Construção Ambiente Turismo Voar para longe
Flying far and away
Carla Celestino
Directora Director
Flying far and away
Carla Celestino
Directora Director
Bem sei que já estão todos de óculos de sol e chinelos nos pés e muito provavelmente de olhos postos no Campeonato Europeu de Futebol 2024, por isso serei breve. Numa altura em que todos correm para conquistar um título, futebolístico ou da presidência do Conselho Europeu, o Verão chegou! Primeiro com um dia cinzento e frio, para logo no dia seguinte fazer aumentar os termómetros. Assim é a indústria turística no nosso País: ora sente frio, desafios e obstáculos; ora está quente, sempre a evoluir, sempre a inovar.
Numa versão light do turismo, analisámos as grandes decisões do novo Governo nesta matéria, e concluímos que vamos finalmente levantar voo para outras paragens, pernoitar em muitos dos novos hotéis e esperar com um sorriso rasgado a nova enchente de turistas oriundos dos Estados Unidos da América, Canadá, China, Coreia do Sul e Turquia.
O Verão está aí. Tudo o que seja problema nacional ou internacional, político, económico ou cultural, perde expressão quando comparado com um golo da Selecção Nacional ou um mergulho no mar. Eu também vou para a zona da Comporta, onde o acesso às praias ainda é livre e não há registo das enchentes do Algarve (pelo menos por agora…).
E você caro leitor/visualizador, já fez as malas ou está colado ao televisor?
As far as I know everyone is sporting sunglasses and flip-flops and most probably with their eyes fixed on the European Football Championships 2024, which is while I’ll be brief.
At a time when everyone is racing to win a football title or presidency of the European Council, Summer has arrived! First, on a cold and grey day, to an increase in thermometers on the following day. That’s what the tourism industry in our country is like: one minute feeling cold, challenges and obstacles; the next seeming to be hot, always evolving, always innovating.
In a light version of tourism, we analyse the big decisions of the new government on this matter, and conclude that we will finally take off to other destinations, staying in many of the new hotels awaiting the fresh swell of tourists from the United States of America, Canada, China, South Korea, and Turkey with broad grins.
Summer has arrived. Everything that is a national or international problem; political, economic, or cultural; pales into significance when compared to a goal scored by the national squad or a dip in the sea. I too am going to the Comporta area where access to the beaches is still free, and hotels are not fully booked in the Algarve (at least for now...).
And you dear reader/viewer, have you already packed your bags or are you glued to the television set?
Ficha técnica Datasheet
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Gerência Anabela Loureiro
Rua Paulo Reis Gil nº 39, 3º Esq. 2745-195 Queluz
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Directora Director Carla Celestino
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Colaboradora Permanente Permanent Contributor Elisabete Soares
Colaboradora Contributor Fábio Lopes
Fotografia Photography Anabela Loureiro
Tradução Translation Chris Graeme
Grafismo Graphics Luís Silva
Contabilidade Accounting Nasceconta
Periocidade Frequency Bimestral
Tiragem Number printed 3.000 exemplares
Impressão Printing Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica
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SSN – 2183-0517
ERC – 126397
Estatuto editorial disponível em: Editorial policy available at: www.magazineimobiliario.com
Estratégias para o sector
Sector strategies
Dizem os especialistas que o Verão de 2024 vai ser um dos mais quentes de sempre. As temperaturas, com efeito, já começaram a subir com o novo Governo a dar luz verde a projectos há muito na gaveta e vitais para a indústria turística. Já prepararam os óculos de sol e o protector solar? Ao que parece, vem aí uma onda de calor moderado… The specialists say that the summer of 2024 will be one of the hottest ever. The temperatures effectively began to rise with the new government giving the green light to projects that had been in the drawer for a long time, and which are vital for tourism industry. Have you got your sunglasses and sunscreen? It seems a moderate heatwave is on its way...
Calculo que os novos líderes do País tenham arregaçado as mangas e também as bainhas das calças para dar solução a uma indústria que vai muito além do “sol e mar” e que se quer prioritária. Como o actual ministro da Economia, Pedro Reis, disse na primeira reunião do Governo com o Conselho Estratégico de Promoção Turística, e bem: “O turismo faz parte da nossa identidade.”
O turismo está, de facto, no nosso ADN, mas por muito que os números tenham subido após o ano negro da pandemia de Covid-19 e se vaticine que o ano de 2024 vá subir em todas as regiões do País, a realidade é que se perdeu o principal: o talento.
Por muito que o ministro diga que “estamos cá para acelerar o crescimento sustentado da nossa economia”, é preciso perceber que esta indústria não é um passeio de jeep pelo Alentejo, nem tão pouco uma corrida de motociclos no Autódromo de Portimão. É urgente e é preciso tempo para reter o talento que sai das nossas tão excepcionais escolas de turismo.
Recorde-se que, segundo o AHP Hotel Snapshot 2023, da Associação da Hotelaria de Portugal, 25% dos trabalhadores na hotelaria são imigrantes, estatística que tem correlação com a qualidade do serviço prestado. Partilho, no entanto, do seu pensamento de que deve existir uma “forte aposta” na inter-
nacionalização dos nossos destinos, e também já agora das empresas espero. Todos nós vimos os frutos dessa aposta no passado recente. O Porto que o diga, pois está ao rubro com turistas internacionais como nunca antes visto. Mas será que mais é melhor?
Ao que parece a aposta passa agora por “investir em mercados que permitam um maior crescimento do valor e de redução da sazonalidade”, entre eles estão os Estados Unidos da América, Canadá, China, Coreia do Sul e Turquia. Vou adorar ouvir estes turistas dizerem, em pleno mês de Novembro ou Janeiro nas ruas do nosso País, em mandarim “xièxiè”, em coreano “gamsahaeyo” ou em turco “teşekkürler” (obrigada!)
Turismo em alta velocidade
A propaganda política no que se refere à indústria turística parece um disco riscado (desculpem-me, mas eu ainda sou do tempo do vinil). As estratégias têm sempre as mesmas palavras chave: “qualificar a oferta turística”, “aumentar a procura”, “combater a sazonalidade”, “factores diferenciadores”, “internacionalização”, “novos mercados”… Mas neste cenário de “copy past” surge na actualidade dois tópicos interessantes de que vale a pena falar: Alojamento Local (AL) e o novo Aeroporto de Lisboa. “Eliminar a contribuição extraordinária
(CEAL) do Alojamento Local, a caducidade das licenças anteriores ao programa Mais Habitação e rever simultaneamente as limitações legais impostas anteriormente” vai avançar.
Na CNN Portugal Summit que decorreu na 27ª edição do SIL - Salão Imobiliário de Lisboa, em Maio, o novo ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou categoricamente que vão “reverter” as medidas do anterior Governo em matéria de AL, isto porque defende que “não pode ser tratado de forma igual aquilo que é dife -
rente.” Para o efeito considerou que “os 40% de AL que existem no Algarve não é o mesmo problema que temos hoje no centro de Lisboa, não é o mesmo problema que podemos sentir no Porto ou o mesmo problema que podemos sentir em Castelo Branco.”
A ser real, acredito que muitos proprietários de AL vão poder respirar pela primeira vez em muito tempo.
Entre as decisões “rápidas, ponderadas, fundamentadas e estratégicas”, nas palavras do Primeiro-Ministro, está o novo aeroporto de Lisboa. Qual verdadeiro “cowboy”, Luís Mon -
The phenomena of solar balconies
A última tendência, se assim o podemos dizer, em matéria de produção e poupança energética são as varandas solares.
Quem tem uma varanda virada para o sol pode, ele próprio, colocar este sistema que é de menores dimensões e mais fácil de instalar comparativamente aos painéis dos telhados. Para o efeito, basta ligar um ou dois painéis a uma tomada de electricidade e começa logo a gerar e a usar a sua própria energia, poupando na factura do final do mês.
Na Alemanha o fenómeno está a crescer rapidamente, e só no primeiro trimestre de 2024 foram instalados cerca de 50.000 destes dispositivos fotovoltaicos nas varandas dos edifícios, sejam proprietários, sejam inquilinos.
The latest trend, it one could say that, regarding energy production and savings are solar balconies.
Anyone who has a sun facing balcony can install this small-sized and easy to install system compared to roof solar panels, themselves. To do this all you have to do is to hook up one of two panels to an electric socket and immediately begin to generate and use your own energy, saving on your end of month bill.
In Germany the phenomena is growing rapidly, and in the first quarter of 2024 alone around 50,000 of these photovoltaic devices were installed on the balconies of buildings by owners and tenants.
tenegro foi rápido e certeiro no gatilho ao anunciar a sua localização no Campo de Tiro de Alcochete! E não parou mais de disparar: em apenas “32 dias de trabalho governativo desde 12 de Abril” conseguiu ainda anunciar a construção da Terceira Travessia do Tejo e a ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid. Mas cuidado: “Depressa e bem não faz ninguém…” O aeroporto Luís de Camões, assim se vai chamar, é uma obra vital para o País e há 50 anos reclamada pelos players do sector do turismo. Por isso, tiro-lhe o chapéu por não
travar esta, e outras, obras. Falta apurar a questão da privatização da TAP. Resta esperar por 2034 para vos levar comigo a ver os aviões em Alcochete.
