campo – um 18 buracos com par 72 – ser o primeiro campo de golfe da Europa a possuir a bandeira ISO 9001 e 14001 e o primeiro em Portugal e na Península Ibérica a obter a certificação GEO (Golf Environment Organisation), uma distinção internacional de grande notoriedade, estabelecendo com os seus parceiros uma relação exemplar. O sistema de gestão ambiental começou a ser implementado em 1997, no campo de golfe, e foi certificado em 1999. Este sistema enquadra a protecção da vida selvagem, o controlo de utilização de químicos e fertilizantes, a optimização do consumo e o controlo de qualidade da água, a gestão dos resíduos e o controlo dos consumos energéticos e combustíveis, o controlo da emissão de ruído e o respeito pelas normas de higiene e segurança. A Academia de Golfe A Academia de Golfe do Belas Clube de Campo é uma das mais conhecidas da região de Lisboa, que pelas suas excelentes áreas possibilita o treino da relva durante todo o ano. Inclui duas zonas de jogo curto e dois ‘Putting Green’”. Ao longo dos anos, a Academia tem atraído centenas de novos jogadores, através de uma variedade de programas
de golfe tanto para jogadores que se iniciam na modalidade como para jogadores que querem melhorar o seu jogo, tendo ainda formado alguns dos melhores amadores e profissionais de Portugal. Recentemente foi contratada Clara Teixeira, campeã brasileira de golfe 2014, vencedora de inúmeros troféus internacionais, que se juntou à equipa liderada por Marcos Rios e cujo objectivo é relançar a Academia e torná-la na melhor Academia da região de Lisboa. Grupo André Jordan Em 1940, nasce o Grupo Jordan, no Rio de Janeiro, introduzindo o moderno conceito de promoção imobiliária, que se expande para a Argentina, Uruguai e França. 1970 representa um marco emblemático em Portugal, pela criação da Quinta do Lago, um contributo ímpar no planeamento urbanístico, de elevada qualidade no Algarve e em toda a indústria turística portuguesa e internacional. O Vilamoura XXI transformou Vilamoura no maior e mais completo empreendimento turístico da Europa, sendo case-study do Urban Land Institute e em diversas universidades Internacionais. Na sua obra de mais de 40 anos em Portugal, observa-se o contributo ímpar prestado nas áreas de planeamento urbano, bem como nas preocupações estéticas e ambientais dos projectos em que se envolver. At Belas Clube de Campo - a residential community launched in 1997 - André Jordan drew upon the whole experience acquired in the creation and development of high-quality urban planning projects, such as Quinta do Lago or Vilamoura XXI, making the development an international reference. Belas Clube de Campo is the right place for those looking for a quality of life in contact with nature, while still being just 15 minutes from the centre of Lisbon. With one of Portugal’s most famous golf courses, with restaurants and a wide range of facilities for all ages, Belas Clube de Campo is the largest residential development in the environs of a European capital and a benchmark for success in the real estate market. Set in over 1000 hectares of forest in the Serra da Carregueira, Belas Clube de Campo is served by public transport and is one of the places in the Lisbon region with the best road and rail accesses to central areas of the city which is characterised by a range of cultural and historical attractions, but also shopping and leisure amenities. Examples of this is Lisbon Airport, the Colombo Shopping Centre, the historic town and park of Sintra, Praça do Comércio and down town Baixa-Chiado or even the alluring beaches of Cascais. Having completed the first phase of Belas Clube
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O Belas Clube de Campo é o maior empreendimento residencial nas imediações de uma capital europeia e uma referência de sucesso no mercado imobiliário. Belas Clube de Campo is the largest residential development in the environs of a European capital and a benchmark for success in the real estate market.
de Campo, where 750 families from 15 nationalities currently live - in the lowest density and highest quality residential resort in a European capital - a new stage in the development is being launched called Lisbon Green Valley which comprises apartments, town houses and building plots for detached houses. Its 20 years of existence has proved that Belas Clube de Campo is in constant evolution, in this new stage getting a School and Horse-riding Centre which shows that the development is a flourishing community where families daily enjoy a secure and healthy lifestyle. The new phase of Belas Clube de Campo, ‘Lisbon Green Valley’ which already has all its infrastructure, foresees the construction of 258 Apartments, 71 Town houses and 37 Villas, in a total of 366 units. With an investment of around 100 million euros, the new phase boasts plots with planning permission for a school, a horse riding centre, a health centre and a five-star hotel. “It is with immense pride that we’re launching Lisbon Green Valley, a project which crystallises the 20 years of Belas Clube de Campo’s existence, draws upon all the experience acquired in the creation and development of high-quality urban projects such as Quinta do Lago and Vilamoura XXI, and which proves that this is a project in constant evolution. This is a new destination for Lisbon”, says Gilberto Jordan, Chairman of the André Jordan Group. The school will follow the guidelines from the Associação de Jardins Escolas João de Deus and will receive pre-school, primary and secondary school pupils. Covering a Gross Land Area of 9520m2, it will feature 26 classrooms and the pupils can use
all the development’s facilities, such as the tennis school, golf, swimming and football amenities among others. The Horse-riding Centre will constitute another important facet of the development, with a privileged location next to the forest park. The plot for the Health Centre covers a 1100m2 area with a 6000m2 above ground building area. There’s also a plot with special planning permission for a hotel unit set within a 24000m2 area with a fabulous view of the sea and over the golf course. The Group is looking for the ideal partner for these projects. Architecture and Sustainability The Belas Clube de Campo master plan was designed by US urban planners Charles Franzman and Robert Stern. From among the many architects with projects on the development are Aldo Dias, Diogo Lima Mayer, Eduardo Capinha Lopes, Frederico Valsassina, Luís Costa, Luís Partrício Gonçalves, José Guedes Cruz, José Teixeira Gomes, Pedro dos Santos, Pedro Silva Lopes and Thiago Bradell. Regarding the architecture, André Jordan has always said that the leitmotif and common thread of Belas Clube de Campo ensures above all else that the freedom of each of the residents to create the home of their dreams is respected within the high standards of land use and high-quality architectural and landscaping criteria integrated into a national and contemporary culture. The proof that it is possible to assure the diversity of architectural solutions without sacrificing the overall cohesion of the development today is there for all to see.
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Belas Clube de Campo was planned within the highest standards of sustainability. It was built and is growing in total respect to the environment, using natural resources in the most efficient way. Therefore, various measures have been implemented to preserve the existing flora and fauna and within the boundaries of the development there are totally protected areas. All the phases of the project have been undertaken in accordance with the highest environmental requirements and this was the first development in the sector in Europe to be awarded the Environmental and Quality standards NP EN ISSO 9001 and NP EN ISSO 14001. The Golf Course Designed by the famous US architect Rocky Roquemore, the golf course was designed to be an exceptional green space for residents and golfers. A meeting point with Nature which truly is the exlibris for the entire development. The environmental strategy adopted enabled Belas Clube de Campo - an 18-hole golf course with 72 par - to be the first golf course in Europe to boast ISO 9001 and 14001 and the first in Portugal and on the Iberian peninsula to obtain the GEO certification (Golf Environment Organisation), an international distinction of great importance, establishing an exemplary relationship with its partners. The environmental management system began to be implemented in 1997 at the golf course and was certified in 1999. This system encompasses the protection of wildlife, the control of chemical and fertiliser use, the optimal consumption and quality control of water, waste management and energy and fuel consumption control, noise emission control and respect for standards of hygiene and safety.
The Golf Academy The Belas Clube de Campo Golf Academy is one of the best known in the Lisbon region which through its excellent facilities allows for all-year-around training. It includes short-game areas and two ‘Putting Greens’. Over the years, the Academy has attracted hundreds of new players, through a variety of golf programmes for players who are starting the sport to players who want to up their game, having also trained some of the best amateur and professional players in Portugal. The 2014 Brazilian golf champion Clara Teixeira, the winner of countless international trophies, has recently been hired by the golf course to join a team led by Marcos Rios and whose goal is to relaunch the Academy and turn it into the best Academy in the Lisbon region. The André Jordan Group The Jordan Group was founded in 1940 in Rio de Janeiro, introducing the modern concept of real estate development in Brazil which expanded to Argentina, Uruguay and France. The year 1970 represents a milestone year in Portugal with the creation of Quinta do Lago, a singular contribution and benchmark for urban planning of the highest quality in the Algarve and throughout the Portuguese and international tourism industry. Vilamoura XXI transformed Vilamoura into the largest and most complete tourist development in Europe and is an Urban Land Institute case-study and an example for various international universities. In its work spanning more than 40 years in Portugal, the unique contribution it has made towards urban planning as well as aesthetic and environmental concerns can be seen in the projects which it has developed.
É com um enorme orgulho que lançamos o Lisbon Green Valley, um projecto que materializa os 20 anos de existência do Belas Clube de Campo. It is with immense pride that we’re launching Lisbon Green Valley, a project which crystallises the 20 years of Belas Clube de Campo’s existence.
Metro Quadrado 26 20 JAN/FEV 2017
Fundos de Imobiliรกrio
As voltas que o dinheiro dรก Real Estate Funds
Money makes the world go round
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Alguns Fundos de Investimento Imobiliário (FII) nacionais têm sabido aproveitar o bom momento que se vive no mercado nacional mas os grandes beneficiários têm sido os aforradores estrangeiros. O presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), José Veiga Sarmento, explica este cenário. Some national Real Estate Investment Funds (FII) have known how to take advantage of the good times experienced in the national real estate market, but the big beneficiaries have been foreign savers. The President of the Portuguese Association of Investment Funds, Pensions and Assets (APFIPP), José Veiga Sarmento, explains this scenario.
Entrevista Interview: Carla Celestino
Qual o balanço que faz dos Fundos de Investimento Imobiliários (FII) em 2016? Um balanço contraditório, já que apesar da quase generalidade dos indicadores disponíveis sobre o mercado imobiliário português evidenciarem uma recuperação, a mesma ainda não é totalmente perceptível nos Fundos de Investimento Imobiliário nacionais. O mesmo não se pode dizer dos Fundos Imobiliários estrangeiros, que foram os grandes investidores e dinamizadores do mercado nacional. A contradição vem da nossa realidade da ausência de poupança nacional que, como sabemos, é considerada em certos meios políticos como um alvo a abater. Temos por isso um mercado imobiliário em pleno crescimento, mas os beneficiários são os aforradores estrangeiros. A cegueira de alguns decisores políticos faz com que se considere a poupança nacional organizada em organismos de investimento colectivo, um mal absoluto. Não é um bom caminho. Acho que deviam reflectir no mal que estão a fazer ao País.
