OIA Imobiliários mexem com a habitação? Are AREIUs shaking up housing?
Carla Celestino Directora Director
OIA Imobiliários mexem com a habitação? Are AREIUs shaking up housing?
Carla Celestino Directora Director
Estamos na recta final do ano! Olhando para trás 2024 foi um ano marcado por mudanças. Este ano celebram-se os 35 anos da Queda do Muro de Berlim, de democracia, união, reconciliação, liberdade. Esta data torna-se de extrema importância numa altura em que se assiste a uma nova onda autoritária e de conflito na Europa. No pestanejar de uma geração tudo de esquece, tudo se adultera, molda-se a História às vontades. É preciso relembrar aos mais novos e não deixar esquecer aos mais velhos. Lá fora e cá dentro. O novo Governo não está a ter a vida facilitada, dos incêndios florestais aos incêndios de autocarros, inflamam-se discursos. “É preciso ter calma, não dar o corpo pela alma.”
A habitação continua na ordem do dia, para os que já cá estão e para os que estão ou ainda vão chegar. Como iremos dar resposta a esta problemática é algo que vamos continuar a empurrar com a barriga para 2025. Nesta edição falamos dos OIA Imobiliários e de como poderiam ser uma solução para a carência habitacional que assola o País.
Mas falemos de coisas mais agradáveis. Os especialistas vaticinam que o investimento em imobiliário comercial vai fechar 2024 superando os dois mil milhões de euros.
A dois meses do término do ano, a Magazine Imobiliário abriu as inscrições ao Prémio Nacional do Imobiliário 2025 – Melhor Empreendimento do Ano e, pelos contactos que já teve desde o Verão, avizinham-se projectos imobiliários de arregalar os olhos.
Como “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”, questiono: “Abrimos o champanhe?”
We are at the tail end of the year! Looking back at 2024 was a year marked by changes. This year the 35th anniversary of the Fall of
the Berlin Wall is being celebrated, marking democracy, union between East and West Germany, reconciliation, and freedom. This date has taken on particular importance at a time when faced with a new wave of authoritarianism and conflict in Europe. In the blink of a generation everything has been forgotten, everything has been distorted, and hopes have come crashing down. History is being shaped by the iron fists of autocracy. The younger generations need to be reminded and they should never be allowed to forget the older ones and what came before - both in Europe and in Portugal.
The new government is not having its life made easy. From forrest fires and torched buses to incendiary speeches. “We have to calm down, and not sell our bodies for our souls”. Housing continues to be the issue of the day, for those who are here and for those who have yet to arrive.
How we are going to solve this problem is an issue that we’ll continue to kick into the long grass for 2025. In this issue we cover Real Estate Investment Undertakings and how they can be a solution for the lack of housing that has stricken the country.
But let’s turn to more pleasant times. Specialists reckon that 2024 will round off with investment in commercial real estate topping two billion euros.
With just two months to go before the end of the year, Magazine Imobiliário has opened applications for the Portuguese Real Estate Awards 2025 - Best Development of the Year -, and from the contacts we’re already had since the summer, some really eye-candy real estate projects can be expected.
And since “all good things must come to an end, and grey skies never last forever”, I say: “Shall we crack open a bottle of champers?”
4 Grande Tema Lead Story
Organismos de Investimento Alternativo Imobiliários (OIAI) Alternative Real Estate Investment Undertakings (AREIU)
Uma floresta em casa A forest at home
Sol e Lua Tourism 35 anos da Queda do Muro
35 years since the Fall of the Wall
Grande Entrevista The Big Interview Jorge Rebelo de Almeida Fundador e presidente do Vila Galé Founder and president of Vila Galé
Atelier
Contacto Atlântico Quarteirão do Rossio Rossio Quarter
Lá fora Abroad Expo Real-idade Expo Real-ity 56 Cerimónia dos Prémios Personalidades 2024 Personalities Award Ceremony 2024
Paparazzi
De uma vez por todas: “Vamos pôr isto na cabeça” Once and for all: “Let’s get this through our heads”
Ficha técnica Datasheet
Propriedade Property Palavras Aliadas
Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901
Administração Anabela Loureiro
Rua Paulo Reis Gil nº 39, 3º Esq. 2745-195 Queluz
Telm. / Mobile: (+351) 96 237 00 08 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario.com
Fundador da Magazine Imobiliário
Founder of Magazine Imobiliário Joaquim Pereira de Almeida
Directora Director Carla Celestino
Sede de Redacção / Editor
Rua Paulo Reis Gil nº 39, 3º Esq. 2745-195 Queluz
Colaboradora Permanente Permanent Contributor
Elisabete Soares
Colaborador Contributor Fábio Lopes
Fotografia Photography Anabela Loureiro
Tradução Translation Chris Graeme
Grafismo Graphics Luís Silva
Contabilidade Accounting Nasceconta
Periocidade Frequency Bimestral
Tiragem Number printed 3.000 exemplares
Impressão Printing Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica
Depósito Legal Legal Deposit 363718/13
SSN – 2183-0517
ERC – 126397
Estatuto editorial disponível em: Editorial policy available at: www.magazineimobiliario.com
Displays a highly dynamic
estate market
Dizem que o “dinheiro faz girar o mundo”. Em Portugal precisamos canalizar milhões para a habitação. Há quem defenda que OIAI podem contribuir para o aumento da oferta residencial e potenciar o arrendamento habitacional. Então, o que está a travar um sector que, em Junho de 2024, alcançou recordes?
It is said that “money makes the world go round”. In Portugal we need to channel millions into housing. There are those who argue that AREIU may contribute to enhancing residential supply and boost rental housing. So just what is stalling a sector that in June 2024 achieved record values?
Durante muitos anos assistimos ao crescimento do mercado imobiliário, mas os Fundos de Investimento Imobiliário nacionais não evidenciavam uma expressiva recuperação, em oposição aos aforradores estrangeiros que eram os grandes beneficiários, a classe de investidores mais activa e a que mais dinamizava o nosso imobiliário.
Recordo uma declaração do antigo presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), José Veiga Sarmento, que, em 2017, num cenário de redução do património imobiliário sob gestão, onde apenas alguns fundos apresentavam rendibilidades positivas, e os bons resultados não se traduziam em novos fundos, e questionando a inexistência de poupança nacional disponível, bem como as linhas orientadoras governamentais nesta matéria, que dizia: “Não consigo é perceber, como fazem alguns, que se pode promover a transformação da poupança dos portugueses em dívida pública e ao mesmo tempo apelar ao não pagamento dessa dívida. Será sadismo?”
De lá para cá os fundos portugueses e estrangeiros têm sabido aproveitar o bom momento que se vive no mercado imobiliário nacional. Os designados Organismos de Investimento Alternativo Imobiliários (OIAI), que incluem os Fundos de Investimento Imobiliários (OIC contratuais) e as Sociedades de Investimento Colectivo (OIC Societários), têm vindo a crescer e a revelar um tal dinamismo que, no Verão de 2024, bateram mes-
mo recordes.
Os dados divulgados pela APFIPP revelam que, no final de Junho de 2024, estes veículos de investimento eram responsáveis pela gestão de um património imobiliário de cerca de 17,4 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,1% em relação ao final de 2023 e uma variação positiva de 48,2% relativamente a 30 de Junho de 2022.
O actual presidente desta associação, João Pratas, esclarece que esta evolução se deve a duas realidades: “Por um lado, o facto dos OIA Abertos constituírem um instrumento de aforro para milhares de pequenos investidores, que optam por aplicar uma parte das suas poupanças no sector imobiliário, alcançando, por esta via, uma maior diversificação das suas carteiras, permitindo-lhes aceder a um segmento a que estariam impossibilitados de outra forma. E, por outro lado, no que concerne aos OIAI Fechados, verifica-se, também, que a competência e o profissionalismo dos gestores nacionais têm atraído outro tipo de investidores, assistindo-se a um movimento de conversão de Sociedades Imobiliárias em Sociedades de Investimento Colectivo (SIC).”
A tudo isto soma-se uma forma diferente de estar no nosso mercado. A par do rigor, a transparência e a gestão profissional caracterizam esta indústria, assim como a boa performance do mercado imobiliário nacional, em geral, e dos OIAI, em particular, constitui, também, um factor que em muito tem contribuído para o crescimento observado.
OIAI podem contribuir para o aumento da oferta habitacional?
Os OIAI representam um dos principais veículos de investimento no mercado imobiliário, detendo um património imobiliário que ultrapassa os 17 mil milhões de euros. No entanto, os OIAI apresentam uma maior exposição ao segmento dos imóveis destinados a serviços e comércio, sendo a componente do investimento no mercado habitacional reduzida, ainda que se tenha registado um crescimento ao longo dos últimos anos.
No final de Junho de 2024, de acordo com os dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários(CMVM), 16,2% (2,4 mil milhões de euros) dos imóveis detidos por OIAI estavam afectos ao sector habitacional, muito embora a maioria correspondesse a veículos que se dedicam à promoção imobiliária, ou seja, à construção para posterior venda.
Como o presidente da APFIPP salienta, e bem, “os OIAI não se encontram, contudo, alheios ao problema que existe, em Portugal, relativamente ao mercado habitacional, querendo contribuir para a sua resolução.”
João Pratas realça, no entanto, que os “OIAI são, em primeiro lugar, um instrumento de aforro, e, nesse sentido, têm como propósito proporcionar um retorno adequado aos seus investidores/participantes, sendo os activos que integram as respectivas carteiras, seleccionados em função do seu perfil de retorno e risco e balizados pelas políticas de investimento que constam dos documentos constitutivos destes veículos.”
E o que a associação constata, como diz, é que “infelizmente, no mercado imobiliário português, é que, em resultado de um conjunto de condicionalismos históricos que, em muitos casos, ainda se mantêm, o segmento do arrendamento habitacional continua a ser percepcionado como tendo um nível de risco maior – risco esse que, na maioria das vezes, não é possível mitigar ou eliminar –, quando comparado com o segmento não habitacional.”
No que toca à habitação, um dos factores que concorre para esta percepção é a protecção acrescida que tem vindo a ser concedida aos inquilinos, em prejuízo dos senhorios. Por
Os OIAI representam um dos principais veículos de investimento no mercado imobiliário, detendo um património imobiliário que ultrapassa os 17 mil milhões de euros.
AREIUs represent one of the main investment vehicles in the real estate market, with a real estate assets that exceed €17 billion.”
Fora
isso, como refere João Pratas, “este facto tem levado a que haja um menor interesse dos investidores por OIA Imobiliários que privilegiem este tipo de aplicações. Em consequência, estes organismos acabam por preterir esses activos nas suas carteiras, num esforço de se adaptarem ao perfil de risco dos seus investidores.”
Mas há quem acredite que os OIAI podem fazer a diferença no mercado residencial.
O co-founder e membro do Conselho de Administração da N2AM, Nuno Marques, defende que os OIAI “podem, sem dúvida, contribuir positivamente para o aumento da oferta habitacional disponível em Portugal.” E explica como: “Ao canalizarem capital para o desenvolvimento de novos projectos e reabilitação de imóveis, os OIAI têm a capacidade de atrair novos investidores para este sector, interessados em soluções de longo prazo ou de rendimento.”
Nuno Marques acrescenta ainda que “a especialização e dimensão destes veículos regulados permitem-lhes responder às actuais e futuras necessidades do mercado, através da promoção de uma oferta mais diversificada e adequada, contribuindo para mitigar a escassez habitacional em Portugal.”