Há sempre espaço para mais um hotel
As alterações climáticas colocam o turismo na agenda verde. O actual Governo subscreve esta intenção, embora ainda não tenha adiantado muito sobre o assunto. Apesar da pegada carbónica que significa viajar (se não for a pé, de bicicleta ou de veí -
De acordo com a plataforma europeia de dados imobiliários CASAFARI, nos primeiros três meses de 2024 encontravam-se à venda 1.038 hotéis em Portugal, correspondendo a um crescimento de +31% face aos 791 registados no período homólogo.
Outra das conclusões é que Faro, Porto e Lisboa são as regiões com o maior número de unidades hoteleiras à venda, com preços médios por metro quadrado (€/m2) a rondar os 2.700 euros e os 6.100 euros. Já Sintra, Lourinhã e Matosinhos destacam-se com as maiores subidas percentuais de hotéis à venda.
Se tiver interessado já sabe, hotéis não faltam à venda em Portugal.
According to the European real estate site CASAFARI, in the first three months of 2024 there were 1,038 hotels for sale in Portugal, corresponding to a growth of +31% on the 791 registered in the like-for-like period in 2023.
Another of the conclusions is that Faro, Porto, and Lisbon are the regions with the greatest number of hotels for sale, with average prices per square metre (€/m2) at around 2,700 euros and 6,100 euros. Sintra, Lourinhã, and Matosinhos now stand out with the highest percentage increases of hotels for sale.
If you are interested, then you know. There is no lack of hotels for sale in Portugal.
Seriedade, Profissionalismo e Dedicação são o lema de todos os nossos colaboradores
Acima do solo: 85.000 m2
Abaixo do solo: 90.000 m2
Arranjos exteriores 28.000 m2
Em que ficamos?
Where we are now
culo eléctrico), nos meses de Julho e Agosto a maioria dos portugueses vai para fora cá dentro e as idas ao estrangeiro ficam-se por Espanha e Brasil, revela o estudo da aplicação financeira Revolut. Questionando os seus 1.2 milhões de clientes em Portugal, concluiu que as férias em família e, sobretudo, na praia lideram as preferências, se tiverem TI (tudo incluindo) ainda melhor. Mas avança também que já há quem esteja a programar as suas férias de Verão para acompanhar o Campeonato Europeu de Futebol, que tem lugar em 10 cidades localizadas em sete dos 16 estados federais da Alemanha,
O aeroporto Luís de Camões, assim se vai chamar, é uma obra vital para o País e há 50 anos reclamada pelos players do sector do turismo.
The Luís de Camões International Airport as it will be called is a vital project for the country and has been called for by tourism sector players for 50 years.”
ou os Jogos Olímpicos de Paris. A vontade de fazer férias começa já no mês de Junho por alturas dos arraiais dos santos populares aproveitando os feriados municipais para umas escapadinhas. E a oferta é mais que muita. Segundo o Savills European Investor Sentiment Survey 2024, em 2023 o segmento hoteleiro registou mais de 570 milhões de euros de volume de investimento imobiliário, sendo 83% do capital de origem internacional. De acordo com Luís Clara, capital markets associate da Savills Portugal, “nos próximos dois anos, deverão abrir mais de 80 novas unidades hoteleiras, que resultarão numa oferta total superior a 7.900 camas espalhadas por todo o País e promovidas por marcas internacionais de peso.” Para 2024 a consultora imobiliária vaticina que “o segmento hoteleiro mantenha o dinamismo, assente num excelente desempenho operacional, que manterá o País na rota de investidores e marcas hoteleiras internacionais.” É curioso que somos tão pequenos, mas temos sempre espaço para mais e mais unidades hoteleiras. A previsão sazonal multi-sistema do C3S (modelo que combina oito diferentes modelos) prevê para Portugal continental e Região Autónoma da Madeira uma estação alta muito quente e seca, com possibilidade de ocorrência de “trovoadas de Verão”. À semelhança da meteorologia, esperemos que a indústria turística não seja uma seca e venha a conhecer dias cheios de qualidade e inovação, sem polémicas quentes, nem relâmpagos dos quais ninguém está à espera.
Hidrogénio
Is Hydrogen a ‘clean’ fuel?
Durante o mandato do actual Parlamento Europeu e da Comissão Von der Leyen, o hidrogénio foi promovido como o combustível “limpo” do futuro e recebeu um apoio político, financeiro e regulamentar sem precedentes, recordou a Quercus. No entanto, como a associação ambiental salienta, uma análise detalhada revela uma realidade preocupante por trás da fachada de promessa climática.
Existem vários obstáculos, mas o mais evidente é avançado pela Agência Internacional de Energia que confirma que quase todo o hidrogénio produzido actualmente em todo o mundo - 99% - é produzido a partir de combustíveis fósseis, resultando em emissões significativas de CO2.
During the current term of the European Parliament and the Von der Leyden Commission, hydrogen was promoted as the ‘clean’ fuel of the future and received unprecedented political, financial, and regulatory support, recalls the Portuguese environmental group Quercus. However, as the association stresses, a detailed analysis reveals a worrying reality behind the façade of promising to check climate change.
There are various obstacles, but the most evident has been advanced by the International Energy Agency that has confirmed that almost all the hydrogen produced annually in the world - 99% - is produced from fossil fuels, resulting in significant CO2 emissions.
O
turismo faz parte da nossa identidade.
Tourism is part of our identity.”
Remato com o repto lançado pelo ministro da Economia na tomada de posse da CTP –Confederação do Turismo de Portugal: “Estamos todos juntos nesta matéria!”
I reckon that the country’s new leaders have rolled up their sleeves and taken up their trousers to find a solution for an industry that is far more than ‘sun and sea’ and that it wants to be a priority. As the current minister of the Economy, Pedro Reis said in his first meeting of the government with the Strategic Council for Tourism Promotion and said well: “Tourism is part of our identity.” Tourism is in fact part of our DNA, but as much as the numbers have risen after the black year of the Covid-19 pandemic and it is reckoned that numbers will rise across all regions in 2024, the reality is that it has lost the most important thing: its talent.
As much as the minister says that “we’re here to boost the sustained growth of our economy,” he needs to grasp that this industry is not just a jeep ride in the Alentejo, or even a motorbike race at the Portimão auto drome. The need is urgent to retain the talent that comes out of our exceptional hotel
and tourism colleges.
It will be remembered that according to the AHP Hotel Snapshot 2023 from the Portuguese Hotel Association - AHP (Associação da Hotelaria de Portugal), 25% of hotel staff are immigrants, statistics that have a correlation with the quality of the service provided.
Meanwhile I share his thought that there should be a “strong focus” on the internationalisation of our destinations, and now also, I hope, our companies. All of us have seen the fruits of this investment recently. Porto, as he says, is buzzing with international tourists as has never been seen before. But is better?
From what it seems, this focus is now involving “investing in markets that enable a greater growth in value and a reduction in seasonality,” among them the United States of America, Canada, China, South Korea, and Türkiye. I’ll love hearing these tourists in our country’s streets in January and February saying, in Mandarin “xièxiè,” in Korean “gamsahaeyo” or in Turkish “teşekkürler” (Thank you!).
Tourism at high speed
Political propaganda where the tourism industry is concerned seems to be a scratched record (Sorry, but I’m still from the vinyl times). The strategies always have the same key word: “Improve tourism offer, “increase demand,” “counter seasonality,” “differentiating factors,” “internationalisation,” and
“new markets.”
In this ‘copy-paste’ scenario two interesting topics have currently arisen that are worth mentioning: Local Accommodation (AL) and the new Lisbon Airport.
“Scrapping the Extraordinary Local Accommodation Contribution (CEAL tax) and nonrenewal of previous licences from the ‘More
De acordo com a GlobalData, empresa de dados e análise, durante o período de Janeiro a Abril de 2024, existiu o anúncio de 217 negócios (M&A - fusões e aquisições, private equity e acordos de financiamento de risco), aquém do anúncio de 251 negócios durante o mesmo período de 2023. Trata-se de uma queda de 13,5% no volume de negócios no 1º quadrimestre de 2024.
Aurojyoti Bose, analista da GlobalData, considerou que a “actividade de negócios no sector de viagens e turismo permaneceu moderada em meio às condições incertas do mercado e às tensões geo-políticas em curso.” Acrescentando que “várias economias líderes, incluindo os EUA e a China, registaram um declínio anual no volume de negócios.”
According to the data and analysis company GlobalData, during the period January to April 2024 217 deals were announced (M&A - mergers and acquisitions, private equity, and venture capital agreements), less than the number of deals (251) announced like-for-like in 2023. It is a fall of 135% on the business turnover in Q1 of 2024.
Aurojyoti Bose, a GlobalData analyst, thinks that “business activity in the Travel and Tourism sector has remained moderate in the midst of the uncertain market conditions and prevalent geopolitical tensions. And added that “various leading economies, including the USA and China have seen an annual decline in business turnover.”
Housing’ programme, and at the same time review the previously imposed legal limitations” will advance.
ing and the high-speed rail link between Lisbon and Madrid. But careful: “Great haste makes great waste...”
The Luís de Camões International Airport, as it will be called, is a vital project for the country and has been called for by tourism sector players for 50 years. Which is why I take my hat off for not having held up this and other works. Now there’s just the question of TAP. All that remains is to wait for 2034 for you to take me to see the planes at Alcochete.
Climate change has put tourism on the green agenda. The current government has signed up to this intention, although it hasn’t provided much on the matter.
25% dos trabalhadores na hotelaria são imigrantes, estatística que tem correlação com a qualidade do serviço prestado. 25% of employees in the hotel industry are immigrants, statistics that have a correlation with the quality of the service provided.”