Mas é um facto que o mercado em si está incomparavelmente melhor. Temos sem dúvida uma muito maior liquidez, como se comprova pelo valor de transacções recorde registado em 2015, e que se espera poder ser igualado este ano, o que tem permitido aos Fundos nacionais alienar parte do seu património, para satisfazerem os pedidos de resgate e/ou efectivarem a liquidação dos Fundos Fechados que chegaram ao termo do prazo para que foram constituídos. Actualmente quantos fundos encontram-se em actividade? No final de Setembro, existiam 237 FII em actividade, que geriam um Património Imobiliário avaliado em 11,8 mil milhões de euros. Na mesma data, o valor líquido destes Fundos (deduzido do efeito de alavancagem) ascendia a 10,6 mil milhões de euros. Tal representa, em relação ao final do ano anterior, nove Fundos a menos, uma redução de 5,1% no património imobiliário sob gestão e uma
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descida de 5,6% em termos de Valor Líquido Global gerido. Apesar desta evolução sectorial negativa, é possível, ainda assim, encontrar alguns exemplos que demonstram que os Fundos portugueses têm aproveitado o bom momento que se vive no mercado imobiliário nacional. São vários os Fundos que apresentam rendibilidades positivas, sendo de destacar, neste aspecto, os Fundos Fechados que, de acordo com o Índice APFIPP / IPD de Fundos de Investimento Imobiliário apresentaram, no final do 3º trimestre de 2016, um retorno anual positivo de 6,1%. Mas estes bons resultados não se traduzem em novos Fundos criados. Pela simples razão que não há poupança nacional disponível. A prioridade é a venda de dívida pública nacional. Não consigo é perceber, como fazem alguns, que se pode promo-
ver a transformação da poupança dos portugueses em dívida pública e ao mesmo tempo apelar ao não pagamento dessa dívida. Será sadismo? A consultora JLL anunciou recentemente que os fundos de investimento são a classe de investidores mais activa no mercado português, concentrando mais de metade do volume transaccionado em 2016, com cerca de 500 milhões de euros. Na sua opinião, a que se deve este cenário. É um facto, mas apesar desta referência não ser claramente transmitida na nota divulgada pela JLL, os Fundos Imobiliários responsáveis por estas transacções são, quase exclusivamente estrangeiros, sobretudo no que diz respeito à parte compradora, na medida em que, como já referido, os Fundos Imobiliários nacionais se encontram
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Os Fundos portugueses têm aproveitado o bom momento que se vive no mercado imobiliário nacional. Portuguese funds have taken advantage of the current positive state of the national real estate market.
numa fase vendedora. Tal como refere a JLL, as yields e o nível de rendas praticados no mercado imobiliário nacional são bastante competitivos, sobretudo nas zonas prime de Lisboa e Porto, especialmente se comparados com outros mercados e cidades de dimensão semelhante, quer periféricos, quer de outros países da Europa mais desenvolvidos. A preferência manifestada por estes investidores é, certamente, reflexo da elevada qualidade do nosso património imobiliário e do potencial de retorno futuro (rendibilidade) que o mesmo oferece, sobretudo quando comparado com outras classes de activos e, como já referido, com outros mercados imobiliários. O dinamismo protagonizado pelos Fundos de Investimento, tendo em conta o volume de negócios referido (500 milhões de euros), é também uma prova de que os Fundos de Investimento, no geral, e os FII, em particular, continuam a ser, mercê das suas características muito especiais, um excelente instrumento de captação de investimento e de poupanças. É notório que a conjuntura económica adversa, que temos vivido ao longo dos últimos anos não tem permitido uma maior participação por parte dos FII nacionais neste domínio. Esperamos, naturalmente, pelas razões apontadas anteriormente, que os FII nacionais sejam capazes de, a breve prazo, retomar o papel preponderante de dinamizadores do mercado imobiliário nacional que já tiveram no passado. Uma das soluções para esse desenvolvimento poderá passar, por exemplo, pela consagração de um regime específico para a criação de REITs nacionais, tendo em consideração que as SOCIMI espanholas, conforme mencionado no estudo em apreço, são, igualmente, dos agentes mais activos no mercado imobiliário português. Actualmente qual é o principal alvo das aplicações dos FII e de que tipo de investidores estamos a falar? Os FII nacionais, historicamente, sempre privilegiaram as aplicações em imóveis destinados aos sectores dos serviços (escritórios) e do comércio. O estudo da JLL evidencia que continuam a ser estes os segmentos que mais investimento captaram nos primeiros nove meses do ano. Cremos que a tendência se manterá, embora haja espaço para os Fundos Imobiliários investirem noutros segmentos, sobretudo em alguns nichos que têm demonstrado grande dinamismo, como o sector turístico, o da saúde ou mesmo o das residências sénior. Relativamente ao tipo de investidor, no que respeita aos Fundos nacionais, estes são, essencialmente, investidores de longo prazo, que procu-
ram imóveis de qualidade que permitam gerar um fluxo de rendas estável, que possibilitem devolver aos participantes um nível de rendibilidade significativamente superior, quer à taxa de remuneração dos depósitos, quer à taxa de inflacção. Como perspectiva o investimento nos FII em 2017? Há vários factores que merecem ponderação e que influenciarão este investimento. Por um lado, temos um mercado imobiliário que vem ganhando dinamismo. Mas por outro, e como já vimos, os FII nacionais têm vindo a perder atractividade relativamente a outras formas de investimento no sector imobiliário. Face às dificuldades internas de captação de poupanças, que praticamente não existe, a oportunidade apenas favorece a atracção de capital estrangeiro que tem estado atento ao sector imobiliário nacional. Neste sentido, torna-se clara a importância da criação de uma figura nacional semelhante à dos REITs internacionais, facilmente reconhecida pelos investidores não residentes e que permita ainda uma maior dinamização das suas aplicações neste sector, em Portugal. Quanto à poupança nacional para investimento, esta não é a prioridade da Assembleia da República neste momento. How do you think Real Estate Investment Funds (FII) performed in 2016? The balance was contradictory since despite almost all of the available indicators on the Portuguese real estate market showing a recovery, the same cannot be held quite true for National Real Estate Investment Funds. The same cannot be said of Foreign Real Estate Funds which proved the big investors which drove the national market. The contradiction stems from our reality of a lack of national savings which, as is known, is considered in certain political circles as a target to bring down. We therefore have a real estate market in full growth but the beneficiaries are foreign savers. The blindness which some political movers and shakers are showing towards what are considered national savings organised into collective investment undertakings, is simply a crime. It’s not the right road to take. I think they should reflect on the harm that they are doing to the country. But it is a fact that the market in itself is incomparably better. We have without a doubt a lot more liquidity, as is illustrated by the record value of transactions seen in 2015, and which are expected to be equalled this year, and which has enabled national Funds to sell of part of their real estate assets to satisfy redemption requests and/
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or pursue the liquidation of Closed-end Funds which have reached maturity. How many funds are active currently? By the end of September there were 237 FIIs active which managed a Real Estate Asset Portfolio worth 11.8 Billion euros. On the same date, the net value of these Funds (derived from leveraged effect) topped 10.6 Billion euros. That represents, in relation to the end of the previous year, nine fewer Funds, a reduction of 5.1% in real estate assets under management and a fall of 5.6% in terms of the Net Asset Value managed. Despite this negative development in the sector, one can nevertheless find some examples that show that Portuguese funds have taken advantage of the current positive state of the national real estate market. There are several Funds showing positive returns, in this aspect in particular the Closed-end Funds which, according to the APFIPP/IPD (Portugal Annual Property Index/Real Estate Investment Funds Index showed, at the end of the 3rd quarter of 2016, a positive annual return of 6.1%. But these positive results do not translate into new Funds created. For the simple reason that there is no national savings available. The priority is the sale of national public debt (government bonds). I fail to understand, like some do, the encouragement of turning Portuguese sav-
ings into public debt while at the same time calling on the non-payment of this debt. Is it sadism? The consultancy JLL recently announced that investment funds are the most active class of investors in the Portuguese market, concentrating more than a half of the turnover transacted in 2016, with around 500 million euros. What’s causing this scenario in your opinion? It’s a fact, but despite this reference not being clearly published in the bulletin released by JLL, the Real Estate Funds behind these transactions are, almost exclusively, foreign, particularly on behalf of the buyer, so that, as has been mentioned, national Real Estate Funds are in a sales phase. As JLL mentions, yields and the level of returns practised in the national real estate market are fairly competitive, particularly in the prime areas of Lisbon and Porto, especially when compared with other markets and cities of a similar size, whether peripheral or other more developed European countries. The preference shown by these investors is, certainly, a reflection of the high quality of our real estate stock and the potential for future returns (profitability) that it offers, particularly when compared with other asset classes and, as has already been mentioned, with other real estate
Os Fundos ImobiliĂĄrios estrangeiros foram os grandes investidores e dinamizadores do mercado nacional. Foreign Real Estate Funds proved the big investors which drove the national market.
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Temos sem dúvida uma muito maior liquidez, como se comprova pelo valor de transacções recorde registado em 2015. We have without a doubt a lot more liquidity, as is illustrated by the record value of transactions seen in 2015.
markets. The business promoted by Investment Funds, taking into account the business turnover referred (500 million euros), is also proof that Investment Funds, in general, and FIIs, in particular, continue to be, thanks to their very special characteristics, an excellent instrument for attracting investment and savings. It is noteworthy that the adverse economic climate that we have experienced over the last few years have not permitted a greater participation by national FIIs in this domain. We expect, naturally, for the reasons mentioned beforehand, that the national FIIs will be able to, in the short term, to recover their important role as drivers of the national real estate market that they enjoyed in the past. One of the solutions for this development could involve, for example, the setting up of a specific regime for the creation of national REITS (Real Estate Investment Trusts), taking into consideration that the Spanish SOCIMIs (Companies that invest in the Spanish property market), as mentioned in the study, are also the most active agents in the Portuguese real estate market. What currently is the main target for FII applications and what type of investors are we referring to? National FIIs, historically, have always focused on applications for real estate destined for the services sector (offices) and commerce (shops & retail). The JLL study shows that these are the segments that continued to attract the most investment in the first nine months of the year. We believe that the trend will continue, al-
though there will be room for Investment Funds to invest in other segments, particularly in some niches that have shown great dynamism, such as the tourism, health and even the senior citizens residential sectors. Regarding the type of investor and specifically national Funds, these are essentially, long-term investors who are seeking quality properties enabling them to manage a flow of stable rental income and which will allow them to payout their investors a level of receipts that are significantly higher, both in the rate of returns from deposits and against the inflation rate. How do you see investments in FIIs in 2017? There are various factors that need to be taken into consideration and which will influence this investment. On the one hand, we have a real estate market that has picked up dynamism. On the other hand, as we have already seen, national FIIs have lost their allure compared to other forms of investment in the real estate sector. Faced with the internal difficulties in Portugal of attracting savings, which are practically non-existent, the only viable option now is attracting foreign capital that has been aware of Portugal’s real estate sector. In this sense, it has become clear that it is important to create a national vehicle similar to international REITS and which are easily recognised by non-resident investors and will provide a further boost to their applications in this sector in Portugal. As to national savings for investment, this does not seem to be the priority for the Portuguese Parliament at the moment.