Em suma, para que os OIAI tenham uma maior exposição ao mercado habitacional, é essencial que o Governo e os órgãos institucionais criem condições objectivas para oferecer segurança, estabilidade e previsibilidade a este sector, e para isso é necessário desenvolver um enquadramento jurídico-fiscal
adequado, bem como garantir uma relação retorno/risco esperados que permita cativar o interesse dos investidores e captar as suas aplicações, o que não tem sucedido.
Investidores em arrendamento acessível continuam muito cautelosos
O segmento do arrendamento habitacional continua a ser encarado como tendo um nível de risco superior ao verificado no segmento não habitacional, existindo vários factores que motivam essa percepção e que passam, nomeadamente, pelo grau de protecção acrescido que é concedido aos inquilinos, em detrimento daquele de que usufruem os senhorios.
Por isso, João Pratas lança farpas e afirma categoricamente que, “ainda que tenham sido implementadas algumas medidas com vista a promover o investimento no mercado de arrendamento habitacional e, em particular, no arrendamento acessível, nomeadamente através do Programa de Arrendamento Acessível (PAA), infelizmente as soluções que foram desenhadas não se encontram ajustadas à realidade e às especificidades dos OIAI.”
Este tema fez parte das propostas que a APFIPP apresentou ao actual Governo no âmbito dos trabalhos preparatórios do OE 2025. O presidente da associação recorda que o “PAA foi concebido com o intuito de fomentar a existência de uma oferta alargada de habitação para arrendamento a preços reduzidos, iniciativa que contou com os contributos da
Investidores estão a valorizar mais credenciais verdes Investors are increasingly prizing
green credentials
Os investidores em imobiliário logístico estão dispostos a pagar quase um quinto a mais (19%) por armazéns europeus com elevadas credenciais de sustentabilidade, como BREEAM Muito Bom ou Superior, em relação a activos classificados abaixo dessa referência.
De acordo com a informação avançada, os prémios de preço aumentam para 24% fora das zonas super prime; o prémio médio de arrendamento para os activos com uma classificação mais elevada é também de 10-30%; e o retorno para os proprietários de “investimento verde” na modernização dos activos é, em média, de 7,5 anos. Os investidores já estão a agir para garantir o cumprimento das directivas ambientais europeias, partindo do princípio de que a falta de acção terá um impacto negativo no valor dos seus activos e no desempenho dos fundos.
Fonte: Cushman & Wakefield
Investors in logistics real estate are prepared to pay almost a fifth more (19%) for European warehousing with high sustainability credentials such as BREEAM (Very Good or Excellent), regarding assets classified below this benchmark.
According to known information, price premiums have increased to 24% outside super prime areas; the average rental premium for assets with a higher classification is also 10-30%; the return for ’green investment’ proprietors from modernising assets is, on average, 7.5 years; The investors are already taking action to ensure that they meet European environmental directives, starting from the principle that a lack of action will have a negative impact on the value of their assets and the performance of funds.
Source: Cushman & Wakefield
www.victoria-seguros.pt Trabalhamos hoje para que o amanhã exista.
APFIPP”, mas que, no entanto, “os incentivos fiscais que acabaram por lhe ficar associados, não podem ser inteiramente aproveitados pelos investidores/participantes dos OIAI, carecendo este programa de uma revisão, por forma a que estes aforradores possam beneficiar das mesmas vantagens que lhes são atribuídas em caso de investimento directo.”
Um dos atractivos poderia passar pela isenção em sede de IRS dos rendimentos dos investidores que aplicam as suas poupanças em fundos que invistam em arrendamento acessível e, como João Pratas avança, é essencial “ajustar o regime de tributação aplicável a estes veículos, devendo o mesmo ser idêntico ao instituído para outros instrumen -
tos de aforro, em que se verifica uma diminuição da taxa de tributação efectiva em função do período de detenção/investimento.”
Também há quem sugira o retorno, com diferentes nuances, do RNH - Regime dos Residentes Não Habituais, dos FIIAH - Fundos de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional e das SIIAH - Sociedades de Investimento Imobiliário para o Arrendamento Habitacional.
Captar poupanças com o objectivo de serem, depois, aplicadas no mercado de habitação, reabilitação, arrendamento residencial e terrenos urbanizáveis, a par de melhor regulação, mais incentivos fiscais e processos de licenciamento urbanístico mais céleres, po -
• O valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) atingiu 15.079,9 milhões de euros, mais 60,3 milhões (0,4%) do que em Agosto.
• O montante investido nos FII subiu 0,5% para 14.054,8 milhões de euros, nos FEII o valor caiu 2,0% para 832,9 milhões de euros e nos FUNGEPI subiu 0,5% para 192,2 milhões de euros.
• No período em análise, os países da União Europeia foram o destino da totalidade do investimento feito em activos imobiliários, tendo 46,4% da carteira dos FII e FEII abertos sido aplicados em imóveis do setor dos serviços. Também os investimentos realizados pelos FUNGEPI se destinaram, sobretudo, ao sector dos serviços (69,0%).
• A Square AM (12,7%), a Lynx Asset Managers (8,5%) e a GEF (6,6%) detinham as quotas de mercado mais elevadas.
• Em Setembro, foi liquidado o fundo de investimento imobiliário fechado “fundo nacional de reabilitação do edificado - fundo de investimento imobiliário fechado” gerido pela Fundiestamo.
• The value under management of real estate investment funds (FII), special real estate investment funds (FEII) and real estate wealth management funds (FUNGEPI) reached 15,079.9 million euros, 60.3 million (0.4%) more than in August.
• The amount invested in the FII rose 0.5% to EUR 14,054.8 million, in the FEII the amount fell 2.0% to EUR 832.9 million and in the FUNGEPI it rose 0.5% to EUR 192.2 million.
• In the period under review, European Union countries were the destination of all investment made in real estate assets, with 46.4% of the open FII and FEII portfolio being invested in real estate in the service sector. The investments made by FUNGEPI were also mainly aimed at the services sector (69.0%).
• Square AM (12.7%), Lynx Asset Managers (8.5%), and GEF (6.6%) held the highest market shares.
- In September, the closed-end real estate investment fund “national fund for the rehabilitation of the built-up closed-end real estate investment fund” managed by Fundiestamo was liquidated.
Fonte / Source: APFFIP – Setembro/September 2024
A competência e o profissionalismo dos gestores nacionais têm atraído outro tipo de investidores, assistindo-se a um movimento de conversão de Sociedades Imobiliárias em Sociedades de Investimento Colectivo (SIC).
The competence and professionalism of Portuguese fund managers attracted another type of investors, witnessing a movement to convert Real Estate Companies into Collective Investment Undertakings (CIU).”
Os OIA Abertos constituem um instrumento de aforro para milhares de pequenos investidores, que optam por aplicar uma parte das suas poupanças no sector imobiliário.
Open AREIUs are a savings instrument for thousands of small investors, who choose to invest part of their savings in the real estate sector.”
deriam atrair mais capital e amplificar os OIAI no radar dos investidores. Com isso, não só se poderia implementar um maior combate à carência habitacional que existe actualmente em Portugal, mas também promover a edificação mais sustentável, acelerar a descarbonização e a transição energética. Então, do que é que se está à espera?
For many years we have seen a growth in the real estate market, but Portuguese real estate investment funds have not shown a strong recovery, unlike overseas savers who were the main beneficiaries, the most active class of investors, and boosted our real estate market the most.
I recall a statement from the former president of the Portuguese Association of Investment and Pension Funds and Patrimony (APFIPP), José Veiga Sarmento, that in 2017, against a backdrop of a reduction of real estate assets under management, where only a handful of funds were giving positive yields, and good results did not translate into new funds, and questioning the non-existence of national available savings, as well as government guidelines on the matter, said: “I cannot fathom, as some do, that you can encourage turning Portuguese savings into public debt by buying national savings bonds, and at the same time call for this debt to not be paid. Is it sadism or what?”
Then, as now, Portuguese and foreign funds
have been clever to take make hay while the sun shines in Portugal’s real estate market. The Alternative Real Estate Investment Undertakings, as they are termed (AREIU), that include Real Estate Investment Funds (Contractual Investment Undertakings), and Collective Investment Undertakings (CIOs), have grown and shown such dynamism that in the summer of 2024 they actually beat all records. Data released by the APFIPP shows that at the end of June, 2024, these investment vehicles were responsible for the management of real estate assets worth around 17.4 thousand million euros, which represented a 2.1% growth in relation to the end of 2023 and a positive variation of 48.2% on 30 June, 2022. The current president of this association, João Pratas, makes clear that this evolution is down to two realities: “On the one hand, the fact that the Open AIU constitutes a savings instrument for thousands of small investors, who choose to apply a part of their savings in the real estate sector, thereby achieving a greater diversification of their portfolios, allowing them to access a segment to which they would otherwise be unable to do.
And, on the other hand, as far as Closed Alternative Real Estate Investment Undertakings are concerned, it has also been noted that the competence and professionalism of Portuguese fund managers have attracted another type of investors, with a corresponding transformation of real estate companies into
Collective Investment Undertakings. (CIU)
To all this is added a different way of operating in the Portuguese market. Alongside the transparency and the professional management that characterise this industry, as well as the good performance of Portugal’s real estate market in general, and the Alternative Real Estate Investment Undertakings in particular, this is also a factor that has contributed significantly to the growth that has been seen.
Can AREIU contribute to an increase in housing supply?
At the end of June 2024, according to data from the Portuguese securities market regulator CMVM, 16.2% (2.4 thousand million euros) of properties held by AREIUs were linked to the real estate sector, although the majority corresponded to vehicles that were dedicated to real estate development, in other words from construction to sale.
As the president of the APFIPP underscores, “the AREIUs are not, however, blind to the problem that exists in Portugal in relation to the housing market, wanting to contribute to its resolution.”
João Pratas points out, however, that the “AREIUs are, first and foremost, a savings instrument, and, in this sense, their purpose is to provide an adequate return to their investors/stakeholders, and the assets that make up the respective portfolios are selected according to their return and risk profile, and
guided by the investment policies contained in the constitutive documents of these vehicles.”
And what the association finds is that “unfortunately, in the Portuguese real estate market, as a result of a number of historic handicaps, in many cases the housing rental segment continues to be seen as carrying a greater risk - a risk that in the majority of cases cannot be mitigated or eliminated -, when compared with the non-housing segment. As for housing, one of the factors that has contributed to this perception is the added protection that has been given to tenants to the detriment of landlords. Which is why, as João Pratas says, “this fact has led to a lesser interest from investors in AREIUs that specialise in this type of applications.
As a consequence, these entities tend to pay scant regard to these assets in their portfolios in an effort to adapt to the risk profile of their investors.”
But there are those who think that the AREIUs can make a difference in the residential market. The co-founder and board member of N2AM, Nuno Marques, argues that the AREIUs “can without a doubt make a positive contribution to increasing the available housing supply in Portugal.”
And explains: “By funnelling capital into the development of new property renovation projects, the AREIUs have the capacity of attracting new investors to this sector who are interested in long-term solutions or income.”
Nuno Marques also adds that “the specialisation and depth of these regulated vehicles allow them to respond to the current and future needs of the market by developing a more diverse and adequate supply, contributing towards offsetting the lack of housing in Portugal.”
In a nutshell, in order for the AREIUs to have a greater exposure to the housing market, it
is essential that the government and institutional bodies create the right conditions to offer security, stability, and predictability to this sector, and for this to happen a suitable fiscal-legal framework needs to be developed, as well as guaranteeing an expected risk/return relationship that would attract the interest of investors and their applications, which has not been the case.
Retail has to rethink its
O retalho enfrenta dificuldades significativas em actuar sobre a sua pegada de carbono, uma vez que esta não é produzida apenas no ponto final de venda, mas em toda a cadeia de abastecimento.