At the CNN Portugal Summit that ran at the 27th edition of SIL - Salão Imobiliário de Lisboa (Portugal Property Fair) in May, the new minister of Infrastructure and Housing, Miguel Pinto Luz categorically stated that they would “reverse” the measures of the previous government on AL because it argues that it can’t be “treated in the same way when it is different.” In effect, it believes that the “40% of AL in the Algarve does not create the same problem that we have in the centre of Lisbon and is not the same problem that is felt in Porto, or even in Castelo Branco.”
In other words, AL affects different cities in different ways, and what may be a problem in one and not in another. I think that AL owners will now be able to breathe a sigh of relief for the first time in a long time. From among the “rapid, weighted, wellfounded, and strategic decisions” - in the words of the prime minister - is the new Lisbon Airport. What a true cowboy! Luís Montenegro was rapid with his finger on the trigger on announcing its location at the Alcochete Firing Range. And hasn’t stopped firing: in just “32 days in government since 12 April” he was able to also announce the construction of the Third River Tagus Cross -
Despite the carbon footprint implied by travelling (if not on foot, bike, or electric vehicle), in the months of July and August the majority of the Portuguese spend their holidays overseas and at home in Spain and Brazil, according to a study from the financial application Revolut. Quizzing its 1.2 million clients in Portugal it concluded that family holidays, and particularly beach holidays, lead preferences. If you have a One-bedroom apartment (all included) so much the better. But also states that there are those who are planning their summer holidays around the European Football Championship that is taking place in 10 cities taking place
in six of the 16 German federal states, or the Olympic games in Paris.
The desire to book holidays starts in June around the time of the ‘Santos Populares’ street festivals taking advantage of the municipal council holidays for getaways.
And there’s a lot on offer. According to the Savills European Investor Survey 2024 in 2023, the hotel segment registered more than 570 million in real estate investment, with 83% of capital coming from overseas. According to Luís Clara, capital markets partner at Savills Portugal, “around 80 new hotels should open
over the next two years, which will result in a total offer of 7,900 beds spread all over the country developed by important international brands. For 2024 the real estate consultancy forecasts that the “hotel segment should retain its buoyancy based on excellent operational performance which will keep Portugal on the map for international investors and hotel brands.” It is curious that we are so small but always have space for more and more hotels.
The C3S multi-system seasonal forecast (a model that combines eight different models)
forecasts “a very hot and dry high summer season for mainland Portugal and the Autonomous Region of Madeira, with the possibility of “summer thunderstorms”.
Just like the weather forecast, we hope that the tourism industry will not be a “washout” but instead will bring floods of quality and innovation without the hot controversies, neither lightning that no one is expecting.
I hark back to the challenge thrown down by the minister of the Economy when he addressed the CTP - Portugal Confederation of Tourism: “We’re all in this together!”
Coporgest
Beach
A Coporgest já nos habituou à sua imagem de marca assente na qualidade, conforto, sofisticação e sustentabilidade. Mas no seu novo empreendimento turístico de cinco estrelas volta a surpreender.
O Comporta Beach & Golf Resort vai localizar-se na costa alentejana, na zona de Tróia/Comporta, e ficará a apenas dois minutos a pé da praia. Uma localização única e irrepetível...
We’re already used to Coporgest’s brand image based on quality, comfort, sophistication, and sustainability. But its new five-star tourist development once again surprises.
Comporta Beach & Golf Resort will be built just a stone throw from the beach on the Alentejan coast in the Tróia/Comporta area. It is a unique and one-of-a-kind location.
Sim, é o sonho de qualquer pessoa que gosta de dias solarengos e mar no horizonte, de ter um pé dentro do espaço hoteleiro e outro fora na água salgada. É também o lugar ideal para apreciar com serenidade a vida numas merecidas fugas do quotidiano ou para viver tranquilamente.
Onde vai nascer este “paraíso”? No espaço onde outrora existia o Parque de Campismo de Tróia, infra-estrutura desactivada desde a década de 80 do século passado, vai ser agora construído, pela mão do promotor Coporgest, um resort para adultos e crianças, nacionais e estrangeiros.
O CEO da Coporgest, Sérgio Ferreira, explica-nos que “nunca foi feito um verdadeiro cinco estrelas na zona de Tróia/Comporta e acreditamos que a região precisa de uma unidade muito qualificada”. Sem perder tempo, o promotor já deu início à primeira fase das obras de construção do Comporta Beach & Golf Resort. A segunda, e última, fase deverá ter início no primeiro trimestre de 2025 e o conjunto turístico deverá estar concluído no final do primeiro semestre de 2027.
A exploração do resort será feita em parceria com uma cadeia internacional de luxo e Sérgio Ferreira garante: “Os hóspedes vão ficar alojados num empreendimento fantástico!”.
Entre a piscina e o mar aberto
Enquanto o resort não abre portas, temos de apelar ao imaginário, aos nossos sentidos. Feche os olhos e imagine-se num resort com um corpo edificado central onde pode desfrutar de 58 quartos e suites à sua escolha. Depois é só deitar-se, esticar os braços e deixar-se embalar pelo som das ondas do mar.
Se não for bem isto que procura, saiba que o
Comporta Beach & Golf Resort disponibiliza ainda 37 villas, nas tipologias V2, V3 e V4, e 71 apartamentos, nas tipologias T1, T2 e T3. Todas as villas serão dotadas de um jardim com piscina privativos e alguns dos apartamentos terão terraço com piscina privativa.
Para os que têm um estilo de vida mais saudável e activo, o empreendimento integrará ginásio, spa e piscinas.
Este resort vai ainda ser um paraíso para os amantes do golfe. Em concreto, existirá um acesso que liga directamente os residentes deste empreendimento à Club House do green do Golfe de Tróia – apenas dois minutos de buggy separam estas duas propriedades. Além disso vai disponibilizar dois restaurantes, kid’s club e um heliporto de emergência.
A propriedade terá espaços de estacionamento, mas não terá “carros à vista” estando, por isso, integrado de forma sustentada na paisagem local.
O resort foi desenhado de forma a fazer desaparecer todas as viaturas que acedam ao empreendimento. O CEO do Grupo esclarece: “Os carros são um elemento agressivo e não natural. São cansativos. Lembram a cidade. Causam stress. A região está cansada de centenas ou milhares de carros estacionados por todo o lado. Neste resort queremos natureza e paz, e por isso desenhámo-lo para que não seja possível estacionar à superfície. Quem aceder ao empreendimento é obrigado a “mergulhar” rapidamente para a respectiva cave. À vista queremos apenas o verde da vegetação, o céu e o azul do mar, pessoas a passear e bicicletas a circular. Toda a região de Tróia e da Comporta deveria ser tratada desta forma, para pre-
servar os valores ambientais, mas nem todos os promotores estão disponíveis para pagar esta factura, que é pesada...”.
A Coporgest avançou ainda que existirá também um parque de estacionamento público, também oculto, pois tiveram em consideração o livre acesso à praia.
E a praia de profundos azul-safira e verde-turquesa e areia dourada está a apenas dois minutos a pé de distância do resort… lá, onde o areal é pouco povoado, são as gaivotas e o mar que quebram o silêncio circundante.
Em nome do ambiente alentejano
A zona de Tróia/Comporta está a crescer em termos turísticos e imobiliários, mas a uma escala ainda contida e bem planeada. Para tal tem contribuído o novo mindset dos promotores que ali investem, dos quais faz parte a Coporgest que vai dar prioridade às questões ambientais no Comporta Beach & Golf Resort. A sustentabilidade vai ser, pois, uma das ban-
deiras deste resort. Para o efeito, a empresa vai promover a auto-suficiência energética e a boa gestão dos recursos hídricos. E, saliente-se, por sua iniciativa, irá construir uma central de dessalinização de água do mar que abastecerá todas as piscinas do empreendimento.
A Coporgest já concretizou mais de 20 projectos imobiliários de elevada qualidade na zona de Lisboa e assegura que no Comporta Beach & Golf Resort vai imperar também a qualidade construtiva e os acabamentos premium, bem como uma arquitectura ajustada à zona de Tróia/Comporta. “A nossa marca identifica-se com qualidade e temos muito orgulho na nossa reputação. Este empreendimento não vai fugir à regra e terá de ser uma referência pela sofisticação e qualidade. Faz falta um empreendimento fantástico numa região tão fantástica como esta”.
Já está curioso com o que aí vem? Nós estamos…
Nunca foi feito um verdadeiro cinco estrelas na zona de Tróia/Comporta e acreditamos que a região precisa de uma unidade muito qualificada. There had never really been a five-star hotel in the Tróia/Comporta area and we believe that the region needs a top-quality hotel.”
Neste resort queremos natureza e paz, e por isso desenhámo-lo para que não seja possível estacionar à superfície (…) Toda a região de Tróia e da Comporta deveria ser tratada desta forma, para preservar os valores ambientais.
This resort is all about nature and peace, and we’ve designed it so that no surface parking is allowed (…) The entire Tróia and Comporta region should be treated in this way to preserve environmental values.”
Indeed, it is the dream of anyone who likes sunny days and endless sea stretching to the horizon and have one foot in a hotel and another in salt water. It’s also the perfect place to appreciate life calmly in what is viewed, and deservedly so, as one of Portugal’s most exclusive getaways from everyday life, or to live peacefully immersed in nature.
So where exactly will this paradise crop up?
In an area where there was once the Tróia Camping Park, an infrastructure that has been closed since the 1980s on land that will once again be built on, this time by developer Coporgest, a resort for national and international adults and families.