Opinião Nuno Sá Carvalho
Imobiliário: perspectivas para 2017 Real Estate: the outlook for 2017
Nuno Sá Carvalho Sócio responsável pelo departamento de Imobiliário e Construção da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Partner in charge of the Real Estate and Construction department of Cuatrecasas, Gonçalves Pereira
O ano de 2016 confirmou as expectativas que nele foram depositadas, consolidando o ciclo de crescimento do sector imobiliário em Portugal nos últimos anos, nas suas diferentes vertentes, designadamente, a habitação, os escritórios, o turismo e o retail. A experiência dos últimos anos revelou ainda a relevância do investimento internacional para a recuperação deste sector, sobretudo no contexto de uma economia algo estagnada. Tal como tem sido amplamente divulgado, a conjuntura internacional e algumas medidas político-legislativas implementadas em Portugal captaram um grande volume de investimento, com origens geográficas e perfis diversificados entre si. Para este desempenho positivo têm tido particular destaque os sectores do turismo e da reabilitação urbana, muitas vezes interligados entre si, proporcionando uma regeneração já muito significativa nas principais cidades do País. Contudo, têm-se verificado que, para o bem e para o mal, muitas das medidas e reformas em curso têm consequências que vão muito para além dos limites do sector imobiliário, tendo impacto noutros sectores da economia e da sociedade e, em certos casos, na organização e nas políticas europeias. A este respeito avulta, desde logo, a perspectiva de um incremento geral dos preços do imobiliário, assim como das rendas, nos diversos sectores, em parte resultantes da escassez da oferta de produto e da pressão exercida nos preços pelas reformas levadas a cabo. Por outro lado, são diversos os alertas emergentes da sociedade, a nível nacional e a nível internacional, que importará analisar e acautelar para o futuro. Veja-se neste sentido os protestos quanto à escassez da oferta de arrendamento para as classes mais desfavorecidas ou o impacto da revitalização do turismo na vida
dos cidadãos locais. Refira-se ainda o recente acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, que confirmou a legalidade da deliberação da assembleia de condomínio, que aprovou a proibição do negócio do alojamento local em determinado edifício. Ao nível internacional destacam-se, a este propósito, a medida do município de Barcelona que suspendeu a concessão de licenças para estabelecimentos turísticos, a abertura do debate sobre o controlo das rendas ou as ‘desconfianças’ no seio das instituições europeias em relação a programas similares ao nosso Golden Visa. No horizonte encontram-se diversas medidas legislativas com forte impacto no sector imobiliário, designadamente, as alterações ficais previstas no Orçamento de Estado para 2017, as alterações ao regime do arrendamento urbano, já para não falar da anunciada lei de bases da habitação. Assim sendo, afigura-se-nos necessário que estas e demais medidas legislativas a adoptar no futuro procurem fomentar o investimento estrangeiro em articulação com uma estratégia de reabilitação urbana inovadora, sustentável e inteligente. 2016 confirmed the expectations placed in it, consolidating the cycle of growth of the real estate sector in Portugal in recent years, in its different aspects, namely,housing, offices, tourism and retail. The experience of recent years has also revealed the relevance of international investment for the recovery of this sector, particularly within the context of an economy that is somewhat stagnant. As has been widely broadcast, the international economic climate and some politico-legislative measures implemented in Portugal have attracted a large amount of investment with origins and profiles that are geographically diverse amongst them.
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The tourism sector and urban rehabilitation in particular, have contributed greatly towards this positive performance, being very often interlinked, providing an already very significant regeneration in the main cities in Portugal. That said, for good or bad, it has been seen that many reforms and measures underway have consequences that have an impact far beyond the limits of the real estate sector, having had an impact on other sectors of the economy and society and, in certain cases, on European organisations and policies. Regarding this the perspective of a general hike in property prices needs pointing out straight away, as well as rents, in the various sectors, in part as a result of the scarcity of product offer and the pressure exercised on prices from the reforms that have been concluded. On the other hand, warnings from society are many, both at a national and international level, so that it is important to analyse and proceed with caution for the future. In this sense one can see the protests regarding the dearth of rental offer for the less favoured classes or the impact of tourism revitalisation on the life of local citizens. One should mention too the recent agreement from the Lisbon Court of Appeal which confirmed the legality of the decision by the general meeting of apartment owners which approved the prohibition of local accommodation business in specific buildings. Regarding this, at an international level the measure from Bar-
celona City Council should be highlighted and which suspended the concession of licenses for tourist establishments, opening up the debate on the control of rents or the ‘mistrust’ within European institutions relating to programmes that are similar to our Golden Visa. There are various legislative measures on the horizon which have a strong impact on the real estate sector, namely, the tax alterations foreseen in the State Budget for 2017, changes to the urban rental regime, not to mention the announced Basic housing Law. This being the case, we believe it necessary that these and other legislative measures to be adopted in the future seek to foster and encourage foreign investment by adopting an innovative urban rehabilitation strategy that is sustainable and intelligent.
Azimute 34 20 JAN/FEV 2017
Alterações climáticas
COP22: Sucesso ou insucesso? Climate change
COP22: Success or failure?
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Na cimeira das Nações Unidas que decorreu em Marraquexe, o Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o combate às alterações climáticas é “o maior desafio que o mundo tem pela frente”. Mas será que a COP22 trouxe algo de novo ao Acordo de Paris? At the United Nations summit that took place in Marrakesh, the Prime Minister, António Costa said that fighting climate change is “the greatest challenge facing the world in the future”. But did the COP22 bring anything new to the Paris Agreement? Texto Text: Carla Celestino
Em 2015 negociou-se durante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), em Paris, França, um acordo que se debruçou sobre as mudanças do clima e estabeleceu medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020. Um ano depois, decorreu a COP22 em Marraquexe, Marrocos, que, se para muitos foi a confirmação do Acordo de Paris, para outros foi de desilusão por não ter sido alcançada a meta da definição de regras para a concretização deste acordo, nomeadamente ao nível das medidas para o abrandamento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e para a adaptação às alterações climáticas. O presidente da Direcção Nacional da Quercus, João Branco, salienta que o que “as ONG queriam nesta cimeira é que tivesse havido mais ambição, ou seja, que nesta COP se tivesse ido mais além nas metas de Paris, nomeadamente que as metas de redução de emissão de GEE fossem mais cedo ou saber que dinheiro está alocado a cada uma das medidas, e isso não aconteceu”. Refira-se que as expectativas em relação à questão do financiamento climático eram elevadas nesta cimeira, já que se pretendia que se estabelecesse a forma como os países desenvolvidos vão cumprir a promessa de disponibilizar 100 mil milhões de dólares por ano, no âmbito do designado Fundo Verde para o Clima da Organização das Nações Unidas.
João Branco explicou ainda que “em Marraquexe o que houve foi apenas a confirmação de que o Acordo de Paris é para continuar a ser aplicado”. No entanto, destacou como “grande novidade da cimeira não ter havido retrocessos e que os países continuam empenhados em fazer cumprir as metas de Paris”. O presidente da associação ambientalista menciona também que Portugal “está comprometido com este acordo”, até porque, como diz, “estamos na União Europeia que surge como um bloco”. Além disso “Portugal é um dos países que apresenta melhores indicadores, nomeadamente de utilização de renováveis”. Refira-se que nesta cimeira ficou a saber-se que Portugal classificou-se em 11º lugar em termos de melhor desempenho relativamente à política nas áreas das energias renováveis e da eficiência energética, mas como os três primeiros lugares não foram atribuídos considera-se que o nosso País é o 8º melhor neste ranking. Desta forma sobe sete lugares em relação ao ano passado, altura em que estava classificado inicialmente em 19º lugar, tendo essa classificação sido actualizada posteriormente para 18º lugar após a revisão de alguns dados pela Agência Internacional de Energia em que se baseia o índice, bem como de dados da FAO relativos às florestas. No Climate Change Performance Index (CCPI), Portugal sobe, assim, significativamente em relação ao ano passado, passando de uma classificação “moderada” para uma classificação “boa”.
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Portugal é um dos países europeus que será mais afectado pelas alterações climáticas. Portugal is one of the European countries which will be most affected by climate change.
Portugal está empenhado O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que esteve presente na COP22 de Marraquexe, lembra que “Portugal é um dos países europeus que será mais afectado pelas alterações climáticas: desde a erosão costeira à redução de precipitação média e ao aumento médio da temperatura e dos fenómenos climáticos extremos”. Por isso, realça, que estão “a trabalhar, e será um trabalho contínuo, na estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas e a implementar medidas concretas que passam pela protecção e monitorização do litoral no que respeita à prevenção de cheias; introduzindo os impactos das alterações climáticas nos planos de ordenamento do território e através do apoio, via POSEUR, aos planos regionais e locais de adaptação às alterações climáticas”. Acrescentando que este “é um trabalho contínuo que terá de envolver, também, todos os agentes sociais”. Para o ministro do Ambiente “as declarações políticas em Marraquexe, que convergiram na ‘Proclamação de Marraquexe para o Clima e Desenvolvimento Sustentável’, vêm sublinhar a importância e necessidade do combate às alterações climáticas e apelar ao envolvimento e a uma maior ambição dos países, tanto na redução de emissões como no apoio aos países menos desenvolvidos”. O governante explicou também que “os resultados das negociações da COP22 centraram-se na definição do calendário para a elaboração das
regras de implementação do Acordo, tendo ficado decidida a sua conclusão até à COP24, em 2018”. Relativamente a este calendário “a posição assumida por Portugal foi no sentido de acelerar o processo e procurar que exista um trabalho sólido já em 2017”. Na opinião do ministro, “o objectivo da COP de Marraquexe - prosseguir com a implementação do Acordo de Paris - foi cumprido”, sublinhando que “este Acordo entrou em vigor menos de um ano depois de ter sido adoptado, o que é um forte sinal do compromisso internacional no combate às alterações climáticas”. Polémica ‘Trump’ Em Marraquexe não existiram retrocessos, ainda assim tiveram eco as palavras pré-eleitorais do actual Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Donald Trump sobre uma possível retirada do país dos compromissos do Acordo de Paris e com isso romper com o financiamento destinado aos programas de combate às alterações climáticas das Nações Unidas. Questionámos os interlocutores sobre esta possibilidade e sobre um eventual efeito de contágio a outros países, nomeadamente a Rússia (que ainda não ractificou o Acordo de Paris), ao que ambos desdramatizaram este eventual cenário. O presidente da Quercus lembra que “Donald Trump já veio a público dizer que isso não será bem assim”. Na sua opinião, “os EUA terão, com certeza, mais presidentes, até porque um dos
pontos mais criticados por nós é que as medidas só estão anunciadas a partir de 2020”. Acrescentando que “na China, o maior emissor do mundo, só está prevista a diminuição de emissões a partir de 2030”. Para João Branco, “no quadro actual, ainda haverá tempo para os americanos cumprirem o Acordo de Paris”. Relativamente a esta questão, o ministro do Ambiente diz redondamente que não lhe “parece que seja possível voltar atrás”, pois “as consequências seriam catastróficas”. “Mesmo do ponto de vista económico, quanto mais rapidamente se iniciarem os esforços internacionais de descarbonização das economias, mais recursos serão poupados na adaptação às alterações climáticas, sendo esta, sem dúvida, a opção económica racional, numa perspectiva de médio e longo prazo”, conclui o governante. In 2015 an agreement was hammered out during the United Nations Conference on Climate Change (COP21), in Paris, France on climate change and established measures to reduce carbon dioxide emissions from 2020. A year later COP22 took place in Marrakesh, Morocco, which for many was the ratification of the Paris Agreement, but for others it was a disappointment for failing to reach agreement on defining the rules to achieve this agreement, namely at the level of measures to slow-down the emissions of greenhouse gasses (GHG) and for adapting them to climate change. The Chairman of the National Board of Quercus (a Portuguese environmental non-governmental organisation), João Branco, points out that NGOs wanted to see more ambition at this COP, in other words going beyond the measures drawn up to cut greenhouse emissions (GHG) so that the measures could be introduced sooner and to know which funds are allocated to each one of the measures, which hasn’t happened.” He points out that the expectations regarding
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O objectivo da COP de Marraquexe - prosseguir com a implementação do Acordo de Paris - foi cumprido. The goal of the Marrakesh COP - the pressing ahead with the implementation of the Paris Agreement - was fulfilled.
this issue of climate financing were high at this summit and that it was intended to establish the way in which developed countries would deliver on the promise to make US$100 Billion available per year through the designated United Nations Green Climate Fund. João Branco also explained that in “in Marrakesh what we had was merely a confirmation of the Paris Agreement and that it will continue to be applied”. However, he highlighted as “the Summit’s big news that the signatories didn’t backtrack and that countries are still firmly committed to meeting the measures agreed in Paris”. The Chairman of the environmental association also mentioned that Portugal “is committed to this agreement”, since, as he says, “we’re in the European Union which is in agreement as a bloc on climate change”. Furthermore “Portugal is one of the countries that presents the best indicators, namely in the use of renewals”. He mentioned that at this summit Portugal was in 11th place in terms of better performance regarding policy in the areas of renewable energies and energy efficiency, but since the first
three places were not awarded, Portugal is considered the 8th best in this ranking. It thereby climbs seven places in relation to last year, when it was initially classified as in 19th place, this classification having been updated later to 18th place after some data was revised by the International Energy Agency on which the index is based, as well as data from the FAO (United Nations Food and Agriculture Organisation) regarding forests. When it comes to the Climate Change Performance Index (CCPI), Portugal climbs significantly in relation to last year, going from a “moderate” classification to a “good” classification. Portugal is committed The Minister for the Environment, João Pedro Matos Fernandes, who attended COP22 in Marrakesh, says that “Portugal is one of the European countries which will be most affected by climate change: from coastal erosion to a reduction in average annual rainfall and an increase in average temperatures as well as extreme weather conditions”.