As estimativas atribuem 25% das emissões globais de gases com efeito de estufa ao sector, embora apenas 2% estejam sob o seu controlo directo.
De acordo com os analistas, nos diferentes mercados, não se podem esperar investimentos significativos do sector na transição ecológica nos próximos anos.
Uma estratégia para reduzir as emissões deste sector passa pela promoção de uma abordagem circular à economia retalhista.
Fonte: Iberinform /Crédito y Caución
Retail faces significant difficulties in acting on its carbon footprint, as it is not only produced at the final point of sale, but throughout the supply chain. Estimates attribute 25% of global greenhouse gas emissions to the sector, although only 2% are under its direct control.
According to analysts, in the different markets, significant investments from the sector in ecological transition cannot be expected in the coming years. One strategy to reduce emissions from this sector is to promote a circular approach to the retail economy.
Source Iberinform /Crédito y Caución
The housing rental segment continues to be viewed as having a higher level of risk compared to the non-housing segment, with various reasons behind this perception, including, in particular, the degree of added protection that is given to tenants compared to those granted to landlords.
Which is why João Paras is highly critical and categorically states that “even though some measures have been implemented with a view to encouraging investment in the housing rental market, and more specifically in the affordable rental market, namely via the Affordable Rental Programme (ARP), unfortunately the solutions that were designed have not been adjusted to the reality and specifics of the AREIUs.”
This topic comes up as part of the proposals
that the APFIPP has presented to the current Portuguese government as part of the preparatory work for the State Budget 2025. The president of the association reminds that the “Affordable Rental Programme was designed with the idea of fostering an ample supply of affordable housing for rent, an initiative in which the APFIPP made a contribution”, but, however, “the tax incentives associated with it cannot be entirely benefited from by AREIU investors/stakeholders. This programme needs to be revised so that these investors may benefit from the same advantages that go with them in cases of direct investment.”
One attractive measure could be an IRS tax exemption on investor capital gains when they apply their savings in funds that are invested in housing for affordable rent and, as João Pratas says, it would be essential to “adjust the tax regime applicable on these ve -
hicles, with them being identical to those applied to other savings instruments, whereby there would be a reduction in the effective tax rate for the duration that the investment/ bonds are held.
There are those who also suggest the return, with difference nuances, of the NHR (Non-Habitual Residents Regime, the Rental Housing Real Estate Investment Funds (FIIAH), and the Real Estate Investment Vehicles for Residential Rentals (SIIAH).
Attracting savings with the aim of them later
being applied to the housing market, refurbishment, residential rental, and plots of land for construction, as well as better regulation, more tax incentives, and faster urban planning permission processes could attract more capital and enhance the AREIUs to attract investors. With this, not only could we work towards addressing the housing shortage that currently exists in Portugal more effectively, but also develop more sustainable construction, accelerate decarbonisation, and energy transition. So what are you waiting for?
Em que ficamos?
Where we are now
“Paz com a Natureza”?
“Peace with Nature?”
Este é o lema da COP16 Biodiversidade, no âmbito da qual Portugal tem como uma das obrigações a submissão à Convenção da sua Estratégia e Plano de Acção Nacional de Biodiversidade até 2025, algo que ainda não aconteceu. O nosso País tem uma Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 aprovada em 2018 e uma Estratégia Nacional para as Florestas actualizada em 2015, e tem agora de rever estes documentos em linha com as metas para 2030 que a Convenção e a União Europeia assumiram.
Tal deve ocorrer num quadro de discussão com as organizações não-governamentais e a academia, entre outros parceiros, de forma participada e transparente ao longo dos próximos meses. Perante esta realidade não podemos deixar de questionar: Será que a urgência de medidas globais e nacionais consegue, ou não, inverter a actual crise global?
Fonte: ZERO - associação sistema terrestre sustentável
This is the slogan of COP16 Biodiversity, under which Portugal has as one of its obligations to submit its National Biodiversity Strategy and Action Plan to the Convention by 2025, something that has not yet happened.
Our country has a National Strategy for Nature Conservation and Biodiversity 2030 approved in 2018 and a National Forest Strategy updated in 2015, and now has to revise these documents in line with the 2030 targets that the Convention and the European Union have undertaken.
Faced with this reality, we cannot help but ask: Can the urgency of global and national measures, or not, reverse the current global crisis?
Source: ZERO - Sustainable Earth System Association
No início de 2025 chega mais uma edição da
Vila Galé
“Temos de estar constantemente a desafiar-nos”
“We have constantly challenge ourselves”
Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do Vila Galé, fala-nos dos 38 anos de experiência que foram precisos para alcançar o universo de hotéis que o grupo actualmente detém em Portugal, Espanha, Brasil e Cuba. No advento das festividades natalícias, faz votos de “profundas reformas para o País” e, quem sabe, um novo hotel de sonho no ‘sapatinho’.
Jorge Rebelo de Almeida, founder, and president of Vila Galé, talks to us about the 38 years of experience required to achieve the collection of hotels that the group currently has in Portugal, Spain, Brazil, and Cuba. As the Christmas festivities approach, he hopes for “profound reforms for the country” and who knows, a new hotel in his ‘Christmas stocking’.
Como conseguem gerir 32 hotéis em Portugal, nomeadamente tendo em conta os constrangimentos da sazonalidade, dos encargos de exploração, do custo de mão-de-obra…?
Além dos 32 hotéis em Portugal, temos dez no Brasil, um e Espanha e um Cuba. Dá muito trabalho e é sofrido, mas também me dá muito prazer. O principal para responder a esses constrangimentos que enumera é ter a preocupação de criar algo diferente e inovador, trabalhar muito para ter boas ideias, puxar pela imaginação. Não se pode ficar sentado à espera de que as soluções caiam do céu. Temos de estar constantemente a desafiar-nos, com novos conceitos dos hotéis, de gastronomia, de novas experiências para os nossos clientes. Daí a nossa aposta em recuperar património histórico, em fazer hotéis temáticos – numa associação forte em turismo e cultura –, em ter muita oferta para famílias e para crianças, em investir no interior de Portugal e também do Brasil.
Por falar no Brasil, vão lançar novas unidades hoteleiras em diferentes cidades brasileiras até 2026, depreendemos que o Brasil continua a ser um mercado com muito potencial, é correcta esta leitura? Sim, sem dúvida. Tem tudo para dar certo: a cultura, a música, a gastronomia, a diversidade de paisagens, a imensa simpatia e animação do povo brasileiro. É, de facto, um mercado onde continuamos a ver muito potencial, o que também explica este nosso
entusiasmo e os vários projectos que estamos a fazer.
Em Novembro, vamos inaugurar o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco, que será o nosso primeiro Collection no Brasil e que tem uma localização fabulosa. No próximo ano abre o Vila Galé Collection Ouro Preto, em Minas Gerais. Estamos a recuperar o espaço histórico onde funcionou o Primeiro Regimento de Cavalaria de Portugal no Brasil (em 1775) e, posteriormente, o Colégio Salesiano Dom Bosco. E este hotel vai ser um charme, além de que vamos plantar vinha e olival para ver se a produção de vinho e azeite resulta ali. O clima de Cachoeira do Campo, onde fica esta propriedade, parece adequado e estamos optimistas. Recentemente, anunciámos também o Vila Galé Collection Amazónia, em Belém do Pará, que deverá estar a funcionar para a COP 30, e mais dois hotéis no Maranhão. Aqui vamos recuperar dois imóveis históricos – onde funcionavam a antiga Defensoria Pública e a Casa do Maranhão – e abrir o Vila Galé Collection São Luís e o Vila Galé Collection Maranhão.
E vamos ainda levar para o Brasil o nosso hotel para crianças, à semelhança do que já temos no Clube de Campo, em Beja, e que é o maior sucesso. Em Alagoas, haverá o Vila Galé Collection Coruripe e o Vila Galé Nep Kids, pensado de raiz para os mais novos soltarem a imaginação, serem felizes e onde os adultos só podem entrar se tiverem crianças.
Por cá, tem sido um destemido em abrir hotéis no interior de Portugal, contribuindo para a promoção turística regional. Apostar no interior e puxar por essas regiões é um desígnio da Vila Galé. Enquanto empresa sólida e financeiramente saudável, temos a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do interior, de criar emprego, de estimular a coesão do território, de melhorar a vida das pessoas. Há um imenso potencial no interior e investir nestas regiões até tem a vantagem de criar oferta e permitir distribuir melhor os fluxos turísticos pelo País, aliviando as zonas que têm mais sobrecarga de turistas.
Tem sido também um crítico em muitas matérias que se prendem com o sector. Tendo em conta o novo Governo, como vê a actualidade da hotelaria nacional e regional?
O turismo é transversal a todos os sectores e o motor da economia portuguesa. Mas não precisa de muito para funcionar bem. Naturalmente, é importante haver alguns apoios específicos para o sector, por exemplo, para formação, incentivos ao reinvestimento, linhas de crédito bonificado para financiar remodelações e inovação.
Mas o essencial é que o resto do País funcione e que as outras actividades económicas
Temos de estar constantemente a desafiarnos, com novos conceitos dos hotéis, de gastronomia, de novas experiências para os nossos clientes.
We have to be constantly challenging ourselves with new hotel concepts, cuisine, and new experiences for our clients.”
– a agricultura, a indústria, os serviços, as infra-estruturas - também possam prosperar, para se ter uma onda de desenvolvimento sustentado e que inclua todo o País, em particular o interior.
Precisamos de uma reforma urgente que simplifique a máquina do Estado, que ponha a justiça, a saúde e o SNS, a educação a funcionarem e ao serviço dos cidadãos; de uma verdadeira agilização da burocracia; de reduzir a carga fiscal; de um reforço forte da habitação para a classe média e para os desfavorecidos. Mais do que falar, é urgente fazer e recuperar o tempo perdido. Todos temos de estar envolvidos e mobilizados, Governos central e local, Estado, sociedade civil, empresas.
Há já quem esteja a começar a preparar as férias do Natal e a festa de Réveillon. Quais são as suas perspectivas para a hotelaria?
Este ano, na Vila Galé, o tema das nossas festas de réveillon em Portugal e no Brasil será “Peace & Love”, para apelar à energia positiva dos anos 60 e 70, e passar uma mensagem de harmonia, empatia e sustentabilidade.
É importante, tendo em conta a conjuntura mundial conturbada e sobretudo porque o Turismo é a indústria da paz.
Por norma, o final do ano é uma época de muita procura, pelo que esperamos ter os hotéis praticamente cheios.
Temos a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do interior, de criar emprego, de estimular a coesão do território, de melhorar a vida das pessoas.
We have the responsibility of contributing to the development of the interior, creating jobs, stimulating territorial cohesion, and improving people’s lives.”
Se pudesse pedir no “sapatinho” da Vila Galé algo novo, seria uma nova unidade hoteleira numa localização de sonho ou uma reforma no turismo português?
Desejamos que a melhor unidade seja sempre a próxima, em local de sonho e possa reflectir toda a nossa experiência acumulada ao longo destes 38 anos.
O turismo é do sector privado e, por isso, resiliente e sobrevive pelos seus próprios meios como tem feito ao longo dos anos. O pedido no “sapatinho” é que saia profundas reformas para o País, para que possamos finalmente dar o salto qualitativo que merecemos e melhorar a vida das pessoas que bem precisam.
Se no sapato couber mais um pedido – que venha a unidade hoteleira de sonho.
How have you managed to manage 32 hotels in Portugal, particularly consider-
ing the constraints of seasonality, the responsibilities of exploration, and the cost of labour...?