The CEO of Coporgest, Sérgio Ferreira told us that there had “never really been a fivestar hotel in the Tróia/Comporta area and we believe that the region needs a topquality hotel.” With no time to lose, the de -
veloper has already begun the first phase of construction works for the Comporta Beach & Golf Resort. The second and last phase should begin in the first quarter of 2025 and the tourist complex should be completed at the end of the first half of 2027.
The resort will be explored in partnership with an international luxury chain and Sérgio Ferreira guarantees: “The guests will be accommodated in a fantastic development!”
Between the Pool and the open sea
Until the resort opens you have to use your imagination and senses. Close your eyes and imagine yourself in a resort with a central building with 58 rooms and suites to choose from. Then you only need lie down, stretch your arms, and let yourself be lulled by the sound of the waves.
If that’s not quite what you are looking for, know that Comporta Beach & Golf Resort also has 37 villas with 2,3,4 bedrooms and 71 1,2- and 3-bedroom apartments. All the villas will have a private garden with pool and some apartments will have a balcony with a private pool.
For those who have a healthier and more active lifestyle, the development will have a gym, spa, and swimming pools.
This resort will also be a paradise for golf lovers. To be more specific, there will be an access that directly links the development to the Tróia Golf Club House - and just a two-minute buggy ride separates these two properties.
Moreover, it will have two restaurants, kid’s club, and an emergency heliport.
The property has parking spaces, but they won’t be visible since they have been sustainably integrated into the local landscape. The resort was designed to make it seem like all vehicles accessing the development have disappeared. The group’s CEO clarifies: “Cars are intrusive, an eyesore and unnatural. They are tiresome. They remind you of
the city. They are stressful. The region is tired of hundreds or thousands of cars parked all over the place. This resort is all about nature and peace, and we’ve designed it so that no surface parking is allowed. Anyone arriving at the development must quickly dive down to their respective underground garage. The only thing you’ll see is the green vegetation, the sky and blue of the sea, people strolling around and riding bikes. The entire Tróia and Comporta region should be treated in this way to preserve environmental values, but not all developers are open to footing the bill, which is steep...”.
Coporgest also reveals that there is a public car park that is also hidden to take into consideration free beach access.
And the beach of golden sands and deep sapphire and turquoise waters is just two minutes on foot from the resort...it’s a place where the shoreline is almost deserted, the surrounding silence only broken by the seagulls and the sea.
The Tróia/Comporta area is growing in terms of tourism and property, but it is still
contained and well planned. The new mindset of the developers that have invested here have contributed towards this, a mindset that Coporgest highly prizes in terms of environmental issues at Comporta Beach & Golf Resort.
Indeed, sustainability will be one of the flagship policies at this resort. And with this in mind, the company will promote energy self-sufficiency and good water management. And emphasises that on its own initiative it will build a seawater desalination plant to supply all the development’s pools. Coporgest has already done over 20 high quality real estate projects in the Lisbon area and assures that Comporta Beach & Golf Resort will be no different in terms of building quality and premium finishes, as well as an architectural design suited to the Tróia/Comporta area. “Our brand is identified with quality, and we are proud of our reputation. And this development will be no different and will be a benchmark for sophistication and quality. A fantastic development in a region as fabulous as this is what is missing.”
Are you now curious about what’s coming here? We are...
Borboletas, abelhas e cegonhas
Butterflies, bees, and storks
Recentemente num evento que decorreu na FIL, um cantor inglês revelou ao público que estava rendido aos encantos de Portugal, já tinha ido ao Porto, Douro, agora Lisboa, também Fátima, Aveiro, Coimbra… Ele fezme recordar o quão importante e belo é sairmos do nosso casulo e bater asas por Portugal fora. At an event that ran at FIL, a British singer revealed to the public that he was completely sold on Portugal’s charms. He had already been to Porto, the Douro, and now Lisbon, also Fátima, Aveiro, and Coimbra. He reminded me how nice and important it is to leave our cocoon, spread our wings and discover Portugal.
Quando era criança olhava para os ninhos nos beirais dos edifícios para ver se descobria novos passarinhos a lançar-se no seu primeiro voo de andorinhas. Dedicava também algum tempo a ver as formigas nos carreiros, certinhas, com bagos de arroz às costas que, calculava, seriam tão pesados quanto uma arroba de batatas. Com o tempo fui perdendo estes sentidos. As andorinhas fazem razias à minha varanda e eu acho comum. As formigas hoje brotam do chão em qualquer passeio e eu nem ligo. Só os cães chamam a minha atenção nos seus espaços contidos e contíguos ao jardim que existe perto da minha casa. Eu, que sempre fui ligada à terra, percebi que tinha de parar. É curioso como no confinamento da pandemia de Covid-19 todos quisemos ir para o ar livre e, depois de passar esta “tempestade”, rapidamente regressámos às nossas rotinas formigueiras… Movida do meu laptop parti à procura dos recantos deste País que se quer ainda original, rural, bucólico, tranquilo. Daqueles lugares em que se respira o verdadeiro ar puro e onde podemos encontrar tanto famílias numerosas como um par de namorados que de mãos dadas dão os primeiros passos nas suas vidas. Todos em “slow motion”, porque a natureza tem de ser apreciada de forma serena.
Daqueles locais onde podemos levar os nossos bebés que ora choram ora riem, e os nossos animais de estimação que ora ladram ora miam, sem sermos olhados de soslaio
por pessoas cujos ouvidos são terrivelmente sensíveis e pouco tolerantes.
Conheço Portugal de Norte a Sul, mas após muitos anos de estrada, ainda hoje consigo descobrir cantos e recantos que continuam a falar ao meu coração. Há uns que gosto mais que outros, claro, todos temos as nossas preferências e motivações para ir. Aos fim-de-semana fujo por este País que me acolhe desde tenra idade. Os meus lugares começam no verde da Peneda-Gerês, há algo de muito raro e sublime nas tonalidades azul-violeta dos lírios do Gerês que me cativa. Prossigo caminho pelo sinuoso rio Douro e dou um salto até Santar, no concelho de Nelas, lugar que sempre me deu colo e onde durmo como um bebé. De lá olho para a Serra da Estrela e do ponto mais alto dou-me a ares de felicidade de quem quase consegue tocar o céu. De Castelo Branco chego a Grândola, onde recordo um longínquo 1 de Maio, dia em que a comunidade local me convidou para ir ao palco das festas locais para me cantar os “parabéns a você” juntamente com “Grândola Vila Morena”.
É pelo Alentejo que me deixo ficar por mais tempo, é lá que as borboletas, abelhas e cegonhas que me vêm cumprimentar. É lá que vejo que as formigas nem sempre são tão certas no carreiro, mas que todas marcham para o mesmo fim colectivo. De baixo de um chaparro um jovem holandês toca viola, não conheço a música, nem sei se é da sua autoria, mas a melodia embala-me ao ritmo das papoilas e searas.
A próxima etapa é o Algarve porque os dias vão começar a ser maiores e a cheirar a Verão, a sol e mar. O regresso será pelo litoral até Ponte de Lima e de lá logo vejo onde ir a seguir.
E você, caro leitor/visualizador, por que não se deixar ir também? Bata as suas asas, voe e aprecie as tão nossas e ímpares paisagens naturais de Portugal.
When I was a kid, I used to look at the nests under the eaves of buildings to see if I could discover fledgling swallows preparing to take to the wing for the first time. I also spent some time looking at the straight trails of ants with rice grains on their backs that I thought would be as heavy for them as a sack of potatoes.
With the passage of time, I forgot all about these reflections. The swallows would raid my balcony and thought it quite normal. Today the ants scurry along the ground on any pavement and I don’t even notice. Only the dogs attract my attention in their confined spaces running adjacent to the garden close to my house.
I, who had always been linked to the land, realised I needed to stop. It is strange how during the Covid-19 pandemic lockdown all of us wanted to go outside, and then after this ‘storm’ had passed we quickly returned to our ant-like routines.
Tearing myself away from my laptop I set out in search of the corners of this country that are still original, rural, bucolic, and peaceful. Those places where you can breathe
Bata as suas asas, voe e aprecie as tão nossas e ímpares paisagens naturais de Portugal.
Spread your wings, fly, and discover our lovely and unparalleled natural landscapes that we have in Portugal.”
true natural air and where so many numerous families and couples’ hand-in-hand taking their first steps in their lives together can be found. All this in ‘slow motion’ since nature should be appreciated at its own serene pace.
Those places where we can take our babies that laugh and cry, and our pets that bark and meow, without being glared at by intolerant people whose ears are terribly sensitive.
I know Portugal from North to South, but after many years on the road, I can still discover corners and spots that can still speak to my heart. There are some that I like more than others, of course, and we all have our preferences and reasons for going. At the weekends I flee to this country that
has cradled me since a tender age. My retreats begin in the greenery of the PenedaGerês Nature Park where there is something very rare and sublime in the violet-blue tones of the lilies of Gerês that captivate me. I make my way along the winding River Douro and head to Santar in the district of Nelas, a place that has always made me feel cocooned and where I sleep like a baby. From there I can see the Serra da Estrela, and from the highest point I feel so happy I can almost touch the sky. From Castelo Branco I get to Grândola where I recall a distant May 1 when the local community invited me onto the stage of the local festivals to sing me ‘happy birthday’ and ‘Grândola Vila Morena’.