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Quanto mais rapidamente se iniciarem os esforços internacionais de descarbonização das economias, mais recursos serão poupados na adaptação às alterações climáticas. The sooner international efforts on reducing the carbon footprint of economies begins, the more resources will be saved from adapting to climate change.
Which is why he stresses that they are “working on - and it will be a work-in-progress - the national climate change adaptation strategy and on implementing specific measures including the protection and monitoring of the coastline regarding the prevention of floods; introducing the impacts of climate change to land use planning and through support, via the land management entity POSEUR (Operational Programme for Sustainability and Efficient Use of Resources, established through an Execution Decision from the European Commission on December 16, 2014), to regional and local climate change adaptation plans”. Adding that this is “an ongoing project which will evolve over time and will also include all social agencies”. For the Minister of the Environment “the political statements made in Marrakesh, which make up the ‘Proclamation of Marrakesh on Climate and Sustainable Development’, underscores the importance and need to combat climate change and call on the greater involvement and ambi-
tion of the countries both in slashing emissions and helping less developed countries”. The minister also explained that the “results of the COP22 negotiations were centred on defining the timetable to draw up the rules for implementing the Agreement, it conclusion having been decided by COP24, in 2018”. Regarding this timetable “the position taken by Portugal was in the sense of speeding up the process and seeks to see solid work in place by 2017”. In the minister’s opinion, “the goal of the Marrakesh COP - the pressing ahead with the implementation of the Paris Agreement - was fulfilled”, stressing that “this Agreement came into force less than a year after having been adopted, which is a strong sign of international commitment in combating climate change”. ‘Trump’ controversy There was no back-tracking in Marrakesh, however there was the echo of the pre-election words of the current President Elect of the Unit-
ed States (USA), Donald Trump on the possible removal of that country from the commitments of the Paris Agreement and with it tear up the financial support agreed which is earmarked for United Nations programmes for combating climate change. We quizzed the speakers on this possibility and on a possible contagion effect on other countries, namely Russia (which has yet to ratify the Paris Agreement), to which both downplayed such a scenario. The President of Quercus recalls that “Donald Trump has already said publicly that that’s not quite what was meant”. In his opinion, “the USA will certainly have more presidents and even that one of the points most criticised by us is that the measures will only be announced from 2020”. Adding that “in China, the biggest emitter in the world, a reduction in emissions is only foreseen from 2030”. For João Branco, “within the current framework, there will still be time for the Americans to comply with the Paris Agreement”. Regarding this question, the Minister for the Environment said flatly that it didn’t seem to him “to be possible to back-step”, indeed, the “consequences would be catastrophic”. “Even from the economic point of view, the sooner international efforts on reducing the carbon footprint of economies begins, the more resources will be saved from adapting to climate change and that this would, without a doubt, be the rational choice within the medium to longterm perspective”, concluded the minister.
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No mundo de hoje, o cliente é cada vez mais complexo e sofisticado e tem acesso a muitas mais experiências, tanto na realidade como ao toque de um botão. O nosso alcance global permitenos extrair uma riqueza de experiência no sector para criar uma experiência de convidado inesquecível, que é a definição de sucesso em design de hospitalidade. In today’s world the customer is increasingly complex and sophisticated and they have access to many more experiences, both in reality and at the touch of a button. Our global reach allows us to draw on a wealth of experience in the sector to create an unforgettable guest experience, which is the definition of success in hospitality design.
Quinta das Lágrimas, Portugal – Hotel histórico e luxuoso Quinta das Lágrimas, Portugal - Historic luxury hotel
Como os convidados tornam-se mais exigentes e exigem uma experiência de visita única, os promotores e os operadores passaram a colocar o grande design no centro da sua oferta como forma de se diferenciarem da concorrência. A Broadway Malyan encontra-se a trabalhar com clientes em todo o mundo no sentido de os ajudar a desenvolver novos destinos deslumbrantes, bem como ‘re-imaginar’ os hotéis existentes, no entanto, o mercado global da hospitalidade não é um sector homogêneo e único e as tendências e tipos de desenvolvimento variam de região para região. O sector de hospitalidade na Ásia continua a evoluir e é impulsionado por novos hotéis com oportunidades significativas para os promotores criarem novos e impressionantes resorts que oferecem o melhor em termos de localização e luxo. O Twenty Twenty Resort em Bali, na Indonésia, é um ‘condotel’ luxuoso projectado em harmonia com a sua floresta tropical que oferece aos hóspedes vistas panorâmicas sobre o Oceano Índico a partir de uma elevada selecção de moradias de um, dois e três quartos. A arquitectura do resort inspira-se na cultura vernacular balinesa e na paisagem circundante, com o foco na criação de um ambiente inspirador para os hóspedes e em que oferecem sempre algo mais como é o caso de uma cascata central de água que recebe os hóspedes num bar ao lado da piscina e onde podem assistir ao pôr-do-sol. O mercado europeu é muito mais maduro e conta
com muitos operadores que procuram fazer um ‘refresh’ do portfolio existente de forma a garantir que vão ao encontro das necessidades e aspirações do moderno hóspede de hotéis. A Broadway Malyan encontra-se actualmente a trabalhar para diversos proprietários de hotéis – incluindo as maiores cadeias, fundos e proprietários privados – nesta área. Foi recentemente seleccionada pelo Grupo Minor para remodelar três dos seus mais conhecidos hotéis em Portugal, incluindo o quatro estrelas Tivoli Jardim e o cinco estrelas Tivoli Lisboa, ambos em Lisboa, e o Tivoli Carvoeiro, no Algarve, que está a passar de quatro para cinco estrelas. Recentemente completou também a remodelação total do histórico boutique hotel de quatro estrelas Quinta das Lágrimas, em Coimbra, após vencer com êxito uma competição aberta realizada pelos seus proprietários. O projecto incluiu redesenhar todos os quartos, o lobby, os corredores, o bar e o restaurante. Outros projectos na Europa que reflectem a diversidade do actual pipeline de hospitalidade da Broadway Malyan incluem um escritório de uso misto, o desenvolvimento de uma unidade hoteleira perto do aeroporto internacional de Varsóvia e um retiro de saúde e bem-estar de última geração no local de um antigo clube de golfe nos arredores de Londres. Margarida Caldeira, que dirige o estúdio da Broadway Malyan em Lisboa, afirmou: “No mundo de hoje, o cliente é cada vez mais complexo e sofisticado e tem acesso a muitas mais experiências, tanto
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Lobby do Hotel Quinta das Lágrimas, Portugal Quinta das Lágrimas Hotel Lobby, Portugal
na realidade como ao toque de um botão. O nosso alcance global permite-nos extrair uma riqueza de experiência no sector para criar uma experiência de convidado inesquecível, que é a definição de sucesso em design de hospitalidade”. As guests become more discerning and demand a unique visitor experience, developers and operators are putting great design at the heart of their offer as they look to differentiate themselves from the competition. Broadway Malyan is working with clients across the world to help develop stunning new destinations as well as reimagining existing hotels but the global hospitality market is not a single homogenous sector with trends and development types varying from region to region. The hospitality sector in Asia continues to evolve and is driven by new hotels with significant opportunities for developers to create stunning new resorts that offer the very best in terms of location and luxury. The Twenty Twenty Resort in Bali, Indonesia is a luxurious ‘condotel’ designed in harmony with its rainforest setting that offers guests panoramic views over the Indian Ocean from a selection of high specification one two and three-bedroomed villas. The architecture of the resort draws its inspiration from vernacular Balinese culture and the surrounding landscape with a focus on creating an inspirational environment for guests with additions such as a central cascading water feature that welcomes guests to a destination poolside bar where visitors
can watch the sun go down. The European market is much more mature with many operators looking to refresh their existing portfolio to ensure it meets the needs and aspirations of the modern hotel guest and Broadway Malyan is currently work for a number of hotel owners – including major chains, funds and private owners – in this respect. Broadway Malyan was recently commissioned by the Minor Group to remodel three of its best known hotels in Portugal including the 4-star Tivoli Jardim and 5-star Tivoli Lisboa in Lisbon and the Tivoli Carvoeiro in Algarve which is being upgraded from a 4 to a 5-star. The practice also recently completed the total refurbishment of the historic 4-star Quinta das Lágrimas boutique hotel in Coimbra after successfully winning an open competition held by its owners. The project included redesigning all guest rooms, the lobby, the corridors, the bar and restaurant. Other projects in Europe that reflect the diversity of Broadway Malyan’s current hospitality pipeline include a mixed use office and hotel development near Warsaw’s international airport and a state of the art health and wellness retreat on the site of a former golf club on the outskirts of London. Margarida Caldeira, who heads Broadway Malyan’s Lisbon studio, said: “In today’s world the customer is increasingly complex and sophisticated and they have access to many more experiences, both in reality and at the touch of a button. Our global reach allows us to draw on a wealth of experience in the sector to create an unforgettable guest experience, which is the definition of success in hospitality design”.
Quarto do Hotel Quinta das Lágrimas, Portugal Quinta das Lágrimas Hotel Room, Portugal
Ventos do Norte 46 20 JAN/FEV 2017
Reestruturação
A nova vida da Cerâmica de Valadares Restructuring
The new life of Cerâmica de Valadares
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A empresa que é uma referência de qualidade na louça cerâmica está aos poucos a (re)conquistar o lugar que lhe pertence. The ceramics company that is a benchmark for quality in bone china is gradually reconquering the place of eminence it once had.