In addition to the 32 hotels in Portugal, we have 10 in Brazil, one in Spain and one in Cuba. It’s given me a lot of work and headaches, but a lot of pleasure too. The key thing to respond to these constraints that mount up and ensure that you create something different and innovative, work hard, and come up with good ideas, and stretch the imagination. You can’t sit and wait for solutions to fall from the sky. We must be constantly challenging ourselves with new hotel concepts, cuisine, and new experiences for our clients. From there our strategy has been to restore our historic heritage, create theme hotels - with a strong association with tourism and culture -, and provide a broad offer for families and children, in investing in Portugal and Brazil.
Talking of Brazil, you are going to open new hotels in different Brazilian cities to 2026. We surmise that Brazil continues to be a market with lots of potential, are we correct?
Yes, without a doubt. It has all the ingredients for success: culture, music, cuisine, diverse landscapes, and the immense kindness and enthusiasm of the Brazilian people. It is in fact a market where we continue to see a lot of potential, which also explains our enthusiasm and the various projects that we’re doing.
In November, we’ll open the Vila Galé Collection Sunset Cumbuco which will be our first collection in Brazil and has a fabulous location. Next year we’ll open the Vila Galé Collection Ouro Preto in Minas Gerais. We are
restoring the historic building which housed the First Cavalry Regiment of Portugal in Brazil (in 1775) and later became the Salesiano College of Dom Bosco. This hotel will be a charm hotel and we’ll be planting vines and olive groves to see if wine and olive oil production works out there. The climate at Cachoeira do Campo where the property is, seems suitable and we’re optimistic. Recently, we also announced the Vila Galé Amazónia in Belém do Pará that should be ready in time for COP30, and two more hotels in Maranhão. Here we will renovate two historic buildings - which used to serve the former Public Defender’s Office, and the Casa do Maranhão - and open the Vila Galé Collection São Luís and Vila Galé Collection Maranhão.
Por norma, o final do ano é uma época muito procura, pelo que esperamos ter os hotéis praticamente cheios. As a rule, the end of the year is a season very much in demand, so we expect to have our hotels practically booked up.”
And we’ll also take our hotel-for-children concept to Brazil, similar to what we already have at Clube de Campo in Beja, and which is a great success. We’ll open the Vila Galé Collection in Alagoas and the Vila Galé Nep Kids which has been thought out from scratch for youngsters to let their imaginations run wild, and where adults can only stay if they have children.
In Portugal, you have been bold in opening hotels in the interior of Portugal, contributing to the development of regional tourism.
Investing in the interior and these regions is a hallmark for Vila Galé. As a solid and financially healthy company, we have the responsibility of contributing to the development of the interior, creating jobs, stimulating territorial cohesion, and improving people’s lives. There is immense potential in the interior and in investing in these regions, and it even has the advantage of creating offer and enabling a better distribution of tourist flows around the country, taking the pressure off areas that are already overloaded by tourists.
You have also been a critic on many matters that have to do with the sector. Considering the new government, how do you see the national and regional hotel sector today?
Tourism is transversal across all sectors and the driver of the Portuguese economy. But it doesn’t need much to work well. Naturally, it is important for there to be some specific grants for the sector, for example for training, incentives for investment, credit lines to finance refurbishments and innovation. But what’s essential is that the rest of the country works and that other economic activities - agriculture, industry, services, infrastructures - also may prosper; to have a wave of sustained development that includes the whole country, in particular the interior.
We need urgent reform to simplify the machinery of State, which gets the justice, National Health Service and Education systems working for the service of citizens; a true streamlining of the bureaucracy; reducing taxes; a strong investment in housing for the middle class and the disadvantaged. Rather than just talking, it is urgent to make up for lost time. We all must get involved and be mobilised; central and lo -
cal government, the State, civil society, and companies.
People are already beginning to prepare for the Christmas holidays and New Year. What are your perspectives for the hotel sector?
This year at Vila Galé, the theme of our Christmas and New Year’s festivities in Portugal and Brazil will be ‘Peace & Love’ to recall the positive energy of the 60s and 70s, and spread a message of harmony, empathy, and sustainability. It is important, considering the situation in a troubled world, particularly because Tourism is an industry of peace. As a rule, the end of the year is a season very much in demand, so we expect to have our hotels practically booked up.
If you could ask for something for your Christmas stocking, would it be a new hotel unit in a dream location or for reform in Portuguese tourism?
Our desire is that the best hotel should always be within reach, in a dream location and can reflect all our accumulated experience built up over these 38 years.
Tourism is the private sector, which is why it is resilient and survives on its own merits as it has done over the years. The ‘Christmas stocking’ wish is for thorough reforms for the country, so that we can finally take the qualitative leap that we deserve to improve people’s lives who really need it.
If there’s room for one more wish - it’s for a dream hotel.
Em 1999 a Rockbuilding entrou no mercado com a ambição de “pensar diferente” e, até aos dias de hoje, soube aplicar como ninguém o seu ADN no sector. In 1999 Rockbuilding entered the real estate market with the ambition of “thinking differently” and, ever since has applied its DNA to the sector like no one else.
A empresa fundada e dirigida por José Almeida Guerra apresentou-se, há 25 anos, com uma abordagem focada na Gestão Integrada de Projecto, trazendo um novo paradigma ao sector.
Para o seu filho, João Guerra, gestor de projecto e responsável pela Comunicação e Marketing da empresa, o segredo da longevidade da Rockbuilding reside na combinação entre duas componentes que considera essenciais: profissionalismo e humanidade.
“As obras e projectos demoram muito tempo”, começa por explicar, “pelo que estabelecemos relações com clientes, projectistas e empreiteiros que duram dois, três, quatro anos; algo que pode tornar-se desgastante se não houver tacto, sensibilidade e esse lado humano”.
Contando já com a intervenção em mais de seis milhões de metros quadrados (m2), a Rockbuilding desenvolveu ao longo dos tempos uma vasta carteira de projectos que engloba o turismo, o residencial, o retalho, escritórios e universidades.
“Estivemos envolvido em muitos projectos de grandes dimensões, principalmente na cidade de Lisboa”, salienta. Entre as obras mais marcantes está o edifício Rock One, a primeira obra por si concluída, e os empreendimentos ART’S, Torre FPM41, ALLOU e Phoenix, assim como a futura sede da seguradora Fidelidade.
Contudo, João Guerra revela-nos que guarda um lugar especial para um projecto em específico: a sua primeira obra, uma reabilitação na Rua Augusta. “Foi uma obra que me marcou muito. Estava ainda a aprender e foi um desafio muito interessante”, recorda. “É muito bom ver um projecto nascer, acontecer e poder acompanhar a obra desde o início ao fim”.
A actuar na empresa há cerca de nove anos, o jovem arquitecto compõe, em conjunto com o seu irmão, José Pedro Almeida Guerra, a segunda geração da Rockbuilding, algo que o enche, como diz, de “um grande orgulho e uma enorme responsabilidade”.
Pretende, assim, continuar a trazer “sangue novo” à empresa. Não obstante, realça que as ideias do seu pai influenciam muito a forma de actuar desta nova geração. “Podemos trazer ideias novas, mas o seu profissionalismo, rigor, forma de trabalhar e encarar o dia-a-dia acabam por passar para nós.”
Remata dizendo: “Como seus filhos, temos algumas coisas em comum. É genético, não é?”.
The company founded and run by José Almeida Guerra appeared 25 years ago with an approach focused on Integrated Project Management, bring a new paradigm to the sector. For his son, João Guerra, project manager and head of Communication and Marketing
at the company, the secret to Rockbuilding’s longevity lies in a combination of two components that he considers essential: professionalism and humanity.
“Works and projects take a lot of time,” he explains, “since we establish relationships with clients, planners and designers, and builders that can last two, three and four years; something that can become exhausting without tact, sensibility and the human side.”
Already having counted on the development of six million square metres (m2), over time Rockbuilding has developed a vast portfolio of projects that encompass tourism, residential, retail, offices, and universities.
“We’ve been involved in many large-scale projects, mainly in Lisbon, he adds. From among the most emblematic works is the Rock One building, the first project completed by the company, and the developments ART’S, Torre FPM41, ALLOU, and Phoenix, as well as the future headquarters of the insurer Fidelidade.
However, João Guerra reveals that he has a
special space for a specific project: his first work, the renovation of Rua Augusta. “It was a work that really sticks in my mind. I was still learning, and it was a very interesting challenge,” he recalls. “It’s wonderful to see a project start, develop and follow it through to completion.”
Working for the company for eight years, the young architect comprises, together with his brother José Pedro Almeida Guerra, the second generation of Rockbuilding, something that fills him, as he says, with “great pride and an enormous responsibility.”
He therefore intends to continue to bring “new blood” into the company. Nevertheless, he emphasises that his father’s ideas have greatly influenced the way this new generation operates. “We can bring new ideas, but his professionalism, accuracy, way of working, and approach to facing day-to-day work has now been passed on to us.”
He emphasises this by saying: “As his sons, we have some things in common. It’s in the genes, isn’t it?
O segredo da longevidade da Rockbuilding reside na combinação entre duas componentes essenciais: profissionalismo e humanidade.
The secret to the longevity of Rockbuilding lies in a combination of two essential components: professionalism and humanity.”
Com intervenção em mais de seis milhões de metros quadrados (m2), a Rockbuilding desenvolveu ao longo dos tempos uma vasta carteira de projectos. With the development of six million square metres (m2), over time, Rockbuilding has a vast portfolio of projects that encompasses tourism, residential, retail, offices, and universities.”
Beatriz Rubio
Beatriz Rubio CEO RE/MAX Portugal
Nos últimos anos o sector imobiliário de luxo em Portugal tem sido marcado pela construção de diversos novos empreendimentos, impulsionada por uma procura crescente de investidores nacionais e estrangeiros. Os projectos de elevado padrão continuam a proliferar e a moldar a paisagem urbana das nossas cidades.
A grande maioria dos investidores procura segurança, e o imobiliário de luxo é um refúgio de estabilidade. É preferível investir neste mercado, acumulando uma rentabilidade acima de 4% ao ano, e uma valorização constante de um activo imobiliário, do que apostar num produto bancário com juros abaixo de 2% por ano.
O crescimento na construção de empreendimentos de luxo em Portugal é também um reflexo directo da atractividade do país no cenário global. Vivemos num local seguro, somos um povo simpático e acolhedor, temos um clima privilegiado e um estilo de vida muito valorizado. Portugal é um destino cobiçado para quem procura investir em propriedades exclusivas.
Esta nova construção de luxo é também uma alavanca para outros factores de grande importância, como a entrada e circulação em Portugal de capital, seja nacional ou internacional, que por sua vez impulsiona sectores como a construção civil, arquitectura, design e outros serviços associados. A valorização de áreas urbanas, que antes estavam degradadas, e estão a ser renovadas com novos projectos, mais sustentáveis e inteligentes, que contribuem para a requalificação de bairros e para a modernização das cidades. A criação de empregos, nomea -
damente no setor da construção e serviços associados, acaba por também por fortalecer a economia local e consequentemente a nacional.
O mais recente relatório “Prime Residential World Cities Index” da Savills analisou o desempenho do mercado residencial de luxo em 30 grandes cidades globais, Lisboa incluída. Uma das conclusões retiradas é que tanto os preços das casas de luxo, como as rendas ‘prime’, continuaram a subir no primeiro semestre de 2024, demonstrando a perseverança deste segmento do mercado imobiliário. Nesta ordem de ideias podemos concluir que no contexto económico global, e em Portugal em particular, o imobiliário de luxo continua a demonstrar consistência. Nesta tendência, o caso da RE/MAX Collection é paradigmático, a sentida contração do mercado de 2023, foi felizmente superada em 2024. Este primeiro semestre foi muito positivo, com um crescimento sustentado de cerca de 11%, tanto em valores auferidos, como no número de transacções concretizadas. Verificou-se também que os apartamentos lideram a procura neste segmento, com mais de 80% das transacções realizadas e mais de dois terços do volume de negócios gerado, e que Lisboa continua a ser a cidade de eleição para investir. A construção de novos empreendimentos de luxo em Portugal traz inegáveis vantagens, como a modernização das cidades e a entrada de capital estrangeiro. No entanto, é essencial que o país considere estratégias para garantir que esse crescimento seja equilibrado, sustentável e não resulte em desigualdades urbanas e sociais. Regular
o impacto destes empreendimentos pode ser a chave para garantir que o desenvolvimento imobiliário beneficie não apenas um conjunto de investidores, mas também a população local.