And I allow myself to linger in the Alentejo for longer and there the butterflies, bees,
and storks come to greet me. And there I see that the ants are not always in such straight lines but are all marching towards the same collective ends. Below a cork oak a young Dutchman plays the viola, I don’t know the tune or even who it’s by, but the melody rocks me to the rhythm of the poppies and cornfields.
The next stage is the Algarve because the days will be longer and smell of summer, sun, and sea. The return will be along the coast to Ponte de Lima and from there I can immediately see where to go next.
And you, dear imaginative reader, why don’t you give yourself time to go there too?
Spread your wings, fly, and discover our lovely and unparalleled natural landscapes that we have in Portugal.
fair of opportunities, business, and innovation
Proptechs, stands em formato de cidade, habitação pública, inteligência artificial e sustentabilidade, foram os protagonistas da mais recente edição do SIL - Salão Imobiliário de Portugal, o maior ponto de encontro do mercado Imobiliário português.
Proptechs, city shaped stands, artificial intelligence and sustainability led the way at the latest edition of SIL - Portuguese Property Fair, the largest Portuguese real estate market meeting place in Portugal.
Entre os dias 2 e 5 de Maio, a Feira Internacional de Lisboa (FIL) tornou a ser palco do maior encontro de players do sector Imobiliário em Portugal com a realização do SIL que, em simultâneo com o evento de construção Tektónica, criou 35.000 metros quadrados (m2) de exposição de projectos imobiliários, oportunidades de negócio e serviços inovadores. O ponto alto do SIL foi o aumento expressivo dos promotores imobiliários e a apresentação de novos empreendimentos, a par de um conjunto de eventos paralelos que reflectiram as preocupações e as tendências do sector. Destaque também para a troca de ideias que foi possibilitada através das conferências que encheram o FIL Meeting Centre de diferentes perspectivas acerca do futuro do sector. Salientamos a conferência que reuniu vários players do mercado e presidentes das Câmaras Municipais do Porto e Oeiras, Rui Moreira e Isaltino Morais, respectivamente, para debater soluções para a crise habitacional que tem assolado o País. O foco do mercado centra-se cada vez mais na necessidade de edificar casas para os portugueses. “Não havendo habitação pública, as pessoas continuarão a viver miseravelmente”, salientou Isaltino Morais.
Merece ainda menção a conferência que debateu temas como o impacto da Inteligência Artificial no sector, as novas técnicas construtivas e a sustentabilidade.
Nota ainda para o “SIL Cidades” que, com o
objectivo de demonstrar a importância do papel dos municípios na política habitacional, povoou os pavilhões da FIL de stands em forma de pequenas cidades, dando a conhecer as potencialidades de regiões como Lisboa, Porto, Gaia, Seixal e a Região Autónoma da Madeira. Alguns players adoptaram também este formato, o que resultou numa autêntica demonstração daquilo que o mercado tem de melhor para oferecer.
Concluímos este breve balanço do SIL 2024 com algo que nos deixou um “amargo de boca”: a falta de espaço reservado para a imprensa trabalhar. Lançamos o repto ao gestor do SIL, Sérgio Runa, para a edição de 2025.
Between May 2-5 FIL (Lisbon International Fair) was the stage for the largest meeting of real estate players in Portugal attending the Portuguese Property Fair (SIL), which took place at the same time alongside the construction fair Tektónica. Covering over 35,000 square metres (m2) SIL showcased real estate projects, innovative services, and business opportunities.
SIL’s high point was the substantial increase in the number of real estate developers, and the presentation of new developments, as well as several parallel events that reflected the concerns and trends in the sector.
There was emphasis too on the exchange of ideas made possible through the conferences that filled the FIL Meeting Centre with differ-
O foco do mercado centra-se cada vez mais na necessidade de edificar casas para os portugueses. The market is increasingly focused on the need to build houses for the Portuguese.”
O ponto alto do SIL foi o aumento expressivo dos promotores imobiliários e a apresentação de novos empreendimentos. The highlight of SIL was the considerable increase in real estate developers presenting new developments.”
ent views on the sector’s future. We highlight the conference that brought several players in the market together with the mayors of the municipal councils of Porto and Oeiras, Rui Moreira and Isaltino Morais, respectively, to debate solutions to the housing crisis that has overshadowed the country. The market is increasingly focused on the need to build houses for the Portuguese. “Without much public housing, people will continue to live miserably,” stressed Isaltino Morais. Also worth a mention is the conference that debated topics such as the impact of artificial intelligence on the sector, new building techniques, and sustainability.
Worth noting too was ‘SIL Cidades’ (SIL Cities), which aiming to show the importance of the role of municipal councils in development, filled the FIL pavilions with stands in the form of small cities informing us about the potential of regions like Lisbon, Porto, Gaia, Seixal, and the Autonomous Region of Madeira. Some players also adopted this format resulting in an authentic demonstration of the best that the market has to offer. We conclude this brief balance of SIL 2024 with something that leaves us with a bitter taste: the lack of workspace for the press. We throw down the gauntlet to the manager of SIL Sérgio Runa for the next edition in 2025.
Plumb Line
Grohe: De Portugal para o mundo
Grohe: From Portugal to the world
Numa visita ao GROHE
Lisbon Experience Center, localizado no Prata Riverside Village, em Lisboa, a marca de soluções para casas de banho e torneiras de cozinha desafiou a Magazine
Imobiliária a conhecer a sua fábrica em Albergariaa-Velha. O repto foi aceite e, confessamos, tivemos uma agradável surpresa.
At a visit to the GROHE Lisbon Experience Centre at Prata Riverside Village in Lisbon, the brand for household bathroom and kitchen tap solutions, Magazine Imobiliária was invited to discover its factory in Albergaria-aVelha. The challenge was accepted, and we confess that we were pleasantly surprised.
Ao gosto alemão, de onde a marca é originária, a fábrica de Albergaria-a-Velha está a ser renovada e para quem já viu muitos escritórios e fábricas em Portugal e na Europa, sente-se ali o pulsar de um conjunto que se move de forma organizada, unida, integrada e a um ritmo bem marcado. Desde 2014 que a Grohe passou a fazer parte do portefólio de marcas da LIXIL, fabricante japonês na vanguarda de produtos para água e habitação. A isto junta-se a força portuguesa e o resultado só poderia ser o melhor: fazer chegar a cada canto do mundo “Pure Freude an Wasser” (Pura alegria da água).
Sem querer fazer apologia ou publicidade à marca, pois não é de todo o nosso propósito, devo confessar que é o design que mais me cativa nas torneiras que vejo no showroom. Há sistemas de torneiras de cozinha para uso privado e profissional, com foot control ou smart control…, entre as minhas preferidas está a linha de torneiras para chuveiros e acessórios Essence com diferentes cores à escolha, nomeadamente com o acabamento brushed (escovado) ou polido. Mas isso sou eu. A oferta é muita para o consumidor. O design, a qualidade e a tecnologia estão bem patentes nestes produtos, mas são os números que mais impressionam. Uma tor-
neira demora uma semana a ser fabricada e quando sai da fábrica vai inocula, basta um simples risquinho e já não dá garantias de qualidade e não pode ser comercializada. Só em 2023 a marca concebeu cerca de seis milhões de torneiras que foram comercializadas em 100 países.
Dizem-nos que 70% das torneiras produzidas nesta fábrica encontram-se algures numa cozinha no mundo. Nós acreditamos!
Na visita guiada à fábrica sente-se uma real paixão pela água. Há brio, gosto e alegria em cada trabalhador que no seu mecânico manusear das peças colocam-se a jeito para uma fotografia revelando o que de melhor sabe fazer, seja na fase inicial da produção, seja no polimento ou na embalagem final.
Seguimos uma linha traçada no chão, não nos podemos afastar um milímetro, ou a nossa segurança pode estar em risco, é que ali trabalha-se a sério. Por essa linha ficamos a conhecer as diferentes fases do processo pelo qual passa uma torneira. Tudo começa na produção da liga de latão, a base da formação e constituição de uma torneira, depois há o lixamento, polimento, a aplica -
ção do cromado (uma espécie de barreira protectora da torneira face à corrosão), linha de montagem das peças, embalagem e armazenamento até saírem porta fora em grandes camiões pelo nosso País e mundo fora.
Interessa-nos o processo de produção, mas de igual modo importa-nos perceber o impacto do produto final. O impacte no ambiente e nos espaços que habitamos. Dizem-nos que a “água e a sustentabilidade fazem parte do ADN da empresa.”
Explicam-nos que os cinco espaços iniciais de produção – um em Portugal, outro na Tailândia e três na Alemanha -, são actualmente CO2 neutros. Este valor foi aumentado exponencialmente com a entrada da LIXIL que, nas suas 79 fábricas a nível mundial, pretende alcançar a total neutralidade carbónica até 2050. E como conseguem compensar as emissões na produção de torneiras? A resposta é simples: “Com energia renovável,
através de projectos sustentáveis e na durabilidade dos nossos produtos.”
Visitar a fábrica da GROHE em Albergaria-a-Velha foi uma experiência refrescante. Ali mergulhámos num ambiente onde fomos contagiados pelo entusiasmo por parte de quem ali labuta todos os dias em relação à água.
In German taste, where the brand came from, the Albergaria-a-Velha factory is being renovated and for those like us who have seen many offices and factories in Portugal and Europe, there you can feel the pulse of a cluster that operates in a unified and well organised manner and at a well measured rate. Since 2014 Grohe has been part of the portfolio of brands owned by LIXIL, the Japanese manufacturer in the vanguard of products for water and households. To this add the Portuguese effort and the result couldn’t be better: “Pure Freude an Wasser” (Pure joy of Water).