Texto Text: Elisabete Soares
A louça cerâmica da Valadares faz parte do imaginário dos portugueses, mas a sua notoriedade não se fica por aqui. A atestar a importância que esta marca, quase a completar um século de vida – nasceu no dia 25 de Abril de 1921 e começou por fazer telhas e tijolos –, basta referir como curiosidade o facto de em algumas regiões de Angola a casa de banho ser conhecida por ‘Valadares’. Depois de um período conturbado que atravessou, devido especialmente a dificuldades financeiras, tendo sido salva da liquidação por alguns ex-quadros e investidores, a Cerâmica Valadares olha agora o futuro com mais optimismo. E o rosto da nova Cerâmica Valadares é Henrique Barros, director-geral da ARCH, empresa que está a investir 1,2 milhões de euros no relançamento e posicionamento da marca, tanto no mercado interno, como no mercado externo. Isto numa altura em que está concretizado cerca de dois terços do plano preparado para a reestruturação da Valadares, que passou - numa primeira fase - em reconquistar a notoriedade que a marca já tinha no País e, numa fase seguinte, em apostar no mercado internacional, regressando a países e regiões onde as vendas já tiveram muito peso, mas também na aposta em conquistar novos mercados. “Estamos a chegar ao ‘turnover’ do investimento”, diz Henrique Barros. E desabafa: “a fase mais complexa foi a de reconquistar os clientes, reafirmar a marca e garantir às pessoas que a empresa agora está bem”. Desabafa, “foi mais trabalhoso do que pensamos no início”. Um trabalho exaustivo que passa pela divulgação e promoção dos produtos – os novos modelos es-
tão actualmente em fase de lançamento – junto do mercado, especialmente dos arquitectos e empresas de construção. Contudo, a retoma do sector imobiliário, sobretudo na componente da reabilitação, está a ser positiva também para a Valadares. O aparecimento de projectos de reabilitação, destinados à hotelaria, habitação de luxo, mas também a escritórios, está a permitir conquistar novos contratos e, curiosamente, em alguns casos para replicar modelos antigos da Valadares. “Temos tido algum sucesso, neste mercado”, diz. Alguns desses projectos estão localizados na Baixa do Porto e são destinados a alguns dos emblemáticos edifícios que, neste momento, estão em fase de reabilitação. Ganhar quota de mercado Posicionando-se num mercado de clientes médio-alto – onde considera serão mais competitivos – a Cerâmica de Valadares aposta em produtos de qualidade. Henrique Barros adverte, a empresa apresenta uma mais-valia significativa na capacidade de produção integral das peças, desde a sua concepção ao fabrico do produto. “Somos os melhores a construir produtos por encomenda, desde raiz, pois temos competências na concessão até à execução final”, destaca. Um facto que tem sido importante para a conquista da quota de mercado interna e onde o potencial de crescimento é grande. The chinaware produced by Valadares is imprinted in the collective imagination of the Portuguese, but its fame doesn’t stop there. In order to understand the importance this brand has; which
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is nearly a century old having been founded on 25 April, 1921 when it began by making bricks and roof tiles; one only has to think of the curious fact that in some regions of Angola the world for toilets is popularly ‘Valadares’. After going through a troubled period due to financial difficulties, it was saved from bankruptcy by some former staff members and investors and Cerâmica Valadares now looks to the future with more optimism. And the face of the new Cerâmica Valadares is Henrique Barros, CEO of ARCH, the company that is investing 1.2 million euros in the re-launch and positioning of the brand, both at home and in the overseas market. This at a time when around two-thirds of the restructuring plan for Valadares has been completed and which in the first phase involves recapturing the fame that the brand had in Portugal and, in the next phase, focusing on the international market, returning to countries and regions which enjoyed strong sales, but also investing in winning new markets. “We’re moving from investment to turnover” says Henrique Barros. And he admits: “The most difficult phase was winning back clients, reaffirming the brand and reassuring people that the company is now fine”. He also admits that “it was harder than we thought at the beginning”. An exhaustive task that involved communicating and marketing the products - the new models are currently in the launch phase - on the market, especially with architects and building companies. However, the recovery of the real estate sector, particularly the rehabilitation sector, is also proving positive for Valadares. The appearance of rehabilitation projects, aimed at the hotel sector, luxury housing, but also offices, means that new contracts are being won and, strangely enough, in some cases replicating old Valadares models. “We’ve had some success in this market” he says. Some of these projects are located in downtown Baixa do Porto and are for emblematic buildings which are presently being done up. Gaining market share Positioning itself in a market of mid to high-end clients - where it believes it is more competitive - Cerâmica de Valadares is focusing on quality products. Henrique Barros says that the company offers a significant asset in producing entire bathroom suites, from conception to manufacture. “We’re the best at making products to order from scratch and we’ve the skills and know-how from design to final production” he points out. A fact that has been important when winning internal market share and where the growth potential is large.
Opinião Opinion Elisabete Soares Saraiva Jornalista Journalist
Os passageiros e a Estação de São Bento The passengers and the São Bento Station Numa recente passagem pela Baixa do Porto decidi ir à bilheteira da Estação de São Bento para comprar uma viagem de comboio. Não estava a contar é que fosse tão complicado. O átrio da estação é actualmente uma local de passagem para quem visita o Porto. E ainda bem que assim é porque o centenário edifício projectado por Marques da Silva e os vinte mil azulejos, do pintor Jorge Colaço - merecem ser admirados. O problema é que depois falhamos nos pormenores e borramos o cartão-de-visita. À mistura com os grupos de turistas estão os interessados em apenas comprar um título de viagem. Dezenas de pessoas esperam dez, vinte ou mais minutos, pela sua vez, a olhar para um monitor, da parte de fora da pequena sala onde se encontram os guichês, separados por uma porta giratória. Jovens, menos jovens, idosos com manifesta dificuldade em estar em pé, um ou outro com muletas e turistas, bastantes. Todos têm de esperar, com a senha na mão, à porta, mas sem puderem sentar-se. Porque bancos não há. Alertar para esta situação no Gabinete de Apoio ao Cliente é a atitude certa. “É verdade. A situação não é confortável, mas a CP não nos deixa colocar bancos”. Mas não há outra solução…? No entanto, do lado oposto – onde há poucos anos era a bilheteira - abriu agora uma cafetaria privada. E pouco dias depois a novidade é que a centenária estação vai em breve ter um mercado “Time Out”, cafés, 15 restaurantes, um hostel e uma galeria de arte. Afinal os passageiros é que estão a mais na Estação de São Bento!
In a recent trip to Porto’s downtown I decided to go to the ticket office at São Bento Station to buy a train ticket. I wasn’t expecting it to be so complicated. The station atrium is currently a thoroughfare for people visiting Porto. And that’s just as well because the century-old building - designed by Marques da Silva and the 20,000 azulejos tiles by painter Jorge Colaço - deserve to be admired. The problem is that then we fail in the details and blot our business card. Mingled among the groups of tourists are those only interested in buying a train ticket. Dozens of people wait 10, 20 or more minutes in turn, staring at a monitor, outside a small room where there are ticket booths separated by a revolving door. Young people, older people, pensioners with obvious difficulty standing, one or other with crutches and lots of tourists. All have to wait, with a ticket in their hand, by the door but without being able to sit down. That’s because there are no benches. I pointed this situation out at the Customer Help Office and this was the attitude I got. “It’s true. The situation isn’t comfortable, but CP won’t allow us to put in benches”. But is there no other solution...? Meanwhile, on the other side - where a few years ago the ticket office was - a private café has opened. A several days later the news was out that this 100-year-old station is to shortly have a “Time Out” market with cafés, restaurants, a hostel and an art gallery. So it seems that its the passengers who are superfluous to requirements at São Bento Station!
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Do Mundo 50 20 JAN/FEV 2017
Portugal e o Mipim
Éramos todos mais jovens Portugal and Mipim
We were all much younger then
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Por capricho da História, o surgimento do MIPIM, em 1991, que viria a tornar-se na mais influente feira imobiliária do Mundo, coincide com o ‘nascimento’ do moderno imobiliário português, traduzido, simbolicamente, na fundação da Associação de Promotores. By a whim of history, the rise of MIPIM in 1991 which would become the most influential real estate fair in the world, coincides with the ‘birth’ of the modern Portuguese real estate industry, symbolically translated in the foundation of the Association of Developers. Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Foto Photo: Serviços de Press do MIPIM
Robert Fitzpatrick, presidente da Euro Disney, homenageado no MIPIM 1992, e representado pelo então presidente do Reed MIDEM Xavier Roy
Portugal dava os primeiros passos para a criação da ‘indústria do imobiliário’ que já era uma sólida realidade na Europa, nos Estados Unidos da América e em alguns estados asiáticos. Cannes passou a ser o ponto de encontro de profissionais que vinham dos cinco continentes. Na primeira edição, juntaram-se no Palácio dos Festivais, na mediática, Croisette mais de cinco mil participantes. Hoje são perto de trinta mil. Tive o raro privilégio de participar no MIPIM desde 1992. João Rosa, o primeiro director da extinta revista ‘Imobiliária’ mandou-me “ir ver o que era aquilo”. A organização, o Reed Midem, acolheu-me com mordomias que, actualmente, não pode proporcionar porque o número de jornalistas presentes é muito maior. Essa primeira ‘aventura’ foi quase uma aventura solitária porque os portugueses presentes contavam-se pelos dedos. Com stand próprio, lá estava a então muito próspera Fenalu, de Alan Bonte, com os seus operacionais, Mário Quina e João Charters. A extinta EPUL já então esbanjava dinheiro público com um stand a simular a Casa dos Bicos, muito embora situado no pior sítio… Mas estavam, também, Américo Amorim e os seus homens fortes. Almeida Guerra há época administrador-delegado da Inogi, uma joint-venture entre o poderoso grupo francês ISM e o homem da cortiça. Seriam o mais dinâmico promotor imobiliário a operar em Portugal. E se a memória não me falha, levaram, na comitiva, o também jovem arquitecto Frederico Valsassina que já assinava projectos importantes. Isto para não falar do incansável Henrique Polignac de Barros, que fazia a vida metade em Lisboa e metade no Mónaco, que fica mesmo ali ao lado. São conhecidos os seus laços familiares com a família real e ele desde sempre se ‘mexeu’ em
França como ‘peixe na água’. Aliás, a criação da API, a que fiz referência, nasce de uma conversa com Miguel Paes do Amaral, a bordo de um avião, entre Paris e Lisboa. Polignac queria e conseguiu criar um ‘modelo civilizado’ para as empresas de promoção imobiliária em Portugal. A imprensa ida de Lisboa integrava, igualmente, os proprietários da newsletter ‘Confidencial Imobiliário’, Nunes Curado e Silva Pinheiro e o ‘endiabrado’ David Sampson, da ‘People & Business’ que já fotografava tudo o que mexia nos corredores do Palácio dos Festivais. Como vivia uma época de lançamento, os organizadores do certame - o Reed Midem que já promovia outras feiras em Cannes e cuja figura de proa era Xavier Roy -, faziam tudo para receber com muita elegância os visitantes. O programa social paralelo era intenso, com destaque para a grande recepção inaugural no Palm Beach, onde o champanhe francês ‘corria a rodos’. Estava ali a formar-se uma família global que reunia os maiores grupos de investimento e promoção, sobretudo da Europa e dos Estados Unidos da América. O Reino Unido que, como costumo dizer, é o ‘pai do imobiliário’, tinha a maior representação estrangeira. O crescimento do MIPIM foi tão grande que a componente social se perdeu um pouco, o que é natural. No plano mediático manteve o concurso Mipim Awards mas acabou, por exemplo, o hábito de eleger a ‘Personalidade do Ano’. Como jornalista, o ponto alto desse longínquo ano, foi a conferência de imprensa de Robert Fitzpatric, então presidente da Eurodisney de Paris (que inaugurou um mês depois, em Abril de 1992). Havia, em França, uma grande contestação em volta deste empreendimento, quer por razões ambientais, quer pelo conhecido xenofobismo francês, agravado
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Xavier Roy e Pasqual Maraguall, na altura alcaide de Barcelona, considerado ‘Homem do Ano 1993’. Esta distinção já não existe na actualidade
pelo nacionalismo gaulês e pelos sentimentos anti-americanos. Nunca mais participei numa conferência de imprensa sobre imobiliário tão ‘quente’. Os meus colegas franceses quase que ‘comiam vivo’ o empresário que, ainda por cima, falava pouco à Comunicação Social. Era uma oportunidade única e eu tive a grande lição do que é o fundamentalismo ambiental. Bem me disse Polignac de Barros: “O MIPIM é a grande universidade do imobiliário”. O certame cresceu, a presença portuguesa também, o professor Leonel Fadigas, que presidiu vários anos à Ambelis, foi um dos grandes responsáveis por essa evolução e o stand de Lisboa foi-se tornando cada vez maior. Chegaram sempre mais empresas nacionais, como, por exemplo, a Sonae, que levava uma expressiva comitiva, que chegou a ser encabeçada pelo próprio Belmiro de Azevedo, um homem diferente sem dúvida. Numa ocasião, no auge da participação portuguesa e com uma enorme equipa presente em Cannes, fui dar com ele a jantar, sozinho, num pacato restaurante. Pelos vistos, sabia resguardar-se da pressão e do reboliço dos negócios. E pela Croisette, ao longo dos anos, foram passando árabes, asiáticos, europeus, americanos, africanos, todo o tipo de sociedades, cidades, fundos e bancos virados para o ‘real state’. Escolho, de tudo isto, dois momentos históricos para Portugal. A vitória do shopping Via Catarina, do Porto, no Mipim Awards – a que se seguiriam outros laureados portugueses em edições posteriores – e, sem dúvida, 1998, ano em que o nosso País organizou a Expo em Lisboa. Ninguém olhou a
Em 96, Norman Foster foi o ‘Homem do Ano’