In recent years the luxury real estate sector in Portugal has been marked by the construction of several new developments, driven by the growing demand of both national and international investors. High-standard projects continue to proliferate and mold the urban landscape of our cities.
The great majority of investors seek security, and luxury real estate is a haven of stability. It is preferable to invest in this market, accumulating an income of over 4% per annum, and see your real estate constantly go up in value, than investing in a bank product with low returns of 2% interest per annum.
The growth in the construction of luxury developments in Portugal is also a direct reflection of Portugal’s attractiveness set against an uncertain global backdrop. We live in a safe country, we are a friendly and welcoming people, have a warm climate, and a wonderful and much sought after lifestyle. Portugal is a much-coveted destination for those looking to invest in exclusive
properties.
This new luxury build can also be a leverage for other really important factors, such as capital flowing into Portugal, be that national or international, which in turn boosts sectors like civil construction, architecture, design, and other linked services.
The gentrification of these urban areas, which before had been run down, are being renovated with new, smarter, and more sustainable projects that contribute to regenerating neighbourhoods and the modernisation of cities.
The creation of jobs, namely in the construction and associated services sector, has also strengthened the local economy and as a consequence the national economy too.
The latest ‘Prime Residential World Cities Index’ report from Savills has analysed the performance of the luxury residential market in 30 large global cities, Lisbon included. One of the conclusions taken is how both the price of luxury houses and ‘prime’ rents continued to rise in the first half of 2024, showing the resilience of this real estate market segment. From this line of thought, its can be concluded that in the world economic context, and in Portugal in particular, luxury real estate continues to show consistency. With this trend, the case of RE/MAX Collection is paradigmatic, the slowdown felt in the market in 2023 was thankfully overcome in 2024. This first half was very positive, with a sustained growth of around 11%, both in the prices and number of transactions achieved.
It was also seen that apartments led demand in this segment, with over 80% of transactions made, and more than-two thirds of business turnover generated, with Lisbon continuing to be the city of choice to invest.
The construction of new luxury developments in Portugal has brought undoubted advantages such as the modernisation of cities and the entry of overseas capital. However, it is essential that Portugal considers strategies to ensure that this growth is balanced and sustainable and does not result in urban and social imbalances and inequalities.
Regulating the impact of these developments may be the key to ensuring that real estate development benefits not just groups of investors, but also the local population.
feminino mudou a forma de fazer a cidade
A women’s perspective changed the way of building the city
“Ser mulher nas nossas cidades: as Mulheres e o Direito à Cidade”, foi o tema da 3ª Edição do TEA Networking - WIP 2024, realizado no dia 22 de Outubro, no Grande Hotel Paris Porto.
“Being a woman in our cities: Women and the Right to the City” was the theme of the 3rd Edition of TEA Networking - WIP 2024, which took place on 22 October at the Grande Hotel Paris Porto.
Pela primeira vez, realizada na cidade do Porto, a iniciativa contou com o apadrinhamento da arquitecta Rosário Rodrigues, do Atelier FA Arquitectos, e com o patrocínio da VICTORIA Seguros, numa temática que esteve focada nas mulheres que impactam positivamente o mundo que nos rodeia.
Numa resenha histórica sobre a importância do papel da mulher numa sociedade dominantemente masculina, apresentada por Rosário Rodrigues, de enquadramento do tema, sobressaíram algumas notas: “O papel da mulher ganha importância, com a sua entrada no mercado do trabalho e na Universidade”. Em Portugal, as mulheres começaram a trabalhar fora de casa, essencialmente, depois do 25 de Abril de 1974.
No entanto – actualmente – vemos que “só 6% dos nomes das ruas no Porto são de mulheres e a maioria são santas”.
Destacando o papel da arquitectura e urbanismo: “O pensamento feminino mudou a forma de fazer a cidade, de ver os espaços, sobretudo nos aspectos de funcionalidade e segurança”. A abordagem aos assuntos feita pelas mulheres é diferente: “Temos um conjunto de particularidades que enriquecem esta visão, como a sensibilidade”.
Por isso, “as casas feitas pelas mulheres são mais confortáveis, mais funcionais”.
Embora “na escolha da casa – na altura da aquisição – a mulher tenha um papel importante” (diz, Maria João Ascensão), é visível, que – no caso das mulheres donas de casa, a opinião é muitas vezes desprezada pelo marido e família (diz, Rosário Almeida), “a opinião não é para ter em conta, é uma informação”.
For the first time, the initiative in Porto involved the patronage of architect Rosário Rodrigues, from Atelier FA Arquitectos, and with the sponsorship of VICTORIA Seguros, with a theme that focused on women who have made a positive impact on the world around them.
In a historic review on the importance of the role of women in a male-dominated society, presented by Rosário Rodrigues, some notes stand out from the overall theme: “The role of women has gained importance with their entry into the work market and university”.
In Portugal, women, who had been housewives, began to work outside of the home, essentially after 25th April, 1974.
Meanwhile - today - we see that “only 6% of the streets in Porto are named after women and the majority are saints”.
Highlighting the role of architecture and urban planning: “Feminine thought has changed the way we organise cities, of seeing spaces, particularly in the aspects of function and security”.
The approach to matters dealt with by women is different: “We have a number of particularities that enrich this vision, such as sensitivity”.
Therefore, “houses made by women are more comfortable and more functional”. Although “in the choice of the house – at the time of acquisition – the woman has an important role” (says, Maria João Ascensão), it is clear that –in the case of housewives, their opinion is often ignored by the husband and family (says, Rosário Almeida), “their opinion is not taken into account, seems to be the message”.
Entre momentos de partilha e conversa, uma demonstração de showcooking, sabores de qualidade e algumas surpresas reservadas aos convidados, a JUNG inaugurou o seu Showroom em Lisboa, numa noite memorável. Between moments of sharing and conversation, a show cooking demonstration, quality flavours and some surprises reserved for guests, JUNG opened its showroom in Lisbon on a night to remember.
Há 110 anos que JUNG inova em produtos de luz, sombreamento, climatização, energia, segurança, intercomunicação e multimédia e é sinónimo de design intemporal e tecnologia orientada para casas e edifícios inteligentes. Em Outubro de 2024, em Portugal, deu mais um passo em direcção ao futuro ao inaugurar o seu Showroom em Lisboa. O evento deu-se num agradável e solarengo final da tarde, contando com dezenas de convidados do sector - entre os quais parceiros, arquitectos, construtores e promotores imobiliários com quem a marca trabalha – que tiveram a oportunidade de conhecer o espaço em primeira mão e desfrutar de uma noite acolhedora e marcante.
A JUNG surpreendeu os promotores imobiliários mais próximos com um sketch de uma das marcantes obras em que trabalharam em conjunto. A sketch artist esteve presente no evento e preparou um desenho para cada promotor, um presente que fica para sempre e que demonstra a relacção e o trabalho que existe. No final, cada convidado teve direito a um interruptor da JUNG personalizado com o seu nome e data do evento. Uma lembrança da presença num dia importante para a JUNG. O discurso do CEO, António Andrade, marcou a noite, oficializou a inauguração do Showroom que está, desde essa noite, disponível para receber visitas, e reforçou o seu compromisso com a integração de sistemas avançados que permitem uma gestão inteligente e personalizada de qualquer espaço.
O Showroom é inspirado num loft americano
e foi pensado e equipado como uma verdadeira casa tecnológica e inteligente com todos os sistemas de controlo de iluminação, climatização e segurança personalizados. Os visitantes podem conhecer um ambiente onde cada componente está conectada e optimizada para maximizar o conforto e a eficiência, assim como descobrir a tecnologia JUNG que permite o controlo total de funcionalidades essenciais através de comandos centralizados ou dispositivos móveis, assegurando uma experiência prática e intuitiva.
Este espaço não é apenas uma exposição de produtos: é uma demonstração de como a tecnologia pode transformar o quotidiano. A domótica integrada permite que os visitantes percebam como funciona o ajuste automático das luzes, estores e temperatura, criando cenários personalizáveis adaptáveis ao estilo de vida de cada pessoa.
É um espaço tecnológico que oferece aos visitantes a oportunidade de experimentar, em ambiente real, os produtos JUNG. Além disso, reflecte o design moderno e a atenção ao detalhe, pontos distintivos da marca, proporcionando um ambiente onde a tecnologia se funde naturalmente com o dia-a-dia.
Além disso, a JUNG disponibilizou gavetas com materiais de parceiros para que os arquitectos possam fazer do Showroom o seu ateliê e consigam comparar acabamentos e tons. O novo Showroom da JUNG, em Lisboa, é um espaço versátil que permite aos profissionais do sector explorar, em primeira mão, uma ampla gama de soluções, desde os sistemas
de domótica até aos detalhes mais clássicos em acabamentos e interruptores. Trata-se de um espaço onde a tecnologia e o design se fundem, oferecendo uma experiência real e prática a todos os que o visitam.
For 110 years JUNG has been at the forefront of innovation with lighting and shading products, air-conditioning, energy, security, intercom and multimedia systems, and is synonymous with timeless design and technology geared towards intelligent houses. In October, 2024 it took another step towards the future by opening its showroom in Lisbon. The event took place on a sunny and pleasant afternoon and counted on dozens of invitees from the sector - including partners, architects, builders, and real estate developers with which the brand works - who had the opportunity to discover the space at first hand and enjoy a warm, sociable and memorable evening.
JUNG surprised the real estate developers at the event with a sketch of one of their memorable projects that they worked on together. The sketch artist was at the event and prepared a drawing for each developer, a present
that they can keep forever and goes to show the relationship and work they have done. At the end, each invited guest had the right to a personalised JUNG switch with their name and the date of the event - a keepsake to record their attendance on an important day for JUNG.
The speech from the CEO, António Andrade marked the night when he officially opened the showroom which ever since that evening has been open to welcome visitors, and reinforced its commitment to advanced integrated systems that allow for a personalised and smart management of any room.
The showroom is inspired by an American loft and was designed and equipped to be a truly smart and technological home with all systems of personalised lighting, air-conditioning and security control.
Visitors can discover an environment where each component is connected and enhanced to maximise comfort and efficiency, as well as discovering JUNG technology that permits the total control of essential systems via centralised controls or remote controls, assuring a practical and intuitive experience.
This space is not just an exhibition of prod-
ucts: it is a demonstration of how technology can transform daily life. The integrated domotics enables visitors to understand how the automatic adjustment of the lights, blinds, and temperature works, creating customised ambients that can be adapted to the lifestyle of each person.
It is a technology space that offers visitors the opportunity to try out the JUNG products in a real environment. Moreover it reflects the modern design and the attention to detail, the distinctive aspects of the design and provide an environment where technology naturally merges with daily life.
Furthermore, JUNG has pigeonholes with materials from partners so that architects can create a showroom of their studio and compare finishings and colours.
The new JUNG showroom in Lisbon is a versatile space that enables sector professionals to explore at first hand an ample range of solutions from domotic systems to more classic details in terms of fixtures, fittings and finishes, including switches. This is a space where technology and design combine, offering a real and practical experience for all who visit.