Without wanting to make an apology or give
Só em 2023 a marca concebeu cerca de seis milhões de torneiras que foram comercializadas em 100 países. In 2023 the brand manufactured around six million taps which were sold in 100 countries.”
publicity to the brand, which indeed is not at all our intention, I must confess that it is the design that most attracts me to the taps that I see in the showroom. There are kitchen tap systems for professional use, with foot and smart control..., among my preferences is the line of taps for showers and Essence accessories in different colours to choose from, namely with brushed or polished finishes. But that’s me. There are a lot of ranges on offer for the consumer, even though they tell us that the don’t make tailor-made taps, let alone gold taps for football players.
The design, quality and technology are clearly obvious in these products, but it is the numbers that are most impressive. A tap takes a week to be manufactured and on leaving the factory it only has to have a single scratch and it no longer has a guarantee of quality and can’t be sold. In 2023 the brand manufactured around six million taps
which were sold in 100 countries. They tell us that 70% of the taps produced in this factory are found somewhere in a kitchen around the world. And we believe it!
On the guided visit around the factory, you get a real passion for water. There’s pride, pleasure, and joy in each worker in the way they handle the pieces to put them just right for a photograph, revealing what they know best to do, be that in in the initial phase of production, the polishing or final packaging phase.
We follow a line drawn on the ground and we can’t diverge from this line by a millimetre, or our security could be at risk, and here they are seriously at work. From this line we get to know the different phases of the process that a tap goes through. It all starts in the production of brass used in formation
and composition of a tap, then it is sanded, polished and chrome is applied (a type of protective barrier for the tap against corrosion), a pieces assembly line, packaging and warehousing until they go out of the gate on large lorries to be sent around the country and the world.
We’re interested in the production processes but it’s equally interesting to understand the impact of the final product. The impact on the environment and spaces we inhabit. They tell us that “water and sustainability are part of the company’s DNA.”
They explain to us that the five initial pro -
duction facilities - one in Portugal, another in Thailand, and three in Germany are actually CO2 neutral. This number was exponentially increased when LIXIL bought the company where its 79 factories worldwide intend to achieve total carbon neutrality by 2050. And how can they offset the emissions from tap production? The reply is simple: “With renewable energy, through sustainable projects and in the durability of our products.”
Visiting the GROHE factory in Albergariaa-Velha is a refreshing experience. Here we dive into an environment where we were infected by the enthusiasm from those who labour there on a daily basis in relation to water.
70% das torneiras produzidas nesta fábrica encontram-se algures numa cozinha no mundo.
70% of the taps produced in this factory are found somewhere in a kitchen around the World.”
Um produto
Green Habitat
Sílvia Mourinho Vice-Presidente da Quercus Vice-Presidente of Quercus
Fenómeno crescente em todo o mundo, o turismo faz mover economias de muitas regiões, por tal, encarado como objectivo de crescimento e desenvolvimento. Mas o turismo massificado é um fenómeno que gera impactos significativos para o meio ambiente em geral e nas cidades, em particular. Em Portugal, país conhecido por sua beleza natural e história, o turismo é visto como o principal foco da economia, mas é essencial examinar de perto os efeitos negativos dessa indústria que pode resultar no fim da mesma.
Um dos principais impactos do turismo é a pressão sobre os recursos naturais e ecossistemas. A construção de infra-estruturas turísticas, como hotéis, resorts e estradas, frequentemente resulta na destruição de habitats naturais e na fragmentação de ecossistemas. Em áreas costeiras, a urbanização descontrolada muito por conta das necessidades geradas na busca de resposta ao turismo leva à construção em zonas de protecção, em áreas de cheia, bem como em regiões com manguezais, degradando-os e perturbando ecossistemas marinhos. O consumo excessivo de água por parte dos turistas, associados a infra-estruturas de lazer, como campos de golfe, entre outros associados à indústria hoteleira, coloca em risco recursos hídricos locais. O malgastar desses recursos hídricos é uma das causas de situações de seca, prejudicando a flora, fauna e comunidades humanas que, naturalmente, dependem da água.
Além disso, o aumento do tráfego de veículos, incluindo carros alugados, autocarros turísticos e táxis, intensifica a poluição do
ar nas áreas urbanas e em destinos turísticos populares, afectando o ambiente e, consequentemente, a saúde das comunidades locais. Em cidades históricas como Lisboa e Porto, o excesso de turistas leva à sobrecarga da infra-estrutura urbana, produzindo-se grande número de resíduos sólidos, incluindo embalagens plásticas, materiais descartáveis e restos de alimentos. Saldo disso: poluição do solo e dos lençóis d’água subterrâneos, congestionamentos urbanos e o desvirtuar do património cultural, transformando bairros inteiros em áreas turísticas comerciais.
Como em tudo na vida é necessário equilíbrio. No que diz respeito ao turismo, é importante ter sempre como questão de fundo, o respeito pelos territórios: as suas gentes e paisagem.
A growing phenomenon all over the world, tourism drives the economies of many regions, which is why it is seen as an objective for growth and development. But mass tourism is a phenomenon that has significant impacts on the environment in general, and on cities in particular.
In Portugal, a country known for its natural beauty and history, tourism is seen as the main focus of the economy, but it is essential to examine up close the negative effects that could results in the end of the same. One of the main impacts of tourism is the pressure on natural resources and ecosystems. The building of tourism infrastructures like hotels, resorts, and roads frequently results in the destruction of natural habitats and the fragmentation of ecosystems. In
coastal areas, uncontrolled urbanisation, often to meet the necessities of tourism, leads to construction in protected areas, in areas vulnerable to flooding, as well as in regions with mangroves, damaging them and upsetting marine ecosystems. The excessive consumption of water by tourists associated with leisure infrastructures like golf courses, among others associated with the hotel industry, puts local water resources at risk. The waste of these water resources is one of the causes of drought situations, harming the flora, fauna and human communities that naturally depend on water. Moreover, the increase in vehicles traffic, including rental cars, tour buses and taxis, intensifies air pollution in urban areas and
in popular tourist destinations, affecting the environment and, consequently, the health of local communities. In historic cities such as Lisbon and Porto, the excess of tourists leads to the overloading of urban infrastructures, producing a large amount of solid waste, including plastic packaging, throw-away materials and food waste. The balance of this is: contamination of soil and underground water tables, urban congestion and the skewed cultural heritage, turning entire neighbourhoods into commercial tourist areas.
Like everything in life balance is needed. Regarding tourism, it is important to always important to bear in mind as a central question the respect of territories: their people and landscapes.
A Magazine Imobiliário reuniu alguns dos mais notáveis players do sector num diálogo sobre a importância da colaboração entre a Indústria e a Arquitectura, de modo a impulsionar a inovação e responder às exigências em constante evolução do mercado imobiliário.
Magazine Imobiliário joined some of the key players in the sector in a discussion on the importance of cooperation between industry and architecture to encourage innovation and meet the demands of a constantly evolving real estate market.
Realizada no Grohe Lisbon Experience Centre, este espaço de diálogo contou com os insights de Bruno Borges, leader, commercial Portugal da LIXIL EMENA, Margarida Ordaz Caldeira, chair of the EMEA Board da Broadway Malyan, Miguel Garcia, general manager da Garcia Garcia, e de Tiago Belo, managing partner da SOLYD Property Developers, e moderação de João Moura Santos, director de Departamento de Gestão de Projectos da Coporgest.
A necessidade urgente de industrializar e digitalizar o sector da Construção foi um dos temas consonantes desta conversa. De acordo com João Moura, a “escassez de mão-de-obra, custos de construção elevados e falta de habitação” são alguns dos problemas que estão a desacelerar o sector, sendo a industrialização da construção uma forma reactivá-lo.
“É preciso inovar dentro da construção”, salientou Miguel Garcia, acrescentando que “temos de avançar para um sistema de construção que seja absolutamente off-site, que seja modular, que permita optimizar recursos”. Esta é uma perspectiva partilhada por Tiago Belo, que afirmou que “a pré-fabricação, a construção off-site, a standardização vão ter de ser uma realidade no futuro”.
Na óptica de Margarida Caldeira, a Inteligência Artificial pode ser “um parceiro” importante neste processo. “Pode-nos dar mais tempo para pensar em melhores soluções,
para ser mais criativos”, declarou, acrescentando que “estamos todos a aprender uns com os outros. É uma oportunidade para aproveitar”.
Quando questionados pela audiência acerca da possibilidade de o preço das casas baixar com a construção off-site, Miguel Garcia afirmou que “devia ser mais económico”, mas na realidade actualmente o preço deste tipo de construção é ainda 15% mais caro, em termos de custos directos. Tiago Belo acrescentou que os “preços das casas não vão baixar” com a construção off-site, mas, antes, que “vão conseguir não subir”.
O encerramento da conferência ficou a cargo de Nelson Lage, presidente da Adene – Agência para a Energia, que salientou a importância de promover a colaboração e o diálogo pró-activo e constructivo entre players do sector para encontrar soluções para a crise habitacional que o nosso País atravessa. “Juntos podemos desenvolver soluções inteligentes e soluções eficientes para o Parque Edificado Português, promovendo, acima de tudo, o bem-estar da nossa comunidade” rematou.