despesas para promover, também ali, a Exposição Mundial e o Plano Urbanístico subjacente que veio a concretizar-se no Parque das Nações que é hoje uma nova centralidade da capital e um exemplo de bom urbanismo. Foi (muito) dinheiro bem gasto, embalado por todos os requintes, como o de ter a acústica da guitarra portuguesa na entrada principal do Palácio dos Festivais. Deixei para o fim o tema mais divertido, mas como é ‘picante’ abstenho-me de referir nomes: as noites de Cannes, depois de fechar a feira e quando se tiravam os nós gravatas. Digo, somente, que muitos nomes sonantes do imobiliário português dormiam muito pouco. Eram directas, sobre directas, embaladas, às vezes, pelo virtuosismo musical de alguns, noite dentro, em discotecas da Cote D’Azur. Uma festa que foi ficando mais grisalha com o passar dos anos. Afinal, éramos todos muito mais jovens… Portugal took its first steps towards the creation of a ‘real estate industry’ that was already a firm reality in Europe, the United States and some Asian states. Cannes became the meeting point for professionals arriving from five continents. At the first edition over 5,000 participants gathered at the Festivals Palace on the famous Croisette. Today it attracts close to 30,000. I have had the rare privilege of attending MIPIM since 1992. João Rosa, the first director of the defunct magazine ‘Imobiliária’ dispatched me to the fair “to go and see what it’s all about”. The organizers, Reed Midem, welcomed me with stewards
which these days they can’t do because of the sheer number of journalists that attend. This first ‘adventure’ was almost a lone one because you could count the number of Portuguese present on your fingers. With its own stand the then very successful Fenalu was represented with its CEO Alan Bonte and his team Mário Quina and João Charters. The extinct EPUL - Lisbon Public Urbanisation Company had splashed the cash on a stand simulating the Lisbon historic building Casa dos Bicos although it was in the worst place... And Américo Amorim was also there with his strong men. Almeida Guerra, at the time the managingdirector of Inogi, a joint-venture between the powerful French group ISM and the cork king. They would be the most dynamic real estate developer operating in Portugal. And if my memory serves me well, they took with them on their committee the young architect Frederico Valsassina who has already designed important projects. This is without even mentioning the indefatigable Henrique Polignac de Barros, who divided his time between Lisbon and Monaco which is just next door to MIPIM. His family links the French royal family are well-known and he had always rubbed shoulders in France like a ‘duck to water’. Moreover, the creation of the API - the Portuguese Industrial Association -, which I’ve mentioned, was born out of a conversation on board a plane between Paris and Lisbon. Polignac aimed to and succeeded in creating a ‘civilized model’ for real estate development companies in Portugal. The press from Lisbon included the owners of the
Stand da Imovalor em 1993. Na imagem é possível reconhecer Silva Ferreira que já não está entre nós
MIPIM Awards 2006. Há representantes da Amorim Imobiliária que recebeu dois prémios
newsletter ‘Confidential Imobiliário’, Nunes Curado and Silva Pinheiro and the ‘mischievous’ David Sampson of ‘People & Business’ who was photographing everyone who moved in the corridors of the Festivals Palace. Since it was at the time of its launch, the fair’s organizers - Reed Midem which has already organized other fairs in Cannes and whose man-at-thehelm was Xavier Roy -, did everything to receive all the visitors with much elegance. The parallel social programme was intense, with emphasis on the grand inaugural reception on Palm Beach where French champagne was ‘free-flowing’. It was there to set up an international family that would bring together the largest investment and development groups, particularly from Europe and the United States. The United Kingdom which it is customary to call the ‘father of real estate’ enjoyed the largest overseas representation. The growth of MIPIM was so great that the social component got somewhat lost, which is natural. The MIPIM Awards was retained on the media front but the custom of voting for the ‘Personality of the Year’ was scrapped, for example. As a journalist, the highpoint of this long year was the press conference given by Robert Fitzpatric, the then president of Eurodisney Paris (which opened
Cocktail de abertura no Hotel Carlton
a month later, in April 1992). There was in France considerable opposition to this development for environmental and well-known French chauvinism, made worse by anti-American feelings and Gaulish nationalism. I never again attended a press conference on real estate that was so heated. My French colleagues almost devoured the impresario alive who on top of it all hardly even spoke to the press. It provided a unique opportunity and I got a big lecture on environmental fundamentalism. As Polignac de Barros said so well: “MIPIM is the great real estate university”. The fair grew, the Portuguese presence too, Professor Leonel Fadigas, who presided for various years at Ambelis, was one of those principally behind this development and the Lisbon stand got larger and larger. More and more national companies took part, like, for example, Sonae, who brought a significant committee led by Belmiro de Azevedo himself, a rare individual without a doubt. On one occasion, at the height of Portuguese participation and with a huge team present at Cannes, I dined with him alone in a quiet restaurant. It seemed he knew how to switch off from the pressures and hustle and bustle of business. And over the years Arabs, Asians, Europeans, Americans and Africans have strolled along the
Croisette and all kinds of companies, cities, funds and financial institutions involved in real estate. I have chosen, from all this, two historic moments for Portugal. The victory of the Via Catarina shopping centre in Porto, at the Mipim Awards - with was followed by other Portuguese awards - and, without a doubt, 1998, the year when our country organised the Expo in Lisbon. No one was counting costs to promote there too the World Exposition and the underlying Urban Plan that was projected at Parque das Nações which today is a new central focus for the capital and a shinning example of good urban planning. It was cartloads of money well spent and wrapped up in refined style such as having the refrains of a Portuguese guitar at the main entrance to the Festivals Palace. I leave for last the most fun theme of all, but since it is rather “saucy’ I won’t mention names: the nights of Cannes, after the fair closed and when he had the chance to loosen our ties and let our hair down. Let’s just say that many weighty names in the world of Portuguese real estate didn’t get much sleep! There were all-nighters after all-nighters sometimes all topped off by boogying on down at discos on the Cote D’Azur. A party that got more groggy with the passing years and grey hairs. Well, after all, we were all so much younger then...
Do Mundo Reino Unido
O futuro dos Fundos de Investimento Imobiliário United Kingdom
The future of Real Estate Funds
Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe
É provável que venhamos a assistir a um aumento dos investimentos entre países e entre regiões com os investidores a aplicar a diversificação no imobiliário, igual à que já aplica em outras classes de activos. Não obstante uma recente onda de proteccionismo, o capital irá para os mercados que o souberem acolher e, com o aumento da riqueza no mundo, os mercados ganhadores atrairão montantes cada vez mais elevados desse capital. É também provável que surja cada vez mais especialização. Há 10 anos, os primeiros fundos dedicados a residências estudantis apareciam no Reino Unido. Hoje em dia, estão a proliferar em toda a Europa. Estratégias como as dos fundos residenciais pan-europeus, à semelhança do que já existe nos Estados Unidos da América (EUA), ou outras estratégias mais especializadas como cuidados séniores, armazéns pessoais, hotéis e simples investimentos em solo, surgirão no mercado. Lentamente, os investidores terão à sua disposição uma crescente panóplia de opções de investimento. Esperamos que, aliado a esta diversidade, as lições da crise permaneçam. Ao olharmos para o ciclo, observamos uma série de mudanças no mundo dos fundos imobiliários institucionais na Europa. Durante a crise de 2008/2009, tinha-se declarado a morte dos fundos imobiliários e os investidores afastaram-se destes veículos de investimento. A falta de boa governança, uma má selecção dos investimentos e a falta de alinhamento de incentivos foram as razões dadas para este afastamento. Em muitos casos, os investidores ficaram com ónus de levar os fundos a bom porto assim que equipas inteiras de gestão dos fundos se afastaram por falta de incentivos. No entanto, as plataformas de investi-
mentos mais robustas, que substituíram os gestores e que aumentaram os seus esforços em nome dos investidores para recuperar valor e que enceteram um diálogo construtivo com os seus clients, foram na sua grande parte recompensados por esta postura. A indústria mudou. Os investidores procuraram mais controlo não só em relação aos investimentos em si mas também quanto à alavancagem e à governança dos veículos. Os investidores passaram a preferir formas mais directas de exposição ao imobiliário como as ‘separate accounts’, clubes de investimento, joint-ventures ou simplesmente compras directas de activos. Os gestores que se aperceberam e que reagiram a esta tendência puderam acumular milhares de milhões em activos sob gestão desde da crise. Ao mesmo tempo, a concentração de riqueza em fundos soberanos, fundos de pensões e investidores empresariais surgiram, principalmente da Ásia. Organizações como a INREV, ANREV ou a PREA foram e são fóruns importantes para discutir os temas da governança, gestão de risco tanto para investidores como para gestores e para encontrar o caminho a seguir. O ambiente da regulação também reagiu à crise. As barreiras à entrada para os gestores aumentaram com leis e directivas com a AIFMD. Nos fundos cotados, os regimes de REIT, consolidou-se em vários mercados. Em Espanha, a proliferação das SOCIMIs (REITs Espanhóis) é impressionante nos últimos três anos trazendo toda uma nova categoria de compradores de imobiliário a um mercado ansioso por mais capital. Em outros mercados europeus, à parte do Reino Unido, os fundos imobiliários puramente domés-
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ticos, perderam o interesse tanto de investidores institucionais como de privados. A falta de liquidez, a gestão medíocre e as baixas rentabilidades são a razão do reduzido interesse nestes veículos. E o que podemos esperar do mercado de fundos imobiliários para o próximo ciclo e porque é que será diferente desta vez? Uma série de mudanças no mercado exigiram mais aos gestores que tiveram que aumentar o nível de profissionalismo e sentido de responsabilidade sobre o capital de terceiros que não estava sempre presente antes de 2007. A sobrevivência de apenas os melhores gestores, aqueles que foram cuidadosos e geriram os riscos apropriadamente, aqueles que resistiram à crise, acabaram por capturar uma quota cada vez maior do capital disponível. Uma mão cheia de gestoras gerem os chamados ‘superfundos’ com milhares de milhões de capital, capazes de assumir os maiores dos maiores negócios. Estes gestores mostram que um processo de investimento disciplinado, boa gestão de riscos e uma correcta estruturação dos investimentos é a chave para, não só, retornos mais elevado como até, simplesmente, a sobrevivência. As we look back through the cycle at great deal has happened in the world of institutional investment in real estate in Europe. During the financial crisis in 2008/2009, the death of real estate funds was declared as investors shunned this form of exposure to property. Reasons given for this move away from real estate funds included poor governance, excessive leverage, poor selection of investments and poor alignment of interests. In many cases, investors were left with the baby in their hands as whole management teams abandoned their investments once the hope for carried interest fell away. However, the more robust platforms, who replaced managers, doubled down efforts in recovering value and engaged in active dialogues with their investors were, in most cases rewarded for their efforts. The industry did however change. Investors sought more control over the investments, over strategy, leverage limits were lowered and fund governance changed. Investors also moved into more direct forms of investment like separate accounts, joint-ventures, investment clubs and direct, outright ownership. Fund managers who spotted this trend and were able to accommodate accumulated billions of assets under management since the recovery. At the same time, a number of new pools of capital were formed, stemming mostly from Asia, in the form of new sovereign wealth funds, pension funds or corporate investors. Organisations like INREV, ANREV and PREA were
important forums to discuss the issues of governance, risk management and for both investors and managers to agree the way forward. The regulatory environment also changed in reaction to the crisis and the barriers for managers increased with pieces of legislation like AIFMD. On the listed side, the REIT regime continued to consolidate its position in a number of markets. In Spain, for example, the proliferation of SOCIMIs (Spanish REITS) has been truly impressive over the last 3 years and has created a whole new category of buyers for a much needed capital starved market. In other European markets, apart from the UK, domestic focused, unlisted funds have slowly lost their interest from both retail and institutional investors. The lack of liquidity, poor management and low returns have made this vehicle less interesting for investors. So what is that we can expect from real estate funds for the next cycle and why is it different this time? A number of changes have meant that funds and their managers have evolved to a next level of professionalism and fiduciary responsibility that was not present before 2007, particularly in the European landscape. First, the survivorship bias means that the fund managers who were careful and managed risks properly, pushed through the recession and captured a larger share of the available capital. A handful of fund managers now command so called superfunds, of billions, able to take on even the largest of opportunities. These managers have shown that a disciplined investment process, robust risk management and correct structuring of deals is the key not only to superior returns but, more primarily, simply of survival. We will likely see an increase of the crosscountry and cross-continental capital flows as global investors seek to apply the same rational to real estate holdings to that of other asset classes. Notwithstanding the recent wave of protectionism, capital will flow to markets that will accommodate it and with increased global wealth, the winning markets will attract increasing an quantum of that capital. We will also likely see increasing specialisation. 10 years ago, the first student housing funds were arising in the UK. They have now proliferated across Europe. We will soon likely see panEuropean residential funds, much in the vein of what already happens in the US and every other specialist sector you can think of from eldercare, to self-storage to leisure or strategic land. Slowly but surely, investors will have on offer an increasingly diverse set of options. Hopefully, this increased diversity is also coupled with the lessons learned from the crisis.