Green Habitat
“A forest at home” - what do you think of the idea?
Alexandra Azevedo Presidente da Direcção Nacional da Quercus President of the Quercus National Board
As sociedades humanas têm tido várias transformações ao longo do tempo.
Até há cerca de 250 anos a esmagadora maioria das pessoas vivia a maior parte do tempo no exterior, de sol a sol, a casa, ou a caverna, se recuarmos à pré-história, era apenas o local seguro para descansar. Agora a situação inverteu-se e o preço que estamos a pagar tem sido elevado… temos tido efectivamente falta de natureza. Os sintomas são de certo modo inespecíficos, mas reais: fadiga, sonolência, stress, dor de cabeça, sensação de peso na cabeça, irritação do trato respiratório… aumento da predisposição para a depressão, enfraquecimento do sistema imunitário… Como para a maioria das pessoas é ainda um desafio mudar as suas vidas citadinas e confinadas em edifícios praticamente o dia todo e todos os dias… a bem conhecida rotina casa-trabalho, trabalho-casa, Jorn Viumdal, autor do livro precisamente com o título “Uma Floresta em Casa” (na tradução portuguesa), através de intensa pesquisa ao longo de três décadas desenvolveu um sistema prático, para trazer mais natureza para dentro dos edifícios.
O objectivo foi criar um sistema que fosse fácil de montar, fácil de manter e económico para que toda a gente possa beneficiar com a presença de plantas em casa em quantidade que imitasse a floresta, e foi assim que criou o sistema que ele chama de “ar-de-floresta”, que consiste numa estrutura em módulos de um metro quadrado (m2) em que se colocam 20 plantas no total de uma espécie que ele encontrou como reunindo o máximo de características desejá -
veis: pudesse ficar pendente, pudesse estar longos períodos sem ser regada, precisasse pouca terra, conseguisse tolerar luz artificial, crescesse rapidamente, limpasse o ar e não causasse alergias. Essa super-planta é o Poto-dourado, o seu nome científico é Epipremnum aureum, é originária da floresta tropical e só precisa de ser regada de três em três semanas.
As plantas são sem dúvidas seres indispensáveis e os efeitos mensuráveis da sua presença em quantidade que se pareça com o ter uma pequena floresta em casa, na escola ou no local de trabalho, são vários: redução significativa dos incómodos dos ambientes fechados, a tal dor de cabeça, fadiga, etc., as plantas também purificam o ar, o autor desmonta também o mito que não devemos ter plantas no nosso quarto! Começando por nós, toda a sociedade pode beneficiar do contacto permanente com as plantas, e estudos realizados pelo autor em colaboração com a Universidade Norueguesa de Ciências da Vida, constataram-se por exemplo diminuição das baixas médicas. Imagine-se o impacto na economia de um país da generalização de uma solução como esta!
Tal como as plantas, o máximo de materiais naturais que possamos utilizar desde a construção à decoração das nossas habitações e edifícios em geral, também nos vão trazer benefícios vários, quer em termos de protecção do ambiente e sustentabilidade quer à nossa própria saúde.
Uma observação atenta ao que nos rodeia vai-nos despertar para o quanto precisamos de reajustar as condições do nosso edificado. Vai-nos também despertar para
o quanto a Natureza nos pode dar, e agradecermos por isso.
Human societies have undergone various changes over time.
Until 250 years ago, the vast majority of people lived most of the time outdoors, from sunrise to sunset, the house or cave, if we go back to pre-history, were just secure places to rest. Now the situation has inverted and the price that we are paying has been
high...we effectively have a lack of nature. The symptoms are in a certain way non-specific, but real: tiredness, insomnia, stress, headaches, a sensation of heavy headedness, respiratory tract inflammation... An increased propensity for depression, and weakened immune systems... Since for most people it is still a challenge to change their city-dwelling lives, confined practically all day long every day in
buildings - the well-known routine of workhome-work - Jorn Viumdal, author of the book entitled “A Forest at Home - The Norwegian Secret to Bringing the Right Plants Indoors to Improve Your Health and Happiness”, after extensive research over thirty years has developed a practical solution to bring more nature into buildings.
The goal was to create a system that would be easy to set up and maintain, and cost effective for people to be able to benefit from the presence of plants at home in a quantity that can imitate the forest, and that’s how he created a system that he calls ‘Forest Air’ that comprises of one square metre modular structures in which 20 plants in total can be planted of species that have the maximum number of desirable characteristics: they can be hanging, can stand long periods without watering, don’t need much soil, can tolerate artificial light, grow rapidly, clean the air and don’t cause allergies. This super plant is the Devils Ivy, its scientific name being Epipremnum aureum, and comes from rainforests and only needs watering every three weeks.
These plants are undoubtedly indispensable, and the measurable effects of their presence in quantities that it makes it look like you’ve got a little forest at home, are several: a significant reduction of the inconveniences of enclosed environments, the end of that headache, tiredness, etc., and plants also purify the air, and the author also debunks the myth that we shouldn’t have plants in our bedroom! Starting with us, society as a whole can benefit from a permanent contact with plants, and studies undertaken by the author with the Norwegian University of Life Sciences, attest to a reduction in doctor’s certificates. Imagine the impact on the economy of a country with a solution like that!
Just like plants, the more natural materials we can use, from construction to the decoration of our homes and buildings in general, will also bring us several benefits, whether in terms of protecting the environment and sustainability, or for our own health.
A careful observation of our surroundings should alert us to what changes we need to make to our buildings. It should also make us aware of how much nature can give us, and we should be thankful for it.
Quarteirão do Rossio
Rossio Quarter
Multifunctionality would have been more beneficial
Popularmente conhecido como o Quarteirão da Suíça, a sua arquitectura “renasceu” pela mão do atelier Contacto
Atlântico numa obra notável, mas poderia ter tido outro fim se houvesse outras regras urbanísticas.
Popularly known as the Swiss Quarter, its architecture has been “reborn” thanks to the Contacto
Atlântico studio with a remarkable project, but it could have been for another use had urban regulations been different.
Foi Hospital de Todos-os-Santos, Manteigaria União, Pérola do Rossio, Hotel Francfort e, durante quase 100 anos, Pastelaria Suíça. Testemunhou até um terramoto e continuou por aqui para contar a história. Em 2020, porém, o Quarteirão do Rossio começou a mudar de face, tendo sido reabilitado para albergar a segunda maior loja da Zara do planeta, inaugurada no mês de Setembro. “Estes edifícios estão relacionados com a reabilitação da cidade após o terremoto de 11 de Novembro de 1755, que deixou a cidade num estado muito complicado”, começa por explicar o arquitecto André Caiado, fundador e director-executivo da Contacto Atlântico, empresa responsável pela transformação do Quarteirão na nova loja da marca pertencente à empresa espanhola Inditex.
era na sua génese”, salienta o arquitecto. Para efeito, a fachada do Quarteirão foi redesenhada para se aproximar da sua vida inicial. Regressaram, assim, os arcos abatidos com ombreiras em pedra maciça e reabilitaram-se todas as janelas, portadas, dobradiças, ferragens e fechos à imagem das suas versões originais. A cobertura do empreendimento foi também totalmente reabilitada, de modo a ceder maior durabilidade à estrutura. Já no interior do edifício, recorreu-se à lioz de Lisboa para reconstruir o pavimento, repuseram-se azulejos e recuperou-se alguma pintura das paredes.
Texto Text: Fábio Lopes
Após a catástrofe, coube a Marquês de Pombal redesenhar e reerguer Lisboa. Para tal, recorreu a um conjunto de regras e elementos que passariam a caracterizar a cidade, anotados num documento conhecido como Cartulário Pombalino, que serviria de referência ao projecto de reabilitação. “O edifício foi muito alterado ao longo dos séculos. Como tínhamos acesso ao desenho original, pudemos debater com o Património Cultural e decidimos manter apenas modificações com valor patrimonial. Graças a este documento, houve a possibilidade de repor, sempre que possível, o que o edifício
Apesar de ter orgulho no resultado final, o fundador da Contacto Atlântico considera que uma aposta na multifuncionalidade do empreendimento, assente na sua divisão em “unidades mais pequenas, misturando usos”, teria sido “mais benéfico para a capital”.
Reconhece, porém, que “é o desenho urbano levado a cabo pelo município que controla o caminho da cidade”, e, por isso, afirma haver necessidade de definir regras urbanísticas que coloquem em evidência o valor de Lisboa, criando espaço para regenerá-la e, em simultâneo, gerar riqueza.
Once it had been the Todos-os-Santos Hospital (All Saints Hospital), then the Pérola do Rossio (Pearl of Rossio), the Hotel Frankfurt and, for 100 years, the Pastelaria Suiça
café patisserie. Witness to the Great Lisbon Earthquake of 1755, its story continues to unfold. In 2020, however, the Rossio Quarter began to change once again after having been refurbished to house the second largest Zara store in the world which was
opened in September.
“These buildings were part of the reconstruction of Lisbon after the earthquake which struck on 11 November, 1755, leaving the city in a very dire state”, explains André Caiado, Founder and Executive Director of
Apesar de ter orgulho no resultado final (…), a sua divisão em unidades mais pequenas, misturando usos, teria sido mais benéfico para a capital.
Despite being proud of the end result (...) its division into smaller, mixed-use units, would have been more beneficial for the capital.”
Contacto Atlântico, the company responsible for transforming the quarter into the flagship store for the Zara brand, which is part of the Spanish Inditex Group. After the catastrophe, it fell to the Marquis de Pombal to redesign and rebuild Lisbon. For that to happen several regulations and edicts were enacted that would characterise the city and would be laid down in a document known as the Pombaline Cartulary (a collection of plans, edicts, regulations, and documents) that would guide the restoration process for the city.
“The building underwent many alterations over the centuries. As we had access to the original plans, we were able to discuss our plans with Lisbon’s Heritage Department and decided to retain the original façade with some changes. Thanks to this document, we could, whenever possible, ensure that the building retained its original features,” stressed the architect.
To that effect, the façade of the quarter was redesigned in its original form. Therefore,
the low arches with solid stone door posts and all the windows, doorways, hinges, ironwork, and latchwork were restored as they would have been when the building was constructed. The roof of the development was totally restored so as to lend greater durability to the structure. In the building’s interior Lisbon limestone was used to redo the floorings, the Portuguese azulejos tiles were put back and some of the painting on the walls was restored.
Despite being proud of the end result, the founder of Contacto Atlântico that a focus on the building’s multi-functionality, based on dividing the interiors into “smaller mixeduse rooms” would have been beneficial for the capital.”
However, he recognised that the “urban design plans from city hall control building plans in the city” which was why there was a need to define the urban rules that placed the utmost importance on the historic value of Lisbon, creating a space to regenerate it and, at the same time, create wealth.
Há a necessidade de definir regras urbanísticas que coloquem em evidência o valor de Lisboa, criando espaço para regenerá-la e, em simultâneo, gerar riqueza.
There is a need to define urban planning rules that emphasise the historic value of Lisbon, leaving space to regenerate it and, at the same time, create wealth.”
Barómetro
Porto revela
Porto displays a highly dynamic real estate market
Habitação, escritórios e hotelaria são os segmentos onde o investimento é mais pujante. Housing, offices, and hotels are the segments attracting the most investment.
O ano de 2024 está a revelar-se muito positivo para o mercado imobiliário do Porto, nos diferentes segmentos de mercado, visível na construção e abertura de projectos, sobretudo na habitação, escritórios e hotelaria.