Held at the GROHE Lisbon Experience Centre, this debating space was the stage for insights from Bruno Borges, Leader, Commercial Portugal, LIXIL EMENA, Margarida Ordaz Caldeira, Chair of the EMEA Board da Broadway Malyan, Miguel Garcia, General Manager of
Garcia Garcia, and Tiago Belo, Managing Partner SOLYD Property Developers, in a discussion moderated by João Moura Santos, Director of the Projects Management Department at Coporgest.
The urgent need to industrialise and digitalise the Construction sector was one of the recurring topics during the debate. According to João Moura, the “lack of labour, high construction costs and lack of housing” are some of the problems that are slowing down the sector with industrialisation and digitalisation seen as a way to revive it.
“We need to innovate in construction”, said Miguel Garcia, adding “we must press ahead with a completely off-site modular building system to optimise resources. This was a perspective shared by Tiago Belo who stated that “prefabricated, standardised off-site construction would have to be a reality in future. In the opinion of Margarida Caldeira, Artificial intelligence could be an “important partner” in this process. “It could give us more time to
come up with better solutions, to be more creative”, she said, adding that “we’re all learning from each other.” “It’s an opportunity to grasp”.
When asked by the audience about the possibility of house prices coming down with offsite construction, Miguel Garcia agreed that it should be more economical”, but in reality, the price of this kind of construction is currently 15% costlier in terms of direct costs. Tiago Belo added that “house prices will not go down” with off-site construction, but rather wouldn’t go up”.
It was down to Nelson Lage, President of ADENE - Agency for Energy to close the conference stressing the importance to foster pro-active and constructive cooperation and dialogue between sector players to find solutions to the housing crisis Portugal is going through. “Together we can develop smart and efficient solutions for Portugal’s housing stock, above all by promoting the well-being of our community”, he said.
Casas
As praias de Póvoa de Varzim, Granja ou de Espinho foram durante décadas o destino para as famílias da elite do Norte de Portugal e da Galiza, que aí tinham a sua casa de veraneio. Actualmente, o efeito sazonal perdeu-se. The beaches at Póvoa de Varzim, Granja and Espinho were for decades the destination for elite families in the North of Portugal and Galicia, who had their summer houses here. Today, the seasonal effect has been lost.
“Nenhuma praia, ao Norte de Portugal, oferece tantas comodidades à colónia banhista” como a da Póvoa de Varzim. “No tempo dos banhos a Póvoa é uma pequena cidade onde se encontra tudo quanto é necessário à vida, assim como as mais variadas distrações para o espírito”, pode ler-se na revista Ilustração Nacional, de 1 de Junho de 1919.
A Póvoa de Varzim foi uma das duas dezenas de praias mencionadas por Ramalho Ortigão no divertido e mordaz guia “As Praias de Portugal” que o jornalista e escritor publicou em 1876, referindo que “nenhuma outra praia” tinha “tão variada concorrência”. Aqui “havia lugar para a elite industrial de Guimarães, Fafe, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, as famílias dos doutores do Minho e Trás-os-Montes, as divertidas famílias galegas com mulheres de olhos lânguidos e modos mais descontraídos do que as portuguesas. Em Setembro chegavam as famílias dos lavradores com algo de seu, mas os homens só vinham depois das colheitas e das vindimas”. Outras praias da costa marítima do Grande Porto, como a Granja e Espinho, eram muito conhecidas e bem frequentadas pelas famílias abastadas, tanto nacionais, como estrangeiras.
É o caso da “bela praia da Granja – distinto local de veraneio da elite do Norte”, assim a descreve Ramalho Ortigão. Nesta praia “límpida, aberta, clara e de uma grande extensão (...) que bem pode chamar-se de luxo, só ali vão fazer a estação balnear as famílias de cer-
tos haveres do Porto e de Lisboa; alguns deles são proprietários dos requintados chalets (…)”, como refere o guia, reeditado em 2014 pela Quetzal Editores.
O relato de Ramalho apresenta-nos Espinho como a praia “mais estimada por aqueles que a frequentam. Os banhistas de Espinho tomam-se todos por este sítio de uma espécie de exaltação patriótica, exclusiva e intransigente. Não admitem o paralelo da sua praia com qualquer outra, e consideram os que tomam banho noutras regiões do globo como adversários, quase como inimigos”.
Efeito sazonal perdeu-se
A qualidade das praias da Póvoa de Varzim, Granja, Miramar e Espinho prolongou-se até à actualidade. No entanto, o seu efeito como destino de veraneio das famílias abastadas perdeu-se no tempo.
Artur Varum, presidente da Civilria, destaca que os dados de que dispõe apontam ainda “para um efeito sazonal na procura por casas na zona das praias perto do Porto (por exemplo, Espinho, Vila do Conde e Matosinhos), devido à sua atractividade como destinos de férias”.
Nestas áreas, considera, “o mercado imobiliário poderá estar a ser impulsionado por factores como o aumento do turismo e o exponencial interesse por segundas residências - muitas vezes utilizadas para arrendamentos”.
Contudo, alerta, há 20/30 anos o cenário era
diferente, uma vez que o sector do turismo não estava tão desenvolvido como actualmente. Embora existissem mais restrições relativas ao acesso ao crédito (podendo limitar a procura por segundas habitações), no geral já existia um interesse significativo na área do Porto, em particular por emigrantes que compravam bastante nessa altura. Tiago Patrício, director-geral do grupo Monte, destaca que, ainda “há 20 ou 30 anos, o mercado imobiliário de Vila do Conde e Póvoa de Varzim era fortemente influenciado pelo efeito sazonal e pela procura por segundas habitações”. Na sua opinião, naquela época, essas regiões eram “predominantemente destinos de veraneio, atraindo muitas famílias que procuravam casas de praia para uso temporário durante os meses de Verão”. A sazonalidade do mercado era evidente, com uma grande quantidade de imóveis disponíveis exclusivamente para ocupação durante a alta temporada.
Actualmente, a situação mudou drasticamente. “Devido à falta de habitações, ao
excesso de inflação e ao aumento da emigração, o efeito sazonal foi significativamente reduzido. Além disso, as melhorias nas infra-estruturas e a criação de auto-estradas nos acessos entre o interior e o litoral nas últimas décadas permitiram que as pessoas pudessem visitar essas cidades e retornar no mesmo dia, reduzindo ainda mais a necessidade de estadias prolongadas”, refere. Para o empresário ligado a este sector “muitas das casas que anteriormente estavam disponíveis para uso sazonal foram convertidas em arrendamentos anuais para atender à crescente procura por moradia permanente”.
“No beach in the north of Portugal offers so many amenities for holidaymakers as the seaside town of Póvoa de Varzim”. “During the bathing season Póvoa is a small town where you can find all life’s necessities as well as the most varied diversions to distract the spirit,” said the illustrated magazine ‘Nacional’ on 1 June,1919.
Póvoa de Varzim was one of 20 beaches men-
tioned by the journalist and writer Ramalho Ortigão in his witty and cutting guide ‘The Beaches of Portugal’ published in 1876, in which he refers that “no other beach” had “such varied competition”. Here “there was a place for the Guimarães, Fafe, Santo Tirso and Vila Nova de Famalicão industrial elites, the families of doctors from the Minho and Trásos-Montes, the pleasure-seeking Galician families and their women with languid eyes and more laid-back manners than the Portuguese. The farming families arrived in September with their own ways, but the men only arrived after the harvest and grapes were in.”
Other coastal beaches of Greater Porto such as Granja and Espinho were very well known and populated by wealthy families, both national and foreign.
Such was the case of the “lovely Granja beach - the distinct summer resort of the Northern elite” wrote Ramalho Ortigão. On this ‘clean, open, clear and long beach (...) that can very well be described as luxurious, only the right set of families from Porto and Lisbon would
A qualidade das praias da Póvoa de Varzim, Granja, Miramar e Espinho prolongou-se até à actualidade. No entanto, o seu efeito como destino de veraneio das famílias abastadas perdeu-se no tempo.
The quality of the beaches at Póvoa de Varzim, Granja, Miramar, and Espinho is still the same today as it was back then. “However, their position as summer holiday destinations for wealthy families has been lost in time.”
come to spend their holidays; some of them are owners of stylish chalets (...)” states the guide that was republished in 2014 by publishers Quetzal Editores.
The report by Ramalho describes Espinho as the “most prized beach among those who frequent it.” The Espinho holidaymakers all see this place as a patriotic exaltation; exclusive and uncompromising. When it comes to their beach, they broke no comparison with any other, and view those who bathe in other regions of the world as adversaries; almost enemies.”
The seasonal effect has been lost
The quality of the beaches at Póvoa de Varzim, Granja, Miramar, and Espinho is still the same today as it was back then. However, its position as a summer holidays destination for wealthy families has been lost in time.
Artur Varum, President of Civiliria points out that the data he has reveals a seasonal effect regarding demand for houses near the beach area close to Porto (for example, Espinho, Vila do Conde and Matosinhos), because of their attractiveness as holiday destinations.”
He thinks that in these areas, “the real estate market could be driven by factors such as the increase in tourism and the exponential interest in second residences - very often used for let.”
However, he points out that 20/30 years ago the situation was quite different since the tourism sector was not as developed as it is today.
Although there used to be many restrictions on mortgages (which could have limited demand for second homes), in general there had already been a significant interest in the Porto area, in particular from immigrants who were buying quite a bit at that time.
Tiago Melo Patrício, Managing Director of the Monte Group also points out that “20 or 30 years ago, the real estate markets in Vila do Conde and Póvoa de Varzim were strongly influenced by the seasonal effect and demand for second homes”. He is of the opinion that at that time these regions were “predominantly summer destinations, attracting many families seeking beach homes for temporary use during the summer months.” The seasonal nature of the market was evident, with many properties available exclusively for let during the high season.