Sol e Lua 56 20 JAN/FEV 2017
Congressos e eventos
Turistas ‘bleisure’ Congresses and events
‘Bleisure’ tourists
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O turismo de congressos e eventos está em crescendo em Portugal. Trata-se de um segmento que permite o combate à sazonalidade mas que ainda deixa fugir milhões por falta de infra-estruturas e espaços de maiores dimensões. O actual Governo aposta numa abordagem mais agressiva a nível internacional mas para recolher dividendos dessa estratégia as nossas cidades e empresas têm de ser mais ‘bleisure’. Congresses and events tourism is growing in Portugal. It’s a segment that counteracts seasonal tourism but still loses out on opportunities through lack of infrastructure and largersized facilities. The current Government is focusing on a more aggressive approach at an international level but in order to reap the rewards of this strategy Portuguese cities and companies need to be more ‘bleisure’ orientated.
Texto Text: Carla Celestino
O objectivo ‘trabalho’ dos turistas que se deslocam em negócios, para promover o intercâmbio de experiências ou conhecimento, participar num evento ou simplesmente reforçar o team work, vem sempre em primeiro lugar. Mas uma vez concluída essa actividade, estes turistas também querem tirar o máximo partido do seu tempo de lazer. De certa forma, estes turistas viajam para cumprir uma obrigação e no final merecem uma recompensa e algum merecido tempo de ‘inactividade’. Até porque os negócios são realizados entre pessoas e não entre empresas. Não é, pois, de estranhar que sejam as cidades e as empresas ‘bleisure’, que promovem um misto de business e leisure (negócios e lazer), as mais bem posicionadas neste segmento turístico. No inquérito aos congressistas promovido pelo Observatório de Turismo de Lisboa, em 2015, a capital portuguesa ocupava o lugar cimeiro entre as cidades europeias onde se realizaram os melhores congressos a que já assistiram (28,2%), seguindo-se Londres (18,9%), Berlim (8,4%), Munique (6,5%), Galsgow (4,8%), Barcelona (4,0%), Paris (3,8%), Madrid (2,9%) e Turim (2,8%). Mais do que preferir Lisboa para participar em eventos, importa saber o que gasta este tipo de turista. Segundo este inquérito, no ano passado, a despesa média foi na ordem dos 1.696,7 euros para uma estada média de 3,8 dias. Importa ainda referir que 7,1% dos inquiridos confirmou a intensão de permanecer em Lisboa para além da duração do congresso; 33,5% dos entrevistados refere que é muito provável regressar a
Lisboa; e 98,7% recomenda Lisboa como cidade de congressos. Entre negócios e lazer a capital portuguesa apresenta-se como um destino de congressos e eventos. Aliás, no recente evento Web Summit, Lisboa provou que tem toda a capacidade para ser uma ‘bleisure city’. Fama além-fronteiras Durante o Web Summit, o MEO Arena/FIL recebeu mais de 50.000 pessoas, o Parque das Nações acolheu visitantes oriundos de 166 países, a média de ocupação hoteleira rondou os 85%, diferentes transportes convergiram em massa para esta área da cidade (fosse de táxi, tuc-tuc ou bicicleta), os restaurantes e bares da cidade tiveram filas de espera à porta e as noites da cidade ficaram ao rubro entre copos e diferentes idiomas. De acordo com o estudo realizado pela E.Life, ascenderam aos milhares os posts nas redes sociais: “Muito feliz por estar em Lisboa!”, “Estou desejoso pelo Web Summit!” ou “Lisboa 2016!”. A capital, de acordo com o presidente da autarquia, Fernando Medina, obteve uma “visibilidade internacional” sem paralelo, nomeadamente numa “área na qual Lisboa não tinha e o País não estava associado a isso”. Ainda assim, existiu um outro lado deste evento que escapou aos olhares de muitos e que pouco favoreceu algumas empresas nacionais. A este propósito, o presidente da Secção de Congressos e Eventos da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), Vasco Peres de Noronha, refere que “o
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Web Summit foi o evento mais mediatizado e apesar de ter sido altamente produtivo para a imagem do nosso País e para a hotelaria, lamentavelmente não foi vantajoso para a grande maioria das empresas nacionais da área, que não tiveram oportunidade de fazer parte dele”. O Web Summit é um caso isolado e poderá durar apenas mais dois anos. Por isso, qual a importância em captar eventos internacionais para o turismo português? Já sabemos que os eventos desportivos têm efeitos multiplicadores importantes, basta mencionar a Volvo Ocean Race em que Lisboa tornou-se no estaleiro da maior prova de vela oceânica do mundo e obteve um impacte económico de 30 milhões de euros, além de ter recebido cerca de 210 mil visitantes. Em 2017 a capital será novamente o estaleiro e base de treinos da regata e os números terão tendência para aumentar. No segmento MICE (Encontros, Incentivos, Conferências e Eventos) esta fatia não tem um impacte tão visível mas poderia ter… se existisse, por exemplo, um Centro de Congressos ou hotéis com capacidade para receber mais de 300/500 pessoas. É que apesar de Portugal há muito receber
grandes congressos e eventos internacionais, a realidade é que as condições para os realizar são pequenas e as infra-estruturas existentes estão aquém do que seria desejável, o que explica o facto de muitos desses eventos trazem consigo os seus próprios fornecedores e organizadores. “Há muito que a APECATE vem afirmando que é fundamental a existência de um grande centro de congressos em Lisboa”, defendendo a associação também que este espaço “deverá ser construído de raiz, envolvendo os profissionais do sector, através dos seus representantes, desde o início do projecto” e “deverá ser um espaço polivalente, que possa acolher todo o tipo de congressos e eventos, à semelhança do que acontece em muitas capitais europeias e que hoje em dia são realizados noutros destinos”. Essa solução poderá passar pelo Pavilhão Carlos Lopes que está a ser alvo de uma remodelação e que, segundo o plano de exploração preliminar, aprovado pela Associação de Turismo de Lisboa, terá uma “grande polivalência”, podendo promover desde conferências, espectáculos, reuniões corporativas, apresentações de produtos, exposições gastronómicas, provas desportivas, entre outros.
Há muito que a APECATE vem afirmando que é fundamental a existência de um grande centro de congressos em Lisboa. For a long time APECATE has stressed the vital importance of having a large congress centre in Lisbon.
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As cidades e as empresas ‘bleisure’, que promovem um misto de business e leisure (negócios e lazer), são as mais bem posicionadas neste segmento turístico. Cities and companies that pursue ‘bleisure’ (a mixture between business and leisure) are better placed in this segment of tourism.
Sobre este assunto, a APECATE lamenta que as entidades do sector não tenham sido “sequer ouvidas” e que, “a pouco tempo da sua inauguração prevista (Janeiro/Fevereiro 2017), nada se continue a saber nem a conhecer”. Apostar nos “convention bureau” O segmento de congressos e eventos há muito que é considerado estratégico para o turismo nacional e para o actual Executivo não é excepção. No início deste ano, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, afirmou que nesta área ia criar uma equipa especializada para trabalhar “de forma agressiva internacionalmente em adequação com os convention bureau”. O objectivo é captar congressos e eventos corporativos e ajudar a posicionar Portugal neste segmento a nível internacional. Para o efeito está a ser desenvolvida uma plataforma através da qual vai ser divulgada a oferta nacional existente com capacidade para receber eventos desta natureza, bem como fixar um calendário online dos eventos e congressos que vão ser realizados no País. De acordo com a APECATE existem “vários contactos mas a equipa está ainda numa fase inicial, em que é necessário um conhecimento profundo dos processos”, mas acredita que “será uma boa mais-valia para que possa haver mais apoio à captação de novos congressos e eventos internacionais”. Refira-se que Ana Mendes Godinho revelou que com esta iniciativa pretende-se dar um novo fôlego ao Fundo de Captação de Congressos Internacionais para Portugal, mecanismo de apoio gerido
pelo Turismo de Portugal e cujas candidaturas são promovidas pelos Convention Bureaux ou pelas Agências Regionais de Promoção Turística, que até ao momento teve pouca adesão. Recorde-se que o Turismo de Portugal revelou que recebeu apenas nove candidaturas, oriundas de Lisboa, do Estoril e do Alentejo, relativamente a congressos que ocorreram entre 2011 e 2015 mas que, ainda assim, permitiram captar cerca de 22 mil congressistas. O turismo de negócios encontra-se em crescimento, representando cerca de três mil milhões de euros por ano em todo o mundo e com um crescimento sustentado de 4%. Para Portugal representa também um meio de combater a sazonalidade e a desconcentração temporal e geográfica dos eventos e dos congressos. Embora ainda falte limar muitas arestas, a realidade é que Lisboa não deixa de ser uma cidade que sabe bem cruzar os negócios com o lazer. The ‘work’ objective of tourists who arrive in Lisbon on business, to promote an interchange of experiences or knowledge, take part in an event or simply beef up team work, always tops the agenda. But once concluded, these tourists also want to make the most of their leisure time. To a certain extent, these tourists travel to fulfil an obligation and at the end of it deserve some reward and well-deserved ‘time- out’. This because business is conducted between people and not between companies. It’s therefore not surprising that cities and companies that pursue ‘bleisure’ (a mixture between
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business and leisure), are better placed in this segment of tourism. In a survey of congress-goers carried out by the Lisbon Tourism Observatory (Observatório de Turismo de Lisboa) in 2015, the Portuguese capital came out on top when it came to the European cities that held the best congresses according to those who had taken part with (28.2%), followed by London (6.5%), Glasgow (4.8%), Paris (3.8%), Madrid (2.9%) and Turin (2.8%). More than Lisbon being the preferred city for events, it’s important to know how much this type of tourist spends. According to this survey, last year, the average spend was around 1,689.7 euros for an average stay of 3.8 days. It is also important to mention that 7.1% of those surveyed confirmed their intention to stay in Lisbon beyond the duration of the congress; 33.5% of interviewees said it was very probable that they would return to Lisbon; 98.7% recommended Lisbon as a city for congresses. From amongst business and leisure, the Portuguese capital is seen as a destination for congresses and events. Furthermore, at the recent Web Summit, Lisbon showed that it had all the features to be a ‘bleisure city’. Cross-border fame During the Web Summit, the MEO Arena/FIL welcomed over 50,000 people, the Parque das Naçoes hosted visitors from 166 countries, the average hotel take-up being 85%, different types of transport converged en-mass to this area of the
city (be it taxi, tuc-tuc or bicycle), the city’s restaurants and bars had queues at the door and Lisbon’s night-life was humming with the chink of glasses and the banter of different languages. According to the study carried out by E.Life, social network posts soared: “Very happy to be in Lisbon!” “I’m captivated by the Web Summit!” or “Lisbon 2016!”. The capital, according to the Mayor of Lisbon, Fernando Medina, achieved an “international visibility” without parallel, namely in “an area in which Lisbon didn’t have and with which Portugal wasn’t associated (web technology summits). Furthermore, there was another side of this event which escaped the gaze of many and which didn’t do any favours for some national companies. On this, the Director of the Congresses Department for the Portuguese Association of Congress, Tourist Entertainment and Events (Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), Vasco Peres said that the “Web Summit was the most media-covered event and despite being highly productive for Portugal’s image and for the hotel and catering industry, it was a disappointing loss of opportunity for national companies in the area that didn’t get the chance to be a part of it”. The Web Summit is an isolated case and could just benefit Lisbon for two more years. So how important is netting international events for Portuguese tourism? It’s already known that sports events have important spin-off and knock-on effects, one only has to mention the Volvo Ocean Race in which Lisbon
Está a ser desenvolvida uma plataforma através da qual vai ser divulgada a oferta nacional existente com capacidade para receber eventos desta natureza. A platform is being developed through which current national facilities with the capacity to host events of this nature will be advertised.