O segmento da habitação é, sem dúvida, aquele onde se vê maior pujança no investimento. Destacamos alguns projectos em início de construção, sobretudo localizados na zona das Antas e na zona Oriental da cidade e destinados a uma gama de clientes do segmento alto. É o caso da segunda fase do Antas Antrium, iniciada recentemente, promovida pela Quest Capital e constituída por 176 apartamentos. A primeira fase, com um número idêntico de fracções, encontra-se concluída e vendida na totalidade.
Bem próximo, está em construção o Essence, um empreendimento residencial composto por 84 apartamentos, promovido pela Alma Development e com grande tónica na sustentabilidade.
Uma boa notícia foi a aquisição pela Avenue do Fernão Magalhães 127, próximo do Campo 24 de Agosto e onde vai nascer um condomínio com 334 apartamentos, além de escritórios e
lojas. O investimento no projecto, assinado pelo atelier OODA, vai rondar os 150 milhões de euros e resolve, finalmente, a situação de um edifício inacabado e abandonado durante décadas.
No segmento de escritórios - onde é visível a recuperação no arrendamento dos espaços - destaca-se a aquisição recente de 50% do Noto Office Center, em Matosinhos, concluído recentemente. Promovido pelo grupo IDS, de Eduardo Sardo, com um investimento de 18 milhões de euros, foi vendido a um a sociedade marroquina, a Perfect Improvment Lda, detida por Hedi Al Ayoubi.
Isto numa altura em que está em fase final de comercialização o edifício Icon Offices, a segunda torre de escritórios do empreendimento promovido pela Civilria, que apresenta uma área total de cerca de 14.500 mil metros quadrados, distribuídos por 14 pisos e um rooftop. Em fase de construção, na Zona Empresarial do Porto, está o Viva Offices, desenvolvido pela Sonae Sierra e pela GFH. Tem 21.500 metros quadrados (m2) de área bruta de construção e iniciou recentemente a comercialização dos espaços.
No segmento do retalho, o ano ficou marcado pela abertura do Time Out Market Porto. Localizado junto à Estação de S. Bento tem 11 restaurantes, dois bares e uma loja. Este mercado gastronômico e cultural, junta alguns dos melhores chefs de cozinha, com outras novidades e experiências culturais. Na hotelaria, a cidade do Porto conta actualmente com mais de 170 estabelecimentos hoteleiros, num total de 10.800 quartos. Visível este ano foi o maior investimento em projectos de categoria superior, que resultou na abertura de várias unidades de quatro e cinco estrelas. De destacar a abertura da primeira unidade de cinco estrelas da cadeia Altis, junto ao Palácio de Cristal, do terceiro hotel do grupo Hilton, na Rua Gonçalo Cristóvão, e do primeiro do grupo Júpiter no Porto, que deverá abrir no segundo semestre de 2025.
Twenty-twenty-four is looking positive for the Porto real estate market in its different segments, visible from the construction and opening of projects, particularly in housing, offices, and hotels.
The housing segment is, without a doubt, the one that is most vibrant in terms of investment. We highlight some projects at the start of their
construction phase, located in the Antas and Western side of the city, and aimed at a range of clients in the luxury segment. Such is the case with the second phase of Antas Atrium which was recently started and developed by Quest Capital, comprising 176 apartments. The first phase, with an identical number of apartments, has been completed and totally sold. Close by, Essence is under construction, a residential development comprising 84 apartments developed by Alma Development with a strong emphasis on sustainability.
A piece of good news was the acquisition of Fernão Magalhães 127 close to Campo 24 de Agosto, which will give rise to 334 apartments, as well as offices and shops. The investment in the project from the studio OODA will be around 150 million euros and finally resolves the situation of an unfinished building that was abandoned for decades.
In the offices segment - where the office rental market can clearly be seen to have recovered - 50% of the recently completed Noto Office Centre in Matosinhos has been acquired. Developed by the IDS Group from Eduardo Sardo with an investment of 18 million euros, it was sold to a Moroccan company, Perfect Improvement Lda, held by Hedi Al Ayoubi.
This at a time when the Icon Offices building is in the final sales phase, the second office block development from Civiliria that has a total area of around 14,500 thousand square metres spread over 14 floors and a rooftop. Under construction in the Porto Business Zone is Viva Offices developed by Sonae Sierra and GFH. It has 21,500 square metres (m2) of gross construction area, and recently the company began commercialising the office spaces.
In the retail segment, the year was marked by the opening of the Time Out Market Porto. Located next to the São Bento Station, it has 11 restaurants, two bars and a shop. This gastronomy and cultural market brings together some of the best chefs with other cultural novelties and experiences.
In hotels, Porto currently has over 170 hotel establishments with a total of 10,800 rooms. Apparent this year was the largest investment in top notch projects that resulted in the opening of several four and five-star hotels. Highlights include the opening of the first five-star hotel from the Altis chain, next to the Crystal Palace, the third hotel from the Hilton Group in Rua Gonçalo Cristóvão, and the first hotel from Jupiter in Porto that should open in the first half of 2025.
35 anos da Queda do Muro
35 years since the Fall of the Wall
(Eu sou uma turista berlinense) (I am a Berlin tourist)
Tinha apenas 16 anos. E não estive lá. Mas com toda a paixão e revolução à flor da pele da minha juventude, foi com muita admiração, comovida e solidária que assisti, pela televisão, à Queda do Muro de Berlim. Já passaram 35 anos. Vamos descobrir este destino turístico juntos? I was just 16. I wasn’t there, but with all my youthful passion and fervour I was full of admiration, moved and felt a sense of solidarity with the images I saw on the television covering the Fall of the Berlin Wall. 35 years have passed. Shall we discover this tourist destination together?
Durante vários dias assistimos, em Portugal e em todo o mundo, ao desenrolar da História: A Queda do Muro de Berlim. Há imagens que gravei na memória e que nunca mais esqueci. Recordo ver, na parte de trás do Portão de Brandeburgo, uma fila infindável de pessoas em cima do muro e por baixo outros tantas, algumas delas com cartazes, felizes, esperançosas, era a euforia total, coroada, lá bem no alto, com o símbolo do triunfo da “paz sobre as armas”, foi poético.
Outras imagens que me ficaram na retina foi das pessoas a fazerem livremente a travessia pelo Checkpoint Charlie. Também pessoas de picareta em punho a cinzelar as paredes grafitadas do lado ocidental, um guindaste a remover uma secção do muro e polícias do lado Ocidental e de Leste a cumprimentarem-se pelos buracos que iam sendo rasgados no muro.
Recorde-se que, dois anos antes, Ronald Reagan, então Presidente dos Estados Unidos da América, desafiava Mikhail Gorbachev, líder da ex-União Soviética, com as palavras: Tear down this wall! (Derrube este muro!).
Tal veio a acontecer em 9 de Novembro de
1989 e a Cortina de Ferro caiu. Três semanas depois acabava a Guerra Fria (oficialmente).
35 anos para lembrar e nunca esquecer
Nestes 35 anos muita coisa mudou na cidade alemã e já não é tão fácil perceber as linhas que outrora a dividiram. Está mais cosmopolita, com um lifestyle único e mais green. Mas o povo nunca esqueceu, e, a cada cinco anos, houve sempre formas diferentes de celebrar este grande evento. Christian Tänzler, representante do visitBerlin, num encontro com a imprensa, confessou que 2024 vai ser “um ano muito especial”. Isto porque uma grande variedade de celebrações com reputados convidados internacionais vão marcar o mês de Novembro, sendo que para o grande dia 9 está agendada uma espectacular instalação de cartazes ao longo do antigo curso do Muro no centro da cidade de Berlim.
Estão ainda planeadas exposições, workshops, debates e visitas guiadas, designadamente no Humboldt Forum, a par de mostras que decorrem no Memorial do Muro, no Museu Stasi, antiga prisão, e no Tränenpalast, ou Palácio das Lágrimas.
Esta é, pois, a oportunidade perfeita para viajar até Berlim, aprender a História in loco e desfrutar do cosmopolitismo e da vida que a cidade hoje detém.
Christian Tänzler deixa também a dica para apreciar a gastronómica berlinense, onde existem 21 restaurantes com um total de 28 estrelas Michelin. Este é, pois, um convite de “fazer crescer água na boca”.
Com o Natal à porta, lanço o repto para os tradicionais mercados natalícios. O difícil vai ser mesmo escolher o que comprar…
Portugueses à descoberta de Berlim
Em 2025 também não vão faltar bons argu -
mentos para visitar a capital alemã. A cidade vai celebrar o 200º aniversário da mundialmente famosa Ilha dos Museus, Património Mundial da UNESCO, que teve início com a construção do Museu Antigo em 1825 e que inclui um total de cinco museus, onde se destaca o Novo Museu (Neues Museum) e a Antiga Galeria Nacional.
Outros grandes eventos incluem a 75th Berlinale, o Festival Internacional de Cinema, de 13 a 23 de Fevereiro; o Carnaval das Culturas, de 6 a 9 de Junho; e o Christopher Street Day, a 26 de Julho de 2025. Já no início do Verão, o Lustschloss, na Ilha dos Pavões, será oficialmente reaberto. A não perder… Há cada vez mais portugueses a viajar para
Este ano celebram-se os 35 anos da Queda do Muro de Berlim, de democracia, união, reconciliação, liberdade. This year the 35th anniversary of the Fall of the Berlin Wall, democracy, union, reconciliation, and liberty are being celebrated.”
Para o grande dia 9 está agendada uma espectacular instalação de cartazes ao longo do antigo curso do Muro no centro da cidade de Berlim.
A spectacular installation of posters and placards along the former route that the wall followed in the centre of Berlin is scheduled for 9 November”.
Berlim, não só em lazer, mas também em negócios. De acordo com as estatísticas oficiais do visitBerlin, em 2023, a capital alemã recebeu mais de 29.800 hóspedes oriundos do nosso país, traduzindo-se em 107.600 dormidas nos hotéis da cidade. A mesma fonte refere que existiu um aumento do número de dormidas de cerca de 9%.
Em Berlim, “ich bin ein Berliner” (“eu sou uma Berlinense”). E os caros leitores, estão preparados para serem turistas berlinenses em 2024 e 2025?
For several days in Portugal we followed, like the rest of the world did, history unfolding: The fall of the Berlin Wall. There are images imprinted on my memory that I will never ever forget. I remember seeing an endless line of people behind the Brandenburg Gate on top of the wall and so many others beneath, some of them with posters and placards, jubilant and hopeful. There was total euphoria, crowned up high with the symbol of the triumph of “peace over arms”, it was poetic.
Other images fixed in my mind’s eye were the
people freely crossing Checkpoint Charlie. Also people with pickaxes in hand chiseling at the graffiti walls on the west side, a crane removing a section of the wall, and policemen on the west and east sides greeting each other through the holes that were being torn in the wall.
Other images that stayed in my mind’s eye was how people freely crossed Checkpoint Charlie.
I remember that two years previously, Ronald Reagan, the then president of the United States of America, challenged Mikhail Gorbachev, leader of the former Soviet Union with the words “Mr. Gorbachev, tear down this wall”
That happened on November 9, 1989 and the Iron Curtain fell. Three weeks later the Cold War ended. (officially)
35 years to remember and never forget
This year the 35th anniversary of the Fall of the Berlin Wall, of democracy, union, reconciliation and freedom are being celebrated. This date has gained extreme relevance
be a 4-km long open-air installation along
the former inner city course of the wall with thousands of historical and originally designed posters.
Also planned are exhibitions, workshops, debates, and guided visits, more specifically in the Humboldt Forum, as well as displays on the Berlin Wall Memorial, in the Stasi Museum, the former prison, on the Tränenpalast, and the Place of Tears.