Currently, the season has changed drastically. “Because of the lack of properties, high inflation and the increase in emigration, the seasonal effect was significantly reduced. Moreover, improvements in infrastructures and the creation of motorways between the coast and interior in recent decades has enabled people to visit these towns and return on the same day reducing the need for long stays even more,” he says.
For the entrepreneur linked to this sector “many of the houses that previously had been available for seasonal use were converted into annual rentals to meet the growing demand for a permanent home.”
United Kingdom
Managing Director Europa Capital Partners / Mitsubishi Estate Co.
Em publicações anteriores, já tive oportunidade de enunciar diferentes conceitos de activos residenciais e as vantagens e desvantagens de cada um. Desculpem-me os anglicismos, mas micro-living, co-living, extended stay, são conceitos desenvolvidos, principalmente nos mercados anglo-saxónicos numa primeira instância, e depois alargados a outros mercados quando provados tanto o conceito operacional, mas também como conceito de investimento. Já aqui referi também a crescente operacionalização dos diferentes sectores imobiliários, sendo o Flex-Living mais um exemplo, embora talvez não tanto quanto se pense. Então quais são propriamente as diferenças do “Flex-Living” para as outros modelos residenciais?
Não querendo ser demasiado precioso quanto aos conceitos, até porque são modelos que se adaptam a cada mercado, o conceito de flex-living diferencia-se do co-living na medida em que o factor “comunidade” é minimizado no caso do flex-living e normalmente, os projectos de flex-living têm uma dimensão maior e são localizados em áreas mais periféricas. E claramente, ambos estes conceitos se diferenciam do arrendamento tradicional já que, normalmente tratam de prazos mais curtos contratados, normalmente mobilados e com custos dos serviços – electricidade, água, internet, etc., estão incluídos no valor cobrado. Mercados mais favoráveis ao inquilino, como é o caso de muitos países europeus, e em particular em Portugal, tendem a ter menos oferta de arrendamento. Os senhorios têm que cobrar um prémio para compensar o risco e muitos preferem não o fazer e procuram usos alternativos ou vendem os imó -
veis. Dada esta dinâmica, há pouca oferta de imóveis para arrendamento em Portugal e não parece que vá haver no curto prazo, enquanto o mercado não tiver sinais duradouros de que os governos não usarão a habitação como instrumento populista. É com base na regulação que os países se tornam mais ou menos favoráveis aos senhorios, daí muitos investidores institucionais e promotores canalizarem o seu capital para variantes do residencial mais favoráveis ao senhorio como é o caso do flex-living. Pela sua natureza, o flex-living é um conceito residencial de curto ou médio prazo. Normalmente não se fazem contratos de mais de 12 meses, muitos dos serviços estão incluídos no valor mensal/semanal, e são unidades mobiladas. Até a fiscalidade é diferente na medida em que, por se tratar, na verdade, de um serviço, se cobra IVA. Daí se quebrar o nexo com um contrato tradicional de arrendamento e os senhorios preferem. De acordo com a Savills, os valores de venda de imóveis residenciais em Espanha, subiram, de 2014 a 2023 cerca de 25%. Os valores das rendas subiram 70% no mesmo período. Simplesmente não há oferta que chegue para a procura de imóveis para arrendamento daí a procura se desviar para o flex-living. Todos os projectos de flex-living lançados nos últimos três a quatro anos têm tido uma procura avassaladora com taxas de ocupação sempre a rondar os 100% e listas de espera. Os inquilinos típicos são empregados deslocados, pessoas recentemente separadas ou divorciadas ou casais de profissionais. Os investidores neste sector em Espanha incluem fundos internacionais, promotores e fundos domésticos. As rentabilidades rondam os 5%-5.25% nos
mercados consolidados e 6%-6.5% nos mercados secundários, mas com valores de arrendamento com tendência de subida dada a forte procura. A CBRE estima que no final do próximo ano, hajam 20,000 unidades em Espanha quando, em 2020, a oferta era quase inexistente. A maior parte das unidades encontram-se nas Áreas Metropolitanas de Madrid e Barcelona, sendo que Valência e Málaga começam também a ter os seus próprios projectos.
Em Portugal, já começam a surgir alguns projectos que se podem caracterizar como sendo de flex-living. Será esta uma das várias soluções para reduzir a pressão na procura de habitação? Cabe a todos nós educar as autoridades sobre mais uma forma de fazer habitação.
In previous publications, I had the opportunity to outline different concepts of residential assets and the advantages and disadvantages of each. Excuse the anglicisms, but micro-living, co-living, and extended stay are concepts primarily developed in Anglo-Saxon markets initially, and then expanded to other markets once proven both as operational concepts and as investment concepts. I have also previously mentioned the increasing operationalization of different real estate sectors, with Flex-Living being another example, although perhaps not as much as one might think.
So what exactly are the differences between “Flex-Living” and other residential models? Without wanting to be too pedantic about the concepts, as these models necessarily have to adapt to each market, the concept of flex-living differentiates itself from co-living in that the “community” factor is minimized in the case of flex-living. Flex-living projects are usually larger in scale and located in more peripheral areas. Clearly, both concepts differ from traditional renting as they usually involve shorter contract terms, are typically furnished, and the cost of services – electricity, water, internet, etc. – is included in the price charged.
Tenant-favourable markets, as is the case in many European countries, particularly in Portugal, tend to have less rental supply. Landlords must charge a premium to compensate for the risk, and many prefer not to do so, seeking alternative uses or selling
the properties instead. Given this dynamic, there is little supply of rental properties in Portugal, and it does not seem that this will change in the short term, as long as the market does not have lasting signs that governments will not use housing as a populist instrument.
It is based on regulation that countries become more or less favourable to landlords, hence many institutional investors and developers channel their capital into residential variants more favourable to landlords, such as flex-living.
By its nature, flex-living is a short or medium-term residential concept. Typically, contracts do not exceed 12 months, many services are included in the monthly/weekly rate, and the units are furnished. Even the taxation is different in that, as it is essentially a service, VAT is charged. This breaks the link with a traditional rental contract, which landlords prefer.
According to Savills, residential property sales values in Spain increased by around 25% from 2014 to 2023. Rental values increased by 70% in the same period. There simply isn’t enough supply to meet the demand for rental properties, hence the shift towards flex-living. All flex-living projects launched in the last 3-4 years have experienced overwhelming demand, with occupancy rates always around 100% and waiting lists. Typical tenants are relocated employees, recently separated or divorced individuals, or professional couples. Investors in this sector in Spain include international funds, developers, and domestic funds. Yields are around 5%-5.25% in consolidated markets and 6%-6.5% in secondary markets, with rental values tending to rise due to strong demand. CBRE estimates that by the end of next year, there will be 20,000 units in Spain, whereas in 2020 the supply was almost nonexistent. Most units are in the metropolitan areas of Madrid and Barcelona, with Valencia and Málaga also beginning to have their own projects.
In Portugal, some projects that can be characterised as flex-living are already starting to emerge. Could this be one of several solutions to reduce the pressure on housing demand? It is up to all of us to educate the authorities on yet another way of providing housing.
Anabela Loureiro
“Don’t smash the tableware!”
A nossa redacção, como as demais dos nossos pares, recebeu a notícia de que dava conta do acordo entra a Vista Alegre e a CR7 que vai muito além de Portugal e Espanha e chega até ao Médio Oriente e Ásia. Esta é a força de um campeão e o peso de uma marca. Mas, por cá, bem que às vezes nos dá a “vontade de partir a loiça toda”, com a desresponsabilização de políticos, com polémicas, greves, desigualdades, violência, falta de habitação... Lá fora, não está melhor, uma Europa cada vez mais isolada vê de camarote um Putin a oferecer um carro topo de gama a um Kim Jong-il, um genocídio deliberado na Faixa de Gaza… Falta quase tudo, sobretudo Humanidade.
O que nos vale é o Verão, o Futebol e o Sentido de Humor, este último reconhecido até pelo Papa Francisco.
Por isso, ponho-me a ver uma comédia antiga do cinema português, a preto e branco, satírica e mordaz, com o clássico do futebol Sporting-Porto, em que a nossa saudosa Laura Alves, no papel da criada Rosa, rabujava: “Ai a loiça…!” Se calhar, de vez em quando, devíamos partir a loiça toda, mas deixamos isso para depois do Verão…
Our editorial office, along with our competitors, has received a communiqué informing about the agreement between Vista Alegre and CR7 that goes far beyond Portugal and Spain, even going as far as the Middle East and Asia. This is what the strength of a football
champion and weight of a brand can carry. But back home, as much as we sometimes “feel like smashing all the chinaware” over controversies, irresponsible politicians, inequalities, strikes, violence, and lack of housing... And it’s no better overseas with an increasingly isolated Europe seeing Putin in the limelight offering a top-of-the-range car to Kim Jong-Il, what seems to us to be a deliberate genocide in the Gaza Strip...there’s a lack of peace, ethics, cooperation and, above all, humanity.
What’s important to us is the summer, football, and a sense of humour, the latter even recognised by Papa Francisco. It was for these reasons that I vegged out in front of an old black and white Portuguese satirical and cutting comedy film, in which, like a classic Sporting-Porto football game, had our much missed actress Laura Alves in the role of the maid Rosa, who cried: “Oh, don’t smash the china....!” Perhaps, from time to time we should smash all the china, but let’s do it after the summer...