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business plan approved by the Lisbon Tourism Association (Associação de Turismo de Lisboa), will be “multi-use”, able to host conferences, shows and business meetings, product presentations, gastro-fairs, sports competitions, among others. On this matter, APECATE is only sorry that the entities in the sector “haven’t even been heard” and that “with little time to go before its slated inauguration (January/February 2017), they are still being kept totally in the dark”.
has become a port-of-call for the biggest oceangoing yachting race in the world with an economic impact of 30 million euros, not to mention having welcomed 210,000 visitors. In 2017 the capital will once again be the dockyard and training base for the regatta and the numbers will enjoy an upward trend. In the MICE segments (Meetings, Incentives, Conferences and Events) this slice of the pie may not have such a visible impact but could have...if there was, for example, a Congress Centre or hotels with a capacity to host over 300/500 people. And despite the fact that Portugal has been hosting large congresses and international events for a long time, the reality is that the conditions to host them fall somewhat short and the existing facilities and infrastructures could be much better, which explains the fact that many of these events bring their own suppliers and organizers with them. “For a long time APECATE has stressed the vital importance of having a large congress centre in Lisbon”, with the association also arguing that this space should “be built from scratch, involving professionals in the sector, through its representatives, from the very start of the project” and “and should be a multi-use space that can host all types of congresses and events, as happens in many other European capitals and which today are held in other destinations”. This solution could involve the Carlos Lopes Pavilion which is currently being refurbished and modernised and which, according to the projected
Focusing on “convention bureaux” The congresses and events segment has been considered a strategic area for national tourism for some time and for the current Government this still holds true. At the start of this year, Ana Mendes Godinho, the Secretary of State for Tourism confirmed that in this area they would create a specialised team for working “more aggressively internationally alongside the convention bureau”. The aim is to attract corporate congresses and events and help position Portugal in this segment internationally. To this effect, a platform is being developed through which current national facilities with the capacity to host events of this nature will be advertised, as well as publicising an on-line calendar of events and congresses to be hosted in Portugal. According to APECATE “various contacts have been made but the team is still in an initial phase, and that a deep knowledge of the processes is required”, but believes that “it will prove an asset in that there will be more support in attracting new international congresses and events”. Ana Mendes Godinho revealed that through this initiative there will be a fresh boost and capital injection for the Portugal International Congress Attraction Fund, a support system run by the Portuguese Tourism Bureau (Turismo de Portugal) and whose candidacies are promoted by the Convention Bureaux or the Regional Tourism Promotion Agencies (Agências Regionais de Promoção Turística), which currently has a low membership. It will be remembered that Turismo de Portugal revealed that it received only nine applicants, from Lisbon, Estoril and the Alentejo, regarding the congresses that took place between 2011 and 2015 but that even so, enabled the attraction of around 22,000 congress-goers. Business tourism is on the up, representing around three billion euros per annum worldwide and a sustained growth of 4%. For Portugal it also represents a way of bucking the seasonal nature of tourism and the geographic and chronologic devolution of events and congresses. While a lot of problems still have to be ironed out, the reality is that Lisbon is still a city that knows who to combine business with leisure.
Bom Gosto
Sa Aranha & Vasconcelos A SAARANHA&VASCONCELOS, estúdio de arquitectura e desenho de interiores e a sua marca SA&V, têm vindo, ao longo destes 31 anos, a partilhar com os diversos públicos os seus conhecimentos e os seus projectos. Neste sentido, surge o pequeno livro – Mandamentos - o primeiro de uma série/colecção sobre diversos temas importantes para o estúdio. Sem se querer afirmar como uma obra didática, a estrutura desta edição assenta nos conhecidos Mandamentos, os mesmos que orientam os projectos do estúdio e que caracterizam a marca SA&V. SAARANHA&VASCONCELOS, an architectural and interior design studio and its trademark SA&V, have, over 31 years, have shared its know-how and projects with a wide public. It is within this sense that the little book - The Commandments - the first in a series/collection about the wide range of important topics for the studio - has come about. Without wanting to pigeon-hole itself as a didactic work, the structure of this edition is based on the known Commandments, the same that guide the studio’s projects and which characterise the SA&V brand.
Najha Fátima Oliveira Esta é uma marca de acessórios criada para complementar o outfit da mulher moderna, prática e cheia de glamour. As peças são desenhadas e executadas por um processo completamente artesanal, recorrendo a técnica de joalharia, sendo complementadas com pedras naturais e cristais que resulta num trabalho único e autêntico. This is a brand of accessories to complement the outfit of a modern, practical woman who is bursting with ideas and full of glamour. The pieces are designed and produced using a completely handicraft process, using a jewellery technique using natural stones and crystals resulting in unique and authentic work.
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Outsider Diogo Infante
Adoro casas, desde sempre
I’ve always loved houses
Foto Photo: Rui Vasco
Talvez por ter crescido sem ter uma casa, a ‘minha’ casa, ou então porque simplesmente me seduz a forma como podemos criar espaços e habitá-los, ou talvez sejam eles que nos habitam a nós, não sei. Lembro-me de ter nove anos e viver na casa de uns amigos que nos tinha sido ‘emprestada’. Perto havia um descampado com algumas árvores, um ribeiro e um canavial. À noite imaginava que cortava canas suficientes e com elas construía uma pequena casa, a minha casa. Durante um período da minha vida, terei mudado de casa, talvez, oito vezes, com intervalos em média de dois anos. O procedimento era sempre o mesmo, procurava o que pensava ser uma oportunidade, de preferência com algo que lhe conferisse mais-valias, talvez a localização, vista ou um quintal, depois recuperava-a, habitava-a e vendia-a. O que me motivava não era apenas o lucro, mas sobretudo a excitação de começar um novo processo, uma nova vida, de ir mais além. Cada mudança representava uma oportunidade para ‘limpar’ a casa, e é extraordinário o que se consegue acumular em apenas dois anos. Analisando agora aquela pulsão, cada nova casa era como viver uma nova personagem, habitava-a intensamente e depois tinha que partir para outra. Em uma e
outra situação, procurava sempre melhorar, habitar novos patamares, saciar a minha sede de perfeição. Tenho o hábito de vasculhar sites imobiliários à procura de casas, de casas ‘especiais’. Quando ando na rua não resisto a espreitar uma montra com aquelas fotos de casas fantásticas que vendem sonhos e escolho sempre uma e imagino-me a viver ali, seja lá onde ali for. Um dia de Verão, enquanto olhava para uma dessas fotos impressas numa folha cheia de informações detalhadas sobre o número de quartos, os metros quadrado e os acabamentos, um homem em mangas de camisa abeirou-se da porta da agência e disse-me: Já sei que somos colegas... não é!? Talvez a minha cara lhe fosse familiar ou então já era sabido no meio imobiliário que eu via muitas casas, pensei. Confesso que aquele comentário me provocou uma onda de orgulho. A minha reputação precedia-me. A verdade é que os meus amigos sabem desta paixão e pedem-me frequentemente ajuda para encontrar casa. Estou a par do mercado, dizem, e sabem que tenho olho para encontrar boas oportunidades. Sou praticamente um consultor na matéria. Há uns anos encontrei, por um acaso, a casa dos meus sonhos. Vi um placard na estrada e levado pela minha curiosidade e intuição acabei por me perder num pinhal, até que a encontrei. Era linda, perfeita, estilo mediterrânico e estava à minha espera. Fomos muito felizes durante 12 anos, mas agora devo partir. Se souber de alguém interessado, está à venda, talvez possa ser sua... Uma coisa lhe garanto, uma casa não traz felicidade, mas ajuda muito! Perhaps it’s because I grew up without having a house that I could call “my home”, or maybe because I just love the way you can create spaces and live in them, or perhaps because they live in us, I don’t know. I remember I was eight and went to live in the house of some friends which had been “lent” to us. Nearby there was a piece of open land with some trees, a stream and a cane field. At night I imagined
that would cut enough canes with which to build a little house, my house. During a period of my life I probably must have moved at least eight times. I used to look for what I thought was a good buy, preferably with something that would add value, such as location, view or a yard. Then I’d do it up, live in it and sell it. What motivated me wasn’t just profit, but the excitement of starting the process over again, a new life, to go further. Each move afforded me the opportunity of “clearing out” the house, and it’s extraordinary what you can accumulate in just two years. Analysing that compulsion now, each new house was like living a new character. In one or another situation, I always sought to improve, to achieve new levels, to quench my thirst for perfection. I have the habit of scouring property websites looking for ‘special’ houses. When walking in the street I can’t resist looking in estate agency windows at the photos of fantastic houses that sell dreams and always choose one and imagine myself living there, wherever it is. One summer day, while looking at one of those printed-out pages with all the specifications, a man appeared at the door and said: I can see that we’re colleagues...aren’t we!?” Perhaps my face was familiar or he recognised me from viewing so many houses, I thought. I confess that that remark made me feel a certain pride. My reputation had preceded me. The truth is that my friends know about my passion and frequently ask me to help them find a house. People say I’m up on the market. I’m practically a consultant on the matter. A few years ago I found, by chance, the house of my dreams. I saw a placard on the road and my curiosity and intuition fired I ended up being lost in a pine forest until I found the house. It was lovely, perfect, in a Mediterranean style and had my name on it. We were very happy for 12 years but now it’s time to move on. If you know of anyone interested, it’s for sale...One thing I can guarantee you, a house doesn’t bring happiness but it helps a lot!
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