So this is the perfect opportunity to travel to Berlin, learn the history in situ, and enjoy the cosmopolitan lifestyle that the city has today. Christian Tänzler also leaves a tip on how to appreciate Berlin cuisine, where there are a total of 21 Michelin star restaurants clocking up 28 stars. This is indeed a “mouth-watering invitation”.
With Christmas just around the corner, I would suggest the traditional Christmas markets. The hard part will be choosing something to buy…
The Portuguese discovering Berlin
And there will be no lack of good reasons to visit the German capital either in 2025. The city will mark the 200th anniversary off the
world famous Museum Island - a UNESCO World Heritage site - which saw construction work begin on the Old Museum in 1825 and includes a total of five museums of which the Neues Museum (New Museum) and the Old National Gallery stand out.
Other great events include the 75th Berlinale, the International Cinema Festival from the 13th to the 23rd February; the Carnival of Cultures, from 6th-9th June, Christopher Street Day from 26th July 2025. And certainly not to be messed is the Lutscholoss on Peacocks’ Island which will be officially reopened at the start of the summer. There are increasingly more Portuguese travelling to Berlin, not just for leisure, but also business. According to official statistics from VisitBerlin, in 2023 the German capital welcomed over 29,800 guests from all over Portugal, translating into 107,600 overnight stays in the city’s hotels. The same source states that there has been an increase of overnight stays by around 9%.
In Berlin, “ich bin ein Berliner” (I am a Berliner). So, dear readers, are you prepared to be Berlin tourists in 2024 and 2025?
United Kingdom
Roberto Varandas Managing Director Europa Capital Partners / Mitsubishi Estate Co.
No início de Outubro participei em mais uma Expo Real, em Munique. Já tive a oportunidade de relatar aqui as experiências de anos anteriores. Considero um bom exercício sumarizar as observações que vamos acumulando, pois, na ausência de dados concretos sobre a recuperação dos mercados, resta-nos tentar perceber o “mood” e aceitar as migalhas empíricas que as nossas interacções nos proporcionam.
A primeira observação é que verifiquei uma menor presença institucional portuguesa. As diferentes agências de investimento, geralmente associadas a algumas câmaras municipais, não estiveram presentes como de costume. Não sei se isto se deve à mudança de governo ou a qualquer outra razão. O que talvez tenha compensado essa lacuna foi a presença de diferentes agentes de mercado, tanto gestores como brokers, amplamente representados e focados em discutir oportunidades concretas.
Um reparo em relação ao fim do regime fiscal do Não Residente Habitual: todos com quem falei e que lidam com o sector residencial lamentam o facto. Embora ainda haja uma forte procura por parte de cidadãos americanos, a quem este regime não beneficia tanto, sente-se uma diminuição do interesse em Portugal como destino, com a escolha a recair em outros países europeus mais favoráveis.
Todos os participantes, tanto portugueses como estrangeiros, concordam que 2025 será melhor do que 2024. Curiosamente, esta era a mesma posição há um ano, mas, sendo generoso quanto à falibilidade da nossa capacidade de previsão, sente-se uma vontade de investir que não me recordo de ter existido em 2023, embora temperada por outros factores.
Um dos principais factores de esperança reside nas taxas de juro. A recente redução na taxa do Euro em 0,25% e o arrefecimento da inflação levam os participantes do mercado a crer que entrámos num novo ciclo de baixa das taxas de juro. Obviamente, taxas mais baixas ajudam no financiamento dos activos, mas talvez mais importante ainda é o facto de fazer subir o valor dos mesmos, através de uma taxa de desconto mais baixa. Custa-me referir a continuada baixa dos juros como determinante para o sucesso da nossa classe de activos. Na minha opinião, tem havido uma certa obsessão com as taxas de juros, resultado do ambiente de taxas negativas que vivemos durante quase uma década.
É precisamente na Alemanha, país que acolhe a Expo Real, que se sentem mais os efeitos da distorção monetária que vivemos até 2022. O mercado, em grande parte, não corrigiu o suficiente e os investidores encontram melhores oportunidades em outros mercados europeus. Acrescentando a questão energética, que tem sido um enorme fardo para toda a economia, em grande parte devido às escolhas políticas de encerramento de centrais nucleares e a carvão. A Alemanha, muito dependente do gás russo, viu os preços da energia dispararem com a eclosão da guerra na Ucrânia. As decisões de encerramento de centrais nucleares não podiam ter vindo em pior altura. Este duplo golpe do aumento do custo do capital, aliado à subida do custo da energia, fez com que muitos imóveis, particularmente no sector de escritórios, deixassem de ser viáveis, muito menos em casos de reabilitação ou construção nova. Todos os investidores expostos à Alemanha relataram-me as dificuldades que têm enfrentado com os seus investimentos
neste mercado, antecipando-se à correção que continua.
Por último, e ligado à questão russa, vêm as eleições americanas. Há a esperança de que, com a clarificação necessária às políticas externas dos EUA, haja a possibilidade de paz tanto na Ucrânia como no Médio Oriente. Investidores de outros continentes têm evitado a Europa com medo da propagação dos conflitos. Esta percepção impede o fluxo de capital para a nossa região.
No geral, a Expo Real 2024 foi mais positiva do que a de 2023. No meu caso, pude participar numa sessão do Oktoberfest. Fazia anos que não me sentava numa das enormes tendas, a ouvir música bávara e a beber cerveja, um litro de cada vez.
At the beginning of October, I participated in yet another Expo Real in Munich. I have had the opportunity to report experiences from previous years as I consider it a good exercise to summarise my observations, as, in the absence of concrete data regarding a putative market recovery, we are left to try to gauge the “mood” and accept the empirical tidbits that our interactions provide us. The first observation is that I noticed a reduced Portuguese institutional presence. The various investment agencies, generally associated with certain municipalities, were not present as usual. I do not know if this is due to the change of government or some other reason. What may have compensated for this gap was the presence of various market players, both managers and brokers, who were widely represented and focused on discussing concrete opportunities. One point regarding the end of the Non-Habitual Resident tax regime: everyone I spoke to who deals with the residential sector lamented this fact. While there is still strong demand from American citizens, for whom this regime is not as beneficial, there is a noticeable decrease in interest in Portugal as a destination, with choices leaning towards other more favourable European countries. All participants, both Portuguese and others, agree that 2025 will be better than 2024. Curiously, this was also the sentiment a year ago, but being generous regarding the fallibility of our forecasting ability, there is a sense of investment willingness that I do not recall seeing in 2023, albeit tempered by other factors. One of the main sources
of hope lies in interest rates levels. A recent reduction in the Euro rate by 0.25% and a cooling of inflation lead market participants to believe we have entered a new cycle of decreasing interest rates. Obviously, lower rates assist in financing assets, but perhaps more importantly, they increase their value through a lower discount rate. It pains me to refer to the continued decrease in interest rates as a determinant of our asset class’s success. In my opinion, there has been a certain obsession with interest rates, a consequence of the negative rate environment we have lived through for almost a decade.
It is precisely in Germany, the country hosting Expo Real, that we feel the effects of the monetary distortion we experienced up until 2022. The market has largely not corrected sufficiently, and investors find better opportunities in other European markets. Adding to this is the energy issue, which has been a huge burden for the entire economy, largely due to political choices to close nuclear and coal-fired power stations. Germany, being highly dependent on Russian gas, saw energy prices skyrocket when the war in Ukraine broke out. The decisions to shut down nuclear power stations could not have come at a worse time. This double blow of increased capital costs, combined with rising energy costs, has rendered many properties, particularly in the office sector, unviable, especially in cases of refurbishment or new construction. All investors exposed to Germany have reported to me the difficulties they face with their investments in this market, suffering in anticipation of the ongoing correction.
Lastly, related to the Russian issue, we have the American elections. There is hope that, with the important clarification of US foreign policies, there might be a possibility of peace both in Ukraine and the Middle East. Investors from other continents have been avoiding Europe due to fears of the spread of conflicts. This perception prevents capital from flowing into our region.
Overall, Expo Real 2024 was more positive than 2023. In my case, I was able to participate in a session at Oktoberfest. It had been years since I last sat in one of the large tents, listening to Bavarian music and drinking beer, one litre at a time.
O 11º aniversário da Magazine Imobiliário foi assinalado com a entrega dos Prémios Personalidades 2024 a cinco notáveis: Prémio de Mérito – Arquitecto João Paciência, Prémio Imobiliário – José Cardoso Botelho (Vanguard Properties); Construção – Amaro, Hélder e Luís Santos (Jular); Ambiente – Nelson Lage (ADENE); e Turismo – Bernardo Trindade (PortoBay Hotels & Resorts / AHP).
O evento contou com o patrocínio da Habitat Invest, eXp, Grohe e Haier, teve como portal oficial a Supercasa e na comunicação a Green Media.
O Hotel Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, em Paço de Arcos, Oeiras, acolheu cerca de 120 convidados que partilharam a emoção de premiar personalidades que tiveram uma contribuição proeminente nas áreas a que se dedicam.
The 11th anniversary of Magazine Imobiliário was celebrated with the handing out of the Personality Awards 2024 to five remarkable people: Merit Award - Architect João Paciência; Real Estate Award - José Carlos Botelho (Vanguard Properties); Construction Amaro Hélder and Luìs Santos (Jular); Environment - Nelson Lage (ADENE), and Tourism - Bernardo Trindade (PortoBay Hotels & Resorts/ AHP).
The event counted on sponsorship from Habitat Invest, eXp, Grohe and Haier, the official website was Supercasa and communication from Green Media.
The Hotel Vila Galé Collection Palacio dos Arcos in Paço de Arcos, Oeiras, welcomed around 120 people who were invited to share in the emotion and distinguish personalities who had made a prominent contribution in their chosen fields.
Um produto
Anabela Loureiro
Everybody - for once and for all let’s get this into your head
Em Portugal, e até na vizinha Espanha, no Facebook, Instagram ou nos telejornais, vimos imagens de pessoas, sobretudo jovens, a sair às ruas para reivindicar um telhado sobre as suas cabeças. Nem todos querem comprar, nem todos cumprem as regras dos incentivos ao crédito jovem até aos 35 anos, sobretudo num País onde, no público e no privado, imperam os ‘falsos’ recibos-verdes. Tendo em conta esta realidade, confesso, que fiquei sensibilizada com uma campanha que me chamou a atenção e que, entretanto, saiu para a rua.
Trata-se de uma parceria entre a Just A Change, projecto de inovação social que promove a reabilitação das habitações das famílias e indivíduos carenciados, e a mediadora imobiliária ERA Portugal, cujo slogan bem que
podia ter ecos nos corredores do Parlamento:
“Vamos pôr isto na cabeça contra a pobreza habitacional – Uma casa digna salva vidas.”
E como pobreza habitacional, deveria entender-se, não são só carenciados de baixo escalão, mas todas as pessoas que precisam de alguns metros quadrados para viver condignamente.
In Portugal, and even in neighbouring Spain, on Facebook, Instagram, and even in the TV news, we see images of people, particularly young people, marching in the streets calling for a roof over their heads.
Not everyone wants to buy, and not everyone meets the rules governing the mortgage tax breaks for young people to the age of 35, particularly in a country where in the public and
private sectors the use of false green receipts is widespread.
Taking into account the reality of this situation, I admit to being impressed by a situation that drew my attention, which in the meantime took to the streets.
This is a partnership between Just A Change, an innovative social project that refurbishes family housing and the homes of the needy, and the real estate agency ERA Portugal, whose slogan could well echo along the corridors of parliament To fight housing poverty, let’s get this into our heads - A decent house saves lives.
Housing poverty means not just the low income needy on benefits, it extends to everyone who needs a few square metres to live in dignity.